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SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

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SISTEMA REPRODUTOR 
FEMININO 
LARA CAMILA DA SILVA ALVES – MEDICINA – 3º SEM 
 
ANATOMIA 
Órgãos reprodutores internos: localizam-se 
na cavidade pélvica – ovários, tuba e útero; 
Órgãos reprodutores externos: localizam-se 
fora da cavidade pélvica – vagina, genitais 
externos e mamas; 
• O corpo uterino tem íntima relação com 
a parede posterior da bexiga; 
• Óvários e trompas são bilaterais; 
• O útero tem íntima relação 
anteriormente com a bexiga e 
posteriormente com a região do reto – 
importante para o exame ginecológico; 
 
OVÁRIOS 
Liga-se ao ligamento largo pelo mesovário 
(revestimento de uma dupla camada de 
peritônio que vai fazer a fixação desses 
ovários no ligamento largo); 
Ligamento suspensor ou infundibulopélvico: 
liga o ovário à parede abdominal; 
Ligamento ovariano: liga o ovário à parede 
uterina; 
 
 
 
 
 
 
TUBAS UTERINAS 
Localizam-se na borda superior do 
ligamento largo; abre-se para a cavidade 
peritoneal para receber o oócito. 
Fímbrias -> Infundíbulo -> Ampola (onde 
ocorre a fecundação) -> Istmo -> Parte 
uterina; 
Parede: serosa, muscular e mucosa. 
 
ÚTERO 
Órgão fibromuscular oco; a camada interna 
é chamada de endométrio – tem a 
capacidade de sofrer hiperplasia para 
receber o embrião em formação; 
Corpo muscular – possui grande potencial de 
distensibilidade para acomodar um bebê; 
Obs: nessa camada pode haver o surgimento 
de tumores benignos – miomas. 
Colo – projeção que o útero faz para dentro 
do canal vaginal; 
Istmo – transição entre o colo e o corpo do 
útero; 
 
Sustentação: 
Ligamento largo – liga o útero à cavidade 
pélvica; 
Ligamento uterossacral – sustentação junto 
à vagina; confere ao útero a anteversoflexão. 
Ligamento redondo – inserção na região 
inguinal. 
 
Inervação: plexo uterovaginal 
(principalmente inervação simpática); 
 
Irrigação arterial: artéria uterina (ilíaca 
interna) e ramo uterino da artéria ovariana 
(mesmos nomes das veias); 
 
Drenagem linfática: linfonodos 
obturatóriosilíacos internos e externos; 
 
VAGINA 
É uma víscera oca que faz a transição da 
genitália interna para a externa; 
 
Irrigação: ramo descendente da artéria 
uterina e artéria vaginal (ramos da ilíaca 
interna) e artéria retal média (parede 
posterior) 
 
Drenagem linfática: 2/3 superiores – 
semelhante ao útero (linfonodos ilíacos 
internos e externos) e 1/3 distal – linfonodos 
inguinais; 
 
 
>> ATENÇÃO << 
Nem todas as mulheres têm o útero na 
posição de anteversoflexão; há mulheres 
que têm o útero em posição mediana ou em 
retroflexão; 
 
 
EMBRIOLOGIA DO SISTEMA GENITAL 
FEMININO 
 
GENITÁLIA INTERNA 
O sistema genital é dividido em: gônadas 
primitivas, ductos genitais e genitália 
externa; 
As gônadas primitivas e os ductos genitais 
se unem e dão origem à genitália interna; 
Genitália interna + genitália externa = 
sistema genital; 
 
Até a 7ª semana de desenvolvimento uterino 
não há diferenciação do embrião entre a 
formação das gônadas – o aparelho 
masculino e feminino terá a mesma origem 
embriológica. A partir da 7ª semana, inicia-
se a diferenciação sexual das gônadas. 
 
Inicialmente, surge um par de cristas 
genitais, derivadas do mesoderma, e as 
células germinativas primordiais, que irão 
migrar através do intestino posterior e se 
fusionar com as cristas genitais. 
 
A partir da fusão dessas células, teremos a 
diferenciação da gônada primária – que irá 
sair de uma fase indiferenciada e evoluirá 
para a formação testicular ou ovariana. O 
que irá determinar a sua diferenciação é a 
influência do cromossomo Y; no caso das 
mulheres, a ausência do cromossomo Y 
ativa uma cascata gênica que faz com que 
a gônada indiferenciada se transforme em 
ovário. 
Nos ovários, teremos uma atrofia dos 
cordões medulares e o desenvolvimento da 
parte cortical da gônada que está em 
formação. 
 
 
 
 
 
 
 
No desenvolvimento ovariano, temos o 
estímulo para o desenvolvimento da camada 
folicular e a camada medular irá se atrofiar; 
dentro dessa camada folicular, 
encontraremos as células germinativas 
primárias, que irão dar origem às células 
foliculares primárias. 
Assim, a célula germinativa primordial, após 
se fundir com a crista neural, inicia 
processos mitóticos e forma a oogônia e, em 
seguida, o oócito. O oócito será envolto por 
uma camada epitelial e, assim, formará o 
folículo primário/folículo primordial. 
➢ Esses folículos primordiais já estão 
formados ao final do 3º mês de 
desenvolvimento embrionário. No 
entanto, antes de o bebê nascer esses 
oócitos entram no estágio de 
diplóteno e permanecem na prófase I 
até a menarca. 
 
