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Avaliação inicial do paciente politraumatizado Caso problema Uma mulher de 30 anos é admitida no pronto socorro 20 minutos após acidente automobilístico. O SAMU realizou previamente imobilização em prancha longa e iniciou ventilação sob máscara. O fato foi comunicado ao hospital mais próximo. Na avaliação inicial ela estava inconsciente, com a pele fria e pegajosa, frequência respiratório de 26irpm, pulso de 125/min e PA 90/60 mmHg. Foram infundidos 1000 ml de solução cristalóide e os sinais vitais não se alteraram. Como realizar o atendimento dessa paciente? Como vocês fariam o atendimento dessa paciente? É importante saber os dados antes de começar o atendimento? O que poderia ser feito antes dessa paciente chegar ao hospital? Como eu devo me preparar para o atendimento? Qual a importância dessas coisas nesse caso problema? Professor pediu para que alguns alunos dessem suas respostas - avaliar algo que possa por em risco imediato a vida do paciente -triagem -MOV -> monitorização, oxigenação e acesso venoso -preparo pré-hospitalar com a estabilização da paciente, pegar acesso.. Professor falou que todas estavam certas! Percebam ,no entanto, que as opiniões surgiram sem uma ordem cronológica não adequada para aquilo que eu preciso para um atendimento correto e eficiente, é por isso que foi criado um protocolo para o atendimento dos pacientes politraumatizados. E esse programa passou a ser chamado de ATLS (suporte avançado de vida no trauma). O principal objetivo desse protocolo é estabelecer uma rotina, uma regra, prioridades Objetivos Explicar os princípios da avaliação primária e secundária Identificar a sequencia correta das prioridades Explicar a necessidade de imediata reanimação durante a avaliação primária Definir reanimação e monitoração apropriadas Reconhecer a importância da história e da mecânica do trauma Identificar os adjuntos do atendimento inicial Descrever e antecipar-se às armadilhas Lembrem-se: aqui o tempo é fundamental!! Ele fala sobre um estudo dizendo sobre as porcentagens de morte relacionadas ao tempo após o trauma -> 50% morreram nos primeiros minutos após o trauma, 30% faleceram nas primeiras horas e 20% faleceram semanas ou meses do trauma Algo interessante aqui é que os pacientes que morreram nas primeiras horas morreram de lesões que poderiam ter sido resolvidas. Portanto, o tempo é muito importante para o atendimento do politraumatizado. Esses 50% que morreram nos primeiros minutos, morreram pois as lesões deles foram tão graves que com o conhecimento que temos atualmente não poderia ter sido feito muito. Um exemplo claro disso foi o acidente com o piloto Airton Senna. Ele falou sobre a equipe de primeiros socorros que chegou em cinco minutos, um tempo muito rápido, mas mesmo assim ele não resistiu. Porque ele morreu? Porque a lesão que ele tinha era muito grave ● Avaliação inicial do paciente politraumatizado Então o que a gente tem que deixar claro a respeito desse protocolo? Protocolo é um sequência de atos para facilitar que você não cometa erros. Então seguir o passo a passo certo do protocolo é o segredo para o sucesso 1.Preparação e Triagem -> é o momento em que é reportado o quadro clínico do paciente que esta vindo ser atendido e a equipe se prepara para atende-lo de forma eficiente 2.Avaliação Primária (ABCDE) e imediata reanimação -> a avaliação primaria é dividida por uma mneumônica em que A- via aérea C- circulação E- controle do ambiente B- respiração D- incapacidades neurológicas 3.Adjuntos da avaliação primária e reanimação -> é aquilo que eu posso usar que vai facilitar a aplicação da primeira fase 4.Necessidade de transferência do paciente 5.Avaliação Secundária 6.Adjuntos da avaliação secundária 7.Continua monitorização e reavaliação pós ressuscitação 8.Tratamentos definitivos -> percebam que existe um longo caminho até que o paciente chegue aqui no tratamento definitivo 1)Preparação e triagem Fase pré-hospitalar Preparo deve ser iniciado em dois cenários Pré-hospitalar e hospitalar -> o nosso protocolo é para a preparação hospitalar, então eu não vou falar nada de pré-hospitalar. Comunicação