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SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

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SISTEMA REPRODUTOR 
MASCULINO 
LARA CAMILA DA SILVA ALVES – MEDICINA – 3º SEM 
 
ANATOMIA 
O sistema reprodutor masculino é composto 
por: testículos, epidídimo, ducto deferente, 
glândulas seminais, próstata, uretra e pênis. 
 
Os homens possuem órgãos internos 
(cavidade pélvica) e externos (sínfise 
púbica); 
 
 
BOLSA ESCROTAL 
É um saco fibromuscular cutâneo que 
envolve os testículos e as estruturas 
associadas; 
Situado póstero-inferiormente ao pênis e 
inferior à sínfise púbica; 
Formação embrionária bilateral – o que 
justifica a rafe do escroto na linha mediana; 
 
Irrigação: artérias pudendas internas 
(anterior) e artérias pudendas externas 
(posterior) e ramos da cremastérica e 
testicular (internamente); 
 
Drenagem venosa: veias escrotais – 
tributárias das veias pudendas externas; 
 
Linfática: vasos linfáticos do escroto -> 
linfonodos inguinais superficiais; 
 
Inervação: nervos escrotais anteriores – 
ramos do nervo ileoinguinal; 
 
TESTÍCULOS 
Par de gônadas; 
Formato de ovos, do tamanho de uma 
castanha; 
Produzem os espermatozoides e hormônios; 
São recobertos pela túnica albugínea e pela 
túnica vaginal; 
 
Irrigação: artéria testicular; 
 
Drenagem venosa: plexo pampiniforme; 
 
O testículo se divide em lóbulos e cada 
lóbulo possui túbulos seminíferos e são 
divididos pela túnica albugínea (a túnica 
emite septos que divide os lóbulos); 
Os túbulos seminíferos se agrupam em 
túbulos retos que se juntam e formam a 
rede testicular. 
 
Túbulos seminíferos -> Túbulos retos -> 
Rede testicular -> Ductos eferentes -> 
Epidídimo -> ductos deferentes. 
 
EPIDÍDIMO 
Túbulo contorcido que recebe os 
espermatozoides e os armazena até serem 
amadurecidos; 
Mede cerca de 7m de comprimento se 
esticado; 
Comunica-se com o ducto deferente, que irá 
transportar o espermatozoide até o meio 
externo; 
 
ESPERMATOZOIDE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Composto por cabeça, parte intermediária e 
flagelo. 
Na cabeça, encontramos o acrossomo – que 
permite a penetração do espermatozoide no 
óvulo; 
A parte intermediária é rica em 
mitocôndrias; 
O flagelo permite a movimentação do 
espermatozoide; 
 
>> ESPERMOGRAMA << 
Exame que permite a quantificação e a 
avaliação da qualidade dos espermatozoides 
do homem. 
Para um homem ser considerado fértil, além 
de produzir os espermatozoides, esses 
espermatozoides precisam ter viabilidade. 
Por isso, 40% dos espermatozoides devem 
continuar móveis após 2h e alguns devem se 
manter em movimento após 24h. 
➢ 30-50% dos casos de infertilidade 
conjugal são justificados pela 
infertilidade masculina. 
 
 
 
DUCTO DEFERENTE 
Tubo muscular de aproximadamente 45cm; 
Composto por músculo liso; 
Transporta os espermatozoides do epidídimo 
até o ducto ejaculatório; 
Localiza-se posteriormente à bexiga, desce 
medialmente ao ureter e à vesícula seminal 
e une-se ao ducto da vesícula seminal para 
formar o ducto ejaculatório; 
 
Irrigação: artérias e veias do ducto 
deferente; 
 
Inervação: plexo hipogástrico inferior; 
 
FUNÍCULO ESPERMÁTICO 
- NÃO faz parte do aparelho reprodutor 
masculino; 
 
É o principal ocupante do canal inguinal; 
Revestido por fáscia; fáscia cremasterica. 
Constituintes: ducto deferente + artéria 
testicular e artéria do ducto deferente + 
plexo pampiniforme + fibras nervosas 
simpáticas e ramo genital do nervo 
genitofemoral + vasos linfáticos 
 
O testículo é formado dentro da cavidade 
pélvica e durante a vida intrauterina migra 
da cavidade pélvica para a bolsa escrotal. No 
entanto, quando ele mira para a cavidade 
pélvica, ele leva também outras estruturas 
(que são os componentes do funículo) que 
também irão se acomodar na bolsa escrotal. 
Durante o processo de migração essas 
estruturas serão revestidas pelas fáscias 
que compõem toda a região da parede 
abdominal. Essa organização de 
constituintes do aparelho reprodutor 
masculino envolto por fáscias é chamada de 
funículo espermático e toda essa estrutura 
passa pelo canal inguinal até se acomodar 
na bolsa escrotal. 
 
 
>> VASECTOMIA << 
É o processo de ligadura do canal deferente 
que promove a esterilização masculina. 
Pode ser feita a ressecção (cortar o ducto 
deferente) ou uma ligadura e, assim, 
impedirá a passagem dos espermatozoides 
do epidídimo até o ducto ejaculatório; 
Vasectomia pode ser revertida: pacientes 
menores de 30 anos e menos de 7 anos de 
procedimento; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VESÍCULAS SEMINAIS 
São glândulas tubulares pareadas; 
Encontram-se na região posterior da 
próstata; 
Produzem líquido seminal alcalino (70%) do 
sêmen – essencial para nutrição dos 
espermatozoides e proteção contra acidez 
da vagina. 
Juntam-se ao ducto deferente na região do 
ducto ejaculatório; 
 
Irrigação: artérias e veias para glândulas 
seminais; 
 
 
 
PROSTÁTA 
É uma glândula envolta por capsula fibrosa, 
e se organiza em lobos (anterior, posterior, 
laterais e médio); 
Localiza-se inferiormente à bexiga; 
Produz o líquido prostático, que tem a 
função de deixar o sêmen mais fluido. Esse 
líquido é uma secreção fina, leitosa e 
levemente alcalina que ajuda a liquefazer o 
sêmen coagulado na vagina (a vagina é um 
meio ácida e o sêmen é alcalino, assim, a 
tendência é que ocorra a coagulação do 
sêmen ao chegar na vagina). 
 
