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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA EFEITOS DA IMPLANTAÇÃO DE MANUTENÇÕES PREVENTIVAS EM UM ELEVADOR ELÉTRICO DE PASSAGEIROS. LUCAS CAVALCANTI BEZERRA DE MEDEIROS NATAL - RN, 2018 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA EFEITOS DA IMPLANTAÇÃO DE MANUTENÇÕES PREVENTIVAS EM UM ELEVADOR ELÉTRICO DE PASSAGEIROS. LUCAS CAVALCANTI BEZERRA DE MEDEIROS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte dos requisitos para a obtenção do título de Engenheiro Mecânico, orientado pelo Prof. Ms. Igor Lopes de Andrade. NATAL - RN 2018 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA EFEITOS DA IMPLANTAÇÃO DE MANUTENÇÕES PREVENTIVAS EM UM ELEVADOR ELÉTRICO DE PASSAGEIROS. LUCAS CAVALCANTI BEZERRA DE MEDEIROS Banca Examinadora do Trabalho de Conclusão de Curso Prof. Ms. Igor Lopes de Andrade ___________________________ Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Orientador Prof. Dr. Evans Paiva da Costa Ferreira ___________________________ Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Avaliador Interno Prof. Dr. Wallace Moreira Bessa ___________________________ Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Avaliador Interno NATAL, 02 de Dezembro de 2018. i Agradecimentos Este trabalho de conclusão de curso merece total agradecimento aos meus pais, Celso Arnaldo de Medeiros e Ivana Cavalcanti Bezerra de Medeiros, por serem as pessoas que tanto me fornecem amor. Agradeço também aos meus irmãos, Diogo Cavalcanti Bezerra de Medeiros e Tiago Cavalcanti Bezerra de Medeiros, pela força e incentivo fornecido para a realização de todo o curso de Engenharia Mecânica. A Raphaela Abreu, por estar comigo, sempre que possível, nessa estressante e incessante jornada. A Bárbara Ferraz por todo suporte dado a mim para a realização desse importante trabalho. A todo o corpo docente do Departamento de Engenharia Mecânica da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), em especial ao Prof. Ms. Igor Lopes de Andrade, meu orientador, e ao Prof. Dr. Evans Paiva da Costa Ferreira. A empresa VIP Tech Elevadores, em especial ao diretor operacional e engenheiro mecânico André Quintero Soares, por ter aberto as portas da empresa para o desenvolvimento desse trabalho e de minhas habilidades e conhecimento. ii Medeiros, L. C. B. Efeitos da implantação de manutenções preventivas em um elevador elétrico de passageiros – Vip Tech Elevadores. 2018. 42 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Mecânica) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal-RN, 2018. Resumo Com o passar do tempo, o constante avanço da tecnologia promove o desenvolvimento de equipamentos industriais, tornando-os mais complexos e produtivos. Através desse panorama, existiu uma imperativa necessidade de se trabalhar com melhores matérias-primas, mão de obra mais qualificada e implementação de rotinas de manutenção cada vez melhor. A manutenção é um conjunto de ações que permitem a conservação ou reestabelecimento de um sistema em seu estado de funcionamento e possui diversas áreas que atuam em diferentes ocasiões. Para a realização de suas funções, em meio a essas diferentes áreas, a manutenção recorre ao uso de estratégias, ferramentas e políticas para encontrar o melhor momento de intervenção, dividindo-se entre manutenções corretivas, preventivas e preditivas. Em relação a metodologia utilizada, o método empregado foi o de pesquisa científica, descritiva e quantitativa, com o intuito de descrever, analisar e avaliar dados numéricos, físicos, entre outros. Nesse trabalho foi analisado o efeito da implantação de manutenções preventivas no elevador de passageiros, manutenido pela VIP Tech Elevadores, com capacidade para 8 pessoas, comparando alguns indicadores de desempenho de manutenção, sendo eles o MTBF, MTTR, Taxa de falhas e número de chamados. Por fim, para atingir o objetivo principal, de realizar uma comparação geral entre 2 momentos distintos do equipamento, foram utilizados objetivos específicos de comparação entre indicadores de desempenho da manutenção (MTBF, MTTR, Taxa de Falhas e Número de Chamados). Essa comparação dos indicadores comprova uma melhora quanto ao funcionamento da máquina Palavras-chave: Manutenção, Efeitos da implantação da manutenção e Indicadores de desempenho de manutenção. iii Medeiros, L. C. B. Effects of preventive maintenance on productivity – Becker Industries. 2018. 42 p. Conclusion work project (Graduate in Mechanical Engineering) - Federal University of Rio Grande do Norte, Natal-RN, 2018. Abstract With time, the constant advance of technology promotes the development of industrial equipment, making them more complex and productive. Under this point of view, it’s been of utmost necessity working with more qualified raw materials, well-trained operators and the implementation of better maintenance routines. Maintenance is a group of actions that guarantee conservation or reestablishment of a system to its natural functioning state, having several areas, each one necessary in different moments. For doing its functions among these different areas, maintenance requires the use of strategies, tools and policies to intervein in the best moment, dividing itself in corrective, preventive or predictive maintenance. Regarding the used methodology, it was a scientific research method, descriptive and quantitative, aiming to describe, analyze and evaluate numerical and physical data, among others. In this study, the effect of the implementation of preventive maintenance in a passenger’s elevator maintained by VIP Tech Elevadores with capacity for 8 people was analyzed by comparing some maintenance performance rates, such as MTBF, MTTR, failure rates and number of calls. Therefore, to reach the main goal of making a general comparison between two distinctive moments of the equipment, specific objectives of comparison between maintenance performance rates (MTBF, MTTR, failure rates and number of calls) were used. This comparison by numbers proves an improvement of the machine’s functions. Keywords: Preventive maintenance, Maintenance effects, Productivity, maintenance performance index. iv Lista de Tabelas Tabela 1 – Evolução da manutenção industrial ...........................................................6 Tabela 2 – Ações para os tipos de manutenção ..........................................................7 Tabela 3 – Dados de OS’s de chamados coletadas antes da implantação da manutenção preventiva ..............................................................................................20 Tabela 4 – Dados de OS’s de chamados coletadas depois da implantação da manutenção preventiva ..............................................................................................20 Tabela 5 – Dados de horas de funcionamento, nº de intervenções e MTBF dos períodos pré e pós implantação das manutenções ...................................................23 Tabela 6 – Dados de horas de manutenção corretiva, nº de intervenções e MTTR dos períodos pré e pós implantação das manutenções ...................................................24 Tabela 7 – Horas de funcionamento, número de falhas e taxa de falhas para os períodos de setembro de 2017 a janeiro de 2018 e fevereiro a junho de 2018 ........25 Tabela 8 – Número de chamados nos períodos de setembro de 2017 e janeiro de 2018 e fevereiro e junho de 2018 ......................................................................................26 v Lista de Figuras Figura1 - Organograma dos tipos de manutenção. ................................................... 