O ducto mesonéfrico, também chamado de 
ducto de Wolff, na ausência da testosterona 
será atrofiado e o ducto paramesonéfrico, 
também chamado de ducto de Muller, será 
estimulado e irá se desenvolver. 
O estrógeno faz com que os ductos 
paramesonéfricos aumentem e se fundam 
na porção distal; e os ductos mesonéfricos 
irão se atrofiar. 
Simultaneamente à formação do útero, irá 
ser formado o ligamento largo. 
 
Os ductos paramesonéfricos irão se fundir e 
formarão uma membrana que será 
reabsorvida para dar origem à luz do corpo 
uterino; o restante do ducto irá ser 
vacuolizada e formará a tuba uterina e a 
parte distal emite um brotamento que irá 
formar o colo uterino e o terço superior da 
vagina; 
➢ A vagina é um órgão que tem dupla 
origem embriológica: 1/03 distal 
(mais próximo ao útero) tem origem 
dos ductos paramesonéfricos e os 2/3 
iniciais vêm do seio urogenital; 
>> ANOMALIAS << 
As mais comuns estão relacionadas às 
falhas na fusão dos ductos e, assim, haverá 
alteração do útero e tubas uterinas. 
 
A: útero didelfo – os ductos não se fundem 
adequadamente, mas se desenvolvem 
corretamente; a paciente terá dois lúmens 
uterinos e, nesse caso, não existe correção 
cirúrgica; 
B: útero arqueado – o processo de 
reabsorção não se dá da maneira correta 
(endentação), e adquire um aspecto 
arqueado; por isso, a luz do corpo não é tão 
ampla. 
C: útero septado – quando ocorre uma falha 
na reabsorção do septo, haverá formação do 
útero septado; tem um corpo uterino para 
um lado e um para o outro lado. 
D: útero bicorno – hipotrofia, ou seja, falha 
no desenvolvimento de um dos ductos; 
assim, há um lado normal, mas o outro é 
mais rudimentar. 
E: pode ocorrer falhas no processo de 
comunicação entra a porção da vagina 
derivada do seio urogenital e a parte da 
vagina derivada do ducto paramesonéfrico, 
potendo ocorrer uma atresia – falha de 
comunicação entre o colo uterino e o fundo 
da vagina. 
F: vagina em fundo cego – é uma vagina 
aberta, mas que não se comunica com a 
parte vaginal derivada do seio urogenital. 
HISTOLOGIA DO SISTEMA 
REPRODUTOR FEMININO 
OVÁRIOS 
Possui duas regiões internas: (1) córtex: 
região mais periférica, onde encontramos os 
folículos ovarianos e (2) medula: região mais 
interna onde passam os vasos sanguíneos 
(arterial e venoso) que irrigam e drenam. 
Recobrindo o ovário, temos um epitélio de 
revestimento (cúbico ou pavimentoso) 
denominado epitélio germinativo. 
Os gametas (células germinativas) estão 
dentro do folículo ovariano, que fica no 
córtex do ovário; 
Os folículos são diferentes porque estão em 
fases diferentes de amadurecimento; 
 
 
A região do córtex e da medula tem padrões 
histológicos diferentes; na parte mais 
externa, vemos cavidades representado os 
fluidos antrais e, na região de medula 
encontramos apenas lúmen de vaso 
sanguíneo. 
 
Na 3ª semana de vida intrauterina, temos as 
células germinativas primitivas, que irão se 
diferenciar em ovogônias; essas células irão 
passar por divisões, formando os ovócitos 
primários e, se a divisão continuar, ele se 
tornará um óvulo; 
TODAS as ovogônias se transformam em 
ovócitos primários e, quandoentram na 
divisão meiótica ficam em repouso até o 
momento da puberdade. 
A partir da puberdade, eles folículos irão 
começar a amadurecer e, o ovócito mais 
maduro será expelido pelo ovário na tuba – 
onde pode ou não ser fertilizado. 
Na menopausa, há poucos folículos 
primordiais na mulher, o que reflete na taxa 
de hormônios que serão sintetizados. 
MATURAÇÃO DOS FOLÍCULOS OVARIANOS 
O folículo é composto por (1) célula 
germinativa, que irá dar origem aos 
ovócitos primários e (2) células foliculares, 
que envolvem os folículos – formam um 
epitélio pavimentoso simples. 
O folículo primordial irá se transformar em 
um folículo primário quando o ovócito 
ganha mais citoplasma e é envolvido por 
células; cuboides; 
O folículo primário pode ser unilamelar 
(epitélio cúbico simples) ou multilamelar 
(epitélio cúbico estratificado); 
As células da teca envolvem o folículo 
primário e são importantes para, 
juntamente com a granulosa (células 
foliculares), produzir hormônios femininos; 
À medida que o folículo amadurece, 
tornando-se folículo secundário, as células 
da granulosa ficam mais ativas e secretam 
um fluido dentro do folículo e, assim, 
surgem cavidades entre as células 
foliculares. Essas cavidades serão 
preenchidas pelo fluido antral e, com o 
tempo, ficarão cada vez maior. 
Ao mesmo tempo em que secretam o fluido 
antral, as células da granulosa secretam o 
inibidor da maturação do ovócito (OMI) que 
evita o crescimento do citoplasma. Assim, o 
OMI faz com que o crescimento 
citoplasmático, a partir do ovócito 
secundário, não seja significante e, mesmo 
que o folículo cresça, o ovócito permanecerá 
com um tamanho constante. 
 