Irrigação: artérias prostáticas (ramos da 
ilíaca interna); 
 
Drenagem venosa: plexo venoso prostático; 
 
Linfática: linfonodos ilíacos internos e 
sacrais; 
 
Inervação: nervos esplâncnicos pélvicos 
(parassimpático) e plexo hipogástrico 
inferior (simpático); 
 
DUCTO EJACULATÓRIO 
É formado a partir da 
união do ducto 
deferente com o 
ducto de uma 
glândula seminal; 
 
 
 
 
 
URETRA 
É um canal que sai da bexiga, atravessa a 
próstata e entra no pênis até se comunicar 
com o meio externo no óstio uretral. 
Funções: transportar o sêmen durante a 
ejaculação; transportar a urina durante a 
micção. 
 
Irrigação: ramos prostáticos (na uretra 
prostática) e ramos da artéria retal média 
(no restante da uretra) – obs: veias de 
mesmo nome. 
 
Drenagem linfática: linfonodos ilíacos 
externos; 
 
Inervação: plexo prostático (parte 
prostática) e nervo pudendo (parte que está 
internamente no pênis); 
 
Divisões da uretra: 
(1) Uretra prostática: é envolvida pelo 
esfíncter interno (de músculo liso e de 
controle simpático) que permite o 
fechamento da uretra durante a 
ejaculação. 
(2) Uretra membranosa: é envolvida pelo 
esfíncter externo (de músculo 
esquelético) que promove o controle 
voluntário da micção. 
(3) Uretra esponjosa: atravessa o bulbo, 
corpo e glande do pênis e se abre 
externamente no óstio externo da 
uretra. 
OBS: no início da uretra esponjosa 
encontramos as glândulas bulbouretrais, que 
produzem muco alcalino que lubrifica todo 
o canal e prepara o pênis para a ejaculação. 
 
 
 
 
 
PÊNIS 
É dividido em: raiz, corpo e glande; 
Possui três corpos de tecido erétil: 
(2) corpos cavernosos e (1) corpo esponjoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os corpos cavernosos têm origem no ramo 
isquiopúbico na sínfise púbica e vão formar 
a coluna posterior do corpo do pênis. 
O corpo esponjoso inicia-se no períneo e se 
junta ao corpo cavernoso para formar a 
coluna anterior do corpo do pênis; além 
disso, contém a uretra esponjosa. 
OBS: a parte posterior (dorso do pênis) é a que 
está voltada para a região da face!!! 
 
Irrigação: ramos das artérias pudendas 
internas e artérias profundas do pênis 
(corpos cavernosos); 
 
Drenagem venosa: veia dorsal superficial e 
veia dorsal profunda (plexo venoso); 
 
Inervação: nervo dorsal do pênis -> ramo do 
nervo pudendo; e terminações nervosas 
sensitivas (principalmente na região da 
glande); 
 
OBS: as artérias profundas do pênis têm a 
função de promover a ereção.Essas artérias 
são helicinas, ou seja, ficam como ramos 
enovelados e, no momento da dilatação 
(relaxamento) elas perdem o caráter 
espiralado ao se encher de sangue – 
promovendo a ereção. 
 
EMBRIOLOGIA DA GENITÁLIA 
MASCULINA 
 
A determinação sexual acontece no 
momento da fecundação, mas as gônadas só 
adquirem diferenciação a partir da sétima 
semana do desenvolvimento quando surgem 
as cristas genitais, que são o primórdio da 
gônada primitiva (gônadas indiferenciadas). 
 
Quando começam a aparecer as primeiras 
células germinativas primordiais, essas 
células vão migrar através do intestino 
posterior e ascender até se encontrarem 
com as cristas genitais. Assim, em seguida, 
essas células irão se fusionar com as células 
germinativas primordiais. 
 
 
Se o material genético tiver o cromossomo 
Y, existe um estímulo para que a crista se 
modifique para formar o testículo -> haverá 
um estímulo para o desenvolvimento de 
cordões medulares e o espessamento da 
membrana, que vai formar a túnica 
albugínea. 
 
O cromossomo Y é a chave para o 
dismorfismo sexual, pois ele contém o gene 
SRY que promove a transcrição da ptn SRY, 
responsável pelo desenvolvimento testicular 
masculino. 
 
Na presença do cromossomo Y haverá um 
estímulo para o desenvolvimento do ducto 
mesonéfrico e atrofia do ducto 
paramesonéfrico. O ducto mesonéfrico vai 
ajudar a formar a rede testicular e vai se 
desenvolver para formar o ducto deferente. 
 
 
 
O desenvolvimento dos testículos irá 
promover o desenvolvimento das células de 
Sertoli e das células de Leydig. 
Células de Sertoli: produzem uma substância 
inibidora mulleriana, que tem a função de 
impedir o desenvolvimento dos ductos 
paramesonéfricos. 
Células de Leydig: produzem testosterona 
que irá estimular a formação dos ductos 
eferentes, epidídimo, ducto deferente e 
vesículas seminais. 
 