prévia -> é necessário que seja feito esse contato do pessoal do prepara pré-hospitalar com o do hospitalar Ênfase: Manter via aérea, controlar sangramento externo e o choque, imobilizar o paciente e transferir. -> em resumo é isso, simples assim. Quanto mais rápido é feita a intervenção no pré-hospitalar melhor é o tratamento final do doente Fase hospitalar Definir uma área de reanimação Verificar e testar os equipamentos de suporte de via aérea Definir a equipe e o papel de cada um -> a equipe geralmente é composta de um médico responsável pelo atendimento principal, uma equipe que fica responsável por garantir a via aérea e outro médico ou equipe que ficam responsáveis pelos acessos venosos Disponibilizar soluções cristaloides aquecidas Garantir resposta do laboratório e serviço de imagem Protocolos de transferência Então o que é importante na fase de preparo hospitalar é definir uma área para a reanimação, testar os equipamentos e ver se tudo ta funcionando, e definir o papel de cada um da equipe, pois todos tem um função especifica e importante para o resultado final Triagem Classificação dos doentes de acordo com: ABC prioridades, gravidade da lesão e probabilidade de sobrevida Recursos disponíveis Vítimas múltiplas – Mais graves e politraumatizado Situações de desastre – Chance de sobrevida, necessitam de menos tempo, equipamentos e pessoal -> nesses casos a prioridade é para aqueles que tem maior chance de sobrevida, menos tempo, menos equipamento e menos pessoal Revised Trauma Score (RTS)-> é um bom escore para fazer a triagem. Esse escore contabiliza três parâmetros e ele significa a probabilidade de sobrevida (tabela 1) Triagem é seleção, escolha. É muito comum no trauma vários pacientes se envolverem simultaneamente, então nesses casos como eu devo hierarquizar o atendimento? Como devo escolher os pacientes que eu vou começar a tratar? Um dos critérios é o do ABC, em que o primeiro doente que eu vou atender é o doente que tem um problema relacionado com a via aérea. Se dois doentes tiverem problemas relacionados com a via aérea eu devo escolher aquele cuja gravidade da lesão for maior. Ainda assim, se eles forem iguais qual deles tem a maior probabilidade de sobrevida é o que eu atendo primeiro. Depois atendo o que tem problema relacionado a respiração, depois a circulação e assim por diante. É claro também que eu tenho que levar em consideração os recursos que eu tenho disponível e se for um acidente com múltiplas vítimas, as prioridades são pros mais graves e os politraumatizados, desde que eu tenha condição de atender todos simultaneamente Falando do RTS nós temos os critéiro: A- frequência respiratória B- pressão arterial sistólica C- escala de coma de Glasgow Se por exemplo um paciente chega no hospital com a frequência respiratória de zero, com pressão arterial sistólica de zero e escala de glasgow de 3, o escore dele no RTS dele é zero, o que indica que a probabilidade de sobrevida dele é muito baixa. Já no caso que o paciente chega com FR em torno de 20, a PAS acima de 100 e a escala de glasgow de 15, o RTS dele é de 12, o que quer dizer que a probabilidade de sobrevida dele é alta, então a equipe médica não pode perder um paciente como esse, porque ele chegou com os seus parâmetros muito próximos da normalidade 2)Avaliação primária e reanimação Avaliação rápida e eficiente - Funções vitais -> admite-se que a avaliação primária seja realizada em 5 minutos. E o parâmetro utilizado são as funções vitais. Definir e tratar das prioridades -> É nesse momento que são definidas quais são as prioridades, e quando definidas elas devem ser tratadas de imediato Avaliar as lesões, sinais vitais e mecanismo de trauma Manusear rapidamente a avaliação primária e reanimação simultânea dos sinais vitais -> algo muitoimportante é que o exame primário é acompanhado da reanimação de forma simultânea O protocolo tem duas fases basicamente, uma fase que a gente chama de avaliação primária que deve ser feita em 5 minutos e uma fase que a gente chama de avaliação secundária. Nessa primeira a gente precisa identificar as lesões mais graves, precisa diagnosticar, tratar e