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eor1a era daa minis ra ão Teoria geral da administração e u '9 e õ Sumário APRESENTAÇÃO, 7 COMO APROVEITAR AO MÁXllvlO ESTE LIVRO, 10 1. Uma visão geral, 15 1.1 Aspectos gerais da administração, 20 1.2 As organizações e seu ambiente, 26 1.3 Um breve olhar sobre a evolução histórica das abordagens de administração: gestão no pensamento contemporâneo, 30 2. Os clássicos, 49 2.1 Administração Científica, 56 2.2 Teoria Clássica da Administração (1-Ienri Fayol e Lyndall Ur,vick), 78 2.3 A organização burocrática: tvlax Weber, 86 3. Teorias Transitivas e Teoria das Relações Humanas, 97 3.1 ·reorias 1 ·ransitivas ou de Transição, 102 3.2 Teoria das Relações Hum.anas, 114 4. Comportamentalistas, estruturalistas e desenvolvimentistas, 137 4.1 Behaviorismo ou Comportamentalismo, 142 4.2 Estruturalismo, 161 4.3 Teoria do Desenvolvin1ento Organizacional (DO), 173 5. Teoria de Sistemas e Teoria da Contingência, 195 5.1 O que é um sisten1a de controle de gestão?, 199 5.2 Teoria de Sistemas, 202 5.3 Teoria da Contingência, 223 6. Teorias contemporâneas, 245 6.1 Teoria dos Stakeholders, 248 6.2 Teoria da Organização de Aprendizagem, 258 6.3 Teoria da Administração Adaptativa ou da Organização Evolutiva, 272 PARA CONCLUIR ... , 285 REFERÊNCIAS, 289 RESPOSTAS, 299 SOBRE O AUTOR, 319 Apresentação E1n um país dotado de tantos recursos naturais como o Brasil, onde a diversidade, as discrepâncias e as diferenças estâo en tre as maiores do globo, ad1ninistrar os recursos disponíveis não é tarefa simples. Nossa história, cultura e tradição vez ou outra apresentam bons exemplos de un1a gestão modelar para as demais nações, mas, con1 frequência n1uito n1aior, somos grandes importadores e copiadores de soluções alheias, boas ou más. No estágio de clesenvolvimento econ.ômico no qual nos encontramos, aproximando-nos cada vez mais das maiores eco1101nias do mundo, apesar de todas as dificuldades com as quais nos defrontamos cotidianamente, é fundamental cuidar mos adequadamente do que temos e buscarmos tirar proveito de tudo aquilo que nos foi legado. Mais ainda: se quiser1nos avançar em a1nbientes cada vez 1nais competitivos e difíceis, precisamos intensamente aprimorar nossas práticas de gestão em todos os níveis - do micronegóci.o até as multinacion.ais 7 8 brasileiras; isso na esfera privada, pois na pública não l1á setor que não dema11de aprünoramentos. Para não repetirmos os erros e equívocos cometidos ao longo das práticas de gestão, convém conhecermos o máxi- 1no possível as lições e os ensina1nentos deixados pelos que anteriormente se preocuparam com o universo da adminis tração e que desenvolveram diversas abordagens, pois assim poderem.os melhorar n.ossas práticas e alcançar os objetivos pretendidos, de forma a contribuir para a eficácia e a eficiência organizacional. É sob essa ótica que se desenvolve esta obra, ou seja, são apresentadas as mais diversas abordagens de administração em un1a sequência histórica, não só para facilitar a compree11- são, mas para percebermos co1no o conhecimento dessa área foi acumulado e aprimorado, de modo a consolidar e a tornar compreensível a proposta deste texto. Inicialmente, são questionados os principais aspectos das práticas de adn1inistração e sua ü1serção 110 mundo organi zacional, com destaque para as funções-chave da atuação de qualquer gestor. Em seguida, vemos como as organizações se inserem no ambiente de negócios e como essa inserção acontece de modo a gerar influências 1nútuas que tendem a aprimorar ambos. Posteriormente, apresentamos uma breve história do pensamento administrativo em seus principais 1nomentos. Nos capítulos que seguem, examinamos as princi pais escolas e abordagens de administração de modo a facilitar uma boa compreensão desses enfoques. ·Esperamos que tais conhecimentos sejan1 bem aproveita dos e úteis para os leitores que se interessam pelo fascina11te mundo da administração. Que todo o conhecimento agrupa do aqui possa ajudar na lapidação da for1nação profissional daqueles que se esforçan1 en1 seus estudos e contribuem, seja 110 ân1bito da academ.ia, seja 11a prática das organizações, para que cada vez 1nais os gestores sejam vistos em sua devida importâ11cia, empresarial e social. Boa leitura e bons estudos. 9 Como aproveitar ao máximo este livro Este livro u·az alguns recursos que Yisam enriquecer o seu aprendizado, facilitar a co1npreensão dos conteúdos e tornar a leitura mais dinâmica. São ferramentas proje tadas de acordo com a natureza dos temas que van1os exan1inar. Veja a seguir como esses recursos estão distribuídos no decorrer desta obra. 1 Estudo de caso Conteúdos do capítulo Logo na abertura do capítulo, você fica conhecen do os conteúdos que nele serão abordados. Após o estudo deste capítulo, você será capaz de: Você tambén1 é infonnado a respeito das co1npe tênrias que irá desenvolver e dos con heci1nentos que irá adquirir com o estudo do capítulo. '.<r<!t "'''*""d,,;:Jw ,Jnw, ��11•• l,.!/.ç,,.! 11111 C$11l ,lilllt 1111h"tutU1"1< > .'l.q...,l-.<fl� �;.., if"'� u.,11a11J., 11m , 11r,,., •Uj>,º l\"f Milll b <ll>I ,:;.,,; � ... � li,;)., l" >JI "''· .,_, U,r,_ ""'* 'ºinl'-• "n, 1 !h •," 1",,, ,1,,. "º '" I" � .u.;.,..t,�"'' " 1o.�,h!id� r•ro ... , ,,.,.,_. "tun• �,,,.,. ,!J, !� I ' '"' .,l·, 11· �" ->qmi,q11,.., !'f'l'.Wlld< IWl" hmm.• ¼JS w, _ , ... � •,: ".,,.u,;1,11,r lm ,,r�<k>" wf1t1rnt�• ,;_vm _ , c,i 11Xm<. ,, qu, p,.ic,a,._,. l.;u r,m1 .ij11d• �1w,t1· Corob,:cendo Ml.gllol Esta seção traz ao seu conhecin1ento situações que vão aproximar os conteúdos estudados de sua prál ica profissional. I.Cw, rl <" 11r1<<> .-.,,,ct,m(' J,-di�� n� :,.,., 111111 ,.,.,,, .Jl...,i.,�.m ;,,><t.� mr •i:r..>1h n• fN.w..h:lr "" ,.,..crnd:i, nu, umnlm ttU <Jihimfo 11•"' ",i,:11 hm m . � . .....-wr o <f"- r,..:<' ,.., k1 h �w01 ll!l (>.<'Jt11u• v"'1 ,_ • ,b«T m,,; i... , !ncl'l,, �aJ 1<1.tuh!4".:.> Pf"•ii.,>,;a.J ri:-!h\> ·� ,o;w,,;. "tl11n.d,;:....,. d<Ut, ,,. 1·� • ....,._., ._ 11<1,"-..' 1uu !,!n n•·11,o '"' ..,, • ., ,.,,. ,h, -""" f>l'O"<"' qur Ih l"'"'n"" l ' 'f <,o.- ml"o•, �,, . • • ,mu •'<:cuml"'J,.,,�d<Wtt"I ..:..:1!1,!mi,:,,, l:t.:,r<:"mh·mir ...,dl< ,'< I Ltfl'f!>;l ;r pJ• • 1..�.:..:m� "'"' e , ,nu " '')1,1 J1.XV.- 111S.• <'m ..,m 1 •· • u nq1 . 1� I � • ,.4, ...... 1.i u,c ..,... .t.. t.., ul.l..U. � . "'"'d.o ""' "-'"!''"""""''' yu.i. .. ptk • "''l' ...... , .. 1,,,,, .. 1., . , .... ,, •,;.,.,,,.,. ;i! �m• !t1hu.,. 0tvho<Tth'<( "111..,. !.,,.,.,."-p, i.oztm � l t1l"""ld, ,,p-nl11;11 "<'li kmrn (,�lu , 1.:,., .,t:u«.>I•'-' Jr f<'.l:s sc.,;"JJ ( M...t .. ! � il t t 1 • 1 " :!I � 1 1 f • ! li i � i 1 < i j � f • {• li j 1!8 m�· h.•v•le ,1111t>tllkl OO<llll'f().«.:> n,,)-.'W"i,r"i,,h, t m , lur E,.,.,, -.1'ill!(Ut re,,;sku.n CS CCUd\l,'\'O -.,j l, htJfll,anJ' 11M tl'l,ç,Ws t coMCquclll( melt..�adcc o.M111111k�tmtt �s t ,nb.ihd-.u ,w lifS,:llli:.).'\'*1. .\.,.m dl$Mt b;i.,w., �mh.i,11 �-. fl.) nllfl>f�dr 1,a. 1 ... ,.1.«• u:m """-� 1 .. ul'>.II O l"'M """""" _,. ••• llfllllnâ,"« � .. ., , <111(11: 111< . I""" (1� unNm -·•'"'" .,,,,.,, ,k w� nc«�lo . .,.,., (((ti" ,:-rr,11-,< ,�,,:int< f ,e, Orrt nxb C,,)ffl(I (t.v>.)!lu.J111 ( OOffl(f Vldll'HJ\1, 1 l'M'ó\ tmtr..ltmtM mdlwr (llm) Jj "'"tl:S 1J t1 u de ite''º" o.�1,.11, 1in , lti1Mi«rrw-,, .ui1bk111,r. de uJb,ltw . pn1r,mo �rt"" \.ótl,$ J iti, .Ja,;is..,'h:i\� .:b grup.) de lt,JtW 1,u1Llú.l>�ólt11\i.,lltl.,.«>,H ,.,.,..,.._ Í.ff<ll<'J,11,1.!a l.oM'l'l.lo um� m,i!iM 1 lil, ph""I"',. lffl u "' '1...,_, :,h.'ld'l>ºffl 0 \'.<0:<')(10) s.,,,.1,.,'(,:«)1,�lllc.> ... httm1°$1t' Pfdulld -O).ff>lnl" hUl/lt:l<il C00.., 1u., p.Jc ltl a!ct....b.u l&IU t ,.'11,fnÍ ,"'I"'º ' t..'11,n, :klo\1111!m,�:.:,, 3,2.1 Caracteristiça1 bbicu da Teori;i da& Relações Humanas l"v& .,,.,;,.,...,...,,<! :ob.."J�m, 11<h11rb._'W.< Vww4 o,... m(t'l..n ,.. ,,.�•<xil'" lt'•""'"4.-•k•rn,,._'O,·,m,:n 1 , ) 1�"i<1 n, 1 ·.;,qioek Jti!,W.. <), ....,..!1!1(1t\� W1>'11)"1 < •.,m11t>·mr "'" dJ\I�� p,.'t p,:,q111 m l11°" �,:, fn.o tbd.,. r , it,.�);· d,,: fffl(Off b.lul'Wl•s nk> í�u o -, 1t11;f'll. r--= ,..,_�h(" ,,_ pmltu.� di àft-.l Jt ll<'gKIOJ di UIIC\USl:bdt Exercício resolvido Para refletir Nesta seção, a proposta é levá-lo a refletir criti camente sobre alguns assunios e trocar ideias e experiências con, seus pares. Pua nfictiJ' 1:,.,. ,�..,d,: l10Jk,rtdcmi��f\'$'1U (pt:'Wlll!ll.l r-..itml...,,«t l'I Om.JU 11$1> dtfll �l-.R�IS d"(ff\U' W. qlll' k Wb.ur.1111 Jtssts 1111•� �11-de �IU'idr,:llllffl» 11.1 u .1umc11 1m ., lu.Jo> cm o.ku1111t11 1,> ,1,,. 11>1bo:ii lwli'lftsl 1 , t.""'"""°"".....,"'ll•dN11•h•�P.,� .... Jli,y.lor IJU ,.� Ao longo do livro, há 1.1111a série de exercícios resol vidos para facilitar a compreensão dos capítulos. �"°"'' J ,\Õ,,mi1"1;<.1,;1nC...,dk•dr T•f .. . ,,... . . •l'!!m \'ffl <fl'-'llt" rc-m, 1 � iut,.,, M>I .,,. rr..� de v�!h.> nn1110: ,I' f"'I HW 11..kis b«'t,,J,.� rm um a1ud, , ;:1cn111i,;o Jc: 1 ,11dn; ..1tw111 u , . 1, , ,u1 _ _,,. 11ci111t, ,lceka,.,,1<r1 � ""l"'·p.l,• •. WI ,� d< ..1ou.i• I <,. U<Uh,<tm-."' & , , mnm. ... .Je ilwt>!ll(tt( $1Sltln, HoJlll ÍUl�IIIWIM, p!'AI.� t llltlS Jl<Uil il,t,,."\'\nJlik t INlt.Yl\"flO'> �h,) � J'l'<'"'l<ll�-4,..lll, t oc, lw,I., tim ,U�,,tô,l,w Ju ,w.-. m:, d.>,¼.,,..., "'.l....t., da .·hl.,...,.�� .. '1o �1,b, .._,:u J,• '""" "1't(ftd<t.lO,,, -'IITTl'f!I \ln! l!f\-1:,leffn ,.1( """fr\:l'O�>!""q<llmn ,.-(fn,..• 11m P'('l."f "" d( �.,.;il !K\11.• de �('"111 f,;e,.,.c � «"'-\ «, Ji,í,,s n.� '1!1\ltn.lffl �r.Yl!Clllt N l'llffA Jc 11!11 ffl .Uolfk)�r,x, mM-:;,\,.�11hmc111.iolol¼<mstss.