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ADMINISTRAÇÃO APLICADA A ENGENHARIA DE SEGURANÇA

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Administração Aplicada à 
Engenharia de Segurança
Introdução à Administração
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Esp. Uerley Magalhães Franchi
Revisão Textual:
Profa. Ms. Fátima Furlan
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Introdução ao Tema
• Leitura Obrigatória
Fonte: iStock/Getty Im
ages
Objetivos
• Apresentar ao aluno a teoria geral da administração e entender sua evolução.
Caro Aluno(a)!
Nesta unidade, faremos uma introdução à matéria de Administração aplicada à segu-
rança do trabalho falando um pouco de como surgiu e sua importância crescente nos 
dias de hoje.
Não se esqueça de acessar o material didático, onde encontrará o conteúdo e as atividades 
propostas para esta unidade, assim como o material complementar, que foi escolhido 
com muito cuidado para agregar e otimizar seu aprendizado.
Caso tenha dúvidas, entre em contato com o Tutor; seja objetivo(a) e direto(a) para que 
receba a resposta o quanto antes.
Bons Estudos!
Introdução à Administração
UNIDADE 
Introdução à Administração
Introdução ao Tema
Conceituaremos neste módulo o que é a Administração e quais são as atividades do 
administrador e suas habilidades necessárias para ter um bom desempenho.
A capacidade do homem de administrar remonta desde há 3.000 anos, quando na 
construção das pirâmides do Egito, a eficiência de trabalho dos gestores e líderes da 
época, foi capaz de organizar o trabalho de milhares de pessoas. Não somente esse, mas 
existem muitos outros exemplos na história do mundo onde a capacidade de organizar 
os processos de trabalho gerou resultados imensos. 
Antes do século XX, a maior parte dos textos sobre administração abordava a prática 
e não a teoria da administração. Mas obteve grande influência da filosofia e de grandes 
pensadores que acreditavam mais no pensamento crítico, como René Descartes: 1596-
1650 - Fundador da filosofia moderna (trabalha com a lógica). Criador das coordenadas 
cartesianas. Autor do livro: O discurso do Método (método indutivo e dedutivo).
Um dos primeiros textos sobre administração é do século XVIII, no início da Revolução 
Industrial. O autor dele, Charles Babbage (1792-1871) prenunciou que o surgimento da 
era industrial iria pedir um estudo ordenado do gerenciamento de tarefas e da criação de 
um modelo das operações de trabalho.
Administração pode ser definida de várias formas, como ciência ou como arte de 
gerenciamento. Mas em geral, todas compartilham o mesmo conceito. 
Entre os fundamentos da administração está o conceito de organização que consiste 
em uma entidade que possui uma origem jurídica e que é formada por uma coletividade 
de pessoas, que se unem de forma estruturada para o alcance de um objetivo ou objeti-
vos específicos.
A sociedade dos dias atuais é composta por cada uma dessas organizações, que ne-
cessitam ser administradas e geridas. São formadas por vários tipos de recursos, como 
recursos físicos, humanos, financeiros, de capital, tecnológicos e assim por diante. Nas 
organizações, ocorre toda produção de bens e serviços.
As organizações se diferenciam entre si, de acordo com tamanhos, estruturas e 
objetivos. Podem mudar com o avançar do tempo e nunca são iguais; pois estão sempre 
em processo de transformação.
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7
Leitura Obrigatória
O Administrador
A profissão de administrador no Brasil é relativamente nova e foi regulamentada em 
1965, no dia 9 de setembro em que se comemora o Dia do Administrador. Segundo 
o Decreto-Lei nº 4.769 a atividade profissional de Administrador será exercida como 
profissão, mediante: 
 » Preparar relatórios, projetos, planos e laudos, para que se faça a prática das teo-
rias referentes às técnicas de organização e administração. 
 » Pesquisar, planejar e implantar projetos no âmbito da administração geral, que 
abranja todos os setores da organização, como os de RH, métodos de marketing, 
campanhas de orçamento, redução de gastos, relações com fornecedores, e mui-
tos outros assuntos que se relacionem com administração e estejam interligados. 
Deu para perceber que são várias as atividades possíveis do administrador, mas quais 
as habilidades necessárias para ser ocupar essa função? Várias habilidades são destacadas 
nesse processo, como: a capacidade de Liderança, Objetividade, Pensamento Analítico, 
Flexibilidade, Comunicação, Resistência entre muitas outras que podem ser identificadas 
e classificadas entre três categorias de habilidades básicas: 
 » Habilidade Técnicas: Habilidade relacionada a conhecimento técnico da execução 
do trabalho e conhecimento específico. Saber utilizar as ferramentas administrati-
vas, aliando conhecimento teórico com prática para decidir e solucionar os mais 
diversos problemas. 
 » Habilidades Humanas: É a habilidade do criar e manter um bom relacionamen-
to com a equipe de trabalho. Através do bom direcionamento dessas habilidades 
humanas se dá a boa liderança. É o saber lidar com pessoas, conduzindo as mu-
danças, comunicando-se, solucionando conflitos e influenciando comportamentos. 
 » Habilidades Conceituais: Essa habilidade inclui o pensamento criativo, capacida-
de de formulação de idéias. É parte da visão sistêmica do administrador, conside-
rada uma habilidade essencial por se tratar da capacidade de resolver problemas e 
lidar com situações adversas. 
Quanto mais suas habilidade são treinadas, melhores serão os resultados alcançados 
pelo profissional e pela a organização em que atua.
O administrador tem a missão de solucionar problemas eventuais, escolher os re-
cursos específicos, planejar a aplicação de cada projeto, formar estratégias eficazes, e 
verificar o resultado de cada situação específica para a organização onde se encontra. 
Antes de planejar, o administrador monta a equipe ideal para atingi-lo, determinando as 
tarefas e os responsáveis por elas e os procedimentos esperados de cada um. Somente 
desta forma poderá controlar e liderar o processo.
7
UNIDADE 
Introdução à Administração
Segundo o autor Theodore Levitt, Ele não é apenas analisado pelas organizacões por 
seus conhecimentos tecnológicos de Administracão, mas, principalmente, por seu modo 
de agir, suas atitudes, personalidade e filosofia de trabalho. 
O conceito de organização pode ser muito diversificado. Muda de acordo com a época vivida 
pelo autor que a estuda, como também de que forma a viveu e de qual ponto de vista ele tira 
suas conclusões.
Introdução à Teoria Geral da Administração (TGA) 
Princípios da Administração
A sociedade dos dias atuais é composta por cada uma dessas organizações, que ne-
cessitam ser administradas e geridas. São formadas por vários tipos de recursos, como 
recursos físicos, humanos, financeiros, de capital, tecnológicos e assim por diante. Nas 
organizações, é onde toda produção de bens e serviços são realizadas.
 As organizações se diferenciam entre si, de acordo com tamanhos, estruturas e 
objetivos. Podem mudar com o avançar do tempo, e nunca são iguais pois estão sempre 
em processo de transformação.
A Teoria Geral da Administração (TGA) compreende o campo do conhecimento da administra-
ção de forma geral, podendo ser aplicada em diversas áreas não específicas, pois trata de uma 
visão a global. 
O papel da TGA é servir de instrumento conceitual para que o administrador tenha 
condições pessoais de sucesso em qualquer organização independentemente do nível 
hierárquico ou da área de atuação profissional.
Por exemplo: a Organização para O´Brien (1994), é um sistema sociotécnico; para Alter (1992), elas podem 
ser sistemas próprios, interagindo entre si para alcançar objetivos
Para o nosso estudo sobre organizações, podemos definir que: Organizações são ins-
tituições, entidades ou empresas com propósitos definidos, constituído por processos, 
sistemas e métodos de trabalho, onde pessoas e recursos interagem na busca e realizações 
de objetivos junto à sociedade.
As organizações têm tamanhos, características, estruturas e objetivos diferentes ediferem umas das outras em sua forma de conduzir suas atividades. Podem existir 
na forma de organizações lucrativas e não lucrativas.
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Organizações Não Lucrativas 
São as organizações dos quais os propósitos ou objetivos são de natureza social, ou 
seja, prestação de serviços comunitários, segurança pública, entidades filantrópicas, que 
não visam lucro, mas que obtém seus resultados sob o ponto de vista social e pelo “bem” 
que realizam para a sociedade. São subsidiadas por verbas governamentais ou por doa-
ções da própria sociedade.
Por exemplo: Exército, Marinha, polícias federais, estaduais e municipais, militares ou civis; Igrejas; ONGs – 
organizações não governamentais; hospitais públicos; fundações; entre outros.
Organizações Lucrativas
Geralmente essas organizações são empresas criadas com o fim de gerar bens ou 
serviços, vendendo-os com uma margem de lucro que contrabalance o investimento, 
cobrindo com sobra, os custos de produção para os acionistas. 
Juridicamente, existem basicamente duas formas de organizações lucrativas: Sociedades 
Anônimas (SAs) e as Sociedades por Cotas Limitadas (Ltda). As Sociedades Anônimas 
podem ter títulos de ações negociadas em Bolsas de Valores ou não. Nos dois casos, as 
contas resultantes de sua administração têm por obrigação serem divulgados nos principais 
veículos de comunicação, enquanto as de cota limitada não são obrigadas. Mas por lei, os 
dois tipos são obrigados a elaborar balanços e demonstrações de resultado anualmente.
Derivada do latim, a palavra Administrar: ad, que quer dizer, tendência para, direção 
e também junto; e minister, que quer dizer obediência ou ato de servir, alguém que está 
sob a supervisão de outro. Nos dicionários, podemos encontrar os seguintes significados. 
“Administrar: v.t. Ato de inspecionar, de tomar conta, de servir. (Grande dicionário 
etimológico prosódico da língua portuguesa).” 