O metabólito da testosterona (di-
hidrotestosterona) está relacionado com a 
diferenciação da genitália externa para a 
genitália masculina e crescimento do pênis, 
do escroto e da próstata. 
 
Com o desenvolvimento, o testículo forma 
septos e, assim, divide-se em lóbulos; a rede 
testicular fica mais organizada e haverá a 
formação do epidídimo e ducto eferente. 
 
Distalmente, com o crescimento do ducto 
mesonéfrico ele irá se encontrar com o seio 
urogenital e, no seio urogenital, irá surgir o 
utrículo prostático, que é o brotamento para 
originar a próstata. 
➢ Do próprio ducto mesonéfrico surge o 
broto que vai originar a vesícula seminal, 
e do seio urogenital surge o utrículo 
prostático. 
Ainda na vida intrauterina, entre 8-10 
semanas, o gubernáculo: uma estrutura 
justaposta ao testículo que tem a função de 
guiar o testículo no processo de migração da 
cavidade pélvica até a bolsa escrotal. 
O testículo migra com algumas estruturas 
e, uma delas, é o processo vaginal que é um 
revestimento de peritônio que desce com o 
testículo através do canal inguinal. 
Por volta do 7º mês de gestação, esse 
testículo já se alojou na bolsa escrotal e, 
após o desenvolvimento, ocorre uma atrofia 
do processo vaginal, que formará a túnica 
vaginal – que irá revestir e proteger o 
testículo. 
O gubernáculo vai dar origem ao ligamento 
testicular que irá ajudar a fixar o testículo 
na bolsa escrotal; 
OBS: falhas no processo de migração dos 
testículos irão ocasionar criptorquidia, que é 
a ausência dos testículos na bolsa escrotal 
e a presença deles em qualquer ponto do 
canal inguinal até a cavidade pélvica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESPERMATOGÊNESE E 
ESPERMIOGÊNESE 
 
ESPERMATOGÊNESE 
 
A espermatogênese acontece nos testículos; 
epidídimo e ducto deferente: locais de 
amadurecimento e armazenamento dos 
espermatozoides. 
 
Inicia-se com a puberdade; ocorre devido 
aos estímulos das gonadotrofinas e dos 
hormônios sexuais masculinos produzidos 
no testículo. 
 
Há três fases: 
(1) Espermatogonial (mitose): 
espermatogônia → espermatócito I 
(2) Meiose: espermatócito I → espermatócito 
II → espermátide 
(3) Espermatogênese: espermátide → 
espermatozoide. 
Duração: 74 dias e, diariamente, novas 
espermatogônias entram em processo de 
amadurecimento; 
 
Os homens possuem três tipos de 
espermatogônias: 
(1) Tipo A, escura: o núcleo é mais 
escurecido. Por ser uma célula-tronco 
tem alta capacidade mitótica para a sua 
renovação do pool de células (possuem 
quantidade ilimitada de divisão); em 
algum momento sua divisão mitótica 
pode gerar células-filhas diferenciadas; 
(2) Tipo A, clara: o núcleo é mais claro que o 
núcleo da espermatogônia do tipo A 
escura. A partir de então, todas as 
divisões que acontecerem irão gerar o 
espermatozoide como produto – não 
acontecerão mais para renovação do 
pool de células. Possuem quantidade 
limitada de divisão. Essas células irão se 
dividir formando mais células tipo A 
clara, que também irão se dividir 
formando as células tipo B. 
(3) Tipo B 
 
Esse é o último evento da fase 
espermatogonial: houve apenas divisões 
mitóticas com alguns processos de 
diferenciação. 
A divisão mitótica da espermatogônia tipo B 
irá gerar espermatócitos I. A partir de então, 
entramos na segunda fase da 
espermatogênese, que é a divisão meiótica. 
O espermatócito I entra na primeira divisão 
meiótica que irá promover a troca genética 
entre os cromossomos, e assim, haverá 
redução do número de cromossomos nas 
células filhas. Assim, após a meiose I, haverá 
a formação de espermatócitos II com 23 
cromossomos. 
Os espermatócitos II irão passar pela meiose 
II (separação das cromátides) e, assim, irá 
gerar as espermátides. A partir de então, 
irão passar pelo processo de transformação 
em espermatozoides. 
➢ A partir de uma espermatogônia 
podemos gerar 64 espermátides -> 
espermatozoides. 
 
OBS: a partir de célula A clara, todas as 
células-filhas têm uma ponte entre elas, 
mostrando que elas estão altamente 
interligadas. Isso é importante para que o 
processo de amadurecimento dos 
espermatozoides vindo de uma mesma 
espermatogônia seja sincronizado. 
 
A terceira etapa da espermatogênese é a 
espermiogênese: processo em que as 
espermátides transformam-se em 
espermatozoides. 
ESPERMIOGÊNESE 
É dividida em três etapas: 
(1) Etapa do complexo de golgi → um grânulo 
acrossômico começa a fazer a deposição 
de glicoproteínas importantes para que o 
espermatozoide consiga penetrar no 
ovócito. Nessa etapa, o complexo de 
golgi e o grânulo acrossômico irão se 
fundir para formar a vesícula 
acrossômica. Nesse momento, os 
centríolos irão se direcionar para o polo 
oposto ao de formação da vesícula 
acrossômica – onde irá originar o flagelo. 
(2) Etapa do capuz → ocorre quando a 
vesícula começa a se alargar cobrindo o 
núcleo do espermatozoide; enquanto 
isso, o núcleo vai ficando cada vez mais 
condensado e alongado. 
(3) Etapa do acrossomo → fase de expansão 
do capuz acrossômico até cobrir 2/3 do 
núcleo. 
Entre a etapa 2 e 3, as mitocôndrias são 
direcionadas para formar a peça 
intermediária do flagelo. 
(4) Etapa de maturação → a espermátide 
perde grande parte do seu citoplasma, 
formando corpos residuais; o restante de 
citoplasma que fica na célula irá se 
reorganizar para recobrir o flagelo do 
espermatozoide. 
 
