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DISCIPLINA QUÍMICA AMBIENTAL AULA 06 SUBSTÂNCIAS DA ATMOSFERA AUTOR MILTON BEZERRA DO VALE TECNÓLOGO EM GESTÃO AMBIENTAL DISCIPLINA QUÍMICA AMBIENTAL AULA 06 SUBSTÂNCIAS DA ATMOSFERA AUTOR MILTON BEZERRA DO VALE TECNÓLOGO EM GESTÃO AMBIENTAL GOVERNO DO BRASIL Presidente da República DILMA VANA ROUSSEFF Ministro da Educação ALOIZIO MERCADANTE Diretor de Ensino a Distância da CAPES JOÃO CARLOS TEATINI Reitor do IFRN BELCHIOR DE OLIVEIRA ROCHA Diretor do Câmpus EaD/IFRN ERIVALDO CABRAL Diretora Acadêmica do Câmpus EaD/IFRN ANA LÚCIA SARMENTO HENRIQUE Coordenadora Geral da UAB /IFRN ILANE FERREIRA CAVALCANTE Coordenador Adjunto da UAB/IFRN JÁSSIO PEREIRA Coordenadora do Curso de Tecnologia em Gestão Ambiental MARIA DO SOCORRO DIÓGENES PAIVA TECNÓLOGO EM GESTÃO AMBIENTAL Química Ambiental AULA 06 - Substâncias Da Atmosfera Professor Pesquisador/Conteudista MILTON BEZERRA DO VALE Direção da Produção de Material Didático ROSEMARY PESSOA BORGES Coordenação de Produção de Mídia Impressa e de Design Gráfico LEONARDO DOS SANTOS FEITOZA Projeto Gráfico BRENO XAVIER Diagramação ANDREZA RÊGO Ilustrações VICTOR HUGO 5 SUBSTÂNCIAS DA ATMOSFERA APRESENTANDO A AULA Nesta aula, você vai conhecer as substâncias-traço da atmosfera, as quais têm origem natural e estão presentes na atmosfera há milhões de anos, e as produzidas pela atividade humana, sendo algumas novas como CFCs, e outras antigas, como o dióxido de enxofre. Para observar as principais reações atmosféricas envolvendo essas substâncias, você precisará conhecer as suas fontes, como elas nos afetam, assim como ao meio ambiente, e relacioná- las com os principais problemas ambientais atmosféricos. DEFININDO OBJETIVOS Após a realização dos estudos correspondentes a esta aula, você será capaz de: • identificar as características das substâncias-traço da atmosfera; • conhecer as fontes naturais e antropogênicas das substâncias-traço da atmosfera; • identificar as principais reações químicas envolvendo essas substâncias; • conhecer os efeitos sobre a saúde dos seres vivos e no meio ambiente. 6 QUÍMICA AMBIENTAL DESENVOLVENDO O CONTEÚDO Substâncias da atmosfera O ar é uma mistura de alguns gases dominantes e muitíssimos gases em quantidades muito pequenas (gases-traço), alguns dos quais são realmente importantes para nosso sistema climático. Os gases dominantes que compõem a atmosfera terrestre, tais como o oxigênio e o nitrogênio, têm muito pouco efeito sobre o clima da Terra. Se eles fossem os únicos componentes, a Terra seria um lugar inóspito, com una temperatura média global da ordem de -18 °C. Dessa forma, não poderia existir água líquida. Além de envolver a biosfera possibilitando a existência da vida, os gases da atmosfera têm importância como matéria-prima para indústrias químicas ou em outros usos. O ar fornece seis gases industriais: nitrogênio, oxigênio, neônio, argônio, criptônio e xenônio, os quais são obtidos através de liquefação, e, em seguida, destilados. Uma importante utilização desses gases é na produção e manutenção de temperaturas muito baixas em sistemas (criogenia). O gás carbônico é obtido de forma industrial por outros métodos. Os mais empregados são a combustão de gás natural, como subproduto no processo de fermentação de açúcares, na indústria de álcool, ou nos fornos de produção de cal. O “gelo seco” é o dióxido de carbono sólido. Substâncias-traço do ar A atividade humana tem se mostrado um fator desorganizador dos processos da natureza. Os ciclos biogeoquímicos reciclam os materiais produzidos e consumidos pela biosfera. Atualmente, esse equilíbrio está ameaçado pelas crescentes alterações das condições física, químicas e biológicas do meio ambiente pelo homem. Além dos dois principais gases que constituem a atmosfera, surgem outros, de forma natural ou antropogênica, que podem poluir a atmosfera ou não. Podemos destacar: 7 SUBSTÂNCIAS DA ATMOSFERA • Dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2): O CO2 é um gás inodoro, incolor e de sabor ácido. Não é combustível, nem alimenta a combustão. É 1,4 vezes mais pesado que o ar. É o mais abundante dos óxidos atmosférico. É um constituinte atmosférico