“Administrar: v.t. Ato de Gerir (bens públicos ou privados), dar, administrar um remédio 
(Dicionário contemporâneo da língua portuguesa).”
No entanto, seu sentido original teve uma imensa modificação. A administração tem 
a missão apontar os objetivos da organização e transformar esses objetivos em ações 
práticas, planejando, organizando e controlando o processos adotado.
No início da Revolução Industrial, no século XVIII, foi quando começaram a surgir os 
primeiros textos sobre administração. O autor, Charles Babbage (1792-1871) prenunciou 
que o surgimento da era industrial iria pedir um estudo ordenado do gerenciamento de 
tarefas e da criação de um modelo das operações de trabalho.
Em meados do século XIX a sociedade se desenvolvia de forma totalmente diferente. 
Somente poucos comércios e empresas de tamanho pequeno, como oficinas, artesãos, 
profissionais autônomos e pequenas escolas. 
9
UNIDADE 
Introdução à Administração
De acordo com o presidente da American Management Association, em 1980, “Ad-
ministrar é realizar coisas por intermédio de outras pessoas”. Nos dias atuais Administrar 
tem outra definição pelo AMA, onde Administração é: “O trabalho com e por intermédio 
de outras pessoas para realizar os objetivos da organização, bem como de seus membros”.
A segunda definição, mais atual:
1. Maior destaque ao ser humano nas organizações;
2. Concentração nos resultados a serem atingidos e nos objetivos, ao invés das 
normas e burocracia. 
3. Mostra um conceito de auto-realização da equipe, que deve ser integrada com a 
realização dos objetivos da organização.
Uma definição mais completa abrangendo uma realidade mais atual do papel das 
organizações na sociedade e de seus administradores.
A capacidade do homem de administrar remonta desde há 3.000 anos, quando na 
construção das pirâmides do Egito, a eficiência de trabalho dos gestores e líderes da época, 
foi capaz de organizar o trabalho de milhares de pessoas. Mas o estudo da administração 
pode ser encontrado nas teorias dos principais filósofos e estudiosos, que abordavam em 
seus estudos aspectos políticos e sociais. 
A Influência da Filosofia
Iremos abordar a filosofia, que desde antiguidade, foi uma grande influenciadora das 
teorias iniciais de administração e organização, tendo seus conceitos estudados e utiliza-
dos no cenário sócio-político da época, pois já se tinha idéias sobre a hierarquia, funções 
e habilidades.
No que se refere à Administração, herda elementos conceituais, com seu marco teó-
rico no ventre da filosofia, que se inicia com os primeiros filósofos gregos. 
O Filósofo grego Sócrates (470 a.C.-399 a.C.) desenvolveu um método de argumenta-
ção chamado dialética, e usava esse método nas conversas com seus discípulos e adversá-
rios, esclarecendo os debates com princípios básicos. Esse métodos envolvia uma enorme 
análise conceitual e pensamento analítico. Na sua visão, a habilidade de administrar é 
separada do conhecimento teórico e também da experiência. Como registrado em um 
texto, a discussão com Nicomaquides, narrando o seu ponto de vista: 
“...sobre qualquer coisa que um homem possa prescindir, ele será se souber do que 
precisa e se for capaz de provê-lo, um bom presidente, quer tenha a direção de um 
coro, uma família, uma cidade ou um exército.
Não é também uma tarefa punir os maus e honrar os bons? Portanto, Nicomaquides, 
não desprezeis homens hábeis em administrar seus haveres; pois os afazeres privados 
diferem dos públicos somente em magnitude; em outros aspectos, são similares; mas 
o que mais se deve observar é que nenhum deles pode ser gerido sem homens, nem 
os afazeres privados são geridos por uma espécie de homem e os públicos por outra: 
pois aqueles que conduzem os negócios públicos não utilizam homens de naturezas 
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diferentes daqueles empregados pelos que geram negócios privados; e os que sabem 
empregá-lo conduzem tanto os negócios públicos, quanto os privados, judiciosamente, 
enquanto aqueles que não sabem, errarão na administração de ambos.”
Platão (429 a.C.-347 a.C.) em sua obra A República, a forma democrática de governo 
e de administração das atividades públicas. Por exemplo, postula a divisão do povo grego 
em três grupos: o primeiro seria constituído de pessoas com alma de bronze, as quais 
deveriam se ocupar à agricultura, ao comércio e às tarefas manuais; o segundo grupo 
seria constituído de pessoas com alma de prata, as quais deveriam servir à guerra e a 
defesa da cidade; por fim, o terceiro grupo seria constituído de pessoas com alma de 
ouro, as quais deveriam a governar a cidade. 
É importante destacar a importância de Platão para  a Administração Científica, pois 
por meio de seus estudos sobre distintos tipos de governo, podemos identificar os três 
princípios básicos dos Fundamentos da Administração: 
 » Princípio do Preparo – este princípio consiste na seleção científica dos profissionais 
a partir de suas aptidões e prepará-los para as tarefas com treinamento e com objeti-
vo voltado para produção em maior volume e melhor qualidade.
 » Princípio do Controle – este princípio consiste no maior controle do trabalho para 
que as tarefas sejam executadas de acordo com normas e planos estabelecidos.
 » Princípio da Execução – execução a fim de distribuir as tarefas de acordo com a 
capacidade dos envolvidos e assim extrair os melhores resultados dos colaboradores
Logo depois, Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.), que era discípulo de Platão, teve grande 
influência na história da administração clássica e no conceito de administração, seu 
pensamento era estimulado pelo conhecimento da Filosofia, Cosmologia, Metafísica, 
Lógica e Ciências Naturais. Em seu livro chamado “Política”, que fala sobre a organização 
do Estado, diferenciando as três formas de administração pública.; Aristocracia, 
Oligarquia e Democracia. 
Francis Bacon (1561 – 1626): filósofo, fundador da lógica moderna, influenciou nos 
paradigmas científicos que marcaram a sociedade industrial, Bacon defendeu em seus 
trabalhos o uso da experiência e do método indutivo como critérios válidospara a acei-
tação de qualquer conhecimento.
Na sua visão, dava grande mérito ao método indutivo e da experimentação, e citou as 
duas operações básicas por onde a indução deve passar: a negativa, onde há a liberação 
dos erros e contradições causadas pela sociedade enraizada de preconceitos e tradições. 
E a construtiva, baseada na descoberta das verdades que podem ser comprovadas 
cientificamente, e não apenas em suposições vazias. 
Dava prioridade para o uso da razão nos atos do dia a dia, e ao método indutivo tendo 
o pensamento de que todo conhecimento tem por que ser posto em prática, formando 
assim os princípios da obra de Francis Bacon, que marcou a sociedade e influenciou a 
construção da abordagem científica da administração.
11
UNIDADE 
Introdução à Administração
René Descartes (1596 – 1650): filósofo, fisiologista e matemático francês, foi o respon-
sável pela criação das coordenadas cartesianas, impulsionando a Matemática e a Geome-
tria da época. No âmbito da filosofia, foi famoso pela sua obra “O Discurso do Método”, 
onde narra detalhadamente os principais fundamentos do seu método filosófico, hoje de-
nominado “método cartesiano”.
O método cartesiano é composto por 4 princípios:
 » Princípio da Evidência, que trata de investigar a veracidade e a procedência da 
informação, aceitando somente aquilo que é evidente;
 » Princípio da Decomposição, onde cada tema ou questão é dividido em quantas 
partes forem possíveis e necessárias, tendo uma visão separada do melhor resultado. 
 » Princípio da Síntese da Composição que faz a síntese de forma ordenada para 
que conduza nossos pensamentos e raciocínio, gradualmente à uma conclusão. 
Abordados primeiramente os objetivos e assuntos mais fáceis e simples de com-
preender para gradualmente se passar aos mais difíceis.
 » Princípio da Enumeração ou da Verificação, que consiste em recontar, numerar 
e revisar cautelosamente as conclusões e revisões, de modo coerente à fim de que 
assegure-se que nenhuma informação foi omitida ou deixada de lado.
Hoje podemos observar quão grande foi a influência do método cartesiano para a 
administração, que teve muitos de seus princípios, como a administração científica, 
teorias clássicas e neoclássicas, baseados nele. (CHIAVENATO, 2000, p.27)
Thomas Hobes (1588 – 1679): filósofo e teórico político inglês que demonstrou 
convicção ao defender um governo absoluto, isso, por causa de sua visão pessimista 
da humanidade.
Hobes acreditava que, sem a presença do governo, o homem tende a viver em per-
manente guerra e em intermináveis situações de conflito, isso, apenas, para manter-se 
em uma situação de sobrevivência.
Leviatã, sua obra mais famosa narra a renuncia de um povo a seus direitos naturais 
em nome de um governo que coloca a ordem, organiza a vida social e assegura a paz, 
detendo grande poder. Esse pacto entre Estado e povo o faz crescer de tamanha dimen-
são, que no fim coloca em risco a liberdade de todos. (CHIAVENATO, 2000, p.27)
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), filósofo iluminista, tratou o tema ao desenvol-
ver a teoria do contrato social afirma: só é possível a existência do Estado pelo acordo 
de vontades, firmado pelo contrato social, entre o povo ou sociedade que o reconhecem 
como autoridade sobre todo o conjunto de regras que forma o regime político. Na fala 
de Rousseau prediz, o homem é bom e afável por natureza e a vida em sociedade o 
corrompe. (SANTOS, 2002, p.1)
12
13
Com o evento da Revolução Industrial, a Administração foi influenciada pela filosofia 
moderna, que preconiza a relação de empregado e empregador, e os direitos de cada um, 
assim como seus papéis. 
Assim que a máquina do progresso começou a soltar vapor, logo vieram as más 
condições de trabalho, e com elas as revoltas sociais e políticas. 
Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895) revelam a teoria da origem 
econômica, onde poder político do Estado é resultado da dominação econômica do 
homem, imposto por aquele que detém mais capital. Disso surgem as classes sociais e a 
exploração. Na obra, O Manifesto Comunista, afirmam que a história da humanidade é 
baseada em uma história da luta de classes. 
Influências Religiosas e da Igreja 
Há indícios da Administração nos primórdios da sociedade, e era uma fase dita, teo-
crática. E apesar de não existir muitos relatos sobre esta fase, havia apenas um mundo 
de origem divina. Mas podemos nos apoiar no fato, de quando existimos em forma de 
tribos e aldeias, mesmo que pequenas, a gestão já existia.
Nesta fase, destaca-se Hamurabi, rei dos Amoritas, tribo semita que dominou e for-
mou o grande império babilônico. Sua legislação influência 15 séculos no oriente médio; 
Preconizou o salário profissional, as férias, o tabelamento de preços e seguro saúde para 
os trabalhadores da mesopotâmia; Estabelecia, em contrato, relações entre empregados 
e empregadores. 
Pode-se notar no decurso dos tempos, a importância da organização e administração 
da burocracia pública desde o Antigo Egito e Babilônia. Sabemos que as ferramentas 
administrativas já eram utilizadas há muito tempo, pois os povos antigos utilizavam o 
planejamento para a caça, liderança, poder e influência, aplicação da organização e 
previsão de fatores ambientais nos processos produtivos, como as cheias do rio Nilo, 
e muitas outras que, intuitivamente, eram usadas. Com o desenvolvimento de técnicas 
e máquinas, a humanidade começa a necessitar de maior conhecimento e capacidades 
para acompanhar as demandas e as tendências dos mercados.
Existiu também a fase empírico-prática: de onde podemos identificar os principais lí-
deres que conhecemos na nossa história. Salomão, no Século IX a.C, Confúcio, no Século 
VI a.C , Alexandre o Grande em Século IV a.C e Carlos Magno Século VIII/IX d.C. Na 
sua grande maioria eram religiosos; agiam de forma empírico-prática, isto é, experimen-
tavam e repetiam o que dava certo, e eliminavam os insucessos. ( DURANT, 1995)
De forma lenta, progressivamente as normas que se faziam a administração na época, 
e os princípios de administração pública foram se modificando e passando por entre as 
entidade estatais e finalmente a Igreja. Isso se deu de forma gradativa, mas muito bem 
sucedida. Isso porque os princípios fundamentais da organização eclesiástica e militar 
não eram compartilhados pela política, e se fez uma contradição de partidos e classes 
sociais dominantes. 
13
UNIDADE 
Introdução à Administração
E então, a Igreja Católica foi estruturando sua organização, se hierarquizando e formando 
seu estado-maior e sua coordenação.
A necessidade por resultados positivos em suas organizações, esse modelo começou a 
ser muito utilizado, que passaram a incorporar vários princípios e normas da Igreja Católica. 
Na idade média as corporações de ofício eram estruturadas em três categorias 
profissionais: Mestre, Companheiro e Aprendiz. 
Eventos que marcaram essa fase: A organização dos Estados Unidos e a Revolução Fran-
cesa em 1789, que pela Assembléia Nacional da Declaração dos Direitos do Homem, que 
democratizou as oportunidades de emprego, tanto para o setor público como para o setor 
privado, dando início à era da competição pelo mérito para o trabalho. 
Da Influência Militar
Idêntica a inspiração da Igreja, com as competências delimitadas pela hierarquia. 
A disciplina é um requisito básico para uma boa organização. Surgimento do pensa-
mento estratégico. Mais importantes são: 
 » Princípio da Unidade de Comando - que tem por função limitar poderes aos 
líderes de comando, e centralizar as tomadas de decisões. 
É chamado de Escala hierárquica, os níveis de comando relativos ao grau de autoridade 
e responsabilidade de um cargo. 
O termo “Estado maior” nasceu no século XVIII na Prússia, com o Imperador Frederico 
II, o Grande (1712-1786). Que para aumentar a eficiência de seu exército, criou oficiais de 
assessoria que planejavam, e também os de linha, que executavam as operações de guerra.
 » Princípio de Direção - através doqual todo subordinado deve saber o que se espera 
dele e aquilo que ele deve fazer
 » A Disciplina – aceitação das normas e correto seguimento , mantendo as decisões 
cientificas e não somente intuitivas, e que vão de acordo com os objetivos propostos. 
Fundamentos da Administração 
Através do planejamento, organização, direção e controle de todas as atividades es-
pecíficas, é quando ocorre a Administração. Assim, a Administração é fundamental para 
a existência, sobrevivência e sucesso das organizações. Em seus fundamentos estão as 
mais diferentes teorias e correntes de pensamentos, que compõem uma base para a 
construção de ferramentas para o ato de administrar e gerir uma organização. 
Ao correr da história, as teorias da administração surgem no meado do século XIX 
com o surgimento do modelo capitalista a revolução industrial. A ideologia capitalista 
tem no lucro a força motriz do sistema. E, para entendermos seu surgimento e evolução, 
devemos ter em mente uma imagem: a máquina.
14
15
Desta época podemos citar Adam Smith (1723-1790), preconizou o estudo dos tem-
pos e movimentos, mais tarde desenvolvido por Taylor. Foi considerado um liberalista, 
que acreditava no poder livre de mercado para desenvolver a sociedade. 
Grandes idéias foram a marca da Revolução Industrial, como a máquina a vapor, 
de James Watt (1736 – 1819), na Inglaterra, que teve sua aplicação imediata das li-
nhas de produção das indústrias, transformando o conceito de trabalho e a sociedade 
comercial da época. 
Foi dada em dois períodos:
A Primeira Revolução Industrial - 1780 a 1860, também conhecida como Revolução 
do Carvão ou do Ferro. Esta fase foi caracterizada por diversas invenções e inovações no 
mundo da produção, vários tipos de ferramentas, equipamentos que revolucionaram o cená-
rio da época e a forma de administrar as organizações. E podemos identificar quatro fases: 
Logo na primeira fase, ocorre a mecanização da indústria e da agricultura com a máquina 
de fiar de Hargreaves em 1767, e com o tear hidráulico de Arkwright em 1769, Em 1972, 
o descaroçador de algodão de Whitney, e o tear mecânico por Cartwright em 1785.
Na segunda fase acontece a força motriz aplicada à indústria, com a introdução 
máquina a vapor.
Já na terceira fase surgiram fábricas e operários, e a evolução do sistema fabril. 
E na quarta fase, a aceleração dos transportes e das comunicações:
A introdução da navegação a vapor por Denis Papin, locomotiva a vapor, construção 
de estradas de ferros em meados de 1825. Samuel Morse inventa o telégrafo 1835, 
Graham Bell o telefone (1876), Daimler e Benz constroem o primeiro automóvel em 
1880, Santos Dumont voa em Paris com o 14 Bis em 1906. 
Dentre as grandes transformações que houve nessa época, foi na segunda fase que 
vemos as mudanças que tem mais influência no mundo moderno que vemos hoje. 
Do mundo moderno podemos ressaltar a substituição do ferro pelo aço na indústria 
básica; a introdução da eletricidade e do petróleo como fontes de energia; maquinaria 
automática e alto grau de especialização. A ciência passa a dominar na indústria, há o 
melhoramento das vias férreas e a criação de automóveis.
Novas formas de organização capitalista foram surgindo, como as ações, trustings 
holding companies, entre outros. A queda das estruturas corporativas da idade média e 
o avanço tecnológico, com as novas formas de energia e ampliação dos mercados foi a 
grande contribuição da Revolução Industrial. Um novo mundo estava aparecendo, com 
a criação de novas teorias científicas de administração.
Com a criação das fábricas, e o trabalho assalariado, as cidades neste momento 
também estavam crescendo, o que culminava em um processo social que afetou a vida 
das pessoas, impulsionando assim o governo para que se buscassem medidas para 
problemas referentes a novas necessidades desta nova sociedade, como moradia, saúde, 
educação... e automaticamente a Revolução Industrial desencadeia uma nova tendência, 
que se dará via desenvolvimento de novos aspectos da administração pública.
15
UNIDADE 
Introdução à Administração
A administração, enquanto ciência, data do início do século XX. Esta teoria desenvolvida 
por Frederick Winslow Taylor, um engenheiro norte-americano, que com o seu livro “Prin-
cípios da Administração Científica” em 1911, procurava a racionalização do trabalho 
operário; Em seu trabalho analisou a divisão do trabalho operário, como sendo a peça fun-
damental da organização para as tarefas do cargo e para o próprio operário. Com a publica-
ção de seu livro, “Administração de Oficinas” em 1903, Taylor apresentou a padronização 
do método de trabalho, e a ferramentas usadas, racionalizando o trabalhando e estudando 
o tempo e movimento.
Esse estudo concentrou toda a atenção para os métodos de trabalho, movimentos 
necessários para a realização de tarefas, abordando o todo por suas partes. Isso causou 
a especialização do operário, e reagrupamento dos cargos, hierarquia, tarefas e funções, 
formando assim a ORT (Organização Racional do Trabalho). 
O trabalho pragmático, enfatizando as tarefas, foi baseado em uma corrente de 
pensamento desenvolvida por engenheiros, que buscavam a eliminação do desperdício, 
o fim da ociosidade operária e redução dos gastos com a produção.
Seus princípios científicos são: 
 » Princípio de Planejamento: substituir a improvisação através do planejamento 
do método.
 » Princípio de Preparo, onde há uma preparação e treinamento dos operários, com o 
fim de produzirem mais e melhor conforme o planejamento e também fazer a manu-
tenção das máquinas e equipamentos, preparando o ambiente físico e organizando 
racionalmente ferramentas e materiais. 