 
 
 
 
OBS: as células foliculares/granulosas 
revestem a parede do folículo e o próprio 
ovócito, formando a coroa radiada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ O folículo pode entrar em atresia em 
qualquer estado de maturação; 
apenas o folículo dominante (aquele 
que vai amadurecer até o estágio de 
folículo terciário e irá liberar o 
ovócito) não entrará em atresia. 
Folículo dominante é um folículo secundário 
que se destaca no crescimento e, mesmo 
com pouco estímulo de FSH, chega ao 
folículo terciário – também chamado 
folículo de Graaf. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O folículo terciário é aquele no qual o ovócito 
I continuará a divisão meiótica e irá parar 
na metáfase II do ovócito secundário. 
As células foliculares (granulosa) que 
formam o epitélio cúbico estratificado irá se 
afunilar. 
Nesse momento, as células da granulosa 
que, juntas formavam o cúmulo óoforo, 
começam a se separar e, assim, o ovócito II 
consegue se desprender da parede do 
folículo. A partir de então, a zona pelúcida e 
a coroa radiada irão ficar no meio do fluido 
antral. 
 
OVOCITAÇÃO/OVULAÇÃO 
1- Formação do estigma; 
2- Surto de LH -> liberação de citocinas 
inflamatórias e enzimas hidrolíticas; 
3- Ruptura da parede do folículo; 
4- Reorganização celular do folículo rompido; 
Ocorre entre 12/24h após o pico de FSH e LH, 
que favorece a ruptura do folículo terciário; 
irá acontecer a formação do estigma 
(abaulamento do folículo na superfície do 
ovário) e, assim, haverá um processo 
inflamatório nessa região que irá ocasionar 
a ruptura da parede e consequente ejeção do 
ovócito; nesse momento, as fímbrias se 
aproximam do ovário para captar o ovócito 
II para dentro da tuba uterina. 
 
Após a liberação do ovócito, ele pode ser 
fertilizado pelo espermatozoide ou, caso não 
encontre o espermatozoide, ele irá sofrer 
apoptose em 24h. 
Para o espermatozoide conseguir chegar ao 
ovócito, ele precisa atravessar: coroa 
radiada, zona pelúcida e membrana 
plasmática. Esse processo ocorre na tuba 
uterina. 
Se houver a fertilização, após 2h o ovócito II 
irá se transformar em zigoto, formar 
blastômeros, blastocisto e, então, iniciará a 
formação do embrião. 
Na segunda metade do ciclo menstrual, o 
folículo que amadureceu e liberou o ovócito 
irá se transformar em corpo lúteo (devido à 
ação do LH); inicialmente, uma hemorragia 
ocupa a região que era o antro e, sangue irá 
ficar acumulado no corpo lúteo que, nesse 
momento, pode ser chamado de corpo 
hemorrágico. No entanto, à medida que os 
dias vão passando, o sangue vai diminuindo. 
 
 
 
 
 
 
O corpo lúteo produz os hormônios da 
segunda fase do ciclo menstrual: 
progesterona e estradiol. 
O corpo lúteo é formado a partir do processo 
de luteinização das células da granulosa e 
das células da teca, que irão se chamar: 
granulosas luteínicas e teca luteínicas. Em 
conjunto, essas células irão produzir o 
estradiol. 
Se não ocorrer a fertilização, o corpo lúteo 
dura 12 dias e, no final do ciclo menstrual a 
hipófise reduz a secreção do LH e, assim, o 
corpo lúteo não consegue se manter vivo e 
entra em apoptose. 
Após esse processo, haverá uma cicatriz 
provocada pelo excesso de tecido fibroso no 
local onde o corpo lúteo estava ativo e, esse 
corpo lúteo degenerado passa a se chamar 
corpo albicans. Com o 
tempo, as células do 
estroma do ovário 
começam a ocupar o 
espaço de tecido fibroso e 
a cicatriz/corpo albicans 
desaparece. 
 
TUBA UTERINA 
Também conhecida como trompa de falópio 
ou oviduto; 
Possui várias regiões: infundíbulo (fímbrias), 
ampola, istmo e intramural. 
Na parte do infundíbulo e da ampola, a tuba 
possui um anel de musculo liso (tem sentido 
circular e longitudinal) e sua mucosa é 
projetada para dentro da luz, fazendo 
dobras – dobramentos de mucosa. 
O epitélio de revestimento é formado por 
células colunares, e possui dois tipos: (1) 
células ciliadas e (2) células secretoras de 
nutrientes; assim, a tuba tem a função de 
conduzir o ovócito – com as células ciliadas 
– e nutrir, por meio das células secretoras. 
 
 
 
 
 
Os espermatozoides passam pela tuba 
uterina e, ao entrar em contato com as 
células dessa região, passa por um processo 
chamado de capacitação do 
espermatozoide. 
Quanto mais próximo do útero, mais 
muscular a tuba uterina vai ficando e a 
mucosa não fica tão exuberante – há um 
destaque para a camada muscular. 
ÚTERO 
Possui três camadas: endométrio, 
miométrio (músculo liso) e perimétrio. 
 