natural, e necessário para o crescimento das plantas. O nível do dióxido de carbono na atmosfera, atualmente é aproximadamente 365 ppm em volume, mas está aumentando por aproximadamente 1 ppm por ano. O dióxido de carbono faz parte do ciclo do carbono. A sua presença na atmosfera é, principalmente, resultante da combustão completa de matéria com carbono que pode ocorrer em usinas termoelétricas, industriais, aquecimento doméstico, florestas ou campos, atividades vulcânicas e biológicas (respiração dos animais, vegetais e microrganismos). Pode ser obtido através da oxidação do CO atmosférico, conforme a equação abaixo: CO + 1⁄2 O2 CO2 Vários processos controlam a quantidade de gás carbônico na atmosfera, determinando a sua retirada e incorporando-o a ambientes, seres vivos ou materiais existentes na crosta terrestre. Dentre eles, destaca-se o efetuado pelas plantas através da fotossíntese. Nesse processo, o gás carbônico atmosférico é fixado por um mecanismo físico-químico e transformado em substâncias mais complexas, que servem para a nutrição das plantas, conforme equação abaixo: luz CO2 + 12H2 O CO2 + 6O2 +6H2O Outra forma de consumo de gás carbônico ocorre na sua solubilização nas algas dos oceanos. Dessa forma, uma parte pode ser usada na fotossíntese por algas, desde as microscópicas até as macroscópicas (como os sargaços); outra parte forma íons carbonatos e bicarbonatos. Esses íons elevam o pH da água, tornando- a básica e são metabolizados por organismos vivos, que as utilizam na produção de estrutura 8 QUÍMICA AMBIENTAL para o seu suporte e/ou proteção (conchas e estruturas coralinas). Entretanto, o gás carbônico na água da atmosfera forma ácido, abaixando o pH da água. Gás carbônico é componente normal da atmosfera e parte principal do ciclo do carbono na atmosfera, essencial à vida dos vegetais e à manutenção da vida dos seres vivos. Por isso, não pode ser considerado como poluente. É o principal componente do efeito estufa. A sua acumulação crescente poderá elevar a temperatura da superfície terrestre a um ponto perigoso e provocar catástrofes ecológicas e geoquímicas, através do aquecimento do planeta. É um gás não-tóxico, mas, em alta concentração, pode diminuir a respiração. Em função de seus efeitos sobre o ambiente, o CO2 pode, a longo prazo, tornar a Terra imprópria à vida humana, pelo aquecimento excessivo que poderá provocar. • Monóxido de Carbono (CO): Gás incolor, inodoro e muito tóxico. É o poluente atmosférico que se encontra em maior quantidade no ar das grandes cidades. Faz parte do ciclo do carbono. É produzido, principalmente, nos motores de automóveis, pela combustão incompleta do carbono nos combustíveis; na queima de materiais fósseis, como o petróleo, o carvão (em condições de pouco oxigênio e/ou alta temperatura), ou outros materiais ricos em carbono, como derivados de petróleo, nas indústrias metalúrgicas e refinarias de petróleo. É produzido também, através da oxidação do metano, quando é introduzido na atmosfera, conforme equação abaixo: 2CH4 + 3O2 2CO + 4H2O Outra fonte natural de monóxido de carbono é a degradação de clorofila no outono. Essa substância química é um dos mais perigosos tóxicos respiratórios para o homem e outros animais, pois a afinidade da hemoglobina pelo monóxido de carbono é 210 vezes maior que pelo oxigênio. Combina-se com a hemoglobina do sangue de forma irreversível, diminuindo a capacidade de transporte do O2 dos pulmões até aos tecidos, causando dificuldades respiratórias e asfixia, podendo conduzir à morte. 9 SUBSTÂNCIAS DA ATMOSFERA • Dióxido de enxofre (SO2): Gás incolor, muito solúvel na água, denso, tóxico a plantas e animais, não inflamávelà pressão e temperatura ambiente, de cheiro muito forte e pode ser irritante. Faz parte do ciclo do enxofre. Formado, principalmente, a partir da queima de combustíveis fósseis, notadamente da queima do carvão (e com concentração maior se o mesmo for rico em piritas (FeS2) e enxofre orgânico), da queima de biomassa e, de forma natural, da erupção vulcânica e da descarga elétrica na atmosfera. É produzido em menor escala através da reação de oxidação do H2S e do enxofre: S + O2 SO2. É um dos principais causadores da chuva