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TCC---Edinavit-Alves-de-Oliveira--UFRN

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CORRELAÇÃO ENTRE A DISTÂNCIA PERCORRIDA NO TESTE DE 
CAMINHADA DE 6 MINUTOS E A ESCALA DE PERCEPÇÃO DE 
ESFORÇO DE BORG EM PORTADORES DE HIPERTENSÃO PULMONAR 
 
 
 
 
EDINAVIT ALVES DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL - RN 
2022 
 
 
 
EDINAVIT ALVES DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CORRELAÇÃO ENTRE A DISTÂNCIA PERCORRIDA NO TESTE DE 
CAMINHADA DE 6 MINUTOS E A ESCALA DE PERCEPÇÃO DE ESFORÇO DE 
BORG EM PORTADORES DE HIPERTENSÃO PULMONAR 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Curso de Fisioterapia da 
Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte como requisito para obtenção de 
grau de FISIOTERAPEUTA. 
 
Orientadora: Profa. Dra. Joceline 
Cássia Ferezini de Sá. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natal - RN 
 
 
EDINAVIT ALVES DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
CORRELAÇÃO ENTRE A DISTÂNCIA PERCORRIDA NO TESTE DE 
CAMINHADA DE 6 MINUTOS E A ESCALA DE PERCEPÇÃO DE ESFORÇO DE 
BORG EM PORTADORES DE HIPERTENSÃO PULMONAR 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Curso de Fisioterapia da 
Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte como requisito para obtenção de 
grau de FISIOTERAPEUTA. 
 
Orientadora: Profa. Dra. Joceline Cássia 
Ferezini de Sá. 
 
 
 
Apresentado em 14 de dezembro de 2022. 
 
 
Profa. Dra. Joceline Cássia Ferezini de Sá 
Orientador - DFST/UFRN. 
 
Prof. Dr. Gerson Fonseca de Souza 
Examinador - DFST/UFRN. 
 
Mestranda Natália Lopes Cardoso. 
Examinadora – DFST/UFRN. 
 
 
Natal - RN 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A minha mãe, por todo o seu esforço para que eu pudesse seguir os meus sonhos. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 Agradeço primeiramente a Deus e a minha família por sempre terem sido o suporte para 
minhas conquistas. A todos os meus professores que dividiram seus inenarráveis 
conhecimentos comigo ao longo desse ciclo chamado graduação, todos vocês foram de grande 
importância para a minha formação. O corpo de docência de fisioterapia da UFRN é gigante! 
Agradeço em especial a professora Joceline, por todo o seu carinho e amor pela 
cardiologia, com o qual consegue despertar nos outros esse amor pela fisioterapia cardiológica 
também. Tenho um carinho muito especial por sua pessoa, obrigada por ao longo da graduação 
sempre ter sido uma referência para mim, é uma honra imensa ser sua aluna de iniciação 
científica. 
Agradeço em especial a minha irmã Ellitamara, não só pelo seu imenso apoio em todas 
as minhas conquistas, mas também por sua alegria em me ver conquista-las. Por todo o 
incentivo, por todas as noites de conversas e encontros na UFRN que muitas vezes me 
trouxeram alívio em meio as intermináveis semanas de prova. 
Muito obrigado a equipe do Centro de Reabilitação Cardíaca do HUOL, vocês sempre 
vão ter grande importância em minha memória e coração. Certa vez uma pessoa especial me 
disse que as vezes a jornada acadêmica pode ser solitária, mas que as coisas ficam mais leves 
quando se é presenteado por amigos nas bases de pesquisas. Muitas vezes ao longo da 
graduação esse centro fez com que eu me sentisse abraçada por tantas coisas, por 
conhecimento, por propósitos e por pessoas, é assim que vou continuar lembrando dele. 
Aos meus amigos que estiveram ao meu lado durante esse ciclo e agora vibram junto 
comigo o seu fechamento. Em especial a Dyogo que mesmo com o distanciamento que as vezes 
a faculdade pode causar, sempre esteve presente me mandando mensagens. 
A minha amiga Mayanne, que por diversas vezes me incentivou e esteve presente em 
momentos de angustias e alegrias. Ao longo da graduação tive muitos dias com momentos 
difíceis, obrigada por me animar em todos. 
Ao meu namorado por ser meu ponto de paz em meio aos altos e baixos do dia a dia e 
sempre me incentivar a dar o meu melhor em todas as coisas. Por sempre se fazer presente, por 
todas as conversas e por todo o cuidado que você tem e teve comigo ao longo do fechamento 
desse ciclo. 
Agradeço a UFRN por ter sido a minha casa durante todos esses anos, reconheço o 
privilégio que é cursar em uma das melhores universidades do mundo, conforme o Times 
Higher Education World University Rankings 2023, o curso que sonhei por tanto tempo. 
 
Na graduação os dias sempre foram longos, mas os anos foram curtos. Sentirei saudade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente. 
Jiddu Krishnamurti 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO 16 
2. MATERIAIS E MÉTODOS 19 
2.1. Escala visual de percepção de esforço de Borg 20 
2.2. TESTE DE CAMINHADA DE 6 MINUTOS 22 
2.3. PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS 22 
2.4. 2.4 ANALISE ESTATÍSTICA 23 
3. RESULTADOS 23 
4. DISCUSSÃO 30 
5. CONCLUSÃO 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OLIVEIRA, E. A. de. CORRELAÇÃO ENTRE A DISTÂNCIA PERCORRIDA NO 
TESTE DE CAMINHADA DE 6 MINUTOS E A ESCALA DE PERCEPÇÃO DE 
ESFORÇO DE BORG EM PORTADORES DE HIPERTENSÃO PULMONAR. 
Monografia, Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 
2022. 
 