7 Figura 2 - Máquina de tração, modelo W140............................................................ 17 Figura 3 - Placa de especificações do motor elétrico da máquina de tração do elevador, modelo MICONIC LX. .............................................................................................. 17 Figura 4 - Placa de especificações do redutor de velocidades da máquina de tração do elevador. ............................................................................................................. 18 Figura 5 - Plano de manutenção utilizado pela VIP Tech Elevadores. ................... 222 vi Sumário Agradecimentos ............................................................................................. i Resumo ......................................................................................................... ii Abstract ........................................................................................................ iii Lista de Tabelas ........................................................................................... iv Lista de Figuras ............................................................................................. v Sumário ........................................................................................................ vi 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 1 1.1 OBJETIVOS ......................................................................................... 2 1.1.1 Objetivo geral ................................................................................ 2 1.1.2 Objetivo Específico ........................................................................ 2 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................... 3 2.1 DEFINIÇÕES ....................................................................................... 3 2.2 HISTÓRICO DA MANUTENÇÃO ......................................................... 4 2.3 TIPOS DE MANUTENÇÃO .................................................................. 6 2.3.1 Manutenção Corretiva ................................................................... 7 2.3.2 Manutenção Preventiva ................................................................. 9 2.3.3 Manutenção Preditiva .................................................................. 11 2.4 CONCEITOS APLICADOS ................................................................ 11 2.4.1 Banco de dados ........................................................................... 11 2.4.2 Ordem de Serviço (O.S) .............................................................. 12 2.4.3 Falhas.......................................................................................... 12 2.4.3.1 Taxa de Falhas (λ) ................................................................ 13 2.5 INDICADORES DE DESEMPENHO DA MANUTENÇÃO .................. 13 2.5.1 MTBF........................................................................................... 14 2.5.2 MTTR .......................................................................................... 14 vii 2.5.3 Número de chamados ................................................................. 15 3 METODOLOGIA ....................................................................................... 16 3.1 ESPECIFICAÇÕES DO EQUIPAMENTO .......................................... 16 3.2 Caracterização da organização .......................................................... 18 4 RESULTADOS ......................................................................................... 19 4.1 HISTÓRICO DO EQUIPAMENTO ...................................................... 19 4.2 PLANO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA ....................................... 21 4.3 COMPARAÇÃO DOS INDICADORES DE DESEMPENHO ............... 22 4.3.1 Comparação do MTBF ................................................................ 23 4.3.2 Comparação do MTTR ................................................................ 24 4.3.3 Comparação da taxa de falhas .................................................... 24 4.3.4 Comparação do número de chamados ........................................ 25 5 CONCLUSÕES ........................................................................................ 27 REFERÊNCIAS ........................................................................................... 29 1 1 INTRODUÇÃO Desde o final do século XVIII, a sociedade tem se engradecido em relação à capacidade de produzir bens de consumo e a presença de equipamentos cada vez mais tecnológicos exige que a disponibilidade e produtividade dos equipamentos permaneçam as maiores possíveis (Viana, 2014). Com o passar do tempo, o constante avanço da tecnologia promove o aperfeiçoamento de máquinas mais tecnológicas e produtivas. Através desse panorama, existiu uma inevitabilidade de se obter uma maior qualidade de matéria prima, operadores mais bem treinados, acabando por tornar os equipamentos totalmente dependentes de uma manutenção de excelência. Mantendo o pensamento de Otani e Machado (2008), a manutenção, enquanto função estratégica das organizações, é responsável diretamente pela disponibilidade e produtividade dos ativos e tem importância capital, fundamental, nos resultados da empresa. Desse modo, a manutenção industrial tem uma enorme importância no que tange ao setor produtivo mas, no entanto, é utilizada exclusivamente quando as falhas em seus equipamentos acontecem, ou seja, quando um equipamento ou instalação diminui ou para a produtividade (MOBLEY, 2014). Advindo do pressuposto empresarial de que a manutenção deve ser uma atividade que seja inter-relacionada com o processo produtivo, de modo a trazer benefícios para os setores da organização, e conforme Rezende (2008) elucida, tanto o aumento da capacidade de competir quanto a disponibilidade de um maquinário, assim como o aumento do faturamento de uma empresa e o nível de contentamento dos clientes estão elencados com a qualidade empregada na manutenção. Dessa forma, a atividade de manutenção deve deixar de ser somente eficiente para tornar-se eficaz; isto é, não basta reparar a instalação ou equipamento tão rápido quanto possível, mas, preferencialmente, é necessário manter disponível para operação a função do equipamento, bem como evitar a falha e mitigar os riscos de parada de produção não planejada, Germano (2018). 