O espermatozoide é formado por uma 
cabeça (formada pelo acrossomo e núcleo) + 
colo (onde estão os centríolos) + flagelo 
(formado por peça intermediária – onde 
estão as mitocôndrias – + peça principal + 
peça final) 
HISTOLOGIA DO SISTEMA 
REPRODUTOR MASCULINO 
TESTÍCULO 
O testículo está localizado dentro da bolsa 
escrotal; 
A gônada masculina difere da feminina, pois 
não tem córtex e medula. 
Dentro dos testículos, temos os túbulos 
seminíferos, que possui duas linhagens 
celulares: (1) linhagem germinativa,responsável pelo epitélio germinativo. 
Portanto, é composta pelas 
espermatogônias, espermatócitos I e II, 
espermátides e espermatozoides e a (2) 
linhagem epitelial, composta pelas células de 
Sertoli. 
 
 
 
 
 
 
O epitélio é estratificado; as células mais 
imaturas ficam na porção basal do epitélio 
e à medida que se tornam maduras vão 
ficando mais acima do epitélio, assim, na 
porção mais superior do epitélio iremos 
encontrar as espermátides. Há um íntimo 
contato entre as células germinativas e as 
células de Sertoli – que a ajudam no 
processo de amadurecimento. Além disso, 
protege as células germinativas contra 
agentes tóxicos e anticorpos. 
Existem zonas de oclusão entre as células 
de Sertoli que proporcionam um ambiente 
fechado (barreira hemato-testicular): basal 
e outro próximo ao lúmen (adluminal). Ou 
seja, há dois ambientes no epitélio 
germinativo. Essa oclusão realizada pelas 
células de Sertoli é importante para 
proteger as células germinativas que 
possuem DNA diferente do DNA da célula 
mãe – portanto, se entrassem em contato, 
poderia gerar uma resposta imunológica. As 
BARREIRA HEMATO-
TESTICULAR 
ESPERMATOZOIDES 
COMPLETAM A 
MATURAÇÃO – 
ADQUIREM A 
CAPACIDADE DE 
NADAR 
 
espermatogônias, por possuírem DNA igual 
ao do corpo, não precisam estar no 
ambiente adluminal. 
As células de Sertoli também produzem o 
hormônio antimulleriano, secretam ABP 
(proteína de ligação a andrógenos) - 
importante para manter altas 
concentrações de testosterona nos túbulos 
seminíferos - e possuem a enzima que 
converte os andrógenos em estrógenos. 
OBS -> o citoplasma residual, liberado no 
processo de formação do espermatozoide, 
será fagocitado pelas células de Sertoli. 
OBS -> os flagelos do espermatozoide 
crescem em direção à luz e a cabeça se 
desenvolve voltada para o epitélio 
germinativo. 
TÚBULOS SEMINÍFEROS 
 
 
A lâmina basal dos túbulos seminíferos é 
bem marcada; possui células mióides ao 
redor, levemente contráteis. 
No epitélio germinativo é possível observar 
várias camadas; 
Entre um túbulo e outro, temos o estroma; 
onde encontramos vasos sanguíneos e as 
células de Leydig. 
 
➢ Os núcleos das células de Sertoli são mais 
evidentes que os núcleos das células 
germinativas. 
Células Intersticiais (de Leydig) -> são muito 
eosinofílicas e ficam agrupadas nos espaços 
intersticiais. Produzem testosterona – que 
pode ir tanto para dentro dos túbulos 
seminíferos, quanto para os vasos 
sanguíneos presentes nesses espaços 
intersticiais. 
A espermatogênese só começa no período 
pós-puberdade. Antes disso, os túbulos 
seminíferos são bem pequenos, pois só 
possuem as células de Sertoli e células 
germinativas primordiais. Só após a 
reativação do eixo hipotálamo-hipófise-
gonadal que irá haver o desenvolvimento do 
epitélio germinativo, pois essas células 
germinativas irão se diferenciando. 
 
Os cílios do epitélio cúbico simples das redes 
testiculares ajudam a transportar o 
espermatozoide para os ductos eferentes. 
Os ductos eferentes possuem um epitélio 
colunar pseudoestratificado. 
 
A partir dos ductos eferentes já começam a 
aparecer células musculares ao redor do 
ducto, para ajudar na contração do ducto 
para a propulsão dos espermatozoides. Além 
disso, possuem células cúbicas que ajudam 
a reabsorver o excesso de líquido presente 
na luz. 
 