RESUMO 
Introdução: A hipertensão pulmonar (HP) é uma condição clínica progressiva que consiste 
em um conjunto de alterações hemodinâmicas que causam a vasoconstrição das artérias 
aumentando a pressão e gerando resistência vascular, dificultando, assim, a passagem do 
sangue. A HP é dividida em 5 grupos diagnósticos, sendo estes: 1 hipertensão arterial pulmonar 
(HAP); Grupo 2 HP devido a cardiopatia esquerda; Grupo 3 HP devido a doenças pulmonares 
e/ou hipóxia; Grupo 4 HP associada a obstruções da artéria pulmonar; Grupo 5 HP com 
mecanismos pouco claros e/ou multifatoriais. Apesar de sua etiologia multifatorial, a baixa 
tolerância ao exercício é um fator comum entre os 5 grupos. Dentre os testes submáximos, um 
frequentemente utilizado é o Teste de Caminhada de 6 minutos (TC6), que em sua realização 
utiliza-se da escala visual de percepção de esforço de Borg como marcador de fadiga muscular 
periférica e cansaço respiratório. Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo transversal 
observacional analítico realizado onde teve-se como objetivo correlacionar a distância 
percorrida no Teste de Caminhada de 6 minutos com os valores da escala visual de percepção 
de esforço de Borg em pacientes com HP: Foram correlacionados os dados da distância 
percorrida com os marcadores da escala de percepção de esforço de Borg para dispneia e fadiga 
de 47 TC6 de pacientes, de ambos os gêneros e qualquer dos 5 grupos de HP, que estavam em 
acompanhamento no ambulatório de Pneumologia e de Cardiologia do Hospital Universitário 
Onofre Lopes (HUOL). Resultados: Obteve-se uma correlação negativa entre a distância 
percorrida no TC6 e os valores da escala visual de percepção de Borg de dispneia (p valor: 
0,0011 r Spearman -0,4605) e fadiga (p valor: 0,0209 r Spearman -0,3362) no terceiro minuto do 
teste e no Borg de fadiga em repouso (p valor: 0,0024 r Spearman -0,4331). Conclusão: Conclui-
se então que os marcadores de dispneia e fadiga relatados na escala de Borg influenciaram na 
distância percorrida. 
 
Palavras-chave: Escala visual de percepção de esforço de Borg. Hipertensão pulmonar. Teste 
de Caminhada de 6 minutos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OLIVEIRA,E. A. de. CORRELATION BETWEEN THE DISTANCE COVERED IN 
THE 6-MINUTE WALK TEST AND THE BORG PERCEIVED EXERTION SCALE 
IN PATIENTS WITH PULMONARY HYPERTENSION. Monograph, Physiotherapy 
Course at the Federal University of Rio Grande do Norte, Natal, 2022. 
 
ABSTRACT 
Introduction: Pulmonary hypertension (PH) is a progressive clinical condition that consists of 
a set of hemodynamic changes that cause vasoconstriction of the arteries, increasing pressure 
and generating vascular resistance, thus hindering the passage of blood. PH is divided into 5 
diagnostic groups, namely: 1 pulmonary arterial hypertension (PAH); Group 2 HP due to left 
heart disease; Group 3 HP due to pulmonary diseases and/or hypoxia; Group 4 PH associated 
with pulmonary artery obstructions; Group 5 HP with unclear and/or multifactorial 
mechanisms. Despite its multifactorial etiology, poor exercise tolerance is a common factor 
among the 5 groups. Among the submaximal tests, one frequently used is the 6-minute walk 
test (6MWT), which uses the Borg visual scale of perceived exertion as a marker of peripheral 
muscle fatigue and respiratory fatigue. Methodology: This is an analytical observational cross-
sectional study, which aimed to correlate the distance covered in the 6-minute Walk Test with 
the values of the Borg visual scale of perceived exertion in patients with PH: They were 
correlated data on the distance covered with the markers from the Borg scale of perceived 
exertion for dyspnea and fatigue of 47 6MWT of patients, of both genders and any of the 5 PH 
groups, who were being followed up at the Pulmonology and Cardiology outpatient clinic of 
the Onofre Lopes University Hospital (HUOL). Results: There was a negative correlation 
between the distance covered in the 6MWT and the Borg visual scale of perception of dyspnea 
(p value: 0.0011 r Spearman -0.4605) and fatigue (p value: 0.0209 r Spearman -0.3362) in the 
third minute of the test and Borg of fatigue at rest (p value: 0.0024 r Spearman -0.4331). 
Conclusion: It is therefore concluded that the dyspnea and fatigue markers reported on the 
Borg scale influenced the distance covered. 
Keywords: Borg Visual Perceived Exertion Scale. Pulmonary hypertension. 6-minute Walk 
Test. 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
ACSM – American College Sports of Medicine 
ATS – American Thoracic Society 
CF – Classificação Funcional 
DAC – Doença Arterosclerótica Coronariana 
DAOP – Doença Arterial Obstrutiva Periférica 
DC6M – Distância Percorrida no Teste de Caminhada de 6 Minutos 
DVOP – Doença Veno-Oclusiva Pulmonar 
ESC – European Society of Cardiology 
FC – Frequência Cardíaca 
FR – Frequência respiratória 
HAP – Hipertensão Arterial Pulmonar 
HAS – Hipertensão Arterial Sistêmica 
HCP – Hemangiomatose Capilar Pulmonar 
HIV – Vírus da Imunodeficiência Humana 
HP – Hipertensão Pulmonar 
HPTEC – Hipertensão Pulmonar Tromboembólica Crônica 
 
HUOL – Hospital Universitário Onofre Lopes 
IC – Insuficiência Cardíaca 
IVC - Insuficiência Venosa Crônica 
Kg – Quilogramas 
m – Metro 
mmHg – Milímetros de mercúrio 
O2 - Oxigênio 
PA – Pressão Arterial 
PAPm – Pressão Arterial Pulmonar média 
SpO2 – Saturação Periférica de O2 
TC6 – Teste de Caminhada de 6 minutos 
VD – Ventrículo Direito 
VO2 – Volume de Oxigênio 
VO2máx – Volume de Oxigênio Máximo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURA 
 