\esc� ,.ti,c,11..ut/lut c, , 11cn1� t11 �d� m...:l.l114• t--Jt .... �Al<)l::t,,iu p,1.11t1,mu!u ,cdh,.,. h,.., f*1obln11Ã<Op«llh,,. p•u,·t,i....-.. , mr111,l.-...""1�-..i. çn."<;N m, ., ''"''°'' l(;'IIHk-- I'"'"'""'" ( ,,.... r, , .......... pi ... \l0.11 d o: di�n-.'(>l,·,mcmo IJ"lf& hd,r....,�• ti" 1k ,.,._ rt� t f"#.1':4 que k dc.,m,vl•T o 1nl1 J!h" <111 uui• l"f)l)n�,i • ADM INt'(.TR.iU)(ltr.,.. Aíli90• tv.ill'Wlhrl rm d,l!p """".., ....,,,,.,..,.J,,.o<,, •mlilflrno,-;> k<M..., E,:i;c ?0:15 � ,ur �w<t.i dw,n,"S�"""'' 11\IC p,,d(� w�,hJf u 1<11111 1!11("'�., ,e UJm>f11n:l.n "("-' Oltl) de <<11:1hc\'.m,m10 l!ll'OJU.'\IA,T, (.. 'T00tn,,t (Wll)O(lame:rul do) .:id:l\wdl1n,çao. ! 111,k'> li'.ll !. Oi,f"nll'c:I ni, . dlllpA' v.w .. ldl,i" • .tm!"h1n.;.:.1 .. »mllt,cll,,,,,'fl'IP,>ct.1,-.il. ,l.w.!,-,.u,.. ... o hv...., �,. t, ,.,. !Ili', f-,.c \('\1,:0 , 1><\i l>l'ld:, <:> (<.<tlh((lltl.(S'I,> � O ("lcqll( «mpon;,m(1u;1I d-, d,.(tJ.U Jbolll�11, de ..dmm1 !ll'l(,),l, f·c ,\-ôt,.U'>JL OU- LllSf"'ll>dC-.. <ln(W\,11,·,..��\•.br/ 4!,l'lllltnut.a..'I':> ,\i.ff$,)tfll a,111 :MIi). Para saber mais 1 � ·1n,1 tt1',\'>r< 1k1 � t h,cl.,. r ""="'"'"'� • . -,,b 1rn111,.11 .. , "" <k"<'n•prnlv d• l •"tl.l d ......... , ,I,.� 1r,i..n,.,• \f'>t{M H, 1'1t10, f1 .?Wt <! dl\·.Ji, 111ulu llw �,._ lf:1Mlm,m, ,r.ui y,:1111� , 1ulwlh.t.ltd, l"lll• <tllt fl'.�n. .. � ,.._ l' "' "' 'P.." ,w11mi...,.ú.·i,.i.:., p,u "1:.l-·-,11",,w ,1., ,r., l\1 lh11 r .. ,,, • .,.,11, .. 1,,,.,...........,,,.,, ,w"" ... , ,.,..,; .. " Você pode consuhar as obras indicadas nesta secão para aprofundar sua aprendizagen1. Síntese E-.n 01..- • 1 •,c �o<nr" .,, d.,...._ .:to� d:1 f,,,.,b,::);) <i<••• V,ipo n• lrtl de .1dmm.1,m1,,:3.", f�a#,Qmcntt n• m11 � �rim>,1111tnto> O!j;Jm::.i.;1,,.'fl.ll Sintese Você dispõe. ao final do capítulo, de uma síntese que traz os principais conceitos nele abordados. S(i.!( <.:1p!!t1h f.imm,p�1'.�1'5 pt ll),'.lf'JI, (� ... ..,,la, l (,,lfU Q.'Wtl(l<'IUflltnt; H$ . (PI l',lltl(ij!Jil' ;t1. ld.'I.U ÓMIC:IMWI il» p,.....- Rllct1 t Mllll*m'ljl t 111.i!,wis ®li WDl-cllol$•.C.hnt' iltl l)tllS"'mtM<) dt 141)'11, �u!mtn1t-Oi1. rtb. l«ud;"' � 1,.,,.., .,f,c.A AI 1<, �,.._.,6n',o)l',.111.1.lt> h'l:t.i,õ.ir.;.«,><C. . . ....,..,_. """"·'. T>)lftJ,ttr<(T'.1,· ....,.., 1t1c1=...l,.i t><.i.,.<'hr.<, <k M.�,.,, rd., ��G..:o,• �"m WP. ÍfU'� \ t , , 1.,m\'(m �n, trn,o OO,"' rn.� Jt f'(,qpt511 c,, mp,.•mGCc'l'JIJI d( cmr,.....-,_, m,c� � mMllUffl;..\ (P��I.Jllcri lk'�e: '>:.."(.lc1und " rJml.>ii'"" 1,.-.nm Jt,i,,,IJld,,,.,, «(!� mm :tl(,·�n iB d, l�11 CIAMló.• d11 .Wm1nmr.,.,t.>.-pnnc1p,1$111l"l(>' t pr,1tkolllte5,b(iaroffll)o>t1Wlll'>l' �,oq.,t11k.i°'""n.l �d� 1r..11ulho> ,...pw1.:.J,1 OOo1 -.i. ','MLl,l.>s llj !úi ilt 1\,, !""· '"·'"' 14...-...,11UJ1t, , .... 11,i., , •il( ., ' "''I n:,,,1:1,., d, l,;or"',-�'ª· SQl\'-\lhm!tn l ( •) o,.I( ,.,., ,k l'<'" l"""'"l"I ,.,,,,.. (1>1,11 W(l-ot. � �� 11 (t'>>tffl( d of, 1w, 11\,;,n(llda l)o;'I" t».l th)rd,p:m e 9;I;) (n.,._ mll11tnn;t,, UffllJ/1 nu'"""' d1,u,m'IS�,,10 Questões para revia,ão Em 111,r�wqm <'J�>t> 1'nr-011�dJo Mnnm,:r.,.,'* Ú<'l'l;l!i.'.1od( f•1�lC11m,:ni(- z \l>,lnab..im °" robh<>rl<Mf'('S<k flo)'...,..!O qllt ébde, $(!1'1,lllun.11�' ) q,u...� IMi11H "' P\"'' I'°"' .:fl!IU. li Adm.,Hln,.-..,fo) ()o'ff.1!1< ,J " Apl\'.,cn,, .,.. r�1p,"OS vn,1, ..i, ((i(';l(la 1, ... 1\'..,_,,..1 d� l1o>n h� t d,: LTM,�11\t ...,,d, , Qwilf. s>o � c�•:,u llf'W)S reb1:ton..!111 ) bo.1.ro tllCIH .... llo>Ul'll'll((k'., dt Wtbct • t. . Qwl'lltlo11Ailmi11u,t(à;:l.)Otlllo!u Jt fà)b 1) a Jtno.""'"';\,) p...lttod• ,�.., , , 1, '\A.r .\t.1w1--..,, ,.,. <'li \..otf'\'""" ' '" 0,..1,,� do: r:rn.-.. 111 tlm �•mi)) f pMUtro r,nlin,.;nil • -�(lo pt1.'t!'ll<:'K'll'le ,_11w,� m d:hb,:l;)(l,,111,:m( "'.i.J1( 1WI'.> (l(.culi«t fUU ,:w- nur • pr.-:10 , dH<St mtt�...i .. :<"o lo)l:M'l.t .1.., tser111�11c, h .1m tllp,,9..U :111.u ptln ,l pid5 l>lt.l,,.'l Ulí ll ,...,_ ai;ldtl.<.Kc �C'>..'11!�"$ d� UlllJt pt,n �II �111,,."ffS. Euio,nt f, ltMII ..- «,Nll.)(IU, , .. mbl'*I d< pur1,,.,1 .. l , , ,.,..,.,,.mil'.,, da r�.,,1., ,1, • r,., ,,..,.i:ih-,tt,., {lJc:, n,;-.....,.,,,t •I.' '"I\U' 1k , , .......... ,, ,_ «>�'*"""""' "J''"'" *""•»•w. u 110-11<, de �·u C'ât•lll\'Wfll:la.m1'. li) (�Ili dr ,u., 1mrbzu.x�" , """ IOOCk lCI (lt;lll (ll do: 1m 11U11 1oc1o/.11 dui,,.� 1111W ,'(!, JJl/4"11<,Jil Questões para revisão , .. Con1 estas atividades, você te1n a possibilidade de rever os principais conceitos analisados. Ao final do livro, o autor disponibiliza as respostas às questões, a fi1n de que você possa verificar con10 está sua aprendizage1n. Questões para reflexão Estas questões Lêm o objetivo de levar você a re fletir sobre determinado assunto e assumir uma postura crilica ao Lrocar ideias e experiê'ncias com seus pares. �) u tl11u sl1t Wct,bdtlU$ e J �� t 11ml J ll$nlic11. 11,·h�'ll:lflll«. ,._. h\ ,. ,1.,,. ,.11, �,Rl.o,l,/o.,,. na• nl" ...u!1tln, :nurl». <"" tn1,, , , ,d J pr1me1r;, < f.11,a e• �1mtla f v,:ld,-.;k1111 d) t ptlltll' IQ ( '"11,l,1, 1fon f .U(S:UHdA ( (,tb;J <.• ,mhfft,,l,Hot«uJ Questões para reflexão 1 l\>f {!Ili'.. (!lf,« ,el:f,: Jle, 1(1:,cóe, f,,;1t,JM;,,(lr,'CI.> !(I �• Jal � �ÚM ,ot,11: � i,roff�•� mtdinlt'OIS C lll'f!i>.">, ... !>,MdidA ptl� pr.)\Kbck g ,.i>,\ � 1 \11 tn 1 \'(>Cf ,-vdll l\'f <,.lt.' 1 \'mt ,,r,·.t11u1� *" d ,nwu,11' de l'/llfl(> ili'> u11pNUn1t$ <'IU 111l 1t. 1! 1»,111W�'l.> l P,... Cp'l \'o<t p, lilt Jkl , li:""$ ,,.,,,,14 ... , , , , .........., } l'oxltrut., ;,lttmJI que 9!I, (l;)I ! � l(l}n,� J Ttlll"O dJ! jql� ttu.Jn1� ,a)o (.\lll:11;1,ll!lenl( ,111.LJU ( �lffl'tl� nu �M'OUqu,: .:,,.'W!h«,:ioo1,m TIC'S$J ,ido) «'l!di!1 n , . O q11, ,,x,e penu � �· .. l .a. 1l � il � • t j â • ili ! �" :!I•e 1 li ;• '" f• • � li .li : � n � "• < .. • ij 1 .ã� � •� f• {• e li j,o • � i 1 lt i i ii .. o ! t li � D � � 1 e f Urna visão geral Neste estudo de caso van1os apresentar 1vliguel, un1 estu dante universitário. Aqueles que estão frequentando um curso superior saben1 que esse período pode ser, ao mes- 1110 tetnpo, o n1ell1or e o pior dos ten1pos. Alén1 disso, a faculdade poder ser urna ótin1a oportunidade para alcar1- çar aquilo que se pretende para o futuro. lv1as isso só se o estudante for organizado o suficiente! Corn isso etn ruente, o que podernos fazer para ajudar Miguel? Conhecendo Miguel tvliguel é o típico estudante dedicado. Ele leva un1a vida acadên1ica bastante agitada na faculdade en1 que estuda, 1nas tan1bérn está olhando para o seu futuro, para ver o que pode ser feito con1 antecedência, con1 vistas a obter n1ais faciln1ente sua estabilização profissional efetiva. Aqui estão alguns de seus desafios: • Con1eçar un1 negócio paralelamente aos seus estu dos - un1 negócio que lhe pern1itiria, por exen1plo, viajar, urna vez cun1pridos os deveres acadêmicos. • Ficar en1 íorn1a e saudável. Gerer1ciar toda a loucura que é un1a carga acadê mica en1 tetnpo integral e a vida social intensa ela faculdade, acrescida dos con1pron1issos gerados pelo en1preendin1ento aberto. Vejan1os alguns hábitos ineficientes e outros fatores que fazem Miguel desperdiçar seu ten1po: • Cozinhar. • Uso excessivo de redes sociais e e -n1ail. 17 • Procrastinação das atividades do curso que realiza e do negócio paralelo pretendido. Pontos de alavancagem ()s principais pontos de apoio de ]'v!iguel para suas ati vidades são: • un1 negócio paralelo à faculdade que possa ser de senvolvido en1 apenas algun1as horas por sen1ana e que produza un1a renda suficienten1ente substancial; • 1nanutenção da saúde e da forrna física; n1anutençào de un1a vida social ativa n1esn10 con1 esses con1pron11ssos. Orientações gerais () caso do negócio paralelo, é recornendável que f\iliguel tente abordá-lo con1 un1a orientaçáo íorten1ente foca da, ou seja, que reserve un1a quantidade de horas por sen1ana e, durante esse período, n1antenha o foco no negócio, e que, preferencialn1ente, siga algun1 processo já conhecido. O raciocínio por trás disso é que um novo negócio n,1o é algo que possa ser feito con1 base apenas nos resultados pretendidos: con10 \,liguei ainda está aprendendo as técni cas na faculdade, é inseguro. Aderir a un1 processo que funcione con1provadan1ente (urna franquia, por exemplo) é a n1elhor n1aneira de se estabelecer. .Já para n1anter a forn1a e ficar saudável (e, ao n1esn10 ten1po, ser eficiente), t\'liguel pode encontrar un1 co1npa nheiro de acaden1ia para incentivá-lo, facilitando o desen volvin1ento de bons hábitos para sua forn1a física. C)utra sugestão é nào quebrar a prograrnaçào dos exercícios, que 18 i " -� é t1n1a técnica de n1otivação e reforço, na qual pequenos esforços são acrescentados a cada dia. Para reduzir o ten1po de preparação dos alime11tos, a re con1endação são refeições prontas ou semi prontas, co1no un1 frango assado (que �'liguei pode cotnprar no super n1ercado) e legun1es já cortados. Ou então, con10 alter nativa, ele pode cozinhar u1n grande volun1e de con1ida no fin1 de se1nana e ar1nazenar no congelador para con1er durante a semana. Para fazer tudo isso e ainda n1anter un1a vida social ativa, peclin1os que [',/liguei reserve duas noites por sen1ana con10 noites sociais para estar com os an1igos e sair para alguma atividade em grupo. rvhguel ten1 alguns 1naus l1ábitos que precisa1n ser 1no dificados: desenvolve n1uitas atividades ao n1esn10 ten1po sem saber priorizar un1a ou outra adequada1nente; • faz as coisas no últi1110 n1inuto, não sabendo o que fazer e a hora certa de cada tarefa. Manter-se organizado depende, em grande 1nedida, do que se faz depois que alguma tarefa está pronta. Nes te caso, recon1endan1os redefinir sua progran1ação de trabalho cotidiano, para que possa iniciar outra tarefa in1ediatan1ente após a execução. i1iguel realn1ente não ten1 problen1a con1 ten1po ocioso - na verdade, ele parece apreciar a loucura de ter n1uita coisa para fazer ern pouco ten1po. A única ressalva é a de aproxin1ar seu negócio paralelo a un1a orientação foca da em un1 processo já dominado e se certificar de estar de dicando te1npo suficiente para ele - incluindo trabalhar nos fins de semana, se necessário. 