 » Principio de Controle, onde há o controle de execução do trabalho, certificando-se 
que tudo está conforme as normas e planos previstos. 
 » Princípio de Execução, onde há divisão de responsabilidades específicas para a 
execução do trabalho para que haja disciplina e eficácia.
A aplicação dessa metodologia aos problemas da administração, para alcançar uma 
maior eficiência na indústria: eram Observação e Mensuração.
Conceito de “Homus Economicus”
A Administração Científica via o homem como um “Indivíduo materialista, limitado e 
mesquinho, que só trabalha por recompensas salariais, preguiçoso e vadio, tendo que ser 
constantemente controlado através do trabalho e racionalizado pelo tempo padrão”. 
A Escola Clássica considerava a Administração uma ciência com princípios próprios, 
baseados, de um lado, na experiência científica, no trabalho, e de outro, no método lógico-
dedutivo. Esses princípios, porém, estavam baseados na idéia do “homo economicus”. 
(Chiavenato, 2000.) 
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Outra orientação seguida pela abordagem clássica da administração, é a teoria 
de Henry Fayol (1841-1925) engenheiro francês, onde tinha preocupação básica 
era aumentar a eficiência da empresa por meio da inter-relação de suas estruturas 
organizacional. Essa teoria é chamada de Teoria Clássica da Administração, e sua 
corrente de pensamento é focada em estrutura e funcionamento. E propõe um modelo 
cartesiano de organização e gerenciamento, que conhecemos como organograma. 
Ele também denominou em sua teoria, as diferentes funções de um administrador 
dentro da organização e também departamentos com diferentes objetivos funcionais. 
Quanto à funções na empresa: 
 » Funções Técnicas, área onde se concentra a administração da produção de bens 
ou serviços da empresa.
 » Funções Comerciais, setor onde é feito o controle das compras, vendas ou 
trocas dos bens ou serviços da empresa.
 » Funções Financeiras, que é o gerenciamento de capitais, e procura de investimento.
 » Funções de Segurança, proteção e preservação os bens e pessoas.
 » Funções Contábeis, onde os inventários, registros, balanços, custos e estatísticas, 
são controlados.
 » Funções Administrativas, que tem o objetivo de integrar todas as funções anterio-
res. Coordenando as demais funções da organização, com eficiênciae autoridade.
17
UNIDADE 
Introdução à Administração
Com essa teoria há também a formação de 14 princípios, que são dispostos na teoria 
clássica, que são seguidos a fim de se obter uma administração mais eficiente e eficaz. 
Esses princípios se tornaram uma espécie de prescrição global. São eles:
Autoridade e
Responsabilidade
Teoria Clássica
da Administração
14 Princípios de Fayol
Divisão de
Trabalho
Remuneração
do Pessoal
Estabilidade
Iniciativa
Unidade
de Direção
Unidade
de Comando
Centralização
Equidade
Cadeia
Escalar
Espírito
de Equipe
Ordem
Disciplina
Figura 1
Esses dois estudiosos marcaram o nascimento da hoje chamada, administração cien-
tífica. Depois desses passos iniciais, muitos começaram a investigar o mundo organiza-
cional e as inter-relações de diversas variantes importantes nesse meio.
Ao passar do tempo, o tema administração começou a ganhar mais espaço na socie-
dade e no campo dos estudos científico-sociais. As empresas foram crescendo numa escala 
grandiosa, e esse crescimento espantoso do mundo organizacional teve influência direta na 
sociedade e no modo em como as pessoas vivem, independentemente se estão ligadas à 
elas, direta indiretamente. 
As mudanças sociais radicais iniciaram uma ‘nova era’ na humanidade. A administração 
foi influenciada por um novo paradigma, adotando uma filosofia concebida por um 
mundo puramente objetivo. Isso ainda está presente até os dias de hoje. 
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Teoria Geral da Administração
Antonio Cesar Amaru Maximiano. Teoria Geral da Administração. Editora Atlas, 2012.
 Leitura
As Escolas da Administração - A evolução do pensamento da Ciência da Administração e 
suas Escolas
https://goo.gl/kREz6I
Principais Teorias e Escolas da Administração
https://goo.gl/XRaB7G
Principais Escolas da Administração
https://goo.gl/zjo44R
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UNIDADE 
Introdução à Administração
Referências
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração - 6. ed. - Rio 
de Janeiro : Campus, 2000.
Djalma de Pinho Rebouças de Oliveira. Teoria Geral Administração. Ed. Atlas 2º 
edição.2012. 
DURANT, Will. A História da Civilização. São Paulo: Record, 1995.
FARIA, Antônio Nogueira de. Chefia e Liderança. Rio de Janeiro: LTC, 1982.
FERREIRA, Victor Claudio P. Modelos de Gestão 2ª Ed. – Rio de Janeiro : FGV, 2006.
HAMEL, Gary; PRAHALAD, C.K. Competindo pelo Futuro: estratégias inovadoras 
para obter o Controle do seu setor e criar os mercados do amanhã. Rio de Janeiro: 
Campus, 1995.
HAMPTON, David R.. Administração: processos administrativos. São Paulo: Mac 
Graw-Hill, 1990.
LACOMBE, Francisco José Masset; HEILBORN, Gilberto Luiz J.. Administração: 
princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2003.
LODI, João Bosco. A história da Administração. São Paulo: Pioneira, 1987. 
MAXIMIANO, Amaru. Teoria Geral da Administração. Atlas, 2012. 
Patrimônios do Conhecimento. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
ROBBINS, Stephen P.; DECENZO, David A. Fundamentos de Administração: concei-
tos essenciais e aplicações. 4. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004.
SCHWARTZ, Peter. Cenários. As surpresas inevitáveis. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
SUN TZU, século VI a.C. A arte da guerra, 500 a.C. 26. ed. Rio de Janeiro: Record, 
2001.
SVEIBY, Karl Erik. A Nova Riqueza das Organizações: gerenciando e avaliando
TAYLOR, Frederick W. Princípios de Administração Cientifica. 8. ed. São Paulo: 
Atlas, 1990.
20
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Administração 
Aplicada à Engenharia 
de Segurança
A Administração e as Principais Escolas
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Uerley Magalhães Franchi
Revisão Textual:
Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Introdução ao Tema
• Leitura Obrigatória
Fonte: iStock/Getty Im
ages
Objetivos
• Mostrar ao aluno as principais escolas da administração, e destacar suas diferenças e 
evoluções, assim como as características de cada uma.
Caro Aluno(a)!
Bem-vindo(a) à segunda unidade da disciplina de Administração Aplicada à Segurança 
do Trabalho.
Nesta unidade, abordaremos algumas das escolas da administração, suas características 
e as mudanças provenientes delas. Também destacaremos pontos positivos e negativos 
e a aplicabilidade das mesmas. 
Não se esqueça de acessar o material didático, onde encontrará o conteúdo e as atividades 
propostas para esta unidade, assim como o material complementar, que foi escolhido 
com muito cuidado para aprimorar seu aprendizado.
Caso tenha dúvidas, entre em contato com o tutor; seja objetivo(a) e direto(a) para que 
receba a resposta o quanto antes.
Bons Estudos!
A Administração e as Principais Escolas
UNIDADE 
A Administração e as Principais Escolas
Introdução ao Tema
Sendo esta uma sociedade institucionalizada composta por várias organizações. 
Desse modo, percebemos que as empresas controlam todas as atividades especializadas 
(por exemplo, a prestação de serviços), ligadas diretamente aos bens de consumo, 
mais especificamente na sua produção. Portanto, as organizações são compostas por 
pessoas e recursos físicos, materiais, tecnológicos etc. 
Tendo conhecimento de que as pessoas seguem o ciclo natural da vida inteira 
participando direta ou indiretamente de organizações, fica visível que as organizações 
são extremamente heterogêneas e diversificadas, variando, assim, seus tamanhos, 
características, estruturas e objetivos. Dessa forma, podemos exemplificar e classificá-
las como não lucrativas (como os serviços públicos, igrejas etc.), ONGs, que são 
organizações não governamentais e entidades filantrópicas, entre outras. 
A área de conhecimento humano ligada ao estudo das organizações é chamada 
de Teoria das Organizações (TO). No caso das organizações que atingem certo 
porte, devido às suas operações, faz se necessário o uso de uma administração mais 
detalhada, ocasionando, assim, a necessidade da organização hierárquica, para que 
funcionem melhor todos os seus processos. Sendo assim, a Administração emprega 
planejamento, estruturação e controle de todas as tarefas dentro de uma organização. 
Portanto, torna-se algo imprescindível para existência e sobrevivência de uma 
organização (Empresa) no mercado. A TGA (Teoria Geral da Administração) trata do 
estudo da Administração das empresas, atentando para o seu tipo de segmento.
Devido aos aspectos exclusivos de cada organização, o administrador define 
estratégias e os recursos que planeja utilizar para conseguir uma evolução positiva em 
todos os setores. Contudo, vale salientar que o administrador bem-sucedido em uma 
organização pode não ser bem-sucedido em outra devido a diversos fatores, entre 
eles, personalidade, capacidade de agir em diferentes situações, adaptação etc. Com 
isso, toda vez que uma empresa deseja incluir um novo colaborador em seu quadro de 
funcionários, os mesmos passam por uma infinidade de testes e de entrevistas para 
que sejam verificadas suas habilidades e competências.
Sabemos que sempre existe algum problema no período de transição de um 
colaborador para outra organização. Mesmo que o seu conhecimento profissional 
das atividades e funções da área seja amplo, o mesmo será avaliado pela forma de 
como realiza o seu trabalho e os resultados que obtém com os recursos disponíveis. 
