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Fisiologia- Digestão e Intestino

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Fabiana Maria Oliveira Baêta- Faculdade Atenas
Fisiologia- Digestão e intestino
Secreção gástrica
● Somatostatina regula a interação entre insulina e glucagon;
Fabiana Maria Oliveira Baêta- Faculdade Atenas
Mecanismo de regulação da secreção gástrica
● Via direta do nervo vago: secreta acetilcolina, age nas células parietais via receptor
muscarínico tipo 3 e aumenta a secreção de HCl;
● Via indireta do nervo vago:
● Histamina age via receptor H2 nas células parietais aumentando a secreção de HCl. Via
histamina é indireto;
● Via indireta a ativação do nervo vago libera o GRP que age nas células G e estimula a
secreção de gastrina para a corrente circulatória. Gastrina tem ação direta e indireta
(age na célula parietal e estimula secreção de histamina que aumenta a secreção de
HCl;
● A gastrina é o hormônio mediador do crescimento da mucosa gástrica. Um aumento
pode haver hipertrofia das células endoteliais do estômago;
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Drogas anti-ácidas
● Cimetidina: antagonista do receptor de histamina, reduz a ativação da bomba;
● Atropina;
● Omeprazol: age no inibidor da bomba;
Regulação da secreção de pepsinogênio
● ACh da ativação do nervo vago;
● Gastrina
● Secretina percebida pelas células I;
● Todas são via direta.
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Motilidade gástrica: mistura e digestão
● Forças de contração progressivamente maiores da região oral para caudal do
estômago;
● As contrações misturam o conteúdo gástrico e periodicamente impelem parte desse
conteúdo em direção ao duodeno;
● Quando o alimento chega, o esfíncter pilórico está aberto (relaxado);
● Na primeira contração, o estômago leva o bolo alimentar em direção ao intestino;
● Ao mesmo tempo, ocorre uma distensão que causa o fechamento do piloro;
● O resto de comida que vem é retornado ao estômago;
● ACh aumenta motilidade;
● SNA parassimpático e gastrina: estimula- ACh
● SNA simpático, secretina e GIP: inibe- adrenalina e GLP 1
● É importante que não fique resíduo de alimentos no estômago para ajudar no controle
bacteriano estomacal.
Motilidade gástrica: esvaziamento gástrico
● Para líquidos, não é necessário que haja trituração;
● A trituração ocorre através dos movimentos peristálticos do estômago;
● A presença de gordura no duodeno estimula a secreção de CCK (secretada pelas
células I do duodeno e jejuno) que prolonga o tempo de esvaziamento gástrico –
contribuindo para a sensação de saciedade;
● Quanto mais mastigação, mais secreção de HCl;
● Quanto mais H+, menor será o esvaziamento gástrico. O mediador é a secretina;
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● O esvaziamento de líquidos é exponencial. Já o esvaziamento de grandes particulas
sólidas começa apenas após a trituração/moagem suficiente (fase de atraso). Em
seguida, o quimo viscoso é esvaziado de maneira quase linear.
Reflexo do vômito (êmese)
● Movimento peristáltico reverso;
● Quando há uma distensão, promove a propulsão para direcionar ao estômago, nesse
caso o controle vem de cima para baixo;
● No êmese, a distensão é de baixo para cima, havendo um aumento na pressão
abdominal;
● Bolo alimentar com volume considerável causa distensao no esofago e aumenta
distensão na parte superior fazendo abertura do esfíncter superior;
● Na ânsia, há a abertura do esfíncter esofágico inferior, mas não do superior;
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● O vômito é causado pela gestação aumentando a pressão na cavidade abdominal,
receptores que detectam toxinas causado por bactérias, remédios com o gosto ruim,
cheiro fétido, labirintite;
● Na região do bulbo (controla vísceras, centro de controle autonômico) há o centro
emético, quando ativado há esse reflexo do vômito. Dor de cabeça é uma vasodilatação
das artérias cerebrais, causando um edema que gera a dor. Isso dispara o centro
emético, processos de inflamação, cheiro na região central. Ao longo do TGI há
receptores que percebem citotoxinas, ativam os receptores que promovem a
secreção de serotonina e ativam a aferência vagal para o centro emérgico, mandando
essa informação eferente. Assim há o reflexo do vômito;
● Primeiro, há uma respiração profunda para aumentar a pressão, depois há contração
do abdômen para pressionar vísceras abdominais, fazendo com que haja retorno do
bolo alimentar.
Intestino delgado e sua importância
● Mistura e propulsão principalmente por segmentação
● Na secreção, há células caliciformes do intestino produzindo muco. Secreção de
enzimas e bicarbonato são devido à secreção pancreática;
● Na digestão, o intestino delgado termina o que foi iniciado na cavidade oral, termina a
digestão de polipeptídeos iniciada no estômago;
● Na absorção, peptídeo é feito por transporte ativo simples; aminoácidos, glicose e
frutose por transporte ativo secundário.