19 Essas dicas, que buscan1 ajudar 1v1iguel a se organizar e tirar rnelhor proveito de seu tempo e de seus recursos, insere1n-se en1 un1 contexto n1aior que cha1nan1os de administração - ou un1 tern10 1nuito co1nun1 e1n nossa época gestão. Alén1 das orientações anteriores, con10 as boas práticas de gestão poderão auxiliar lvliguel? 20 Aspectos gerais da administração O que é ad1ninistração? O que os administradores fazem? Como posso ser um bom gestor? A administração é arte e é ciência ao mesmo tempo. Essas são algumas das questões que muitos de nós, na profissão de administradores, fazemos bem 1nais que un1a vez. E nem sempre nossas respostas são as 1nais convincentes para nós mesmos. A administração é arte e é ciência ao mesmo tempo. É a arte de fazer as pessoas mais eficazes do que teriam sido sem um adn1inistrador e é ciência na medida em que busca descobrir co1no fazer isso. Portanto, é fundamental, pois tor nar os membros do grupo mais eficazes é exatamente o que faz com que o gestor seja valorizado. 1.1.1 Competências básicas Fundamentalmente, existem quatro competências básicas para uma boa gestão, a saber: planejamento, organização, direção e controle. Todas elas serão discutidas separada mente e e1n mais detalhes a seguir. 1.1.1.1 Planejamento Você já deve ter ouvido ou lido n1uitas vezes que planejar é o primeiro e mais importante passo em qualquer tarefa de gestão. No entanto, também é um fato constatado - e que facilmente podernos observar - que o planejamento é, muitas vezes, pouco relevante na concepção de alguns gestores ou 1nesn10 ignorado por outros. Essas posturas de grande parte de gestores denotam falta de conhecimento porque, apesar de os detalhes de planejamento necessários em um empreendin1ento variaren1 de tarefa para tarefa, ignorar essa atividade é se expor a insucessos, exceto se a pessoa puder contar com a sorte. Outro fator que causa confusão, quando o gestor aborda o processo de plan.ejan1ento, é a concepção da maiori.a das pessoas sobre o tern10 planejan1ento. Elas simplesmente o as sociam à ideia geral de planejamento dos negócios; no entanto, existem diferentes níveis e tipos de planejamento. Quando nos referin1os aos níveis de planejamento, encontran1os: • • • planejamento estratégico; planejamento tático; planeja1nento operacio11al. 21 22 Já no que se refere aos diferentes tipos de planejamento, a gama de possibilidades é bastante extensa, por exemplo: • planejamento para evitar desastres; • planejamento da sucessão; • planejamento para enfrentar crises; • planejamento de recompensas. Logo, todos esses aspectos e fatores devem se tornar de conhecimento dos gestores para que estes possarn atuar com segurança, levando a bom termo a tarefa que encabeçarem. 1.1.1. 2 Organização A capacidade para organizar equipes, tarefas e projetos de maneira a obter o trabalho feito da forn1a mais eficiente e eficaz possível é outro atributo essencial para o gestor. Essa capacidade pode ser aplicada em diversos âmbitos, pois ela é fundamen.tal para organizar tan.to um pequeno trabalho em equipe quanto um projeto con1 muitas equipes de diversas competências - este último é nor1nalmente necessário na organização de um departamento ou de uma nova divisão da empresa. Você pode estar se perguntando: mas isso não é planeja mento? Realme11te há certa sobreposição de fatores conceituais e práticos entre o planejamento do trabalho e sua organização, razão pela qual precisamos distinguir as respectivas abran gências. Enquanto o planejamento se concentra sobre o que precisa ser feito, a organização é focada em con10 fazer para obter o trabalho feito da melhor maneira possível. Organizar o trabalho compreende ações como as de: • definir as funções necessárias; • definir e estabelecer as tarefas para as funções; • decidir quais os melhores recursos (pessoas e equi pamentos) para o bom desenvolvimento das tarefas; • obLer os recursos e direcioná-los para as ocupações necessárias para a execução das tarefas; • indicar e estabelecer os recursos para as funções. Aléln disso, dependendo da situação, podemos incluir nesse rol de ações a de delegar autoridade e responsabilidade para que tais tarefas seJam executadas. O gestor deve se len1brar de que raramente é suficiente organizar as coisas uma única vez. Como sempre ocorre1n mudanças em relação a recursos, metas e fatores externos, consequentemente o que observamos é a necessidade cons tante de reorganizar as atividades para que se ajustem a tais mudanças. 1.1.1.3 Direção A etapa de ação propriamente dita corresponde ao dirigir. Após planejar e organizar o trabalho, o gestor entra na fase de direção. É o 1nomento em que irá direcionar a equipe para começar o trabalho. É preciso começar certificando-se de que o objetivo está claro para todos na equipe e, por isso, deve-se verificar se: 23 24 • todos saben1 qual é o objetivo; • todos sabem quais são seus papéis na equipe para atingir o objetivo; • os participa11tes ela equipe têm tudo ele que precisam (recursos, autoridade, ten1po etc.) para fazer cada un1 a sua parte. Após planejar e organizar o trabalho, o gestor entra na fase de direção. E o mo- mento em que irá direcio- nar a equipe para começar o trabalho. E in1portante que o gestor, nessa etapa d o processo, saiba que a ele cabe puxar, e não em purrar. Como alerta Reh (2014, p. 2, tradução nossa): "Você será mais eficaz em dirigir a equipe em direção a seu objetivo se pu- xar (levar a equipe com você) ao ü1vés de en1purrar (sentar e dar ordens). Isso se você quiser 1notivar (e que gestor não quer?) as pessoas em sua equipe, auxiliando-as e inspirando-as em direção aos objetivos". 1.1.1.4 Controle Encontra1nos muitos estudiosos de gestão que preferem dis farçar o peso cultural do termo controle, atribuindo a essa habilidade o nome de coordenação ou algo similar. No entanto, preferimos o termo n1ais forte, controle, pois consideramos ser substancial para a eficiência e eficácia do processo que o gestor seja capaz de controlar as atividades da equipe. Nas etapas vistas anteriormente (planejar, organizar e dirigir), 1nostramos que é necessário que o gestor: • planeje o trabalho; • • organize os recursos para que o traball10 aconteça da maneira mais eficiente possível; e dirija a equipe para dar início ao trabalho . Já na etapa de controle, o gestor deve monitorar o traba lho e1n execução. Nesse processo, ele co1npara o progresso real com o plano e verifica se a organização está aplicando o que foi projetado. Caso tudo esteja em concordância, ele não precisa fazer nada alén1 da monitoração. No entanto, esse não é o padrão normal dos acontecimentos em uma operacionalização - podemos dizer que isso raramente ocorre. Em qualquer projeto, precisamos estar prontos para os im previstos. Entre outros fatos que podem atrapalhar o plano, há ocorrências como: • alguén1 da equipe adoecer; • proble1nas com atividades relacionadas ao mundo digital, co1no o banco de dados escolhido levar mais tempo do que o previsto a cada iteração; • um incêndio que eventualmente destrua as instalações ao lado obrigue que as da sua empresa sejam interditadas por algum tempo; • um apagão que provoque a perda de material. É por meio do processo de controle que o gestor tomará medidas para minimizar o impacto dos eventos não previstos e possibilitará o retorno ao objetivo da ação o mais rápido possível. Nessas circunstâncias, muitas vezes se torna neces sário voltar para a etapa de planeja1nento e fazer ajustes mais ou menos significativos nos pla- nos, à mercê da situação. Em determinadas condições, por exemplo, pode ser necessária uma alteração na organização. Isso in11)licará um redireciona mento de todos os envolvidos no trabalho para as novas metas, e caberá ao gestor inspirá-los. Ele, É por meio do processo de controle que o gestor toma rá medidas para minimizar o impacto dos eventos não previstos e possibilitará o retorno ao objetivo da ação o mais rápido possível. 25 26 então, novamente irá ocupar-se do controle do novo plano e nos possíveis ajustes, se necessários. Esse ciclo continuará até a conclusão das tarefas. É na etapa de controle que são definidos os padrões ele desen1penho e qualidade, os quais, na sequência, passam a ser monitorados para garantir a sua observã11cia durante todo o trabalho. 11.s organizações e seu ambiente As organizações são entidades dinâmicas, em con.tínuo 1novimento, e as mudanças decorrentes desse processo nem se1npre são promissoras para o seu futuro socioeconómico. As organizações, por sua natureza de imersão e participação no ambiente de operação, sofren1 as mais diversas consequências advindas do contexto 110 qual estão inseridas. 1. 