 
 
 
 
 
O endométrio possui duas camadas 
estruturais: (1) camada basal – próxima ao 
miométrio, e comporta, na sua base, 
glândulas uterinas e algumas artérias e (2) 
camada funcional – sofre grandes 
alterações ao longo do ciclo menstrual. 
➢ Depois que ocorre a menstruação, o 
endométrio fica mais fino e 
praticamente tem apenas sua 
camada basal; no início do ciclo 
menstrual, o endométrio passa pela 
fase proliferativa que estimula a 
proliferação das glândulas da camada 
funcional. 
 
Quando ocorre a ovocitação e a formação do 
corpo lúteo, começa a secreção de 
progesterona, iniciando, assim, a segunda 
fase do ciclo menstrual. Nessa fase, a 
progesterona estimula a secreção das 
glândulas uterinas, enquanto o estrogênio 
mantém o endométrio espesso. 
 
 
 
 
 
 
Se não houver a fecundação, o corpo lúteo 
morre e o endométrio não consegue mais se 
manter espesso, devido à falta de estrogênio 
e progesterona. Assim, haverá a inflamação 
e descamação do endométrio – as artérias 
espiraladas não conseguem se manter e 
começam a se romper. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
>> REVISANDO... FASES DO ENDOMÉTRIO 
1- PROLIFERATIVA 
2- FASE SECRETORA 
3- FASE MENSTRUAL 
 