Figura 1 - A escala de Borg: escala de 15 níveis para índices de esforço percebido. .............. 21 
Figura 2 - Número de casos de Hipertensão Pulmonar por Grupo. ......................................... 24 
Figura 3 - Descrição do número de pacientes que necessitaram de suplementação de O2 ...... 25 
Figura 4 - Descrição das comorbidades associadas na população estudada divididas por tipo de 
doença e sexo. .......................................................................................................................... 26 
Figura 5 - Motivos de pausas durante o TC6 ........................................................................... 28 
Figura 6 - Análise de Dispersão ............................................................................................... 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELA 
 
Tabela 1 - Divisão dos Grupos de Hipertensão Pulmonar. ...................................................... 16 
Tabela 2 - Caracterização Antropométricas. ............................................................................ 23 
Tabela 3 - Caracterização Clínica da Amostra. ....................................................................... 24 
Tabela 4 - Descrição dos resultados obtidos durante o TC6 quanto a saturação periférica de 
oxigênio, frequência respiratória e percepção de esforço de Borg: dispneia e fadiga. ............ 26 
Tabela 5 - Correlação entre a Distância Percorrida, Parâmetros obtidos no TC6 e dados 
Antropométricos. ..................................................................................................................... 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
1. INTRODUÇÃO 
A Hipertensão pulmonar (HP) ocorre quando o nível de pressão da artéria pulmonar 
média é aumentado, causando uma resistência maior para o fluxo sanguíneo e dificultando a 
oxigenação do sangue. 
 O padrão ouro para o diagnóstico da HP está baseado na avaliação hemodinâmica por 
cateterismo cardíaco direito, caracterizada pela presença de pressão média (PAPm) superior a 
20mmHg e resistência vascular pulmonar maior ou igual a 3 unidade de Wood (SIMONNEAU 
et al.,2019). 
A desordem fisiopatológica desta patologia pode envolver diversas condições clínicas 
e estar associada a uma variedade de doenças cardiovasculares e respiratórias. A hipertensão 
pulmonar apresenta uma etiologia multifatorial, sendo dividida em cinco grupos conforme 
apresentado na Tabela 1. 
 
Tabela 1 - Divisão dos Grupos de Hipertensão Pulmonar. 
GRUPO 1 - Hipertensão 
arterial pulmonar (HAP) 
Idiopático: 
a) Não respondedores no teste de vasorreatividade; 
b) Respondedores agudos no teste de vasorreatividade. 
Herdável; 
Associado a drogas e toxinas; 
Associado a: 
a) Doença do tecido conjuntivo; 
b) Infecção pelo HIV; 
c) Hipertensão portal; 
d) Doença cardíaca congênita; 
e) Esquistossomose. 
HAP com características de envolvimento venoso/capilar (DVOP/HCP); 
HP persistente do recém-nascido. 
GRUPO 2 - PH associado a 
cardiopatia esquerda 
Insuficiência cardíaca: 
a) Com fração de ejeção preservada; 
b) Com fração de ejeção reduzida ou levemente reduzida. 
Doença cardíaca valvular; 
 
17 
 
Condições cardiovasculares congênitas/adquiridas que levam à HP pós-
capilar. 
GRUPO 3 - HP associada a 
doenças pulmonares e/ou 
hipóxia 
Doença pulmonar obstrutiva ou enfisema; 
Doença pulmonar restritiva; 
Doença pulmonar com padrão misto restritivo/obstrutivo; 
Síndromes de hipoventilação; 
Hipóxia sem doença pulmonar (por exemplo, altitude elevada); 
Distúrbios pulmonares do desenvolvimento; 
GRUPO 4 - HP associada a 
obstruções da artéria 
pulmonar 
HP tromboembólica crônica – HPTEC; 
Outras obstruções da artéria pulmonar. 
GRUPO 5 - HP com 
mecanismos pouco claros 
e/ou multifatoriais 
Distúrbios hematológicos; 
Distúrbios sistêmicos; 
Distúrbios metabólicos; 
Insuficiência renal crônica com ou sem hemodiálise; 
Microangiopatia trombótica do tumor pulmonar; 
Mediastinite fibrosante. 
 
Fonte: Elaboração própria com base em MARC et al, 2022. 
 
Apesar das várias etiologias, a HP apresenta sinais semelhantes entre si relacionados 
aos mecanismos de vasoconstrição, obstrução e remodelamento da parede do vaso, inflamação 
e trombose in situ. Ocorrendo posteriormente como complicação maior o aumento da 
resistência vascular pulmonar e, consequentemente, a hipertrofia e falência ventricular direita, 
levando o paciente ao óbito (PFEIFFER, 2014). 
A hipertensão pulmonar é um problema de saúdeglobal que pode acometer indivíduos 
de todas as faixas etárias. As estimativas sugerem uma prevalência de aproximadamente 1% 
da população mundial. Devido a sua correlação com doenças cardíacas e pulmonares essa 
estimativa é maior em indivíduos com idade superior a 65 anos, apresentando uma prevalência 
de 10% nessa faixa etária (MARC et al, 2022). 
 As doenças cardíacas e pulmonares do lado esquerdo tornaram-se as causas mais 
frequentes de hipertensão pulmonar. Cerca de 80% dos pacientes afetados vivem em países 
subdesenvolvidos, onde a hipertensão pulmonar é frequentemente associada a cardiopatia 
congênita e várias doenças infecciosas (HOEPER et al, 2016). 
 
