Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA Geraldo Alves Toscano Neto Análise da execução das atribuições do profissional farmacêutico em uma farmácia comunitária Natal-RN 2021 Geraldo Alves Toscano Neto Análise da execução das atribuições do profissional farmacêutico em uma farmácia comunitária Analysis of the execution of the attributions of the pharmaceutical professional in a community pharmacy Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Farmácia. Orientador: Prof. Me. André Gustavo Gadelha Mavignier de Noronha. Natal-RN 2021 Toscano Neto, Geraldo Alves. Análise da execução das atribuições do profissional farmacêutico em uma farmácia comunitária / Geraldo Alves Toscano Neto. - 2022. 37f.: il. Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (Graduação em Farmácia) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Farmácia. Natal, RN, 2022. Orientador: André Gustavo Gadelha Mavignier de Noronha. 1. Assistência Farmacêutica - TCC. 2. Farmácia comunitária - TCC. 3. Atenção farmacêutica - TCC. 4. Gestão farmacêutica - TCC. I. Noronha, André Gustavo Gadelha Mavignier de. II. Título. RN/UF/BSCCS CDU 615.15 Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS Elaborado por ANA CRISTINA DA SILVA LOPES - CRB-15/263 Geraldo Alves Toscano Neto Análise da execução das atribuições do profissional farmacêutico em uma farmácia comunitária Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Farmácia. Orientador: Prof. Me. André Gustavo Gadelha Mavignier de Noronha. ___________________________________________________________________ Presidente: Prof. André Gustavo Gadelha Mavignier de Noronha, Me., DFAR/UFRN ___________________________________________________________________ Membro: Aline Débora Silva de Medeiros, Farmacêutica, Âncora Distribuidora de Medicamentos Oncológicos ___________________________________________________________________ Membro: Felipe Souza Padilha de Freitas, Farmacêutico, Hospital Central Coronel Pedro Germano Natal 2021 Dedico este trabalho a Deus e a minha família. AGRADECIMENTOS Agradeço a minha família, Simone Santos, Samyra Kelly e Ana Júlia por entender as abdicações necessárias e sacrifícios realizados para atingir este objetivo. Aos meus pais, Dinarte Toscano e Rosa de Brito Toscano, pelo apoio durante o decorrer de todo curso. Ao farmacêutico responsável e gestor da farmácia comunitária analisada, Daniel Toscano, por disponibilizar acesso total ao local de pesquisa. A todos os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e ao meu orientador, o professor André Mavignier de Noronha, que contribuíram em minha formação do saber. Agradeço a todos que acreditaram, apoiaram e incentivaram nessa busca árdua, porém, muito gratificante que é a obtenção desta segunda graduação. RESUMO Farmácia comunitária é estabelecimento de saúde de propriedade privada para realização de atendimento primário à população que vem a destacar a importância do profissional farmacêutico. O presente trabalho teve por objetivo principal verificar quais são as atribuições de um profissional farmacêutico em uma farmácia comunitária e se estas atribuições são executadas. Para tal inicialmente realizou-se levantamento das informações inerentes as atribuições, estando divididas e duas esferas: atribuições administrativas e atribuições de cuidados farmacêuticos. Trata- se de um estudo de caso de natureza qualitativa aproximando-se do exploratório. Os dados foram levantados a partir de uma análise documental aliada a observações por parte do autor, e obtidos na própria farmácia comunitária analisada. As informações coletadas resultaram no preenchimento de um checklist que vem a nortear sobre a execução das atribuições. Foi constatada a falta dos serviços de atendimento farmacêutico domiciliar, acompanhamento farmacoterapêutico e fracionamento de medicamentos, cada serviço tem sua importância na promoção da saúde para população e a falta destes pode por em risco o objetivo da farmácia comunitária. Após análise dos dados é possível perceber a grande importância em se conhecer quais são as funções do profissional farmacêutico em uma farmácia comunitária, onde, constatou-se que o farmacêutico é o responsável por executar diversas atribuições vitais na promoção de saúde para a população. Palavras chave: Farmácia comunitária; atenção farmacêutica; gestão farmacêutica. ABSTRACT Community pharmacy is a privately owned health establishment for providing primary care to the population that highlights the importance of the pharmacist. The main objective of the present work was to verify which are the duties of a pharmacist in a community pharmacy and if these duties are performed. For this, initially, a survey of the information inherent to the attributions was carried out, being divided into two spheres: administrative attributions and pharmaceutical care attributions. This is a qualitative case study approaching exploratory. Data were collected from a document analysis combined with observations by the author, and obtained in the community pharmacy analyzed. The information collected resulted in the completion of a checklist that guides the performance of assignments. The lack of home pharmaceutical care services, pharmacotherapeutic monitoring and drug fractionation was found, each service has its importance in promoting health for the population and the lack of these can jeopardize the objective of the community pharmacy. After analyzing the data, it is possible to see the great importance of knowing the functions of the pharmacist in a community pharmacy, where it was found that the pharmacist is responsible for performing several vital tasks in promoting health for the population. Keywords: Community pharmacy; pharmaceutical attention; pharmaceutical management. 8 1 INTRODUÇÃO A farmácia comunitária pode ser descrita como um estabelecimento de saúde de propriedade privada que destaca a importância do profissional farmacêutico, onde é realizado atendimento primário à população, assegurando a continuidade nos cuidados prestados ao paciente, sempre buscando a qualidade no atendimento e promovendo fácil acesso a informações sobre seu problema de saúde, com isso, melhorando adesão ao tratamento. Para Correr e Otuki (2013, p. 03): “O termo “farmácia comunitária” refere-se aos estabelecimentos farmacêuticos não hospitalares e não ambulatoriais que atendem à comunidade”. Em 2014 a publicação da lei 13.021/14 representou um marco para saúde pública e defesa do consumidor, as farmácias deixaram de ser apenas um estabelecimento comercial, sendo reconhecidas como estabelecimentos de saúde através da prestação de assistência farmacêutica e em contrapartida a população tem atendimento farmacêutico em qualquer farmácia do Brasil seja ela pública ou privada (BRASIL, 2014b). A publicação destalei mudou paradigmas sobre atuação dos profissionais farmacêuticos que são os principais responsáveis pelas ações que visam assegurar assistência terapêutica promovendo uso racional e seguro de medicamentos e proporcionando eficácia terapêutica ao paciente. Com a implantação da lei os proprietários e farmacêuticos passam a agir em parceria total onde todas as ações estão direcionadas ao uso racional de medicamentos (BRASIL, 2014b). Esta racionalização no uso dos medicamentos é realizada através da educação em relação ao risco da automedicação promovendo a redução de problemas de saúde ocasionados pelo uso inadequado, prevenindo danos na saúde dos pacientes e prejuízos ao sistema de saúde do país ao se reduzir gastos em atendimentos e internações na esfera pública. A correta orientação no uso da medicação evita a fuga ao tratamento aumentando por consequência a eficácia terapêutica (BRASIL, 1998a). Atualmente as farmácias e drogarias são o meio inicial de acesso dos pacientes na obtenção de saúde, o farmacêutico tem conhecimento de tamanha relevância e atualmente é o mais acessível. O farmacêutico sabe que em suas atribuições