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Ana Larissa Soares 1 Aula 1- Anatomia do Periodonto Gengiva marginal ou livre – o epitélio que recobre a gengiva livre pode ser diferenciado da seguinte forma: Epitélio oral Epitélio do sulco Epitélio juncional Sulco gengival: sulco histológico x sulco clínico (Sulco biologógico: 0,69mm; sulco clínico 2mm Vestibular/lingual e 3mm mesial/distal) Espaço biológico: Composto por epitélio juncional e inserção conjuntiva. (ATENÇÃO: Nova nomenclatura – Inserção tecidual supracrestal) Invasão do espaço biológico: Danos reversíveis: sangramento gengival (Gengivite) Danos irreversíveis: reabsorção óssea (tentativa de restabelecer o espaço biológico e perda de inserção) (Periodontite) Gengiva Inserida – apresenta coloração rosada; textura de superfície correspondente à ceratinização do epitélio; pontilhada semelhante a casca de laranja. Faixa de gengiva – firmemente inserida no periósteo do osso alveolar subjacente. Limites: Podem ser de 2 tipos: Coronário: sulco marginal ou ranhura gengival Apical: junção mucogengival Características importantes: Altura: 1 a 9 mm de altura; espessura: varia de acordo com o dente Gengiva Inserida ≠ Gengiva Queratinizada Deve haver osso subjacente; Diz respeito ao tipo de tecido epitelial. Gengiva interdentária ou papilar: Extensão da gengiva marginal e inserida p/ o espaço proximal; ocupa a ameia interdentária, desde o ponto de contato até a crista óssea; a forma depende do tipo de contato interdentário: Região anterior: papila única, piramidal. Região posterior: duas papilas separadas pelo “COL” Espaço interproximal: Mínimo de 1mm de separação radicular; ponto de contato próximo a superfície oclusal; espaço necessário p/ acomodar os tecidos proximais. Importância Clínica: O fechamento de diastemas ou próteses com sobrecontornos proximais pode comprimir os tecidos papilares. O estabelecimento do ponto de contato muda a aparência da gengiva interdentária (5mm) Tecido Conjuntivo (predominantemente na gengiva) apresentam: Fibras colágenas 60% Fibroblastos 5% Vasos, nervos e matriz: 35% As fibras estão classificadas em: Fibras circulares Fibras dentogengivais Fibras dentoperiosteais Fibras transeptais FUNÇÕES das fibras gengivais: Evitar que as forças mastigatórias desloquem a gengiva Unir a gengiva marginal e inserida ao periodonto de sustentação. Norteia o procedimento de fibrotomia p/ dificultar a recidiva de movimentação ortodôntica. Periodonto de Sustentação – Está ligado ao processo alveolar, crista óssea e ligamento periodontal Cemento Osso Alveolar Ligamento Periodontal Aula 2- Ana Larissa Soares 2 Tratamento das Condições Periodontais Agudas: Urgências em Periodontia Urgência DOR O tratamento de uma urgência periodontal requer o alívio dos sintomas agudos, seguida da completa resolução de alterações periodontais e de fatores capazes de causa-las que estejam presentes por toda a cavidade oral. Urgências em Periodontia: Doenças periodontais necrosante Gengivoestomatite herpética aguda Pericoronarite aguda Abscesso gengival Abscesso periodontal Doenças periodontais necrosante: São as formas de doença periodontal inflamatória mais grave provocadas pela placa bacteriana. Debilitantes e possui rápida destruição. Estágios: Gengivite ulcerativa necrosante – periodontite ulcerativa necrosante – estomatite necrosante. Em decorrência da rápida destruição, frequentemente resultam em perda de inserção. Microbiota Patogênica Higiene bucal deficiente Espiroquetas, bactérias fusiformes e P. Intermedia. Ocasionalmente, Selemonas e Porphyromonas. Hospedeiro debilitado Imunocompromentimento do hospedeiro. Fumo, HIV+ Pode ter relação ao estilo de vida e dieta do paciente. Pacientes jovens/adultos, fumantes, com higiene oral precária; pacientes imunossuprimidos; pacientes estressados. Gengivite Necrosante: É uma doença microbiana da gengiva que ocorre no contexto de um déficit na resposta do hospedeiro. Caracteriza-se por necrose e descamação do tecido gengival e apresenta sinais e sintomas característicos. Ulceração e necrose da papila e margem gengival Camada branco-amarelada ou cinza, denominada “pseudomembrana” (rede de fibrina e tecido necrótico) Lesões necrosantes dolorosas e de evolução rápida Odor fétido Sangramento espontâneo Lesões em área interproximal e gengiva marginal Gosto metálico. Além dessas características, o paciente pode apresentar febre e linfoadenopatia como sinais sistêmicos. OBS: A gengivite necrosante pode vir com defeitos em forma de cratera nas extremidades da papila interdentais nos incisivos inferiores. Evolução do quadro clínico: Inicialmente as lesões estão limitadas às extremidades de poucas papilas e frequentemente na região anterior de mandíbula. Embora possam existir sinais de gengivite crônica preexistente, as papilas podem não estar edemaciadas e o pontilhado poderá ainda ser verificado. Papila edemaciada e contorno arredondado. Pode-se observar um eritema gengival linear entre a margem da necrose e o tecido gengival não afetado 1. Destruição da porção mais coronal da papila. 2. A dor pode ocorrer antes mesmo da primeira ulceração acontecer. ATENÇÃO: Ulceração restrita à margem gengival. Além das ulceras, supuração poderá estar presente, caracterizando uma infecção bacteriana. Geralmente este sinal clínico está associado ao odor fétido. Há alteração do contorno da papila. Então, a gengivite necrosante pode ser: AGUDA EVOLUÇÃO (periodontite ulcerativa necrosante) (recidiva) Ana Larissa Soares 3 CRÔNICA Necrose gengival extensa: Ocorre separação da papila vestibular da lingual, havendo a formação de uma depressão necrótica entre elas (crateras interproximais.) Nesse estágio, frequentemente o ligamento periodontal e osso alveolar passam a estar envolvidos, e a perda de inserção se instala. Quando ocorre a destruição completa da papila, temos a arquitetura de uma papila invertida. Quando não tratada, a gengivite ulcerativa necrosante evolui para uma periodontite necrosante PNEC Periodontite Necrosante: Doença infecciosa de etiologia semelhante a GUN, caracterizada tanto por necrose tanto dos tecidos gengivais, quanto do periodonto de sustentação. Além da necrose, há perda de inserção. Apresenta lesões mais avançadas na papila interdental e gengiva marginal. Fase aguda da doença: Dor + supuração + necrose das papilas (invertidas) + sangramento acentuado + perda de inserção. Ocorre também a formação de osso necrótico. Estomatite Necrosante: Processo de necrose progride além da junção mucogengival, intensa destruição tecidual e extensa exposição óssea. Associada a um grave comprometimento imune. Coloca em risco a vida do paciente. Tratamento: Fase AGUDA: Primeira sessão: 1. Limpeza mecânica cuidadosa (pelotas de algodão embebidas com soro/clorexidina) – para remoção dos indutos. Anestesia tópica se necessário. 