 
 
CÉLULAS DE LEYDIG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DUCTOS PRESENTES NA BOLSA ESCROTAL 
Depois de formados e de passar pelos túbulos 
retos → rede testicular → ductos eferentes, o 
espermatozoide chega no epidídimo (que 
fica na porção posterior do testículo). 
O epidídimo tem uma região de cabeça (onde 
chegam os ductos eferentes), corpo e cauda 
(que é contínua com o ducto deferente) 
 
O epidídimo é um local de armazenamento 
dos espermatozoides; é responsável por 
absorver os excessos de fluidos vindos dos 
túbulos seminíferos; é o local de 
amadurecimento do espermatozoide. Os 
espermatozoides formados nos túbulos 
seminíferos não têm motilidade, ele ganha 
motilidade quando chega no epidídimo, pois 
no epidídimo será exposto a proteínas que 
irão ajudá-lo a completar seu 
amadurecimento funcional, permitindo a 
sua motilidade. 
O lúmen da região da cauda é muito maior 
que o da região da cabeça, pois os 
espermatozoides ficam armazenados, 
especificamente, na região da cauda. 
O epitélio do epidídimo é pseudoestratificado 
colunar; na superfície, as células possuem 
estereocílios que, na verdade, são 
microvilosidades que ajudam na absorção 
das substâncias que estão no lúmen do 
epidídimo. 
As setas pretas apontam para as células 
basais, que são células-tronco responsáveis 
pela regeneração do epitélio. 
Envolvendo o epidídimo, encontramos 
músculo liso envolvendo os ductos 
epididimários; esse músculo liso é 
importante para propulsionar os 
espermatozoides da cabeça até a cauda. 
Essa musculatura será estimulada pelo SNS 
para contrair no momento da ejaculação. 
 
DUCTO DEFERENTE 
Possui uma camada muscular bem 
desenvolvida; seu epitélio é semelhante ao 
do epidídimo, no entanto, é um epitélio 
colunar mais baixo. 
A mucosa é pregueada; o tecido conjuntivo 
é rico em fibras elásticas. 
A túnica muscular possui três camadas de 
músculo liso: circular central (C) + 
longitudinal interna + longitudinal externa. 
 
 
 
 
 
 
 
CORRELAÇÃO CLÍNICA 
Na vasectomia, os espermatozoides 
acumulam-se no epidídimo serão absorvidos 
pelas próprias células colunares que estão 
no epidídimo e ducto deferente. 
VESÍCULA SEMINAL 
A vesícula seminal produz substâncias que 
irão se somar aos espermatozoides que 
estão sendo conduzidos pelos ductos 
deferentes. 
É uma glândula 
muito enovelada, 
possui o lúmen 
amplo e sua mucosa 
faz muitos 
dobramentos. 
Composta por três 
camadas: (1) mucosa: 
com muitos 
dobramentos, 
células colunares secretoras, células tronco 
basais e lâmina própria fibroelástica com 
músculo liso ocasional (2) músculo liso 
(subcamadas: circular interna e longitudinal 
externa) e (3) adventícia. 
Contribui para o sêmen, aumentando o 
volume do fluido seminal, pois produz uma 
secreção viscosa, amarelada e rica em frutose 
e outros substratos – que permitem a 
sobrevivência do espermatozoide. 
O epitélio é um epitélio colunar simples, ou 
pseudoestratificado (a depender da região), 
com células basais. 
 
PRÓSTATA 
Contribui com 20-30% do volume do sêmen; 
sua secreção é clara e levemente alcalina. 
A estrutura microscópica da próstata 
apresenta uma parte que tem tecido 
glandular (2/3) e outra parte fibromuscular 
(1/3); 
 
 
 
 
 
 
Zona central -> onde passa os ductos 
ejaculatórios; 25% da quantidade de 
glândulas prostáticas estão nessa zona; é 
mais resistente a aparecimento de inflamação 
e carcinomas. 
Zona periférica -> parte lateral posterior, 
palpável ao exame digital via reto; contém 
a maior parte do epitélio glandular da 
próstata (70%); está mais suscetível à 
inflamação e ao aparecimento de carcinomas. 
Zona de transição -> envolve parte da uretra 
prostática; apenas 5% do tecido glandular 
está presente nessa zona; mais propensa a 
ocorrência de hiperplasia prostática benigna. 
Zona periuretral -> possui mais tecido 
fibroso; estágios mais avançados da 
hiperplasia benigna envolvem células 
estromais dessa região. 
Zona anterior fibromuscular -> composta por 
tecido fibromuscular; 
Os ductos das glândulas prostáticas 
desembocam na uretra; por isso, na região 
periuretral iremos observar mais ductos que 
glândulas secretoras. 
As glândulas são tubuloalveolares e, em 
volta, elas possuem tecido conjuntivo 
fibroelástico – enquanto a vesícula seminal 
possui músculos bem desenvolvidos – e, 
ocasionalmente,algumas fibras musculares 
lisas; 
O epitélio glandular é bastante secretor, e, 
na maioria das áreas é um epitélio colunar 
simples, mas também pode ter áreas de 
epitélio pseudoestratificado. 
 
Concreções prostáticas/corpos amiláceos – é 
um acúmulo de elementos que são 
secretados pela próstata que, com o 
decorrer dos anos, depositam-se cada vez 
mais. Assim, quanto mais velho o indivíduo, 
mais concreções prostáticas ele irá 
apresentar. 
 
 
PÊNIS 
Externamente tem a pele e, internamente, 
tecido conjuntivo frouxo (fáscia superficial), 
fáscia profunda, túnica albugínea (tecido 
conjuntivo denso que envolve os corpos 
cavernosos e o corpo esponjoso). 
No centro dos corpos cavernosos, podemos 
observar uma artéria central, também 
denominada de artéria profunda do pênis e 
seios cavernosos. 
No centro do corpo esponjoso, podemos 
observar a uretra peniana (ou uretra 
esponjosa) e os seios esponjosos. 
 