18 
 
Apesar de sua etiologia multifatorial, os indivíduos dos 5 grupos de hipertensão 
pulmonar apresentam baixa tolerância ao exercício, limitando assim sua funcionalidade. Os 
guidelines especializados recomendam uma abordagem multidisciplinar focando no 
diagnóstico precoce e tratamento farmacológico associado a um programa adjuvante de 
exercícios para preservação da funcionalidade e autonomia dessa população (MARC et al, 
2022). 
Para a prescrição adequada de exercícios é necessária a avaliação prévia da capacidade 
aeróbia máxima de cada indivíduo, devido às características de dessaturação da patologia 
causando dispneia aos esforços e assim limitações das atividades de vida diária (PACOCK et 
al 2016). Os testes de esforço máximo são considerados o padrão-ouro para avaliar a 
capacidade aeróbia e servem como guias para a prescrição de exercícios e reabilitação cardíaca. 
Entretanto, esses testes são menos acessíveis pois necessitam de equipamento e local adequado, 
juntamente com equipe treinada para sua utilização (FLORIANO et al 2019). Além disso, os 
níveis de esforço máximo podem não ser atingidos por pacientes impossibilitados de aumento 
significativo do débito cardíaco, como os pacientes com Hipertensão arterial pulmonar (HAP), 
nesses pacientes, os testes costumam ser interrompidos devido à dispneia intolerável 
(BARRETO et al, 2009). 
 Os testes de esforço submáximos superam algumas limitações dos testes máximos, 
sendo mais acessíveis em sua realização. De acordo com a American Thoracic Society, o teste 
de caminhada de 6 minutos (TC6) é recomendado na avaliação da capacidade funcional em 
diversas situações, inclusive na população com hipertensão pulmonar e cardiopatias. Desta 
forma, o TC6 é comumente utilizado para a avaliação da capacidade aeróbia e seus resultados 
guiam a prescrição do protocolo de exercícios do programa de reabilitação (2002) 
 O esforço percebido é um indicador válido para monitorar a tolerância de um indivíduo 
ao exercício. Assim, utilizam-se escalas de percepção de esforço para acompanhar parâmetros 
como dispneia, fadiga ou dor em determinado exercício físico. Essa taxação se faz muito 
necessária e é utilizada com frequência durante a realização de testes onde o esforço é 
progressivo (TIGGEMANN et al, 2010). 
Dentre essas escalas, uma já validada e bastante referenciada é a escala de percepção 
visual de esforço de Borg de 6 a 20, que apresenta correlação entre seus marcadores e a 
frequência cardíaca do indivíduo (TIGGEMANN et al, 2010). 
 
19 
 
Contudo, apesar de utilizada com frequência faz-se necessário a ciência terapêutica 
lidar com as especificidades dos pacientes, em especial os com hipertensão pulmonar visto que 
esses pacientes apresentam dispneia aos esforços que evolui progressivamente até a sua 
percepção na condição de repouso. Apresentando dispneia constante e fadiga, de forma que, 
mesmo tarefas simples, como vestir-se e caminhar curtas distâncias, tornam-se complexas 
(VELOSO, 2022). 
Assim, este estudo teve por objetivo analisar a correlação entre os marcadores da escala 
visual de percepção de esforço de Borg e a distância percorrida no teste de caminhada de 6 
minutos. Assumi-se por hipotese inicial a existencia de correlação entre a percepção de esforço 
e a distância percorrida, visto que os pacientes com HP apresentaram uma baixa tolerância ao 
exercício. 
 
2. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Trata-se de um estudo do tipo transversal observacional analítico realizado na Unidade 
de Reabilitação Cardíaca CORE/HUOL/EBSERH localizado na cidade de Natal-RN. A 
pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HUOL, sob número 
34658020.1.0000.5292 do CAAE e número do parecer: 4.300.174, além de contemplar as 
questões éticas fundamentadas na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) 
e na Declaração de Helsinki para estudo com humanos. 
 
i. Critérios de inclusão 
Adotou-se como critério de inclusão participantes de ambos os gêneros com diagnóstico 
de hipertensão pulmonar, independente do grupo, com quadro clínico estável em 
acompanhamento pelo ambulatório de Pneumologia e de Cardiologia do Hospital Universitário 
Onofre Lopes (HUOL) que foram encaminhados para a realização do TC6. 
ii. Critérios de exclusão 
Foram excluídos pacientes que apresentaram algum tipo de descompensação clínica 
durante a avaliação, comorbidades musculoesqueléticas que interferiram na marcha e que 
apresentaram diminuição da saturação periférica de oxigênio (SpO2) abaixo de 80% durante o 
 
20 
 
teste de caminhada de seis minutos com uso de oxigênio suplementar, ou que apresentaram 
dificuldade de compreensão intelectual que os impediram de realizar o teste. 
iii. Desenho do estudo 
Os dados foram coletados de 2018 a 2022 onde os pacientes foram avaliados em um 
único dia com a duração média de 2 horas. A primeira etapa consistiu em explicar aos pacientes 
sobre as avaliações que seriam feitas, seus objetivos, benefícios, prováveis riscos e como seria 
realizado o teste. Em seguida foi solicitado a assinatura do Termo de Consentimento Livre e 
Esclarecido (TCLE) (ANEXO I) seguido da avaliação clínica, antropométrica, anamnese e 
exame físico para então realizar a avaliação da capacidade funcional através do TC6 e obtenção 
de dados clínicos e aferição dos sinais vitais antes, durante, ao final e após dois minutos da 
realização do teste, além de percepção de esforço através da Escala de BORG de 6 a 20 
iv. Avaliação clínica e antropométrica 
Foi realizada a coleta da avaliação clínica e antropométrica por meio de uma ficha 
padronizada, contendo dados sobre a anamnese e exame físico. Na anamnese foram coletados 
dados de identificação, sexo, idade, data de nascimento e diagnóstico clínico. Avaliação das 
medidas antropométricas de adiposidade geral com o Índice de Massa Corporal (IMC) 
calculado através da divisão do peso em kg pela altura em metros elevada ao quadrado, kg/m². 
A altura foi mensurada através de um estadiômetro acoplado à balança eletrônica com o 
paciente descalço e postura ereta; além do registro da frequência cardíaca (FC), pressão arterial 
(PA), saturação periférica de oxigênio (SpO2), frequência respiratória (FR) e BORG de 
dispneia e fadiga. 
2.1. Escala visual de percepção de esforço de Borg 
 A maneira que determinado indivíduo percebe o esforço frente a determinada tarefa ou 
exercício físico, é de grande relevância para o desempenho real do mesmo. Desta forma, o uso 
de uma escala de predição de esforço, junto de variadas respostas metabólicas e 
cardiorrespiratórias, tem sido considerada uma ferramenta válida e eficaz podendo ser uma 
ferramenta eficaz tanto para predição do desempenho quanto para a prescrição de treinamentos 
físicos (TIGGEMANN et al, 2010). 
As respostas fisiológicas causadas pelo estresse físico produzem sinais sensitivos que 
alteram a percepção subjetiva de esforço, podendo estes sinais serem procedentes do VO2, 
ventilação, FC e concentração de lactato. A escala visual de percepção de esforço de Borg é 
 
21 
 
uma ferramenta não invasiva, de fácil aplicação e baixo custo financeiro, utilizada para a 
monitoração da intensidade de esforço físico relacionada às variáveis fisiológicas 
(KAERCHER et al2019). 
 