2. Iniciar raspagem (se possível) Agentes químicos para controle da placa: prescrição Clorexidina 0,12%: 15 ml de 12 em 12 horas, 30 minutos após a escovação por 7 dias OU Água oxigenada 3%: 1:1 com água morna 3. Antibioticoterapia sistêmica: prescrição METRONIDAZOL 400mg a cada 12 horas de 3 a 5 dias 4. Analgésicos: prescrição DIPIRONA 500mg a cada 6 ou 4 horas por 1 dia PARACETAMOL 750mg a cada 6 horas por 1 dia Segunda sessão: OHO, repetir raspagens (ou iniciar, caso não tenha sido possível) Raspagem subgengival deve ser realizada com intensidade crescente à media que os sinais e sintomas diminuem. Terceira sessão: OHO, repetir raspagens(se for necessário) FASE DE MANUTENÇÃO: evitar recorrências. Quando necessário correção cirúrgica ou cirurgia a retalho. Tratamento: (para casos recorrentes) Paciente deve ser avaliado quanto à eliminação de outras doenças Doenças sistêmicas Tratamento local inadequado Comportamento inadequado do paciente Gengivoestomatite Hérpetica Primária: Infecção primária pelo vírus Herpes Simples, podendo acometer bebês e crianças com menos de 6 anos de idade, ou adolescentes e adultos. Nem sempre é sintomática. Quando sintomática: vem acompanhada de sinais e sintomas locais e sistêmicos. Viral: curso de 7 a 10 dias (cicatriza normalmente) Após a infecção primária, o vírus fica latente, podendo ocorrer recidiva das lesões. Não induzida por placa bacteriana Eritema difuso, vesículas acinzentadas ou úlceras. Sensibilidade e dor que interferem com a alimentação. Acomete gengiva, mucosas labial e oral, palato mole, faringe, mucose sublingual e língua. A recuperação ocorre espontaneamente sem formação de cicatrizes em 10-14 dias. O vírus permanece em latência nas células ganglionares. Ana Larissa Soares 4 Reativação do vírus: situações de imunocomprometimento/estresse. OBS: Quando um bebê é infectado, muitas vezes a partir de infecções recorrentes de herpes labial dos pais, recebe um diagnóstico errôneo de “dentes nascendo” Diagnóstico diferencial: gengivite necrosante As lesões são semelhantes a lesões aftosas – porém lesões aftosas não afetam mucosa ceratinizada. Quadro clínico – Sinais sistêmicos: Irritabilidade; dor de cabeça; febre; linfoadenopatia regional Tratamento: Aliviar os sintomas locais e sist.êmicos. Prevenir infecção secundária das úlceras; (fazer bochechos com antissépticos) Hidratação; repouso e alimentação adequada. ACICLOVIR (uso tópico): Aplicar sobre as lesões a cada 4 horas (omitindo a dose noturna por cinco dias) Clorexidina 0,12%: bochechar 15 ml de 12 em 12 horas, 30 minutos após a escovação durante 7 dias. ACICLOVIR (uso oral): 200 mg a cada 4 horas por 5 dias, omitindo a dose noturna. Em pacientes imunocompetente. Crianças menores de 2 anos: 200 mg a cada 6 horas por 5 dias (não exceder 800mg na dose diária) Doença Periodontal Necrosante Gengivoestomatite Hérpetica Primária ETIOLOGIA bactéria vírus da Herpes Simples IDADE 15-30 anos Mais freq.. em crianças SÍTIOS Papilas interdentais Gengiva e toda mucosa oral SINTOMAS Raramente fora da gengiva, ulcerações e tecido necrosado, odor fétido (pode ocorrer febre moderada) Múltiplas vesículas que se rompem, resultando em pequenas úlceras recobertas por uma rede de fibrina, odor fétido e febre DURAÇÃO 1-2 dias, se tratada 1-2 semanas TRANSMISSIBILIDADE - + IMUNIDADE - pardal CICATRIZAÇÃO Destruição do tecido periodontal remanescente Não há destruição permanente Pericoronarite: Infecção purulenta localizada no tecido ao redor da coroa de um dente parcialmente erupcionado. Capuz periocoronário (gengiva) edemaciado, avermelhado e com sangramento. Dores irradiadas ou localizadas. Odor fétido. Trismo Pode chegar a orofaringe, base da língua e linfonodos (complicação) Dificuldade de deglutição Febre Mal-estar Tratamento: Depende da gravidade, do envolvimento sistêmico e da conveniência da manutenção do dente envolvido. O capuz pericoronário, quando assintomático, deve ser SEMPRE removido como medida preventiva. Irrigação suave da área com água morna ou soro para remover os resíduos e exsudato. Antibiocoterapia Local – Clorexidina 0,12%: bochechar 15 ml de 12 em 12h 30 minutos após a escovação durante 7 dias. Em caso de Pericoronarite aguda, o tratamento se dá através da irrigação do capuz com soro fisiológico ou clorexidina 0,12%. Medicação Sistêmica: Analgésicos e Antitérmicos: DIPIRONA 500mg a cada 6 ou 4 horas por 1 dia PARACETAMOL 750mg a cada 6 horas por 1 dia Antiinflamatórios: NIMESULIDA 100mg a cada 12 horas por 5 dias Antibióticos: AMOXICILINA dose inicial de 1g seguido de doses de 500mg a cada 8 horas por 7 dias CLINDAMICINA dose inicial 600mg seguido de doses de 300mg a cada 8 horas por 7 dias. Ana Larissa Soares 5 Relaxante Muscular: CLORIDRATO DE CICLOBENZAPRINA – MIOSAN 20- 40mg/dia a cada 12, 8 ou 6 horas por 5 dias. Em caso da pericoronarite na fase crônica, o tratamento: Remoção do dente Permanência do dente OBS: Observar a cunha distal Abscesso Gengival: É uma lesão inflamatória aguda e localizada, restrita ao tecido gengival. Infecção por placa bacteriana, trauma ou impactação de um corpo estranho. Infecção purulenta que envolve a gengiva marginal ou papila interdental. Sem perda de inserção. Quadro Clínico: Ocorre normalmente em uma área livre de doença. Sem perda óssea. Edema Dor Vermelhidão Aspecto brilhante Lesão flutuante e com ponto de drenagem Exame radiográfico: SEM alterações ósseas Resposta inflamatória a substâncias estranhas forçadas no sulco gengival Pipoca Crustáceos Fio dental Cerdas de escovas dentais Fraturas Cimentos odontológicos Objetos estranhos Lençol de borracha Unha Tratamento: Remoção do fator causador Raspagem Curetagem OHO. Abscesso Periodontal: Infecção purulenta localizada nos tecidos adjacentes a uma bolsa periodontal que pode levar a destruição do ligamento periodontal e do osso alveolar. Tipicamente encontrado em pacientes com periodontite não tratada e com presença de bolsas moderadas ou profundas. As condições em que não está relacionado à doença periodontal inflamatória incluem: fratura, perfuração dentária ou impactação de um corpo estranho. O abscesso Periodontal agudo pode ser: Sintomático Sem a presença de fístula Já o agudo, apresenta-se de forma: Assintomática Presença de fístula DENTE VITAL NÃO confunda!!!! AGUDO Desconforto leve a grave; Edema ovoide localizado e avermelhado; Sensibilidade à percussão ou ao morder; Exsudação; Febre e linfoadenopatia CRÔNICO Ausência de dor ou dor fraca; Lesão inflamatória localizada; Exsudação intermitente; Fístula associada à bolsa; Sem envolvimento sistêmico Bolsa periodontal; Mobilidade; Elevação dentária no alvéolo. Exacerbação de uma lesão crônica: Periodontite não tratada. Infecção recorrente durante a Terapia de Manutenção. APÓS A TERAPIA PERIODONTAL: Raspagem Cirurgia Periodontal Uso de antibióticos Observar se há comprometimento sistêmico? Ana Larissa Soares 6 Tratamento: Consulta inicial: Drenagem Raspagens e OHO Ajustes oclusais Medicação Sistêmica: verificar sinais clínicos sistêmicos Medicação Sistêmica: Analgésicos e Antitérmicos: DIPIRONA 500mg a cada 6 ou 4 horas por 1 dia PARACETAMOL 750mg a cada 6 horas por 1 dia Antiinflamatórios: NIMESULIDA 100mg a cada 12 horas por 5 dias Antibióticos: CLOREXIDINA 0,12% Consulta seguinte: Melhoria das condições? A terapia antibiótica sem drenagem e raspagem é contraindicada. Raspagem e IHO. Em abscessos que apresentem inchaço grave: Drenagem mediante incisão externa. Após melhoria dos sinais e sintomas: Raspagem e alisamento radicular ou terapia cirúrgica. Antibioticoterapia sistêmica (NÃO PRECISA) Abscessos periodontal x periapical Semelhanças Diferenças Dor à percussão Vitalidade do dente Dor espontânea Perda de inserção (bolsa periodontal) Edema gengival Localização da perda óssea Mobilidade aumentada Presença de fístula Abscesso Periodontal: Bolsa periodontal preexistente; Perda óssea lateral; Dente vital; O edema inclui o tecido gengival marginal com fístula ocasional; Dor leve e localizada; pode ou não ter sensibilidade à percussão. Abscesso Periapical: Geralmente o dente acometido apresenta algumarestauração extensa; Se houver bolsa periodontal, a sonda mostra um defeito reduzido; Dente não vital; Geralmente o edema inclui a região apical com trajeto fistuloso; Dor intensa e difusa; SEMPRE sensível à percussão. A localização clínica da fístula não determina se o abscesso é periapical ou periodontal – Fazer o teste da fístula. Abscessos endoperiodontais A lesão de origem endodôntica pode drenar via sulco/bolsa. A lesão pode vir a causar acometimento pulpar. As patologias periodontais e endodônticas podem estar associadas – LESÕES ENDOPERIODONTAIS Origem endodôntica ou periodontal? Tratamento endodôntico e periodontal nesses casos. Aula 3- Prognóstico e Terapia de Manutenção Periodontal Qual o meio mais eficaz para o controle dessas doenças? FASES DO TRATAMENTO PERIODONTAL Avaliação da saúde sistêmica do paciente Terapia relacionada à causa Fase Corretiva Terapia de manutenção Determinação do prognóstico – É uma previsão de duração, curso e término da doença e sua resposta ao tratamento. DIAGNÓSTICO – PROGNÓSTICO – PLANO DE TRATAMENTO Na determinação do prognóstico, são necessários: Informações específicas da doença (Para então pensarmos na possibilidade de tratamento. Sucessos/fracassos) Reavaliação após todas as fases do tratamento Fase I: terapia básica e reavaliação Fase II: Tratamento cirúrgico (se necessário) Fase III: Reabilitadora/restauradora e Manutenção (Terapia Periodontal de Suporte – TPS) Então, o prognóstico depende de vários fatores, entre eles: Clínicos gerais Sistêmicos e ambientais Ana Larissa Soares 7 Locais Anatômicos Protéticos e restauradores Tipos de prognóstico: 1. BOM: Controle dos fatores etiológicos; bom suporte periodontal; paciente colaborador. 2. RAZOÁVEL: 25% de perda de inserção; lesão de furca grau I; permite a colaboração do paciente. 3. RUIM: 50% de perda de inserção; fatores locais/sistêmicos que não podem ser controlados; dificulta a colaboração do paciente. 4. DUVIDOSO: >50% de perda de inserção; lesão de furca grau II ou III; mobilidade = ou > 2; raízes próximas; dificulta a colaboração do paciente. Prognóstico Geral x Prognóstico do Dente Geral: Dentição; idade; fatores sistêmicos/locais; tabagismo; adesão; possibilidade de reabilitação. Dente: Influenciado pelo geral; EXEMPLO: Dente com prognóstico duvidoso em paciente com prognóstico geral desfavorável. Fatores Clínicos Gerais Idade: 2 pacientes com o mesmo nível de inserção clínico - prognóstico melhor para o paciente mais velho; paciente jovem: forma mais agressiva da doença periodontal ou doenças sistêmicas. COMO AVALIAR? Profundidade de sondagem: clínico/ radiográfico Não está necessariamente relacionada à perda óssea. Dentes com maiores profundidade de sondagem e menos perdas ósseas: Prognóstico bom Defeito Ósseo: defeitos angulares/intra ósseo – Avaliar paredes remanescentes; Terapia básica + biomateriais = regeneração até a crista óssea. OBS: Observar sempre as paredes remanescentes. Perda óssea: Centro de rotação do dente + próximo da coroa = Distribuição mais favorável das forças oclusais. Dentes com prognóstico duvidoso: Ponderar os benefícios; Exodontia de dentes com prognóstico duvidoso Melhorar/aumentar probabilidade de recuperação óssea parcial Terapia com implantes SUCESSO: Exodontia + implantes INSUCESSO: Tratamento inadequado; dentes com prognóstico ruim; comprometimento de tratamento reabilitador. “Probabilidade de obtenção de estabilidade do aparelho de suporte periodontal” – Considera fatores locais/ sistêmicos que influenciam a progressão da doença periodontal. RISCO ≠ PROGNÓSTICO Risco – probabilidade de o indivíduo vir a desenvolver doença em um período específico. Prognóstico – é uma previsão da duração, curso e término da doença e sua resposta ao tratamento. FATORES DE RISCO FATORES DE PROGNÓSTICO Características do indivíduo que aumentam o risco de desenvolver determinada doença; Exemplo: diabetes Características que predizem os resultados da doença presente; Exemplo: perda de inserção A avaliação do risco irá orientar quanto ao intervalo das avaliações e a frequência e extensão dos cuidados de manutenção. Parâmetros clínicos para avaliar a condição periodontal: Profundidade de sondagem (PS) Nível de inserção clínico (NCI) Sangramento à sondagem (SS) Supuração (SU) Em todas as consultas: Avaliar a condição gengival (SS e PI) Acúmulo de biofilme supragengival Atividade das bolsas residuais Adicionalmente a cada 6 a 24 meses: Medição da profundidade de sondagem Oclusão, reconstruções (vitalidade dental); cárie. Ana Larissa Soares 8 A cada 3 a 4 anos: Radiografia panorâmica Objetivos da Terapia de Manutenção Periodontal Minimizar a recorrência de periodontite em indivíduos que tenham sido previamente tratados; Reduzir a incidência da perda dentária; Aumentar a probabilidade de detectar e tratar outras doenças ou condições encontradas na cavidade oral. Terapia básica Reavaliação Manutenção Restauradora Cirurgia Periodontal Procedimentos realizados durante a TMP - Dependendo dos achados Reexames e revaliações Motivação do paciente Procedimentos para o controle de placa Removendo fatores de retenção de placa Aplicação de fluoretos As pesquisas demonstram que a TPS, feita em intervalos regulares, pode, pelo menos até certo ponto, compensar o padrão de higiene oral pessoal “deficiente” Qual o intervalo ideal para rechamada na TPS? A determinação é feita de forma individual. Orientado pelo risco de cada paciente. A fase de manutenção pode ser tanto realizada pelo clínico geral, quanto pelo periodontista. Vai depender do profissional. SUCESSO na TPS FALHAS na TPS Eliminação da inflamação Eliminação da atividade de bolsa Redução de profundidade de sondagem Cessação da perda de inserção Mobilidade dental estabilizada ou reduzida Sangramento persistente Atividade na bolsa periodontal Aumento na profundidade de sondagem, perda de inserção e mobilidade dental É simplesmente sem sentido informar aos pacientes que eles devem retornar para visitas periódicas sem esclarecer claramente a significância dessas visitas e descrever o que é esperado do paciente as visitas. COMO CONDUZIR A SITUAÇÃO? 