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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE TABATINGA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA FREDERICO BICHARRA FERREIRA BULLYING NAS ESCOLAS: COMO IDENTIFICAR E INTERVIR Tabatinga – AM 2022 FREDERICO BICHARRA FERREIRA BULLYING NAS ESCOLAS: COMO IDENTIFICAR E INTERVIR Trabalho apresentado para obtenção de nota parcial da disciplina Pesquisa e Prática Pedagógica II – TCC Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia do Centro de Estudos Superiores de Tabatinga da Universidade do Estado Do Amazonas. Orientador(a) Profª. Ma. Darcimar Souza Rodrigues Tabatinga – AM 2022 RESUMO O trabalho vem apresentar sobre o bullying nas escolas e como tem ficado cada vez presente no munícipio de Tabatinga, a situação nas series iniciais está se tornando comum observar tais comportamentos e atitudes, ainda é pouco visto casos mais abertos, mas antes de acontecer é preciso que haja identificação e intervenção para que nada venha a piorar. O objetivo do trabalho é colaborar através do processo de identificação e das maneiras de intervenção para minimizar as práticas de bullying nas escolas, mesmo que a metodologia adotada tenha sido empírica-qualitativa, além da observação indireta, foi possível obter dados cabíveis para sustentar a pesquisa e o desenvolvimento, o estudo de caso por meio da pesquisa bibliográfica, possibilitou entender a situação apresentada e o contexto mostrado por alguns autores, podendo assemelhar e distinguir as características de identificação do bullying e as práticas de intervenção utilizadas por países e escolas nacionais para combater tal ato. A colaboração do aluno vítima do bullying foi possível conhecer e identificar determinadas características sobre aqueles que sofrem e aqueles que são considerados agressores, sua contribuição expondo sua maneira de pensar sobre o bullying, a escola e os planos de intervenção, ajudaram a criar situações que podem ser implementados projetos de intervenção para contribuir no combate ao bullying. O quanto o bullying vem ocorrendo nas escolas de Tabatinga, é algo que não é normal, por isso, é preciso intervir para que tais ações venham a ser impedidas e não se propague. RESUMEN El trabajo viene a presentar sobre el bullying en las escuelas y como ha estado cada vez más presente en el municipio de Tabatinga, la situación en los primeros grados se está volviendo común observar este tipo de conductas y actitudes, aún se ven casos más abiertos poco, pero antes de que suceda es necesario que haya identificación e intervención para que nada empeore. El objetivo del trabajo es colaborar a través del proceso de identificación y formas de intervención para minimizar las prácticas de bullying en las escuelas, si bien la metodología adoptada ha sido empírico-cualitativa, además de la observación indirecta, se logró obtener datos adecuados para sustentar la investigación y desarrollo, el estudio de caso a través de la investigación bibliográfica, permitió comprender la situación presentada y el contexto mostrado por algunos autores, pudiendo asemejar y distinguir las características de identificación del bullying y las prácticas de intervención utilizadas por países y escuelas nacionales para combatir tal acto. La colaboración del estudiante víctima de bullying permitió conocer e identificar ciertas características sobre quienes lo sufren y quienes son considerados agresores, su aporte exponiendo su forma de pensar sobre el bullying, la escuela y los planes de intervención, ayudaron a crear situaciones que Se pueden implementar proyectos de intervención para contribuir a la lucha contra el acoso escolar. La medida en que se viene presentando el bullying en las escuelas de Tabatinga es algo que no es normal, por lo que es necesario intervenir para que este tipo de acciones se prevengan y no se propaguen. SUMÁRIO INTRODUÇÃO............................................................................................................................ 6 CAPITULO I – A PRÁTICA DO BULLYING E AS CONSEQUÊNCIAS PARA O ENSINO- APRENDIZAGEM DOS ALUNOS ............................................................................................ 10 1.1 CONCEITO E AÇÕES DO ATO ................................................................................ 11 1.2 TIPOS E FORMAS DE BULLYING ........................................................................... 14 1.3 CARACTERÍSTICAS: IDENTIFICANDO AGRESSORES E VÍTIMAS ..................... 16 1.4 MANEIRAS DE INTERVENÇÃO PARA CONTER AS PRÁTICAS DO BULLYING 18 CAPÍTULO II – METODOLOGIA E CAMINHO PERCORRIDO .............................................. 24 CAPITULO III – RESULTADO E DISCUSSÃO ....................................................................... 27 CONSIDERAÇÕES .................................................................................................................. 31 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 33 6 INTRODUÇÃO Em nossa sociedade atual é notável a prática do bullying, este está se espalhando igual a um vírus afetando diversas pessoas na qual produz efeitos colaterais especificamente nas vítimas e nos expectadores. A prática tem sido propagada não somente presencialmente, também por meio das vias de comunicação e redes sociais, provocando ambientes desfavoráveis para quem é alvo. O bullying está presente em diversos ambientes, praticado por diversas pessoas de conduta ruim em afetar suas vítimas, o ambiente onde se torna mais presente a prática, é no ambiente escolar, nisto, gera consequências negativas no processo de ensino-aprendizagem, na falta de atenção, desinteresse, baixo rendimento, e outras que levam a vítima a se afastar da vida escolar pelo sofrimento que o acometem. A prática desta ação é algo que ocorre mundialmente, específico no ambiente escolar por meio de brincadeiras simplórias que viram sérios problemas de desrespeito e gozações quando feitas de maneiras repetidas com as vítimas desta ação. Este é um assunto que vem sendo trabalhado por muitos países para minimizar o problema, pois o efeito do bullying tem gerado resultados significativamente negativos, como a morte de algum dos envolvidos, seja da vítima por não suportar estar sofrendo com a ação, ou a morte do praticante pela vítima que sofre bullying, pois o efeito colateral de resolver seu problema é eliminar quem tem feito-o sofrer todos os dias na escola. A realidade mundialmente da ocorrência do bullying é algo que tem se alastrado entre alunos de diversas escolas, no Brasil isto apresenta uma taxa menor, mas é algo que não pode ser deixado de ser identificado, trabalhado e ser realizado a intervenção para uma positividade no ambiente escolar e no bom relacionamento entre os alunos. O trabalho apresenta objetivos suscintos mediante aos acontecimentos da prática de bullying nas escolas, para que haja uma intervenção com a situação atual é preciso que haja pesquisa e colaboração diante de medidas que deverão ser adotadas. O objetivo deste trabalho foi colaborar com práticas de identificação e intervenção do bullying na qual tem gerado consequências negativas dentro do 7 ambiente escolar, na qual, não é apenas alunos que passam por essa brincadeira de mau gosto, também professores são vítimas de grupo de pessoas que se acham os maiorais dentro da escola, neste sentido, a intervenção são opções viáveis para que o ambiente escolar seja positivo para todos e entre todos. Para que fosse feito uma abordagemminuciosa do assunto, objetivos específicos foram necessários como, a identificação dos protagonistas do bullying, tanto o praticante como a vítima e as características que cada um apresenta; descrever sobre o bullying e suas consequências, seja para o atuante, vítima ou para o próprio ambiente escolar, ficando manchada diante de tais situações; e empregar práticas de intervenção que ajude as vítimas que passaram por tais situações, assim como aos próprios praticantes da ação, que venham ser corrigidos e ajudados. Na cidade de Tabatinga, as escolas estão apresentando casos de bullying, muitas vítimas avisam seus pais ou responsável sobre o que está acontecendo dentro do ambiente escolar, de como tem