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Medidas de saúde coletiva

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MEDIDAS DE SAÚDE COLETIVA 
DANIELA FRANCO 
COEFICIENTE 
O numerador é diferente do denominador. O que indica 
um risco. 
COEFICIENTE DE MORBIDADE 
Avalia doença. Risco da pessoa ser doente ou ficar 
doente. 
PREVALÊNCIA 
Vê todos os casos de uma doença (novos + antigos). A 
taxa de prevalência é o risco de uma pessoa ser doente 
na população. 
Número de casos de uma doença no tempo x e lugar y 
População total 
Se tem 100 pessoas e 20 delas tem HAS, o risco de 
desenvolver HAS é 20% nessa população. Quanto mais 
casos tiver de uma condição mais risco de adoecer por 
ela. Não é constante o ano inteiro. 
O que pode aumentar a prevalência? 
 Imigração de doentes 
 Doença mais longa 
 Maior número de diagnóstico 
O que pode diminuir a prevalência? 
 Emigração de doentes 
 Menor número de diagnóstico 
 Doença mais curta 
INCIDÊNCIA 
Total de casos novos de uma doença. A taxa de 
incidência seria o risco de adoecer na população. 
Nº de casos novos de uma doença no tempo x e lugar y 
População Exposta (e suscetível) 
 
O que pode aumentar a incidência? 
 Rastreamento 
 Novo fator de risco 
 Novo agente infeccioso 
O que diminui incidência? 
 Menos exames diagnósticos 
 Vacinação 
 Uso de EPIs 
 
Se aumenta a duração da doença a pessoa não morre 
então só aumenta a prevalência (DM, HAS, Hepatite – 
doenças crônicas). Incidência não muda com o tempo 
(gripe, meningite, COVID – doenças agudas). Se duração 
curta (morre ou cura) diminui prevalência. 
 
COEFICIENTE DE LETALIDADE 
Mede a capacidade de uma doença levar ao óbito. 
Avalia a gravidade da doença (capacidade de óbito). 
Nº de óbitos provocados por uma doença x 
Nº de casos de uma doença x 
 
 
COEFICIENTE DE MORTALIDADE 
COEFICIENTE DE MORTALIDADE GERAL 
Risco de uma pessoa morrer numa população (inclui 
pessoas sadias e doentes). 
Nº de óbitos no tempo x e lugar y 
População no mesmo local e período 
 
Da para saber que morreu, mas não quem morreu 
(criança, idoso etc). Não serve para avaliar qualidade de 
vida. Esse coeficiente serve pra nada. 
 
OBS: não serve para comparar regiões diferentes (cada 
região tem suas características, e essa formula não inclui 
essas características). Se quiser comparar países tem 
que avaliar por idade, aí é o coeficiente de mortalidade 
ajustado por idade. 
 
PREVALÊNCIA = INCIDÊNCIA X DURAÇÃO 
COEFICIENTE DE MORTALIDADE ESPECÍFICA 
Risco de uma pessoa morrer por determinada causa na 
população. 
Nº de óbitos pela doença no tempo x e lugar y 
População no mesmo local (com risco) 
 
Causas de morte: 
1. Doenças aparelho circulatório 
2. Neoplasias 
3. Doenças do aparelho respiratório 
4. Externas 
5. Doenças endócrinas 
 
COEFICIENTE DE MORTALIDADE MATERNA 
Óbitos por causa materna, em relação a gestantes. 
Difícil dizer quantas gestantes tem. Para saber as 
gestantes é so analisar os nascidos vivos (= gestante). 
 
Risco de uma mulher morrer durante a gravidez, parto 
ou puerpério (42 dias) em relação aos total de nascidos 
vivos. 
 
Nº de óbitos por causa materna X 100.000 
Nº de nascidos vivos 
 
Causas obstétricas diretas: Coisas que só acontecem 
por que a mulher estava grávida (não tem doença prévia 
que interferiu no óbito). Exclui acidentes. Evitável. Se 
tiver alto quer dizer que a saúde é ruim, grávida sem 
doença prévia não deveria morrer (bom indicador de 
saúde) 
 Pré-eclâmpsia, eclâmpsia 
 Hemorragia 
 DPP 
 Infecções 
 
Causas obstétricas indiretas: mulher já tinha uma 
condição que se agravou com a gestação. Inevitável. 
 Cardiopatia 
 HAS pré-existente 
 
COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL 
Risco de uma criança morrer, menor de 1 ano de vida. 
Não tem como saber quantos tem < 1 ano, então 
usamos os nascidos vivos naquela ano. Natimorto não 
entra (morreu antes de nascer) 
Nº de óbitos até 1 ano de idade X 1.000 
Nº de nascidos vivos 
 
Pode pegar primeiro ano de vida e dividir: 
 Neonatal: até 28 dias 
 Neonatal precoce: 0-7 dias 
 Neonatal tardio: 7 – 28 dias 
 Pós natal: 28 dias – 1 ano 
 Perinatal: natimorto + nenatal precoce; 
22semanas de gestação – 7 dias de vida. 
 
NEONATAL PRECOCE: risco de uma criança nascida 
morrer antes de completar 7 dias de vida 
 
Nº de óbitos em menores de 7 dias X 1000 
Nº de nascidos vivos 
 
Maioria morre na primeira semana: Afecções perinatais 
(prematuridade, encefalopatia isquêmica) e 
malformações congênitas (2 principais) 
 
NEONATAL TARDIO: risco de uma criança nascida 
morrer entre 7 e 28 dias de vida 
 
Nº de óbitos entre 7-28 dias X 1000 
Nº de nascidos vivos 
Mesmas causas. 
 