➢ Da artéria central, temos artérias helicinas 
que aumentam o fluxo sanguíneo para os 
seios cavernosos. 
O sangue que chega no corpo esponjoso vem 
dos corpos cavernosos; ou seja, as artérias 
dos corpos cavernosos irrigam também os 
espaços esponjosos. O corpo esponjoso 
também tem função erétil para ajudar na 
condução dos espermatozoides pela uretra 
peniana. 
Corpo esponjoso 
EXCITAÇÃO, EREÇÃO, EMISSÃO E 
EJACULAÇÃO 
Para que a ejaculação ocorra, é necessário 
que haja: excitação → ereção → emissão → 
ejaculação. 
Esse evento envolve os sistemas: nervoso 
(sensorial, autônomo, somatomotor), 
circulatório (artérias helicinas, seios 
vasculares dos corpos cavernosos e 
esponjoso) e muscular (músculo liso da 
genitália interna, músculos esqueléticos 
perineais e raiz do pênis). 
EXCITAÇÃO -> EREÇÃO 
O estímulo excitável pode ser físico ou 
psíquico; 
Estimulação de áreas internas como uretra, 
bexiga, próstata podem estimular as vias 
sensoriais aferentes relacionadas com o ato 
sexual (inflamação suave, uso de 
substâncias que provoquem ardor e toque); 
O estímulo sensorial é conduzido para 
regiões lombossacrais da medula espinhal; 
A ereção é um evento neurovascular que 
envolve, em especial o sistema nervoso 
parassimpático; 
Quando o pênis está flácido, as artérias do 
corpo cavernoso estão contraídas e, assim, 
pouco sangue flui para os seios cavernosos 
e, rapidamente, esse sangue é drenado pela 
veia dorsal do pênis. Quando a excitação 
ocorre, e há ativação do sistema nervoso 
parassimpático, haverá uma dilatação das 
artérias helicinas e, assim, aumenta o fluxo 
para dentro dos espaços cavernosos, 
promovendo a ereção. 
A musculatura esquelética presente na raiz 
do pênis fica mais contraída, pois também 
há uma ativação somatomotora. A ativação 
dessa área comprime os vasos venosos de 
drenagem, o que ajuda a reter o sangue nos 
seios cavernosos. 
 
Essas substâncias (de relaxamento) 
liberadas pelos neurônios ativam a liberação 
de NO pelo endotélio; o NO, por sua vez, age 
na musculatura vascular das artérias 
helicinas ativando a enzima guanilil ciclase, 
que irá converter GTP -> GMPc, que é um 
segundo mensageiro que induz o 
relaxamento da musculatura. 
Quando o GMPc é metabolizado em GMP pela 
enzima fosfodiesterase do tipo 5, haverá 
inibição do relaxamento da musculatura e, 
consequentemente, da ereção. 
 
EMISSÃO 
Há a atuação do sistema simpático; no 
decorrer do coito, começa a haver a 
ativação simpática. Uma vez que a NE é 
liberada, ela irá induzir a contração da 
musculatura lisa (desde a cauda do 
epidídimo até as glândulas da uretra) e, 
assim, o fluido será mobilizado para a uretra 
prostática. 
A chegada desse fluido – do espermatozoide 
em jato – para a região da uretra prostática 
está relacionada à sensação de prazer 
masculina. 
O sêmen formado na uretra prostática tem: 
espermatozoide + vesícula seminal + líquido 
prostático + pequena quantidade de muco. 
OBS: antes mesmo da saída do sêmen da 
uretra prostática, há uma limpeza da uretra 
pelas secreções das glândulas bulbouretrais. 
EJACULAÇÃO 
Haverá a contração dos músculos da raiz do 
pênis, em especial os músculos 
bulboesponjosos e outros músculos que 
auxiliam no processo de estabilização do 
pênis durante o coito e ejaculação, como o 
músculo isquiocavernoso. 
Uma vez que houve a descarga adrenérgica 
do SNS, a NE age nas artérias helicinas 
fazendo a vasoconstrição. Assim, haverá 
redução do fluxo de sangue para os seios 
cavernosos, causando, assim, a flacidez após 
a ejaculação masculina. 
 
HORMÔNIOS MASCULINOS NO CICLO 
DA VIDA 
 
Relembrando... o hipotálamo produz GnRH, 
que estimula os gonadotrofos da adeno-
hipófise a produzir FSH e LH. O FSH irá 
estimular as células de Sertoli – 
responsáveis pelo desenvolvimento dos 
espermatozoides. Nesse processo, as células 
vão produzir o hormônio inibina, que irá 
exercer uma ação de feedback negativo na 
adeno-hipófise, inibindo a liberação de FSH. 
Além disso, as células de Sertoli também 
produzirão as proteínas ligadoras de 
andrógeno, que irão se juntar à testosterona 
produzida pelas células de Leydig. 
As células de Leydig são estimuladas pelo 
LH, e tem função de produzir a testosterona, 
que irá fazer feedback negativo na liberação 
do LH, mas também na liberação do GnRH. 
 
No feedback negativo, tem-se a atuação da 
inibina (produzida pelas células de Sertoli) e 
da testosterona (produzida pelas células de 
Leydig). 
 