sofrido sob está ação, além de que existem casos de agressão, preconceito, e as mais variadas formas de ocasionar prejuízos que necessitam ser trabalhados e resolvidos. Existem casos de bullying nas escolas de Tabatinga que não foram retratados devido as vítimas se sentirem receio de falar sua situação ou em casos mais sérios são ameaçados pelos seus agressores que procuram se satisfazer impondo medo e tirando gozação com determinado aluno. A prática do bullying é notável nas séries iniciais na qual as crianças são susceptíveis a ela, as brincadeiras começam de maneira simples, a interrelação com outras crianças, quando há uma criança diferente há uma indiferença que acaba levando a prática do bullying, uma ação que gera resultados negativos no desenvolvimento e aprendizagem da vítima. Na fase infantil a criança aprende muitas coisas e faz ações que muitas das vezes não compreendem, por isso, cabe aos pais, professores e a instituição escolar trabalharem em conjunto para que a criança tenha uma aprendizagem e desenvolvimento de qualidade, que não venha a praticar tais ações errôneas, mas sim, a prática do respeito com seus colegas e amigos. Diante deste trabalho, as instituições apresentam tais situações, neste sentido realizar a abordagem sobre o assunto é algo que pode ajudar a todos os envolvidos a entenderem as consequências que podem ocorrer quando não 8 resolvidas e trabalhadas, tanto para as vítimas como aos agressores. Existem questões que devem ser levadas diante do assunto, inúmeros são os fatores que geram a situação e o comportamento, como a estrutura familiar de cada aluno, outros estão associados a falta de organização e planejamento por parte de alguns professores, mas isto, tem relação com o ambiente, estrutura, materiais, que necessitam para o trabalho de qualidade dos professores. Essas são questões que podem estar envolvidas, pois as variáveis são distintas de cada situação que ocorre dentro do ambiente escolar. A crescente prática do bullying se tornou caso de muitas pesquisas na educação, sua recorrência principal nas escolas tem feito com que a gestão se preocupasse ainda mais com o nível educacional de ensino-aprendizagem dos alunos. O bullying tem várias formas, já ocasionou muitas vítimas, que tiveram seu desenvolvimento prejudicado, deixando marcas injustas na vida social e pessoal de crianças e adolescentes. O que surpreende é como as instituições não conseguem lidar com tais situações, mesmo que esta ação já possui maneiras de como trabalhar, além disso, tem se tornado “normal” na sociedade atual, levando o processo educacional ao retrocesso, pois o comportamento do aluno é algo deve ser desenvolvido e trabalhado para ser um cidadão de bem e boa conduta na sociedade. Estudar o bullying é buscar compreender o seu processo, os casos históricos, além de entender o agressor e a vítima que se deixa estar na situação, pois pode levar a ficar com baixa autoestima, prejudicar sua saúde física e mental. O Bullying é um problema forte dentro das escolas hoje em dia, pois a pessoa que pratica essa ofensa contra outro indivíduo não ver isso como um problema, mas sim como um meio de diversão. Alunos que estão à frente dessa problemática são crianças mais retraídas, crianças de uma cor diferente, religião diferente, até mesmo por ter uma aparência diferente. Considerando que o ato é uma violência sendo praticada de várias formas, tanto física, psicologia e a utilizada atualmente, o cyberbullying. Dentro das escolas essas brincadeiras de mal gosto estão presentes, os ditos “valentões” não se importam com que a sua vítima passa, não se importa como isso pode afetar sua vida, dentro e fora da escola, considerando que na maioria das pessoas essas vítimas são pessoas frágeis, não procuram ajuda e acabam se isolando deixando de frequentar a escola por conta da agressão sofrido dentro do ambiente. 9 Trabalhar o assunto diante do contexto escolar é algo que venha a beneficiar e colaborar com os novos conhecimentos diante do assunto, a prática do bullying é algo que vem aumentando cada vez mais, as escolas da cidade de Tabatinga, Amazonas, vêm mostrando que tais atitudes está se tornando cada vez mais presente no convívio entre os alunos, gerando ainda mais consequências negativas tanto para os envolvidos como a instituição como para a educação do país. O bullying nas séries iniciais é visto como uma brincadeira simplória entre os alunos, os professores consideram normal que logo irá cessar, mas o que nota-se é o agravamento de tais ações, o aumento da prática pelo agressor que se considera o mais forte, mais popular, com status maior, ocasionando humilhação a suas vítimas, que regridem na aprendizagem e apresentação baixa autoestima, são questões que levaram a executar o trabalho diante das situações. Entender como o bullying está se apresentando nas escolas das séries inicias é algo que fará compreender as práticas nas séries do Ensino Fundamental, da sua propagação em ocasionar preconceito e indiferença com outros alunos, pois as atitudes e ações que são geradas pelas práticas do bullying levaram a prejuízos e negatividade no ambiente escolar. A importância para a comunidade acadêmica é o conhecimento sobre o assunto, especificamente sobre as características dos atores envolvidos na situação, seja o autor, a vítima ou testemunhas que presenciam dia-a-dia a prática exercida de indiferença do bullying. Os diversos estudos que se encontram espalhados sobre a temática ressaltam momentos que ocorreram de acordo com o tempo, e diversos desses momentos refletem na atualidade, mas com algumas características diferentes que estão sendo identificadas. A identificação é necessária para ajudar as instituições a estabelecerem intervenções para minimizar a prática do bullying nas séries iniciais onde se inicia a ação de brincadeiras de indiferença, tanto o professor deva estar preparado para tal situação, desse modo, fazer com que os alunos tenham uma convivência positiva e respeito mútuo uns com os outros, sem levar em conta a diferença de cor da pele, cultura, religião, nível social, entre outros, um saldo positivo para a educação. 10 CAPITULO I – A PRÁTICA DO BULLYING E AS CONSEQUÊNCIAS PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM DOS ALUNOS Este capítulo retrata desde o conceito do bullying e suas ações consequenciais que geram nos indivíduos, as características dos envolvidos, além da identificação de cada um, práticas adotadas e maneiras de intervenção que colaborem no combate a prática do bullying, pois esta é uma ação que deixa o indivíduo com resultados negativos em sua formação social, pessoal e mental. Para Olweus (1993) o bullying é considerado uma subcategoria que ocasiona do comportamento agressivo entre os envolvidos, constituindo no relacionamento interpessoal que caracteriza o desequilíbrio de forças entre ambos, sendo um mais forte que o outro em diferentes aspectos: a vítima do autor do bullying pode ser fraco fisicamente, mentalmente, ou ter alguma característica que diferente dos demais, levando a estar no alvo do agressor. Diante de tais situações as abordagensforam feitas para que houvesse compreensão do que ocorre entre os envolvidos e o ambiente escolar. No subtópico primeiro está direcionado sobre o conceito do bullying e as situações em que esteve presente, um ato que está escancarado na sociedade levando a apresentar indiferenças entre os colegas de classes ou de turmas. No subtópico dois, apresenta os tipos e formas de bullying, sua variação tem uma dependência muito grande de como resulta nas vítimas, são formas que levam a prejudicar mesmo não estando presentes, na qual vai desde física a ação virtual de indiferença com o alvo (vítima). O terceiro subtópico mostra as características de identificar o autor e a vítima, além das testemunhas que estão envolvidas no cenário que ocorre, é necessário que haja a identificação dos envolvidos para que a instituição escolar e seus representantes venham estar aptos para ajudar a resolver a situação. No último subtópico deste capítulo, será abordado sobre as maneiras de intervenção que podem ser utilizadas e aquelas que estão sendo posto em prática para minimizar as práticas do bullying, sendo que é de sumo interesse da escola e do Estado em fazer com que este tipo de prática não volte a acontecer, mas sim, que todos, independentemente de sua origem, venham ter o respeito mútuo. 