Segundo Theodore Levitt, ao mencionar “administrador profissional”, lembra que, um 
administrador não é denominado profissional como um físico ou químico que passaram 
por testes de conhecimento específicos para o recebimento de seus respectivos 
títulos, enquanto o administrador é lembrado por seus conhecimentos amplos e em 
diversos setores, e lembrado dentro de uma empresa por seu perfil, personalidade 
e conhecimento técnico de administração. Justamente por isso, essa verificação de 
perfil é realizada, para que seja feita uma melhor adequação na empresa junto ao 
pessoal que irá trabalhar em equipe, sabendoque existem diversas maneiras certas de 
conduzir as tarefas de uma empresa, mesmo que realizadas por um só administrador. 
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As Principais Escolas da Administração
• Administração Científica (ou Taylorismo): trata-se de um modelo de administração 
desenvolvido por Frederick Taylor. Segundo ele, o sucesso da fábrica estava 
estritamente ligado à produtividade, que, por sua vez, dependia dos seus colaboradores. 
A Administração Científica pretendia eliminar movimentos desnecessários dos 
colaboradores, dividindo-os de modo que cada um realizasse uma tarefa específica 
e contabilizando o tempo que estes levariam para realizar determinada tarefa, além 
de treiná-los e incentivá-los com remuneração extra. Isso fez com que a eficiência 
dos colaboradores fosse maximizada, o que, consequentemente, traria um aumento 
na produtividade da fábrica. O nome “Científica” se dá por ser um modelo regido 
por normas, leis e princípios definidos dentro do ambiente de trabalho. 
• Gestão Administrativa: desenvolvida por Henry Fayol, era uma escola que enxer-
gava a administração, pela primeira vez, como uma disciplina e profissão. Desse 
modo, Fayol estabeleceu princípios (não regras, ou leis) gerais da administração, 
após conseguir recuperar a empresa, a qual era diretor geral, da falência. Fayol 
dividiu as funções e operações das organizações em 6 (Técnicas, Comerciais, Finan-
ceiras, De segurança, De contabilidade, De administração). Segundo ele, a função 
mais importante em uma empresa é a de administrar. Dessa forma, dividiu as fun-
ções do administrador em 5 (Planejar, Organizar, Comandar, Coordenar, Controlar). 
Ao mesmo tempo, elaborou 14 princípios de administração, sendo eles: Divisão de 
trabalho, Autoridade e responsabilidade de todos, Disciplina, Centro de comando, 
Centro de direção, Subordinação do interesse de ambos, Remuneração, Centraliza-
ção, Hierarquia, Ordem, Equidade, Estabilidade, Iniciativa e Espírito de equipe. 
• Teoria da Burocracia: observando que, etimologicamente, burocracia significa 
“poder do escritório”, Max Weber idealizou a teoria da burocracia, cujo objetivo 
é organizar um grande número de indivíduos, cada um com sua respectiva função 
formalizada e codificada sob a hierarquia e as relações impessoais. Conforme 
Weber, a burocracia apresentaria um alto grau de eficiência e seria o modo mais 
racional de exercer dominação sobre os outros, por conta de se tratar de um 
sistema impessoal e com imposição de regras legais, possibilitando assim maior 
acesso aos cargos. Princípios: divisão do trabalho, impessoalidade, hierarquia, 
profissionalismo, padronização, formalização, autoridade, separação de domínios 
públicos e privados. 
• Escola das Relações Humanas: em um determinado período de crise financeira 
(1929) e de condições de trabalho desumanas, surge nas organizações, como 
fruto de experiências realizadas em uma fábrica de Chicago, a Teoria das Relações 
Humanas. Elton Mayo descobriu que, ao cooperar com os colaboradores e tratá-los 
amigavelmente, a produtividade deles aumentava. Ele enxergou que a produtividade 
de um colaborador não está relacionada apenas com a eficiência técnica, mas 
também com os problemas de ordem social e humana. Segundo a Escola de 
Relações Humanas, o administrador deveria enfatizar, antes de tudo, no bem-estar, 
na motivação e na comunicação com seus colaboradores. A Teoria das Relações 
Humanas, entretanto, possui algumas limitações. Outras pesquisas comprovaram, 
inclusive, que nem sempre os colaboradores mais felizes são os mais produtivos. 
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UNIDADE 
A Administração e as Principais Escolas
• Enfoque Comportamental: trata-se de uma denominação que se refere ao 
conjunto de contribuições teóricas e empíricas que visam analisar o comportamento 
e a importância dos colaboradores nas organizações, abrangendo várias escolas 
desde a Escola de Relações Humanas de 1930 até as escolas empreendedoras dos 
anos 1990. Diferencia-se, assim, das demais escolas, pois destaca a complexidade 
com que cada uma reage nas abordagens em relação ao ser humano. A abordagem 
comportamental: formada por teorias de motivação e liderança, promoveu uma 
visão mais complexa do ser humano, analisando-o mais psicologicamente na 
administração e reconhecendo a importância dos recursos humanos na organização, 
mas ignorando ainda fatores como o ambiente. 
• Teoria dos Sistemas: com o final da Segunda Guerra, percebeu-se que países re-
presentavam partes diferenciadas de um sistema global e que a alteração em uma 
parte significaria modificações em todo o sistema. Von Bertalanffy Foi o primeiro a 
considerar o meio em que a organização estava inserida, contribuindo, assim, para 
uma abertura das visões interna e externa. Identificando a organização como um 
todo dividido por partes inter-relacionadas que interagem com o ambiente. Princi-
pais termos: Subsistemas, Fronteiras, Fluxos, Feedback, Sinergia, Holismo, Home-
ostase. A Teoria dos Sistemas é a união dos focos de estudo das outras escolas. O 
administrador pode e deve usar as variadas formas de alcançar um mesmo objetivo. 
• Enfoque Contingencial: o enfoque contingencial é tarefa na qual o administrador 
vai analisar situações e identificar as técnicas que trarão o melhor resultado, para 
a referente situação. Sendo uma forma de complementar a Teoria dos Sistemas, o 
enfoque contingencial mudou substancialmente a forma de ver as organizações e a 
administração. “Tudo depende”, principalmente após a “abertura” da organização. 
Fatores que devem influenciar na decisão do administrador: incerteza e complexi-
dade do ambiente externo, tamanho da organização, tecnologia, tarefa, caracterís-
ticas do ambiente interno.
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Leitura Obrigatória
Escola de Administração Científica
A revolução industrial influenciou muito na A Abordagem Clássica da Administração 
as consequências devido ao crescimento acelerado e desorganizado das empresas, 
acabou exigindo uma substituição do empirismo e da improvisação forçando o uso 
das bases de estudos científicos. Percebendo a necessidade de aumentar a eficiência 
e rendimento das empresas, que já sofriam com a elevada concorrência tornou-se 
necessário para o desenvolvimento proposto pela Escola.
O americano Frederick Winslow Taylor, da inicio a Escola de Administração 
Cientifica a partir da segunda metade do século XIX. Com o principal objetivo, de 
garantir o máximo de lucro e desenvolvimento ao patrão e, consequentemente ao 
funcionário por meio de sua administração, segundo Taylor. Dando inicio a suas 
pesquisas e estudos a partir do operário seguindo os cargos acima, obtendo assim 
suas bases para o conceito geral de administração. 
Assim conseguia na época uma busca para melhora da produtividade com 
qualidade do operário, que por sua vez, era destratado e deixado de lado pelas 
empresas. Ele percebeu que o descaso em qualificar o operário na época era absurdo, 
e consequentemente notou a baixa produtividade, ocasionando para as empresas 
um custo maior, pela necessidade de contratação de mais operários. Contudo a 
Administração Científica foi utilizada na época com experimento, já que sua aplicação 
buscava alcançar a melhor eficiência, que acabou se consolidando entre os estudiosos 
da época devida sua eficácia.
Taylor que sempre se preocupou em eliminar perdas e desperdícios sofridos pelas 
indústrias, visando o aumento dos índices de produtividade com aplicação dos mé-
todos e técnicas estudadas e aperfeiçoadas por ele. Com o objetivo de reorganizar 
e resolver os problemas de relação entre operários e liderança ele buscou definir os 
princípios científicos da administração. Já que um bom operário não discute ordens e 
instruções dadas a ele. 
Segundo ele “No futuro ira prevalecer à ideia de que nossos líderes deveram bem 
treinados e que nenhum homem, embora extraordinário, poderá competir com 
homens comuns, mas que forem organizados...” Sendo assim, quando for dada a um 
operário uma tarefa bem definida a ser realizada, de forma pré-estabelecidae dentro 
de um período definido, o aumento de produção e eficiência será inevitável.
“A estruturação geral das empresas, com acompanhamento planejado e a 
racionalização do trabalho são fundamentais para aplicação dos métodos”, isso foi o 
que conclui Taylor após notar as dificuldades da época. 
Justificando que as indústrias analisadas na época sofriam de males, sendo eles:
• Os operários passavam por uma ociosidade ordenada;
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UNIDADE 
A Administração e as Principais Escolas
• A gerência não conhecia as rotinas dos trabalhadores e o tempo necessário para 
que pudessem realizar suas tarefas;
• Não existia a uniformidade dos métodos e das técnicas de trabalho.
A Administração Científica se distribui universalmente da seguinte forma:
Ciência, Harmonia,
Cooperação e
Rendimento Máximo
Empirismo, Discórdia,
Individualismo E
Produção Reduzida
Figura 1
Taylor percebeu que, em todas as ocupações, os operários aprendiam a executar as 
tarefas olhando o colega do lado, ou seja, observando que ocasionava nas diferentes 
maneiras de realização para um mesmo trabalho, fora a diversidade de materiais 
utilizados para execução dos mesmos. 
Taylor conclui que os administradores precisariam desenvolver novas formas de 
execução dos serviços, tirando essa responsabilidade dos operários, por conta dos 
índices de produtividade que eram diversos para uma mesma tarefa realizada.