ácida, pois, associado à água presente na atmosfera, forma ácido sulfúrico. Sobre os vegetais, inibe a fotossíntese e causa lesões nas folhas, provocando manchas, descoloração, clorose, parada de crescimento e redução de rendimento. Gás irritante para as mucosas dos olhos e vias respiratórias. Em concentrações elevadas, pode provocar efeitos agudos e crônicos à saúde humana, especialmente ao aparelho respiratório; pode agravar problemas cardiovasculares – os efeitos são agravados pela presença simultânea do SO2 e de partículas na atmosfera. Crianças e idosos são especialmente sensíveis a SO2. • Trióxido de enxofre (SO3): Na atmosfera, é obtido através da oxidação fotoquímica do dióxido de enxofre por ação catalítica de metais. Como esse composto apresenta grande afinidade com a água, transforma-se em ácido sulfúrico, que, sendo líquido, assume a forma de pequenas gotas; essas partículas podem permanecer suspensas na atmosfera ou precipitarem-se como chuva ácida. Graças à sua grande reatividade, o ácido sulfúrico, junto com outras substâncias, forma sulfatos. Costuma-se designar de SOx a mistura de SO2 e SO3 existente no ar, que constituem talvez os poluentes mais nocivos à atmosfera. • Sulfeto de hidrogênio ou gás sulfídrico (H2S): Outra forma de enxofre que pode aparecer naturalmente na atmosfera é o 10 QUÍMICA AMBIENTAL sulfeto de hidrogênio, H2S, composto responsável pelo cheiro desagradável dos ovos podres. Sua origem está na decomposição da matéria orgânica e redução do sulfato resultante da ação de bactérias. Pode ser encontrado em erupções vulcânicas, esgoto sanitários, pântanos, sedimentos, lagos e até mesmo em oceanos. Faz parte do ciclo do enxofre. Na atmosfera, o sulfeto de hidrogênio sofre ações químicas e fotoquímicas e, após algumas horas, transforma-se em dióxido de enxofre. • Ácido sulfúrico (H2SO4): Na atmosfera, origina-se da hidrólise. É um ácido forte, tem ação corrosiva sobre materiais; é também responsável pela precipitação ácida. • Monóxido de dinitrogênio (N2O): É conhecido como gás hilariante. Na atmosfera, a sua origem é a decomposição de aminoácidos presentes na matéria orgânica, realizada pelas bactérias. A substância N2O ocorre no mar e no solo e a partir de descarga elétrica na atmosfera. • Monóxido de nitrogênio (NO): Gás incolor, insípido, inodoro, pouco tóxico. Tem papel importante como precursor nos processos fotoquímicos. Faz parte da representação NOX, juntamente com o NO2. Decorre da ação de descargas elétricas atmosféricas (relâmpagos e raios) durante tempestades, que provocam a reação dos dois gases predominantes da atmosfera (N2 e O2). Certos microrganismos do solo, ao agirem sobre a matéria orgânica, também podem dar origem ao NO, que passa então à atmosfera. Entretanto, a maior fonte desse composto é a combustão de derivados de petróleo em motores de explosão. • Dióxido de nitrogênio (NO2): Apresenta odor irritante, altamente tóxico e é um forte oxidante, muito corrosivo e de cor acastanhada. Atua como catalisador na reação de dióxido de 11 SUBSTÂNCIAS DA ATMOSFERA enxofre em trióxido de enxofre. Resulta da ação de descargas elétricas na atmosfera sobre N2 e O2. Também deriva da oxidação do NO, através de várias reações fotoquímicas, as quais envolvem, direta ou indiretamente, o oxigênio ou sua forma alotrópica, o ozônio. Porém, pode haver reversão a monóxido, pela ação fotoquímica da radiação solar. De forma antropogênica, ele pode ser formado nas reações de combustão de combustíveis fósseis, na queima de querosene, a partir da reação de ácido nítrico com alguns metais (como a prata). O dióxido de nitrogênio existe em equilíbrio com o tetróxido de dinitrogênio, N2O4. Dentre os efeitos acarretados ao homem com o uso do NOx, destaca-se a irritação das mucosas, podendo provocar enfisema pulmonar. Se transferido ao sangue, pode causar metemoglobinemia (uma forma perigosa de anemia). Temos ainda transformação desses óxidos, no interior do aparelho respiratório, em nitrosaminas, consideradas como carcinogênicas. Os efeitos do NOx no meio ambiente são os seguintes: provoca chuva ácida, aquecimento global; o fenômeno de inversão térmica, sobre os vegetais, inibe a fotossíntese e causa lesões nas