11 1.1 CONCEITO E AÇÕES DO ATO A palavra bullying, é um termo inglês que não possui uma tradução exata na linguagem brasileira, mas que pode ser entendida de diversas formas, devido as ações e atitudes mostrarem sua real tradução, esta pode ser entendida como ato de violência física, mental ou psicológica do autor em sobressair sobre o mais fraco, além disso, é uma ação de maneira intencional e repetitivos com o objetivo de colocar seu poder amostra e intimidar outro indivíduo ou grupo que apresentam inferioridade. A palavra em inglês, bullying, vem de origem etiológica “provocar”, mundialmente adotado por apresentar dificuldade de tradução para outras línguas (LOPES NETO, 2005), o motivo de tal situação é a multiplicidade de várias ações que englobam o conceito. É apresentado como um conjunto de atitudes negativas, desde agressivas, intencionais e repetitivas que são realizadas contra outro indivíduo com menos poder de status ou outra característica que sugere inferioridade, que consequentemente gera angústia, dor, sofrimento e baixa autoestima nos mais diversos aspectos por quem é vítima. Tais ações são acometidas desde insultos, apelidos, intimidação, gozação e indiferença que levam a vítima a sofrer profundamente, uma prática de muita injustiça por aqueles que ficam felizes por hostilizar, ridicularizar e infernizar a vida de outros alunos, gerando nas vítimas o sentimento de solidão e exclusão, um dano que pode ser físico, moral ou material, são as mais diversas representações do comportamento do indivíduo que prática o bullying. (FANTE, 2005) É necessário que haja uma compreensão dos estudos históricos sobre o bullying, entendendo o passado é possível compreender o futuro, cada situação que foi presenciado, cada ambiente onde foram acontecidos apresentam variações, alguns países com sérios casos de bullying, além de ter a presença mais forte entre os estudantes que seriamente precisam pôr um basta. Os estudos iniciais sobre o bullying ocorreram com pesquisas pertencentes ao professor psicólogo norueguês Dan Olweus (1993) no início dos anos 70, pois investigou casos escolares que ocorreram, mas que precisavam ser entendidos, seus estudos focaram nos problemas dos agressores e suas vítimas. Na década de 80, foi marcado como evidência concreta sobre o bullying, três noruegueses com 12 idade variando de 10 e 14 anos se suicidaram por não estar aguentando o sofrimento que vinha passando dentro do ambiente escolar, uma violência que nem mesmo os professores puderam perceber. Existem os mais diversos atos de atitudes que se assemelham ao bullying, mas esta é uma prática bastante complexa e grave, originando os mais diversos comportamentos, afetando o físico, psicológico e social, especificamente no infantojuvenil, onde as atitudes começam a se apresentar. A violência na escola vem aumentando cada vez mais, quando existe uma pessoa que sofre por tais atitudes, este pode perder o seu controle e fazer algo muito pior, levando ao desequilíbrio mental para fazer algo muito pior dentro do ambiente escolar, uma pessoa que sofre violência na escola fica marcada pelo resto da vida. O conceito permeia o mundo das mais diversas práticas negativas, sendo bastante precisa em ser uma amostra de ocorrência de indiferença com o próximo, um comportamento cruel com intencionalidade do autor em atingir seus objetivos de zoar com alguém que demonstre inferior, uma relação interpessoal que ocorre preconceito nos mais diferentes ambientes, são pessoas que convivem no mesmo espaço, o comum é no ambiente escolar que as ocorrências são maiores e visíveis há quem presencia. Identificar tanto o agressor como a vítima não é algo complicado, cada um possui características distintas que são reconhecidos, o autor é aquele que se considera mais forte, mais velho, que tem o poder sobre os demais, ter status ou poder econômico, enquanto a vítima são as mais fracas, frágeis, mais novos, menos poderosos, e diferentes dos demais, são alvo de diversão e prazer dos autores que tendem em provocar e humilhar, gerando um desprezo maior e uma relação desequilibrada entre colegas. O autor Fante (2011), apresenta sua concepção sobre o fenômeno bullying, além disso, o bullying escolar ocorre pelo xingamento, apelidos ofensivos, intimidação, ameaças, agressões físicas e verbais, que resultam na piora do desenvolvimento cognitivo do aluno. Seguindo a mesma concepção, é ressaltado algumas características e comportamentos presentes pelo fenômeno bullying: O fenômeno Bullying estimula a delinquência e induz a outras formas de violência explicita, produzindo, em larga escala, cidadãos estressados, deprimidos, com baixa autoestima, capacidade de auto aceitação e 13 resistência à frustração, reduzida capacidade de autoafirmação e de auto expressão, além de propiciar o desenvolvimento de sintomatologias de estresse, de doenças psicossomáticas, de transtornos mentais e de psicopatologias graves. Tem, como agravante, interferência drástica no processo de aprendizagem e de socialização, que estende suas consequências para o resto da vida, podendo chegar a um desfecho trágico (FANTE, 2011, p. 09-10). A grande questão do bullying é que este está se alastrando como um vírus, afetando muitos alunos com condutas agressivas, tanto físicas, morais ou verbais, afetando o psicológico do indivíduo, a prática tem se apresentado com diferentes nomes devido o ambiente que está se tornando presente, como cyberbullying um nome atualmente utilizado devido estar ocorrendo repetitivamente pelo meio de comunicação. Alguns pesquisadores do fenômeno, psicólogos e educadores, conceituam, para que venha ser considerado como bullying é preciso que seja um ato repetitivo, de ocorrência mínima 3 vezes e não um caso isolado. As práticas do bullying tem perpassado muito tempo, há anos vem acontecendo tornando-se comum na contemporaneidade, atitudes e comportamentos com forte presença nas escolas, no intuito de “incomodar” os mais fracos que sofrem agressões pelos chamados “valentões”, um ato que gera consequências mais tarde afetando não somente a vida social, emocional e psicológica da pessoa agredida, mas o seu processo de ensino-aprendizagem no contexto escolar. É notório que o comportamento seja visível entre as crianças e adolescentes nas escolas em séries iniciais, um ato que tem gerado críticas e discussões, uma necessidade que haja educação as crianças no ensino sobre o convívio social e respeito. Quando o assunto é bullying, os autores Fante (2005) e Silva (2010)retratam que a tentativa de falar a respeito gera uma discussão de fenômeno mundial, a ação das práticas agressivas que são realizadas, são ações repetitivas intencionalmente, geradas sem motivação evidente, atos prejudiciais para o ensino- aprendizagem dos alunos e um fenômeno negativo para a escola na qual vem acontecendo, um ato que precisa ser trabalhado para impor limites entre as indiferenças de alunos e seus comportamentos de práticas do bullying. 