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Avaliação inicial do paciente politraumatizado
Caso problema
Uma mulher de 30 anos é admitida no pronto socorro 20 minutos após acidente
automobilístico. O SAMU realizou previamente imobilização em prancha longa e iniciou
ventilação sob máscara. O fato foi comunicado ao hospital mais próximo. Na avaliação inicial
ela estava inconsciente, com a pele fria e pegajosa, frequência respiratório de 26irpm, pulso de
125/min e PA 90/60 mmHg. Foram infundidos 1000 ml de solução cristalóide e os sinais vitais
não se alteraram.
Como realizar o atendimento dessa paciente?
Como vocês fariam o atendimento dessa paciente?
É importante saber os dados antes de começar o atendimento?
O que poderia ser feito antes dessa paciente chegar ao hospital?
Como eu devo me preparar para o atendimento?
Qual a importância dessas coisas nesse caso problema?
Professor pediu para que alguns alunos dessem suas respostas
- avaliar algo que possa por em risco imediato a vida do paciente
-triagem
-MOV -> monitorização, oxigenação e acesso venoso
-preparo pré-hospitalar com a estabilização da paciente, pegar acesso..
Professor falou que todas estavam certas!
Percebam ,no entanto, que as opiniões surgiram sem uma ordem cronológica não adequada
para aquilo que eu preciso para um atendimento correto e eficiente, é por isso que foi criado
um protocolo para o atendimento dos pacientes politraumatizados. E esse programa passou a
ser chamado de ATLS (suporte avançado de vida no trauma). O principal objetivo desse
protocolo é estabelecer uma rotina, uma regra, prioridades
Objetivos
Explicar os princípios da avaliação primária e secundária
Identificar a sequencia correta das prioridades
Explicar a necessidade de imediata reanimação durante a avaliação primária
Definir reanimação e monitoração apropriadas
Reconhecer a importância da história e da mecânica do trauma
Identificar os adjuntos do atendimento inicial
Descrever e antecipar-se às armadilhas
Lembrem-se: aqui o tempo é fundamental!!
Ele fala sobre um estudo dizendo sobre as porcentagens de morte relacionadas ao tempo após
o trauma -> 50% morreram nos primeiros minutos após o trauma, 30% faleceram nas primeiras
horas e 20% faleceram semanas ou meses do trauma
Algo interessante aqui é que os pacientes que morreram nas primeiras horas morreram de
lesões que poderiam ter sido resolvidas. Portanto, o tempo é muito importante para o
atendimento do politraumatizado. Esses 50% que morreram nos primeiros minutos, morreram
pois as lesões deles foram tão graves que com o conhecimento que temos atualmente não
poderia ter sido feito muito. Um exemplo claro disso foi o acidente com o piloto Airton Senna.
Ele falou sobre a equipe de primeiros socorros que chegou em cinco minutos, um tempo muito
rápido, mas mesmo assim ele não resistiu. Porque ele morreu? Porque a lesão que ele tinha era
muito grave
● Avaliação inicial do paciente politraumatizado
Então o que a gente tem que deixar claro a respeito desse protocolo? Protocolo é um
sequência de atos para facilitar que você não cometa erros. Então seguir o passo a passo certo
do protocolo é o segredo para o sucesso
1.Preparação e Triagem -> é o momento em que é reportado o quadro clínico do paciente que
esta vindo ser atendido e a equipe se prepara para atende-lo de forma eficiente
2.Avaliação Primária (ABCDE) e imediata reanimação -> a avaliação primaria é dividida por uma
mneumônica em que
A- via aérea C- circulação E- controle do ambiente
B- respiração D- incapacidades neurológicas
3.Adjuntos da avaliação primária e reanimação -> é aquilo que eu posso usar que vai facilitar a
aplicação da primeira fase
4.Necessidade de transferência do paciente
5.Avaliação Secundária
6.Adjuntos da avaliação secundária
7.Continua monitorização e reavaliação pós ressuscitação
8.Tratamentos definitivos -> percebam que existe um longo caminho até que o paciente chegue
aqui no tratamento definitivo
1)Preparação e triagem
Fase pré-hospitalar
Preparo deve ser iniciado em dois cenários
Pré-hospitalar e hospitalar -> o nosso protocolo é para a preparação hospitalar, então eu não
vou falar nada de pré-hospitalar.
