Buscar

Aula 03 e 04 - Lesão Celular Reversível e Irreversível - Profa Thiara Manuele

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULAS 03 E 04: LESÃO CELULAR 
REVERSÍVEL E IRREVERSÍVEL
Profa. Thiara Manuele
RESPOSTAS CELULARES AO ESTRESSE E AOS ESTÍMULOS NOCIVOS
ADAPTAÇÃO LESÃO CELULAR
Incapacidade 
para se adaptar
Estímulo nocivoEstresse, aumento da demanda
CÉLULA NORMAL
(Homeostasia)
LESÃO IRREVERSÍVEL
NECROSE APOPTOSE
MORTE CELULAR
Intensa, progressiva
LESÃO REVERSÍVEL
Leve, transitória
Adaptado de Robins e Cotran, 7ª edição.
MECANISMOS DAS LESÕES CELULARES
1. A resposta celular a estímulos nocivos depende do tipo da lesão, sua
duração e sua gravidade.
2. As consequências da lesão celular dependem do tipo, estado e grau
de adaptação da célula danificada;
3. A lesão celular resulta de anormalidades funcionais e bioquímicas em
um ou mais componentes celulares essenciais
MECANISMOS DAS LESÕES CELULARES
Robins & Cotran, 7ª edição.
MECANISMOS DAS LESÕES CELULARES
DIMINUIÇÃO DO ATP
Robins & Cotran, 7ª edição.
A diminuição do ATP e a redução de sua síntese
estão frequentemente associadas a lesões
hipóxicas e químicas (tóxicas).
1. A atividade da bomba de sódio da
membrana plasmática dependente de
energia;
2. O metabolismo de energia celular está
alterado;
3. A deficiência da bomba de cálcio resulta no
influxo de Ca2+ com efeitos deletérios para
vários componentes celulares;
4. Com a diminuição prolongada do ATP, ocorre
ruptura dos mecanismos de síntese proteica.
MECANISMOS DAS LESÕES CELULARES
DANO MITOCONDRIAL
Robins & Cotran, 7ª edição.
• As mitocôndrias são alvos importantes
para todos os tipos de estímulos
nocivos, incluindo hipóxia e toxinas;
• Pode ocorrer a criação do Poro de
Transição de Permeabilidade
Mitocondrial (MPT), que pode
promover o extravasamento de
citocromo c e outras proteínas pró-
apoptóticas.
MECANISMOS DAS LESÕES CELULARES
FLUXO INTRACELULAR DE CÁLCIO E PERDA DA HOMEOSTASIA DO CÁLCIO
Robins & Cotran, 7ª edição.
• Os íons de cálcio são importantes
mediadores da lesão celular;
• O aumento continuado de cálcio
intracelular resulta em aumento da
permeabilidade da membrana e
ativação de enzimas deletérias.
LESÃO NA MEMBRANA
MECANISMOS DAS LESÕES CELULARES
ACÚMULO DE RADICAIS LIVRES DERIVADOS DO 
OXIGÊNIO (ESTRESSE OXIDATIVO)
• Radicais livres são
produtos indesejáveis da
respiração mitocondrial,
podendo causar lesão
celular em muitas
condições patológicas.
MECANISMOS DAS LESÕES CELULARES
DEFEITOS NA PERMEABILIDADE DA MEMBRANA
Robins & Cotran, 7ª edição.
• A perda inicial da
permeabilidade seletiva
da membrana leva a um
dano evidente
característico de maioria
dos tipos de lesão celular.
LESÃO CELULAR
Fonte: Robbins. Patologia Básica. 9ª ed. 2013
LESÃO CELULAR REVERSÍVEL
Fonte: Robbins. Patologia Básica. 9ª ed. 2013
As duas principais características morfológicas da lesão celular reversível são:
1. Tumefação celular ou edema celular é resultado da falência das bombas
de íons dependentes de energia na membrana plasmática, levando a uma
incapacidade de manter a homeostasia iônica e líquida; e
2. Degeneração gordurosa ocorre na lesão hipóxica e em várias formas de
lesão metabólica ou tóxica e manifesta-se pelo surgimento de vacúolos
lipídicos, grandes ou pequenos, no citoplasma.
Em algumas situações, lesões potencialmente nocivas induzem
alterações específicas nas organelas celulares. O REL está envolvido no
metabolismo de vários agentes químicos, e as células expostas a esses agentes
exibem a hipertrofia do retículo endoplasmático como uma resposta adaptativa.