2 Assim, o presente trabalho é realizado com o intuito de analisar os efeitos da implantação de manutenções preventivas em um elevador elétrico de passageiros, manutenido, atualmente, pela empresa VIP Tech Elevadores. Esse estudo é dividido em 5 capítulos. No primeiro capítulo tem-se a introdução, expondo o tema, a problematização e contexto em questão, além dos objetivos. No capítulo 2, faz-se uma revisão da temática, utilizando a literatura já publicada por estudiosos da área. Na terceira parte, é exposto o método utilizado para atingir os objetivos geral e específicos do trabalho de conclusão e a caracterização da empresa em estudo. Seguindo, nos capítulos 4 e 5, são analisados os dados e realizada uma discussão em torno dos resultados encontrados e por fim são expostas contemplações finais apresentando as melhorias proporcionadas para o equipamento da empresa VIP Tech Elevadores. 1.1 OBJETIVOS 1.1.1 Objetivo geral Analisar os efeitos da implantação de manutenções preventivas em relação a alguns Indicadores de Performance Chaves, em inglês, Keys Performance Indicators (KPI’s), que são informações traduzidas para números com o intuito de avaliar e controlar processos e atividades, e em relação aos númerosde paradas do equipamento em determinado intervalo de tempo. Dessa forma, será possível saber se houve melhoria ou não, comparando as análises de pré e pós manutenções. 1.1.2 Objetivos Específicos São esses: • Realizar a comparação do MTBF (Mean Time Between Failures), MTTR (Mean Time To Repair) e número de paradas pré e pós implantação das manutenções; • Realizar os cálculos dos indicadores de taxas de falhas; • Realizar análise comparativa, de maneira global, dos dois momentos, pré e pós implantação das manutenções. 3 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Neste segundo capítulo, foi desenvolvida a teoria utilizada neste trabalho, baseando-se em literaturas na área da manutenção industrial, mais precisamente relacionadas aos conceitos que foram utilizados: conceitos da manutenção industrial, informações pertinentes ao estudo do caso em questão, com o objetivo de repassar um prévio entendimento para quem venha a ler este documento. 2.1 DEFINIÇÕES Segundo a NBR 5462 (1994, p. 6) “manutenção é a combinação de todas as ações técnicas e administrativas, destinadas a manter ou recolocar um item em um estado no qual possa desempenhar uma função requerida”. De acordo com Filho (2008, pg. 34), manutenção é um conjunto de ações que permitem a conservação ou reestabelecimento de um sistema em seu estado de funcionamento. Já para Waeyenbergh (2005), a manutenção tem por responsabilidade conservar e estender ao máximo a vida útil do maquinário do equipamento e que este continue realizando sua função. Ainda da definição de manutenção, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) diz que é uma função empresarial da qual espera-se o controle das instalações, assim como de colaboradores de reparo, necessários para garantir o funcionamento dos equipamentos (OCDE, 1963). A manutenção possui diversas áreas, sendo cada uma necessária em diferentes momentos de um equipamento ou instalação. Para a realização de suas funções, em meio a essas diferentes áreas, a manutenção recorre ao uso de estratégias, ferramentas e políticas para saber o melhor momento para intervir. Lafrai (2001) diz que a confiabilidade e disponibilidade de um equipamento ou instalação é afetada diretamente pela manutenção do tipo preventivo e, dessa forma, influencia de modo direto suas taxas de falhas, ou seja, quanto melhor a manutenção preventiva realizada, menor será essa taxa. Assim, as organizações necessitam de um maquinário com disponibilidade o mais próxima de 100%, sendo imprescindível o foco na manutenção. 4 Conforme Fuentes (2006), a indústria brasileira possui, de modo geral, plantas industriais velhas (vida média 15 - 25 anos) onde sua disponibilidade de 85% a 88% é menor que o operado por organizações de países mais desenvolvidos. Desse modo, o raciocínio encaixa perfeitamente com o pensamento de GRUPPI (2006), em que os indicadores de confiabilidade e disponibilidade dos equipamentos e instalações devem ser prioridade máxima, uma vez que possuem relação com a questão financeira da organização. As manutenções preventivas e preditivas têm como prioridade principal a antecipação de falhas que possam surgir no maquinário. Assim, as manutenções são implantadas nos equipamentos e instalações. Planos de manutenção são baseados na vida útil, histórico, especificações dos manuais e programas de inspeção (Corrêa, 2012). A partir do exposto, notam-se inúmeras vantagens com a implantação de políticas de manutenção bem elaboradas e aplicadas, sendo algumas delas: organização de equipes de intervenção, controle do melhor momento para realizar intervenções, controle de estoque (já que o planejamento ocorre com antecedência), entre outras. 2.2 HISTÓRICO DA MANUTENÇÃO A palavra manutenção advém de uma palavra em latim, manus tenere, que tem como significado “manter o que se tem em mãos”, Ferraz Júnior (2009). A manutenção se mostra atuante na vida humana há muito tempo. De acordo com Pascoli (1994) os registros iniciais sobre manutenção datam da época dos vikings, algo em torno do século X, em que era necessário manter os barcos em bom estado de conservação para evitar naufrágios. Já para Arcuri Filho (2005), as primeiras referências sobre o termo datam do século XII. No entanto, apenas após a revolução industrial do século XVIII, diante, também de um incrível avanço tecnológico, foi admitida uma grande importância para a função manutenção na indústria. De acordo com Siqueira (2005), o desenvolvimento da manutenção industrial é divido entre 3 gerações. A primeira, chamada de mecanização, acontece no período entre 1940 e 1950, quando existia a utilização de 5 equipamentos superdimensionados, ou seja, a sociedade não dependia, efetivamente, do maior desempenho da máquina, exigindo somente que fossem restaurados quando dessem defeito. Ainda conforme o mesmo autor, a segunda geração, denominada industrialização, começa por volta de 1950 e termina em 1975. Nesse período firma- se na indústria o processo de produção contínuo, o qual cresce a dependência dos produtos e processos industriais. Dessa forma, maior disponibilidade e vida útil dos equipamentos são prioridades. Em virtude dessa necessidade, surge a manutenção preventiva, com o intuito de evitar diminuição da capacidade de produção e do faturamento da organização. A terceira geração, nomeada automação, inicia-se em 1975. Neste período o consumo da sociedade começa a ser em larga escala, surgindo uma concorrência não mais local, e sim global. Os equipamentos são exigidos, cada vez mais, em sua capacidade máxima, aumentando a necessidade de uma manutenção de maior qualidade. Nessa terceira classificação, nota-se uma maior cobrança dos consumidores em relação à qualidade dos produtos, sendo a confiabilidade, custo, qualidade do produto e serviço prioridades para as organizações (Vianna, 2018). Já conforme Arcuri Filho (2005, p. 27) existe ainda uma quarta geração, mais atualizada, iniciada por volta dos anos 2000 e chamada pelo autor de manutenção estratégica centrada no negócio. Nessa quarta geração implanta-se a engenharia da manutenção, setor responsável por melhoria contínua dos equipamentos e instalações. A tabela 1 mostra, resumidamente, a evolução histórica do desenvolvimento da manutenção. 