Comunicação prévia -> é necessário que seja feito esse contato do pessoal do prepara
pré-hospitalar com o do hospitalar
Ênfase: Manter via aérea, controlar sangramento externo e o choque, imobilizar o paciente e
transferir. -> em resumo é isso, simples assim. Quanto mais rápido é feita a intervenção no
pré-hospitalar melhor é o tratamento final do doente
Fase hospitalar
Definir uma área de reanimação
Verificar e testar os equipamentos de suporte de via aérea
Definir a equipe e o papel de cada um -> a equipe geralmente é composta de um médico
responsável pelo atendimento principal, uma equipe que fica responsável por garantir a via
aérea e outro médico ou equipe que ficam responsáveis pelos acessos venosos
Disponibilizar soluções cristaloides aquecidas
Garantir resposta do laboratório e serviço de imagem
Protocolos de transferência
Então o que é importante na fase de preparo hospitalar é definir uma área para a reanimação,
testar os equipamentos e ver se tudo ta funcionando, e definir o papel de cada um da equipe,
pois todos tem um função especifica e importante para o resultado final
Triagem
Classificação dos doentes de acordo com:
ABC prioridades, gravidade da lesão e probabilidade de sobrevida
Recursos disponíveis
Vítimas múltiplas – Mais graves e politraumatizado
Situações de desastre – Chance de sobrevida, necessitam de menos tempo, equipamentos e
pessoal -> nesses casos a prioridade é para aqueles que tem maior chance de sobrevida,
menos tempo, menos equipamento e menos pessoal
Revised Trauma Score (RTS)-> é um bom escore para fazer a triagem. Esse escore contabiliza
três parâmetros e ele significa a probabilidade de sobrevida (tabela 1)
Triagem é seleção, escolha. É muito comum no trauma vários pacientes se envolverem
simultaneamente, então nesses casos como eu devo hierarquizar o atendimento? Como devo
escolher os pacientes que eu vou começar a tratar?
Um dos critérios é o do ABC, em que o primeiro doente que eu vou atender é o doente que
tem um problema relacionado com a via aérea. Se dois doentes tiverem problemas
relacionados com a via aérea eu devo escolher aquele cuja gravidade da lesão for maior. Ainda
assim, se eles forem iguais qual deles tem a maior probabilidade de sobrevida é o que eu
atendo primeiro. Depois atendo o que tem problema relacionado a respiração, depois a
circulação e assim por diante.
É claro também que eu tenho que levar em consideração os recursos que eu tenho disponível e
se for um acidente com múltiplas vítimas, as prioridades são pros mais graves e os
politraumatizados, desde que eu tenha condição de atender todos simultaneamente
Falando do RTS nós temos os critéiro:
A- frequência respiratória
B- pressão arterial sistólica
C- escala de coma de Glasgow
Se por exemplo um paciente chega no hospital com a frequência respiratória de zero, com
pressão arterial sistólica de zero e escala de glasgow de 3, o escore dele no RTS dele é zero, o
que indica que a probabilidade de sobrevida dele é muito baixa. Já no caso que o paciente
chega com FR em torno de 20, a PAS acima de 100 e a escala de glasgow de 15, o RTS dele é de
12, o que quer dizer que a probabilidade de sobrevida dele é alta, então a equipe médica não
pode perder um paciente como esse, porque ele chegou com os seus parâmetros muito
próximos da normalidade
2)Avaliação primária e reanimação
Avaliação rápida e eficiente - Funções vitais -> admite-se que a avaliação primária seja realizada
em 5 minutos. E o parâmetro utilizado são as funções vitais.
Definir e tratar das prioridades -> É nesse momento que são definidas quais são as prioridades,
e quando definidas elas devem ser tratadas de imediato
Avaliar as lesões, sinais vitais e mecanismo de trauma
Manusear rapidamente a avaliação primária e reanimação simultânea dos sinais vitais -> algo
muitoimportante é que o exame primário é acompanhado da reanimação de forma simultânea
O protocolo tem duas fases basicamente, uma fase que a gente chama de avaliação primária
que deve ser feita em 5 minutos e uma fase que a gente chama de avaliação secundária. Nessa
primeira a gente precisa identificar as lesões mais graves, precisa diagnosticar, tratar e manter
o doente vivo
Adultos, crianças e gestantes
As prioridades são as mesmas!