Fonte: Robbins. Patologia Básica. 9ª ed. 2013
Tumefação celular ou edema celular:
• É a primeira manifestação de quase
todas as formas de lesão celular. É uma
alteração morfológica reversível, de difícil
observação na microscopia óptica,
podendo ser mais visível ao nível do
órgão inteiro. Quando afeta muitas
células em um órgão, causa alguma
palidez (resultante da compressão dos
capilares), aumento do turgor e aumento
do peso do órgão.
LESÃO CELULAR REVERSÍVEL
Fonte: Robbins. Patologia Básica. 9ª ed. 2013
• Alterações da membrana plasmática:
formação de bolhas, redução, distorção
das microvilosidades, aparecimento de
figuras de mielina e as ligações
intracelulares se tornam mais frouxas;
• Alterações mitocondriais: edema,
rarefação e densidades;
• Dilatação do retículo endoplasmático:
separação e desagregação dos polissomos;
• Alterações nucleares: desagregação.
LESÃO CELULAR REVERSÍVEL
ALTERAÇÕES DA TUMEFAÇÃO CELULAR
LESÃO CELULAR REVERSÍVEL
DEGENERAÇÃO GORDUROSA
Fonte: www.ufrgs.br
Degeneração gordurosa ou
esteatose ou lipidose:
• É manifestada pela presença de
vacúolos lipídicos no
citoplasma. Ela é encontrada
principalmente em células que
participam do metabolismo da
gordura (p. ex., hepatócitos e
células miocárdicas) e também é
reversível.
LESÃO CELULAR REVERSÍVEL
DEGENERAÇÃO GORDUROSA
LESÃO CELULAR REVERSÍVEL
OUTROS TIPOS DE DEGENERAÇÃO
DEGENERAÇÃO GLICOGÊNICA
• Acúmulo anormal de glicogênio nas células,
decorrente de distúrbios metabólicos.
• Nos hepatócitos, ocorre por hiperglicemia, doença
metabólica induzida por fármacos (ex:
corticosteróides); deficiência enzimática
relacionada a doenças de armazenamento de
glicogênio, ou por tumores hepatocelulares.
• Macroscopicamente não há lesão aparente se for
induzida por corticóides. Ao microscópio apresenta
vacúolos claros mal delimitados de diferentes
tamanhos, levando ao aumento de volume celular e
a um aspecto fosco, podendo estar dentro do
núcleo; um exemplo clássico é o diabetes mellitus.
Fígado. Degeneração glicogênica. Vacúolos mal 
delimitados de diversos tamanhos. HE. Objetiva 40x.
http://www.uel.br/cca/dmvp/pages/arquivos/DEGENERA%C3%87%C3%83O.pdf
LESÃO CELULAR REVERSÍVEL
OUTROS TIPOS DE DEGENERAÇÃO
DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA (BALONOSA)
• É o acúmulo de água nas células, devido a alterações na
bomba de sódio e potássio, retendo sódio na célula, e
consequentemente, retendo água.
• Suas principais causas são hipóxia, hipertermia,
intoxicação, infecção de caráter agudo, toxinas,
hipopotassemia e distúrbios circulatórios.
• No inicio o líquido se acumula no citoplasma, causando
aumento de volume e aspecto de citoplasma diluído.
Conforme o processo degenerativo progride, há
formação de vacúolos com contornos imprecisos,
deixando o citoplasma com aspecto rendilhado. O órgão
se apresenta pálido e com aumento de volume. É
reversível desde que seja retirada sua causa.
Rim. Degeneração hidrópica. Observar vacuolização celular com 
contornos imprecisos no epitélio tubular (setas). HE. Objetiva 40x
http://www.uel.br/cca/dmvp/pages/arquivos/DEGENERA%C3%87%C3%83O.pdf
LESÃO CELULAR REVERSÍVEL
OUTROS TIPOS DE DEGENERAÇÃO
Degeneração Hialina
• O acúmulo de proteínas na célula lhe confere um
aspecto translúcido, homogêneo e eosinofílico, por
isso também é conhecida por degeneração
hialina. Proteínas acumuladas podem ser
intracelulares ou extracelulares. As principais
causas de acúmulos intracelulares são a
reabsorção de proteínas pelo epitélio tubular
renal, produção excessiva de proteínas normais e
por defeitos no dobramento das proteínas.