6 Tabela 1 - Evolução da manutenção industrial Evolução da manutenção Expectativas quanto ao desempenho da função Políticas predominantes Técnicas e procedimentos Reparos emergenciais Estabilidade da capacidade de produção Isolamento da falha 2ª Geração (1950 - 1980) Maior disponibilidade dos ativos Preventiva Troca sistematizada de componentes Revisões programadas Maior vida útil Sistemas de Planejamento e Controle Menores custos 3ª Geração (1980 - 2000) Maior confiabilidade Preditiva TPM MCC Monitoramento de condições e parâmetros operacionais Maior vida útil Maior segurança operacional Confiabilidade e mantenabilidade Maior competitividade e $$ Análise de riscos, modo de falhas... 4ª Geração (2000 - atual) Objetivos estratégicos Pró-ativa Gestão de ativos Físicos Redes neurais Inserção de sistemas integrados de gestão Multidiciplinaridade Multiespecialização Eng. de manutenção Sistemas especialistas Fonte: Adaptado de MOUBRAY (2000). 2.3 TIPOS DE MANUTENÇÃO Os tipos de manutenção caracterizam-se pelo momento e modo em que são realizadas as intervenções em determinado equipamento ou instalação. Existem diferentes classificações quanto aos tipos de manutenção, sem existir um consenso entre diversos autores relacionados à área. Dessa forma, a gama declassificações existentes causa uma certa dúvida em como caracterizar essas manutenções (KARDEC & NASCIF, 2009). Nesse trabalho serão utilizadas as classificações e definições de acordo com a figura 1 e tabela 2. 7 Figura 1 - Organograma dos tipos de manutenção. Fonte – Elaborado pelo Autor. Para diferenciar os tipos de manutenção mostrados na figura 1, têm-se na tabela 2 as ações realizadas em cada um deles. Tabela 2 - Ações para os tipos de manutenção. Tipo da manutenção Modos de intervenção Corretiva Programada Planejada depois de ocorrer uma falha Corretiva Não Programada Acontece assim que ocorre a falha Preventiva Sistemática Efetuada de forma sistemática, de tempos em tempos Preventiva Baseada na Condição Efetuada dependente da condição atual do componente Preditiva Inspeções programadas periodicamente Fonte – Elaborado pelo Autor. 2.3.1 Manutenção Corretiva De acordo com a Norma de confiabilidade e mantenabilidade (p. 7) da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), manutenção corretiva é a “manutenção Tipos de Manutenção Manutenção Corretiva Programada Não programada Manutenção Preditiva Manutenção Preventiva Sistemática Baseada na condição 8 efetuada após a ocorrência de uma pane, destinada a recolocar um item em condições de executar uma função requerida”. Esta manutenção, necessita de altíssimo custo para ser estabelecida. O alto custo advém de: excesso de peças, trabalhos extras, tempo sem produção e alto nível de indisponibilidade (ALMEIDA, 2000). Além disso, uma vez que o equipamento falha e não existe mão de obra disponível para a intervenção e/ou não existem peças para reposição e/ou não existe planejamento, o custo tende a ser ainda mais elevado. Conforme Almeida (2000, p. 2), “o resultado líquido deste tipo reativo de gerência de manutenção é o maior custo de manutenção e menor disponibilidade de maquinaria do processo. A análise dos custos de manutenção indica que um reparo realizado no modo corretivo-reativo terá em média um custo cerca de 3 vezes maior que quando o mesmo reparo for feito dentro de um modo programado ou preventivo”. Outras desvantagens quanto à utilização do gerenciamento somente de manutenção corretiva, de acordo com Mirshawka (1991), são: • Diminuição da vida útil do equipamento; • Imprevisibilidade de parada; • Quando acontece uma pane em um componente, existe possibilidade de haver quebra de outros. Segundo Viana (2014), existem 02 (duas) subcategorias na manutenção corretiva: a manutenção corretiva programada e a não programada. Na primeira, a intervenção é planejada previamente para ser realizada; na segunda, a intervenção é realizada o mais rápido possível, após a falha. A divisão da manutenção corretiva é explicada a seguir: ➢ Manutenção corretiva não programada – A intervenção para recolocar o equipamento em condições de executar a função requerida é realizada em um curto espaço de tempo após a pane, com o intuito da máquina ficar parada o menor espaço de tempo possível, resultando em menores perdas (custo, Humano Hora, ociosidade, etc.). Segundo Branco (2006, p.35), “se a falha não puder ser adiada ou planejada, deve ser considerada como manutenção corretiva não planejada ou emergencial, ou seja, aconteceu agora e é preciso 9 fazer agora”. Rezende (2008) afirma que a manutenção corretiva não planejada segue a seguinte filosofia: “equipamento parou, manutenção conserta imediatamente”. ➢ Manutenção corretiva programada – De acordo com Souza (2014), “é a manutenção feita em caráter “detectivo”, ou seja, quando uma falha for detectada, um planejamento é feito visando solucionar o problema. Assim, é possível observar que a diferença para a utilização de um desses 2 (dois) tipos de manutenção é puramente gerencial. Existem vantagens na utilização da manutenção corretiva programada, sendo algumas delas: • Possibilidade de programar a intervenção para um melhor momento (sem afetar a produção, por exemplo); • Garantir peças extras no estoque, mão de obra para a intervenção, menor ociosidade, ferramentas; • Facilidade organizacional: gerenciamento da equipe da manutenção, melhoria tecnológica (quando necessário) e outros recursos, como contratação de mão de obra terceirizada. 2.3.2 Manutenção Preventiva Conforme a NBR 5462 (1994), manutenção preventiva é a “manutenção efetuada em períodos predefinidos, ou de acordo com especificações prévias, destinadas a redução da probabilidade do acontecimento de uma falha ou a redução de funcionamento de um item”. De acordo com Lafrai (2001, p.265), a manutenção preventiva é definida pelas atividades realizadas em períodos de tempo predefinidos e sistêmicos, de acordo com especificações previamente determinadas, com o intuito de diminuir, ao máximo, a possibilidade de ocorrência de uma falha ou diminuição da produtividade do equipamento. 