Assim, Taylor acabou dividindo as atividades entre os operários, deixando o 
planejamento e supervisão por conta da administração. Substituindo os métodos 
utilizados por métodos científicos em todas as funções, chamando a assim de Organização 
Racional do Trabalho - ORT.
Criada por Taylor, A ORT consistia nos seguintes aspectos:
• Seleção Científica do Colaborador – O colaborador deve ser colocado para exe-
cutar uma função ou tarefa adequada as suas aptidões, consequentemente o ato de 
repetir sua atividade o deixa melhor preparado, gerando assim a melhor eficiência 
e perda de produtividade. 
• Tempo-padrão – Deve ser colocada ao colaborador uma meta mínima, para que 
assim sua atividade sempre tenha um padrão mínimo.
• Plano de incentivo salarial – Uma prática utilizada até os dias atuais, que ajuda 
bastante em momentos difíceis numa empresa, o incentivo serve para se obter uma 
alta na produtividade, como interfere no volume de atividade do colaborador, os 
dois lados gostam devido ao lucro de ambos.
• Trabalho em conjunto – exemplo disso o plano de incentivo, que consequentemente 
favorece ambos, tanto o patrão como funcionário que aumenta sua renda.
• Gerentes planejam e operários executam – Conforme Taylor observou, a res-
ponsabilidade da gerência e lideres é a inserção de um processo eficaz e contunden-
te para produção, cabendo a eles a execução.
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• Divisão do trabalho e especialização do operário – Dado certo nível de tarefa 
a um operário, com recursos, espaço adequado e treinamento, o resultado é claro 
sempre aprimorado, diminuindo assim as falhas e perdas.
• Supervisão – É pertinente a supervisão ter uma base para cobrança, por isso a 
existência da produção mínima, claro que a divisão de lideres é necessária também.
• Ênfase na eficiência – Sabemos que existe uma melhor maneira ou forma de 
executar um trabalho, porém isso só é obtido através de uma série de estudos e 
métodos pela administração. 
• Homo economicus – Através de recompensas e premiações todos os funcionários 
acabam se submetendo a redução de perdas.
• Condições de trabalho – Interferem nos resultados, portanto fatores como: a 
adequação de espaço, maquinário e recursos para minimizar o esforço e perda de 
matéria-prima durante o processo de produção. 
• Padronização – Se faz necessária à padronização de todas as atividades e processos 
para facilitar a eliminação de desperdício e aumentar a eficiência dos métodos e 
tarefas executados na empresa.
• Princípio da exceção – Taylor se atentou em todo aprimoramento do processo, 
não se esquecendo de se preocupar com os resultados negativos apresentados, 
para que tudo ocorra de maneira plena e continua sem perdas, Taylor se baseava 
na aplicação de alguns princípios, que são: 
De�nição
de rotina
de trabalhoUtilização
da régua de cálculo
e de instrumentos
para economizar
tempo
Planejamento das
tarefas e cargos
Princípio
da execução
Padronização
de ferramentas
e instrumentos
Supervisão
funcional
Estudo de
tempo e padrões
de produção
de serviços
Fichas de instruções
de serviços
Prêmios de
produção pela
execução e�ciente
das tarefas
Figura 2
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UNIDADE 
A Administração e as Principais Escolas
Henry Ford (1863-1947) – Engenheiro –Fundador da Ford Motor Co. Foi um 
revolucionário em estratégia comercial da sua época, por fabricar o primeiro carro 
popular e criar um plano de vendas. Montou também a assistência técnica de grande 
alcance, fora a distribuição de agências próprias, com montagem, produção em série, 
padronizada e de custo inferior. 
Todo o processo era feito lá, desde a composição da matéria prima até a entrega do 
produto acabado. 
O Fordismo tornou-se para a produção em massa um exemplo, como um espelho 
que mudou a indústria automobilística, após a metade do século XX. Empregando a risca 
todos os princípios de padronização e simplificação de Taylor. Ford foi que conseguiu a 
abertura no mercado para a grande massa dos automóveis, que antes não era possível. 
Conseguindo assim a façanha de tornar o automóvel acessível pelo seu preço reduzido. 
Tudo obtido graças ao aperfeiçoamento das técnicas de montagem, que na época 
já se utilizavam de esteiras rolantes para que os funcionários permanecessem parados 
durante a sua parte da montagem. Fazendo assim desnecessária uma qualificação 
especial do colaborador. 
Claro que no seu método (Fordista) eram necessários consideráveis investimentos e 
grandes instalações, mas foi justamente o que permitiu Ford a produção de mais de 2 
milhões de carros por ano, durante a segunda década do século XX. Tendo como veículo 
pioneiro o mítico Ford Modelo T, mais conhecido no Brasil como “Ford Bigode”. O For-
dismo teve seu auge nas duas décadas pós-Segunda Guerra Mundial, chamados os Anos 
Dourados pelo capitalismo. A causa do seu declínio foi o seu modelo rígido de gestão. 
Então no inicio dos anos 70, a Ford entra em declínio. O modelo de gestão e a 
produção da General Motors (GM) aumenta. São lançados vários veículos de modelos 
diferentes, com diversas cores e também com um modelo de gestão profissional, 
baseando-se no colegiado. Acarretando na saída da Ford do posto, de maior montadora 
do mundo, agora ocupado pela GM. Nos anos 70, com alguns impactos causados pelo 
petróleo e com o aparecimento dos mercado automobilísticos japonês, entra em colapso 
o modelo fordismo de produção em massa, sendo esse substituído gradativamente por 
um sistema de produção enxuta, conforme adotado pela empresa Toyota. A Toyota vem 
a se tornar a maior montadora do mundo em 2007. Três princípios básicos adotados 
pela Ford, sendo eles:
1. Intensificação: Intensifica a ideia e utilização dos recursos para redução do tempo 
de produção com a inserção imediata e facilitada da matéria prima na produção. 
2. Economia: Ford sempre se preocupou com a redução do volume de matéria- 
-prima e produto final em estoque, um pensamento muito além de seu tempo e 
fator de preocupação nos dias atuais. Segundo ele, a velocidade de fabricação 
deveria ser rápida, para que o tempo fosse otimizado ao máximo. 
3. Produtividade: Confirmado evolução da produtividade com a preparação e 
treinamento adequado dos funcionários, trazendo assim uma excelente resposta 
ao desenvolvimento e crescimento de produção nas indústrias.
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Administração e a Teoria Clássica
Henri Fayol, idealiza uma Teoria mais Clássica da Administração. Foi pensada no 
âmbito organizacional em sua estrutura, por meio da visão econômica do homem, 
buscando a maior eficiência. Salientamos que o conteúdo é de suma importância para o 
entendimento das praticas administrativasmais simples. 
Fayol defendia os princípios que eram utilizados na Europa, por conta de suas 
experiências com administração de alta, sendo ele um grande admirador e entusiasta dos 
métodos e estudos de Taylor. Não só observados por ele, mas por diversos executivos 
europeus, porém os seguidores da Administração Científica só deixaram de ignorar as 
idéias de Fayol quando publicada nos Estados Unidos. Com isso, os princípios de Fayol 
passaram despercebidos por grandes contribuintes do pensamento administrativo. 
Para Fayol, contrário à visão de Taylor e Henry Ford. No final dos anos 80 do 
século XIX, assumindo a direção geral da mineradora de carvão francesa Commentry-
Fourchambault-Decazeville que atravessava um processo de falência na época, Fayol se 
tornou responsável por reequilibrar a saúde econômica e financeira da companhia. 
Depois de algumas publicações e de mais de meio século de estudos e pesquisas, 
Fayol concluiu que, a administração é uma função distinta das demais. Contudo, ele 
identificou quatorze princípios que deveriam ser seguidos para que se obtivesse uma 
Administração contundente. Sendo eles:
Remuneração Trata-se da recompensa pelos esforços que sustentam a 
organização. Tendo que ser justa com o colaborador, não 
se tornando exploração
Centralização O trabalho do chefe é tratado com maior importância por 
um núcleo de comando único, com isso descentralizando 
de forma homogênea as tarefas e atividades para as 
demais pessoas
Hierarquia Trata-se da recompensa pelos esforços que sustentam a 
organização. Tendo que ser justa com o colaborador, não 
se tornando exploração
Iniciativa Procura através dos seus funcionários a resposta aos 
problemas ocorridos no processo mais rapidamente
Ordem Seguimento de tarefas e materiais para o auxilio da 
direção da organização
Equidade É forma da melhora do comportamento dos funcionários 
através da ordem e disciplina
Disciplina Tornando as expectativas claras e punindo as infrações
Divisão
de trabalho Que dividia as tarefas certas a certos executores, evitan-do assim falhas
Segurança
no emprego Através da estabilidade do pessoal as organizações obtém uma redução de custos decorrentes da mini-
mização de novos processos de seleção e treinamentos 
de novos funcionários
Espírito de
equipe (União) É basicamente a interação de todos com os objetivos traçados, o entendimento e consciência dos esforços de 
cada um no processo
Autoridade e
responsabilidade
de todos
A autoridade coordenando e todos os subordinados 
compreendendo as ordens e tarefas pedidas. Responsa-
bilidade da obrigação de prestar contas e deveres
Estabilidade É realizado um controle para a longevidade com satis-
fação do funcionário
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UNIDADE 
A Administração e as Principais Escolas
Remuneração Trata-se da recompensa pelos esforços que sustentam a 
organização. Tendo que ser justa com o colaborador, não 
se tornando exploração
Centralização O trabalho do chefe é tratado com maior importância por 
um núcleo de comando único, com isso descentralizando 
de forma homogênea as tarefas e atividades para as 
demais pessoas
Hierarquia Trata-se da recompensa pelos esforços que sustentam a 
organização. Tendo que ser justa com o colaborador, não 
se tornando exploração
Iniciativa Procura através dos seus funcionários a resposta aos 
problemas ocorridos no processo mais rapidamente
Ordem Seguimento de tarefas e materiais para o auxilio da 
direção da organização
Equidade É forma da melhora do comportamento dos funcionários 
através da ordem e disciplina
Disciplina Tornando as expectativas claras e punindo as infrações
Divisão
de trabalho Que dividia as tarefas certas a certos executores, evitan-do assim falhas
Segurança
no emprego Através da estabilidade do pessoal as organizações obtém uma redução de custos decorrentes da mini-
mização de novos processos de seleção e treinamentos 
de novos funcionários
Espírito de
equipe (União) É basicamente a interação de todos com os objetivos traçados, o entendimento e consciência dos esforços de 
cada um no processo
Autoridade e
responsabilidade
de todos
A autoridade coordenando e todos os subordinados 
compreendendo as ordens e tarefas pedidas. Responsa-
bilidade da obrigação de prestar contas e deveres
Estabilidade É realizado um controle para a longevidade com satis-
fação do funcionário
Figura 3
Apesar de toda a crítica aos postulados clássicos e aos novos enfoques da organiza-
ção verifica-se que os princípios de administração de maneira geral nunca foram total-
mente substituídos.