 
CICLO MENSTRUAL E RELAÇÕES 
HISTOFISIOLÓGICAS 
➢ Os folículos que mais sofrem a ação de 
gonadodrofinas no ovário são os folículos 
em crescimento que já possuem região 
antral. 
EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-GONADAL 
Gônadas são glândulas endócrinas que 
fazem parte do eixo endócrino H-H-G. Para 
o hipotálamo liberar os hormônios femininos 
– estradiol e progesterona – precisaremos da 
regulação através do GnRH (Hormônioliberador de gonadotrofina) que irá agir na 
adeno-hipófise estimulando o gonadotrofo a 
secretar a gonadotrofina. A gonadotrofina, 
por sua vez, irá liberar FSH (Hormônio 
folículo estimulante) e LH (Hormônio 
folículo estimulante); O LH e FSH serão 
liberados em momentos diferentes do ciclo 
menstrual e irão fazer o efeito trófico no 
ovário. Quando elas estão no sangue, 
estimulam o ovário a secretar hormônios, 
como o estradiol, progesterona e inibinas. 
Esses hormônios, por sua vez, farão 
feedback negativo no eixo na maior parte do 
tempo. 
CICLO INTERMEDIÁRIO – momento do ciclo 
menstrual em que o estradiol secretado pelo 
ovário irá exercer feedback positivo no eixo; 
assim, a presença do estradiol, neste 
momento do ciclo, ao invés de inibir a 
atividade do eixo, irá estimular. O objetivo 
final desse feedback positivo será a 
ovulação/ovocitação. 
➢ Depois da ovulação, o folículo que ficou 
no ovário será luteinizado e se 
transformará no corpo lúteo; se não 
houver gestação, o corpo lúteo entra em 
apoptose, e se tornará corpo albicans. 
O FSH tem maior importância para o 
amadurecimento dos folículos ovarianos, e o 
LH tem uma importância maior no estágio 
final do amadurecimento para estimular a 
ovulação e realizar a luteinização das 
células que ficaram no ovário. 
OBS: os estágios iniciais da maturação 
folicular – do folículo primordial ao folículo 
secundário – tem pouca influência do FSH. 
Quando o bebê está se formando, a ovogônia 
se diferencia e forma os ovócitos primários. 
Assim, todos os gametas do ovário feminino, 
quando o bebê nasce, estão no estágio de 
folículo primordial. 
O período de amadurecimento do folículo 
primário dura 300 dias para que se 
transforme no folículo secundário. 
➢ A maturação folicular dura praticamente 
um ano; ou seja, são necessários vários 
ciclos menstruais. 
Acredita-se que o efeito cumulativo do FSH 
contribua para esse crescimento lento do 
folículo. Quando temos esses folículos 
ovarianos já no estágio secundário, 
acontece a influência do FSH e LH para 
continuar o amadurecimento e chegarmos 
ao estágio de folículo terciário, que irá 
resultar na ovulação. 
O folículo secundário inicial sofre a 
influência do FSH para continuar o processo 
de amadurecimento; assim, no momento 
que o FSH é liberado, ele irá selecionar os 
folículos secundários que irão ser 
amadurecidos para terciários. No decorrer 
do ciclo, o LH irá agir no folículo dominante, 
que já está mais próximo de se tornar o 
folículo maduro, além de propiciar a 
ovocitação. 
RELAÇÕES HORMONAIS DO CICLO 
MENSTRUAL 
O ciclo menstrual regular é composto por 28 
dias; o dia 0 é o dia da menstruação. 
Entretanto, esse ciclo sofre interferência de 
diversos fatores, como: emocional, 
alimentação e fármacos. Por isso, há 
mulheres que têm ciclos irregulares. 
No dia 0, os níveis dos hormônios femininos 
(progesterona e estradiol) estão baixos, 
entretanto, antes disso, esses hormônios 
vieram de concentrações elevadas e, no final 
do ciclo anterior, há a queda desses 
hormônios. Esses hormônios baixos 
contribuem para a menstruação, pois 
contribuem para a manutenção do 
endométrio. Assim, no dia 0, há a 
descamação do endométrio, que irá durar 
alguns dias. No meio da primeira metade do 
ciclo menstrual, o estradiol começa a 
aumentar gradativamente, até que na fase 
mais tardia da primeira metade do ciclo 
menstrual, começa a subir 
exponencialmente. Após o pico de estradiol, 
a mulher irá ovular no 14º dia. A partir de 
então, haverá um aumento da progesterona 
e na segunda metade do ciclo menstrual, as 
concentrações de progesterona são maiores 
que as de estrógeno – mas ambos estão 
altos. Depois que eles atingem o pico, 
começam a reduzir as concentrações, até 
que no 28º dia haverá uma nova descamação 
do endométrio. 
➢ Antes da ovulação, na primeira metade 
do ciclo menstrual, o hormônio 
predominante é o estradiol. 
➢ Após a ovulação, na segunda metade do 
ciclo menstrual, haverá aumento de 
progesterona (principalmente) e de 
estrógeno. 
Na primeira metade do ciclo menstrual, 
quem produz o estradiol são os folículos 
ovarianos em amadurecimento; ou seja, as 
células foliculares e as células da teca, em 
conjunto, produzem o estradiol. Na segunda 
metade do ciclo menstrual, o folículo já 
amadureceu e expeliu o ovócito. Nesse caso, 
o corpo lúteo irá produzir a progesterona e 
o estradiol. 
No dia 0 (dia da menstruação), a redução dos 
hormônios femininos ocasionará na 
ausência do feedback negativo e, assim, o 
FSH irá ser mais secretado para iniciar o 
amadurecimento de outros folículos para 
que haja novamente a produção de 
hormônios. À medida que os folículos 
recrutados amadurecem, as células da 
granulosa e da teca irão produzir o 
estrógeno, que irá fazer o feedback negativo 
na curva do FSH. 
Entre os folículos ovarianos que entraram 
em amadurecimento, um deles será o 
dominante. Ou seja, é extremamente 
sensível ao FSH e, assim, detecta o estímulo 
do FSH mesmo quando ele está em pequenas 
concentrações. Por isso, o folículo 
dominante irá continuar produzindo o 
estradiol, e os outros folículos não 
dominantes não conseguem continuar o 
estágio de amadurecimento, pois não têm 
tanta afinidade ao FSH em poucas 
concentrações. 
No período em que o estradiol cresce 
exponencialmente (meio do ciclo), o 
estrógeno começa a fazer o feedback 
positivo no eixo hipotalâmico-hipofisário, o 
que induz a secreção de LH – que irá 
estimular mais ainda a produção de 
estradiol. O pico do LH coincide com o 
momento da ovulação. 
Na segunda metade do ciclo menstrual, o LH 
irá induzir a luteinização; nesse momento, o 
corpo lúteo, sob o estímulo do LH, secreta 
progesterona e estradiol, que irão fazer o 
feedback negativo no eixo. Quando o LH 
chega a concentrações muito baixas, não 
consegue mais estimular o corpo lúteo a 
produzir hormônios, assim, ele irá morrer e 
as concentrações dos hormônios sexuais 
femininos irão cair. Novamente, voltamos 
ao início do ciclo: as baixas concentrações 
dos hormônios sexuais femininos irão 
induzir a secreção de FSH – devido à 
ausência de feedback negativo. 
LIBERAÇÃO DE GONADOTROFINAS PELOS 
GONADOTROFOS 
Apesar de o gonadotrofo ser uma única 
célula que secreta FSH e LH, o estímulo para 
a produção de FSH e LH irá depender da 
frequência de liberação do GnRH pelo 
hipotálamo. 
➢ Quando o hipotálamo secreta o GnRH em 
baixa frequência, estimula mais a 
produção de FSH. 
➢ Quando o hipotálamo secreta o GnRH em 
alta frequência, estimula mais a 
produção de LH 
 
QUÍMICA DOS HORMÔNIOS SEXUAIS 
 
Os hormônios sexuais femininos são 
hormônios esteroides, ou seja, precursores 
do colesterol. 
>> Aromatase (CYP19) irá transformar os 
andrógenos (hormônios sexuais masculinos) 
em estrógenos (hormônios sexuais 
femininos). No caso, os andrógenos irão ser 
aromatizados e transformados em 
estrógenos. 
SÍNTESE DE HORMÔNIOS NA FASE FOLICULAR 
A produção de estrógeno depende da ação da 
célula da teca + célula da granulosa. Na 
primeira fase do ciclo, o ovário está na fase 
folicular, ou seja, está amadurecendo o 
folículo sob estímulo do FSH. O FSH estimula 
a célula da granulosa a transformar os 
hormônios sexuais masculinos, a partir da 
andostenediona produzida pelas células da 
teca, em estrógenos. Isso ocorre porque 
essas células possuem a CYP19/Aromatase. 
O FSH também irá estimular essas células a 
expressar o receptor de LH. 
➢ Quem transforma o colesterol em 
andrógenos são as células da teca. Essa 
atividade é estimulada pelos níveis 
basais de LH que estão sendo secretados. 
➢ Uma parte dos andrógenos irão virar 
estrógenos e outra parte irão para o 
organismo, através da corrente 
sanguínea. 
SÍNTESE DE HORMÔNIOS NA FASE LUTEÍNICA 
Sob o estímulo do LH a teca continua 
produzindo a andostenediona, quecontinua 
entrando na granulosa, que irá transformá-
lo em estradiol. Assim, há a manutenção da 
produção de estradiol. 
A granulosa, com a expressão do receptor do 
LH, é capaz de captar o colesterol e 
transformá-lo em progesterona. Essa 
progesterona irá para a circulação 
sanguínea. 
 