10 Segundo Xenos (1998, p.24), a manutenção preventiva deve ser obrigatória, pois possui o dever de interferir preventivamente nos maquinários. Contador (1998, p.405) afirma que utilizando a manutenção preventiva, as intervenções acontecem previamente planejadas e, dessa forma, as atividades relacionadas a esse tipo de manutenção não acontecem de forma inesperada, podendo ser programadas para o melhor momento para sua realização. De acordo com Filho (2008), a manutenção preventiva é dividida entre manutenção preventiva sistemática e manutenção preventiva baseada na condição: ➢ Manutenção preventiva sistemática – Conforme Filho (2008), “todo o trabalho de manutenção realizado em máquinas que estejam em condições operacionais, de modo sistemático, seja por tempo transcorrido, seja por quilômetros rodados ou qualquer outra variável”. De acordo com Vianna (2018), manutenção preventiva sistemática é “todas as ações de manutenção preventiva que tenham predefinição de tarefas a serem seguidas, periodicidade estabelecida e planejamento da ordem de serviço definido”. ➢ Manutenção preventiva baseada na condição – Vianna (2018) defende que “a manutenção preventiva baseada na condição, somente realiza intervenções em equipamentos após a constatação de um defeito real e da avaliação da evolução de sua deterioração”. Já Filho (2008) define manutenção preventiva baseada na condição como qualquer trabalho de manutenção que seja realizado a partir da detecção de degradação de parâmetros do equipamento. Esses tipos de manutenção são bastante utilizados por oferecerem inúmeras vantagens quando comparadas à manutenção corretiva. Entre elas, pode-se citar: • Aumento da confiabilidade e disponibilidade física do equipamento; • Aumento da vida útil; • Organiza e diminui a quantidade de serviço da equipe de manutenção; • Facilidade gerencial de estoque, equipe e HH; 11 • Aumento da segurança operacional; 2.3.3 Manutenção Preditiva Manutenção baseada no acompanhamento de efeitos de falhas potenciais que acabam por indicar o desempenho de um equipamento. Ocorre de forma sistemática, podendo definir a necessidade de intervenção ou não (SOUZA, 2014). Conforme Otani & Machado (2008), “é a manutenção que realiza acompanhamento de variáveis e parâmetros de desempenho de máquinas e equipamentos, visando definir o instante correto da intervenção, com o máximo de aproveitamento do ativo”. Na visão da NBR 5462/1994, manutenção preditiva é “manutenção que permite garantir uma qualidade de serviço desejada, com base na aplicação sistemática de técnicas de análise, utilizando-se de meios de supervisão centralizados ou de amostragem, para reduzir ao mínimo a manutenção preventiva e diminuir a corretiva”. Já Viana (2014) define como “atividades de manutenção preventiva que têm o objetivo de realizar o acompanhamento de um equipamento ou componentes por monitoramento, medições ou estatística,tentando antecipar a falha”. Ainda segundo Viana (2014), a prioridade dessa manutenção é encontrar o melhor momento para realizar a intervenção de modo a aproveitar a produtividade máxima do equipamento em questão, sem deixar ocorrer a pane e aumentando sua vida útil ao máximo. As técnicas preditivas mais comuns encontradas no mercado nacional são: ultrassom, análise de vibração, termografia e análise de óleos. 2.4 CONCEITOS APLICADOS 2.4.1 Banco de dados É uma estrutura, normalmente integrada ao sistema computacional e inter- relacionada entre diferentes setores e que armazena um conjunto de informações pertinentes à organização. Exemplos desses tipos de dados são: dados relacionados a clientes, informações do financeiro, ou até mesmo da equipe de manutenção. Segundo Viana (2014), banco de dados é “um conjunto de informações referente a manutenção, serviços e ocorrências”. 12 No caso em questão, os dados utilizados na equipe de manutenção seriam as OS’s (Ordem de Serviços) com todas as suas especificações (quem realizou o serviço, duração do serviço, etc.) colocadas pelo PCM (Planejamento e Controle da Manutenção). Esse trabalho foi realizado com informações retiradas do banco de dados da empresa (VIP Tech Elevadores) em relação a um elevador elétrico de passageiros. 2.4.2 Ordem de Serviço (O.S) Conforme Filho (2008), “a Ordem de Serviço é onde se descrevem as tarefas que devem ser executadas pelo pessoal de manutenção, sejam elas oriundas de programas de manutenção preventiva ou de solicitações de usuários para manutenções corretivas ou modificações”. Já para Viana (2014),” a Ordem de Serviço é a instrução escrita, enviada via documento eletrônico ou em papel, que define um trabalho a ser executado pela manutenção. Em outras palavras, a O.S. consiste na autorização de trabalho de manutenção a ser executado”. Através da O.S., um gestor consegue ter controle sobre sua equipe. Esse documento possui as informações de onde e por quem será realizado o trabalho e quando e o que deverá ser feito. Outras informações necessárias para uma ordem de serviço são: número de identificação, data que foi emitida e de realização do serviço, assinatura de quem emitiu o documento, entre outras informações pertinentes como quais EPI’s (Equipamento de Proteção Individual) são necessários utilizar, passo a passo de como deverá ser realizada a atividade, etc. 2.4.3 Falhas A definição de falha, em conformidade com a norma NBR 5462/1994 (Confiabilidade e Mantenabilidade), é o término da capacidade de um item desempenhar a função requerida, ou seja, é a perda de capacidade do equipamento realizar sua atividade, totalmente ou não. De acordo com Kardec & Nascif (2009), a falha pode ser representada por interrupção, regime instável, queda na produtividade, perda de função, entre outras. 13 Diferentemente de falha, um defeito, segundo a NBR 5462/1994, é qualquer desvio de uma característica de um item em relação a seus requisitos, ou seja, um defeito pode ser aumento de temperatura, de vibração, de ruído, etc., no entanto, a máquina continua com sua capacidade definida inicialmente. 2.4.3.1 Taxa de Falhas (λ) A taxa de falhas é definida pelo número de falhas dividido pelo número de horas de operação (Kardec & Nascif, 2009). A equação da taxa de falhas é mostrada pela equação (1): λ = Número de falhas Número de horas de operação (1) 2.5 INDICADORES DE DESEMPENHO DA MANUTENÇÃO De acordo com Nascif (2009), um índice de manutenção representa um indicador de desempenho da manutenção.”. Segundo Viana (2014), “definida sua real situação, se propõem desafios para a melhoria, se escolhem os meios e se começa a acompanhar a evolução da ação humana mantenedora, através dos indicadores de desempenho de manutenção”. Os indicadores de desempenho são informações traduzidas para números com o intuito de avaliar e controlar processos e atividades. Os indicadores de desempenho da manutenção têm os objetivos de: • Otimizar tempo; • Realizar o acompanhamento de desempenho de equipamentos; • Analisar frequências de falhas; • Reduzir custos; • Facilitar controle e gestão. É importante ressaltar que um indicador utilizado para uma empresa não necessariamente é usado por outra. Tudo depende da área de atuação, tipo de organização empresarial, como é definido a hierarquia dos cargos, etc. Viana (2014) 14 afirma que deve ser acompanhado algo que agregue valor; não é viável gastar recursos para levantar e analisar informações que não tragam utilidade. Ainda para Viana (2014), existem alguns indicadores de desempenho denominados de "Indicadores de Classe Mundial", pois são utilizados na em muitos países desenvolvidos. Podemos citar: 1. MTBF (Mean Time Between Failures) ou TMEF (Tempo Médio Entre Falhas); 2. MTTR (Mean Time To Repair) ou TMR (Tempo Médio para reparo); Além desses dois indicadores de classe mundial citados, nesse trabalho foram utilizados mais 2 outros, utilizados na empresa VIP Tech Elevadores. São eles: 3. Número de chamados; 4. Disponibilidade inerente; 2.5.1 MTBF O indicador de desempenho MTBF, do inglês Mean Time Between Failures, adaptado para o português como TMEF, Tempo Médio Entre Falhas, é definido por Viana (2014) como a divisão da soma das horas disponíveis (HD) pelo número de intervenções corretivas no período (NC), segundo equação (2): MTBF = HD NC (2) De acordo com Nascif (2009) “o MTBF é uma medida básica de confiabilidade de itens reparáveis e, em geral, se refere a vida média de uma população. Quanto maior for o MTBF, maior será a confiabilidade no equipamento”. A medida em que é medido periodicamente o MTBF, cria-se um histórico desse indicador para o equipamento em questão. Assim, se for feita uma análise com o passar do tempo e esse indicador for aumentando, significa que as falhas estão acontecendo em intervalo de tempos maiores, caso contrário, estará acontecendo falhas entre intervalos de tempo cada vez menores. 