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Morfologia dos vilos do intestino delgado
● Formado por vilos, que aumentam a área de absorção do intestino delgado. Importante
porque recebe irrigação e saída de vênulas. Há a chegada de vasos linfáticos, a
absorção de gorduras ocorre na corrente linfática, quilomícron é jogado no sistema
linfático;
● Os vilos são formados por células caliciformes (função secretora de muco) e
enterócitos, que são as células que apresentam microvilosidades. Os enterócitos são
responsáveis pela digestão e absorção;
● Conjunto de microvilosidades forma borda em escova, onde há as últimas enzimas do
processo de digestão;
Controle da função intestinal
● Depende da presença do quimo, faz deformação do vilos por pressão, ativando a via
sensorial;
● Serotonina ativa a via aferente, via sensorial faz comunicação com plexo submucoso
para aumentar secreção;
● A presença de alimento (“bolus”) na luz intestinal, estimula a secreção, pelas células
enterocromafins, de serotonina (5-HT) que estimula as terminações sensoriais dos
quimioreceptores do SNE que por sua vez, estimulam interneurônios que determinam
os reflexos curtos ou longos, motores, secretores e/ou absortivos.
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Motilidade do intestino
● Peristáltica é a mais comum, função de propulsão do bolo alimentar. Necessário ter
primeiro a contração atrás do bolo alimentar e dilatação na frente, para que o bolo
alimentar seja jogado para frente;
● Motilidade segmentar é a de mistura, há a contração da musculatura circular que diminui
a luz. Relaxa e mistura, contrai e separa;
● Relaxamento por liberação de óxido nítrico, tendo relaxamento na frente e contração
atrás para o bolo alimentar movimentar;
● A função do intestino delgado está intimamente relacionado a secreção pancreática e
hepática;
● Enzimas secretadas pelo pâncreas são proteases, assim é liberado na forma de
zimogênio, que é a forma inativa. Para ativar as enzimas é necessário um pH adequado;
● Secreção da vesícula biliar (armazenamento da bile, composto produzido pelo fígado,
formado por bilirrubina, colesterol, sais biliares, que são detergentes com característica
anfipática);
● As micelas são quando sofrem ação das lipases presentes no intestino delgado.
Pâncreas
● Pâncreas endócrino: constituído de 10%, formado por ilhota de Langerhans (células beta-
insulina, células alfa- glucagon, somatostatina e peptídeo pancreático). A CCK inibe o
esvaziamento gástrico;
● Pâncreas exócrino: secreção de zimogênios, secreção de bicarbonato e secreção
hidroeletrolítica;
● As células acinares secretam enzimas digestórias. Em seu meio tem os ductos, que
culminam no ducto principal, levando a secreção pancreática ao duodeno;
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● O gastrinoma é um tumor hipersecretivo de gastrina, pode haver acidificação do bolo
alimentar, o pâncreas não alcaliniza o H+, gerando dificuldade na digestão de lipídeos.
Acomete glândula exócrina.
Secreção hidroeletrolítica
● Inativação da pepsina;
● Aumenta a solubilidade de ácidos graxos e sais biliares;
● Previne danos à mucosa;
● Otimiza o pH para as enzimas pancreáticas e borda em escova;Composição da secreção pancreática
● No baixo fluxo, o pâncreas tem um líquido mais isotônico, quando não tem tanto bolo
alimentar, há mais secreção de sódio e cloreto (Na+ e Cl);
● Em alto fluxo (por ter mais bolo alimentar), maior é a quantidade de bicarbonato, porque
é necessário neutralizar o bolo alimentar que chega;
● Maior fluxo, mais necessidade de digestão, sendo preciso secretar mais bicarbonato.