Infecções virais apresentam corpúsculos de
inclusão, que são patognomônicos para certas
doenças como a cinomose e a raiva.
Encéfalo. Degeneração hialina. Corpúsculos de inclusão intracitoplasmáticos 
devido a presença do vírus da raiva . HE. Objetiva 40x
http://www.uel.br/cca/dmvp/pages/arquivos/DEGENERA%C3%87%C3%83O.pdf
LESÃO CELULAR REVERSÍVEL
OUTROS TIPOS DE DEGENERAÇÃO
DEGENERAÇÃO MUCOIDE
• Hiperprodução de muco pelas células
mucíparas dos tratos digestivo e
respiratório, levando ao acúmulo de
mucina, podendo levar à morte
celular;
• Síntese exagerada de mucinas em
adenomas e adenocarcinomas, que às
vezes extravasam para o interstício;
• Ocorre no estômago, intestino grosso,
vesícula biliar, próstata e pâncreas.
http://depto.icb.ufmg.br/dpat/old/mucoide.htm
RESPOSTAS CELULARES AO ESTRESSE E AOS ESTÍMULOS NOCIVOS
ADAPTAÇÃO LESÃO CELULAR
Incapacidade 
para se adaptar
EstímulonocivoEstresse, aumento da demanda
CÉLULA NORMAL
(Homeostasia)
LESÃO IRREVERSÍVEL
NECROSE APOPTOSE
MORTE CELULAR
Intensa, progressiva
LESÃO REVERSÍVEL
Leve, transitória
Adaptado de Robins e Cotran, 7ª edição.
LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL
MORTE CELULAR
Lesão celular ocorre quando as células são estressadas tão excessivamente
que não são mais capazes de se adaptar ou quando são expostas a agentes lesivos ou
são prejudicadas por anomalias intrínsecas (p. ex., no DNA ou nas proteínas).
Nos estágios iniciais ou nas formas leves de lesão, as alterações morfológicas e
funcionais são reversíveis se o estímulo nocivo for removido. Nesse estágio, embora
existam anomalias estruturais e funcionais significativas, a lesão ainda não progrediu
para um dano severo à membrana e dissolução nuclear.
Com a persistência do dano, a lesão torna-se irreversível e, com o tempo, a
célula não pode se recuperar e morre. Existem dois tipos de morte celular —
necrose e apoptose — que diferem em suas morfologias, mecanismos e papéis na
fisiologia e na doença.
LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL
NECROSE E APOPTOSE
• Quando o dano às membranas é acentuado, as enzimas extravasam dos lisossomos,
entram no citoplasma e digerem a célula, resultando em NECROSE (isquemia, exposição
a toxinas, infecções e trauma);
• Quando a célula é privada de fatores de crescimento ou quando o DNA celular ou as
proteínas são danificadas sem reparo, a célula se suicida por outro tipo de morte,
chamado APOPTOSE, que é caracterizada pela dissolução nuclear sem a perda da
integridade da membrana.
Enquanto a necrose constitui sempre um processo patológico, a apoptose auxilia muitas 
funções normais e não está necessariamente associada à lesão celular patológica. Além disso, 
a apoptose, em certos papéis fisiológicos, não desencadeia uma resposta inflamatória.
LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL
NECROSE E APOPTOSE
LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL
APOPTOSE
EM SITUAÇÕES FISIOLÓGICAS
A morte por apoptose é um fenômeno normal que elimina células
que já não são necessárias, sendo importante nas seguintes
situações:
1. Destruição programada das células durante a embriogênese;
2. A involução dependente de hormônios nos adultos;
3. A eliminação celular em populações celulares em proliferação;
4. Morte das células do hospedeiro que já cumpriram seu
propósito, tais como neutrófilos, na resposta inflamatória aguda,
e os linfócitos ao final da resposta imunológica;
5. Eliminação de linfócitos auto reativos potencialmente danosos;
6. Morte celular induzida por células T citotóxicas.
LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL
APOPTOSE
EM CONDIÇÕES PATOLÓGICAS
• Estímulos nocivos: radiação e
drogas citotóxicas cancerosas;
• Doenças viróticas: ex. hepatite;
• Mutações no genoma da célula;
• Tumores.
LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL
APOPTOSE
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS
1. Encolhimento celular;
2. Condensação da cromatina;
3. Formação de bolhas
citoplasmáticas e corpos
apoptóticos;
4. Fagocitose das células
apoptóticas ou corpos celulares,
geralmente pelos macrófagos.
LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL
APOPTOSE
UFRJ 6.14.21 RETO. ADENOCARCINOMA. EM CIMA, OBSERVE PARTE DE 
MUCOSA NORMAL COM O FUNDO DAS CRIPTAS GLANDULARES E CÓRION COM 
INFILTRADO MONONUCLEAR. LOGO EMBAIXO, NOTE A MUSCULAR DA MUCOSA 
E, A SEGUIR, A SUBMUCOSA INFILTRADA POR ADENOCARCINOMA 
REPRESENTADO POR MASSAS DE GLÂNDULAS ATÍPICAS, IRREGULARES E 
CONFLUENTES ENTRE SI. NAS LUZES GLANDULARES OBSERVE AGREGADOS 
DE CÉLULAS EM APOPTOSE (SETA). H&E, MÉDIO AUMENTO.
http://patologia.medicina.ufrj.br/index.php/histopatologia-geral/150-morte-celular/apoptose/108-apoptose
UFRJ 13.27.15. LINFONODO. ADENOCARCINOMA METASTÁTICO. 
APOPTOSE. ÁREA SUBCAPSULAR COM NEOPLASIA, QUE 
SUBSTITUI O TECIDO LINFÓIDE. OBSERVE AS ESTRUTURAS 
GLANDULIFORMES IRREGULARES E FUSIONADAS ENTRE SI, 
CUJO EPITÉLIO TÊM CÉLULAS COM PLEOMORFISMO E PERDA DA 
POLARIDADE NUCLEARES. NOTE, EM ALGUMAS 
LUZES, CÉLULAS NEOPLÁSICAS EM APOPTOSE (SETA), COM 
CITOPLASMA EOSINOFÍLICO E NÚCLEO PICNÓTICO, 
HIPERCROMÁTICO, FRAGMENTADO. H&E, MÉDIO AUMENTO.
LESÃO 
CELULAR 
IRREVERSÍVEL
MECANISMOS 
DA APOPTOSE
Robins & Cotran, 7ª edição.
• É o tipo de morte celular que está associado à
perda da integridade da membrana e
extravasamento dos conteúdos celulares, culminando
na dissolução das células, resultante da ação
degradativa de enzimas nas células lesadas
letalmente. Os conteúdos celulares que escapam
sempre iniciam uma reação local do hospedeiro,
conhecida como inflamação, no intuito de eliminar as
células mortas e iniciar o processo de reparo
subsequente.
• A necrose de um conjunto de células em um tecido
ou órgão, por exemplo, na isquemia miocárdica,
resulta em morte de todo o tecido e, algumas vezes,
do órgão inteiro.
LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL
NECROSE
PADRÃO DE NECROSE TECIDUAL
A necrose de um conjunto de células em
um tecido ou órgão, por exemplo, na isquemia
miocárdica, resulta em morte de todo o tecido
e, algumas vezes, do órgão inteiro.
A maioria desses tipos de necrose possui 
aparência macroscópica distinta.
LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL
NECROSE
1. Necrose de coagulação:
• É a forma de necrose tecidual na qual a arquitetura básica dos tecidos mortos é preservada
por, pelo menos, alguns dias. Os tecidos afetados adquirem textura firme.
• Supostamente, a lesão desnatura não apenas as proteínas estruturais, como também as
enzimas, bloqueando assim a proteólise das células mortas; como resultado, células
anucleadas e eosinofílicas persistem por dias ou semanas.
• Os leucócitos são recrutados para o sítio da necrose e suas enzimas lisossômicas digerem as
células mortas. Finalmente, os restos celulares são removidos por fagocitose. A necrose de
coagulação é característica de infartos (áreas de necrose isquêmica) em todos os órgãos
sólidos, exceto o cérebro.
LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL
NECROSE
1. Necrose de coagulação:
Fonte: Robbins. Patologia Básica. 9ª ed. 2013
LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL
NECROSE
2. Necrose liquefativa:
• É observada em infecções bacterianas focais ou, ocasionalmente, nas infecções fúngicas
porque os microrganismos estimulam o acúmulo de células inflamatórias e as enzimas
dos leucócitos digerem (“liquefazer”) o tecido.