O ENDOMÉTRIO NO CICLO MENSTRUAL 
Sob influência do estrógeno, na primeira 
metade do ciclo, haverá a proliferação do 
endométrio. Ou seja, a fase proliferativa do 
endométrio equivale à fase folicular do 
ovário. 
Na segunda metade do ciclo, a progesterona 
irá estimular a secreção das glândulas do 
endométrio e o estrógeno continua 
mantendo o endométrio espesso. Por isso, 
quando o corpo lúteo morre e não produz 
mais os hormônios sexuais femininos, 
haverá a descamação do endométrio. 
ÚTERO NO CICLO MENSTRUAL 
O estrógeno, normalmente, é um hormônio 
mais excitável. Assim, no endométrio irá 
estimular a proliferação, e no miométrio, irá 
permitir que as células musculares uterinas 
fiquem mais excitáveis (tornando-as mais 
responsivas à prostaglandina e ocitocina, 
por exemplo). Assim, qualquer estímulo pode 
levar à uma contração uterina; sendo um 
hormônio pró-abortivo. 
A progesterona, no endométrio, irá estimular 
a secreção glandular e no miométrio, terá 
um efeito antagônico do estrógeno. Ou seja, 
vai reduzir a excitabilidade uterina e fazer 
com que as células fiquem menos 
responsivas à ocitocina e às 
prostaglandinas. 
OUTROS EFEITOS DOS HORMÔNIOS SEXUAIS 
FEMININOS NO SISTEMA REPRODUTOR 
➢ Na cérvice uterina, o estrógeno propicia 
o aumento do diâmetro do orifício do 
colo uterino. Isso ocorre, porque é nesse 
momento que a mulher está mais 
propícia a engravidar. Além disso, torna 
o muco cervical menos viscoso. 
➢ Na segunda metade do ciclo, a 
progesterona irá fazer o contrário; na 
segunda metade do ciclo, pressupõe-se 
que a mulher engravidou. Por isso, 
haverá o fechamento desse oríficio para 
que não haja a entrada de outros 
espermatozóides, bactérias e patógenos 
que podem prejudicar o desenvolvimento 
do embrião. Além disso, propicia a 
formação de muco espesso, que dificulta 
a passagem de patógenos. Por isso, 
durante a gestação, a concentração de 
progesterona aumenta. 
VAGINA – Tem um epitélio pavimentoso 
estratificado não queratinizado, e essa 
estratificação/espessamento do epitélio 
ocorre devido à presença do estrógeno 
(progesterona também contribui para a 
manutenção desse epitélio). Como na 
infância as mulheres têm poucas 
concentrações desses hormônios, o epitélio 
fica mais fino e ressecado – assim como 
após a menopausa. 
GLÂNDULAS MAMÁRIAS – o estrogênio 
contribui para a proliferação dos ductos 
que, depois de proliferados, serão 
arborizados com o auxílio da progesterona – 
contribuindo para a parte secretora. Além 
disso, a progesterona também contribui 
para a retenção de líquidos no corpo, 
inclusive nas mamas. 
EFEITOS DOS ESTEROIDES OVARIANOS EM 
OUTROS SISTEMAS 
1- Metabolismo de lipídios: o estrogênio 
tem a capacidade de realizar a deposição 
de gorduras nos quadris e mamas, por 
exemplo. Assim, possui ação protetora 
contra a aterosclerose – por isso, 
mulheres no pós-menopausa têm 
maiores riscos de aterosclerose. 
2- Termorregulação: a progesterona age no 
hipotálamo modificando o ponto de 
ajuste (set point) para a manutenção da 
temperatura corporal. Assim, na segunda 
metade do ciclo menstrual é possível 
identificar um aumento da temperatura 
devido à influência da progesterona nos 
centros de controle de temperatura. 
3- Tecido ósseo: os estrógenos agem de modo 
sinérgico para estimular remodelação e 
crescimento ósseo. Por isso, mulheres no 
pós-menopausa possuem maiores riscos de 
adquirir osteoporose. 
4- Sistema cardiovascular: o estrogênio é um 
hormônio protetor para DCV, pois estimula 
a formação de NO, levando à vasodilatação, 
o que melhora o fluxo sanguíneo; reduz os 
níveis de lipídios, e consequentemente, os 
riscos de aterosclerose; atividade 
tromboembolítica ainda é paradoxal. 
 
EFEITOS DOS HORMÔNIOS SEXUAIS 
FEMININOS NO CICLO DA VIDA 
EFEITOS FISIOLÓGICOS DOS HORMÔNIOS 
OVARIANOS 
➢ Estrogênio: o principal é o 17B – estradiol, 
mas também temos o estriol (fígado) e 
estrona (periferia). 
Os estrógenos são hormônios derivados 
do colesterol, e por isso, circulam ligados 
à SHBG e à albumina. Apenas 2-3% 
circulam de forma livre. 
 