TESTOSTERONA 
É o principal hormônio produzido nos 
testículos; é um hormônio esteroide, ou 
seja, derivado do colesterol. Por isso, circula 
no plasma ligada a proteínas: (1) SHBG 
(globulina ligadora de hormônios sexuais): 
liga-se à maior parte da testosterona e (2) 
albumina; 
Nos tecidos, a testosterona tem uma ação 
direta aos receptores, mas também pode 
sofrer um processo de conversão em 
metabólitos intermediários e secundários. 
Em alguns tecidos-alvo existe uma enzima 
que converte a testosterona -> di-
hidrotestosterona (5a- redutase); em outros 
tecidos, a testosterona pode sofrer a ação 
da aromatase e é convertida em estrógeno 
(estradiol). 
Por ser um hormônio esteroidal, a 
testosterona irá atuar a nível nuclear. 
Além dos testículos, uma outra fonte de 
testosterona são os andrógenos da adrenal 
– os andrógenos produzidos na zona 
reticulada adrenal podem sofrer um 
processo intracelular, onde serão 
convertidos em testosterona. No entanto, a 
proporção de testosterona derivada dos 
andrógenos é muito menor quando 
comparada à testosterona produzida nos 
testículos do homem. 
EFEITOS METABÓLICOS DA TESTOSTERONA 
O estímulo para o desenvolvimento dos 
ductos de Wolff (ducto mesonéfrico) 
acontece devido ao estímulo da 
testosterona produzida na vida 
intrauterina. 
Na puberdade, os níveis de testosterona 
ascendentes serão importantes para o 
desenvolvimento puberal masculino, como a 
mudança da voz, por exemplo. Além disso, 
também irá estimular o anabolismo celular, 
e a eritropoiese. 
A testosterona também tem uma ação 
inibitória em relação ao desenvolvimento 
mamário e, à nível de SNC, é importante 
para estimular a libido. 
EFEITOS METABÓLICOS DA HI-
HIDROTESTOSTERONA 
É produzida através da ação da enzima 5a- 
redutase, responsável pelo desenvolvimento 
da próstata na vida intrauterina. 
É um dos estímulos que promovem a descida 
dos testículos – processo de migração. 
Além disso, faz a diferenciação da genitália 
externa, é responsável pelo crescimento do 
pênis durante a puberdade, pelo 
desenvolvimento dos pelos púbicos, axilares 
e atividade das glândulas sebáceas. 
OBS: a calvice masculina acontece por 
estímulo da di-hidrotestosterona a nível de 
couro cabeludo. Assim, medicamentos que 
inibem a ação da 5a- redutase são utilizados 
para tentar inibir a calvice. 
 
EFEITOS METABÓLICOS DO ESTRADIOL 
A testosterona é convertida em estradiol,através da aromatase, principalmente nos 
ossos e, assim, terá função importante no 
ganho da massa óssea pois irá inibir a ação 
dos osteoclastos. Além disso, estimula o 
fechamento das epífises. 
EFEITOS COLATERAIS DE ESTEROIDES 
ANABOLIZANTES 
➢ Cardiomiopatia hipertrófica e doença 
coronária: devido à ação de ganho de 
massa muscular; 
➢ Distúrbio de coagulação: devido ao 
estímulo à eritropoiese que pode 
promover um aumento muito intenso de 
hematócrito; 
➢ Hipertensão e dislipidemia: secundárias à 
doença cardiovascular; 
➢ Tendência ao surgimento de transtornos 
psiquiátricos, transtornos de humor, 
estados de hiper agressividade; 
➢ Hipogonadismo: como a dose utilizada é 
suprafisiológica, acontecerá um 
feedback negativo muito intenso. Assim, 
haverá queda do GnRH, FSH e LH e, 
consequentemente, haverá atrofia das 
células de Leydig. 
FUNÇÃO DOS TESTÍCULOS AO LONGO DA VIDA 
NA FASE FETAL: diferenciação sexual da 
genitália interna masculina; 
O processo de diferenciação da genitália 
externa é secundário ao estímulo da di-
hidrotestosterona; 
 
Medialmente ao tubérculo genital, 
encontramos o sulco uretral e lateralmente 
ao sulco, surgirão as pregas uretrais (direita 
e esquerda). Essas pregas irão se unir 
próximo à região do ânus (formando a prega 
anal) e, lateralmente a essas pregas, 
surgirão as eminências labioescrotais. Essa 
conformação da genitália externa é comum 
a homens e mulheres. 
O estímulo da di-hidrotestosterona irá 
originar a região do falo, que irá se 
desenvolver para formar o pênis. Por sua 
vez, as pregas uretrais irão se fundir ao 
redor do sulco uretral e vão dar origem aos 
corpos cavernosos. 
A partir de então, começam a surgir as 
protuberâncias escrotais que irão migrar no 
sentido medial, irão se fundir e dar origem a 
rafe e ao escroto. Por isso, o escroto tem 
origem bilateral, pois essas protuberâncias 
se fundem medialmente e darão origem à 
bolsa escrotal. 
 
O sulco uretral irá se fechar e formar a 
uretra e, assim, irá surgir a placa uretral. Ao 
redor da uretra, irá acontecer o 
revestimento dos corpos cavernosos, que 
vão derivar da prega uretral. 
Essa parte distal do pênis vai dar origem ao 
óstio externo da uretra e à região da glande. 
A linha de fusão dessas pregas uretrais 
forma a rafe peniana. 
 
 
>> HIPOSPÁDIA << 
Ocorre a tunelização, 
que é a informação do 
fechamento da prega 
do sulco uretral; caso 
ocorram falhas nesse 
processo, o óstio da 
uretra, que deveria 
ficar na parte apical 
da glande, pode ficar 
localizado em 
qualquer região ao longo da rafe do pênis, ou 
até mesmo na rafe da bolsa escrotal. Esse 
processo de má formação é chamado de 
hipospádia. 
 