A - Vias Aéreas mantida com restrição da movimentação da coluna cervical -> a restrição da
movimentação cervical deve ser feita pois o paciente pode ter uma lesão cervical que ainda
não foi identificada, e mobiliza-la pode causar uma lesão mais grave
B – Respiração e ventilação
C - Circulação e controle da hemorragia -> que é basicamente o tratamento do choque e fazer a
reposição de volume
D - Incapacidade, avaliação estado neurológico
E - Exposição / controle do ambiente -> expor todo o doente e avalia-lo como um todo,
prevenindo lesões relacionadas a hipotermia
E como isso é feito na prática? Existe uma forma muito simples fazer a avaliação do doente,
que é simplesmente perguntar o nome do doente, se identificar e perguntar o que aconteceu.
Como avaliar um doente em 10 segundos de forma rápida e simples?
Identificar-se
Perguntar o nome do doente
Perguntar ao doente o que aconteceu
As respostas a essas perguntas significam muitas coisas e elas são muito importantes. Porque?
Porque se o paciente responde adequadamente a essas perguntas isso significa que não há
comprometimento significativo da via aérea, pois se tivesse ele não conseguiria falar. Segundo,
se ele consegue falar quer dizer que o comprometimento da respiração não é tão severo. E por
fim, se ele consegue entender o que ta fazendo e onde ta quer dizer que o nível de consciência
não ta seriamente alterado
A resposta apropriada confirma
A - Sem comprometimento maior da via aérea
B - Respiração sem comprometimento severo
C e D - Nível de consciência não seriamente diminuído
Falha em responder – sugere anormalidades A, B, C ou D
Então a primeira coisa que se faz é perguntar ao doente, se ele tiver acordado, consciente e
sem nenhum problema ele responde, já alguns não vão estar e não vão responder. Para esses a
primeiro coisa que eu vou fazer é:
A- Airway
Assegurar a permeabilidade das vias aéreas -> avaliar
se o caminho entre o meio externo e os pulmões
estão livres
Retirar corpos estranhos -> aspirar se o conteúdo for
líquido, retirar se for sólido
A mandíbula fraturada pode cair sobre a via aérea
então existem duas manobras que podem ser feitas
que é tracionar e elevar o queixo do paciente (Chin lift), ou tracionar o ângulo da
mandíbula pra cima (Jaw thrust)
Elevar o queixo
Tracionar o ângulo da mandíbula.
O passo seguinte é que se o paciente voltou a
respirar significa que o que estava acontecendo
era uma obstrução da via aérea, e depois disso é
preciso manter e assegurar essa via aérea. Nesse
caso o que pode ser feito é a colocação de uma
cânula
Assegurar a permeabilidade das vias aéreas
Colocação de cânula de Guedel
Em algumas situações é preciso fazer uma via aérea
definitiva, daí o paciente vai precisar ser intubado.
Intubar significa passar uma cânula orotraqueal para
garantir uma via aérea definitiva para o paciente
Cuidados:
Falha do equipamento – mais comum
Incapacidade de intubar -> intubação seletiva, se
intubou o esôfago ao invés da traquéia...
Perda progressiva da via aérea
Proteção da coluna cervical
Outra coisa importante é a proteção da coluna cervical. É claro que algumas manobras de
garantia de via aérea podem exigir uma hiperextensão do pescoço, mas em doentes
inconsciente isso não é possível de ser feito, pois pode haver o agravamento de uma lesão da
coluna cervical que ainda não foi identificada
Proteger a coluna cervical -> para todos
Radiografar a coluna cervical quando oportuno
Manter alinhado se for manusear a coluna cervical
B- Breathing
Respiração
Avaliar: Pulmões, parede torácica e diafragma
Expor o pescoço e o tórax
Frequência e característica da respiração
Palpar o pescoço e o tórax
Percutir e auscultar
Oxigenar
Ventilar
Como eu faço isso? Muito simples: inspeção, palpação, percussão e ausculta. É preciso
expor o paciente e avaliar o tórax, verificar a expansibilidade torácica, percurtir e auscultar.