2.5.2 MTTR O indicador de desempenho MTTR, do inglês Mean Time To Repair, adaptado para o português como TMR, Tempo Médio de Reparo, é definido por Viana (2014) 15 como “divisão entre as somas das horas de indisponibilidade para a operação devido à manutenção (HIM) pelo número de intervenções corretivas no período (NC)”, conforme equação (3): MTTR = HIM NC (3) A medida em que é medido periodicamente o MTTR, cria-se um histórico desse indicador para o equipamento em questão, assim como para o MTBF. Assim, se for feita uma análise com o passar do tempo e esse indicador for diminuindo, significa que as falhas estão necessitando de tempo menores de reparo para serem solucionadas, caso contrário, o tempo para solução das falhas estará aumentando. 2.5.3 Número de chamados A definição de chamado, indicador utilizado pela empresa VIP Tech Elevadores, é qualquer defeito ou falha reclamado pelo cliente, diretamente à empresa pelos meios de comunicação fornecidos, e que, dessa forma, faça necessária a visita de um colaborador para avaliar/solucionar o reclamado. Para o indicador de desempenho “número de chamados”, a definição é o número de chamados totais em um determinado intervalo de tempo. Esse intervalo pode ser diário, semanal, mensal, trimestral, etc. 16 3 METODOLOGIA Este trabalho de conclusão de curso foi realizado utilizando um método de pesquisa científica, descritiva e quantitativa, com o intuito de descrever, analisar, avaliar e interpretar dados numéricos, físicos, entre outros. A forma empregada para alcançar o objetivo desse documento foi aplicando-se as informações que a empresa possuía em seu banco de dados – um sistema próprio onde as ordens de serviço eram lançadas – com o passar do tempo e com informações adquiridas de antes do equipamento ser manutenidopela empresa e, assim, foi possível recolher todas as informações pertinentes do elevador em questão para a produção desse estudo. As informações colhidas foram datadas do período entre setembro de 2017 e junho de 2018. É importante ressaltar que o equipamento entrou para a carteira de clientes da Vip Tech Elevadores apenas no início de fevereiro do ano de 2018, ou seja, a implantação das manutenções preventivas realizadas pela atual empresa mantenedora só foi realizada a partir do mês de fevereiro. Após as ordens de serviço realizadas nesses 5 meses como cliente da empresa, as informações foram colhidas, analisadas e interpretadas, podendo, ao fim, efetuar a avaliação geral das manutenções implantadas. Ao fim da coleta e organização dos dados, foram realizadas as comparações dos indicadores de desempenho da manutenção (MTBF, MTTR, Nº de chamados e disponibilidade) entre 5 meses pré-implantação e 5 meses pós implantação das manutenções preventivas e a análise das taxas de falhas dos mesmos períodos. Para finalizar, são feitas as conclusões acerca dos resultados finais obtidos com suas devidas justificativas e explicações, trazendo os benefícios adquiridos tanto para o equipamento estudado quanto para a atual empresa mantenedora. 3.1 ESPECIFICAÇÕES DO EQUIPAMENTO O elevador elétrico de passageiros analisado foi fabricado pela empresa SCHINDLER, modelo MICONIC LX, com acionamento elétrico e a máquina de tração utilizada é o modelo W140. O equipamento atende 15 pavimentos (SS, P, 1 ao 12 e C), velocidade nominal de 60 m/min e 5 cabos de aço de 5/16 pol. O motor elétrico 17 tem uma potência de 6.7 kW, trifásico e 1800 RPM. O redutor de velocidades possui 30 RPM e uma redução de 54/1. O tipo do óleo utilizado na máquina é sintético, SHL 320 ADT. A capacidade nominal de trabalho suportada pelo equipamento é de, no máximo, 8 pessoas. A figura 2 é uma imagem da máquina de tração do elevador, modelo MICONIC LX, fabricado pela SCHINDLER. Figura 2 - Máquina de tração, modelo W140. Fonte – Elaborado pelo Autor. A figura 3 corresponde a placa de especificações do motor da máquina de tração do elevador, modelo MICONIC LX. Figura 3 - Placa de especificações do motor elétrico da máquina de tração do elevador, modelo MICONIC LX. Fonte – Elaborado pelo Autor. 18 A figura 4 representa a placa de especificações do redutor de velocidades da máquina de tração do elevador. Figura 4 - Placa de especificações do redutor de velocidades da máquina de tração do elevador. Fonte – Elaborado pelo Autor. 3.2 Caracterização da organização A VIP Tech Elevadores foi fundada em junho de 2006, com o objetivo de trazer instalação e manutenção para equipamentos de transportes verticais (elevadores de passageiros, elevadores de carga, escadas e esteiras rolantes) mais acessíveis, com menos burocracia e maior qualidade para os clientes. Hoje a possui mais de 500 equipamentos em sua carteira de clientes. Atualmente, a empresa atua em todo o estado do Rio Grande do Norte e tem parceria com empresas da Paraíba, Pernambuco, São Paulo e Paraná. Ressalta-se a parceria com a Villarta Elevadores (SP) e Daiken Elevadores (Paraná), sendo a VIP Tech Elevadores o único representante dessas duas em todo o estado do RN. Hoje em dia a organização mantém equipamentos de todas as marcas, com um estoque amplo de peças para qualquer tipo de transporte vertical, para pronta entrega, evitando paradas prolongadas de maquinário e garantindo a satisfação do cliente com plantão 24 horas, manutenção preventiva e corretiva, serviços de modernização e consultoria a síndicos. 