 Ou seja, indiretamente a Teoria Clássica da Administração é utilizada como base para 
todas as outras, como ponto de divergência ou mesmo de partida, mas sempre relacionada.
Teoria da Burocracia
Em 1910, O sociólogo Alemão, Max Weber, já promovia um estudo aprofundado 
sobre as Organizações e sua forma racional de administração, entretanto suas ideias só 
foram aplicadas a partir da década de 40.
 Naquele momento havia um crescimento acentuado das organizações que 
necessitavam de modelos organizacionais mais bem definidos e contundentes. Portanto 
Fazia-se necessário a criação de procedimentos explicativos e claros para controle e 
integração de uma massa de operários distribuídos nos diversos setores.
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Mesmo que A teoria da burocracia de Weber tenha surgido no século passado, ela 
gera até os dias atuais uma série de dúvidas e só o termo burocracia já aparece com 
uma conotação depreciativa. Porém, a Teoria da burocracia possui interfaces nas quais 
iremos observar. 
Ainda que os estudos de Weber sejam genéricos e possam ser aplicados a empresas, 
sua abordagem é sociológica e mais facilmente aplicável às administrações públicas.
A burocracia enfatiza a formalização (obediência a normas, rotinas, regras e 
regulamentos), divisão do trabalho, hierarquia (obediência às ordens dos superiores 
e conferência de status às posições hierárquicas elevadas), impessoalidade e 
profissionalização e competência técnica dos funcionários.
Segundo Weber, na Burocracia Ideal a promoção ou escolha do profissional deve ser 
baseada exclusivamente pelo mérito/competência. Na sua visão, a burocracia era o mo-
delo ideal contra as escolhas arbitrarias e pessoais para composição dos cargos públicos. 
A confiança na racionalidade técnica, na especialização funcional, na hierarquia, 
na previsibilidade e na estrutura formal aproxima os aspectos clássicos da burocracia 
weberiana. Mesmo as duas surgindo na mesma época, influenciadas pela realidade 
histórica e científica de seu tempo. Representando assim o ápice do conjunto de 
procedimentos combinados a sociedade industrial. 
No geral, conclui-se que a Teoria Burocrática weberiana se assemelha à Teoria 
Clássica. Porém, existem diferenças.
Weber e seus adeptos analisaram o contexto social mais amplo, identificando o 
fenômeno crescente da autoridade racional-legal nas sociedades modernas.
Por isso, Sua teoria conseguia explicar um novo comportamento social: o burocrático. 
Além disso, enquanto os clássicos pretendiam intervir na organização, aumentando 
sua eficiência, fazendo com que sua orientação fosse predominantemente normativa e 
prescritiva, a weberiana era mais descritiva e explicativa.
A Burocracia funciona e sobrevive por conta de seus regulamentos e normas 
regulamentadas e estabelecidas. Essas normas e regulamentos são escritos e abrangem 
todas as áreas da organização, preveem todas as ocorrências e as enquadra dentro de 
um esquema definido direcionando todas as atividades e procedimentos. Com essas 
normas e regulamentos, a organização se mantem estruturada burocraticamente, pois 
tudo e todos seguem o método adotado. 
Weber identificou três tipos de autoridade, para uma definição melhor sobre a 
burocracia, sendo eles:
• Racional-legal: é baseada na aceitação dos regulamentos e normas prescritas pela 
organização, confirmando assim sua autoridade legal. 
• Tradicional: trata-se da autoridade conquistada por costumes e tradições, no caso 
os subordinadosaceitam as ordens das autoridades habituais. 
• Carismática: Se deve a confiança adquirida por lideres dos seus subordinados, 
gerando assim a melhor aceitação da hierarquia.
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UNIDADE 
A Administração e as Principais Escolas
Para Weber, a autoridade racional-legal predomina dentre as sociedades, caracterizados 
por ele, da seguinte forma: 
• A lei representa o ponto de equilíbrio último, na qual se fazem necessárias para que 
sejam compridas as normas e regulamentos impostos. 
• A burocracia, em qualquer organização, é estabelecida através da hierarquia. Seguida 
por todos, desde a produção aos diretores, fazendo-se assimiladas e realizadas. 
• Os funcionários são promovidos e selecionados por conta da avaliação de suas 
competências técnicas. Portanto, são feitas exigências de diplomas, exames para 
que essas admissões e promoções sejam realizadas.
• As relações informais não têm razão de existir. O funcionário burocrático tem que 
ter em mente que é uma peça de um sistema, de forma a cumprir as tarefas e 
funções que lhes estão destinadas durante sua jornada.
Caráter formal das comunicações
Caráter legal das normas e regulamentos
Caráter racional e divisão do trabalho
Impossibilidade nas relações
Hierarquia de autoridade
Rotinas e procedimentos padronizados
Competência técnica e meritrocracia
Especialização da administração
Pro�ssionalização dos participantes
Completa previsibilidade do funcionamento
Figura 4
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Portanto a divisão de tarefas é a responsável pela padronização dos procedimentos 
técnicos, ocasionando na melhor eficiência e aumento de produtividade organizacional. 
Weber descreve uma série de características/princípios do sistema Burocrático:
Com isso, podemos dizer que a burocracia é uma organização que seleciona pessoas 
e suas devidas atividades por um processo de seleção, admissão e posterior promoção 
por competência, por meio de critérios criados e estudados pela instituição. E não por 
motivos particulares, por isso se faz necessário exames e testes para comprovação dos 
méritos e competência do funcionário. 
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UNIDADE 
A Administração e as Principais Escolas
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
As Escolas da Administração
https://goo.gl/kREz6I
Principais Teorias e Escolas da Administração
https://goo.gl/XRaB7G
Principais Escolas da Administração
https://goo.gl/zjo44R
Escolas da Administração
https://goo.gl/9tkhLI
 Livros
Teoria Geral da Administração
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração. São Paulo: 
Atlas, 2012.
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Referências
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 6. ed. Rio 
de Janeiro: Campus, 2000.
DURANT, Will. A História da Civilização. São Paulo: Record, 1995.
FARIA, Antônio Nogueira de. Chefia e Liderança. Rio de Janeiro: LTC, 1982.
FERREIRA, Victor Cláudio P. Modelos de Gestão. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006.
HAMEL, Gary; PRAHALAD, C.K. Competindo pelo Futuro: estratégias inovadoras 
para obter o Controle do seu setor e criar os mercados do amanhã. Rio de Janeiro: 
Campus, 1995.
HAMPTON, David R. Administração: processos administrativos. São Paulo: Mac 
Graw-Hill, 1990.
LACOMBE, Francisco José Masset; HEILBORN, Gilberto Luiz J. Administração: 
princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2003.
LODI, João Bosco. A História da Administração. São Paulo: Pioneira, 1987. 
MAXIMIANO, A. C. A. Teoria Geral da Administração: Da Escola Científica à 
Competitividade em Economia Globalizada. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2000.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração. São Paulo: 
Atlas, 2012.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Teoria Geral da Administração. 2. ed. 
São Paulo: Atlas, 2012. 
ROBBINS, Stephen P.; DECENZO, David A. Fundamentos de Administração: 
conceitos essenciais e aplicações. 4. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004.
SCHWARTZ, Peter. Cenários. As surpresas inevitáveis. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
SUN TZU. A arte da guerra. Século VI a.C. 26. ed. Rio de Janeiro: Record, 2001.
SVEIBY, Karl Erik. A nova riqueza das organizações: gerenciando e avaliando 
patrimônios do conhecimento. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
TAYLOR, Frederick W. Princípios de Administração Científica. 8. ed. São Paulo: 
Atlas, 1990.
Theodore Levitt: Prof de Administração da Harvard Business School “The Managerial 
Merry-go-round” Harvard Business Review 1974Idalberto. Chiavenato: Prof de Adm Geral 
da FGV “Introdução a TGA” 1981. Disponível em: <http://administracaograduacao.
blogspot.com.br/2015/06/perfil-do-administrador.html>
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Administração Aplicada à 
Engenharia de Segurança
Administração e as Principais Escolas II 
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Esp. Uerley Magalhães Franchi
Revisão Textual:
Profa. Ms. Natalia Conti
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Introdução ao Tema
• Leitura Obrigatória
• Material Complementar Fonte: iStock/Getty Im
ages
Objetivos
• Mostrar ao aluno as principais escolas da administração e mostrar as diferenças e
evoluções assim como as características de cada uma.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o 
último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material 
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você 
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns 
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões 
de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e 
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de 
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de 
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de 
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
Administração e as Principais Escolas II
UNIDADE 
Administração e as Principais Escolas II
Introdução ao Tema
No momento que a Administração passa pela revolução conceitual é que surge a 
abordagem humanística, em meados de 1929, trazendo a transferência do foco que 
era a realização da tarefa e a estrutura da empresa para a importância das pessoas que 
participam delas.