diárias deve atuar direcionado para a manutenção e prevenção da 9 saúde, agindo com comprometimento, responsabilidade e ética estando ele sempre acessível à serviço da sociedade com a finalidade de promover saúde ao paciente e assim contribuindo na elevação da confiança para com estes profissionais (BRASIL, 2013). Em 2015 a ABRAFARMA (Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias) inicia um inovador projeto baseado na lei 13.021/14 com a finalidade de prestar serviços farmacêuticos nas grandes redes, evitando a interrupção dos tratamentos. Com o surgimento da pandemia em 2021 ocasionada pelo coronavírus (SARS-coV-2) conhecido por Covid-19, as farmácias surgem com um papel fundamental, onde, só da rede ABRAFARMA, cerca de 4.300 unidades ofereceram o serviço de testes para Covid-19 à população, realizando mais de 12 milhões de testes durante o período da pandemia, uma ação muito importante e essencial em um momento crucial para combate ao vírus, reafirmando a importância de uma farmácia comunitária na prevenção, acompanhamento e promoção de saúde para população (ABRAFARMA, 2021). Nas últimas décadas vem ocorrendo no país uma crescente ampliação na atuação do farmacêutico bem como participação das farmácias comunitárias para obtenção da saúde da população, isso tornou-se bastante evidente a partir da publicação da resolução nº 338 de 2004 onde foi aprovada a “política nacional de Assistência Farmacêutica”, onde é estabelecida como principal função da assistência farmacêutica a promoção, proteção e recuperação da saúde através do uso racional de medicamentos que foram desenvolvidos e disponibilizados à população seguindo padrões de qualidade, realizando acompanhamento e avaliação da utilização, visando unicamente melhorar a qualidade de vida da população (BRASIL, 2004). A lei 3.916/98 que trata da regulamentação da Política Nacional de Medicamentos estabelece que a dispensação é atividade exclusiva do farmacêutico sendo o fornecimento do medicamento e orientação em relação a este uma atividade inerente ao farmacêutico e voltada para assistência farmacêutica com finalidade principal a promoção do uso racional de medicamentos (BRASIL, 1998a). A dispensação é a atividade farmacêutica, direcionada ao paciente, de maior importância, pois, garante ao paciente acesso aos medicamentos e as informações e esclarecimentos que irão ajudar no uso correto evitando efeitos negativos 10 provenientes de seu mau uso. A dispensação é uma função do farmacêutico que gera diversos benefícios tanto para o paciente como para o farmacêutico com a valorização de sua profissão reafirmando o verdadeiro papel deste profissional na sociedade (CFF, 2009 p. 02). A RDC 499/2008 do Conselho Federal de Farmácia lista serviços que podem ser ofertados nas farmácias comunitárias: I – Elaboração do perfil farmacoterapêutico, avaliação e acompanhamento da terapêutica farmacológica de usuários de medicamentos; II – Determinação quantitativa do teor sanguíneo de glicose, colesterol total e triglicerídeos, mediante coleta de amostras de sangue por punção capilar, utilizando-se de medidor portátil; III – Verificação de pressão arterial; IV – Verificação de temperatura corporal; V – Aplicação de medicamentos injetáveis; VI – Execução de procedimentos de inalação e nebulização; VII – Realização de curativos de pequeno porte; VIII – Colocação de brincos; IX – Participação em campanhas de saúde; X – Prestação de assistência farmacêutica domiciliar; Quadro 1 - Serviços farmacêuticos listados na RDC 499/08 Fonte: BRASIL (2008). Tais serviços devem ser orientados por procedimentos operacionais padrões (POPs), acompanhados dos formulários para cada um dos serviços farmacêuticos listados. Após realização do serviço ele é registrado em um formulário padrão da farmácia definida como declaração de serviço farmacêutico, uma via fica arquivada na farmácia, a outra via é entregue ao paciente e ainda podem ser geradas mais vias que, sendo necessário, são encaminhadas aos demais profissionais da área da saúde ao qual o paciente será direcionado (Brasil, 2008). No momento do atendimento o profissional farmacêutico consegue obter um certo vínculo com o paciente que tem a finalidade de deixa-lo à vontade, isso facilita na identificação dos problemas relacionados a uso de medicamentos e colabora, portanto, para prevenção e até solução do problema identificado (CORRER E OTUKI, 2013). Os pacientes que procuram atendimento em farmácias e drogarias geralmente procuram medicamentos, orientação, informação ou mesmo estão à procura de outros tipos de serviços que estão ligados diretamente com a saúde, 11 mas, não necessariamente ligados ao uso de medicamentos como é possível perceber na figura 1 (CORRER; OTUKI, 2013, p.32). Figura 2 – Cenários de atendimento em uma farmácia comunitária a partir da demanda do usuário Fonte: CORRER; OTUKI (2013, p.32) Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) existe uso racional de medicamentos quando os pacientes são tratados com os medicamentos corretos para sua enfermidade, nas doses e períodos corretos a um valor acessível para a população, com isso, é perceptível a importância da prescrição correta do medicamento seguindo os critérios descritos, e aliado a isso, que a dispensação seja realizada de acordo com as normas e com toda orientação necessária para que o paciente consiga seguir o tratamento corretamente (OMS, 1985; Brasil 2001ª). A atenção farmacêutica aliada a dispensação, está focada na solução de problemas da farmacoterapia realizada pelo farmacêutico, os atendimentos originam-se pela procura espontânea a partir de queixas e sintomas, monitoramento de parâmetros fisiológicos ou encaminhamento por outros profissionais de saúde (CORRER E OTUKI, 2013). Uma resolução foi publicada em 20 de abril de 2001 sob número 357 pelo Conselho Federal de Farmácia onde regulamenta sobre as boas práticas da atividade do farmacêutico nas farmácias e drogarias, esclarecendo que o 12 farmacêutico pode orientar e acompanhar a automedicação responsável, através da educação ao paciente e no desenvolvimento de ações voltadas a dispensação dos medicamentos isentos de prescrição (MIPs), para que ele consiga atingir este objetivo deve analisar os sintomas relatados, com objetivo principal de aconselhar adequadamente o paciente ou escolher o melhor medicamento para aquela situação (BRASIL, 2001b). Segundo Anvisa (2006), o uso racional de medicamentos é uma dificuldade da saúde pública mundial, dados da OMS trazem que: • 50 a 70% das consultas médicas geram prescrição medicamentosa; • 50% de todos os medicamentos são prescritos, dispensadosou usados inadequadamente; • Somente 50% dos pacientes, em média, tomam corretamente seus medicamentos; • Os hospitais gastam de 15% a 20% de seus orçamentos para lidar com as complicações causadas pelo mau uso de medicamentos; • De todos os pacientes que dão entrada em prontos-socorros com intoxicação, 40% são vítimas dos medicamentos; Em 2009 foi publicada a RDC n°44 que dispõe sobre boas práticas farmacêuticas, para controle sanitário, regulando as atividades realizadas nas farmácias e drogarias como os serviços farmacêuticos, venda, comercialização e dispensação de produtos farmacêuticos como medicamentos e outros produtos para saúde e cosméticos. As farmácias precisam seguir a RDC 44/2009 atendendo aos parâmetros estabelecidos para que continuem exercendo suas atividades, como em relação a disposição e organização do espaço físico, definição dos setores técnicos administrativos e na correta manutenção da documentação necessária junto aos órgãos fiscalizadores (BRASIL, 2009). No Diário Oficial da União em 2013 ocorreu a publicação da Resolução n°585 que regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico, lá está estabelecido dentre outras atribuições a de: “Prescrever. Conforme legislação específica, no âmbito de sua competência profissional”. Desta forma o profissional farmacêutico, estando ele apto, poderá prescrever, porém, nem sempre a prescrição está vinculada a um medicamento devendo estar alinhada as necessidades de saúde do paciente que irá definir se o tratamento será farmacológico ou não farmacológico (CFF, 2013). 