14 1.2 TIPOS E FORMAS DE BULLYING Atualmente são apresentadas variações sobre os tipos de bullying e as formas de como elas acontecem entre os envolvidos na situação. Especialistas como Cleo Fante (2011) e Ana Beatriz Barbosa Silva (2010), mostram seis variações do bullying que são praticadas: A primeira retrata o bullying verbal, é o mais comum do fenômeno que ocorre diariamente entre os alunos dentro do ambiente escolar, ou em local de trabalho, uma ação que costuma envolver difamações, fofocas, críticas, gozações, apelidos pejorativos, insultos, ofensas, além de piadas ofensivas. Uma forma de bullying na expressão verbal usada pelo agressor para intimidar e atingir suas vítimas provocando medo, repulsão e magoas. O bullying psicológico, é o tipo que ocasiona isolamento social e exclusão escolar, além da baixa autoestima, solidão, abandono, que não se sente parte de nenhum grupo, acometido quando a criança é humilhada na frente de outros colegas e todos que estão a volta levam na brincadeira o que está ocorrendo. Este tipo de bullying ocorre de maneira indireta após os ocorridos, que afeta lentamente o psicológico da criança que perde o interesse pelos estudos, baixo desempenho escolar e abandono do ambiente que não lhe é agradável. O terceiro tipo é o bullying físico, também é o mais visível de ocorrência diária no ambiente escolar, uma forma que leva a agressão como bater, espancar, chutar, ferir, empurrar, beliscar, roubar, furtar, destruir pertences da vítima, além de atirar objetos contra as vítimas geram uma forma de agressão física do bullying. Este é o tipo que pode ser identificado pelos pais e professores e que pode ser resolvido com correções necessárias e corretas para que o agressor venha ter sua conduta disciplinada. O outro tipo de bullying é o moral, gerado através de difamações, calunias e discriminações, é o tipo de conduta que ocorre por questões de indiferença de cor, cultura, religião, classe social, afetando o comportamento e atitudes dos envolvidos gerando resultados de desprezo e brigas. O bullying sexual é uma forma pouco vista devido a sua particularidade, envolvendo atitudes sexuais com outrem, sendo as formas de abusar, violentar, assediar e insinuar ações e comportamentos sexuais que deixem a pessoa constrangida. Ressaltando que este é um tipo que não ocorre somente entre 15 meninos e meninas, também entre meninos com meninos, quando a vítima é indefesa, este é assediado e/ou violentado seja por um agressor ou vários colegas ao mesmo tempo, causando na maioria dos casos traumas psicológicos. Atualmente é retratado sobre um outro tipo de prática do bullying que vem se alastrando, conhecido como cyberbullying ou bullying virtual, uma forma de agressão que acontece pelo celular, internet, redes sociais e outros meios de comunicação onde o autor promove infernizar, humilhar, constranger, maltratar e ofender suas vítimas. A variação do bullying tem apresentação diferente entre as sociedades, cada tipo é distinto conforme a nação, região e entre as escolas, pode ser da mesma nação ou não, mais que os ocorridos e os resultados diferem. Os mais visíveis que ocorrem nas escolas é o físico e verbal, mesmo com planejamentos de minimizar ainda é ineficaz, a prática vem ocorrendo e prejudicando os alunos vítimas no seu processo de ensino-aprendizagem e no desenvolvimento pessoal e social. A Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia), numa pesquisa realizada revela que 41,6% das vítimas nunca procuram falar sobre seus problemas e nem pedem ajuda dos outros, seja de amigos, colegas ou pais, o que mostra que as vítimas chegam até a concordar com a agressão mesmo estando errado. Pouco tempo atrás, a justiça via o bullying como uma infração prevista no Código Penal, sendo, injúria, difamação e lesão corporal, atos que eram considerados de baixa punição, mas no dia 06 de novembro de 2015 foi sancionada a Lei nº 13.185, “Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying)”. De acordo com o documento é considerado intimidação sistemática, ou seja, bullying, qualquer ato de violência que envolva questões físicas ou psicológicas, intencional e repetitivo de provocar uma outra pessoa sem motivo evidente, atitudes praticadas por indivíduo ou grupo contra uma ou mais pessoas, além disso, a ação de intimidar ou agredir causando dor, angustia e sofrimento a vítima, gerando um convívio desequilibrado entre as partes. Todos os atos que se assemelham a pratica do bullying, configuram-se atos de crimes quando praticado por um adulto e ato infracional quando for menor de dezoito anos, cada qual com suas devidas punições segundo o Código Penal brasileiro, tanto que as ações irão gerar processo judicial independente da intenção do autor. Se adulto for, este responderá criminalmente e civilmente, dois processos 16 que serão jugados individualmente, caso seja o menor de dezoito anos, este será direcionado a vara da infância e da juventude no qual sofrerá medidas socioeducativa, enquanto os pais ou responsável responderá processo civil que remete a indenização devido o ato do infrator. 1.3 CARACTERÍSTICAS: IDENTIFICANDO AGRESSORES E VÍTIMAS Existe uma grande diferença entre os envolvidos na situação do bullying tanto o autor e a vítima, tem características distintas que podem ser identificados a olho nu, podendo ser perceptível pelos pais e pelos próprios professores e tutores, tais comportamentos devem ser analisados por causa da ocorrência em lugares educativos. A necessidade de identificar os envolvidos nas ocorrências de práticas do bullying é para que haja maneiras de minimizar essa propagação desenfreada de atos e comportamentos abusivos sobre os outros, os ambientes educacionais precisam estar adaptados para que os professores venham a ter acessos as ferramentas necessárias diante de tais acontecimentos, devido que a escola é um lugar de ensino e aprendizagem, que promove o desenvolvimento dos alunos, e não um local que gera indiferenças e atitudes agressivas. Os envolvidos nos ocorridos tem suas características peculiares que são notáveis tanto o agressor como a vítima podem ser identificados, pois a necessidade de que os tutores venham saber conhece-los diante do ambiente escolar. Os agressores que exercem o ato de sobressair sobre os outros que consideram mais fracos, estas pessoas, a parcela apresenta problemas familiares, outros por terem padrão elevado de vida, um status de poder que os motiva a praticarem a indiferença. Os tais agressores, são alunos que são considerados populares, além de serem valentões, outros com maior força física, utilizando uns desses atributos para impor seu poder sobre os demais, levando a praticar repetitivamente atos de gozação, humilhação, zombaria e risadas de sua vítima. Independente do sexo, suas características são carregadas de traços de desrespeito e maldade, promovem pouca empatia, utilizam o poder de liderança através de força física ou de intenso assédio psicológico, são pessoas que não aceitam serem contrariados ou frustrados, os pais ou responsável tem pouco 17 domínio sobre eles, alguns tendem a praticar pequenos furtos, roubos ou vandalismo. O desempenho escolar desses alunos é regular ou fraco, que não os comprometem de deficiência intelectual, são mau-caráter, impulsivos e irritam-se facilmente,quando estes têm um status social melhor, são soberbos e adoram humilhar aqueles que eles consideram inferiores, impondo seu poder e superioridade para humilhar na frente de todos, vangloriando-se sobre os demais e ocasionando resultados negativos para a escola. (NETO, 2005). Aqueles que são alvos de tais agressores, são considerados como vítimas, pessoas com estatura fraca, com o comportamento mais sereno e tranquilo, são alvos dos agressores, além disso, o físico, a religião, a cultura, o nível social e status tendem a proporcionar uma indiferença muito grande, levando ao desprezo e humilhações, uma empatia que não existe entre os envolvidos. As vítimas ou alvos do Bullying são personagens escolhidos, sem motivo evidente, para sofrer ameaças, humilhações, intimidações. O comportamento, os hábitos, a maneira de se vestir, a falta de habilidade em algum esporte, a deficiência física ou aparência fora do padrão de beleza imposto pelo grupo, o sotaque, a gagueira, a raça podem ser motivos para a escolha de uma vítima. (CHALITA, 2008, p. 87). O bullying que as vítimas vêm sofrendo por causa de suas características é algo que foi feito pelos agressores para ter uma forma de atacar seu alvo, agir de acordo com seus preceitos e fazer o seu grupo rir do indivíduo que está sendo atacado, seja, verbalmente, fisicamente ou moralmente. As vítimas perseguidas que são perseguidas diariamente pelo seu agressor, sentem forte pressão que os afeta psicologicamente, tirando a motivação de estudar, sem ânimo para aprender, sem interesse de voltar a escolar por não ser um ambiente agradável para se conviver. A falta de comprometimento dos tutores e professores levam o aluno a pensar que não estão se importando pelo que lhe acontece, todos os funcionários que complementam o serviço escolar deixam que tais situações ocorram por falta de averiguação, tal ação ocorre normalmente na faixa etária das crianças, mas deve haver intervenção, impedindo que tal atitude venha a ocorrer novamente. Diariamente