Foi a partir disso que se começou a dar mais importância às pessoas, preocupando-
se mais com os profissionais do que com as máquinas, deixando um pouco de lado o 
método formal do trabalho, dando espaço ao que realmente importa que é o profissional 
e os grupos em que estão inseridos.
A partir da década de 30 é que ocorreu a transição, onde os Estados Unidos, impul-
sionado por conta das mudanças no cenário social, político e econômico, passa a dar 
mais importância a essa nova forma de pensamento, devido à crise econômica de 1929.
A abordagem humanística é impulsionada pela teoria das Relações Públicas, tendo 
seu desenvolvimento através do desenvolvimento das ciências sociais, da psicologia e da 
psicologia do trabalho, trazendo assim duas etapas:
Adaptação do Trabalhador ao trabalho: etapa onde são analisadas as características 
humanas com a função do trabalho que será realizado.
Adaptação do Trabalho ao trabalhador: etapa onde é necessário focar nos aspectos 
individuais e sociais do trabalho, focando na personalidade do trabalhador, do gerente e 
dos incentivos e motivação.
Roberto tem uma fábrica de sapatos, considerada por todas as pessoas uma empresa 
bem sucedida, alcançando ótimos resultados financeiramente, realizando exportação 
para mais de dez países. Mesmo assim existia insatisfação por parte dele em relação 
à empresa. Pois para ele o ambiente de trabalho mostrava-se frio e negativo, mesmo 
com toda a produtividadeem alta. Percebia repúdio dos funcionários em relação a ele, 
deixando-o incomodado e pensativo. A seu ver Roberto esta se preocupando à toa, uma 
vez que a empresa apresenta bons resultados, ou esta agindo certo em se preocupar 
com a insatisfação de seus empregados?
A Teoria das Relações Humanas trouxe justamente essa transferência de foco, dos 
aspectos formais e técnicos para os psicológicos e sociológicos.
Nos Estados Unidos, surge a Escola Humanística da Administração, como movimento 
de oposição à Teoria Clássica da Administração, onde os trabalhadores são explorados e 
seus interesses não são respeitados e importantes.
Muitos dos trabalhadores e sindicatos acreditavam que a Teoria Clássica servia ape-
nas para legalizar a exploração trabalhista e a valorização dos interesses dos patrões. 
Nasce a Teoria das Relações Humanas para corrigir esse pensamento de desumanização 
do trabalho.
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Leitura Obrigatória
As teorias de Fayol e Taylor foram questionadas por essa teoria humanista, onde 
se passa a priorizar as pessoas ao invés das estruturas e tarefas. Entendeu-se que o 
funcionário é motivado financeiramente.
Temos alguns autores que agregam em relação à abordagem humanista e suas 
relações psicológicas e sociais: George Elton Mayo (1880-1949), Herbert Alexander 
Simon (1945), Mary Parker Follet (1868-1933), Abraham H. Maslow (1908-1970), 
Douglas M. McGregon (1960) e Frederick Herzberg (1959).
Foi permitida a Abordagem Humanista na empresa “Westerm Eletric Company” 
a partir de 1927 por conta das experiências coordenadas por Elton Mayo. Para ele o 
comportamento humano é visto pelo objetivo social, onde a felicidade do indivíduo e a 
saúde da sociedade dependem diretamente da função social do indivíduo.
O conflito é considerado um problema social e o bem-estar social, exceto as que 
visam interesses políticos, segundo Mayo. A sociedade é um organismo saldável, quando 
o indivíduo pensa no social e trata os interesses comuns com responsabilidade.
A integridade dos interesses individuais e coletivos assegura a cooperação. Os ope-
rários aceitam e cooperam com a organização quando começam a aceitar os objetivos 
da mesma.
Podemos dizer que essas experiências de Hawthorne puderam nos mostrar a 
abordagem clássica, a científica e as conclusões a partir delas, mostrando que existia a 
desvalorização dos aspectos individuais, psicológicos e físicos dos profissionais.
Podemos colocar da seguinte maneira as conclusões levantadas a partir dessa 
experiência: o nível de competência do trabalhador é estabelecido pela sua capacidade 
social, o comportamento do indivíduo apoiado ao grupo. O grupo repreende atitudes 
erradas e desaprova atitudes que atrapalham o desenvolvimento de todos.
A estrutura da empresa é formada por esses grupos, onde as relações humanas são 
desenvolvidas pela interação entre as pessoas. Os pontos de vista seguidos por Mayo, 
após essas experiências são:
· O indivíduo deve seguir um modelo grupal, seguindo assim o que é melhor
para todos;
· Não será possível que uma empresa cresça e se desenvolva se não forem
priorizados os aspectos psicológicos e a satisfação dos indivíduos;
· Para evitar-se o conflito social é necessário que se estabeleçam as Relações
Humanas;
Algumas escolas são influenciadas por essas ideias como: a Escola de Desenvolvimento 
Organizacional, a Escola Behaviorista ou Comportamental, entre outras. Podemos 
apresentar algumas origens dessa Teoria das Relações Humanas:
1. A necessidade de se ter uma organização mais moderna e liberta dos conceitos
mais rígidos e também do lado mecânico do trabalho, que era seguido conforme
a Teoria Clássica, visando uma humanização maior e uma democracia e
administração mais respeitada por todos;
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UNIDADE 
Administração e as Principais Escolas II
2. Busca por uma sociologia, psicologia e ciências humanas mais desenvolvidas;
3. John Dewey e Kurt Lewin trouxeram capitais para os conceitos de humanização 
da administração;
4. Métodos de Hawathorne em 1927 coordenados por Elton Mayo.
A Revolução Russa em 1917 facilita o questionamento e contestação do Taylorismo 
que considera o homem como máquina, em todos os lugares, nomeadamente na 
Administração Pública.
Em 1915 o congresso toma partido contra a adoção dos métodos de Taylor, mesmo 
tendo a administração pública financiada pelo Presidente Wilson nos Estados Unidos.
A Escola das Relações Humanas surge por conta de todas estas contestações, onde 
traz princípios diretamente opostos aos da Escola Clássica. A escola das Relações 
Humanas tomou notoriedade a partir das experiências de Hawthorne, que foi utilizada 
de 1927 a 1932, através de Elton Mayo e os colaboradores da empresa Western Eletric 
Company, localizada em Chicago, onde o objetivo inicial era aumentar a eficiência dos 
operários melhorando a luminosidade do ambiente de trabalho, com os bons resultados 
das experiências. Com isso passaram a tentar acabar com essa instabilidade psicológica, 
estendendo até 1932 os estudos. A empresa passou a visar o bem-estar dos operários e 
não somente o aumento de produção, conhecendo melhor seus funcionários.
Foi dividida em quatro fases a experiência:
 · 1ª Fase: Rendimento dos Funcionários. Para esta fase os funcionários foram 
divididos em dois grupos em lugares diferentes. Estes iriam realizar trabalhos 
iguais, nas mesmas condições, a única diferença é que um grupo estaria tra-
balhando sob a mesma luminosidade o tempo todo e o outro com luminosida-
des variadas. Supondo que era o mais adequado, os funcionários produziam 
mais quando a luz era mais forte e menos quando ela enfraquecia. Com isso 
foram encontradas relações entre a luminosidade e a produtividade. Sendo 
constatado um aspecto psicológico que influenciou na produção.
 · 2ª Fase: Nesta fase foram colocadas em experiência seis moças de um mesmo 
nível, separadas apenas por divisórias de madeira em um mesmo departa-
mento. Este grupo era considerado de referência, enquanto outro considerado 
controle continuava a trabalhar como sempre. Foram feitas doze experiências 
e com elas pode-se constatar que as pessoas reagem de acordo com as inova-
ções a que são submetidas. Essas moças eram informadas de tudo que ocorria 
durante a experiência, as inovações (aumento de salário, mudança de tarefa, 
benefícios e outros) e também dos objetivos e resultados. Ao final podem-se 
obter os resultados esperados. As conclusões tiradas pelos pesquisadores eram:
 · O grupo trabalhava bem melhor por conta da liberdade que existia que 
fazia com que a ansiedade diminuísse;
 · O ambiente era mais amigável e com menos conflitos;
 · Ocorre um entrosamento social e desenvolvimento desse grupo;
 · O desenvolvimento de objetivos comuns e também a identificação com 
a liderança pode ser notado.
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 · 3ª Fase: Baseados nos resultados obtidos na fase anterior é que foi desenvol-
vida a 3ª fase, onde houve um afastamento do estudo de melhores condições 
físicas para a preocupação com as Relações Humanas. Em 1928, começa-
ram a entrevistar os funcionários, iniciando pelo setor de inspeção, passando 
pelo de operação até chegar ao setor fabril. O objetivo era conhecer o sen-
timento dos trabalhadores em relação à empresa e assim receber sugestões. 
Foi criada a Divisão de Pesquisas Industriais no ano seguinte, por conta da 
boa aceitação do programa. Conseguiu-se entrevistar metade dos funcioná-
rios da empresa. O Sistema foi alterado e passou a não ter um entrevistador, 
assim o funcionário poderia se manifestar sem receios, através de um roteiro 
prévio. Com esse sistema pode-se detectar uma organização informal, onde 
os trabalhadores se defendem de ameaças administrativas.
 · 4ª Fase: Organização Informal dos Operários. Nesta fase que durou de 
1931 a 1932, foi criado um grupo experimental, com 9 soldadores e 2 
inspetores, estes eram entrevistados esporadicamente e supervisionados por 
um pesquisador que os analisava e recebia de acordo com a produção do 
grupo. Com isso conseguiram notar que os profissionais,

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