manter o doente vivo Adultos, crianças e gestantes As prioridades são as mesmas! A - Vias Aéreas mantida com restrição da movimentação da coluna cervical -> a restrição da movimentação cervical deve ser feita pois o paciente pode ter uma lesão cervical que ainda não foi identificada, e mobiliza-la pode causar uma lesão mais grave B – Respiração e ventilação C - Circulação e controle da hemorragia -> que é basicamente o tratamento do choque e fazer a reposição de volume D - Incapacidade, avaliação estado neurológico E - Exposição / controle do ambiente -> expor todo o doente e avalia-lo como um todo, prevenindo lesões relacionadas a hipotermia E como isso é feito na prática? Existe uma forma muito simples fazer a avaliação do doente, que é simplesmente perguntar o nome do doente, se identificar e perguntar o que aconteceu. Como avaliar um doente em 10 segundos de forma rápida e simples? Identificar-se Perguntar o nome do doente Perguntar ao doente o que aconteceu As respostas a essas perguntas significam muitas coisas e elas são muito importantes. Porque? Porque se o paciente responde adequadamente a essas perguntas isso significa que não há comprometimento significativo da via aérea, pois se tivesse ele não conseguiria falar. Segundo, se ele consegue falar quer dizer que o comprometimento da respiração não é tão severo. E por fim, se ele consegue entender o que ta fazendo e onde ta quer dizer que o nível de consciência não ta seriamente alterado A resposta apropriada confirma A - Sem comprometimento maior da via aérea B - Respiração sem comprometimento severo C e D - Nível de consciência não seriamente diminuído Falha em responder – sugere anormalidades A, B, C ou D Então a primeira coisa que se faz é perguntar ao doente, se ele tiver acordado, consciente e sem nenhum problema ele responde, já alguns não vão estar e não vão responder. Para esses a primeiro coisa que eu vou fazer é: A- Airway Assegurar a permeabilidade das vias aéreas -> avaliar se o caminho entre o meio externo e os pulmões estão livres Retirar corpos estranhos -> aspirar se o conteúdo for líquido, retirar se for sólido A mandíbula fraturada pode cair sobre a via aérea então existem duas manobras que podem ser feitas que é tracionar e elevar o queixo do paciente (Chin lift), ou tracionar o ângulo da mandíbula pra cima (Jaw thrust) Elevar o queixo Tracionar o ângulo da mandíbula. O passo seguinte é que se o paciente voltou a respirar significa que o que estava acontecendo era uma obstrução da via aérea, e depois disso é preciso manter e assegurar essa via aérea. Nesse caso o que pode ser feito é a colocação de uma cânula Assegurar a permeabilidade das vias aéreas Colocação de cânula de Guedel Em algumas situações é preciso fazer uma via aérea definitiva, daí o paciente vai precisar ser intubado. Intubar significa passar uma cânula orotraqueal para garantir uma via aérea definitiva para o paciente Cuidados: Falha do equipamento – mais comum Incapacidade de intubar -> intubação seletiva, se intubou o esôfago ao invés da traquéia... Perda progressiva da via aérea Proteção da coluna cervical Outra coisa importante é a proteção da coluna cervical. É claro que algumas manobras de garantia de via aérea podem exigir uma hiperextensão do pescoço, mas em doentes inconsciente isso não é possível de ser feito, pois pode haver o agravamento de uma lesão da coluna cervical que ainda não foi identificada Proteger a coluna cervical -> para todos Radiografar a coluna cervical quando oportuno Manter alinhado se for manusear a coluna cervical B- Breathing Respiração Avaliar: Pulmões, parede torácica e diafragma Expor o pescoço e o tórax Frequência e característica da respiração Palpar o pescoço e o tórax Percutir e auscultar Oxigenar Ventilar Como eu faço isso? Muito simples: inspeção, palpação, percussão e ausculta. É preciso expor o paciente e avaliar o tórax, verificar a expansibilidade torácica, percurtir e auscultar. Se for identificado ao você deve tratar de imediato com oxigenação e ventilação C- Circulation Avaliação da Perfusão Orgânica -> é o diagnóstico e tratamento do choque Como eu faço para identificar o choque? Você avaliar