 
Figura 1 - A escala de Borg: escala de 15 níveis para índices de esforço percebido. 
 
Fonte: Elaboração própria com base em Borg (2000) e Nielman (2011). 
 
Como podemos observar na Figura 1 acima, a escala possui 15 níveis e é dividida em 
níveis de esforço sendo estes divididos pelas cores azul, verde, amarelo e vermelho, sendo essas 
descritas respectivamente como muito fácil, fácil, relativamente fácil, ligeiramente cansativo a 
cansativo, muito cansativo a exaustivo. 
Este trabalho utilizou a escala de Borg aqui explicitada como parâmetro de nivelamento 
de esforço devido a sua ampla aceitação e correlação entre os marcadores e a FC. 
 
22 
 
 
2.2. TESTE DE CAMINHADA DE 6 MINUTOS 
O TC6 foi desenvolvido no início dos anos 70 para avaliar a capacidade funcional 
através dos resultados da distância percorrida em determinado período de tempo. Estudos 
validaram o TC6 como teste submáximo (MORALES-BLANHIR et al, 2011) e atualmente o 
teste é indicado pela American Thoracic Society (ATS) para medir a resposta de um paciente 
ao tratamento e também como forma de predição de morbidade e mortalidade de indivíduos 
com doenças pulmonares ou cardíacas leve ou moderada. O TC6 é considerado de fácil 
aplicação e grande significância de resultados (MORALES-BLANHIR et al, 2011). 
Para o TC6 os pacientes foram orientados a caminhar em um corredor o mais rápido 
possível durante os 6 minutos do teste. O corredor continha demarcação a cada metro e a 
presença de um cone no marco 0m e outro no marco 30m. Os participantes poderiam diminuir 
a velocidade ou parar por um tempo, se necessário, entretanto, o cronômetro continuaria 
contando os 6 minutos. 
Os parâmetros hemodinâmicos de pressão arterial (PA), frequência cardíaca (FC) e 
saturação de oxigênio periférica (SpO2) assim como a aplicação da escala de Borg foram 
avaliados antes e ao final do teste, sendo a FC e a SpO2 observada a cada minuto e aos três 
minutos observada também a percepção de esforço de Borg (APÊNDICE I). 
Ao final do teste foi calculada a distância total percorrida no TC6 e utilizada a fórmula 
de Dourado para calcular a distância predita. (DOURADO et al, 2011) 
 
2.3. PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS 
Para o presente estudo foram avaliados um total de 47 TC6, onde os pacientes foram 
orientados a não realizarem esforço físico 24 horas antes do teste. Chegando ao local de 
realização do TC6, os pacientes foram instruídos sobre a realização do mesmo, e encaminhados 
para o segundo andar das enfermarias do HUOL com cilindro de oxigênio, devido ao risco de 
dessaturação dos pacientes. 
Para a familiarização com o TC6 e a escala visual de percepção de esforço de Borg foi 
previamente ensinada ao paciente. 
 
23 
 
2.4. 2.4 ANALISE ESTATÍSTICA 
A normalidade do estudo foi realizada através do teste de Shapiro-Wilk. Os dados estão 
apresentados em mediana e intervalo interquartil 25-75%. E para as análises de correlação foi 
utilizado o coeficiente de correlação de Spearman. A análise dos dados obtidos foi realizada 
no programa estatístico GraphPad Prism 8.0 e foram considerados níveis de significância 
p<0,05 e Intervalo de Confiança (IC) de 95%. Dancey e Reidy (2006) apontam para uma 
classificação de: r = 0,10 até 0,30 (fraco); r = 0,40 até 0,6 (moderado); r = 0,70 até 1 (forte). 
 
3. RESULTADOS 
Quanto as características antropométricas da amostra analisada, conforme Tabela 2, a 
idade mediana foi de 46 [34-51,5] anos, sendo 46 [35 - 51,25] anos para mulheres e 19 [18-49] 
anos para homens, o peso encontrado teve uma mediana de 60,8 [56,9-68] Kg, sendo 60,7 
[55,75 - 67,90] Kg para as mulheres e para homens de 65 [56,9 – 68] Kg, a altura encontrada 
teve uma mediana de 1,59m, sendo 1,58 [1,55 - 1,65] m para mulheres e para homens 1,7m 
[1,68 - 1,70]. 
Com relação ao IMC da amostra estudada, teve como mediana 24,41 para o total da 
amostra, sendo 24,54 para as mulheres e 22,96 para homens. 
 
Tabela 2 - Caracterização Antropométricas. 
 Mulheres Homens Total 
Idade 46 [35 - 51,25] 19 [18 – 49] 46 [34 - 51,5] 
Peso (kg) 60,7 [55,75 - 67,90] 65 [60,35 - 66,95] 60,8 [56,9 – 68] 
Altura (m) 1,58 [1,55 - 1,65] 1,7 [1,68 - 1,70] 1,59 [1,56 - 1,68] 
IMC 24,54 [19, 42 - 28,32] 22,96 [21,57 - 23, 86] 24,41 [20,11 - 28,06] 
 
Fonte: Elaboração própria com base nos dados de Pesquisa. 
Nota1: Índice de massa corporal (IMC) = peso dividido pela altura ao quadrado 
 
No que concerne aos diagnósticos de Hipertensão Pulmonar (HP), para a referida 
amostra percebe-se uma maior concentração de HP do Grupo 1, com dezenove casos. Seguido 
do Grupo 2, com quatorze casos. Apenas dois casos foram registrados para o Grupo 5 de HP, 
conforme detalhado na Figura 2. 
 