13 Na Resolução 711/2021 publicada no Diário Oficial da União está descrito em seu artigo 12 de forma mais expressiva que com base nas necessidades do paciente e alinhadas a política de saúde atual, o profissional farmacêutico pode em sua terapêutica dispor e prescrever medicamentos que não precisem de prescrição médica, fitoterápicos, plantas medicinais, drogas vegetais e medicamentos industrializados aprovados pelo órgão sanitário federal, portanto fazendo um melhor detalhamento em relação aos tipos de medicamentos e produtos que podem ser utilizados visando a prevenção e recuperação da saúde do paciente (BRASIL, 2021). Com base nisso a prescrição farmacêutica direcionada para os transtornos menores é realizada pelo farmacêutico que deve ter conhecimentos inerentes a consulta farmacêutica, indicação de medicamentos e saber lidar com os mais variáveis fatores que o farão decidir sobre intervenção farmacológica, não farmacológica ou encaminhamento a outro profissional de saúde. O farmacêutico só conseguirá realizar a tarefa se estiver em constante aperfeiçoamento, visando a interpretação do problema sem a finalidade de diagnóstico, mas sim, na correta decisão em relação ao manejo adequado a cada situação (CRF-PR, 2016). Aliado aos aspectos de atendimento ao paciente já relatados, a gestão em farmácia é de grande relevância atualmente, onde, o farmacêutico além das ações direcionadas a saúde, precisa estar atento diretamente no gerenciamento das demandas administrativas buscando rentabilidade da farmácia, portanto, o farmacêutico precisa ser conhecedor de métodos e técnicas da administração empresarial que aliada ao bom atendimento ao cliente vem a ser a base do sucesso da farmácia comunitária (CFF, 2010). Administração é inerente a todos os ambientes que nos rodeiam, sempre orientada pelo planejamento, organização, comando, coordenação e controle, direcionando o gestor na tomada da melhor decisão, levando em conta a eficiência e eficácia para fornecer valor, na promoção de bens e serviços para seus clientes (MAXIMIANO, 2006). A gestão direciona o cotidiano em um processo contínuo que reúne diversos saberes, pessoas e recursos, não existe uma fórmula de como gerir sendo exigido capacitação e esforço técnico, portanto é uma atividade que envolve habilidade e sensibilidade aliados aos conhecimentos técnicos desenvolvendo a capacidade analítica do todo (SOARES et al., 2016). 14 Segundo dados do Conselho Federal de Farmácia (2021), dispostos no quadro 2, em 2020 existiam 234.301 farmacêuticos inscritos nos Conselhos Regionais de Farmácia e 89.879 farmácias e drogarias comerciais abertas, desta forma, vale salientar a importância do farmacêutico frente a farmácia comunitária, estes números demonstram um mercado muito competitivo. O desenvolvimento de competências é inerente a cada profissional e essencial para sobrevivência da empresa, sendo importante se destacar frente a concorrência através de estratégias que visam a satisfação do paciente (SATURI, FILHO, MOREIRA, 2015). DADOS 2020 DESCRIÇÃO NÚMERO TOTAL REGISTRADO Farmacêuticos inscritos nos Conselhos Regionais de Farmácia 234.301 Farmácias e drogarias comerciais 89.879 Quadro 2 - Dados Conselho Federal de Farmácia (2021) Fonte – CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA (2021). Tendo em vista tudo exposto até aqui, o objetivo do presente estudo é identificar e verificar a execução das atribuições inerentes a um profissional farmacêutico atuante em uma farmácia comunitária. 2 MATERIAL E MÉTODOS O presente estudo utilizou a pesquisa. Temos que para Andrade (2001, p.121) “pesquisa é o conjunto de procedimentos sistemáticos, baseado no raciocínio lógico, que tem por objetivo encontrar soluções para problemas propostos, mediante a utilização de métodos científicos.” A pesquisa foi um estudo de caso onde o autor tem pouco controle sobre eventos e quando os fatos analisados estão inseridos na vida real e seus fenômenos contemporâneos (YIN, 2001 p.19). 15 O estudo tem característica de natureza qualitativa através da análise documental, de caráter descritivo e pela sua simplicidade aproximando-se do exploratório, sendo realizada através das observações de arquivos e situações sem que o pesquisador venha a causar qualquer interferência, o resultado disto fornecerá dados para contribuir no processo de coleta de informações. Sobre pesquisa descritiva Andrade (2001, p.124) vem a expor que: Neste tipo de pesquisa, os fatos são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira neles. Isto significa que os fenômenos do mundo físico e humano são estudados, mas não manipulados pelo pesquisador. A pesquisa ocorreu em uma farmácia comunitária localizada no Rio Grande do Norte, zona sul do município de Natal que tem como representante legal o proprietário que também é o profissional farmacêutico responsável por toda parte de atendimento farmacêutico e gerenciamento do estabelecimento. O local conta com auxiliar de farmácia para atendimento no balcão, e motoqueiro para realização das entregas em domicílio, presta serviços de atenção farmacêutica e dispensação de medicamentos em geral. A farmácia fica localizada ao lado de uma filial de uma grande rede de farmácias nacional, tem uma tendência em seguir uma proposta mais voltada para o público popular, possuindo em seu estoque uma grande parcela de medicamentos similares e genéricos, porém, também trabalha com medicamentos de referência, trabalha com antimicrobianos e controlados. Possui uma estrutura de farmácia comunitária, composta por área física de acordo com exigido tendo possibilidade de ampliação, locais bem delimitados para exposição de produtos, balcão de atendimento, escritório, sanitários, depósitos e estoques, sala de atenção farmacêutica com acesso independente, em condições sanitárias, em bom estado, equipada para realização da atenção farmacêutica e prestação de serviços como de aplicação de injetáveis, verificação de parâmetros bioquímicos e fisiológicos. A Coleta de dados ocorreu através de análise documental que tem por finalidade levantar todas as informações necessárias para verificar se as atribuições do profissional farmacêutico são executadas no local e em quegrau conseguem 16 cumprir tais funções, essas informações são refletidas em um checklist com todos os itens analisados. Sobre a pesquisa documental Marconi e Lakatus (2007, p. 174) explicam que: A característica da pesquisa documental é que a fonte de coleta de dados está restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias. Estas podem ser feitas no momento em que o fato ou fenômeno ocorre, ou depois. Também foram realizadas observações do autor que servem de complemento para a análise documental, visando cobrir as lacunas que restarem, para Marconi e Lakatus (2007, p.190): Observação é uma técnica de coleta de dados para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou fenômenos que se desejam estudar. Após realização da coleta de dados através dos passos anteriormente detalhados, devemos fazer a análise dos resultados obtidos através da descrição dos achados. Sobre a análise destaca Andrade (2001, p.154) “Assim sendo, o objetivo da análise é organizar, classificar os dados para que deles se extraiam as respostas para os problemas propostos, que foram objeto da investigação.” 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Deste ponto em diante são analisados os resultados coletados por meio da análise documental na farmácia comunitária, bem como também fatos expostos através das observações do autor, tais informações são a base para obtenção da conclusão do presente estudo. 