os que sofrem com a prática do bullying não tem como se defender devido as circunstâncias, em grande parte, o medo de sofrer ainda mais pelo agressor o impede de pedir ajuda aos colegas, outro ponto específico é o 18 domínio que o agressor tem pela maioria dos estudantes que proíbe qualquer atitude solidária em relação a vítima, ou seja, tais espectadores não podem fazer nada devido ao medo que sentem de ficar como alvo do agressor, desse jeito o indivíduo sofre silenciosamente potencializando e aumentando o poder do agressor, pois não há ajuda e sanções que o impedem de realizar tal ação. Conforme é apresentado pelos autores Neto e Saavedra (2003), afirmam em seus trabalhos realizados que os alunos vítimas do bullying apresentam mau rendimento escolar, baixa autoestima, bulimia, enurese (micção noturna), pânico, depressão, perda de memória, desmaios, e atos deliberados de autoagressão, tais características variam de acordo com o indivíduo, pois nem todos apresentam os mesmos comportamentos e tem resultados distintos um do outro, neste caso, o que pode ocorrer de pior é a morte que este pode causar, seja a morte dele próprio ou de outrem, no caso de seu agressor. Existem alguns trabalhos que apresentam casos que resultaram em mortes dos indivíduos, Herba, et al (2008), por exemplo, publicaram que estudos científicos tem-se estado como suporte na ligação entre vítimas de bullying com os casos de suicídio, uma idealização que promove a morte como único caminho. Existem casos extremos que podem ser citados, tanto de assassinatos e suicídios que acontece ocasionalmente, como o massacre de Colombine, que ocorreu no Colorado, Estados Unidos. Nota-se que a relação entre agressores e vítimas procuram se resultar em morte, além de acontecimentos que marcam a história educacional da cidade e do país, mostrando que a indiferença no ambiente escolar está acontecendo e nem mesmo os professores, aqueles responsáveis por ensinar e educar os alunos, tem percebido tais comportamentos e atitudes, algo que passa despercebido gerando um ambiente desagradável na escola e resultados péssimos a instituição por não minimizar tais práticas. 1.4 MANEIRAS DE INTERVENÇÃO PARA CONTER AS PRÁTICAS DO BULLYING Existem maneiras e práticas que ajudam na diminuição dos casos de bullying, tais ferramentas impostas tanto pelo Estado, como pelas instituições 19 escolares, além dos professores e pais, são necessárias para que haja um basta nas diferenças que os próprios alunos criam com outros, a relação de harmonia depende muito do convívio que tais indivíduos estabelecem, mas a maior parcela dos comportamentos é aquela que é absorvido fora da escola e do seu lar, ou seja, com pessoas errôneas da “rua”. A grande necessidade de diminuir o problema é que sempre necessita de planejamento adequado, com objetivos e metas a serem alcançados, planos que venham ser viáveis para serem implementados na escola como um dos focos fundamentais, não somente a comunidade escolar, mas para geral tanto interno e externo, ações são feitas para serem realizadas em diversos ambientes para impedir aumento do problema. A escola é um ambiente de aprendizagem, um lugar que os alunos tendem a ter convivência mutua, aplicando a socialização, interação e o respeito, são atitudes que promovem o bem estar de todos com quem convive, independente de características distintas. É no ambiente escolar que as crianças tem a supervisão de seus educadores, que os levam a ter um ensino de qualidade e a desenvolver o cognitivo, colaborando no desenvolvimento pessoal para que este venha a ser uma pessoa adulta com qualidade sem indiferença com seu próximo. De acordo com o que foi explanado sobre o professor, pode-se relembrar dos ensinamentos de Paulo Freire (1996), abordando sobre o respeito: (...) como educador, devo estar constantemente advertido com relação a este respeito que implica igualmente o que devo ter por mim mesmo. ...o respeito à autonomia e à dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros. (FREIRE,1996, p. 59). Os educadores são os pilares que levam o aprendizado aos alunos, são eles que constroem e desenvolve o cognitivo, assim como despertam as habilidades e competências de cada aluno, cada qual com suas particularidades que serão uteis para a sociedade. Cabe aos educadores estarem prontos para transmitir comportamentos de respeito, empatia, isso pode ser ensinado nas series iniciais enquanto as crianças estão aptas para absorverem as informações. A existência de diversas maneiras de intervenção é algo que vai das próprias instituições, tais planos surgem devido estes estarem no ambiente onde há o ocorrido. De acordo com a ideia do autor (PEDRA, 2008), ressalta que a aplicação 20 de práticas pedagógicas que envolvem a intimidade social uma atividade que possibilita aos alunos falarem no anonimato sobre sua vida escolar, uma possibilidade de estimula-los a estabelecer o convívio mesmo de maneira anônima. A prática ajuda no desenvolvimento do relacionamento e o convívio com todos os colegas, gerando a quebra do silêncio e possibilitando a expressão de emoções e sentimentos que cada um tem, sem a necessidade de exposição. O autor complementa em sua ideia, a atividade prática da socialização entre todos os alunos, é preciso que seja feito na educação infantil e para as séries iniciais do ensino fundamental I, essas práticas ajudam os alunos a entenderem que comportamentos e atitudes errôneas são prejudiciais no desenvolvimento de seu colega, por isso, os educadores promovem o ensino por meio de história ou fabulas sobre o preconceito ou qualquer outra forma de discriminação e indiferença, ensino o aluno que este tipo de comportamento na sociedade é errado. É essencial tanto a participaçãodo professor quanto dos alunos. O professor de um lado tem o dever de transmitir o papel ético, problematizar valores e regras morais através da afetividade e racionalidade visando ao desenvolvimento moral e à socialização e os alunos o papel de entender e cooperar com as ações do professor. A escola, juntamente com os professores tem a função de trabalhar conteúdos relacionados aos valores, como o diálogo, o respeito, e a solidariedade. (LEANDRO, 2013, p. 10). O modo que os professores veem as situações que ocorrem nas escolas são formas que os levam a trabalhar diante de tais situações e como se manifestar diante de tais acontecimentos, por isso, as intervenções de aulas sobre comportamentos, atitudes e valores devem ser trabalhados dentro da sala de aula, para que as crianças venham a se desenvolver com características corretas diante da sociedade. Os planos de intervenção como as práticas pedagógicas devem ser exercida pela comunidade geral, ou seja, a instituição escolar deve promover ações para ajudar na melhora do convívio entre os alunos, tal ato pode acarretar mudanças significativas no comportamento dos alunos que praticam o bullying, enquanto mais cedo isso for aplicado, maiores as chances de ajudar os envolvidos, fazendo-os repensar e mudar seus comportamentos de indiferença, mas também é preciso que estes alunos estejam aptos para as mudanças. O professor exercendo seu papel como educador e orientador, ajuda a criar momentos que levem ao diálogo com a turma, pode formar pares entre aqueles que 21 convivem poucas vezes juntos, notando as reações de cada um, fazendo-os refletirem e socializarem entre si, um momento que pode possibilitar de reconhecer autores e vítimas de bullying, e focando na ajuda que estes irão precisar. Ao trabalhar as práticas, pode focar na atitude de respeito, levando aos alunos compreenderem a realidade e situações de seus colegas, esta seria uma atividade com objetivo de mostrar a diferença entre cada um, independente da sua origem étnica, religiosa, cultural ou social. As séries iniciais são colocadas como foco central para moldar o comportamento dos alunos com as intervenções de atitudes e comportamentos, o ensino de como praticar o respeito é algo que deve ser aplicado constantemente na escola, impedindo que haja crescimento de bullying e ações que podem gerar resultados muito piores. O professore e tutores, mesmo que estejam focados nos trabalhos de respeito mútuo entre os alunos, ainda pode