Se for identificado ao você deve tratar de imediato com oxigenação e ventilação
C- Circulation
Avaliação da Perfusão Orgânica -> é o diagnóstico e tratamento do choque
Como eu faço para identificar o choque? Você avaliar esses três pontos:
Nível de consciência -> se o paciente perde uma quantidade significativa de sangue a
ponto de comprometer a perfusão cerebral, isso significa que esse choque é muito grave,
porque em geral coração, cérebro e rins são poupados do choque, então isso quer dizer
que se um choque conseguiu afetar o cérebro é porque a perda sanguínea foi muito grande
Cor e temperatura da pele -> se tiver alteração da cor e temperatura indica choque
moderado
Frequência e característica do pulso -> indica choque mais leve
Obs: para um paciente adulto todo pulso acima de 100 no atendimento pós-trauma é
considerado como choque
Identificar a fonte do sangramento
Externos - controlados de imediato
Compressão direta da ferida
Torniquetes – sangramentos maciços
Internos – diagnosticados e tratados
Restauração da perfusão orgânica -> devolver o volume de sangue que foi perdido
Acesso venoso
Cristaloides, 1 litro em bolus
Aquecidos 37ºC a 40ºC
Não responsivo – transfusão sanguínea
Também faz parte desse momento
Diagnosticar a causa e PARAR O SANGRAMENTO
Para isso nós usamos os métodos complementares que são compostos de:
U Som abdominal (FAST)
Lavado Peritoneal Diagnóstico -> não vou expor para vocês pois é um método em desuso
Raio X do tórax e bacia (AP) -> também é importante um raio X da coluna cervical, mas
nesse momento para sangramento são esses dois que são importantes
US direcionada ao trauma abdominal
FAST
O ultrassom tem um nome específico, que é uma sigla em
inglês. Ele tem quatro janelas e ele é usado fundamentalmente
para identificar se há líquido na cavidade peritoneal, exceto na
janela 4 que é para saber se o saco pericárdico contém líquido,
com suspeita de tamponamento cardíaco
Sala de emergência
Cirurgião
Objetivo: Líquido abdominal e pericárdico
Esse slide mostra a posição dos transdutores no ultrassom, nas quatro janelas. Na janela
inferior esquerda você vê baço e rim esquerdo, essa mancha um pouco mais escura é líquido
dentro da cavidade, enfim, só para vocês terem uma idéia
Tratamento do choque
Controle definitivo do sangramento é essencial com a adequada reposição de volume -> não
adianta só ficar repondo líquido indefinidamente porque o paciente não vai aguentar e vai ter
uma hora que ele vai ressangrar, esse sangramento é chamado de ressangramento de
reperfusão e é muito grave e em geral costuma levar o paciente ao óbito. Dessa forma, tão logo
for dado o diagnóstico do sangramento deve ser feito o tratamento definitivo para esse
sangramento. Por exemplo, um sangramento intra-abdominal, o paciente vai ter que ser
submetido a uma laparotomia exploradora e definitivamente parar esse sangramento
Restauração da volemia agressiva e continua não substitui o controle definitivo do
sangramento
Reanimação com mais de 1,5l de RL – Aumento do odds ratio de morte -> provou-se não ser
tão eficiente. Os paciente saiam encharcados de volume, e isso só aumentava o risco de óbito
Reposição volêmica agressiva sem controle da hemorragia aumentam a morbi-mortalidade
Mostrou-se muito mais importante parar o sangramento do que ficar repondo volume
indiscriminadamente
Preste atenção aos sinais
é preciso prestar muita atenção aos sinais que os doentes
apresentam. As vezes eles são muito óbvios e a gente não consegue
ver e isso significa a diferença entre salvar ou não salvar uma vida
D- Disability
Eu vou só citar para vocês,porque é alga muito fácil, muito básico
Avaliação neurológica basal: nível de consciência, reação e tamanho
das pupilas e sinais de lateralização (hemiparesia/hemiplegia)
Escore na Escala de Coma de Glasgow
Reação pupilar
Atenção: Ficar atento a possível piora -> o importante de anotar esses valores é para que eles
sirvam de parâmetro para uma avaliação o mais rápido possível pelo neurocirurgião
Neurológica e consultar neurocirurgião
E- Exposure/Enviroment
Exposição / Controle do Ambiente
Despir completamente o doente
Prevenir a hipotermia -> assim que terminar todos os procedimentos é importante cobrir esse
paciente e protege-lo
Reanimação
Portanto, reanimação acontece em paralelo ao exame primário e ela significa basicamente:
Proteger e assegurar permeabilidade das vias aéreas
Ventilar e oxigenar
Parar o sangramento
Tratar judiciosamente o choque
Proteger da hipotermia
Observe que nesse protocolo não existe reanimação cardiopulmonar do jeito que vocês estão
acostumados a ver, porque? Porque geralmente para os pacientes vítimas de trauma resolver