17 3.1 ATRIBUIÇÕES As atribuições dos profissionais farmacêuticos são orientadas pelo Conselho Federal de Farmácia e Conselhos Regionais de Farmácia, levando em conta a legislação vigente que compreende duas esferas: Administrativo-legais que são denominadas como atribuições administrativas e outra voltadas para o cuidado dos pacientes denominadas como atribuições de cuidados farmacêuticos (CRF-PR, 2016). Durante a pesquisa procurou-se por alguma publicação que descrevesse as atribuições farmacêuticas em uma farmácia comunitária, foram identificados os itens listados por CRF-PR (2016) como sendo: I. Atribuições de cuidados farmacêuticos: o A atenção farmacêutica que engloba: - Atendimento farmacêutico domiciliar; - Aferição de parâmetros fisiológicos: pressão arterial e temperatura corporal; - Aferição de parâmetros bioquímicos: glicemia capilar, colesterol e triglicéride; - Administração de medicamentos: aplicação de injetáveis e inaloterapia; - Acompanhamento farmacoterapêutico; - Indicação farmacêutica em transtornos menores; o A perfuração de lóbulo auricular para colocação de brincos; II. Atribuições administrativas: o Aquisição, recebimento, armazenamento, conservação e monitoramento do estoque de medicamentos, correlatos e outros produtos; o O fracionamento de produtos conforme legislação específica, garantindo sua qualidade e munindo o paciente com todas as informações sobre seu uso, armazenamento e validade; o A verificação e conferência de medicamento antes da sua dispensação ao paciente como data de validade e as condições da embalagem; 18 o Elaboração, implantação e revisão periódica do Manual de Boas Práticas em Farmácia e o Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP); o Elaboração, implantação e revisão periódica do Programa de Gerenciamento dos Resíduos dos Serviços de Saúde (PGRSS); o Treinamento e capacitação de todos os funcionários para realizarem as tarefas não-privativas do farmacêutico utilizando seus conhecimentos técnicos e de comunicação; o Conhecer, obedecer e fazer cumprir todas as legislações que regulam o funcionamento da farmácia; o Conhecer e usar as ferramentas administrativas e financeira como os programas de gerenciamento de estoque, de fluxo de caixa e de controle de ativos e passivos da empresa, buscando a saúde financeira do estabelecimento; o Realizar as escriturações dos medicamentos no SNGPC e emitir os balancetes trimestrais e anuais, encaminhando-os à Vigilância Sanitária, obedecendo aos prazos previstos nas resoluções e portarias; o Realizar a intercambialidade de medicamentos referência por genéricos ou equivalentes seguindo as normativas do Ministério da Saúde, da ANVISA e do CFF; o Dispensar medicamentos antimicrobianos, arquivando as notas de entrada e as segundas vias das receitas para fins de fiscalização; o Cumprir os prazos para manutenção dos aparelhos utilizados na prestação dos serviços farmacêuticos como os esfigmomanômetros (pressão arterial), os glicosímetros (glicemia capilar), pistolas (colocação de brincos) e os aparelhos para verificação do teor sanguíneo de colesterol e triglicérides, arquivando os laudos para fins de fiscalização; Essas atribuições são muito importantes para uma farmácia comunitária e estão orientadas principalmente pelo Código de Ética do Farmacêutico, pela RDC 44/2009 e na lei 13.021/2014. Após identificar as atribuições foram realizados os levantamentos de informações na farmácia comunitária em análise para identificar as atividades que são atendidas plenamente, parcialmente as que não são atendidas. Tais dados obtidos resultaram no preenchimento do checklist exposto na figura 1, onde, também estão incluídos a forma de obtenção das informações, seja por análise de documentos ou por observações realizadas em campo pelo pesquisador. 19 CHECKLIST - ATRIBUIÇÕES NA FARMÁCIA COMUNITÁRIA Atribuições de cuidados farmacêuticos Execução Origem das informações Atendimento farmacêutico domiciliar Aferição de parâmetros fisiológicos Aferição de parâmetros bioquímicos Administração de medicamentos Acompanhamento farmacoterapêutico Indicação farmacêutica em transtornos menores Atribuições Administrativas Execução Origem das informações Aquisição, recebimento, armazenamento, conservação e monitoramento Fracionamento de medicamentos Verificação e conferência antes da dispensação Elaboração, implantação e revisão periódica do manual de boas práticas, POP e PGRSS Treinamento e capacitação de funcionários Conhecer e obedecer a legislação que regulam funcionamento da farmácia Conhecer e usar as ferramentas administrativas e financeiras Realizar escriturações de medicamentos no SNGPC Realizar intercambialidade de medicamentos de referência por genéricos ou equivalentes Dispensação de medicamentos antimicrobianos corretamente Realização de manutenções de aparelhos da prestação de serviços farmacêuticos Legenda Atende plenamente Atende parcialmente Não atende Análise de documentos Observação Tabela 1 - Checklist - Atribuições na farmácia comunitária Fonte – Levantamento de dados realizado pelo autor, 2021. 3.2 ATRIBUIÇÕES DE CUIDADOS FARMACÊUTICOS 3.2.1 Atendimento farmacêutico domiciliar A farmácia analisada não oferece o serviço de atendimento farmacêutico domiciliar, este tipo de prática é um serviço diferenciado e sua existência é pouco conhecida da população e dos profissionais, tem como um dos objetivos principais orientar o paciente em relação a medicações que o mesmo tem em casa, o 20 manuseio correto para redução do risco de consumo de medicamentos vencidos, tomada de doses incorretas, armazenagem em locais irregulares, dentre outros, neste sentido é de estrema relevância o atendimento farmacêutico domiciliar, sendo essencial que os farmacêuticos pensem em começar a praticar o atendimento domiciliar oferecendo o serviço em sua farmácia comunitária (SANTIN, 2007). A resolução do Conselho Federal de Farmácia n° 386 de 12 de novembro de 2002 vem a destacarque em assistência domiciliar são atribuições do farmacêutico prestar orientações sobre uso, guarda, administração e descarte de medicamentos, acompanhar pacientes em suporte nutricional domiciliar, diluir e preparar soluções de medicamentos intravenosos, verificação de parâmetros bioquímicos, orientar assepsia de equipamentos e materiais e sua calibração, dentre outros, portanto em suma é a avaliação da eficácia das prescrições ao paciente, orientação no uso adequado das medicações utilizadas, avaliação de parâmetros bioquímicos e fisiológicos e administração de medicamentos, uma grande quantidade de serviços em saúde que o profissional farmacêutico pode prover no atendimento domiciliar através da oferta inicial na farmácia comunitária (CFF, 2002). 3.2.2 Aferição de parâmetros fisiológicos Na farmácia são oferecidos os serviços para aferição de parâmetros fisiológicos: verificação de pressão arterial e temperatura corporal, onde, geralmente é solicitado pelo paciente no balcão e direcionado para que o farmacêutico realize o procedimento. Inicialmente são coletados dados do paciente como: nome, idade, CPF para registro e início de atendimento, em seguida é realizada orientação se necessário, verifica se o paciente está com algum sintoma de maior gravidade, e então é realizado procedimento, feita análise e orientações e o atendimento é registrado na declaração de serviço, com isso essa atribuição está sendo executada na totalidade. Estes serviços irão auxiliar o paciente no controle de doenças crônicas como na hipertensão arterial que geralmente não apresenta sintoma algum a não ser que rapidamente se eleve, justamente por isso é importante em pessoas que não apresentam fatores de risco aferir a pressão uma vez ao ano e as pessoas que são hipertensas devem realizar o acompanhamento médico regular e fazer a verificação 21 dos parâmetros fisiológicos com frequência maior a fim de controle terapêutico (SESA, 2018). 