2 .1 A relação entre a organização e seu ambiente O ambiente consiste em um conjunto de condições ex ternas e de forças que têm o potencial de influenciar a organização, o plano ou o projeto. Considerando a importância do contexto em que a empresa sob responsabilidade do gestor está inserida, cabe questionarmos: O que é ambiente? Não im porta qual seja o tipo de organi zação, a compreensão que temos sobre o que seja o ambiente é a de que ele consiste em um conjunto de condições externas e de forças que têm o potencial de influenciar a organização, o plano ou o projeto. Por exemplo, n.o caso de um. restaurante, o an1biente com preende fatores como: seus clientes, seus concorrentes (como lanchonetes e bares), tendências sociais (como a mudança nos hábitos alimentares da sociedade), entidades políticas saudáveis e outras condições e forças adicionais. Para melhor entendermos o conceito de ambiente, é interessante subdividi-lo em dois: 1. ambiente geral (macroambiente), no qual ocorrem as tendências e os eventos da sociedade, entre os quais se destacam tendências sociais, tecnológicas, demográficas e as condições econômicas gerais; e 2. ambiente do setor (an1biente competitivo), no qual se encontram as várias organizações que competem entre si pelo fornecimento de bens ou serviços semelhantes ou ambos. Ao destacarmos a questão do ambiente, podemos observar que, quando uma organização desenvolve uma ação - que pode ser, por exen1plo, o au1nento dos preços ou uma cam panha publicitária -, isso sempre provoca um determinado grau de mudança no a1nbiente a ela relacionado. Nor1nalmente as mais influenciadas são outras organizações que atuam no mesmo setor, pois são raras as organizações com condições de exercer seu poder e influe11ciar e moldar alguns elementos do ambiente em geral; a maioria apenas reage às tendên cias. Entre as poucas empresas que ajudam a criar tendências para o an1biente geral, encontram-se, por exen1plo, a Intel®, a Microsoft e a Apple®. 27 28 No entanto, há algo que precisa ficar bem claro: o a1n biente tem influência bem maior sobre as organizações do que estas sobre o meio ambiente. Assim, alguns fatores, como dados demográficos, deven1 ser sempre considerados pelas organizações. 1.2. 2 Por que a preocupação com o ambiente? 1-Iá várias razões para as organizações se preocuparem com o ambiente que as rodeia. Trata-se de um fator funda mental para que os executivos em seu con1ando exerça1n suas atividades com eficiência e eficácia. São três as situações ou fatores que justificam essa necessidade de compreensão do ambiente pelos gestores de un1a organização, conforme Mintzberg e Brian (2001): 1. Recursos - É o ambiente que fornece os recursos que uma organização precisa para criar produtos e serviços. Ressaltamos, nesse â1nbito, o fato de que nenhuma o r ganização é autossuficiente. Para entender melhor essa concepção, pense no corpo humano: ele deve consumir oxigênio, comida e água; já uma organização precisa con siderar a necessidade de recursos, co1no trabalho, dinl1eiro e matérias-primas de fora de suas fronteiras. Portanto, não pode sobreviver se não estiver inserida em seu meio ambiente. 2. Fonte de oportunidades e ameaças - É no ambiente que se encontra a fonte de oportunidades e ameaças para uma organização. As oportunidades corresponde1n aos eventos e às tendências que criam as possibilida des de melhoria no desempenho da organização. Já as ameaças correspondem aos eventos e tendências capa zes de provocar prejuízos para a organização. Aliás, cabe aos gestores perceber que qualquer tendência ambiental ou evento é capaz de criar oportunidades para algumas organizações e ameaças para outras. Esse é um fato que ocorre até mes1no em casos extremos. Para melhor entendermos essa realidade, basta lembrar o terremoto e o tsunami de março de 2011 no Japão, os quais, além da morte e do sofrimento humano, destruíram inún1eras o r ganizações, arrastando na tragédia devastadora pequenas empresas, que foram simplesmente dizimadas, e empresas gigantes, como a Toyota, cttja capacidade de produção foi compron1etida. Mas esse foi somente um aspecto. Por mais estranho que possa parecer, esses acontecimentos, essencialmente trágicos, também criaram oportunidades importantes para outras organizações, con10 os produ tores de concreto, aço e outros materiais utilizados na reconstrução da infraestrutura e das habitações. 3. Estratégias - Esse fator leva em conta o fato de que o ambiente influencia e determina as tomadas de decisões dos executivos em relação às estratégias a se rem aplicadas com o objetivo de levar a organização ao sucesso. O ambiente, muitas vezes, estabelece restrições in1portantes para os objetivos de uma organização. No que se refere a estratégias, deven1os lembrar que as condições ambientais também precisam ser minuciosamente consi deradas quando se examina a possibilidade de com .eçar a fazer negócios em um país qualquer, seja para adquirir outra en1presa, seja para lançar um produto inovador. 29 30 Para refletir A estruturação do ambiente é um importante aspecto a ser consideradopela empresa, pois o a1nbiente é a fonte de recursos que as organizações têm e que lhes proporciona oportunidades e ameaças, além de influenciar nas diversas decisões estratégicas que os executivos devem tomar. Como é possível identificar tendências a1nbientais que possa1n in fluenciar a organização? m breve olhar sobre a evolução histórica das abordagens de administração: gestão no pensamento contemporâneo Os teóricos da administração relacionam muitas teorias de gestão que foram desenvolvidas desde o início do século XX. Estão incluídas e11tre elas, prü1cipalmente: • • • • • a gestão clássica; a gestão científica; o movimento comportamental; a abordagem das relações l1umanas; os modelos de pesquisa de con1portamento e administra ção por objetivos (APO). Em seus estudos e pesquisas, esses teóricos argumenta1n que, embora as concepções e práticas de u1na determinada escola de pensamento de gestão muitas vezes se sobreponham às de outras, os resultados são contraditórios e gera1n confusão. De fato, há uma quantidade enor1ne de teorias de ges tão para o estudante de administração, além de dificulda des para o praticante. Assim, se observarmos, por exemplo, os vários paradign1as de gestão que surgiram após a Escola Comportamental, constataremos que eles se fundiram ou influe11ciaram outras escolas de pensa1nento sobre a gestão, incluindo nessa zona de influências a Teoria de Sistemas e os paradigmas teóricos da contingência. Essa é, portanto, a situação quando pretendemos estabe lecer um panorama que possa servir de base para u1n proce dimento de gestão, razão pela qual consideramos útil realizar uma rápida abordagem no processo de evolução do pensa mento administrativo, destacando seus pontos fundamentais. A evolução das abordagens sobre ad1ninistração corres ponde à história da constante evolução do papel dos admi nistradores nas organizações. Como as pTáticas dos gestores organizacionais evoluíram da Era Industrial até nossos dias, o i1npacto das organizações que são líderes em seu a1nbiente se tornou progressivamente mais importante. É possível afirmar isso considerando-se que, nas primeiras práticas adminis trativas, os gestores poderian1 confiar na autoridade formal e em táticas coercitivas para atingir seus objetivos, enquanto, no nosso tempo, são desafiados a definir exemplos pessoais, vivendo os valores e princípios que desejam que seus segui dores pretendam alcançar. 31 32 1.3.1 No início O estudo formal da administração só começou no fim do século XIX, embora tenh.amos testem.unhos impressionantes da administração nos tempos antigos (como as pirãmides do Egito e o Coliseu em Ro1na, apenas para exemplificar). A principal força motriz de todo esse desenvolvimento da gestão abordada como ciência ocorreu com a transição do capitalismo do século XIX, de orientação empresarial, para o capitalismo do século XX, o da gestão, de acordo com Belluzzo (2004). Os primeiros capitalistas foram os proprietários de en1- presas que, com recursos privados, criaram organizações por meio das quais provocaram o rápido crescimento industrial. Isso possibilitou a formação de novas organizações de grande porte, com capital mui.tas vezes fornecido por estranhos ao próprio e1npreendimento. Esse processo estabeleceu novas condições no ambie11te organizacional: aumentou a distância entre os proprietários ou acionistas e a administração, além de trazer novos desafios de gestão (Belluzzo, 2004). 1. 3. 2 Administração Científica Quando a temática é administração, necessariamente devemos falar em Frederick W. Taylor (1856-1915), um dos pio neiros nos estudos sobre o assunto. Ele era un1 engenheiro 1necânico e tinha como pressuposto que administrar consistia em um processo de gestão no qual o responsável (gestor) tinha a tarefa de projetar os trabalhos adequadan1ente e de oferecer os incentivos motivacionais para os trabalhadores alcançarem maior produtividade. Ele trabalhava na Midvale Steel Con1pany, na Filadélfia (EUA), ocasião em que elaborou a sua inovadora e radical abordagem de gestão, que ficou conhecida como Administração Cientifica. Para con1provar suas ideias, realizou estuclos sobre a forn1a con10 os traball1adores ou as n1áquinas realizavam tarefas. Nessa pesquisa, Taylor mediu e analisou cada as pecto do trabalho mensurável e foi assim que conseguiu elementos para, então, determinar o tempo padrão e as sequências para a realização de cada tarefa. Ele })retendia que essa informação objetiva e realista subsidiasse os gerentes nas decisões dos padrões de produção por hora e na busca pela produtividade. A Adn1inistração Científica de Taylor ocasionou un1a nova tratativa gerencial e de produção, modificando o papel dos gestores, conforme Nelson (1980). Assim, os gestores deixa ram de ser os "capatazes que chicoteavam" seus homens e se transformaram em "cl1efes especializados", adequadamente equipados para supervisionar cada fase do processo em um grau de escala de produção maior. Com essa perspectiva da ação administrativa, ele revolucionou o pensamento geren cial e as bases para a formação de n1uitos outros sisten1as de gerenciamento nas décadas que se seguiram. 