esses três pontos: Nível de consciência -> se o paciente perde uma quantidade significativa de sangue a ponto de comprometer a perfusão cerebral, isso significa que esse choque é muito grave, porque em geral coração, cérebro e rins são poupados do choque, então isso quer dizer que se um choque conseguiu afetar o cérebro é porque a perda sanguínea foi muito grande Cor e temperatura da pele -> se tiver alteração da cor e temperatura indica choque moderado Frequência e característica do pulso -> indica choque mais leve Obs: para um paciente adulto todo pulso acima de 100 no atendimento pós-trauma é considerado como choque Identificar a fonte do sangramento Externos - controlados de imediato Compressão direta da ferida Torniquetes – sangramentos maciços Internos – diagnosticados e tratados Restauração da perfusão orgânica -> devolver o volume de sangue que foi perdido Acesso venoso Cristaloides, 1 litro em bolus Aquecidos 37ºC a 40ºC Não responsivo – transfusão sanguínea Também faz parte desse momento Diagnosticar a causa e PARAR O SANGRAMENTO Para isso nós usamos os métodos complementares que são compostos de: U Som abdominal (FAST) Lavado Peritoneal Diagnóstico -> não vou expor para vocês pois é um método em desuso Raio X do tórax e bacia (AP) -> também é importante um raio X da coluna cervical, mas nesse momento para sangramento são esses dois que são importantes US direcionada ao trauma abdominal FAST O ultrassom tem um nome específico, que é uma sigla em inglês. Ele tem quatro janelas e ele é usado fundamentalmente para identificar se há líquido na cavidade peritoneal, exceto na janela 4 que é para saber se o saco pericárdico contém líquido, com suspeita de tamponamento cardíaco Sala de emergência Cirurgião Objetivo: Líquido abdominal e pericárdico Esse slide mostra a posição dos transdutores no ultrassom, nas quatro janelas. Na janela inferior esquerda você vê baço e rim esquerdo, essa mancha um pouco mais escura é líquido dentro da cavidade, enfim, só para vocês terem uma idéia Tratamento do choque Controle definitivo do sangramento é essencial com a adequada reposição de volume -> não adianta só ficar repondo líquido indefinidamente porque o paciente não vai aguentar e vai ter uma hora que ele vai ressangrar, esse sangramento é chamado de ressangramento de reperfusão e é muito grave e em geral costuma levar o paciente ao óbito. Dessa forma, tão logo for dado o diagnóstico do sangramento deve ser feito o tratamento definitivo para esse sangramento. Por exemplo, um sangramento intra-abdominal, o paciente vai ter que ser submetido a uma laparotomia exploradora e definitivamente parar esse sangramento Restauração da volemia agressiva e continua não substitui o controle definitivo do sangramento Reanimação com mais de 1,5l de RL – Aumento do odds ratio de morte -> provou-se não ser tão eficiente. Os paciente saiam encharcados de volume, e isso só aumentava o risco de óbito Reposição volêmica agressiva sem controle da hemorragia aumentam a morbi-mortalidade Mostrou-se muito mais importante parar o sangramento do que ficar repondo volume indiscriminadamente Preste atenção aos sinais é preciso prestar muita atenção aos sinais que os doentes apresentam. As vezes eles são muito óbvios e a gente não consegue ver e isso significa a diferença entre salvar ou não salvar uma vida D- Disability Eu vou só citar para vocês,porque é alga muito fácil, muito básico Avaliação neurológica basal: nível de consciência, reação e tamanho das pupilas e sinais de lateralização (hemiparesia/hemiplegia) Escore na Escala de Coma de Glasgow Reação pupilar Atenção: Ficar atento a possível piora -> o importante de anotar esses valores é para que eles sirvam de parâmetro para uma avaliação o mais rápido possível pelo neurocirurgião Neurológica e consultar neurocirurgião E- Exposure/Enviroment Exposição / Controle do Ambiente Despir completamente o doente Prevenir a hipotermia -> assim que terminar todos os procedimentos é importante cobrir esse paciente e protege-lo Reanimação Portanto, reanimação acontece em paralelo ao exame primário e ela significa basicamente: Proteger e assegurar permeabilidade das vias