OBS: hepatopatias podem causar redução 
dos níveis de SHBG e, assim, aumenta a 
quantidade de estrógeno circulante. Assim, 
pacientes hepatopatas podem evoluir com 
ginecomastia; uso de anticoncepcionais 
podem aumentar os níveis de SHBG, pois a 
concentração dos estrógenos aumenta. 
 
➢ Os estrógenos têm concentrações mais 
baixas na infância e vão ascendendo a 
partir da adolescência; quando a mulher 
entra no período da puberdade, as 
maiores taxas de produção e 
concentrações séricas de estrógeno 
serão na fase pré-ovulatória e as 
menores taxas na fase pré-menstrual. 
Têm um aumento significativo na 
gravidez e, na menopausa, o estrógeno 
cai a nível semelhante às concentrações 
masculinas. 
➢ Possuem receptores genômicos, a 
maioria são nucleares. Temos dois 
receptores clássicos: 
Alfa – receptor clássico: presente no 
endométrio, mama e estroma ovariano. 
Beta: presente nas células da granulosa e 
nos tecidos-alvo não reprodutivos. 
 
A produção do estradiol pelos ovários é 
dependente tanto do FSH, quanto do LH e 
depende do bom funcionamento das células 
da granulosa e células da teca. 
As células da teca possuem receptor para 
LH, que quando ativados, irão ativar 
cascatas intracelulares que irão favorecer a 
conversão do colesterol em progesterona e, 
em seguida, em androstenediona. A 
androstenediona chega na célula da 
granulosa, onde, por influência da ação do 
receptor do FSH, ocorre o estímulo à 
conversão da androstenediona em 17B – 
estradiol. 
 
AÇÕES FISIOLÓGICAS DO ESTROGÊNIO 
 
➢ Progesterona: a 17-alfa progesterona é o 
principal. As ações fisiológicas 
antagonizam as ações estrogênicas em 
muitos órgãos. 
OBS: nas mamas, as ações são sinérgicas. 
Os níveis de progesterona, ao longo da vida, 
irão aumentar na puberdade. Após a 
primeira menstruação, eles começarão a 
oscilar de acordo com o ciclo menstrual; se 
a mulher engravidar, os níveis de 
progesterona irão aumentar (pico máximo), 
e no terceiro trimestre da gestação ocorrerá 
uma queda desses níveis, que irão permitir 
que a mulher fique mais sensível à ação do 
estrogênio – que irá sensibilizar o útero 
para os receptores de ocitocina, propiciando 
a contração uterina. 
➢ Principais órgãos-alvo da progesterona: 
útero, mamas e encéfalo (SNC). 
Existe um efeito antiestrogênico nas células 
miometriais, diminuindo sua excitabilidade 
– o que permite o bom desenvolvimento do 
bebê. 
No SNC, a progesterona tem um efeito 
termogênico, ou seja, interfere nos centros 
que regulam a temperatura corporal basal. 
No momento da ovulação, esse efeito 
termogênico da progesterona faz com que 
ocorra um aumento da temperatura basal. 
Em altas doses, a progesterona inibe a 
secreção de LH e impede a ovulação – 
mecanismo utilizado pelos métodos 
anticoncepcionais hormonais e a pílula do 
dia seguinte. 
OBS: a progesterona também tem ação a nível 
renal, ou seja, interfere na natriurese e 
promove retenção hÍdrica. Por isso, algumas 
mulheres que fazem o uso de 
anticoncepcional e gestantes cursam com 
edema. 
 
PROGESTERONA NA GESTAÇÃO 
Está relacionada com o processo de 
manutenção da implantação do embrião – 
enquanto o estrogênio prepara o útero para 
receber o embrião. 
Induz maturação e proliferação uterinas no 
início da gravidez, reduz a contratilidade 
uterina e estimula o desenvolvimento 
lobular mamário na preparação para a 
secreção do leite. 
No terceiro trimestre, quando ocorre a 
quedada progesterona a mama já está bem 
desenvolvida irá ficar sensível à ação da 
prolactina para iniciar a produção do leite. 
Ou seja, a ação da progesterona inibe a ação 
da prolactina na mama – elas não agem no 
mesmo momento. 
 
CONTROLE DA SECREÇÃO DE 
GONADOTROFINAS 
Normalmente, o GnRH é secretado em 
pulsos e, consequentemente, as 
gonadotrofinas também. Com isso, o ciclo se 
mantém. Quando prescrevemos terapia 
hormonal, essa terapia é feita em uma dose 
fixa – em geral, suprafisiológica – o que faz 
com que a liberação das gonadotrofinas 
ocorra de forma mais contínua. Ou seja, há 
a perda de pulsatilidade, e isso faz com que 
o mecanismo de feedback se altere. Por isso, 
a mulher entra em um estágio anovulatório. 
 
➢ Androstenediona: principal androgênio 
produzido pelos ovários, onde será 
convertido em testosterona. Ou seja, a 
principal fonte de hormônios masculinos 
na mulher é a androstenediona. A 
androstenediona, nos tecidos periféricos, 
também pode ser convertida em estrona 
quando os ovários não conseguem 
produzir tanto estradiol – ou seja, na 
menopausa. Além disso, por ação da 
aromatase nas células da granulosa, a 
androstenediona pode ser convertida em 
estradiol. 
 