folhas. São constituintes do “smog” fotoquímico, pois são responsáveis pela formação do peróxido de acetil nitrato ou peroxiacil nitrato (PAN), um dos componentes do “smog” fotoquímico. Os óxidos de nitrogênio, NOx, participam ainda no ciclo do ozônio. Entretanto, eles também consomem o ozônio, não havendo produção líquida de O3, de acordo com as equações abaixo: NO2 + hν NO + O O + O2 + M O3 + M NO + O3 NO2 + O2 • Amônia (NH3): Encontra-se em quantidade muito pequena. Ela provém da fermentação de materiais orgânicos nitrogenados provocados por microrganismos e processos químicos industriais. É capaz de reagir com os ácidos da atmosfera. 12 QUÍMICA AMBIENTAL • Ozônio (O3): O ozônio é um forte oxidante, possui um cheiro forte, acre e pungente e apresenta ação tóxica. Por isso, é um poluente na troposfera, apesar do seu importante papel na estratosfera. Muito tóxico a plantas e animais, prejudica os pulmões, o sistema respiratório e os olhos. Enquanto, nas plantas, ele provoca manchas, descoloração e parada no crescimento. Na troposfera, forma-se, principalmente, por reações fotoquímicas com radiações UV, envolvendo compostos orgânicos voláteis (como a gasolina), oxigênio e dióxido de nitrogênio, podendo ser formando tanto na troposfera, quanto nas camadas superiores. Como resultado do seu processo de formação, as suas concentrações são, normalmente, mais elevadas durante o período de primavera-verão. É produzido também a partir de descargas elétricas na atmosfera. É o principal responsável pelo “smog”. • Hidrocarbonetos (HC): São compostos orgânicos formados por átomos de carbono e hidrogênio. São, usualmente, vapores não queimados que evaporam dos reservatórios, tais como gasolina, querosene, etc. Origina-se também de combustão incompleta de combustíveis fósseis. • Metano(CH4): Um gás inodoro, incolor, pouco solúvel na água e menos denso que o ar. O metano possui várias fontes naturais através da fermentação da matéria orgânica por processo anaeróbio. Dessa forma, participa do ciclo biogeoquímico do carbono (conforme equação abaixo) e é liberado das fontes subterrâneas como o gás natural e de minas de carvão, liberado no cultivo de arroz, nos pântanos e na digestão dos animais herbívoros. 2CH2O CH4(g) + CO2 É consumido na atmosfera sob a ação da radiação solar e radicais químicos. Na 13 SUBSTÂNCIAS DA ATMOSFERA troposfera, através de reações fotoquímicas, participa na formação de CO e O3. Por exemplo, ele reage com radical hidroxila e transforma- se em monóxido e dióxido de carbono. É um gás importante do efeito estufa. Destrói-se na baixa atmosfera por reações com radicais livres OH. • CFCs: Os clorofluorcarbonos ou CFCs são compostos antropogênicos de carbono, cloro e flúor. Dentre esses compostos, os conhecidos como freon 11 (CCI3F) e freon 12 (CCI2F2) foram os mais amplamente utilizados como gases para refrigeradores, compressores de ar condicionado e como propelentes em produtos diversos como inseticidas, cremes de barbear, sprays para cabelo, desodorantes etc. Os CFCs foram tambémlargamente utilizados como solventes para a limpeza de peças eletrônicas, como chips de computadores, e na manufatura de espumas plásticas porosas. Esses gases, além da destruição da camada de ozônio, contribuem para o aumento do efeito estufa. • Vapor de água: A composição do ar (já mencionada no módulo 5) é dada sobre o ar seco (sem nenhuma água). O vapor de água, entretanto, é distribuído de forma muito pouco homogênea na atmosfera. Dependendo das circunstâncias climáticas e da temperatura, o índice de vapor de água de ar pode variar entre 0,1% e 4% na troposfera e diminui a quase zero em qualquer lugar acima da tropopausa. Além destes, há milhares de gases orgânicos e inorgânicos que são emitidos pelas plantas e animais ou durante procedimentos industriais (por exemplo, solventes) ou são formados durante processos químicos na atmosfera. Contribuem para processos químicos muito complexos, em particular, na maior parte da camada mais baixa da atmosfera, a troposfera. • Material particulado: Grupo de substâncias ou materiais no estado sólido ou líquido, suspensas no ar. 14 QUÍMICA AMBIENTAL O tempo de permanência destas partículas na atmosfera está