aéreas Ventilar e oxigenar Parar o sangramento Tratar judiciosamente o choque Proteger da hipotermia Observe que nesse protocolo não existe reanimação cardiopulmonar do jeito que vocês estão acostumados a ver, porque? Porque geralmente para os pacientes vítimas de trauma resolver o ABCDE é mais eficiente do que massagear um paciente por exemplo que está em para por hipovolemia. Não adianta ficar comprimindo um coração que não tem sangue no seu interior, o que adianta é repor volume. Pode até ser que massagear resolva, no novo protocolo é permitido, mais tarde eu vou falar para vocês Medidas auxiliares da avaliação primária Aqui são mostradas todas as medidas auxiliares que podem ser usados durante o exame primário. São os adjuntos do exame primário Sinais vitais Eletrocardiograma Gasometria arterial Débito Urinário Oximetria de pulso Detector de CO² Sondagem nasogástrica / vesical Considerações especiais da avaliação primária Se você define nesse momento que o paciente precisa ser transferido não perca tempo tentando fazer o diagnóstico das lesões, simplesmente mantenha o doente vivo, considere esse o melhor tempo para reanimar o paciente e transfira no momento adequado. É obvio que existem pacientes tão graves que você sabe que a transferência praticamente significa óbito Não retardar transferência para procedimentos diagnósticos Considerar a possibilidade de transferência precoce Utilizar o tempo até a transferência para reanimação Quando voltou a aula ele começou a responder umas questões que não tão no slide Resposta: A -> se vocês observarem tudo que está posto ai pode ser útil nesse caso, mas o que vocês tem que observar é a ordem correta do ABCDE, o poção que segue melhor os princípios de ATLS. Esse paciente provavelmente ta em choque, então o mais adequado é repor volume e depois identificar o sangramento Resposta: B -> a primeira coisa que se tem que fazer após toda a avaliação primária e os exames realizados (adjuntos da avaliação primária) é uma reavaliação do paciente Resposta: A -> esse paciente está precisando de proteção da via aérea urgente, então seguindo o ATLS essa é a opção Resposta: B -> não se faz tomografia durante o exame primário Resposta: E ● Avaliação secundária História Exame físico: da cabeça aos pés -> ela é chamada de avaliação da cabeça aos pés Tubos e dedos em todos orifícios? -> existe um axioma que diz que: aonde tiver um orifício você deve colocar o tubo ou o dedo para avaliar Exame neurológico completo Procedimentos diagnósticos especiais -> aqui é o momento que procedimentos diagnósticos especiais como a tomografia, endoscopia, são feitos Reavaliação Esse exemplo na radiografia é uma fratura do anel pélvico, onde foi feito um exame especial, uma uretrocistografia mostrando que há um extravasamento de contraste por lesão de uretra História A avaliação secundária deve ser iniciar com a história, que devem ser feitas 5 perguntas A Alergias M Medicamentos P Passado médico / Gravidez L Líquidos e alimentos ingeridos recentemente A Ambiente / Eventos relacionados ao trauma Exame físico completo Que deve ser iniciar com: Cabeça Avaliação: Inspeção e palpação Ferimentos, contusões, fraturas, hematomas, afundamento, lacerações. Reavaliar pupilas Reavaliar nível de consciência e E.C.Glasgow. Examinar os olhos -> se paciente usar lente tem que retirar, avaliar se não há fragmentos dentro dos olhos Avaliar os pares cranianos Nessa foto nós temos uma lesão tipo escalpe gravíssima Tratamento: Manter via aérea, ventilar e oxigenar Controlar hemorragias Prevenir lesões secundárias Retirar lentes de contato Face e região maxilar e mandibular Inspeção e palpação Avaliação dos olhos e ouvidos Hematomas Afundamento Lacerações Crepitações -> as creptações nessas regiões são sinais de fratura. As fraturas crânio-faciais no primeiro momento elas não são necessárias de serem feitos procedimentos cirúrgicos, então você pode mante-las para um tratamento em um segundo momento pois há coisas mais importantes a serem feitas antes disso Coluna cervical e pescoço Avaliar: Inspeção, palpação e ausculta Lesões penetrantes e contusas -> lembrar de um músculo que esta na região do