1.3. 3 A abordagem administrativa Relativamente na mesma época, do ot1tro lado do Oceano Atlântico, outro engenheiro também se interessou pelo assun to - Henri Jules Fayol (1841-1925). Ele era gerente de um grupo de mineradoras da França e concluiu que a adn1inis tração é u1na atividade comum a todos os empreendünentos humanos e também uma atividade presente e necessária nos 33 34 lares, nas empresas, nos governos, nas escolas, enfim, nas 1nais diversificadas atividades e ambientes. Ele estruturou suas teorias sob a concepção de que os compromissos gerenciais básicos e necessários se reduzem a cinco funções administrativas, que são: 1. ·planejar. 2. Organizar. 3. Comandar. 4. Coordenar. 5. Controlar. Fayol defendia a tese de que a gestão é uma atividade que engloba tudo e, portanto, deve ser ensinada nas escolas e uni versidades. Para justificar essa sua proposição, argu1nentava que a gestão é uma habilidade que pode ser adquirida se seus princípios forem entendidos e praticados. Com essa concepção central de sua teoria, ele rejeitava a antiga noção de que "a pessoa não se torna gerente, e sim nasce gerente". 1.3.4 A abordagem burocrática Ain.da entre o fi1n do século XIX e início do século XX eclodi ra1n, na Alen1anha, as concepções do sociólogo Max Weber (1864-1920) sobre administração. Ele abordou o fenômeno da administração, concentrando-se na estrutura organi zacional, dividindo as organizações en1 hierarquias com linhas claras de autoridade e controle. Esse siste1na dava "autoridade legal" para os gestores imporem regras e políticas com base na sua posição dentro da estrutura organizacional (Cl1iavenato, 2005). Esse sistema burocrático foi un1a ünportante ferran1en ta para tornar as funções das grandes organizações mais estáveis, organizadas e sistemáticas. Ele apresenta uma estrutura rígida baseada em regras. Assim, tanto os gestores quanto os trabalhadores só podem fazer o que lhes é dito, ou seja, não podem ter iniciativas. Nessa prática administrativa burocrática é destruída a personalidade do indivíduo a ela submetida, e a consequência se reflete no sacrifício da indivi dualidade e da criatividade. Como se diz popularmente, esses profissionais raramente pensam "fora da caixa" e, por isso, é mais difícil esse tipo de organização se adaptar a novos desa fios e a an1bientes em constante n1udança (Chiavenato, 2005). 1.3.5 O movimento das relações humanas Como a pesquisa sobre gestão continuou no século XX, im pulsionada por vários fatores de mudança - como você pôde ver na história daquele século -, continuaram a surgir per guntas sobre as interações e motivações dos indivíduos nas organizações. Todavia, os princípios de gestão desen volvidos durante o período clássico não foram suficientes para lidar com diversas situações de gestão (algumas novas) e, principal1nente, não conseguira1n explicar o comportamento dos funcionários, uma vez que esse te1na não fora objeto de preocupação até então. O que podemos observar é que os princípios da Teoria Clássica da Administração, úteis na colocação de objetivos de gestão na perspectiva de uma organização, não conseguiam cumprir com um objetivo fundamental para qualquer admi nistrador nessa etapa evolutiva do processo de produção e de gestão: fornecer técnicas de gestão para lidar com os desafios do pessoal da organização. Em suma, a teoria clássica ignorava a motivação e o comportamento humanos. 35 36 Foi nesse ambienLe necessitado de soluções que se realizou a experiência de Havvthorne1 , na qual se aplicou rigorosa mente a Teoria Clássica da Administração apenas para revelar suas deficiências. Mas o que foi e o que significou para os gestores a expe riência de Hawthorne? O movimento das relações humanas, que propõe aos gestores direcionar seu foco mais para as pessoas, teve nos estudos de Elton Mayo (1880-1949), um pro fessor de Harvard, os subsídios necessários para sua propaga ção e defesa. Ele realizou as experiências sobre as condições de trabalho em uma fábrica em Hawthorne e concluiu, conforme consta na sua publicação dessa pesquisa, que "fatores lógicos foram n1uito n1enos importantes do que fatores en1ocionais na deter1ninação da eficiência prod1.1tiva" (citado por George, 1968, p. 129, tradução nossa). Ainda acrescentou, de forma conclusiva, que "a participação dos vários grupos sociais e do 'grupo de pressão', em. oposição às estruturas organizacionais ou exigências de gestão, teve o maior impacto na produtivi dade" (citado por Cronjé; Smit, 2002, p. 43, tradução nossa). Coube a Mayo, com suas conclusões, revolucionar o papel dos gestores nas organizações en1 relação à tratativa dada ao trabalho realizado por pessoas. Ele argumentava ser necessá rio administrar de forma a satisfazer as necessidades sociais de modo "pessoal e subjetivo", além das necessidades produtivas da empresa. L A experiência de Hawthorne, liderada por lvlayo, foi realizada pelo Conselho Nacional de Pesquisas dos Estados Unidos (National Research Council) ein 1927, em uma fábrica da Western Electric Con,pany, situada etn Cícero (Illinois), no bairro de Ha\VLhorne, e sua finalidade era determinar a relação entre a intensi dade da iluminação e a eficitncia dos operários 1nedida etn relação à produção, segundo Silva (2009). Mayo e outros defensores do movimento fizeram um ape lo aos gestores para que aceitassem u1n novo papel e1n sua relação com os trabalhadores. E, para que isso acontecesse, dois fatores essenciais deveriam ser desenvolvidos pelos res ponsáveis pela administração (George, 1968): 1. Um novo conceito de autoridade. 2. A promoção de uma nova ordem social no local de tra balho. Isso significa que, na prática, os gestores foram encoraja dos a consultar os trabalhadores sobre as mudanças, a ouvir suas opiniões e a demonstrar preocupação com sua saúde físi ca e mental (Wren, 2005, p. 293). Esse experimento, aliado ao movimento que in1pulsionou, foi de fundamental ilnportância para a evolução das práticas de gestão e de relações humanas nos locais de trabalho. 1. 3. 6 Comportamentalismo A Escola Comportamental, surgida algumas décadas mais tarde, após os estudos de Mayo, foi uma consequência natu ral do experimento revolucionário de gestão em Ha\.vthorne, que deu início ao 1novimento das relações humanas. Os dois principais teóricos organizacionais no movimento das relações humanas foram Abraham H. Maslow e Douglas McGregor. Para entendern1os o movimento que deu orige1n à Escola Comportamental, devemos considerar a obra de Mary Parker Follett, os experimentos ele Hawthorne e as críticas à Escola Clássica feitas por Herbert Simon (este apresen.taren1os poste riormente). Esses três elementos levaram a uma consideração 37 38 1nais profunda das necessidades dos trabalhadores e do pa pel da gestão como um provedor para essas necessidades (Maximiano, 2011) 1.3.6.1 Abraham H. Maslow Abraham Maslow (1908-1970) foi o primeiro psicólogo (era doutor em Psicologia) a desenvolver uma teoria da motivação com base em. un1a análise das necessidades humanas. Acha- 1nada Teoria das Necessidades Humanas de Maslow apre senta três hipóteses ou fatores comportamentais, conforme Maximiano (2011): 1. As necessidades humanas nunca serão co1npletamente satisfeitas. 2. O comportamento humano é proposital e é motivado pela necessidade de satisfação. 3. As necessidades podem ser classificadas de acordo com uma estrutura hierárquica de importância organizada do menor para o maior nível. FIGURA 1.1 - Hierarquia ele necessidades ele Maslo,�1 Autorrealização Estima • - - - - - - - - - - Pertencimento Segurança • - - - - Fisiológicas FONTE: Adaptado de 1'4cShane, Von Glino\v, 2014, p. 121. Como você pôde ver na Figura 1.1, Maslow estabeleceu cinco grupos nos quais hierarquizou as necessidades humanas. Organizou essa classificação de tal forma que, para alcançar níveis sucessivos da hierarquia, era necessária a satisfação das necessidades de nível mais baixo. Na prática, essa teoria objetiva ajudar o gestor a melhor compreender a motivação dos funcionários, a entender as motivações e as necessidades. Por outro lado, aos funcionários cabe a obrigação de entender con10 satisfazer as suas neces sidades básicas, a fim de alcançar 1naior nível de motivação. 