19 4 RESULTADOS Nesse trabalho foi analisado o efeito da implantação de manutenções preventivas no elevador de passageiros, com capacidade para 8 pessoas, comparando alguns indicadores de desempenho de manutenção. O cliente explanou que constantemente a máquina parava e era necessário entrar em contato com a antiga empresa para solucionar o problema. Após uma inspeção, notou-se uma necessidade de manutenção preventiva de maior qualidade pelo fato de apresentar excesso de sujeira e ausência de alguns componentes do equipamento. Dessa forma, a VIP Tech Elevadores conseguiu com que o equipamento entrasse para sua carteira de clientes e implantou as manutenções preventivas adequadamente, diminuindo número de chamados e MTTR e aumentando a disponibilidade inerente e o MTBF. 4.1 HISTÓRICO DO EQUIPAMENTO Para realizar a análise dos dados utilizados nesse trabalho, foram obtidas informações com o cliente sobre a situação do equipamento no período de 1 de setembro de 2017 até 31 de janeiro de 2018, quando terminou o contrato do cliente com a antiga empresa que realizava as atividades de manutenção do equipamento. A partir do dia 1 de fevereiro de 2018, quando o elevador começou a ser manutenido pela VIP Tech Elevadores, a empresa começou a realizar os serviços destinados a sua manutenção e implantou o plano de manutenção preventiva utilizado, além de começar a coletar dados para construir o histórico da máquina. A empresa possui um sistema próprio para armazenamento de dados referentes às ordens de serviço. Para facilitar o controle e organização para esse estudo de caso, foram desenvolvidas duas tabelas (uma com os dados pré- implantação da manutenção preventiva e outra com os dados pós-implantação da manutenção preventiva), utilizando um software computacional, com os dados pertinentes para o desenvolvimento desse estudo, ou seja, dados referentes às 20 ordens de serviço abertas por chamados. As manutenções preventivas foram realizadas mensalmente e no mesmo período de cada mês. As tabelas são mostradas a seguir, onde, no campo situação, o P significa parado e F funcionando. A primeira letra indica a situação do equipamento na chegada do técnico e a segunda, na saída do técnico. Tabela 3 - Dados de OS’s de chamados coletadas antes da implantação da manutenção preventiva. Tabela de ordens de serviço pré manutenções preventivas Nº Nº OS Data Início Término Tempo atd Técnico Situação 1 20165 09/09/2017 13:35 15:10 01:35 Edinaldo PF 2 20170 09/09/2017 20:25 22:05 01:40 Edinaldo PF 3 20232 11/09/2017 22:00 23:35 01:35 Edinaldo PF 4 20468 23/09/2017 08:55 09:37 00:42 Alex PF 5 21976 08/10/2017 17:57 18:31 00:34 Alex PF 6 22344 20/10/2018 15:55 17:40 01:45 Edinaldo FF 7 22566 29/10/2017 14:00 15:00 01:00 Alex PF 8 23406 23/11/2018 14:55 17:30 02:35 Alex PF 9 23678 29/11/2018 08:50 11:28 02:38 Alex PF 10 24007 10/12/2018 14:00 14:55 00:55 Edinaldo PF 11 24156 15/12/2018 09:10 11:00 01:50 Edinaldo PF 12 24897 08/01/2018 14:05 16:40 02:35 Edinaldo PF Fonte – Elaborado pelo Autor. Tabela 4 - Dados de OS’s de chamados coletadas depois da implantação da manutenção preventiva. Tabela de ordens de serviço pós manutenções preventivas Nº Nº OS Data Início Término Temp o atd. Técnico Situação 1 14715 02/02/2018 14:30 15:10 00:40 Lenildo PF 2 14826 23/02/2018 17:10 17:25 00:15 Tiago FF 3 17192 01/06/2018 20:00 21:43 01:43 Tiago FF Fonte – Elaborado pelo Autor.As tabelas 3 e 4 mostram as ordens de serviço que foram abertas provenientes de chamados, informadas a data de realização do serviço, horas de início e fim da atividade, tempo de duração, qual 21 foi o colaborador que efetuou a manutenção e qual era o estado do equipamento antes e depois do atendimento. Com as informações dessas duas tabelas é possível calcular os indicadores de desempenho e realizar a análise de comparação entre os dois momentos, antes e depois da implantação das manutenções preventivas. 4.2 PLANO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA O plano de manutenção foi desenvolvido com o intuito de ser de simples entendimento para o colaborador, a fim de não haver dúvidas quanto às atividades que devem ser realizadas e os itens que devemser inspecionados. Do lado esquerdo do plano têm-se os elementos que devem ser manutenidos preventivamente em cada área do equipamento (cabina, casa de máquinas, caixa de corrida e poço). No meio da página existem divisões, em quadrados de diferentes cores, que devem ser assinalados com um “X” quando a atividade tiver sido realizada. As cores indicam a periodicidade que se deve realizar a manutenção no elemento. Em azul a periodicidade é mensal, em amarelo é bimestral e em verde trimestral. Na parte inferior do plano há os espaços de datas e o nome do técnico que realizou a manutenção no determinado mês. E, por fim, do lado direito do documento, encontra-se um espaço para a assinatura e aprovação de quem realiza as inspeções periodicamente, garantindo a qualidade da manutenção. Algumas das atividades que devem ser realizadas e dos itens que devem ser inspecionados em cada área são: • Cabina: nivelamento, aceleração e retardamento, vibração, ruídos, botões, ventilador, barreira eletrônica, alarme, entre outros. • Casa de máquinas: Limpeza do piso, máquina de tração e quadro de comando, analisar a instalação em questão de infiltração, iluminação adequada e de emergência, reapertar parafusos e checar elementos do quadro de comando, observar se tem vazamento, vibração e ruído na máquina de tração, checar escovas do motor, checar limitador de velocidade e seus componentes, checar polia da máquina, etc. • Caixa de corrida: Checar corrediças do carro e do contrapeso, folgas, limitadores de percurso, analisar cabos de tração, operadores e 22 contatos de todas as portas de pavimento, checar rampa fixa e móvel, testar caixa de inspeção, botões, e mais alguns. • Poço: Limpeza do piso, coletores de óleo e contatos elétrico, inspecionar amortecedores, chave PAP, polia tensora, etc. Figura 5 - Plano de manutenção utilizado pela VIP Tech Elevadores. Fonte – Elaborado pelo Autor. 4.3 COMPARAÇÃO DOS INDICADORES DE DESEMPENHO Com as informações das tabelas 3 e 4, são calculados e comparados os indicadores de desempenho da manutenção propostos neste trabalho, para os períodos pré e pós implantação das manutenções preventivas. Os indicadores que vão ser utilizados como base para a comparação serão: MTBF (Mean Time Between Failures), MTTR (Mean Time To Repair), número de chamados e taxas de falhas. Os dados retirados das tabelas 3 e 4, como tempo de parada da máquina, tempo de funcionamento, número de intervenções, são de grande importância para tomadas de decisões e análise do equipamento. 23 4.3.1 Comparação do MTBF Para o cálculo do MTBF, utilizam-se dados de horas do equipamento em funcionamento e números de intervenções realizadas, como é mostrado na equação 2, ou seja, soma-se todas as horas do equipamento em funcionamento, entre as manutenções corretivas, e divide pelo número de intervenções que ocorreram naquele período de tempo pré-determinado. Neste trabalho, o período de tempo estipulado foi de 10 meses, sendo 5 meses para pré-implantação e mais 5 para pós implantação das manutenções preventivas. Para o período pré-implantação das manutenções, utilizando os dados da tabela 3, foram somadas as horas da máquina em funcionamento, resultando em um total de 3490 horas, e o número de intervenções no período determinado, dando o valor de 12 manutenções corretivas. O MTBF resultante nesse período (setembro de 2017 a janeiro de 2018) foi de 291 horas ou 12 dias, isso quer dizer que, em média, a cada 12 dias precisava ser efetuada uma intervenção para alguma correção no elevador. Já para o período pós-implantação utilizaram-se os mesmos parâmetros para o cálculo do MTBF, contudo, os dados foram retirados da tabela 4. O somatório das horas da máquina em funcionamento resultou em uma valor de 3398 horas e o número de manutenções corretivas foi de 3. Dessa forma, o MTBF do intervalo entre fevereiro e junho de 2018 foi de 1132 horas ou 47 dias, informando que, em média, a cada 47 dias o elevador precisou de correção para o devido funcionamento. A tabela 5 mostra os dados referente aos 2 períodos supracitados. Tabela 5 - Dados de horas de funcionamento, nº de intervenções e MTBF dos períodos pré e pós implantação das manutenções. Pré-implantação Pós implantação Horas de funcionamento 3490 3398 Número de intervenções 12 3 MTBF (horas) 291 1132 MTBF (dias) 12 47 Fonte – Elaborado pelo Autor. 