haver conflitos entre eles, pois as mudanças dependerão dos próprios alunos, mais que tais atos de bullying serão minimizados no ambiente escolar, pois as sanções que forem impostas devem ser colocadas diante dos alunos caso sejam apanhados diante de tais práticas errôneas de bullying. O ambiente escolar deve pôr em prática atividades e planos de intervenção que colaborem no desenvolvimento do convívio social, que estimulem atitudes da valorização de empatia, ao desenvolvimento de tolerância entre os educandos, que os atos de desrespeito e indiferença levam a sanções e castigos, não sendo estes tolerado na sociedade de bem. Gerar e criar um ambiente de equilíbrio na escola, impedindo que atos de bullying venham a ocorrer possibilita uma aprendizagem melhor dos alunos, levando-os a estar aptos para se desenvolverem e capacitarem cada vez mais com novos conhecimentos. (...) o conceito de gestão está associado à mobilização de talentos e esforços coletivamente organizados, à ação construtiva conjunta de seus componentes, pelo trabalho associado, mediante reciprocidade que cria um “todo” orientado por uma vontade coletiva (LÜCK, 2005, p. 17). A coletividade, pressupõe a participação de todos, seguindo uma mesma direção, com único objetivo e metas a serem alcançadas, neste interim, tanto os funcionários como os gestores, as famílias dos alunos e a comunidade que permeia a escola, devam estar atentas e participantes dos acontecimentos que ocorrem, de 22 modo que venha haver o trabalho democrático, onde a união ajude no desenvolvimento dos alunos e na minimização dos atos de violência e bullying nas escolas. A gestão escolar precisa estar acompanhando tudo o que se passa dentro e ao arredor do ambiente escolar, levando ao compromisso e organização de um ambiente propicio de harmonia, que gera resultados de aprendizagem e desenvolvimento educacional dos alunos, além disto, faz-se necessário que conheçam a realidade dos alunos, especificamente os professores, na qual são os mais próximos e possibilitam exercer ajudar maior. Existem algumas formas de intervenções sugeridas por alguns autores, desde o nível escolar, de classe e individual, além disso apresentam pilares da educação e entre outros. Na concepção dos autores Smith, Ananiadou e Cowie, (2003), apresentam os três níveis de intervenção: Intervenções ao nível escolar: • O clima da classe de aula, a busca pela harmônica e respeitosa relação entre professor-aluno e aluno-aluno, diminuindo muito a implementação de comportamentos de bullying • Políticas escolares, a instituição através de documento escrito com os objetivos e regras de antibullying, criando um sistema democrático participativo; • O suporte de atenção, são como técnicas de trabalho cooperativo de classe, relação mútua entre alunos que tenham dificuldades nos conteúdos seja maior e menor dificuldade, roda em grupo para resolução de problemas quando surgirem, formação de uma comissão aptos para lidar com problemas e mediação (sempre sob a supervisão de um professor); • Áreas de lazer melhoradas: casos de bullying acontece nas áreas de lazer ou pátios escolares. Focar nestas áreas colabora no decréscimo dos acontecimentos. As intervenções no nível de classe: envolve os trabalhos curriculares, com gama de variedade, trabalhos que podem ser realizados em grupos de discussão e debates para estimular ideias e exposição de pensamentos distintos, uma maneira de saber lidar com diferentes maneiras de pensamentos. 23 Intervenção relacionada ao individual: trabalhar com alunos específicos, é uma forma de dá confiança aos que são vítimas do bullying, levando-os a enfrentar a situação e sair da condição de fechar-se para o mundo, a não estar pensando em fazer atos agressivos por causa do bullying, mas sim que sempre haverá aqueles que irão o ajudar a sair e lidar com a situação. Para os autores, as sanções, vara da correção socioeducacionais para que venham a saber lidar com seus comportamentos. Outro autor que preconiza a intervenção é Jacques Delors (1998), na qual se baseava nos quatro pilares da educação: aprender a ser, conviver, a conhecer e fazer, são preceitos que fundamentam as competências pessoais, relacionais, cognitivas e produtivas, levando ao relacionamento entre todos e com todos mesmo diante das diferenças. Mediante as aplicações dentro do ambiente escolar, cria-se a capacidade crítica nos educandos, na qual vivenciam e se apropriam dos diversos conhecimentos que lhes são impostos, fazendo-os serem estimulados para conviver em grupos com pessoas de ideias semelhantes e distintas. De acordo com Botelho e Souza (2007), apresentam que, em um estudo sobre o bullying e a educação física na escola, examinou as características, casos, consequências e estratégias de intervenção, os próprios sugeriram três etapas; primeira a identificação dos casos e dos envolvidos, o segundo é a explanação e utilização de recursos para combate-lo, utilizando conceitos de ética e empatia com as atividades recreativas, levando a estes estarem trabalhando juntos para desenvolve-las. Por último, utilização de materiais impressos, como livros infanto- juvenis, gibis e literatura que estejam relacionadas a reflexão sobre o bullying, tais práticas devem ser repassadas especificamente nas séries iniciais, para resultados melhores.24 CAPÍTULO II – METODOLOGIA E CAMINHO PERCORRIDO Este capítulo apresenta quais foram os métodos adotados, a linha de pesquisa e abordagem, assim como os procedimentos utilizados para que houvesse o desenvolvimento e dados necessários para explanar o assunto. A necessidade da metodologia numa pesquisa, é devido ao seu valor diante do assunto, um trabalho que irá servir de guia para próximos pesquisadores que irão estudar o mesmo caso, mas diante de novas perspectivas, pois a variação e a ocorrência dos fatos mostrarão o quão distintos isso estar de acordo com a época. O método é o curso que o pesquisar irá utilizar para formar a sua metodologia completa, sem isso, a pesquisa ficaria sem foco, de acordo com (GIL, 2008, p. 26), “o método pode ser entendido como o curso percorrido para se chegar um fim, o conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adotados para se atingir o conhecimento”. O desenvolvimento de qualquer trabalho por mais que bem elaborado, sempre vai necessitar da metodologia, métodos utilizados para obter os fins necessários e plausíveis, a obrigação de ter uma metodologia é pelo padrão do planejamento diante do estudo e pesquisa científica, guiando o pesquisador para que venha a obter dados e resultados para o seu devido assunto. Para este trabalho foi utilizado a pesquisa qualitativa, que não levassem a entrevista com as possíveis pessoas que estariam envolvidas, o fato disto, é em consideração que situações impediram que a pesquisa fosse realizada de forma quantificáveis. Diante disto, os autores Marconi e Lakatos (2011), apresentam que a abordagem qualitativa visa tratar os dados como premissas, fontes que ajudem no compreender de determinadas situações investigadas, tanto que a forma de ser analisada, interpretada e entendida venham ser feita de modo profundo, além da descrição complexa que o assunto expõe, como o bullying, na qual é o comportamento e atitudes do ser humano que está sendo estudada. Minayo (2010), mostra o seu conceito sobre a abordagem qualitativa e como este se aplica diante de uma pesquisa: ... é o que se aplica ao estudo da história, das relações, das representações, das crenças, das percepções e das opiniões, produtos das interpretações que os humanos fazem a respeito de como vivem, constroem seus artefatos e a si mesmos, sentem e pensam. Embora já tenham sido usadas para estudos de aglomerados de grandes dimensões, as 25 abordagens qualitativas se conformam melhor a investigações de grupos e segmentos delimitados e focalizados, de histórias sociais sob a ótica dos atores, de relações e para análises de discursos e de documentos (MINAYO, 2010, p. 57). Outro autor apresenta sobre a pesquisa qualitativa com outras vertentes que complementam e dão significados extras a pesquisa-ação adotada, no caso a abordagem empírica-qualitativa, neste sentido é explanado: “um tipo de pesquisa social com base empírica [...] concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo”. (THIOLLENT, 1998, p. 14). A situação com a abordagem utilizada apresentada pelo autor Thiollent (1998), favoreceu pelo fato do envolvimento somente pela observação para que houvesse identificação dos alunos participantes de ocorridos com práticas do bullying, o envolvimento foi de forma indireta para que não houvesse interferência, deste modo levar dados para serem apresentados. Juntamente com a qualitativa, utilizou a pesquisa empírica, segundo Demo (2000, p. 21), está ligada ao conhecimento de maneira natural, senso comum, a vivenciada, na realidade dos próprios envolvidos, tanto que, “face empírica e fatual da realidade; produz e analisa dados, procedendo sempre pela via do controle empírico e fatual”. Além disso, pela possibilidade de encontrar diversos argumentos e resultados, é necessário que haja valorização desse tipo de pesquisa, pois é o conhecimento comum que enriquece a pesquisa que está sendo desenvolvida, mesmo com finalidade científica acadêmica. O teórico Demo (1994) ainda completa em seu conceito: possibilidade que oferece de maior concretude às argumentações, por mais tênue que possa ser a base fatual. O significado dos dados empíricos depende do referencial teórico, mas estes dados agregam impacto pertinente, sobretudo no sentido de facilitarem a aproximação prática. (DEMO, 1994, p. 37). É através da pesquisa de abordagem empírica-qualitativa, foi possível obter resultados que ajudassem no desenvolvimento e compreensão do assunto, mesmo com o curto prazo de tempo, foi de total forma bastante aproveitada para entender, 26 compreender e estipular medidas de intervenção mediante a situação do bullying na escola. Para o desenvolvimento dos dados obtidos e para as discussões foram feitas pesquisas bibliográficas comparando as ideias e situações na qual os diversos autores envolvidos, além de relacionar com a situação de um aluno que possibilitou ser observado e acompanhado diante do que o mesmo vinha passando, a prática que sofria do bullying, e as consequências que gerava no mesmo. A concepção de Marconi e Lakatos (2003), nos fornece informações sobre o que viria a ser a pesquisa bibliográfica. Essas denominações se referem muito mais ao ambiente onde se realizam do que ao tipo ou características da pesquisa. Nesse sentido, a pesquisa bibliográfica pode ser um trabalho independente ou constituir-se no passo inicial de outra pesquisa. (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 21). Como foi retratado, o curto prazo de tempo, fez com que adotasse a pesquisa bibliográfica para compreender a identificação do aluno que sofria bullying, o caso serviu para esclarecer algumas lacunas que estavam sem respostas, além de ter uma diferença com alguns pensamentos teóricos, a observação do pouco tempo, ajudou com o desenvolvimento, e tais métodos e ações foram realizadas no retorno as aulas pós pandemia. O trabalho ocorreu na cidade de Tabatinga, Amazonas, retratando os casos de bullying nas escolas, especificamente nas series iniciais onde pode acontecer brincadeiras de “mal gosto” que podem resultar em bullying, deste modo, criar procedimentos aos professores para que haja diante de tais situações para minimizar e extinguir atitudes de indiferença. 27 CAPITULO III – RESULTADO E DISCUSSÃO Os casos de bullying na cidade de Tabatinga estão se fazendo presente nos dias atuais, muitos casos tem envolvidos agressões, tanto de maneira psicológica e verbal, como física, que levam o aluno a pensar e repensar sobre como pôr o fim na situação que enfrenta diariamente na escola. A maioria das práticas acontecem fora do ambiente escolar, onde os professores e demais funcionários da instituição não estão presentes, isto tem levado a diversas brigas, pois diferentemente de outros países, as vítimas da região amazônica, no caso, da cidade de Tabatinga, a maioria enfrenta seus agressores, ocasionando mais brigas, com agressões que deixam ambos machucados. As formas de violência que ocorrem dentro das instituições escolares acontecem de forma natural, mesmo sob a vista dos professores, estes não conseguem perceber a diferença e a situação que está ocorrendo. A grande parte dos ocorridos é pelo porte físico favorável que muitos agressores apresentam, além disso, a posição social e o status de poder são levados como armas de superioridade para impor e tirar vantagens dos menores e com aspectos franzinos para conquistar e ter o posto de “chefe”, valentão, líder da turma sem ninguém que possa interferir. Segundo Fante (2011), é de responsabilidade do profissional de educação identificar as diversas formas de violência que os alunos possam estar enfrentando, mas a necessidadede saber lidar com a situação é uma dificuldade de muitos profissionais, devido não terem a capacitação suficiente para tais situações, além disso, não sabem, em grande parte, lidar quando isto ocorre a vista, o que deixa a mercê que a propagação aumente no ambiente escolar. Diante do acompanhamento de um aluno, este pode contribuir com sua concepção sobre as ocorrências de bullying na escolar, além disso, o aluno que expos sua ideia é o aluno que foi identificado por ser alvo de bullying no ambiente escolar, explanou como isto o afeta psicologicamente e fere os seus sentimentos. O próprio aluno avaliou que as crianças e adolescentes que sofrem psicologicamente, e os jovens sofrem agressões físicas por causa das práticas do bullying, mesmo estando nas séries iniciais percebeu que isso aumenta com o tempo, quando os alunos envolvidos ficam na mesma sala e sucessivamente a prática tende em ser gerado. 28 Através da observação, é evidente que grupos são formados no ambiente escolar, cada qual com seus semelhantes, alguns sendo superiores a outros, mais mantendo o respeito, enquanto uma minoria tende em usar tais condições para praticar atos de indiferença e impor seu poder, além de realizar atos racistas e homofóbicos com determinadas pessoas, levando a prejudica-los diante de todos e provocando prejuízos no desenvolvimento pessoal da vítima. Continuando com a perspectiva do aluno, o mesmo ressaltou que sofre constantemente o bullying verbal, na qual seus colegas começam a ofende-lo, o motivo é a lentidão de acompanhar as aulas e escrever no caderno o que foi repassado no quadro, ou seja, existe a dificuldade de aprendizagem da vítima, e os agressores tiram vantagem da situação para humilhar e zombar da vítima, fazendo-o se sentir ainda mais fraco, sensível e solitário, desmotivando de não querer mais ir estudar. É possível notar nas falas do aluno que as situações de bullying “cria-se um sentimento de inadequação, de não pertencimento, que mina sua autoconfiança e o faz sentir-se inferior”. (GUERRA, 2011, p.01). A convivência no ambiente escolar que tendem em deixar ocorrer tais situações, mostra que ainda se encontra com poucos planos de intervenção ao bullying. Segundo Santos e Grossi (2008), ressalta que o ambiente apresenta ansiedade, medo e agressividade, um clima pesado e negativo levando ao processo negativo do desenvolvimento e aprendizagem dos alunos, outro ponto importante é a formação de comportamentos agressivos e/ou depressivos, seja de vingança, ou reações psicossomáticas, adoecimento dos envolvidos, atos violentos e abusivos, formando delinquentes pelo fato de ter sofrido ou atuado no bullying. O aluno que se dispôs em colaborar com o trabalho, mostrou que não tende em escolher caminhos da delinquência, ou atos de vingança contra seu agressor, apenas que procura não se importar tanto, mesmo que ainda venha ser afetado emocionalmente e psicologicamente procura sempre se desenvolver e aprender, para que possa ser um adulto de boa índole para a sociedade. A dificuldade maior que ele se referiu foi que os professores não sabem como lidar com a situação, mesmo que chamem a atenção dos autores do ato, ainda não é visto que há resultados e nem punições severas para os tais agressores, e isto mostra que a escola ainda é falha em lidar e proteger aqueles que sofrem com as práticas do bullying. 