o ABCDE é mais eficiente do que massagear um paciente por exemplo que está em para por
hipovolemia. Não adianta ficar comprimindo um coração que não tem sangue no seu interior, o
que adianta é repor volume. Pode até ser que massagear resolva, no novo protocolo é
permitido, mais tarde eu vou falar para vocês
Medidas auxiliares da avaliação primária
Aqui são mostradas todas as medidas auxiliares que podem ser usados durante o exame
primário. São os adjuntos do exame primário
Sinais vitais
Eletrocardiograma
Gasometria arterial
Débito Urinário
Oximetria de pulso
Detector de CO²
Sondagem nasogástrica / vesical
Considerações especiais da avaliação primária
Se você define nesse momento que o paciente precisa ser transferido não perca tempo
tentando fazer o diagnóstico das lesões, simplesmente mantenha o doente vivo, considere esse
o melhor tempo para reanimar o paciente e transfira no momento adequado. É obvio que
existem pacientes tão graves que você sabe que a transferência praticamente significa óbito
Não retardar transferência para procedimentos diagnósticos
Considerar a possibilidade de transferência precoce
Utilizar o tempo até a transferência para reanimação
Quando voltou a aula ele começou a responder umas questões que não tão no slide
Resposta: A -> se vocês observarem tudo que está posto ai pode ser útil nesse caso, mas o que
vocês tem que observar é a ordem correta do ABCDE, o poção que segue melhor os princípios
de ATLS. Esse paciente provavelmente ta em choque, então o mais adequado é repor volume e
depois identificar o sangramento
Resposta: B -> a primeira coisa que se tem que fazer após toda a avaliação primária e os
exames realizados (adjuntos da avaliação primária) é uma reavaliação do paciente
Resposta: A -> esse paciente está precisando de proteção da via aérea urgente, então seguindo
o ATLS essa é a opção
Resposta: B -> não se faz tomografia durante o exame primário
Resposta: E
● Avaliação secundária
História
Exame físico: da cabeça aos pés -> ela é chamada de avaliação da
cabeça aos pés
Tubos e dedos em todos orifícios? -> existe um axioma que diz
que: aonde tiver um orifício você deve colocar o tubo ou o dedo
para avaliar
Exame neurológico completo
Procedimentos diagnósticos especiais -> aqui é o momento que
procedimentos diagnósticos especiais como a tomografia,
endoscopia, são feitos
Reavaliação
Esse exemplo na radiografia é uma fratura do anel pélvico, onde foi feito um exame especial,
uma uretrocistografia mostrando que há um extravasamento de contraste por lesão de uretra
História
A avaliação secundária deve ser iniciar com a história, que devem ser feitas 5 perguntas
A Alergias
M Medicamentos
P Passado médico / Gravidez
L Líquidos e alimentos ingeridos recentemente
A Ambiente / Eventos relacionados ao trauma
Exame físico completo
Que deve ser iniciar com:
Cabeça
Avaliação: Inspeção e palpação
Ferimentos, contusões, fraturas, hematomas, afundamento, lacerações.
Reavaliar pupilas
Reavaliar nível de consciência e E.C.Glasgow.
Examinar os olhos -> se paciente usar lente tem que
retirar, avaliar se não há fragmentos dentro dos olhos
Avaliar os pares cranianos
Nessa foto nós temos uma lesão tipo escalpe gravíssima
Tratamento:
Manter via aérea, ventilar e oxigenar
Controlar hemorragias
Prevenir lesões secundárias
Retirar lentes de contato
Face e região maxilar e mandibular
Inspeção e palpação
Avaliação dos olhos e ouvidos
Hematomas
Afundamento
Lacerações
Crepitações -> as creptações nessas regiões são sinais de fratura. As fraturas crânio-faciais no
primeiro momento elas não são necessárias de serem feitos procedimentos cirúrgicos, então
você pode mante-las para um tratamento em um segundo momento pois há coisas mais
importantes a serem feitas antes disso
Coluna cervical e pescoço
Avaliar: Inspeção, palpação e ausculta
Lesões penetrantes e contusas -> lembrar de um músculo que esta na
região do pescoço chamado de platisma, ele é conhecido como se fosse o
peritônio do pescoço. Todas as lesões penetrantes que perfuram o
platisma são passíveis de exploração cirúrgica, pois esse músculo é como
se fosse um limite entra as estruturas nobres do pescoço
Desvios da traquéia
Pesquisar dor, edema, enfisema, simetria de pulsos
Pesquisar sopros nas carótidas
Realizar radiografia da coluna cervical lateral -> é um exame básico para esse momento
Tratamento:
Manter imobilização e alinhamento -> deve ser mantida a imobilização e o alinhamento para
que possam ser feitos os exames radiológicos, e só depois de ter certeza de que não há
nenhuma lesão dos componentes da coluna como um todo só então pode se retirar os
processos de imobilização
Explorar ferimentos penetrantes (?)