HORMÔNIOS NÃO ESTERÓIDES 
Inibina → Relação importante no período de 
transição menopáusica. É um dos fatores 
que inibe a secreção de FSH; assim, a 
redução da inibina faz com que haja um 
estímulo maior à secreção de FSH na 
menopausa. 
Relaxina → Ajuda a promover o relaxamento 
dos ligamentos pélvicos e amolecimento do 
colo do útero na gestação. 
➢ Esses hormônios também são produzidos 
pelos ovários e podem ter ação autócrina, 
parácrina e endócrina. 
 
DESENVOLVIMENTO FEMININO 
INFÂNCIA: o período da infância até o início 
da puberdade é de “adormecimento” do eixo 
hipotálamo-hipófise-gônadas; secreção 
baixa de FSH, LH e esteróides ovarianos; não 
ASPECTO DE FOLHA DE SAMAMBAIA 
se sabe qual o mecanismo de início da 
puberdade (secreção pulsátil do GnRH). 
 
DESREGULADORES ENDÓCRINOS 
Possíveis agentes que vão interferir no 
desenvolvimento sexual de humanos. 
Ex: bisfenol A (BPA), pesticidas, 
fitoestrógenos etc. 
Os efeitos dependem da dose e duração da 
exposição, suscetibilidade individual e fase 
do desenvolvimento na qual ocorreu a 
exposição. 
Influenciam a puberdade por efeitos 
androgênicos, antiandrogênicos, 
estrogênicos, antiestrogênicos ou diretos no 
GnRH; podem causar puberdade precoce. 
 
PUBERDADE: fase de transição biológica em 
que acontecem uma série de alterações 
estruturais e funcionais para estabelecer a 
capacidade reprodutiva e os caracteres 
sexuais secundários. 
Crescimento linear; brotamento e 
desenvolvimento das mamas; aumento dos 
pequenos e grandes lábios da genitália 
externa; produção de secreção vaginal 
anteriormente à menarca; surgimento de 
pelos pubianos e axilares; crescimento do 
útero e ovários. 
Após a menarca a menina cresce por até 2 
anos, mas em menor velocidade. 
➢ Irregularidade menstrual é comum (90% 
ciclos onovulatórios no 1º ano). 
 
CLIMATÉRIO (Transição menopáusica) 
Decorre do declínio da função ovariana; há 
ciclos menstruais irregulares devido às 
alterações da duração da fase folicular. 
Paralelamente, observa-se aumento das 
secreções das gonadodrofinas hipofisárias, 
maior para FSH que para LH. 
Tabagismo, quimioterapia, radioterapia 
pélvica, histerectomia e cirurgias ovarianas 
podem antecipar a menopausa. 
 
FINAL DA QUINTA DÉCADA DE VIDA 
No início do processo de transição ocorre 
um aumento dos níveis de estradiol – 
responsáveis pela hiperplasia endometrial. 
Por isso, mulheres nessa faixa etária são 
pacientes de risco para câncer de 
endométrio. 
É possível quantificar a exaustão folicular, 
através do AMH – hormônio produzido nos 
ovários pelos folículos funcionantes. Assim, 
ao dosar o AMH é possível quantificar 
quantos folículos remanescentes ainda têm 
para serem recrutados. 
A partir da redução dos níveis de inibida, 
haverá o estímulo para a secreção do FSH e 
LH, e estímulo para que o ovário aumente os 
níveis de estradiol. 
Consequências clínicas do climatério -> 
queda da fertilidade (ciclos onovulatórios), 
alterações do padrão menstrual, atrofia do 
endométrio + miométrio + epitélio vaginal, 
decréscimo da secreção de muco, distúrbios 
emocionais (depressão, irritabilidade, 
insônia), distúrbios vasculares (fogachos, 
rubor facial), alterações na remodelação 
óssea, afinamento e enrugamento da pele e 
redução de pelos pubianos e axilares. 
➢ Na mulher com menopausa, o estrogênio 
não é mais produzido pelos ovários, ele 
virá da conversão periférica da 
androstenediona. Esse estrogênio 
produzido não é tão potente quanto o 
Meninas – 8 a 13 anos. 
A telarca (surgimento dos pelos axilares) + aceleração do 
crescimento linear antecedem a menarca em 2 anos. 
Envolve alterações da atividade secretora da adrenal 
(adrenarca) – aumento dos precursores androgênios 
(DHEA e DHEA-S) que ocorre aos 6-7 anos; e da atividade 
secretora dos ovários – aumento da secreção de 
estrógeno e progesterona. 
habitual, e por isso, o corpo irá começar 
a sofrer. 
 
No hipotálamo, a ausência do estrogênio irá 
interferir na POMC, no peptídeo Y e fazer 
com que a mulher gaste menos energia, 
apesar de comer a mesma quantidade, 
assim, ganhará peso. Além disso, contribui 
para que a mulher deixe de ter um padrão 
ginecóide e passe a ter um padrão andróide. 
 
No músculo esquelético, a falta de 
estrogênio irá gerar resistência à insulina; 
faz com que o fígado perca a capacidade de 
produzir HDL (risco de esteatose hepática, 
pois haverá predomínio de LDL); permite a 
disfunção de células beta através da ação de 
autoanticorpos;

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