24 
 
 
Figura 2 - Número de casos de Hipertensão Pulmonar por Grupo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaboração própria com base nos dados de Pesquisa. 
Nota2: Grupo 1: Hipertensão arterial pulmonar; Grupo 2 HP associada a cardiopatia esquerda; Grupo 3 HP 
associada a doenças pulmonares e/ou hipóxia; Grupo 4 HP associada a obstruções da artéria pulmonar; Grupo 5 
HP com mecanismos pouco claros e/ou multifatoriais. 
 
A Tabela 3 ilustra os dados clínicos, onde pode-se observar os parâmetros 
hemodinâmicos encontrados. 
O nível de saturação periférica de oxigênio mediano encontrado foi de 97%, sendo 99% 
para homens e 95,5% para as mulheres que compuseram a amostra. Na figura 4 abaixo, 
podemos observar a quantidade de homens e mulheres que utilizaram O2 suplementar para a 
realização do TC6. Sendo essa suplementação realizada quando ocorre a diminuição de 
saturação periférica inferior a 80%. No que se refere ao BORG de fadiga e dispneia obteve-se 
os níveis respectivamente, 9 e 7 para os homens, e 7 quando se refere ao total da amostra ou a 
apenas as mulheres da amostra, em ambas. 
 
Tabela 3 - Características Clínicas Basais da Amostra. 
 Mulheres Homens Total 
Saturação 95,5 [93,75 - 97,25] 99 [97,5 – 99] 97 [94 – 98] 
BORG de dispneia 7 [6 – 9] 9 [6,5 - 10,5] 7 [6 – 9] 
BORG de fadiga 7 [6 – 8] 7 [6 – 7] 7 [6 – 8] 
Frequência respiratória 21 [20 – 24] 20 [18 – 22] 20 [20 – 24] 
19
14
3
9
2
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
Grupo 5
H
ip
er
te
n
sã
o
 P
u
lm
o
n
ar
: 
G
ru
p
o
s
 
25 
 
Frequência cardíaca 82 [72,25 – 91] 93 [63 - 95,] 82 [68,5 – 94] 
Pressão arterial sistólica 110 [100 -120] 120 [115 – 125] 111 [100 – 120] 
Pressão arterial 
diastólica 70 [69,5 – 77] 80 [70 – 80] 70 [70 – 80] 
 
Fonte: Elaboração própria com base nos dados de Pesquisa. 
Nota3: Valores em mediana com intervalo interquartil de 25-75%. 
 
 
Figura 3 - Descrição do Número de Pacientes que Necessitaram de Suplementação de O2 Durante o TC6 
 
Fonte: Elaboração própria com base nos dados de Pesquisa. 
Quanto as comorbidades associadas, verificou-se que, para ambos os sexos, a 
insuficiência cardíaca está presente na maioria dos casos seguida da hipertensão arterial 
sistêmica, também em ambos os sexos (Figura 4). 
 
1
11
12
6
29
35
H O M E N S
M U L H E R E S
T O T A L
Com suplementação de O2 Sem suplementação de O2
 
26 
 
Figura 4 - Descrição das Comorbidades Associadas na População Estudada Divididas por Tipo de Doença e 
Sexo. 
 
Fonte: Elaboração própria com base nos dados de Pesquisa. 
 
Na Tabela 4, observamos a caracterização dos parâmetros avaliados em mediana e seus 
respectivos intervalos interquartis dos resultados obtidos durante o TC6. Considerando o 
objetivo proposto, julgou-se importante analisar as variáveis de Saturação Periférica de O2 (%), 
Frequência Respiratória, Frequência Cardíaca, Pressão Arterial Sistólica, Pressão Arterial 
Diastólica e Percepção de Esforço de BORG para Dispneia e Fadiga. 
 
Tabela 4 - Descrição dos Resultado Obtidos Durante o TC6 Quanto a Saturação Periférica de Oxigênio, 
Frequência Respiratória e Percepção de Esforço de Borg: Dispneia e Fadiga. 
 MulheresHomens Total 
Saturação Periférica de O2 
(%) 
Repouso 95,5 [93,75 - 97,25] 99 [97,5 – 99] 97 [94 – 98] 
3º minuto 88,5 [81,75 – 93] 97 [94 - 97,5] 90 [84,5 - 95,5] 
Final 90 [81 - 93,25] 96 [94 – 97] 91 [82 - 95,5] 
2 minutos de 
recuperação 95 [93,5 – 98] 99 [98 – 99] 96 [94 – 98] 
Frequência Respiratória 
Repouso 21 [20 – 24] 20 [18 – 22] 20 [20 – 24] 
Final 25 [21,75 – 28] 25 [23 - 27,5] 25 [22 – 28] 
2 minutos de 
recuperação 22 [20 - 24,5] 20 [20 - 20,5] 22 [20 – 24] 
FREQUÊNCIA 
CARDÍACA 
FC repouso 82 [72,25 – 91] 93 [63 - 95,5] 82 [68,5 – 94] 
FC 3' 100 [91,5 – 107] 113 [92 - 127,5] 100 [91 – 115] 
9
1
4
0
3
0
12
3
0
1
2
0
3
0
9
0
0
2
4
6
8
10
12
14
Mulheres Homens
Número de casos
Hipertensão Arterial Sistêmica Diabetes
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Insuficiência Cardíaca
Doença Arterosclerótica Coronariana Doença Arterial Obstrutiva
Insuficiência Venosa Reumatológicas
 
27 
 
FC final 107,5 [98,75 - 115,5] 103 [98,5 – 143] 106 [98,5 – 122] 
FC 2' de 
recuperação 111 [102,5 – 126] 100 [69 - 104,5] 120 [110 - 129,5] 
P
R
E
S
S
Ã
O
 