pescoço chamado de platisma, ele é conhecido como se fosse o peritônio do pescoço. Todas as lesões penetrantes que perfuram o platisma são passíveis de exploração cirúrgica, pois esse músculo é como se fosse um limite entra as estruturas nobres do pescoço Desvios da traquéia Pesquisar dor, edema, enfisema, simetria de pulsos Pesquisar sopros nas carótidas Realizar radiografia da coluna cervical lateral -> é um exame básico para esse momento Tratamento: Manter imobilização e alinhamento -> deve ser mantida a imobilização e o alinhamento para que possam ser feitos os exames radiológicos, e só depois de ter certeza de que não há nenhuma lesão dos componentes da coluna como um todo só então pode se retirar os processos de imobilização Explorar ferimentos penetrantes (?) Tórax Inspeção, palpação, percussão e ausculta Avaliar os batimentos cardíacos e o murmúrio vesicular. -> é agora a primeira vez que vai ser realizada a ausculta dos batimentos cardíacos. A ausculta cardíaca é um ato do exame físico que só é realizado durante a avaliação secundária Palpar enfisemas, pontos dolorosos, crepitações. -> pode sugerir fratura de arcos costais ou trauma torácico de menor monta Percutir timpanismo ou macicez Tratamento: Descomprimir, Drenar, Realizar curativos e Pericerdiocentese -> não vou entrar em detalhes porque vamos ter uma aula só sobre isso Abdome Avaliação: Inspeção, palpação, percussão e ausculta Lacerações (exploração) -> é nessa região que estão ocultas as lesões que podem ser mais graves. Lesões de vísceras maciças como fígado e baço, se não forem bem examinadas podem passar despercebidas e o paciente chocar por exemplo Hematomas Crepitações Dor (local, características) Ruídos hidroaéreos Timpanismo Falou do caso desse paciente que se envolveu em uma briga e teve lesão da parede anterior do abdome com a exposição das vísceras, mas não tinha nenhuma lesão nas vísceras em si Realizar: (aqui podem ser feitos alguns exames complementares) Raio x da pelve Lavagem peritoneal -> está em desuso, mas nesses casos específicos pode ser de bom uso, principalmente se na região onde você está não tem ultrassom abdominal disponível TC com contraste -> é o melhor exame para avaliar o componente abdominal Tratamento: Laparotomia Redução de volume da pelve Períneo, reto e vagina Inspeção, toque vaginal e retal Lacerações (exploração) Hematomas, sangramentos e crepitações Dor (local, características) Exame especular (grávidas) -> para avaliar se não há ruptura de saco amniótico ou descolamento de placenta, entre outras.. pois essas coisas podem significar morte prematura para o bebê Anel pélvico Inspeção e palpação Hematomas Dor e mobilização a palpação Rotação de MMII e Desnivelamento -> nesse momento se for identificada fratura do anel pélvico uma medida que pode ser tomada é a manobra de rotação interna dos membros inferiores, amarrar um pé sobre o outro, de forma que você consiga reduzirum pouco o anel pélvico de maneira que o sangramento seja reduzido. Também é possível usar um sling que tem mais ou menos a mesma função Músculo esquelético Inspeção, palpação, perfusão e mobilização ativa e passiva Examinar MMII e MMSS: hematomas, sangramentos, deformidades, perfusão, temperatura, coloração, palpar pulsos, verificar movimentos e crepitações. -> se forem identificadas o paciente deve ser encaminhado para o serviço de traumatologia, aonde vai ser feito o tratamento adequado Tratamento: Imobilizar MMII e MMSS: Antitetânica Exame neurovascular completos Avaliação secundária Exame neurológico completo Sensitivo tátil e doloroso Motor: Reflexos É nesse momento que nós fazemos o exame neurológico completo Medidas auxiliares (são os aditivos da avaliação secundária) Radiografias adicionais coluna. Tomografia Computadorizada Urografia excretora Angiografia US transesofágico Broncoscopia Esofagoscopia Não são obrigatórios de serem feitos, só são pedidos quando necessários Conclusões SVAT/ATLS é seguro -> é o protocolo mais utilizado no mundo A sequência de avaliação é o melhor protocolo Exequível em qualquer emergência A história/mecanismo de trauma são importantes no diagnóstico Promove uma linguagem comum