PÓS-NATAL: (coeficiente de mortalidade infantil 
tardio) risco de uma criança nascida morrer entre 28 
dias – 1 ano. Tem que nascer (não conta natimorto) 
 
Nº de óbitos entre 28 e 365 dias X 1000 
Nº de nascidos vivos 
 
Obs: antigamente essa era a principal causa, meio 
ambiente no brasil era precário, muita infecção. Hoje 
em dia melhorou, agora é mais comum morrer no 
neonatal tardio. 
 
Principais causas: malformação congênita, afecções 
perinatais, doenças do aparelho respiratório e DIP. 
 
PERINATAL: risco de um óbito entre 22 semanas de 
gestação e 7 dias de vida dentre o total de nascidos. Aqui 
conta com os natimortos. 
 
Nº de natimortos + óbitos até 7 dias X 1000 
Nº de nascidos 
 
 
ÍNDICES 
O numerador é igual ao denominador. Sempre o 
numerador está contido no denominador. 
 
ÍNDICE DE MORTALIDADE/ MORTALIDADE 
PROPORCIONAL 
 
Nº de óbitos por idade/causa 
Nº de óbitos total 
 
ÍNDICE DE SWAROOP-UEMURA 
Avalia o nível de saúde em uma população. 
Avalia a proporção de óbitos entre indivíduos com 50 
anos ou mais dentre o total de óbitos. 
Nº de óbitos em indivíduos com 50 anos ou mais 
Nº total de óbitos 
 
Indica um excelente índice de vida. Pois se alto indica 
que está morrendo > 50 anos (mais velhos e menos 
jovens, país mais desenvolvido). Se for baixo significa 
que morre mais jovem, e não era pra morrer jovem 
então significa que o índice de saúde daquela região é 
ruim. 
 
CURVAS DE NELSON MORAES 
Pegou 100% dos óbitos e dividiu em 5 idades: 
 < 1 ano 
 1 – 4 anos 
 5 – 19 anos 
 20 -49 anos 
 > 50 anos 
 
Curva tipo I (tipo N), nível muito baixo (muito jovem e 
criança morrendo – condições de saúde do pais são 
ruins). 
Curva tipo II, em L ou J invertido: Nível baixo - muita 
criança morrendo. 
Curva tipo III, em U: nível intermediário (melhorando, 
mais ainda tem criança morrendo) 
Curva tipo IV, em J: nível elevado (melhor, morre 
poucas crianças). 
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 
Queda de fecundidade (estreitamento da base) e queda 
de mortalidade (alargamento de ápice). Aumento do 
envelhecimento. 
 Crescimento populacional 
 Diminuição de fecundidade 
 Diminui de mortalidade 
 Aumento da expectativa de vida 
 Diminuição da mortalidade 
infantil 
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA 
Substituição de doenças transmissíveis pelas não 
transmissíveis (doenças crônicas, externas). 
 
Em 2020: DIP veio para 2 lugar 
Principal causa materna nos últimos 30 anos pré-
eclâmpsia e eclampsia. Em 2020 DIP (COVID). 
Homens: 1º circulatório, 2º neoplasia e 3º externas 
Mulheres: 1º circulatório, 2º neoplasias, 3º respiratório, 
4º endócrino e 5º externas 
“Tripla carga de doenças” presença de DIP (infeciosa), 
doenças crônicas e causas externas. 
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 
SIM – Sistema indicador de mortalidade 
SINASC – Nascidos 
SINAN – Notificação compulsória 
SIAB – Atenção básica 
SIH – Hospitalar (geradora de insumos básicos para 
planejamento de ações preventivas e controle e para 
organização de serviços de saúde) 
SAI / SUS – Atenção secundária 
OUTROS INDICADORES 
PROPORÇÃO DE IDOSOS NA POPULAÇÃO 
Proporção = índice 
Nº de idosos > 60 anos x 100 
População total 
 
Proporção de idosos vem aumentando com o tempo.ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO 
 
Nº de pessoas com idade > 60 anos x 100 
População com idade < 15 anos 
 
Tem aumentado. População idosa vem aumentando. No 
brasil teve transição demográfica, diminui as crianças 
(redução da taxa de fecundidade) e aumentou os idosos 
(redução na taxa de mortalidade geral). 
 
RAZÃO DE DEPENDÊNCIA 
População economicamente dependente (0-14 anos ou 
> 60 anos) em relação a população economicamente 
ativa. 
Nº pessoas com idade entre 0-14 anos + > 60ª x 100 
População entre 15-59 anos 
 
Razão de dependência vai aumentar. 
 
DALY 
Anos de vida perdidos ajustados pela incapacidade. 
Avalia a perda de vida saudável. Junção de dois 
indicadores: 
 Morte prematura (morre cedo) 
 Anos vividos com incapacidade (continua 
vivendo mas com alguma incapacidade) 
OBS: COVID alterou os anos de vivida potencialmente 
vividos. 
RAZÃO DE MASCULINIDADE 
Razão de homens em relação a mulheres 
EX: H – 28.000 M – 22.000 
28.000/ 22000 X 1000 = 1272

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