Tórax
Inspeção, palpação, percussão e ausculta
Avaliar os batimentos cardíacos e o murmúrio vesicular. -> é agora a primeira vez que vai ser
realizada a ausculta dos batimentos cardíacos. A ausculta cardíaca é um ato do exame físico
que só é realizado durante a avaliação secundária
Palpar enfisemas, pontos dolorosos, crepitações. -> pode sugerir fratura de arcos costais ou
trauma torácico de menor monta
Percutir timpanismo ou macicez
Tratamento:
Descomprimir, Drenar, Realizar curativos e Pericerdiocentese -> não vou entrar em detalhes
porque vamos ter uma aula só sobre isso
Abdome
Avaliação: Inspeção, palpação, percussão e ausculta
Lacerações (exploração) -> é nessa região que estão ocultas as lesões que podem ser mais
graves. Lesões de vísceras maciças como fígado e baço, se não forem bem examinadas podem
passar despercebidas e o paciente chocar por exemplo
Hematomas
Crepitações
Dor (local, características)
Ruídos hidroaéreos
Timpanismo
Falou do caso desse paciente que se envolveu em uma briga e teve lesão da parede anterior do
abdome com a exposição das vísceras, mas não tinha nenhuma lesão nas vísceras em si
Realizar: (aqui podem ser feitos alguns exames complementares)
Raio x da pelve
Lavagem peritoneal -> está em desuso, mas nesses casos específicos pode ser de bom uso,
principalmente se na região onde você está não tem ultrassom abdominal disponível
TC com contraste -> é o melhor exame para avaliar o componente abdominal
Tratamento: Laparotomia Redução de volume da pelve
Períneo, reto e vagina
Inspeção, toque vaginal e retal
Lacerações (exploração)
Hematomas, sangramentos e crepitações
Dor (local, características)
Exame especular (grávidas) -> para avaliar se não há ruptura de saco amniótico ou
descolamento de placenta, entre outras.. pois essas coisas podem significar morte prematura
para o bebê
Anel pélvico
Inspeção e palpação
Hematomas
Dor e mobilização a palpação
Rotação de MMII e Desnivelamento -> nesse momento se for identificada fratura do anel
pélvico uma medida que pode ser tomada é a manobra de rotação interna dos membros
inferiores, amarrar um pé sobre o outro, de forma que você consiga reduzirum pouco o anel
pélvico de maneira que o sangramento seja reduzido. Também é possível usar um sling que
tem mais ou menos a mesma função
Músculo esquelético
Inspeção, palpação, perfusão e mobilização ativa e passiva
Examinar MMII e MMSS: hematomas, sangramentos, deformidades, perfusão, temperatura,
coloração, palpar pulsos, verificar movimentos e crepitações. -> se forem identificadas o
paciente deve ser encaminhado para o serviço de traumatologia, aonde vai ser feito o
tratamento adequado
Tratamento:
Imobilizar MMII e MMSS:
Antitetânica
Exame neurovascular completos
Avaliação secundária
Exame neurológico completo
Sensitivo tátil e doloroso
Motor: Reflexos
É nesse momento que nós fazemos o exame neurológico completo
Medidas auxiliares (são os aditivos da avaliação secundária)
Radiografias adicionais coluna.
Tomografia Computadorizada
Urografia excretora
Angiografia
US transesofágico
Broncoscopia
Esofagoscopia
Não são obrigatórios de serem feitos, só são pedidos quando necessários
Conclusões
SVAT/ATLS é seguro -> é o protocolo mais utilizado no mundo
A sequência de avaliação é o melhor protocolo
Exequível em qualquer emergência
A história/mecanismo de trauma são importantes no diagnóstico
Promove uma linguagem comum

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