relacionado com o seu tamanho e densidade. Sua origem natural é proveniente das erupções vulcânicas, das queimadas, do pólen, da maresia, nas nuvens de poeiras levantadas pelo vento, enquanto a origem antropogênica é diversificada, como pode ocorrer, por exemplo, nas usinas termoelétricas alimentadas com carvão, nas siderúrgicas, nas indústrias de cimento e no trânsito de veículos. As principais espécies são: fuligem, óxidos, silicatos, cloretos, sulfatos, fluoretos, metais, nitrato, resinas, pólen, fungos e microrganismos. Podem ser denominados de diversos modos: aerossóis, fumos, neblina, névoa e pós. Os efeitos das partículas na saúde dependem tanto da dimensão como das características físicas e químicas das partículas. Podem causar vários problemas de saúde: irritação nasal, tosse, bronquite, asma, enquanto as partículas mais finas podem transportar substâncias tóxicas para as vias respiratórias e atingir os alvéolos pulmonares, provocando dificuldades respiratórias e, por vezes, danos permanentes. O seu efeito no meio ambiente é o fato de que protegem a Terra da radiação solar, pois facilitam a formação de nuvens. ATIVIDADE 01 1.1. Descreva os processos industriais para obtenção dos principais gases da atmosfera. 1.2. Por que chamamos o monóxido de carbono de assassino silencioso? 1.3. Quais formas de diminuir o dióxido de carbono da atmosfera? 1.4. Cite e comente sobre as principais fontes naturais de metano. 1.5. Cite três substâncias formadas através da descarga elétrica na atmosfera. 1.6. Cite a principal fonte natural e antropogênica de enxofre para a atmosfera. 15 SUBSTÂNCIAS DA ATMOSFERA 1.7. O teor de água na atmosfera varia de 0,1 a 4%. Cite locais na superfície da Terra onde o teor de água na atmosfera é mínimo e o local onde pode ser máximo. RESUMINDO Nesta sexta aula, aprendemos que a presença de algumas substâncias em pequena quantidade na atmosfera influenciam na qualidade da vida no nosso planeta, protegendo contra radiações e tornando o clima agradável. Muitas dessas substâncias-traço têm origem natural, porém, com a atividade antropogênica, vem aumentando, constantemente, os seus teores, provocando desequilíbrio nos ciclos naturais. Além do mais, muitas dessas substâncias são tóxicas, provocando doenças e até, em alguns casos, a morte. Conhecemos as principais fontes dessas substâncias, possibilitando que busquemos formas de evitá-las ou diminuí-las para um ambiente atmosférico mais saudável. LEITURAS COMPLEMENTARES MARTINS, C. R.; PEREIRA, P. A. P.; LOPES, W. A.; ANDRADE, J. B. Ciclos Globais de Carbono, Nitrogênio e Enxofre: A importância na química da atmosfera. Cadernos Temáticos de Química Nova na Escola, São Paulo, n. 05, 2003. 16 QUÍMICA AMBIENTAL AVALIANDO SEUS CONHECIMENTOS Considerando a leitura desta aula, as atividades e leituras complementares desenvolvidas por você, resolva as seguintes questões. 1. Cite os principais compostos nitrogenados da atmosfera de importância ambiental. Qual deles não é tóxico? 2. Escreva a equação fotoquímica da formação do ozônio. 3. Cite as principais doenças causadas pelo material particulado no ar. 4. Que efeitos a presença de elevadas concentrações de SOx e NOx tem sobre os vegetais? 5. É possível a Terra ser habitada sem a presença das substâncias-traço? MOZETO, A. A. Química atmosférica: a química sobre nossas cabeças. Caderno Temático Química Nova na Escola, São Paulo, n. 01, p. 41 - 49, 2001. SANTOS, W. L. P.; MOL, G. S. (Coord.). Química e Sociedade: volume único, São Paulo: Nova Geração, 2004. 17 SUBSTÂNCIAS DA ATMOSFERA CONHECENDO AS REFERÊNCIAS BAIRD, C. Química Ambiental. 2. ed., São Paulo: Bookman, 2002. MANAHAN, S. E. Fundamentals of Environmental Chemistry. 2. ed. Boca Raton: Lewis Publishers, 2001. MANO, E. B.; PACHECO, E. B. A. V.; BONELLI, C. M. C. Meio ambiente, poluição e reciclagem. São Paulo: Edgar blucher Ed., 2005. OLIVIER, M. J. Chime de L’environnement. 3. ed. Canadá: Ed. Editeur Les productions, 1998. ROCHA, J. L; ROSA, A. H.; CARDOSO, A. A. Introdução à Química Ambiental. Porto Alegre: Bookman, 2004. VASCONCELOS, N. M. S. Química da atmosfera. Fortaleza: Ed. Demócrito Rocha, 2004.
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