1.3.6.2 Douglas McGregor Outro expoente da escola comportan1e11talista foi Douglas McGregor (1906-1964). Ele identificou a existência de indi víduos que pensa1n, sentem e agem segundo alguns pressu postos, re1.n1idos sob o que denominou Teoria X, bem como outros indivíduos que agen1 segundo outras pren1issas, as quais enquadrou no que chamou de Teoria Y (vVren, 2005). O primeiro conjunto desses indivíduos, o da Teoria X, constituiu-se daqueles que consideram o trabalho desagra dável, não são ambiciosos, evitan1 correr riscos e assumir responsabilidades. Por terem tais características, essas pessoas prefere1n ser dirigidas, pois criatividade e iniciativa não são seus pontos fortes na resolução dos problemas organizacionais. Logo, podemos ousar afirmar que os gestores que veern os indivíduos sob essa ótica não age111 com uma opinião favorá vel quanto à boa vontade dos trabalhadores, assumindo que estes são preguiçosos, não confiáveis e incapazes de assumir responsabilidades, conforme Chiavenato (2005). O outro conjunto descrito por McGregor, o da Teoria Y, constituiu-se de indivíduos que consideram o trabalho, e1n condições favoráveis, algo tão natural como o lazer. Nessas 39 40 pessoas, o autoconLrole é inerente e posto a serviço da conse cução dos objetivos da e1npresa, pois criatividade e iniciativa são características das pessoas efetivamente envolvidas na resolt1ção dos problen1as orga11izacionais. Logo, podemos ousar afirmar que os gestores que veem os indivíduos sob a ótica dessa teoria consideram os trabalhadores confiáveis e capazes de assumir responsabilidades e de ter altos níveis de n1otivação (Chiavenato, 2005). A Teoria X não é a antítese da Teoria Y, mas são disLintas: a força desta está principahnente em 11egar o que aquela afirma, e não em afirmar o contrário do que é dito. As Teorias X e Y de tvlcGregor são atraentes para os geren tes e demonstran1 dramatica1nente a divergência de pontos de vista dos gestores em relação aos funcionários. Como tal, essas teorias têm sido extremamente úteis na promoção da compreensão de estilos distintos de supervisão, bem como dos pressupostos n1otivacionais dos funcionários sob tal gestão. 1.3.7 A abordagem sistêmica A visão sistêmica se ca racteriza pela concepção de que, qualquer que seja o sistema, ele tem subsis temas que interagem e que são inter-relacionados. A abordagem sistêmica 1n te11tou criar uma visão mais completa do mundo da gestão e buscou sintetizar e integrar as várias escolas de administração e1n t1n1a teoria de gestão coe rente e coesa. Conforme afirma H.artman (2014): "A Teoria de Sistemas con1bina n1uitas teorias diferentes e1n um sistema funcional comum, no qual todas as atividades da organização são agrupadas em processos, tais como insumos, homeostase, parâmetros, processamento, saídas e Jeedback" [tradução nossa]. A visão sistémica se caracteriza pela concepção de que, qualquer que seja o sisten1a, ele te1n subsistemas que inte ragem e que são inter-relacionados. São as denominadas, e arn.pla1nen.te divulgadas, interações sistêmicas, presentes en1 estudos de inúmeras áreas do conhecimento. As interações sistémicas são dinamizadoras - provocam contínuas adaptações desses sistemas sob o ritino das trans formações dos processos dos ambientes intern.os e externos da organização. Todo esse movilnento acaba por criar uma diversificação de sistemas dentro de um continuu1n de mudan ça, conforme Maximiano (2011). Os subsistemas normalmente presentes e afetados por essa dinâmica dentro de un1a organização são, entre outros: • operações; • logística; • finanças; • 1narheting; • pessoal. A avaliação e a adaptação desses subsistemas organiza cionais são observadas em função das dinâmicas de interação que estabelecem en1 dois âmbitos: • com os subsisten1as internos; e • com os sisten1as externos. A principal contribuição da Teoria de Sistemas para os gestores consiste na visão funcional/operacional da organi zação. Com os parâmetros de análise sistémica, que con sistem na dinâmica de processar contribuições e resultados considerando-se os sistemas e subsistemas internos e exter nos, os gestores ficam capacitaclos para analisar a dinâmica organizacional. No entanto, é necessário destacar que ela não fornece uma teoria para gerenciar a organização. 41 42 1.3 .8 A abordagem contingencial O papel da gestão na abordagem da Teoria da Contingência está em de senvolver uma solução de gestão apropriada e espe cífica para determinado ambiente organizacional. A Teoria d a Contingência re presenta outra abordagem con ceitual a respeito da gestão. Essa teoria é um reconhecime11to da extrema importância do desem penho do gestor individual em qualquer situação relacionada com a organização. Os seus fundamentos são (Silva, 2009): • a extensão do poder do gestor; • • o controle do gestor sobre as diferentes situações orga- . . . n1zac1ona1s; o controle do gestor sobre o grau de incerteza e11volvido em qualquer contexto situacional organizacional. O papel da gestão 11a abordagem da Teoria da Contingência está em desenvolver uma solução de gestão apropriada e es pecífica para determinado ambiente organizacional. Ela não apresenta parâmetros de co1no gerir uma organização ou setor, pois considera que o gestor deve se basear em sua experiência e em sua capacidade de julgamento. Logo, podemos concluir que se trata de uma alternativa heurística de gestão, direcio nada para o sucesso em casos particulares. 1.3.9 Gestão japonesa Quando se fala em gestão japonesa, logo surge a con.cepção de uma administração bem-sucedida. Mas a que se deve isso1 Uma possível resposta pode ser o alto nível de confiança que o gerente japonês tem em seus funcionários. O fator confiança permite delegar aos empregados autoridade para a tomada de decisão. Outro fator geralmente nomeado como causa do sucesso é o conceito de maior in.timidade en1 suas relações gerenciais, com o consequente reconhecimento da impor tância das relações com as pessoas, as quais são valorizadas, respeitadas e recompensadas. A gran.de empresa japonesa consegue estabelecer um equilíbrio entre o traball10 en1 equipe e o esforço individual. Trata-se de u1n sistema no qual se encontra uma grande orga nização descentralizada (em que cada unidade compete com qualquer outra unidade, a fim de obter recursos orçamentários baseados em rendimentos) e, concomitante1nente, de uma equipe e1n que todos precisam recorrer aos 1nesmos serviços corporativos centralizados, de acordo com Bateman e Scott (2006). É uma organização "prende e solta", pois a iniciativa individual é recompensada, mas ainda está sendo controlada por meio de sistemas de gestão empresarial centralizados. Outro diferencial que encontra1nos nas organizações ja ponesas é algo que podemos chamar de me,nória social - un1 siste1na em que há o reconhecimento por aqueles que se dedi cara1n à empresa. E1n termos objetivos, significa que os esfor ços passados de cada empregado gera1n recompensas futuras, mesmo que o en1pregado possa não ser mais tão produtivo; é un1a forma de doação organizacio11al. Essa postura garante a lealdade dos funcionários ao agir como modelo presente para seus colegas (funciona de forma similar ao conceito de "memória" da organização de Weber). Essencialmente, a escola japonesa de gestão argumenta que as políticas de pessoal preveem un1 investimento e1n capi tal humano para dotar a organização dos recursos necessários para alcançar maior produtividade. 43 44 Para saber mais ADNllNISTRADORES. Disponível en1: <http://ww,v. administradores.com.br>. Acesso em: 5 abr. 2015. Esse site traz informações diversas e atuais a respeito do mun do da administração, tanto do ponto de vista acadêmico quan to do ponto de vista negocial, com informações atualizadas e profissionais ben1. elaboradas. INFOESCOLA. Administração. Disponível em: <http://w,v,v. infoescola com/administracao_>. Acesso em: 5 abr. 2015. O site é bastante útil, com vários artigos relacionados à admi nistração, textos atuais e interessantes em diversas áreas do conhecimento em administração. SOBRE ADMINISTRAÇÃO. Disponível e1n: <http://ww\.v. sobreadministracao.com>. Acesso em: 5 abr. 2015. Nesse site é possível encontrar várias e atualizadas informa ções a respeito do inundo do administrador, do empreendedor e do profissional de niarketing, co1n destaque para o contexto de colocação profissional, tanto no mundo privado quanto no público. Síntese Neste capítulo, tratamos de vários conceitos e abordagens da ad1ninistração e descreve1nos as competências do gestor, bem como as principais etapas do processo administrati vo. Também destacamos a relevância do ambiente de atua ção da organização, as diversas inter-relações desta com seu meio e o modo como tais inter-relações acabam por moldar a própria existência da instituição. Além disso, apresentamos uma evolução histórica das principais abordagens na área da ad111inistração, as quais se caracterizaram por inúmeros e diversos enfoques que buscaram compreender o universo da administração e preconizar ações a serem desenvolvidas pelos gestores. Questões para revisão 1. Como as influências do ambiente podem ajudar ou difi cultar as organizações? 2. Em poucas palavras, apresente a evolução histórica das abordage11s da administração. 3. Administração ou gestão: I) é a arte de fazer as pessoas mais eficazes do que teriam sido sem um administrador. Il) é ciência na medida em que busca descobrir como se faz isso. Sobre essas duas proposições, é correto afirmar que: a) as duas são verdadeiras e a segunda é um.a justifica tiva correta da primeira. b) as duas são verdadeiras, mas não estabelecem rela- ção entre si. e) a primeira é falsa e a segunda é verdadeira. d) a primeira é verdadeira e a segunda é falsa. e) ambas estão erradas. 4. As competências básicas para uma boa gestão: I) são quatro, a saber: l)lanejar, organizar, dirigir e controlar. II) são seis, a saber: planejar, prever, organizar, dirigir, executar e controlar. 45 46 Sobre essas duas proposições, é correto afirmar que: a) as duas são verdadeiras e a segunda é uma justifica tiva correta da primeira. b) as duas são verdadeiras, mas n.ão estabelecem rela- ção entre si. c) a primeira é falsa e a segunda é verdadeira. d) a primeira é verdadeira e a segunda é falsa. e) ambas estão erradas. 