1. Paciente com higienização oral adequada, com mínima inflamação, poucas áreas com bolsas profundas e vários sítios que mostram ganho de inserção. 2. Paciente com bom controle de placa, mas apresentando vários sítios com sangramento à sondagem e redução significativa das profundidades de sondagem nessas áreas. 3. Paciente com higiene oral deficiente, apesar de ter sido instruído, evidenciando a falta de motivação ou dificuldade de realizar a higiene. ( ) Neste paciente o tratamento adicional deve incluir cirurgia periodontal, visando melhorar o acesso as raízes e o seu debridamento. ( ) Paciente deve ser informado que apesar do procedimento profissional ter sido adequado a reinfecção da bolsa periodontal pode ocorrer, sendo indicado reiniciar a teapia relacionada à causa. ( ) Pode não haver necessidade de terapia adicional, sendo indicado a terapia de manutenção. Aula 4- Princípios e práticas em Cirurgia Periodontal Objetivos: (Visam preservar:) Saúde Função Estética A inserção periodontal Fatores a considerar: Condição sistêmica do paciente Benefício no tratamento periodontal Possibilidades terapêuticas para o caso clínico Indicações/contraindicações Fatores relacionados ao paciente: História médica Hábitos deletérios Controle de biofilme Saúde gengival Ana Larissa Soares 9 Paciente não colaborar/prognóstico ruim/cirurgia insuficiente para promover saúde Tratamento é uma abordagem alternativa Durante a reavaliação: 1. Saúde: manutenção sem cirurgia 2. Retratamento sem cirurgia 3. Fase Cirúrgica 4. Manutenção e reavaliação INDICAÇÕES: Acesso às raízes/defeitos ósseos Cirurgias ressectivas Cirurgias pré-protéticas (ACC, aumento de rebordo) Cirurgias plásticas: estética anterior, enxertos Aumento gengival Biópsias, cirurgias exploratórias, urgências, pré-implantes. CONTRA-INDICAÇÕES: Saúde sistêmica: Angina instável Hipertensão/diabetes não-controlados Infarto/derrame nos últimos 6 meses Controle inadequado de biofilme Índice alto de cárie Paciente não-colaborador OBJETIVOS: Acesso às raízes/osso alveolar Modificação de defeitos ósseos Reparo/regeneração do periodonto Estética e função Princípios Cirúrgicos 1. Paciente (história médica, condições sistêmicas que contraindiquem o procedimento, adequações de anestesia/medicação pós cirúrgica, avaliação pré-cirúrgica: exames laboratoriais) 2. Plano de tratamento abrangente 3. Conhecimento da anatomia (estruturas e espaços anatômicas, suprimento sanguíneo, inervação.) OBS: Atentar para artéria palatina maior/menor; Suprimento sanguíneo gengival 4. Anestesiologia (conhecimento anatômico, tipo de anestésico/vasoconstritor) 5. Manipulação dos tecidos 6. Suturas/Hemostasia 7. Cicatrização *CIRURGIA ASSÉPTICA Reduzir infecção no pós-operatório; Uso de EPI’s; TUDO deve ser estéril; Campos cirúrgicos: Foco, mesa operatória, sugador, capote. Sugador cirúrgico: optar pelo descartável Canetas de alta rotação; Luvas estéreis Técnica cirúrgica atraumática – Planejamento das incisões, retalhos, manejo do tecido. Tipos de incisões: Seleção: Planejamento, anatomia, objetivo do procedimento, desenho e manejo adequado do retalho. Bisel externo Bisel interno Sulcular Relaxante Para afinamento Contra-incisão Relaxante no periósteo Bisel externo (gengivectomia) –Instrumentais: Gengivótomo de Kirkland; 45° base da bolsa; coronária à JMG Essa incisão consiste no aumento gengival, contorno gengival irregular, bisel externo + afinamento do retalho Bisel interno (invertido) – Direcionada p/ apical; instrumental posicionado 0,5 a 2.0 mm da margem gengival; lâminas 15, 15c. Consiste no aumento de coroa, retalhos. Incisão Sulcular – Dentro do sulco angulada em direção à crista alveolar; afinamento da papila ou rebatimento total; lâminas 15, 15c. Incisão relaxante vertical – Papila incluída no retalho; perpendicular à margem gengival nos ângulos de transição; melhorar acesso/visualização; reposicionamento do retalho (apical/coronal)/ lâminas 15/15c Ana Larissa Soares 10 Para afinamento – Interna; da margem gengival em direção a base do retalho; diminuir espessura de conjuntivo; palato, cunha distal, papilas volumosas; lâminas 15, 15c; cunha distal triangular; incisões divergem; convergem p/ distal; afinamento vestibular e lingual. Contra incisão – Relaxante; direcionada p/ a base do retalho; posicionamento lateral do retalho; lâminas 15, 15c.. Relaxante no periósteo – Aumentar a mobilidade do retalho; incisão na base do retalho, cortando o periósteo; reposicionamento coronário; lâminas 15, 15c. Preparo do retalho: Espessura total (rebatimento total do retalho) Espessura parcial (rebatimento parcial do retalho) Retalho em envelope: Sem relaxantes, extensão maior p/ diminuir tensão; acesso para raspagem. Retalho perpendiculado: Suprimento sanguíneo na base; movimentação; rebatimento de retalho (uso do descolador/cureta de Molt) Exostoses: CUIDADO no manejo; evitar danos ao tecido. Retalho gengival: Vai além da JMG; Descolamento parcial; enxertos de tecido conjuntivo. CUIDADOS!!! Rebatimento adequado e afastamento do retalho; atraumático; instrumentais usados: espátula 07, descolador de Molt; retalho reposicionado apicalmente; incisões; rebatimento total; debridamento radicular; ACC; espaço biológico, suturas; 6 meses após o reparo; retalho reposicionado coronalmente; recobrimento radicular; sutura (JCE); deslocamento lateral; incisões; recobrimento radicular. Materiais p/ sutura – Não reabsorsível Reabsorvível Seda cirúrgica Gut cirúrgico (Vicryl) (Monocryl) Sutura interrompida Sutura em alça Sutura em alça contínua Sutura em colcheira vertical – Papila V (fora p/ dentro) (dentro p/ fora 2 ou 3 mm da entrada inicial); Papila lingual é similar a V; Sutura p/ vestibular; fio p/ fora do retalho; Sutura em colcheiro externa (horizontal) – evitar compressão da papila; papila V de fora p/ dentro acima da JMG; Similar na L; cruz na papila; região anterior. Sutura em colcheira interna – posicionamento adequado das papilas em área estética; a sutura penetra na V apical na base da papila; penetra o tecido lingual de dentro p/ fora; saindo e penetrando de fora para dentro no tecido lingual (2 a 3 mm); saindo na papila V Sutura de ancoragem: eliminar espaço entre os retalhos na proximal; alçada ao redor da superfície L do dente, pelo espaço interdental; Proteção da ferida cirúrgica – Adaptação do retalho; conforto; 10 a 14 dias; feita com cimento cirúrgico (com eugenol, sem eugenol, auto