Secreção hidroeletrolítica pancreática e intestinal
● Maior parte é feita pela secreção pancreática;
● Todo líquido secretado vem do plasma;
● CO entra dentro da célula e converte em ácido carbônico, que se dissocia, BIC vai para
o lúmen. O cloreto entra e sai por difusão facilitada;
● H+ gerado deixa a célula em direção ao capilar, o sódio volta para a corrente
sanguínea;
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● Nas células intestinais, há corrente sanguínea e lúmen, há cloreto que entra na célula e
sai por difusão facilitada. O potássio sai para o líquido intersticial e o sódio sai para o
líquido por atpase;
● A secreção pancreática libera tripsinogênio, a enteropeptidase da borda em escova
ativa a tripsina;
Regulação da secreção pancreática
● CCK estimula secreção de enzimas, secretina estimula secreção de água e sais
minerais;
● As enzimas servem para a digestão, logo se houver gordura e polipeptídeos, são
usadas
● CCK inibe esvaziamento gástrico, para dar tempo de realizar a neutralização. Estimula a
secreção pancreática para acelerar o processo de digestão;
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● A presença de carboidrato libera GIP, inibe secreção gástrica e motilidade gástrica;
● Proteínas e gorduras estimulam CCK;
● Carboidrato no intestino aumenta secreção do GLP-1, que aumenta a secreção de
insulina. Antecipa a secreção de insulina para evitar hiperglicemia, é importante quando
há diferença em fazer alimentação por sonda enterohepática. Caso aplique a glicose
endovenosa, haverá uma hiperglicemia aumentada, porque não estimula a secreção de
GLP-1;
Importância da borda em escova no processo de digestão
do intestino delgado
● Quando o bolo alimentar chega no intestino, a proteína é digerida até formar pequenos
peptídeos;
● As peptidases fazem essa quebra, podendo ser absorvidos e disponibilizados na
corrente circulatória;
● Na borda em escova tem enzimas que digerem dissacarídeos, como a lactase e a
sucrase;
● Em pessoas intolerantes à lactose, deixam de produzir a lactase. Sem ela, há o acúmulo
de lactose. Enquanto a lactase em excesso é fermentada por bactérias presentes no
intestino delgado, ao fermentar são anaeróbicas, produzindo grande quantidade de
ácido, gerando acidose metabólica. Há também gases e flatulências;
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Digestão e absorção de carboidratos
● Monossacarídeos são absorvidos pela borda em escova;
● GLT é transportador de glicose dependente de sódio, logo a glicose entra com o sódio,
sai na membrana basal por GLUT2 e o sódio sai do enterócito por bomba de sódio-
potássio atpase, fazendo com que seja por transporte ativo secundário;
● A frutose é um transporte facilitado, importante na produção de ácidos graxos.
Digestão de proteínas
● Endopeptidases digere as ligações peptídicas internas da proteína, tiram aminoácidos
que estão no meio da cadeia peptídica;
● Na borda em escova tem aminopeptidases (quebra ligação perto do grupamento amina)
e carbono peptidases (quebram perto do carbono);
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● Peptídeos maiores são absorvidos por transcitose;
Digestão de gorduras
● Lipases pegam o triacilglicerol e hidrolisam formando dois ácidos graxos e
monoacilglicerol, que são absorvidos pela borda em escova, dentro do enterócito se
juntam novamente formando triacilgliceróis, gerando os quilomícrons, secretados pelo
enterócito na linfa;
● Sais biliares diminuem as gotas lipídicas, permitindo ação das lipases;
● Micelas são absorvidas;
● Triacilglicerol se completa com fosfolipídeos, proteínas, formando quilomícron;
● No fígado é formado quilomícron remanescente.
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O papel da bile na digestão
● Esfíncter de oddi precisa abrir para haver a ejeção da bile no duodeno, quem faz isso é
CCK;
● CCK aumenta secreção pancreática de enzimas, diminui esvaziamento gástrico e
estimula secreção da vesícula biliar;
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Controle da secreção da bile e recirculação dos sais
biliares
● Presença de ácido graxos aumentam secreção de CCK, promovendo contração da
vesícula biliar, relaxa esfíncter de oddi na bile;
● Sais biliares fazem emulsificação, formam micelas. Esses sais não são absorvidos, já que
os sais são reabsorvidos para a corrente circulatória com o sódio, é reutilizado para
síntese de nova bile;
Esfíncter ileocecal
● Quando há a chegada da peristáltica no fim do íleo, há uma comunicação do íleo com o
intestino grosso. A comunicação é feita pelo íleo cecal;
● Chega o bolo alimentar, o íleo distende, promove relaxamento do íleo cecal, o bolo sai
do íleo e ganha o ceco. Ao chegar lá, há distensão do ceco, fechando o esfíncter
ileocecal;
● Distensão do íleo abre;
● Distensão do ceco fecha;
● Há controle do esvaziamento gástrico e do intestino delgado;
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Intestino grosso
● Há absorção de vitaminas, sais minerais e pequenas moléculas;
● Colo transverso e descendente tem movimento de massa (peristaltismo que empurra
grande quantidade de bolo fecal até o reto);
● Na parte ascendente e metade do colo transverso, há contrações de mistura que
permite absorção de vitaminas e água;
● A contração por massa, move quantidades grandes de massa fecal, já que empurra a
massa fecal até a região do reto. Quando a massa chega, há o reflexo de defecação,
sendo que no reto há dois esfíncteres (interno e externo), causando a distensão do
reto e relaxa o esfíncter interno;
● Controle do esfíncter externo (músculo esquelético, controle voluntário) defeca, caso
contrário, fica contraído;
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