24 4.3.2 Comparação do MTTR O MTTR é calculado utilizando as informações de tempo de realização de serviço, de todas as ordens de serviço realizadas corretivamente no período em análise, e do número de OS’s realizadas, também, corretivamente. Obtendo essas informações para cada OS, soma-se todos os tempos de serviço e divide-se pelo número de intervenções corretivas, como explanado na equação 3. No período entre setembro de 2017 e janeiro de 2018, quando o equipamento ainda não fazia parte do maquinário manutenido pela VIP Tech Elevadores, com os dados da tabela 3, o elevador apresentou um somatório de horas de manutenção corretiva de, aproximadamente, 19 horas e 24 minutos e um número de intervenções de 12, atingindo um MTTR de 97 minutos por intervenção. Após realizada a análise do período entre fevereiro e junho de 2018 (dados da tabela 4), quando o elevador já era manutenido pela VIP Tech Elevadores, foi encontrado um somatório de horas do equipamento em manutenção corretiva de 02 horas e 38 minutos, sendo um total de 3 ordens de serviço realizadas corretivamente. Dessa forma, têm-se um valor de MTTR de 52 minutos. Na tabela 6 é mostrado os dados pertinentes ao MTTR dos 2 períodos analisados. Tabela 6 - Dados de horas de manutenção corretiva, nº de intervenções e MTTR dos períodos pré e pós implantação das manutenções. Pré-implantação Pós implantação Horas manutenção corretiva 19,25 2,63 Número de intervenções 12 3 MTTR (minutos) 97 52 Fonte – Elaborado pelo Autor. 4.3.3 Comparação da taxa de falhas A taxa de falha, como definido no item 2.4.3.1 é o número de falhas dividido pelo números de horas em funcionamento (como mostrado na equação 1), em 25 determinado período de tempo. Dessa forma, foram realizados os cálculos das taxas de falhas para os intervalos de setembro de 2017 e janeiro de 2018 e fevereiro a junho de 2018. Para o primeiro intervalo, existiram uma quantidade de 12 intervenções e um total de 3490 horas do equipamento em operação, resultando em uma taxa de falhas de 0,00344. Já no segundo intervalo, existiram 3 falhas e 3398 horas da máquina funcionando, ou seja, uma taxa de falhas de 0,0008829. A tabela 7 mostra os valores correspondentes ao número de falhas, horas de funcionamento e a taxa de falhas para os 2 intervalos de tempo supracitados. Tabela 7 - Horas de funcionamento, número de falhas e taxa de falhas para os períodos de setembro de 2017 a janeiro de 2018 e fevereiro a junho de 2018. Pré-implantação Pós implantação Horas de funcionamento 3490 3398 Número de falhas 12 3 Taxa de falhas 0,00344 0,0008829 Fonte – Elaborado pelo Autor. 4.3.4 Comparação do número de chamados Como definido no item 2.5.4 deste trabalho, um chamado é qualquer defeito ou falha reclamado pelo cliente, diretamente à empresa, pelos meios de comunicação fornecidos, e que, dessa forma, faça necessária a visita de um colaborador para avaliar/solucionar o reclamado. Depois de realizada a análise dos números de chamados efetuados nos dois períodos em estudo (tabela 3 e 4), foi possível notar uma redução considerável após a VIP Tech Elevadores começar a realizar a manutenção do equipamento. No primeiro momento, pré-implantação da manutenção preventiva, o número de chamados atingiu um patamar de 12 intervenções. Para o período pós implantação das manutenções, a empresa conseguiu reduzir o número de chamados para um valor de apenas 3 chamadosem 5 meses. Ou seja, isso nos garante que o equipamento quebrou menos, 26 para um mesmo intervalo de tempo, após a implantação das manutenções preventivas utilizadas pela VIP Tech Elevadores. Tabela 8 - Número de chamados nos períodos de setembro de 2017 e janeiro de 2018 e fevereiro e junho de 2018. Período Nº de chamados Set 2017 - Jan 2018 12 Fev 2018 - Jun 2018 3 Fonte – Elaborado pelo Autor. 27 5 CONCLUSÕES Este trabalho de conclusão de curso foi realizado com o intuito de analisar os efeitos da implantação de manutenções preventivas em um elevador elétrico de passageiros da marca SCHINDLER, modelo MICONIC LX. O objetivo principal desse trabalho foi realizar uma comparação geral do estado do equipamento em dois períodos diferentes, antes e depois da implantação das manutenções. Para atingir o objetivo principal, foram utilizados objetivos específicos como comparar indicadores de desempenho da manutenção (MTBF, MTTR, Taxa de Falhas e Número de Chamados). Essa comparação dos indicadores realizada (tabelas 5, 6, 7 e 8) comprova uma melhora quanto ao funcionamento da máquina. Após a implantação das manutenções, houve um aumento de 391% no MTBF (tabela 5) e reduções de 46,39% do MTTR (tabela 6), de 74,33% da Taxa de Falhas (tabela 7) e 75% do Número de Chamados (tabela 8). Com isso, fica claro a importância que a manutenção preventiva possui para um equipamento, fazendo com que o maquinário aumente suas horas de funcionamento e diminua suas horas de reparo. Com os resultados e análises realizados, foi observado que a empresa VIP Tech Elevadores efetuou seus trabalhos de manutenção de forma ótima, trazendo inúmeros benefícios para o cliente e para o equipamento e ajudou a mostrar o valor que a manutenção possui para máquinas e instalações. A pesquisa, de modo geral, mostrou que as manutenções realizadas não só foram satisfatórias, como superaram as expectativas, trazendo resultados surpreendentes. As qualidades que a manutenção preventiva atrai pode ser aplicado nas áreas de indústrias, produção, prestação de serviços, etc. Com esse estudo também foi possível analisar as causas mais provenientes para o acontecimento de falhas. Essas causas vinham de material utilizado de baixa qualidade (com o intuito de baixar custos), falta de limpeza (o que acabava causando curtos-circuitos e mal contato em equipamentos eletrônicos) e falta de lubrificação na máquina de tração e nas guias do elevador. 28 Assim, recomenda-se, sempre, a implantação de manutenções preventivas nas máquinas de elevação e o constante cálculo dos indicadores de desempenho da manutenção, mantendo-se o histórico dos resultados, para futuras comparações e, dessa forma, ajudando numa melhor tomada de decisão. 29 REFERÊNCIAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas: NBR 5462/1994 – Confiabilidade e Mantenabilidade. Rio de Janeiro: Copyright, 1994. 37p. ABRAMAN – Associação Brasileira de Manutenção. 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