o fotopolimerizáveis. Propriedades ideia do cimento: Fácil manipulação Presa razoável Rigidez após a presa Biocompatível Superfície lisa Favorecer a cicatrização CIMENTOS CIRÚRGICOS – Superfície limpa e seca; luvas úmidas (soro/saliva); manipulação do cimento 1:1; adaptação. CONTROLE DA DOR – Cuidados durante o procedimento; evitar traumas na região da cirurgia; analgésicos. CUIDADOS PÓS-CIRÚRGICOS: Controle do biofilme; clorexidina 0,12%; remoção de sutura; retornos. CONSIDERAÇÕES: Conhecimento do paciente; conhecimento anatômico e farmacológico; cuidados de manejo do retalho e desenho das incisões; cuidados pós- operatórios. Aula 5- Princípios básicos em Cirurgia Periodontal Tratamento cirúrgico da periodontite; retalho de Widman e cunha distal. Tratamento Periodontal a) Fase I – terapia básica b) Reavaliação c) Fase II: tratamento cirúrgico d) Fase III: reabilitadora/restauradora e) Manutenção (TPS) Ana Larissa Soares 11 Tratamento Cirúrgico da Periodontite Terapia Coadjuvante Facilitar raspagem sub Favorecer controle do biofilme pelo paciente EM QUE MOMENTO REALIZAR O ACESSO/TRATAMENTO CIRÚRGICO? Após a fase SUPRA: 1. Remoção do cálculo SUPRA 2. Da inflamação 3. Característica do tecido 4. Melhor avaliação/prognóstico Técnicas para tratamento de bolsa periodontal Gengivectomia Procedimentos a Retalho Procedimentos Regenerativos Gengivectomia – Excisão da parede de tecido da bolsa periodontal patológica. Goldman em 1951 propôs: Marcação da bolsa; pontos sangrantes (sondas/pinças); contorno das bolsas: guia p/ incisão. Faz-se a incisão primária – com o bisturi/gengivótomo de Kirkland. A incisão é biselada em direção a base da bolsa; fazendo o contorno fisiológico. Incisão secundária: Tecido mole interproximal; usa o gengivótomo de Orban; e consiste na remoção dos tecidos incisados (curetas/tesouras) Faz-se: Compressa de gaze Raspagem e alisamento radicular Proteção com o cimento cirúrgico (remoção entre 10 e 14 dias) Procedimentos a Retalho – Retalho Original de Widman Cirurgia a retalho modificado/ Retalho de Kirkland Retalho Widman modificado Retalho reposicionado apicalmente Cunha distal Retalho Original de Widman São feitas incisões relaxantes verticais (área operada); incisões em bisel invertido na margem genvival; retalho mucoperiósteo. Remoção do colarinho Raspagem e alisamento radicular Recontornoósseo Suturas com o tecido ao nível da crista óssea VANTAGENS DESVANTAGENS Cicatrização por primeira intenção. Contorno ósseo Exposição radicular Retalho de Widman Modificado São feitas 3 incisões: 1. Incisão 1 – lâmina paralea ao longo eixo do dente 1mm da margem gengival. 2. Incisão 2 – Intrasulcular 3. Incisão – horizontal; separar colarinho Feitas em casos de: raspagem, recontorno ósseo, sutura, cimento Cirurgia a Retalho Modificado / Retalho de Kirkland. É feita uma incisão intra-sulcular até o fundo da bolsa; em todas as faces. Indicado em casos de: exposição, raspagem e alisamento radicular. Visa a eliminação de tecido de granulação. Suturas. VANTAGENS Evita perda extensa de tecidos não inflamados. Não leva ao posicionamento apical da margem gengival. Trauma mínimo Retalho Reposicionado Apicalmente Incisão vertical relaxante (2) Incisão em bisel interno, contorno festonado Retalho mucoperiósteo Remoção do colarinho Raspagem e alisamento radicular Recontorno ósseo Suturas Cunha Distal – Feita para o tratamento de bolsas periodontais nas distais de molares; Quando há pouco/NENHUM tecido queratinizado Em casos de defeitos ósseos angulares E para preservação de tecidos moles Ana Larissa Soares 12 As incisões verticais são feitas em V e L; triângulo dissecado; visam a remoção do tecido; redução da espessura dos retalhos; suturas. Seleção da técnica Cirúrgica Gengivectomia - (Indicações) 1. Bolsas periodontais supra-ósseas profundas 2. Correção de contornos anormais (gengivoplastia) (Contra-indicações) 1. Gengiva inserida 2. Defeitos intra-ósseos/ crateras periodontais Cirurgia a Retalho COM ou SEM cirurgia óssea: Vantagens/Indicações: Quando for necessário preservar a gengiva inserida Tratamento de defeitos ósseos Acesso Visual Possibilidade de reposicionamento do retalho Conforto pós-operatório PRESERVAR TECIDOS DUROS E MOLES SADIOS ESTÈTICA? Cimentos Cirúrgicos – Proteção; adaptação do retalho; conforto; 10 e 14 dias. Controle da DOR – Cuidados durante o procedimento; evitar traumas na região da cirurgia; analgésicos Resultados – Redução de profundidade de sondagem; estética; função. Aula 6- Periodontia e Odontologia Restauradora Estética Periodontal Aspectos estéticos: gengiva inserida; mucosa alveolar. Anatomia e histologia do complexo mucogengival. Defeitos periodontais estéticos: rebordo/gengiva/raiz Alternativas terapêuticas Face: Simetria facial? Espessura do lábio: Selamento labial? Regular/Fino/Espesso Curvatura labial Idosos: motricidade/perda da tonicidade Sexo: sorriso masculino ≠ do sorriso feminino. Linha do Sorriso: ALTO Expõe todo o dente e a parte da gengiva. Mostra a totalidade dos dentes e faixa da gengiva. 10,57% MÉDIO Todo ou quase todo o dente e papilas. Grande parte ou totalidade dos dentes e ponta da papila gengival. 68,94% BAIXO 75% ou menos dos dentes são visíveis. Menos que ¾ dos dentes. 20,48% Largura do Sorriso: 6 a 8 dentes 10 dentes 12 a 14 dentes Corredor Bucal/Vestibular: Podendo ser normal ou amplo. Saúde Periodontal: Ausência de sangramento gengival durante a sondagem; coloração da gengiva; distinção da gengiva marginal livre, junção mucogengival e a mucosa alveolar. Contorno gengival: Um contorno gengival regular e contínuo com pequeno deslocamento para coronal dos laterais em relação aos centrais e caninos proporciona uma composição estética agradável. Altura gengival classe I Altura gengival classe II Embrasaduras: A papila gengival deve preencher toda a ameia. Zênite Gengival: O ponto mais apical do tecido gengival está localizado distalmente ao longo eixo do dente nos centrais e caninos. Nos laterais é coincidente. Ana Larissa Soares 13 Zênite nos IC está 1mm distal ao longo eixo do dente; IL e Caninos coincidem. Ameias cervicais: DIRETAMENTE DEPENDENTES DA FORMA DE CONTORNO PROXIMAL DOS DENTES E ACOMODAM A PAPILA GENGIVAL. Ameias cervicais fechadas ou inacessíveis aos meios de higienização: Retenção de placa; hipertrofia do tecido gengival e formação da área de “COL” Avaliação Dento-Gengival e Sorriso: Condição periodontal? Saúde? Doença? Biotipo periodontal – plano e espesso; fino e festonado. Linha do sorriso e exposição gengival Contorno e zênite gengival Papila interdental Recessão gengival Coloração gengival Sorriso Gengival – AUMENTO DE COROA Indicações: Linha do sorriso alta; dentes anteriores curtos; forma/contorno dos dentes Técnicas de tratamento: Osteoplastia/osteotomia. Outras formas do aumento da coroa – Uso de toxina botulínica; preenchimento labial associado ao botox (queixa