5. As organizações são entidades dinâmicas, que passam por constantes mudanças: I) nem sempre favoráveis ao seu futuro socioeconômico. II) que afetam as organizações e seus ambientes de operação, promoven.do consequências diversas. Sobre essas duas proposições, é correto afir1nar que: a) as duas são verdadeiras e a segunda é uma Justifica tiva correta da primeira. b) as duas são verdadeiras, n1as não estabelecem rela- ção entre si. c) a primeira é falsa e a segunda é verdadeira. d) a primeira é verdadeira e a segunda é falsa. e) ambas estão erradas. Questão para reflexão Comente a seguinte frase: "Os executivos também deve1n perceber que praticamente qualquer tendência ambiental ou evento é suscetível de criar oportunidades para algu mas organizações e ameaças para outras". i t 1 l Os clássicos I -Iavia três proprietários de un1 pequeno provedor de serviços de internet (!SP) cha111ado Rapidlinh. Eram eles: • Frederico Silva, proprietário con1 51 º/Ó das ações - era o presidente; • !Vlarco Freitas, proprietário con1 30'Yo das ações - era o chefe oficial da operação; • Gil \Villians, que era dono elas ações remanescentes e eslava servindo como diretor de engenharia res ponsável por todos os roteadores, servidores e outras tecnologias relacionadas à entrega de serviços do ISP vendidos aos seus clientes. Os proprietários sabian1 que o cal/ center estava co1n pro blen1as e que as soluções para esses proble1nas eratn n1uito caras, alétn de exigire1n o talento de um excelente diretor de atendimenLo ao clienle. i\ Rapidli11k co11seguia un1a boa parte do faturan1e11to n1ensal por n1eio de 1núltiplas fontes ele renda, incluin do un1 rol ele serviços básicos em: discagen1, conexões digitais de alta velocidade, redes de área ampla e redes de área local para clientes residenciais, ben1 co1no para seus clientes finais. Os negócios ela Rapidlink estavan1 se expandindo e o crescimento da indústria ainda não tinha tern1inado e, n1uito n1enos, ditninuído. r\ssin1, n1uitos lSPs pequenos foram surgindo e boa parte do crescin1ento da en1presa foi atribuída à sua eslratégia de aquisição ele ISPs n1enores, co1n valores que se iniciavan1 e1n 1 O n1il reais. Alguns desses 1SPs eran1 desejáveis porque tinham apenas um proprietário, poucos funcionários, ele 300 a 1.000 clientes e un1 ponto de presença (POP) estabelecido e1n 1 Adaptado de Bell; l\tanin, 2012. 51 un1 local desejável. i\ Rapidlink passou de 300 clientes e1n 1998, ano en1 que foi fundada, para n1ais de 80 1nil clientes, passando a atender seis estados em dezembro de 2002. Estava crescendo rapidan1ente - e até un1 pouco rápido den1ais, se con1parada con1 a taxa de crescin1e11to de tan1anho de ISPs sen1elhantes -, n1as n1ais lenta do que as grandes concorrentes da época. Os rendin1entos do negócio até então eran1 n1uito bons. Entretanto, a rentabilidade desses re11dilnentos, a partir de urn detenninado n101nento (por volta de 2002), foi din1inuindo e os donos sabian1 exatan1enle quais eran1 as áreas problen1áticas e, especifican1ente, onde seus pro blen1as estavan1 localizados. () fr1lo é que o cenlro de alendin1enlo eslava perdendo seus clientes quase tão rápido quanto encontrava clientes novos. 1\s operações de ce11/ cc11tcr não poderia1n n1anter a de1nanda, e seu custo de R$ 100.000,00 1nensais, so- 1nado às vendas perdidas, o colocava en1 un1a siluação deficitária. Alén1 disso, 5.000 clientes estavan1 saindo a cada 1nês e os novos contratos ele clientes din1inuíran1 de 20.000 para 10.000 por 1nês. No início do ano de 2002, os proprietários tinhan1 con tratado e perdido cinco pessoas no cargo de diretor de atendin1ento ao cliente, e nos seis últin1os n1eses tinhan1 acabado de perder outro. A estrutura organizacional pobre da Rapidlink, a falta de políticas forn1ais para guiar seus processos e procedin1entos e alguns indivíduos provoca dores e ofensivos entre os funcionários de suporte técnico, cujos con1portan1entos e a,neaças tinham intin1idado os últin1os cinco diretores, levando-os a deixar a en1presa assin1 que chegaran1, foran1 os aspectos que acabaran1 por provocar o afastan1ento de 1nais u1n deles. 52 Os proprietários sabia1n que un1a solução para as opera ções de cal/ center era contratar un1a boa pessoa para ad1ni nistrar o departamento, e o escolhido foi José Parseone. Quando Fred, o presidente, entrevistou José, pron1eteu a ele pleno apoio e respaldo dos proprietários da e1npresa. José foi gerente en1 uma concorrente e sua boa reputação precedeu essa entrevista. En1bora sua contratação repre sentasse u1n custo bastante alto, pois exigiu 10 1nil reais de salário, alé1n de outras regalias e benefícios, os três proprietários concordaran, en1 pagar esse valor. Afinal, era ben1 n1enor que o 1nontante de 120 n1il reais que a e1npresa estava suportando en1 perda de receita anual de vencias. A atitude n1ais surpreendente do novo diretor desse de partan1ento problen1ático foi o que ele fez antes de aceitar o trabalho: negociou um orçan1ento que ficaria sob seu controle, basicamente fazer1do dele signatário en1 aun1en tos salariais e incentivos. Outra coisa que José negociou foi a atribuição de autoridade, para que ele pudesse executar o gerencian1ento cio cal! center se1n a interferência dos proprietários en1 todas as den1andas, exceto nas chan,adas questôes políticas. Co1n esses acordos en1 vigor, José co1neçou a trabalhar numa segunda-feira de janeiro de 2003, en1 un1 período ele grande volun1e ele negócios da Rapicllink, graças à inscrição de 30 n1il estudantes universitários localizados na pequena cidade ele Santa Marta, sede ela empresa. A primeira coisa que José fez foi identificar os encren queiros da área de suporte técnico, dos quais soube pelas discussões francas con1 os três proprietários durante sua entrevista. l'vluitos desses funcionários foran, trabalhado res que fi.zeran1 sacrifícios pelos proprietários em 1998, 53 quando a Rapidlink era un1 novo negócio, trabalhando por un1 salário baixo. No entanto, en1 função do acordo con1 José, os proprie tários não poderian1 se opor a den1itir esses funcionários problernáticos. i\ssim, depois de den1itir os três piores antagonistas que con1punhan1 a equipe, os outros 40 funcionários do cedi cc11tcr entraran1 na linha. A partir de então, José não teve nenhun1 prohlen1a con1 qualquer en1pregaclo cujo comportamento colocaria en1 nsco os objetivos do cczll ccnlcr. :-.1as isso ainda não foi o suficiente para resolver o proble n1a ela equipe. ;'\pesar de os funcionários não serem anta gônicos à gerência, eles ainda precisavan1 de n1otivaç,1o. José os n1otivou, oferecendo-lhes incentivos para iren1 alén1 do que ele chan1ou de orden1justa que gera 1novin1c11- tos. José explicou aos en1pregaclos que o cal/ ccntcr perdia dinheiro e clientes e que eles erarn as únicas pessoas que poderian1 virar o jogo. C)s funcionários, confiando en1 José, por ser novo na en1presa, confidenciaran1-lhe que tudo o que fizeran1 era por não confiaren1 n1uilo nos donos elo negócio. Esse tipo ele sentin1ento não só preju dicava as vendas, n1as n1otivava os funcionários a orientar os clientes a descontinuar o serviço, alén1 de instigá-los a vender apenas conexões discadas n1ensais quando os clientes pedian1 por internet banda larga. ()s funcionários não estavan1 n1otivados para vender ser viços 1nais caros porque se sentian1 excluídos do sucesso das vendas; então, pensavan1: "Apenas os proprietários do negócio vão 'ficar ricos·, e isso não nos interessa". Diante dessa situação, José decidiu oferecer aos trabalhadores horistas un1 bônus para a venda de serviços de internet alén1 de suas n1édias de vendas n1ensais pessoais. Ao íazer 54 isso, José foi capaz de lhes dar un1 incentivo para vender tudo aquilo que a Rapidlink oferecia. Sob essa nova orientação política, os funcionários se tor naran1 n1ais motivados. José lreinou a lodos para se lor naren1 elegíveis aos bônus, explicou-lhes que, para isso, seria necessário vender n1ais de 15 n1il reais en1 serviços; porém, unia vez que eles ultrapassassen1 o míni1no para o mês, poderiam receber 2 °0 ele todas as suas vendas elo n1ês. A maioria dos incentivos per1nitiu que os funcio nários focassetn en1 vender o contrato de serviço anual, o que reduziu a rotatividade de clientes, mantendo-os por un1 ano inleiro com a Rapidlink. Por exen1plo, um funcionário típico, que ve11dia 15 tnil reais etn ligações n1ensais de internet, passou a vender os serviços da en1- presa por contratos 1nais longos, principaln1ente aos seus clientes já cadastrados. José foi capaz de se livrar dos problen1as políticos e de ensinar aos funcionários que, a cada vez que atendessem ao telefone, precisavan1 se concentrar en1 vender o con trato anual. Conseguiu, dessa maneira, dobrar as vendas do cal/ center e suas receitas etn seus ptitneiros seis tneses co1no diretor. E o f unclan1ental para a equipe: os funcionários tan1bé1n se beneficiaran1 por seretn eficientes, pois os bónus eratn de 2 ºlo sobre o total ele suas vendas mensais acima de 15 n1il reais. Con10 resullado disso: muitos elos estudantes universitários que trabalha van1 na área de vencias passaram a descontar cheques de bônus de cerca de R$ 400,00 por n1ês, além ela sua taxa l1orária de RS 8,50; • o suporte técnico e a equipe cio faturan1ento, por sua vez, receberam incentivos semelhantes- no entanto, 55 en1 sua 1naioria relacionados con1 a redução da ro tatividade de clientes, n1antendo-os co11ectados à internet. Esse caso 110s pern1ite reíletir sobre fatores essenciais para a gestão expressos en1 perguntas sin1ples e diretas, por exen1plo: • Co1no as práticas e abordagens ele adn1inistração foran1 utilizadas e puderatn ajudar José en1 seus de safios profissionais? • Será que tais práticas poderia1n ser n1ais