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Gramática Internalizada e Descritiva

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· Gramática internalizada – conjunto de regras que o falante domina e utiliza na comunicação, de maneira que as frases e sequências das palavras são compreensíveis e reconhecidas como pertencendo a uma língua e não é ensinada de forma convencional. Para se provar a existência da gramática internalizada, há dois fatores linguísticos: a aprendizagem por repetição, ouve-se a fala de outrem e se reproduz o que ouviu, aplicando as “regras” , que são observadas por comparações; outro fator é a hipercorreção gramatical.
Para a gramática normativa, a língua corresponde às formas de expressão observadas e produzidas por pessoas cultas e de prestígio. Já para a gramática descritiva, nenhuma expressão é desqualificada como não pertencente à língua, porque a língua falada e a escrita não são uniformes, e o objetivo é encontrar as regularidades que condicionam essa variação.
Gramática Descritiva
A Gramática Descritiva, também conhecida como Sincrônica (do grego syn- 'reunião', chrónos 'tempo'), reconhece a língua como meio de comunicação entre os seus falantes e procura descrever seus mecanismos de organização e funcionamento em determinado contexto. Nesse sentido, são consideradas as variações linguísticas da língua bem como os modos de fala e escrita dos usuários em um contexto mais generalizado. Isto significa que a Gramática Descritiva está ligada a uma determinada comunidade linguística e reúne as formas gramaticais aceitas por estas comunidades.
Na Gramática Descritiva, a preocupação é descrever e/ou explicar as línguas tais como elas são faladas, independentemente do que a Gramática Normativa prescreve como sendo correto ou não. Veja este exemplo:
· Mãe, vou no banheiro lavar este machucado.
Observe que este enunciado apresenta um erro de construção sintática com relação à regência do verbo “ir”, já que, quem vai, vai a algum lugar e não no ou na lugar. Sendo assim, a Gramática Normativa reconhece a forma correta como sendo: “Mãe, vou ao banheiro lavar este machucado.”
Para Gramática Descritiva, este equívoco de regência verbal não invalida o enunciado do ponto de vista semântico, já que seu conteúdo é passível de compreensão por qualquer falante da língua em seu uso coloquial, ou seja, é um enunciado que consegue cumprir com eu propósito comunicativo. Por isso, na Gramática Descritiva, as regras formuladas derivam estritamente da língua em uso, desmistificando os conceitos de certo e errado em um sistema linguístico.
A Gramática Descritiva orienta o trabalho dos sociolinguistas, já que as línguas são patrimônios sócio-histórico-culturais vivos e, por isso, estão em constante processo de transformação. Assim, sem a pretensão de apontar erros, a Gramática Descritiva enseja identificar todas as formas de expressão existentes e verificar quando e por quem são produzidas.
Na perspectiva da Gramática Descritiva, não existe erro gramatical, pois, ao adotar um critério social, não linguístico, de correção, considera erradas apenas as estruturas gramaticais não presentes com regularidade nas variedades linguísticas reconhecidas pelos falantes da língua.
Níveis de descrição gramatical
As gramáticas dedicam-se à análise dos diferentes níveis de organização das línguas naturais. Cada parte da Gramática corresponde ao estudo dos níveis: Fonológico, Morfológico, Sintático, Semântico e Pragmático. Vejamos cada um deles:
· Fonológico: Trata-se do estudo sobre os fonemas (sons) da língua, suas possibilidades de combinação em sílabas.
· Morfológico: Estudo das classes de palavras, suas flexões e os processos de formação.
· Sintático: Trata-se do estudo sobre as funções e relações entre as palavras nas sentenças linguísticas.
· Semântico: Estuda sobre o significado das palavras, as relações de sentido que elas estabelecem e sua organização lexical.
· Pragmático: Trata-se do estudo sobre a relação entre o sentido dos textos e o contexto em que são utilizados.

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