de sorriso velho) Conteúdo Av2 Aula 7- Procedimentos para aumento de Coroa Clínica SEM invasão do espaço biológico Gengivectomia Gengivoplastia COM invasão do espaço biológico Tracionamento ortodôntico Aumento de coroa clínica com osteotomia Indicações: Contorno gengival Aumento gengival Erupção passiva Sem necessidade de osteotomia Considerar: Proporção entre os dentes: Observar a zênite gengival. Canino/Incisivo Central/Incisivo Lateral Posição do dente na arcada: Má posição/giroversão Tamanho do dente: Comprimento de cada dente Faixa de tecido queratinizado: Espessura e largura da gengiva inserida (varia de acordo com a posição do dente na arcada). Ausência de dente? Preserva a faixa de tecido presente. Tecido Ósseo- Observar a espessura, contorno regular, tórus/exostose e se é necessário fazer cirurgia ortognática. Diante de cada caso clínico, é importante ressaltar: Qual o diagnóstico? Etiologia Tratamento básico Tratamento cirúrgico (Há tecido queratinizado? Osteotomia? Tipo de incisão? Sutura?) Aumento de Coroa Clínica – COM invasão do espaço biológico Observar as distâncias biológicas: Profundidade do sulco gengival Extensão do epitélio juncional Extensão do tecido conjuntivo Espaço biológico = 2,04mm Sulco 0,69mm Epitélio Juncional 0,97mm Inserção Conjuntiva 1,07mm Invasão do Espaço Biológico: Preparo para prótese Restaurações Fraturas Cárie radicular Endodontia Técnica Cirúrgica Ana Larissa Soares 14 1. Anestesia 2. Profundidade de Sondagem 3. Incisão: Intrasulcular? Bisel interno? 4. Deslocamento do retalho: Total? Parcial? 5. Exposição do término do preparo 6. Recontorno ósseo – Observar distâncias biológicas; contorno fisiológico; sulcos de escape (vestibular e lingual) *FAZER o uso de Instrumental: brocas, cinzéis e limas para osso. 7. Limpeza da ferida cirúrgica (Irrigação com soro fisiológico) 8. Conferir as distâncias biológicas 9. Cuidados pós-operatórios (Bochechos com clorexidina; analgésico; anti-inflamatório; antibióticos) Aula 8- Trauma Oclusal Relembrando... Músculos da mastigação: Masseter Temporal M. Elevadores Pterigoideo Medial Pterigoideo Lateral Contatos Oclusais Normais: Em MIH, protrusão e lateralidade – TODOS os dentes se tocam mutuamente. Oclusão “ideal”: Promover MIH entre os dentes com os côndilos em RC. Fazer com que a mandíbula execute os movimentos a partir da RC até que os dentes com maior capacidade de suportar cargas horizontais entrem em função. O que é trauma oclusal? Definição: “Dano que resulta em alterações teciduais no aparato de inserção como um resultado de força(s) oclusal(is)” (AAP, 2001) “Termo utilizado para descrever alterações patológicas ou mudanças adaptativas que se desenvolvem no periodonto como consequência de forças indevidas produzidas pelos músculos da mastigação.” (Lindhe et al, 2010) Termos utilizados: Trauma de oclusão; oclusão traumática; traumatismo periodontal; sobrecarga.Consequências da força oclusal excessiva: Danos ao periodonto; lesões na ATM; danos aos músculos mastigatórios e à polpa dental. Mudanças no periodonto decorrentes do trauma oclusal: 1. Sinais Clínicos: Mobilidade aumentada e progressiva; facetas de desgaste; trincas em esmalte; fratura dental; migração dentária; facetas de desgaste decorrente de bruxismo; prematuridade oclusal; hábitos oclusais anormais; mastigação unilateral; enrijecimento muscular; dor facial; desarmonia oclusal. 2. Indicadores Radiográficos: Espaço do LP aumentado; ausência de cáries, restaurações extensas/recentes; lâmina dura alterada (regiões lateral e apical da raiz e áreas de bifurcação); espessamento; perda óssea; reabsorção radicular. 3. Alterações histológicas: Mudança adaptativa (causada pela força oclusal excessiva, aumentando assim a vascularização, permeabilidade e extravasamento dos elementos vasculares, que vão resultar nas fibras do LP desorganizadas, destruição de colágeno e os osteoclastos vão fazer a reabsorção e gerar o alargamento do LP) Classificação dos traumas: 1. Trauma Oclusal Primário – dano a partir de forças oclusais excessivas em dente com suporte periodontal normal. Características: Nível ósseo normal; nível de inserção normal; força oclusal excessiva Exemplo: Restauração “alta” em dente com periodonto anteriormente normal. 2. Trauma Oclusal Secundário – dano a partir de forças oclusais normais ou excessivas em dente com suporte periodontal reduzido. Caractetísticas: Perda óssea; perda de inserção; força oclusal normal ou excessiva; Trauma do tipo Ortodôntico: Ana Larissa Soares 15 Aplicação de forças unilaterais; forças não suportadas pelo periodonto (reações no LP – adaptação); movimentos de inclinação (direção da força) – Zonas de pressão e de tensão e movimento de deslocamento. Zona de Pressão: Processo inflamatório; vascularização; permeabilidade vascular; desorganização das células e fibras colágenas. Se a vitalidade do LP é mantida (ocorre a reabsorção óssea) “Reabsorção direta do osso. ” Zona de Pressão: Magnitude de forças maiores: Causando necrose do LP; decomposição de células, vasos, matriz e fibras (hialinização) e osteoclastos nos espaços medulares (osso socavado) – “Reabsorção indireta do osso. ” Zona de Tensão: Aposição óssea – conservar espessura normal do LP. OBS: Movimentação dentro do alvéolo Movimentos de deslocamento: Reações teciduais nas zonas de tensão e de pressão; ao longo da superfície radicular. O tecido conjuntivo não é afetado nem pela força, nem pelo deslocamento. Trauma do tipo alternado: Direção alternada das forças sobre as coroas. Zonas de pressão e tensão combinadas. Situações Clínicas: 1. Periodonto sadio com altura normal. 1º FASE: Fase de espessura do LP – inflamação aguda no LP; perda de colágeno; mobilidade progressiva; 2º FASE: efeito das forças compensado pelo aumento da espessura do LP Tecidos do LP sem sinais de inflamação; mobilidade aumentada, mas não progressiva; Ajuste Oclusal: espessura do LP normal; estabilidade dentária. TC supra-alveolar não afetado – gengiva permaneceu sadia. Ajuste Oclusal: neoformação óssea; matriz óssea permanece e remineraliza. 2. Periodonto sadio com altura reduzida. “Mesma capacidade de adaptação às forças oclusais traumáticas? ” TC supra-alveolar não afetado; sem perda de inserção adicional de TC; sem migração apical do epitélio juncional. Dentro de certos limites, capacidade de adaptação = à do periodonto sadio com altura normal. 