A
R
T
E
R
IA
L
 (
m
m
H
g
) 
Sistólica 
Repouso 110 [100 – 120] 120 [115 – 125] 111 [100 – 120] 
Final 122 [113,75 – 132] 140 [135 – 140] 130 [120 – 140] 
2 minutos de 
recuperação 86 [77 - 99,5] 120 [120 – 130] 86,5 [76,5 - 100,75] 
Diastólica 
Repouso 70 [69,5 – 77] 80 [70 – 80] 70 [70 – 80] 
Final 77,5 [70 – 80] 90 [90 – 100] 80 [70 – 90] 
2 minutos de 
recuperação 70 [70 – 80] 85 [80 – 90] 70 [70 – 80] 
P
er
ce
p
çã
o
 d
e 
 
E
sf
o
rç
o
 d
e 
B
O
R
G
 Dispneia 
Repouso 7 [6 – 9] 9 [6,5 - 10,5] 7 [6 – 9] 
3º minuto 11 [8 – 13] 10 [9,5 - 13,5] 11 [8,5 – 13] 
Final 13 [9 - 14,25] 13 [11 – 16] 13 [9 – 15] 
2 minutos de 
recuperação 9 [8 – 11] 11 [8,5 – 13] 10 [8 – 11] 
Fadiga 
Repouso 7 [6 – 8] 7 [6 – 7] 7 [6 – 8] 
3º minuto 10 [8 – 13] 10 [8 - 11,5] 10 [8 - 12,5] 
Final 11 [8 - 13,25] 13 [9 – 14] 11 [8 - 13,5] 
2 minutos de 
recuperação 9 [8 - 11,5] 10 [7 – 11] 9 [7,25 – 11] 
Distância Percorrida 
345,5 [246,75 - 
391,25] 
371 [367,5 – 
421] 360 [254,5 - 399,5] 
 
Fonte: Elaboração própria com base nos dados de Pesquisa. 
Nota4: Valores em mediana com intervalo interquartil de 25-75%. 
 
Quanto as manifestações dos sinais clínicos de saturação periférica de oxigênio, 
frequência respiratória, frequência cardíaca, pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica 
e percepção de esforço de Borg para dispneia e fadiga, observadas durante o TC6, observou-se 
que as mulheres apresentaram a saturação periférica de O2 (%) mais baixa do que os homens. 
Supõe-se que esse resultado possa ter ocorrido devido a maior incidência de doenças associadas 
no grupo das mulheres (Figura 4), podendo-se ser justificado também pela diferença da 
mediana da idade entre ambos os sexos (Tabela 2). 
Verificou-se também, que as mulheres apresentaram maiores frequências respiratórias 
tanto no repouso quanto após os 2 minutos de recuperação. O aumento desse parâmetro para 
as mulheres em relação ao sexo masculino, pode ser justificado como forma de compensação 
da saturação periférica de O2 (%), que se apresentou menor que a dos homens. 
 
28 
 
A Figura 5 ilustras os principais motivos e número queixas dos pacientes, que levou a 
realização de pausas durante o TC6. O mesmo paciente pode ter informado mais de um sinal 
ou sintoma no momento de pausa. 
 
Figura 5 - Motivos de pausas durante o TC6 
 
Fonte: Elaboração própria com base nos dados de Pesquisa. 
 
A Tabela 5 descreve os resultados da correlação realizada com os parâmetros 
analisados. Observou-se correlação inversa e significativa moderada entre o Borg dispneia do 
terceiro minuto, e Borg fadiga do terceiro minuto e a distância percorrida no TC6. O estudo 
também apontou uma correlação inversa leve entre o Borg fadiga em repouso e a distância 
percorrida. 
 
Tabela 5 - Correlação entre a Distância Percorrida, Parâmetros obtidos no TC6 e dados Antropométricos. 
 p valor 
r 
Spearman IC (95%) 
Significativo 
(alpha = 0,05) 
Característica 
Antropométricas 
Idade 0,4581 -0,1109 -0,3932 to 0,1905 Não 
Peso (kg) 0,3556 -0,1378 -0,4161 to 0,1640 Não 
Altura (m) 0,3285 0,1457 -0,1562 to 0,4227 Não 
 
Frequência 
Respiratória 
Repouso 0,03* -0,3169 -0,5597 to -0,02394 Sim 
Final 0,1398 -0,2289 -0,5021 to 0,08582 Não 
1 1
1
8
4
6
3
2
D I S P N E I A F A D I G A Q U E D A D A 
S A T U R A Ç Ã O -
7 8 %
D O R N O P E I T O T O N T U R A
M F
 
29 
 
 p valor 
r 
Spearman IC (95%) 
Significativo 
(alpha = 0,05) 
2 minutos de 
recuperação 
0,3392 -0,1512 -0,4426 to 0,1691 Não 
 
Saturação 
Periférica de O2 
(%) 
Repouso 0,0102* 0,3712 0,08536 to 0,6005 Sim 
3º minuto 0,0584 0,2781 -0,01859 to 0,5298 Não 
Final 0,3894 0,1285 -0,1733 to 0,4082 Não 
2 minutos de 
recuperação 
0,0021** 0,4422 0,1657 to 0,6543 Sim 
 
Percepção de 
Esforço de 
BORG - 
Dispneia Repouso 
0,2864 -0,1588 -0,4336 to 0,1431 Não 
 3º minuto 0,0011** -0,4605 -0,6653 to -0,1914 Sim 
 
Final 0,4236 -0,1195 -0,4006 to 0,1821 Não 
2 minutos de 
recuperação 
0,1736 -0,2041 -0,4737 to 0,1003 Não 
Percepção de 
Esforço de 
BORG - Fadiga 
 
 Repouso 0,0209* -0,3362 -0,5744 to -0,04558 Sim 
 3º minuto 0,0024** -0,4331 -0,6457 to -0,1582 Sim 
 
Final 0,5468 -0,09014 -0,3753 to 0,2106 Não 
2 minutos de 
recuperação 
0,3379 -0,1445 -0,4246 to 0,1608 Não 
 
Fonte: Elaboração própria com base nos dados de Pesquisa. 
Nota5: Teste de normalidade por Shapiro-Wilk. Intervalo interquartil de 25-75%. * = p<0,05. ** = p<0,01. 
 