3.2.3 Aferição de parâmetros bioquímicos Já na execução de serviços para verificação de parâmetros bioquímicos geralmente a solicitação surge do médico através de prescrição ou pode surgir da iniciativa do próprio paciente em verificar, após verificação nos documentos foi possível constatar que na farmácia só realizada a verificação da glicemia capilar, não oferece os serviços de colesterol e triglicéride, pois, não possui os equipamentos necessários para estas determinações, portanto, com a falta destes a farmácia executa de forma parcial este tipo de serviço que é de grande relevância, pois, ajuda no levantamento de informações sobre o estado de saúde geral do paciente, na verificação da efetividade do tratamento farmacológico como por exemplo na diabetes através da glicemia capilar e identificação de fatores de risco promovendo a prevenção de doenças (BRASIL, 2009). 3.2.4 Administração de medicamentos e perfuração de lóbulo auricular O serviço de administração de medicamento é executado conforme preconizado na RDC 44/09, utilizando para administração materiais e acessórios com registro, não é feita administração de medicamentos de uso hospitalar, medicamentos que precisam de prescrição médica só são administrados com a receita estando tudo conforme. Após a prestação do serviço é emitida declaração de serviço farmacêutico onde é detalhado o serviço realizado, data, hora, identificação do farmacêutico responsável pelo atendimento, nome do paciente, CPF do paciente, dados da medicação, lote, fabricação, validade, identificação do estabelecimento com todos os dados, CNPJ, IE, endereço, telefone, sendo emitido em duas vias, uma fica com o paciente e a outra arquivada no local. O serviço de perfuração de lóbulo auricular com a finalidade de colocação de brincos é um outro serviço listado que podem ser desenvolvidos por farmacêuticos, porém, a farmácia analisada não executa perfuração de lóbulo auricular (BRASIL, 2009). 22 3.2.5 Acompanhamento farmacoterapêutico Em relação ao acompanhamento farmacoterapêutico constatou-se que não é feito, portanto não atende a este critério. A falta deste serviço é um ponto negativo pois a farmacoterapia tem o foco na obtenção e na manutenção de resultados terapêuticos visando a continuidade do cuidado, é importante para prevenir, recuperar e tratar os problemas que podem afetar a saúde da população, tendo em vista que com o passar do tempo o fácil acesso a informações, como por exemplo na internet, pode vir a ocasionar danos à saúde do paciente quando este usa os medicamentos de forma inapropriada, gerando inúmeros problemas como excesso de tratamento em problemas simples, tratamento incorreto em doenças mais graves, uso irregular de antimicrobianos e fuga ao tratamento, portanto, foca-se na avaliação dos resultados terapêuticos e na orientação da correta utilização dos medicamentos (AIZENSTEIN, 2016; CORRER E OTUKI, 2013). O acompanhamento farmacoterapêutico auxilia e muito principalmente os pacientes portadores das doenças crônicas dentre elas diabetes e hipertensão onde o uso de medicamentos ocorre durante toda a vida, caso esse paciente não faça uso do medicamento pode acarretar sérios problemas, portanto a fuga do tratamento é um dos problemas que podem ser sanados pela atividade da farmacoterapia que é essencial na promoção de saúde para a população (FERREIRA E MELO, 2016). 3.2.6 Indicação terapêutica em transtornos menores A indicação terapêutica ocorre com frequência, sempre surgem clientes com algum sintoma de gravidade menor como: dores em geral, alergias, problemas digestivos, inflamações, micoses, acnes, dentre outros, eles podem estar em busca apenas de uma orientação simples para tratar o problema. Em muitos casos, e com uma certa frequência, os pacientes só contam com a dispensação como única forma de contato com um profissional de saúde, portanto, neste tipo de situação o farmacêutico participa diretamente na escolha do medicamento, no tratamento do transtorno ou no encaminhamento para outro serviço em saúde (CORRER E OTUKI, 2013). 23 Com base nisso observou-se que a farmácia comunitária analisada segue um procedimento claro neste tipo de situação, a seguir foi elaborada a figura 2 que demonstra o fluxo de atendimento em caso de pacientes que procuram orientações e indicação para tratar seus problemas. Figura 2 - Fluxo de orientação e indicação farmacêutica em transtornos menores realizado na farmácia comunitária analisada Fonte – Levantamento de dados realizado pelo autor, 2021. O transtorno menor, é caracterizado por dor aguda de baixa gravidade e período breve, tendendo a evoluir sem maiores danos podendo ser tratada seguramente como medicamentos ou outro meio de finalidade terapêutica. A farmácia atende plenamente a atribuição, o farmacêutico está sempre disposto a realizar as devidas orientações e apto na tomada de decisão em relação a que tipo de ação deve ser considerada, farmacológica, não-farmacológica e encaminhamento ao médico, como está elaborado na figura 2 a sequência seguida no momento da orientação (CFF, 2013). 24 3.3 ATRIBUIÇÕES ADMINISTRATIVAS 3.3.1 Fluxo, fracionamento e intercambialidade de produtos A farmácia segue todo procedimento necessário durante aquisição de produtos e insumos para o estabelecimento, possuindo uma clara orientação em relação as etapas a serem seguidas. o Aquisição Para aquisição as necessidades são observadas pelo farmacêutico e auxiliar de farmácia que sempre verificam as prateleiras onde é possível perceber o fluxo de produtos, aliado a isso existe uma planilha de falta de produtos que fica disponível no balcão para anotação dos itens que não tem no estoque. Também, geralmente a cada dois dias é emitido um relatório de estoque no sistema para identificar os produtos zerados ou com estoque baixo,e procede o pedido com base no limite mínimo que é definido previamente e vem a embasar as compras. Os medicamentos e insumos geralmente são adquiridos de 11 fornecedores previamente avaliados em relação a documentação de regularidade junto à ANVISA, alguns pedidos são feitos por telefone outros comparecem ao local para emissão presencial. o Recebimento Visando diminuir ocorrência de erros e desvios, a mercadoria é recebida na área específica e conferida volume por volume, observa-se estado geral de cada volume para identificar prováveis avarias, confere-se nota fiscal identificando a razão social e número da nota fiscal para verificar se corresponde ao pedido, estando tudo correto a nota é assinada confirmando recebimento, notas de medicamentos psicotrópicos e antimicrobianos são armazenadas em pastas específicas da RDC 20/2011 ou portaria 344/98 para posterior registro. Na sequência os volumes são levados para uma área específica de conferência, onde, são disponibilizados sobre os paletes e posteriormente realizada conferência item a item de forma manual, confere-se quantidade, data de fabricação, validade, legibilidade do lote, fabricante, integridade da embalagem se está em bom 25 estado, as condições em geral, em seguida os produtos são organizados por grupos de: genéricos, similares, referência e perfumaria. Em relação a conferência de medicamentos psicotrópicos e antimicrobianos difere um pouco, são conferidos pelo farmacêutico, onde, anota-se na nota fiscal os últimos números do MS (registro do Ministério da Saúde) de cada produto para confirmar no sistema no momento da entrada, evitando erros de estoque. o Armazenamento O armazenamento é feito diretamente nas prateleiras utilizando o sistema PEPS – primeiro que entra, primeiro que sai, geralmente não se utiliza o estoque para armazenamento, como o fluxo de aquisição leva em conta as vendas sempre tem espaço suficiente para armazenamento destes nos seus locais específicos. Os medicamentos de referência são guardados em ordem alfabética respeitando o nome comercial, os genéricos também em ordem alfabética do princípio ativo, os similares são armazenados em ordem alfabética, porém, separados por laboratório, perfumaria na parte externa do balcão separados por categoria. Psicotrópicos e antibióticos são guardados pelo