• Por motivos desconhecidos, a morte por hipóxia, de células dentro do sistema nervoso
central, com frequência leva a necrose liquefativa. Seja qual for a patogenia, a liquefação
digere completamente as células mortas, resultando em transformação do tecido em
uma massa viscosa líquida. Finalmente, o tecido digerido é removido por fagocitose. Se
o processo foi iniciado por inflamação aguda, como na infecção bacteriana, o material é
frequentemente amarelo cremoso e é chamado de pus.
LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL
NECROSE
Fonte: Robbins. Patologia Básica. 9ª ed. 
2013
Necrose liquefativa. Infarto
cerebral mostrando a dissolução do
tecido.
LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL
NECROSE
3. Necrose gangrenosa:
• Não é um padrão específico de morte celular, mas o termo ainda é usado
comumente na prática clínica. Em geral, é aplicado a um membro, comumente a
perna, que tenha perdido seu suprimento sanguíneo e que sofreu necrose de
coagulação, envolvendo várias camadas de tecido.
• Quando uma infecção bacteriana se superpõe, a necrose de coagulação é
modificada pela ação liquefativa das bactérias e dos leucócitos atraídos
(resultando na chamada gangrena úmida).
LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL
NECROSE
4. Necrose caseosa:
• É encontrada mais frequentemente em focos de infecção tuberculosa. O termo
caseoso (semelhante a queijo) é derivado da aparência friável branco-
amarelada da área de necrose.
• Ao exame microscópico, pela coloração de hematoxilina e eosina, o foco
necrótico exibe uma coleção de células rompidas ou fragmentadas, com
aparência granular amorfa rósea. Diferentemente da necrose de coagulação, a
arquitetura do tecido é completamente obliterada, e os contornos celulares não
podem ser distinguidos.
• A área de necrose caseosa é frequentemente encerrada dentrode uma borda
inflamatória nítida; essa aparência é característica de um foco de inflamação
conhecido como granuloma.
LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL
NECROSE
Fonte: Robbins. Patologia Básica. 9ª ed. 
2013
Necrose caseosa. Pulmão
tuberculoso com grande área de
necrose caseosa contendo restos
branco-amarelados e semelhantes a
queijo.
LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL
NECROSE
5. Necrose gordurosa:
• A necrose gordurosa refere-se a áreas focais de destruição gordurosa, tipicamente
resultantes da liberação de lipases pancreáticas ativadas na substância do pâncreas e na
cavidade peritoneal.
• Isso ocorre na emergência abdominal calamitosa conhecida como pancreatite aguda .
Nesse distúrbio, as enzimas pancreáticas que escapam das células acinares e dos ductos
liquefazem as membranas dos adipócitos do peritônio, e as lipases dividem os ésteres de
triglicerídeos contidos nessas células. Os ácidos graxos liberados combinam-se com o
cálcio, produzindo áreas brancas gredosas macroscopicamente visíveis (saponificação da
gordura), que permitem ao cirurgião e ao patologista identificar as lesões. Ao exame
histológico, os focos de necrose exibem contornos sombreados de adipócitos necróticos
com depósitos de cálcio basofílicos circundados por reação inflamatória.
LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL
NECROSE
Fonte: Robbins. Patologia Básica. 9ª ed. 2013
Necrose gordurosa na
pancreatite aguda. As áreas de
depósitos gredosos, brancas,
representam focos de necrose
gordurosa com formação de sabão
de cálcio nos locais de degradação
dos lipídeos no mesentério.
LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL
NECROSE
6. Necrose fibrinoide:
• É uma forma especial de necrose, visível à microscopia óptica,
geralmente observada nas reações imunes, nas quais complexos de
antígenos e anticorpos são depositados nas paredes das artérias.
• Os imunocomplexos depositados, em combinação com a fibrina que
tenha extravasado dos vasos, resulta em aparência amorfa e róseo-
brilhante, pela coloração do H&E, conhecida pelos patologistas como
fibrinoide (semelhante à fibrina).
LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL
NECROSE
Fonte: Robbins. Patologia Básica. 
9ª ed. 2013
Necrose fibrinóide na artéria
de paciente com poliarterite
nodosa. A parede da artéria
mostra área circunferencial de
necrose róseo-brilhante, com
depósito de proteína e
inflamação.
LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL
NECROSE
DÚVIDAS?????

Outros materiais