OBS: a mulher, por não produzir 
testosterona, não vai produzir também di-
hidrotestosterona. No homem, o tubérculo 
genital, por estímulo da di-
hidrotestosterona, cresce e se desenvolve 
formando o falo e o pênis. Na mulher, ele irá 
dar origem ao clitóris. 
O sulco urogenital irá se fundir com a 
vagina, que também está vindo do seio 
urogenital. A uretra fica localizada na região 
apical e a vagina terá seu óstio de abertura 
na parte mais dorsal do sulco urogenital. 
As pregas uretrais, que no homem vão 
formar o corpo do pênis, na mulher, vão 
formar os pequenos lábios. 
As protuberâncias genitais, que no homem 
vão dar origem à bolsa escrotal, na mulher, 
vão dar origem aos grandes lábios. 
 
 
NA FASE NEONATAL: a fase fetal se encerra 
com o nascimento e, não se sabe o motivo, 
mas logo após o nascimento ocorre um novo 
pico de LH – o que chamamos de mini-
puberdade. 
Os testículos irão entrar em um processo de 
adormecimento e, assim, os níveis de 
testosterona na infância serão baixos. Na 
puberdade, volta a acontecer o estímulo 
com a pulsatilidade do GnRH, que faz com 
que os gonadotrofos sejam estimulados e, 
por conseguinte, os testículos também 
serão estimulados a produzir testosterona. 
NA PUBERDADE: as características sexuais 
primárias foram desenvolvidas na vida 
intrauterina e, na puberdade, irá ocorrer o 
desenvolvimento das características 
sexuais secundárias – que ocorre com o 
estímulo da testosterona. 
Puberdade precoce -> caracterizada pelo 
surgimento dos caracteres sexuais 
secundários antes dos 9 anos em meninos; 
essa puberdade pode ser isossexual ou 
heterossexual, no caso dos homens será 
isossexual. 
Puderdade precoce central -> acontece 
quando há ativação precoce do eixo 
gonadotrófico. Assim, por alguns estímulos 
(como um tumor) existe um aumento da 
produção de gonadotrofina e uma 
hiperatividade do eixo. 
Puberdade precoce periférica -> acontece 
quando há uma produção autônoma de 
esteroides sexuais; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NA VIDA ADULTA: a testosterona influencia, 
principalmente, na libido e na 
espermatogênese. Além disso, é responsável 
pelo padrão de calvice no homem, devido à 
ação local da 5 alfa-redutase. 
NA SENILIDADE: DAEM -> Deficiência 
androgênica do envelhecimento masculino 
Nessa fase, os testículos perdem, aos 
poucos, a capacidade de produzir a 
testosterona. Assim, com o envelhecimento, 
haverá perda da massa muscular, perda da 
força muscular, gordura central, aumento 
da CA, os pelos ficam mais rarefeitos, há 
uma mudança de distribuição dos pelos 
pubianos, os testículos reduzem de tamanho 
e pode apresentar ginecomastia (pois a 
testosterona inibe o desenvolvimento 
mamário). 
Se essas características aparecem sem 
causa orgânica desencadeante = DAEM; Para 
tratar essa condição, portanto, é necessário 
fazer reposição de testosterona para 
manter os níveis normais. No entanto, antes 
disso, é necessário investigações que 
afastem outras situações que cursam com o 
mesmo quadro. 
 
 
DDS: DISTÚRBIO DO DESENVOLVIMENTO 
SEXUAL 
Constitui um quadro de recém-nascidos 
com constituição ou gônadas atípicas; 
(1) Ovotesticularidade: quando o bebê nasce 
e tem tecido testicular e tecido ovariano 
devido a uma falha da determinação 
sexual na vida intrauterina. Em geral, 
são 46XX, mas por algum motivo, existe 
um estímulo à produção de testosterona 
e di-hidrotestosterona, o que ocasiona 
falha de determinação sexual feminina. 
Esse era o chamado hermafroditismo 
verdadeiro. 
(2) Hiperplasia adrenal congênita: o bebê é 
geneticamente 46XX, mas por 
hiperfunção adrenal, produz excesso de 
andrógenos adrenais – que serão 
convertidos a testosterona, que será 
convertida a di-hidrotestosterona; 
assim, a genitália externa, que deveria 
ter conformação feminina, adquire uma 
conformação masculina. 
(3) Distúrbios do desenvolvimento sexual: os 
indivíduos são 46XY, mas por algum 
motivo não conseguem produzir 
testosterona adequadamente e, assim, 
esses indivíduos podem ter 
conformações variáveis da genitália 
interna e da externa. 
SÍNDROME DA INSENSIBILIDADE 
ANDROGÊNICA 
Condição rara; chamada de síndrome da 
feminização testicular e está relacionada 
a uma falta de receptor de andrógenos. 
Assim, esses testículos irão produzir 
testosterona, mas devido a falta de 
receptores, a testosterona será 
convertida em estradiol e, por isso, toda 
a diferenciação da genitália externa será 
compatível com a genitália externa 
feminina. 
Esse indivíduo é XY e, na maioria das vezes, 
o testículo fica localizado como se fosse 
uma hérnia na região inguinal, pois a 
genitália interna é masculina. 
DISFORIA DE GÊNERO 
Sofrimento causado pela incongruência 
entre o gênero de identidade e o gênero 
biológico; ou seja, na disforia não existe 
disfunção e nem alteração anatômica. 
O transgênero feminino tem o sexo genético 
masculino, mas se identifica com a 
identidade feminina; o transgênero 
masculino tem o sexo genético masculino, 
mas se identifica com a identidade 
masculina. 
Indivíduos que querem apresentar o 
fenótipo feminino irão fazer a estrogênioterapia; e indivíduos que querem o fenótipo 
masculino irão fazer a terapia com 
andrógenos.

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