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FR804 - Toxicologia - Resenha 4

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Marina Borges Dias de Almeida – RA 141550
Resenha: Clinical Evaluation of the Poisoned Patient and Toxic Syndromes
Segundo dados da American Association of Poison Control Centers, 86% das intoxicações são acidentais, sendo mais comum a via oral (75%), com a maioria sendo em crianças abaixo de 6 anos, principalmente abaixo dos 3. A avaliação clínica inicial do paciente consiste em manter as vias aéreas e a circulação sob controle e estáveis. As informações necessárias para o tratamento muitas vezes são de difícil obtenção com o paciente, como no vídeo mostrado pelo professor, de uma menina intoxicada que estava tendo alucinações. Analgésicos e domissanitários somam 20% das exposições reportadas (em 1994). 
Síndrome anticolinérgica e síndrome colinérgica são causadas por uma gama ampla de toxicantes, são comuns e perigosas, requerendo atenção imediata, embora os sintomas nem sempre apareçam rapidamente – demoram algumas horas. A intoxicação por organofosforados é mais severa pela ligação ser irreversível com inativação da colinesterase. O artigo cita as 5 sentenças mnemônicas usadas em aula para associar aos sintomas e os organiza em tabelas que, embora tenham alguns sintomas semelhantes, são fáceis de separar. 
A síndrome simpatomimética é muito associada ao uso de anfetaminas, mas alguns medicamentos e drogas de abuso também podem causa-la, caracterizada por estimulação excessiva no sistema nervoso central e efeitos cardiovasculares. Os estudos toxicológicos podem apenas confirmar a presença de um agente suspeito e o tratamento é focado nos sintomas.
Sedativos, opiáceos e etanol: grupo heterogêneo cujo efeito é depressor do sistema nervoso central. Uso de naloxona (antagonista de narcótico) ou flumazenil (antagonista de benzodiazepínicos) pode ser realizado, caso a causa da intoxicação seja conhecida, para que não haja danos extras ao paciente. 
O protocolo usado para o paciente intoxicado começa com a descontaminação, com emese, lavagem gástrica e/ou administração de carvão ativado. Em muitos casos a emese não é recomendada e a lavagem gástrica não é tão eficaz quanto se pensava anteriormente. A mais indicada segue sendo a administração de carvão ativado. Em seguida, facilita-se a eliminação do toxicante, normalmente por alcalinização da urina. A hemodiálise também pode ser utilizada, embora seja mais invasiva e, portanto, utilizada em casos mais graves, com a vantagem de remover substâncias maiores e ligadas a proteínas do sangue. A administração de antídotos varia com a intoxicação, já que são específicos. Existem poucos antídotos para intoxicações agudas, como o uso de etanol no paciente intoxicado por metanol, pela competição enzimática. 
Testes laboratoriais: realização de testes específicos voltados para os toxicantes suspeitos, apenas nos casos onde a identificação e dosagem é necessária para o tratamento. Não é viável fazer um screening, já que a amostra é uma mistura complexa. Algumas vezes a radiografia do abdômen mostra a presença de fragmentos de cápsulas ingeridas, ou embalagens, como no caso de rompimento da embalagem de cocaína muitas vezes contrabandeada dentro de humanos. O uso da radiografia é mais amplo do que eu imaginava a princípio.

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