3. Doença Periodontal associada à placa “Forças oclusais anormais podem aumentar a velocidade de destruição tecidual na doença periodontal. ” Gengivite – Periodonto com inserção intacta e inflamação restrita à gengiva: Oclusão traumática não leva à perda de inserção. Periodontite – Forças que não permitem a adaptação periodontal (caráter mais permanente das alterações teciduais); destruição óssea angular; mobilidade dentária progressiva; migração apical do EJ: agravamento da DP. Oclusão traumatogênica x Posição Gengival Recessão gengival (?): SEM COMPROVAÇÃO Fissuras de Stillman (definição; associação não comprovada) Oclusão traumatogênica x Cemento Reabsorção/reparo (Microscópicos; macroscópicos) Hipercementose Força Oclusal insuficiente no Periodonto Mordida aberta; ausência de antagonistas; mastigação unilateral Degeneração do Periodonto (largura LP; > espessura do cemento; redução da altura óssea (extrusão)) Atrofia por desuso Tratamento Periodonto sadio com altura normal ou reduzida: Tratamento oclusal: redistribuição das forças oclusais (axiais); ajuste oclusal/reabilitação oral/tratamento ortodôntico Doença periodontal associada à placa: Tratamento periodontal + Ajuste oclusal Esplintagem/Contenção: União do(s) dente(s) com mobilidade a outros dentes da arcada em uma unidade fixa. Objetivo: Estabilizar os dentes com mobilidade moderada a avançada Ana Larissa Soares 16 Interferência com a função mastigatória. Desconforto para o paciente. Facilitar RAR Mobilidade grau II Resina composta, fio metálico, ponte fixa. Pode ter objetivo de substituir dentes perdidos. Mobilidade dentária inicial – Influencia na resposta (nível de inserção) ao tratamento periodontal. Conclusões Oclusão traumatogênica x Periodonto Sadio Não leva à perda de inserção do TC ou à formação de bolsas Reabsorção óssea Mobilidade Alterações ósseas reversíveis Oclusão traumatogênica x Gengivite Não inicia Não ajuda na progressão Oclusão traumatogênica x Periodontite Não inicia Progressão: “Pode acelerar. ” “Dentes com doença periodontal associada à placa: oclusão traumática é um cofator no processo destrutivo. ” TO não inicia gengivite; TO não inicia perda de tecido conjuntivo de inserção; A oclusão pode ter um papel secundário na perda de inserção; A inflamação deve ser eliminada e os fatores oclusais avaliados e corrigidos; A mobilidade dentária não é necessariamente sinal de TO; Aula 9- Terapia Mucogengival Cirurgia Plástica Periodontal – “procedimentos cirúrgicos realizados para prevenir ou corrigir defeitos de gengiva, mucosa alveolar ou osso causados por fatores anatômicos, de desenvolvimento, traumáticos ou induzidos por doença. ” (Proceedings of the 1996 Wordl Workshop in Periodontics) Entre os procedimentos que podem ser incluídos nessa definição estão diversos tratamentos dos tecidos mole e duro que têm por objetivo: Aumento gengival Cobertura radicular Correção de defeitos da mucosa nos implantes Alongamento de coroa Preservação gengival na erupção dental ectópica Remoção de frênulo aberrante Prevenção do colabamento da crista associada à exodontia Aumento da crista edêntula Aumento gengival “Retrações gengivais são mais pronunciadas em áreas com estreita faixa de tecido queratinizado, do que em áreas com maior quantidade de mucosa queratinizada. ” “Procedimentos para aumento da espessura gengival podem ser indicados para diminuir o risco de desenvolvimento de retrações gengivais. ” Procedimentos para ganho de tecido queratinizado – Enxerto gengival livre Retração Gengival – Deslocamento da margem gengival apicalmente a JCE. Recessão Gengival – etiologia das recessões: Trauma de escovação; Abrasivos; Dentes vestibularizados; Anatomia óssea e de tecido mole; Presença de freios e bridas Doença periodontal e inflamação marginal crônica Classificação de Miller – as recessões gengivais dividem- se em quatro classes diferentes: Classe I – A margem gengival não ultrapassa a linha mucogengival nem há perda de tecido entre os dentes. Classe II – A margem gengival estende-se até ou para além da linha mucogengival, não há perda de tecido entre os dentes. Ana Larissa Soares17 Classe III – A margem gengival estende-se até ou para além da linha mucogengival, havendo perda de tecido a nível interproximal. Classe IV – A margem gengival ultrapassa a linha mucogengival, havendo perda de osso interdentário e atingindo um nível apical à extensão marginal da recessão. Recessão Gengival – Aula 10- Lesões de Furca: Envolvimento e Tratamento Etiologia: Extensa perda de inserção causada por doença periodontal inflamatória. Acomete a região anatômica complexa. Dificulta ou impossibilita a limpeza pelo paciente. Pode levar a um diagnóstico de doença avançada. Prognóstico menos favorável. Fatores Locais + Anormalidades de desenvolvimento Afetam a velocidade da perda de inserção e interferem no prognóstico. O diagnóstico é feito através da Sonda de Nabers – Para então realizar a tomada do plano de tratamento. O exame é feito nas áreas de furca. Em molares superiores: A furca é encontrada na vestibular, mesial, distal. Molares inferiores: A furca é encontrada na vestibular e lingual. Pré-molares superiores: A furca é encontrada na mesial e distal. O Exame da área de Furca leva em consideração, três fatores: 1. Fatores anatômicos locais 2. Anatomia das lesões ósseas 3. Índices do desenvolvimento de furca Fatores anatômicos locais: Comprimento do tronco radicular – a combinação entre o comprimento do tronco radicular, o número e a configuração das raízes influencia na dificuldade do tratamento e no sucesso da terapia. Identificar a junção cemento esmalte Sem perda de inserção interproximal Avaliar o aspecto da linha mucogengiv al Recessão Coronária a JMG Recobriment o Completo Recessão Apical a JMG Recobriment o Completo Com perda de inserção interproximal Avaliar a perda de inserção (M/V/D) Avaliar má posição CAL (V) > CAL (M/D) Má posição leve Recobriment o Parcial CAL (V) ≤ CAL (M/D) Má posição severa Nenhum Recobriment o Ana Larissa Soares 18 Tronco radicular longo + Raízes Curtas Tronco radicular curto + Raízes longas O comprimento radicular está diretamente relacionado à quantidade de inserção do dente e ao tamanho do tronco radicular. Dimensão inter-radicular – dentes com raízes mais separadas apresentam maior facilidade de instrumentação. Anatomia da furca e projeções cervicais de esmalte – a presença de proeminências no teto da furca pode fazer necessária a odontoplastia e afetar a remoção da placa, dificultar a raspagem e o alisamento radiculares. Anatomia das lesões ósseas: Padrão de perda de inserção – defeitos complexos e com múltiplas paredes e componentes verticais inter-radiculares profundos podem ser candidatos às terapias regenerativas Índices do envolvimento de furca: Grau I Grau II Grau III Tratamento: Classe I – Terapia Periodontal conservadora (não cirúrgica); presença de bolsa supra óssea. Classe II – Componente horizontal raso sem perda óssea vertical; necessário fazer cirurgia a retalho/acesso para raspagem. Classe III a IV – Componente horizontal significativo + componente vertical: necessário fazer a terapia cirúrgica de LF (para tentar a regeneração) Terapia não cirúrgica: Dificuldade: manutenção de um estado livre de placa na furca! Obtenção de acesso? Terapia conservadora: OHO + RACR e alisamentos radiculares Reavaliação dos trabalhos restauradores presentes. Correção de fissura e projeções de esmalte por odontoplastia. Técnicas Cirúrgicas: Quando: 1. Instrumentação manual não for suficiente para produzir bons resultados. 