Assim, pode-se afirmar que quanto maior for o marcador da percepção de esforço de 
Borg, tanto para dispneia quanto para fadiga, menor será a distância percorrida no TC6. 
Obteve-se, também, que a frequência respiratória em repouso possui correlação leve 
inversamente proporcional com a distância percorrida no TC6. Bem como, verifica-se que 
saturação periférica de O2 (%) de repouso possui correlação moderada direta com a distância 
percorrida no TC6. 
 
 
30 
 
Figura 6 - Análise de Dispersão 
Fonte: Elaboração própria com base nos dados de Pesquisa. 
Coeficiente de correlação de Spearman 
Classificação de: r = 0,10 até 0,30 (fraco); r = 0,40 até 0,6 (moderado); r = 0,70 até 1 (forte). 
Níveis de significância p<0,05 
 
Conforme a figura 6 acima, percebe-se que o nível de dispersão da amostra quanto as 
variáveis que se apresentaram significantes são pequenas. (APÊNDICE II) 
 
4. DISCUSSÃO 
Apesar das diferenças fisiopatológicas entre os grupos de hipertensão pulmonar, em 
especial as diferenças entre o tipo 1 e os demais, todos apresentam o aumento da pressão na 
artéria pulmonar média, que tem por principal consequência o aumento da pressão sistólica no 
ventrículo direito (VD), que por sua vez precisará vencer esse aumento de pressão para manter 
o debito cardíaco (MARC Humbert. et al, 2022). 
O aumento da pressão no VD, para vencer essa resistência elevada, pode causar um 
aumento do tamanho da câmara cardíaca, levando a um quadro de insuficiência cardíaca, 
causando dessaturação, cansaço excessivo, vertigem e dor no peito. A maioria desses sintomas 
estão associados a dessaturação (MARTINS, 2014). 
Frigolino et al, (2017), em seu estudo comparou os resultados da distância percorrida 
no Teste de Caminhada de 6 Minutos (DC6M) e respostas fisiopatológicas entre os pacientes 
4
6
8
10
12
14
16
18
20
100 200 300 400 500 600 700 800
 Percepção de Esforço de BORG de Dispnéia no 3º minuto
Percepção de Esforço de BORG de Fadiga no Repouso
Percepção de Esforço de BORG de Fadiga no 3º minuto
Exponencial (Percepção de Esforço de BORG de Fadiga no 3º minuto)
 
31 
 
do grupo I (HAP) e do grupo IV (HPTEC), onde observou-se que a DC6M e escala de BORG 
foram semelhantes entre os dois grupos, o que corrobora com nosso estudo e com as 
características fisiopatológicas comuns dentre todosos grupos da HP. 
Podemos observar que os resultados obtidos nesse estudo reafirmam o que a literatura 
traz sobre a fisiopatologia da HP e suas repercussões clínicas. Ao analisarmos tanto a Figura 3 
e a Figura 5, ambas corroboram com o que a fisiopatologia aborda sobre a dessaturação e os 
sintomas percebidos pelos pacientes. 
O presente estudo evidenciou a existência de uma correlação negativa moderada entre 
a distância percorrida no TC6 e os valores da escala de Borg de dispneia e fadiga no terceiro 
minuto do teste e uma correlação negativa leve Borg de fadiga em repouso. Percebe-se, assim, 
que quanto maior for a percepção de BORG para dispneia ou fadiga no terceiro minuto, ou no 
repouso para fadiga, menor será a distância percorrida no TC6. 
 
5. CONCLUSÃO 
Como apresentado anteriormente o presente estudo teve como objetivo buscar 
compreender a correlação entre distância percorrida e percepção de fadiga e dispneia, 
considerando parâmetros de distância percorrida e percepção de esforço na escala de Borg do 
TC6, realizado por pacientes com diagnóstico de hipertensão pulmonar. 
O presente estudo encontrou a existência de correlação moderada entre a distância 
percorrida no TC6 com os valores da escala de Borg de dispneia e fadiga no 3° minuto, 
encontrou também uma correlação leve entre distância percorrida e fadiga no repouso. Sendo 
assim possível constatar que os valores da escala de BORG, tanto para dispneia quanto para 
fadiga, influenciaram na distância percorrida no TC6. Foi encontrado também uma correlação 
moderada entre a distância percorrida com a saturação periférica de oxigênio em repouso. 
 
 
 
32 
 
APÊNDICE I: FICHA DE AVALIAÇÃO DO TESTE DE CAMINHADA DE 6 
MINUTOS DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES DA 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
 
 
33 
 
APÊNDICE II: GRAFICOS DE DISPERSÃO INDIVIDULIZADOS 
 
 
60
65
70
75
80
85
90
95
100
105
0 10 20 30 40 50
Saturação Periférica de O2 (%)
no 2º minutos de recuperação
Linear (Saturação Periférica de
O2 (%) no 2º minutos de
recuperação)
70
75
80
85
90
95
100
105
0 10 20 30 40 50
Saturação Periférica de O2 (%)
no Repouso
Linear (Saturação Periférica de
O2 (%) no Repouso)
 
34 
 
 
 
 
 
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
0 10 20 30 40 50
 Percepção de Esforço de
BORG de Dispnéia no 3º
minuto
Linear ( Percepção de Esforço
de BORG de Dispnéia no 3º
minuto)
0
2
4
6
8
10
12
0 10 20 30 40 50
Percepção de Esforço de
BORG de Fadiga no Repouso
Linear (Percepção de Esforço
de BORG de Fadiga no
Repouso)
 
35 
 
 
 
 
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
0 10 20 30 40 50
Percepção de Esforço de BORG
de Fadiga no 3º minuto
Linear (Percepção de Esforço
de BORG de Fadiga no 3º
minuto)
0
5
10
15
20
25
30
35
0 10 20 30 40 50
Frequência Respiratória no
Repouso
Linear (Frequência
Respiratória no Repouso)
 
36 
 
ANEXO I PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA 
 
37 
 
 
 
 
38 
 
 
 
39 
 
 
 
 
40 
 
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Volume 104, 2015. 
 
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