farmacêutico, onde, os antibióticos são dispostos em prateleiras em locais reservados e identificados, já os psicotrópicos são dispostos em armário com chave, são identificados e separados por ordem alfabética. Existem também um local específico para armazenar os produtos com validade próxima como é determinado. o Conservação e monitoramento A farmácia não trabalha com termolábeis, portanto, não possui geladeira para conservação destes, os medicamentos estão sempre organizados nas prateleiras respeitando o espaço entre eles, distância de teto, chão e paredes, em ambiente climatizado. O controle da temperatura é realizado diariamente e em dois momentos, onde, anota-se data, hora, temperatura e umidade em uma tabela de mapa de controle, com isso, prevenindo variações de temperatura e umidade fora da faixa permitida o que poderia vir a prejudicar a medicação, as validades também são monitoradas, quando constatado produto próximo ao vencimento são separados, identificados e direcionados para o local próprio para eles. Diante do que foi exposto pode-se concluir que a farmácia analisada consegue atender os requisitos para comercialização e dispensação de produtos 26 preconizados na RDC 44/2009 em suas seções I – Dos Produtos com Dispensação ou Comercialização Permitidas, II – Aquisição e recebimento, III – Das Condições de Armazenamento e IV – Da Organização e Exposição de Produtos (BRASIL, 2009). o Fracionamento O fracionamento de medicamentos não é utilizado na farmácia, portanto não executa tal atribuição, esse fracionamento é definido como sendo a individualização da embalagem sem contato do mesmo com meio externo, para tornar viável a dispensação na quantidade prescrita pelo médico, esta prática é inerente exclusivamente ao profissional farmacêutico estando preconizada na RDC n° 80 de 11 de maio de 2006, nela são estabelecidas que farmácias e drogarias podem fracionar medicamentos partindo de embalagens produzidas que foram desenvolvidas para esta finalidade, devendo para isso que sejam mantidas as características do produto original (BRASIL, 2006). O ato do fracionamento ajudaria no sentido de evitar que uma sobra de medicamentos de um tratamento anterior fique acessível expondo pessoas aos efeitos adversos e intoxicações ocasionadas pela prática da automedicação, diminuiria também o descarte incorreto que prejudica o meio ambiente (BRASIL, 2020). o Intercambialidade Como a farmácia possui uma quantidade grande de medicamentos genéricos e similares o farmacêutico está sempre atento as listas de intercambialidade que são publicadas pela ANVISA a cada três meses o que vem a facilitar o processo de venda, a farmácia respeita a regra da intercambialidade, executando o procedimento sempre atento ao estabelecido em lei, promovendo a troca de referência por similar ou referência por genérico ou vice e versa, caso o médico defina que não pode substituir, com informação prévia na prescrição a intercambialidade não é realizado (BRASIL, 2014a). 3.3.2 Relativos aos procedimentos o POP e Manual de Boas Práticas em Farmácias 27 Durante levantamento dos arquivos foi identificado a existência da pasta que contém documentos de Procedimento Operacional Padrão (POP), os documentos estão disponíveis em local de fácil e rápido acesso para consulta. Os achados foram de guias na orientação dos seguintes procedimentos: aquisição de mercadoria, recebimento de mercadoria, armazenamento e reposição de mercadoria, dispensação de medicamentos da portaria 344/2009, dispensação de medicamentos da RDC 471/21, exposição e organização dos produtos comercializados, condições de transporte/entrega, medicamentos próximos ao vencimento, medicamentos vencidos, temperatura e humidade do ambiente. POP - PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (LISTA) POP n° Descrição 01 Aquisição de mercadoria 02 Recebimento de mercadoria 03 Armazenamento e reposição de mercadoria 04 Dispensação de medicamentos da portaria 344/2009 05 Dispensação de medicamentos da RDC 471/2021 06 Exposição e organização dos produtos comercializados 07 Condições de transporte/entrega 08 Medicamentos próximos ao vencimento 09 Medicamentos vencidos 10 Temperatura e umidade do ambiente 11 Limpeza e sanitização dos ambientes 12 Limpeza da caixa d’água 13 Aplicação de injetáveis 14 Procedimento para ocorrência de acidentes de trabalho 15 Procedimento para aferição da pressão arterial 16 Procedimento para aferição da glicemia capilar 17 Procedimento para perfuração de do lóbulo auricular para colocação de brincos 18 Medidas tomadas para enfrentamento da pandemia por COVID-19 Quadro 3 - Lista de documentos POP Fonte – Levantamento de dados realizado pelo autor, 2021. Em cada documento de POP são dispostos itens como: objetivos, áreas envolvidas, responsabilidades, material necessário e procedimentos que devem ser adotados pelo responsável em executar a determinada atividade. Também foi 28 identificado a presença do Manual de Boas Práticas que é essencial para assegurar a qualidade e segurança dos produtos e serviços com finalidade de melhorar a qualidade de vida dos usuários. Portanto atende o que é estabelecido na resolução 499/2008 do CFF e na RDC 44/2009 ANVISA que estabelece e relaciona os POPs que uma farmácia comunitária deve possuir para orientação e guia em seus procedimentos (BRASIL, 2009; CFF, 2008). o PGRSS – Programa de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde A farmácia possui o programa dePlano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) sendo ele parte integrante do processo de licenciamento ambiental. No documento estava bem estabelecido o objetivo, suas definições de segregação, acondicionamento, identificação, transporte interno, armazenamento temporário, coleta e transporte externo, destinação final, também, consta a classificação dos resíduos em grupos (A, B, C, D e E). A farmácia tem o termo de referência do PGRSS onde é identificado o estabelecimento gerador, o farmacêutico responsável, o tipo e a quantidade de resíduos estimados e as orientações de manuseio, acondicionamento, coleta, tratamento, armazenamento e destinação final dos resíduos, junto a ele estava o contrato de prestação do serviço com a empresa local responsável e a primeira via do último manifesto de transporte de resíduos (MTR) realizado. Portanto o local executa o PGRSS de forma correta e total, obedecendo a RDC N° 222 da ANVISA que regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências (BRASIL, 2018). o Treinamentos Na farmácia o programa de treinamento para qualificação dos funcionários existe, durante a pesquisa foi identificado o documento que orienta o procedimento, tal programa tem objetivo claro de definir os itens que devem ser abordados nos treinamentos para manutenção dos conhecimentos, garantia da manipulação correta e segurança, define como responsável o farmacêutico e dispõe dos materiais e procedimentos que devem seguir, define formatação da apresentação e horários. Quando ocorre a contratação de um novo funcionário ele é treinado antes de iniciar suas atividades, ocorrem também treinamentos periódicos, com isso, em relação aos treinamentos o farmacêutico executa a atribuição (CRF-PR, 2016). 