2. Dentes com grande importância ao plano de tratamento global do paciente. 3. Dentes com função mastigatória ativa. 4. Pacientes com boa higiene oral e baixa atividade de cárie. Técnicas: Acesso para raspagem. Ressecção óssea. Ressecção radicular. Hemissecção. Regeneração. Ressecção óssea – Recontorno da região de furca. Objetivo: obter acesso para propiciar ao paciente uma boa higiene oral. (TUNELIZAÇÃO) Criação intencional de uma lesão de furca que dê condições de higienização diária ao paciente. Técnica: 1. Exposição cirúrgica de toda área de furca por meio de retalho total. 2. RACR e alisamento radiculares. 3. Recontorno da região de furca e da crista óssea. 4. Posicionamento apical do retalho. 5. Suturas interdentais e inter-radiculares. 6. Cimento cirúrgico. 7. Prescrições pós-operatórias Ressecção radicular – Qual raiz deve ser removida? 1. Eliminar aquela que promova a eliminação da furca. 2. A com maior perda de inserção. 3. Com maior número de problemas anatômicos. Hemissecção – (Odontossecção) Considerar: 1. Distância inter-radicular; Ana Larissa Soares 19 2. Quantidade de perda óssea na região interproximal e inter-radicular. 3. Considerar outras possibilidades de tratamento. Em alguns casos, faz a hemissecção + ressecção radicular. Regeneração – é a inclusão de uma barreira entre o retalho e o osso. Atrasa a migração apical do epitélio juncional. Exclui o tecido conjuntivo gengival e permite que o tecido de granulação derivado do ligamento periodontal e do osso repovoem o espaço adjacente à superfície radicular desnuda. O sucesso desta terapia está relacionado a fatores locais e do paciente (ex: fumo e potencial de cicatrização) Exodontias – Implantes Dentários Pacientes que não podem ou não irão realizar um adequado controle de placa. Tratamento das Lesões de Furca. Furcas: Classe I RACR e alisamento radicular (remoção dos depósitos bacterianos; curetas de gracey e limas periodontais; medidas de controle do biofilme dental) Plastia na área de furca (retalho para acesso; remoção do tecido de granulação e RAR; odontoplastia – visando eliminar arestas; recontorno da crista óssea; sutura) Classe II Plastia na área de furca Tunelização Hemissecção radicular Ressecção radicular Regeneração tecidual guiada Extração dentária Classe III Tunelização Hemissecção radicular Ressecção radicular Extração dentária Tratamento nenhum segue uma receita única. Cada caso deve ser analisado isoladamente. Aula 11- Regeneração periodontal Tratamento Periodontal Raspagem e alisamento radicular Regeneração tecidual guiada Enxertos ósseos Condicionamento radicular Derivados da Matrix do esmalte Fatores de crescimento O que é regeneração? É a formação de nova inserção em combinação com a formação de novo osso e ligamento periodontal que restauram completamente a morfologia e função dos tecidos periodontais originais. Reinserção – inserção da gengiva ou ligamento periodontal em áreas do dente de onde eles possam ter sido removidos no curso do tratamento ou durante o preparo para restaurações; é a união do tecido conjuntivo com uma superfície radicular em que o periodonto está viável. Reparação – cicatrização de um defeito por tecido que não restaura completamente a arquitetura ou função do tecido. Como ocorre a regeneração? 1. Células do epitélio gengival – rápida migração apical; ocorre a formação do epitélio juncional longo: nova inserção. Ausência de regeneração. 2. Células do tecido gengival – formação de fibras colágenas paralelas ao dente; ocorre reabsorção da superfície radicular. Ausência de regeneração. 3. Células da medula óssea alveolar – ocorre a formação óssea, sem a presença do ligamento. Acontece anquilose e reabsorção. 4. Células do ligamento periodontal – formação do cemento com fibras colágenas inseridas; formação de osso alveolar com inserção das fibras. OCORRE REGENERAÇÃO periodontal verdadeira. Ana Larissa Soares 20 Regeneração tecidual em Periodontia – é o emprego de barreiras físicas, ou veículo, com a finalidade de regenerar o tecido ósseo. Barreiras físicas vão promover resposta celular específica, devido ter ograu de especificidade ao tipo de tecido em que será implantada. Barreiras físicas = BIOMATERIAS FUNÇÃO: preenchimento de espaços – devem ser programadas para estimular uma resposta biológica específica. (Dependerá de propriedades particulares intrínsecas ao polímero) Características ideais: Biocompatibilidade e capacidade de sustentar a adesão e crescimento celular Propriedades condizentes com o tecido a ser reconstruído Velocidade de degradação compatível com o crescimento do tecido que servirá de suporte Induzir respostas celulares rápidas e específicas Não deve formar trombos Não deve induzir resposta imunológica adversa Não deve ser tóxico e nem cancerígeno Não produzir resposta inflamatória aguda ou crônica que impeça a diferenciação dos tecidos adjacentes Biomateriais Natureza Naturais – são os substitutos ósseos – devem apresentar: biocompatibilidade, radiopacidade, microporosidade, estimular a indução óssea, ser absorvido e ser substituído por tecido ósseo. Sintéticos – são as barreiras mecânicas – devem ser: biocompatível, ter estrutura adequada, integração com o tecido, criação de espaço, e manuseabilidade clínica. E podem ser: Absorvíveis: colágeno, ácido polilactico. Não reabsorvíveis: politetrafluoretileno expandido, titânio. Origem Autógeno – obtido de áreas doadoras do próprio indivíduo. Homógeno – obtido de espécies semelhante ao do receptor. Heterógeno – obtido de espécies diferentes do receptor, sendo mais comumente obtidos de bovinos, suínos ou caprinos. Característica Física Mineralizado – matriz orgânica é preparada na forma de grânulos com dimensões variadas. Desmineralizado – os componentes inorgânicos e celulares são removidos permanecendo os componentes da matriz extracelular. Fresco – o material é obtido e utilizado sem nenhum tipo de processamento. Propriedade biológica Osteocondutor – conduz o desenvolvimento de um novo tecido ósseo. Osteoindutor – a osteogênese é induzida e envolve a formação de um novo osso. Osteogênico – capacidade de formar matriz óssea. Osteopromotor – uso de meios físicos que promovem o isolamento anatômico de um local permitindo a seleção e proliferação de um grupo de células – predominantemente osteoblastos. Antes de planejar, considerar: Fatores sistêmicos – paciente fuma? É diabético? Imunossupressor? Fatores locais – Há presença de biofilme? Considerar a anatomia do defeito. Há algum fator que altere a anatomia do dente? Observar a anatomia do tecido gengival e presença de alterações pulpares ou tratamento endodôntico.
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