be1n traba- lhadas e n1ais proveitosas para toda a organização? De certa f onna, é isso que as abordagens de adrninis tração que estudaren1os a seguir procuran1 responder e pron1over. 56 lrdministração Científica Antes de tratarmos da Administração Científica propria mente dita, é necessário nos situarmos no contexto organiza cional da época. O que caracterizou o sistema fabril do século XIX foram aspectos como (Cl1iavenato, 2005): • • • • a organização ad hoc; a gestão descentralizada; as relações infor1nais entre empregadores e e1npregados; e os trabalhos casualmente definidos e atribuídos . No entanto, no fim do século XIX, as condições foram se alterando com mudanças provocadas, segundo o 1nesmo autor, principalmente pelos seguintes fatores: • • aun1ento da concorrência; novas tecnologias; • pressões do governo e dos sindicatos . Além disso, u1na crescente consciê11cia do potencial das fábricas havia inspirado esforços amplos para melhorar a orga nização e a gestão fabril. Nesse processo o foco foi direcionado para a introdução de procedimen.tos e tarefas cuidadosamente definidos. Os historiadores têm denominado essas inovações como práticas de gestão sistemática, conforme Hartley (2006). O expoente n.a criação e implantação dessa nova aborda gem administrativa foi o engenheiro, inventor e teórico de administração a1nericano Frederick W . Taylor. Ele nasceu e1n 1856, em uma família aristocrática da Filadélfia e deu início a suas atividades profission.ais na oficina n1ecânica da Midvale Steel Co1npany, em 1878. Nessa empresa obteve sucesso i1ne diato e rapidame11te alcançou respeito, o que possibilitou a ele a introdução de novos métodos de produção. Assim, Já na segunda década ele trabalho, ele desenvolveu inúmeras ino vações técnicas e organizacionais, inclusive un1 método de estudo de tempos e movimentos. Nesse 1nétodo, ele utilizou cronômetros para calcular os melhores movimentos opera cionais no trabalho. Seu trabalho, porém, não ficou restrito à oficina, porque, depois de uma rápida passagem con10 gerente de uma empresa de papel, Taylor se tornou um consultor independente, dedica do a melhorar a gestão fabril. Ele se preocupava com o fato de que a adn1inistração industrial de Taylor se preocupava com o fato de que a administra ção industrial de sua época era amadora. Na sua con cepção, a gestão poderia e deveria ser formulada como uma disciplina acadêmica. sua época era amadora. Na sua concepção, a gestão poderia e deveria ser formulada como uma disciplina acadêmica. 57 58 Fundamentado nessa crença, defendeu a tese de que não havia necessidade de sindicatos, porquanto os melhores resultados viriam a partir da parceria entre os gestores treinados e qua lificados e uma força de trabalho cooperativa e inovadora, cie11te de sua codependência (Hartley, 2006). fREDERICK v\/, TAYLOR Já a denominação Administração Cientifica foi criada em 1910 para descrever o sistema de administração ind1..tstrial por ele desenvolvi do - e que contou com vários seguidores. Para descrever suas contribuições para o ambiente fabril, Taylor usava a expressão infor1nal de Shop Managernent, ou Gerência do Chão de Fábrica - essa era a expressão que ele preferia para de- signar o sistema que criou. Foram Morris L. Cooke, um amigo e parceiro profissional, e Louis Brandeis, um advogado proeminente, deliberadamente escolheram o adjetivo cientifico para justificar suas afirmações de que os métodos de Taylor constituíam uma alternativa viável para combater o aumento dos preços da construção/ operação de uma estrada de ferro, pois esse era um caso que eles estavam se preparando para enfrentar na lnterstate Con1merce Commission, segundo Wre11 (2005). O termo científico também passou a designar qualquer sistema organizacional que, de forma clara, defina as funções operacionais de indivíduos e grupos. Assim, o termo científico também passou a designar ctual quer sistema organizacional que, de for1na clara, defina as funções operacionais de indivíduos e grupos. À medida que o tempo foi passando, ainda com menos fidelidade ao se11tido original, a expressão se tornou abrangente e tem sido utilizada para descrever principal1nente situações em que: • os postos de trabalho são subdivididos; e • os ocupantes dos postos de trabalho realiza1n tarefas re pet1t1vas. 2 .1.1 Pressupostos e processos da Administração Científica Se focarmos o nosso estudo na gestão do trabalho que havia no período anterior à Administração Científica, en.contraremos un1a situação em que o domínio era dos artesãos, pois eles: • aprendiam o trabalho em longos estágios; e • tomavam suas próprias decisões sobre como seu trabalho deveria ser realizado. A ruptura com esse ntodus operandi, provocada pela Administração Cie11tffica, tirou muito dessa autonomia e transformou o artesanato qualificado em uma série de postos de trabalho simplificados. Nesses postos, por sua vez, o traball10 passou a ser realizado por trabalhadores não qualificados que facilme11te poderia1n ser treü1ados para as tarefas (Wren, 2005). Muitas das conclusões e soluções de Taylor surgiran1 na prática da observação da realização dos trabalhos no início de sua carreira, durante a vivê11cia com metalúrgicos. Como resultado dessas observações, ele se interessou em melhorar a produtividade do trabalhador. Havia percebido ineficiên cias graves ao lon.go das atividades desenvolvidas no ciclo produtivo, tais como: 59 60 • Havia a crença quase universal entre os Lrabalhadores de que, se o trabalho se tornasse mais produtivo, menos deles seriam necessários e muitos ficariam desempregados, pois vagas seriam eliminadas. • Nos sistemas de salários não havia incentivos em fun- ção da produtividade. Isso acarretava situações como: • baixa produtividade, pois o empregado recebia o mesmo salário, independentemente do quanto era produzido; • os trabalhadores, quando conseguiam convencer o pa trão de que o ritlno lento era um bom ritmo, evitavam um ritmo mais intenso ou mais produtivo, ten1erosos de que esse ritmo se tornasse o novo padrão; • os trabalhadores ta1nbém temiam uma situação em que, se fossem pagos pela quantidade produzida, a gestão iria diminuir os seus salários por unidade, em função do aumento nas quantidades produzidas. • Os métodos empíricos que serviam de base para a ação dos trabalhadores provocavam a perda de grande parte de seus esforços. Isso não aconteceria se empregassem métodos de trabalho ideais, racionais, que pode111 ser deter1ninados pelo estudo científico da tarefa. Taylor, posteriormente (1883), teve a oportunidade de atuar com um grupo de engenheiros na pós-graduação em Engenharia feita no Stevens Institute of Technology. Nessa atividade também se tornou uma figura importante, conse guindo adeptos entre os que procuravam fundamentos para uma gestão que fosse baseada em fatores co1no, segundo Wren (2005): • • rigorosa educação formal; padrões mutuamente aceitáveis de comportamento e res ponsabilidade social. Portanto, os adeptos e defensores das teorias de Taylor deram origem a um grupo constituído por engenheiros que rejeitavam o conhecimento empírico do praticante de gestão e/ou do trabalhador em prol de experünentação científica e de análise, tanto nas fábricas e nas minas como nos pátios ferroviários. O maior 1nérito de Taylor foi usar seu raciocínio pragmático para sintetizar o trabalho e as ideias dos outros e promovê-los de forma eficaz para um público pronto e ansioso, formado principalmente por gerentes industriais inovadores, gestores empenhados em encontrar 1naneiras novas ou me lhores para aumentar o desempenho ou a produtividade dos processos fabris. Deven1os destacar que Taylor realizou experimentos que chamou de estudos de tempos (também conhecidos como es tudos de tenipos e n1ovin1entos) para, desse modo, determinar cientificamente a melhor n1aneira de executar uma tarefa. Nesse processo experin1ental, ele fez uso de um cronôn1etro co1n o qual me11surava o tempo da sequência dos movimen tos do trabalhador, com o objetivo de indicar com precisão o melhor caminho para realizar 1.1m traball10. Características, segundo Chiavenato (2005), do ambiente de gestão na época de Taylor: • o gerente típico tinha pouco contato com as ativida des da fábrica; • o contramestre tinha total responsabilidade sobre a produção de bens exigidos por seu vendedor; • os trabalhadores usavan1 as ferramentas que tinham - ou as que poderiam obter - e usavam os métodos que se adequassem ao seu próprio estilo de trabalho. 61 62 Como Taylor se tornou o mais ambicioso e vigoroso de fensor da gestão siste1nática, ele, por intermédio de suas ati vidades de consultoria, introduziu, na década de 1890, entre outras inovações (Hartley, 2006): • os sistemas de contabilidade, nos quais os gerentes auto rizados poderia1n utilizar os registros operacionais com maior eficácia; • os siste1nas de produção, que permitiam aos gerentes saber mais precisamente o que estava acontecendo no chão de fábrica; • estudos de tempos e n1ovimentos, para determinar o que os trabalhadores seriam capazes de fazer; • sistemas de taxa de pagamento por peça, para incentivar os funcionários a seguir as instruções e muitas outras medidas relacionadas. A experiência mais significativa, e que veio a definir sua carreira co1no inventor e criador de inovações nos processos de gestão, ocorreu e11tre 1898 e 1901, como consultor da Bethlehem Iron Company (mais tarde Bethlehem Steel). Nessa empresa, ele introduziu todos os seus sistemas e se envolveu em un1 plano an1bicioso de pesquisa em engenharia.