29 Quando há estudantes que apresenta certas características, tendem se tornar alvos dos agressores, algumas dessas características estão relacionadas a postura retraída, ansiosa, insegurança, timidez, dificuldade de expressar-se, frágil emocionalmente, além de ter uma estatura magrela no físico, facilita ser o centro dos ataques, a peculiaridade de suas características fazem com que venha sofrer bullying, uma agressão que pode ser verbal, física ou psicológica, criando no agressor superioridade e na vítima insegurança e solidão, por estar numa situação de sofrimento num ambiente que deveria ser ensino e aprendizagem de qualidade. (FANTE, 2011). A intervenção que deveria ocorrer nas escolas está muito distante da realidade dos alunos que estão sujeitos aos seus agressores, a falta do comprometimento para ensino e aprendizagem de comportamentos e atitudes é pouco explanada pelos professores. Vygotsky (1984) compreende que a interação social e mediação, são aspectos que promove o processo educativo que leva ao sujeito o seu desenvolvimento pessoal, a convivência com todos cria a oportunidade do respeito, enquanto haver brincadeiras de mal gosto, o professor tem a chance de corrigir e disciplinar o aluno, sendo o papel do professor essencial para guiar os alunos com qualidade e excelência, despertando as habilidades e os capacitando para a vida e não deixando que atos como o bullying venham a ocorrer no ambiente escolar. A intervenção seguida de pressupostos e objetivos leva ao desenvolvimento do aluno, a liberdade durante a prática ajuda no comportamento, dando a oportunidade de o aluno saber lidar e transformar-se a partir da interação e o convívio mutuo, ou seja, tornando-o capaz de agir e intervir no mundo através de suas atitudes, criando novos significados. Nesta oportunidade a escola impõe o limite em práticas de bullying e agressão, diminui a taxa de preconceito e aumenta o nível educacional da instituição, um trabalho conjunto que possibilita resultados. O aluno com o qual estive em contato através do diálogo informal, ressalta que a escola que frequenta existe pouca intervenção por parte dos funcionários, o local que deveria ajuda-lo, tem deixado ocorrer livremente sem ninguém notar o que está ocorrendo. Assim como Vygotsky (1984), complementa que a relação que deveria existir é a empatia, a escola, um ambiente de ensino deveria promover qualidade a todos, realizando diferentes trabalhos com objetivos focados e centrados, a sala de aula que é o ambiente de maior convívio é o mais oportuno 30 para a construção de ações entre todos, para que haja o respeito por aqueles que tem o limite e dificuldades com as tarefas escolares. A intervenção por meio da mediação é um elo que cria a interação constante no processo de ensino-aprendizagem, estabelecendo relações entre os alunos e fortalecendo os laços entre colegas, uma oportunidade que deve ser aplicada nas séries iniciais para um resultado mais satisfatório. (LOPES SOARES, 2011). A efetividade dos círculos restaurativos é uma das estratégias que podem ser utilizadas como intervenção para resolução de conflitos, os alunos irão estabelecer conversas, pensar e refletir sobre as atitudes que geram sentimentos de humilhação, vergonha, raiva, medo, além de entender o que os leva a repetir tal atitude, mesmo que tenha problemas com outrem fora da escola, não se deve frustra-se sobre os outros. É nestes espaços que os alunos podem estabelecer novas relações, favorecendo que a escola venha estar participativa em sua vida, um benefício para ambos, como foi dito pelo aluno; “até poderia dá certo aqui, mas sei lá, acho que a escola não se importa muito com isso, mas seria bom se acontecesse, porque ninguém iria brigar para depois sentar e conversar”. Mesmo com essa ideia retratada, é possível perceber a falta desses planos como intervenção e que a possibilidade de ajudar tais alunos é enorme. Outro autor explana sobre o círculo restaurativo, Brancher (2008), que foca na necessidade de minimizar os conflitos, aproximando os envolvidos e corresponsabilizando todos os envolvidos, para que entendam a situação e como isso afeta o desenvolvimento da aprendizagem dos mesmos, desse modo ajudando a criar e estabelecer ambiente mais harmônico na escola. A prática de intervenção impostas pelos autores ajudam a demonstrar clarezas aos alunos, mais para as escolas de Tabatinga, a necessidade é grande pela falta da capacidade dos professores, mas énecessário esforço para combater e impedir casos de bullying antes que se propagem nas escolas. 31 CONSIDERAÇÕES A prática do bullying tem estado presente na sociedade do mundo todo, cada uma apresentando situações desde as mais leves até as mais graves e extremas, uma prática que permeia as classes sociais, etnias, culturas e faixas- etárias, criando uma barreira de diferença e preconceito entre os diferentes. É preciso que haja estudos diante das situações para combater essa violência que aflige as instituições educacionais, pois o ambiente que deveria apresentar positividade tem estado com cenários totalmente oposta, o sentido de socialização, humanização, desenvolvimento e aprendizagem que deveria ser imposta tem tido pouco efeito, por isso a sociedade em geral tem focado sobre as escolas e as práticas que devem ser adotadas diante das diversas violências que vem ocorrendo. Este estudo de caso, foi um trabalho que vai contribuir com as situações que muitas escolas enfrentam e que ainda precisam melhorar, uma oportunidade de colaboração para planejar intervenção para impor diante das práticas de bullying. O ensino básico, nas series iniciais precisam estar aptos com os planos contra o bullying, ensinando os alunos sobre tais atitudes e como isso influencia no desenvolvimento de seu colega que sofre com isto, uma ajuda de desenvoltura para aprendizagem de cada aluno e crescimento como cidadão de bem e de respeito com os outros. O bullying está associada as diversas características sociais, cada uma apresenta situações distintas, mas com a mesma finalidade, entende o contexto que tenha levado a situação, as pessoas que vivenciam podem explanar o ocorrido, contribuindo com as analises para impor soluções antibullying. As questões culturais e classe social são fortes características, por isso a conscientização dos funcionários das instituições devem estar atrelados com os planos de intervenção, desse modo, seja qualquer local da escola, sempre haverá pessoas aptas para resolver e apaziguar o problema do bullying. As brincadeiras “inofensivas”, o ato de apelidar, criticar e fazer distinção entre os grupos de alunos, está presente cada dia mais no cotidiano dos alunos das series iniciais onde tais ações ocorrem. O aluno que colaborou com o trabalho mostrou estar indignado com a situação do bullying, devido a escola não está apta para trabalhar tal assunto, mas o momento do desenvolvimento do trabalho, encontrou uma possibilidade de mudança. 32 É por meio da intervenção que podemos chegar aos resultados de melhorias no ambiente escolar, a importância da mediação pedagógica dos círculos recreativos, além da capacitação dos profissionais da educação para lidar com práticas de bullying, fazem toda a diferença, a contribuição por meio dos estudos desenvolvidos promove a ampliação para enfrentar e responder o bullying de maneira correta e objetiva para que não ocorra novamente. O estabelecimento de relações entre pais, professores, estudantes e toda a comunidade realizando ações conjuntas fará com que a identificação e prevenção do bullying venha ser interrompida, uma prática que fará do aluno responsável diante de seus atos, quando estiver adulto, seja um cidadão consciente, ético, que valoriza seus semelhantes e estabelece respeito mútuo. 33 REFERÊNCIAS ABRAPIA, Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e a Adolescência. Programa de Redução do Comportamento Agressivos entre Estudantes. Rio de Janeiro, s/d. Disponível: http://www.bullying.com.br/BConceituacao21.htm#Mas. Acesso: 04 de julho 2022. BOTELHO, Rafael G.; SOUZA, José M. C. de. Bullying e educação física na escola: características, casos, consequências e estratégias de intervenção. Revista de Educação Física, n.139, p.58-70, 2007. BRANCHER, Leoberto. Práticas restaurativas: manual de práticas restaurativas. Porto Alegre, 2008. (apostila) BRASIL. 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