29 o Manutenção de aparelhos Durante coleta de informações não foi possível identificar documento de manutenção do equipamento de verificação de pressão nem glicosímetro, devido o tempo de uso deles não ter atingido necessidade de manutenção, porém, observou- se que é de conhecimento do farmacêutico da obrigação de realização de calibração e manutenção quando exigido, como manda a lei, com isso pode-se concluir que o farmacêutico conhece a obrigação referente a esta atribuição (BRASIL, 2009). o Verificação, conferência e dispensação de antimicrobianos e psicotrópicos No processo de dispensação de psicotrópicos e antibióticos a farmácia analisada cumpre efetivamente todas as etapas necessárias para a correta dispensação. O auxiliar de farmácia sob supervisão do farmacêutico ou o próprio farmacêutico analisa a prescrição para saber se o receituário está de acordo com a medicação prescrita, se está legível, validade da receita, rasuras, caso algum problema na prescrição venha a impedir a dispensação o farmacêutico orienta que o cliente procure o médico para correção do problema. Para antibióticos as duas vias são carimbadas e são adicionados dados como sexo do paciente, idade, medicação dispensada, apresentação, quantidade e lote, a primeira via fica com o cliente e a segunda via com a farmácia que armazena na pasta de antibióticos para posterior análise e triagem antes da inclusão no sistema. No caso dos psicotrópicos a primeira via é carimbada e retida, a segunda via fica com o cliente, receituários tipo B só possuem uma via que fica retida, nestas são colocados dados como identidade, nome do comprador, endereço, medicação dispensada, apresentação, quantidade e lote, em seguida as receitas são armazenadas em pastas específicas para posterior conferência e o sistema é alimentado com as informações da dispensação. A dispensação de medicamentos sujeitos a controle é tida como uma validação onde o farmacêutico é corresponsável verificando erros legais, através da orientação de parâmetros básicos de posologia, indicação e contraindicações, erros de dispensação podem ocorrer produzindo danos ao paciente gerando culpa no farmacêutico e podendo gerar processos judiciais, portanto, é muito importante ter um claro controle do processo e estar atento aos procedimentos (CORRER E OTUKI, 2013). 30 o SNGPC – Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados O sistema utilizado na farmácia é integrado ao Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) criado em 2007, onde, farmacêutico consegue controlar e monitorar entradas e saídas de medicamentos sujeitos a controle especial inerentes à portaria 344/1998, atualmente existe a escrituração obrigatória eletrônica, onde os dados devem ser transmitidos obrigatoriamente para ANVISA em períodos específicos. Foi possível observar no sistema que são realizadas as escriturações dos medicamentos no SNGPC, emissão dos balancetes com respectivo envio para a Vigilância Sanitária, portanto a função de controle do SNGPC é realizada plenamente (BRASIL, 1998b; BUSATO, 2014). 3.3.3 Legislação Foi possível observar que o farmacêutico possui conhecimento das legislações em vigor, como a lei 13.021 que dispões sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas, inerentes a farmácia e responsabilidades do farmacêutico (BRASIL, 2014b), conhece e realiza as boas práticas de farmácias e drogarias (BRASIL, 2009), tem total conhecimento sobre o código de ética do profissional farmacêutico dispostos na resolução n° 711 do Conselho Federal de Farmácia (BRASIL, 2021), estão expostos em local visível ao público o Alvará Sanitário, Certidão de Regularidade Técnica e a Autorização de Funcionamento da Empresa (AFE) da ANVISA (Brasil, 2009) . O farmacêutico sabe que é responsável por tudo que ocorre na farmácia, preza sempre pela escrituração da empresa, observando a manutenção correta da documentação necessária para seu funcionamento, está atento as novidades, determinações da ANVISA e do Conselho Regional e Federal de Farmácia, durante todo horário de funcionamento o farmacêutico está presente no local. De acordo com o CFF (2014) podemos encontrar em seu capítulo I - dos princípios fundamentais, no artigo 4° onde expõe que: “O farmacêutico responde individual ou solidariamente, ainda que por omissão, pelos atos que praticar, autorizar ou delegar no exercício da profissão”. Portanto o profissional preparado 31 deve conhecer as leis, cumprir e fazer cumprir onde o código de ética deve ser utilizado como orientação nas ações visando melhoria dos serviços que vai resultar em uma maior valorização da profissão (CRF-PR. 2016). De acordo com toda documentação já detalhada no presente estudo podemos concluir, portanto, que em relação a legislação o farmacêutico responsável técnico do local cumpre com esta atribuição. 3.3.4 Administrativo financeiro O sistema usado na farmácia auxilia no controle administrativo financeiro fornecendo meios para agilizar os processos, melhorar as vendas, aumentar margens de lucro, como já foi dito está integrado ao SNGPC ajudando no controle e manutenção dos produtos controlados, possui ferramentas como controle de estoques, gestão financeira e integração bancária, que direcionam a gestão. No sistema também estão disponibilizadas algumas funcionalidades essenciais, como: compras, frente de caixa que ajuda na prioridade de vendas, no aumento de vendas através da venda adicional, integração tributária orientando no pagamento de impostos, farmacêutico e gestor do local analisado mantém todo controle de pagamentos a realizar, pagamentos realizados e recebimentos no sistema e em arquivos. Portanto com o uso da tecnologia para agilizar os processos aliado ao saber do gestor em assegurar a eficiência e eficácia neste cenário atual, vai estar conseguindo realizar seu papel no âmbito administrativo financeiro (MAXIMIANO, 2006). O farmacêutico estando atento aos aspectos administrativos na farmácia e seu financeiro,aliado aos métodos e técnicas específicas para o objetivo organizacional revela o verdadeiro desempenho da farmácia na visão de empresa. O financeiro quando bem administrado pode direcionar a gestão ao sucesso na obtenção de metas enquanto farmácia comercial (CFF, 2010). Diante do que foi exposto o farmacêutico consegue cumprir com os atributos administrativos financeiros do estabelecimento, tendo controle sobre a gestão da farmácia. 32 4 CONCLULSÃO Diante dos dados obtidos pode-se concluir que o estudo conseguiu fazer o levantamento das atribuições identificadas e a verificação da efetiva execução, onde, na farmácia comunitária analisada foi possível perceber que em relação as atribuições de cuidados farmacêuticos, atende plenamente os itens de aferição de parâmetros fisiológicos, administração de medicamentos e indicação terapêutica em transtornos menores, atende parcialmente a aferição de parâmetros bioquímicos e não atende os itens de atendimento farmacêutico domiciliar e acompanhamento farmacoterapêutico. Em relação a atribuições administrativas só não atende a atribuição de fracionamento de medicamentos, atendendo as demais atribuições listadas. Desta forma é possível analisar e entender que é importante este tipo de estudo onde é possível observar e comprovar a real execução das atividades essenciais para que a farmácia comunitária consiga atingir seu papel de estabelecimento de saúde ao mesmo tempo que consegue se manter como organização empresarial em um mercado altamente competitivo. É importante destacar as atribuições não executadas pela farmácia como a falta dos serviços de farmacoterapia, atendimento farmacêutico domiciliar e fracionamento de medicamentos, tais serviços são de grande relevância na obtenção dos objetivos, cada um com sua característica na promoção de saúde e com diversas possibilidades de gerar benefícios para a empresa. De uma forma geral foi possível entender que quando o profissional farmacêutico está à frente de uma farmácia comunitária, este possui várias atribuições e responsabilidades, onde tudo que acontece no estabelecimento, desde a aquisição e recebimento de mercadorias até a dispensação e administração de medicamentos, bem como documentações e regularizações frente as legislações pertinentes é de sua responsabilidade, todos estes aspectos são norteados principalmente pelo Código de Ética, pela RDC 44/2009 e pela lei 13.021/2014. 33 REFERÊNCIAS ABRAFARMA. Portal ABRAFARMA, 2021. Página inicial. Disponível em:<https://www.abrafarma.com.br/>. Acesso em: 05 de dezembro de 2021. AIZENSTEIN, M. L. Fundamentos para o uso racional de medicamentos. São Paulo: Artes Médicas, 2016. ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2001. ANVISA – AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Parcerias para diminuir o mau uso de medicamentos. Revista Saúde Pública, 2006; 40(1):191-4. BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução n°499, de 17 de dezembro de 2008. Dispõe sobre a prestação de serviços farmacêuticos, em farmácias e drogarias, e dá outras providências. 2008. BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução n°585, de 29 de agosto de 2013. Ementa: Regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências. 2013. BRASIL. Diário Oficial da união. Resolução n° 711 de 30 de julho de 2021. Dispõe sobre o Código de Ética Farmacêutica, O código de Processo Ético e estabelece as infrações e as regras de aplicações das sanções disciplinares. Brasília, 2021. BRASIL. Ministério da Saúde. Lei n° 3.916 de 30 de outubro de 1998. Dispõe sobre a política nacional de medicamentos. Brasília, 1998a. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n° 344 de 12 de maio de 1998. Aprova o regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. 1998b. https://www.abrafarma.com.br/ 34 BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Medicamentos. Brasília, 2001a. BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução n° 357 de 20 de abril de 2001. Ementa: Aprova o regulamento técnico das Boas Práticas de Farmácia. 2001b. BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução n°338, de 06 de maio de 2004. Dispõe sobre aprovação da política nacional da assistência farmacêutica. Brasília, 2004. BRASIL. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC n° 80 de 11 de maio de 2006. Brasília, 2006. BRASIL. Ministério da saúde, Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. RDC n°44, de 17 de agosto de 2009. Dispõe sobre boas práticas farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências. Brasília, 2009. BRASIL. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. RDC n° 58 de 10 de outubro de 2014. Dispõe sobre as medidas a serem adotadas junto a Anvisa pelos titulares de registro de medicamentos para a intercambialidade de medicamentos similares com o medicamento de referência. Brasília, 2014a. BRASIL. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. RDC n° 222 de 28 de março de 2018. Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências. 2018. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, A. N. D. V. S. gov.br. gov.br, 2020. Disponivel em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/medicamentos/fracionamento. Acesso em: 21 dez. 2021. BRASIL. Presidência da república, Casa Civil. Lei n° 13.021, de 08 de agosto de 2014. Dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas. 2014b. https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/medicamentos/fracionamento 35 BUSATO, Jeferson Guilherme; PAULA, Cristiane da Silva. SIBUTRAMINE DISPENSING EVALUATION BY PHARMACY IN THE TOWN OF ALMIRANTE TAMANDARÉ – PR. Visão Acadêmica, [S.l.], v. 15, n. 3, set. 2014. ISSN 1518- 8361. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/academica/article/view/39993/24442>. Acesso em: 21 dez. 2021. doi:http://dx.doi.org/10.5380/acd.v15i3.39993. CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. DADOS 2020. Disponível em: https://www.cff.org.br/pagina.php?id=801&menu=801&titulo=Dados+2020. Acesso em 18 de dezembro de 2021. CFF – CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Atividades do Farmacêutico na Farmácia Comunitária. Brasília, 2009. Disponível em: <https://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/122/encarte_farmAcia_comunitAria. pdf>. Acesso em: 12 de dezembro de 2021. CFF – CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Aspectos Práticos da Administração farmacêutica na Farmácia Comunitária. Brasília, 2010. Disponível em: < https://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/126/encarte_farmAcia_comunitAria_ pb76.pdf>. Acesso em: 12 de dezembro de 2021. CFF – CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução n° 386 de 12 de novembro de 2002. Ementa: Dispõe sobre as atribuições do farmacêutico no âmbito da assistência domiciliar em equipes multidisciplinares. 2002. CFF- CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução do Conselho Federal de Farmácia n° 585 de 29 de agosto de 2013. Regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências. Brasília, 2013. CFF – CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução n° 596 de 21 de fevereiro de 2014. Dispõe sobre o Código de Ética Farmacêutica, o Código de Processo Ético e estabelece as infrações e as regras de aplicação das sanções disciplinares. Brasília, 2014. https://revistas.ufpr.br/academica/article/view/39993/24442 http://dx.doi.org/10.5380/acd.v15i3.39993 https://www.cff.org.br/pagina.php?id=801&menu=801&titulo=Dados+2020 https://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/122/encarte_farmAcia_comunitAria.pdf https://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/122/encarte_farmAcia_comunitAria.pdf36 CORRER, C. J.; OTUKI, M. F. A prática farmacêutica na farmácia comunitária. Porto Alegre: Artmed Editora, 2013. CRF-PR – CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO PARANÁ. Farmácia Comunitária (dispensação de medicamentos): Guia da profissão farmacêutica. Paraná, 2016. ISBN: 978-85-63817-06-8. Disponível em: < https://www.crf- pr.org.br/uploads/revista/28748/yytuqsD-_6pQy4fpaPCvbkoHMBBZfJke.pdf>. Acesso em: 05 de dezembro de 2021. FERREIRA, Vinicius Lins; MELO, Maria Ladjane Sodré de. IMPORTANCE OF PHARMACOTHERAPY FOLLOW-UP ON HEALTH: A LITERATURE REVIEW. Visão Acadêmica, [S.l.], v. 17, n. 1, ago. 2016. ISSN 1518-8361. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/academica/article/view/45840/28858>. Acesso em: 20 dez. 2021. doi:http://dx.doi.org/10.5380/acd.v17i1.45840. MARCONI, Maria De Andrade; Lakatos, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2007. MAXIMIANO, A. C. A. Teoria Geral da Admnistração: da revolução urbana à revolução digital. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2006. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Conferência Mundial sobre Uso Racional de Medicamentos. Nairobi, 1985. SANTIN, Patrícia Oliveira Rocha; VIRTUOSO, Suzane; DE OLIVEIRA, Simone Maria Menegatti. FARMÁCIA DOMICILIAR: UMA CAIXA DE SURPRESAS.. Visão Acadêmica, [S.l.], dez. 2007. ISSN 1518-8361. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/academica/article/view/11672>. Acesso em: 20 dez. 2021. doi:http://dx.doi.org/10.5380/acd.v8i2.11672. SATURI, P. M.; FILHO, A. C. G.; MOREIRA, C. B. Empreendedorismo em farmácias e drogarias: o perfil dos profissionais da cidade de Guarapuava/Pr. Convibra, Guarapuava, v.1, p. 1-18, 2009. https://www.crf-pr.org.br/uploads/revista/28748/yytuqsD-_6pQy4fpaPCvbkoHMBBZfJke.pdf https://www.crf-pr.org.br/uploads/revista/28748/yytuqsD-_6pQy4fpaPCvbkoHMBBZfJke.pdf https://revistas.ufpr.br/academica/article/view/45840/28858 http://dx.doi.org/10.5380/acd.v17i1.45840 https://revistas.ufpr.br/academica/article/view/11672 http://dx.doi.org/10.5380/acd.v8i2.11672 37 SESA. Secretaria da Saúde, Governo do Estado do Ceará. SAÚDE.CE.GOV.BR, 2018. Disponível em: https://www.saude.ce.gov.br/2018/04/25/boas-praticas- colaboram-para-a-prevencao-e-controle-da-hipertensao-arterial/ . Acesso em: 23 dez 2021. SOARES L. et al. (Orgs.). Assistência Farmacêutica no Brasil: Política, Gestão e Clínica. Gestão para fazer acontecer; v.2. Florianópolis: EdUFSC, 2016. YIN, Robert K. Estudo de caso: Planejamento e métodos. 2. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. https://www.saude.ce.gov.br/2018/04/25/boas-praticas-colaboram-para-a-prevencao-e-controle-da-hipertensao-arterial/ https://www.saude.ce.gov.br/2018/04/25/boas-praticas-colaboram-para-a-prevencao-e-controle-da-hipertensao-arterial/ ee55df9703fcd19db37800c22385c4d34d3e73dc6b89c9fb792be177c4d30f39.pdf 431307bc67594fd396e8c96d42b08f6dcc72c6538ed6f9afd4b8bad9b2ea867a.pdf ee55df9703fcd19db37800c22385c4d34d3e73dc6b89c9fb792be177c4d30f39.pdf
Compartilhar