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O Que Faz Um Engenheiro De Produção? A Engenharia de Produção é o setor responsável por otimizar processos e sistemas de todos os setores que fabricam um produto e/ou serviço. Nela, são eliminados desperdícios ocorridos nos trabalhos de produção por meio da aplicação de técnicas eficientes para melhor utilizar máquinas, materiais, informações, energia e quadro de funcionários. É o curso ideal para quem busca uma área com inúmeras possibilidades de atuação no mercado, pois o graduado adquire habilidades para atuar em vários setores. Ficou curioso sobre essa profissão? Então confira no post que fizemos especialmente para você o que faz um Engenheiro de Produção, bem como alguns detalhes que fazem dessa profissão uma das mais escolhidas da Engenharia. Acompanhe! O que é um Engenheiro de Produção? Esse profissional é a essência de qualquer setor empresarial. Ele é responsável pelo gerenciamento dos recursos humanos, materiais e financeiros das organizações em geral. A formação do egresso associa, além da engenharia, técnicas avançadas de administração e economia, tornando-o hábil para adotar posturas e aplicar métodosque melhorem as atividades logísticas, financeiras e comerciais das companhias. Em outras palavras, ele define qual a melhor maneira de integrar a mão de obra, máquinas e matérias-primas, aumentando a produtividade nas áreas em que esse profissional atua. Quais as funções do engenheiro de produção? Dado ao amplo conhecimento do egresso em Engenharia de Produção, ele gerencia diversas atividades. Veja a seguir quais as funções do engenheiro e como são feitas as suas tomadas de decisão. Otimiza o desempenho organizacional Esse gerenciamento está voltado em medir e comparar resultados, executando estratégias de correção a fim de melhorar o desempenho da empresa. Para isso, o engenheiro responsável por essa administração realiza o planejamento estratégico da organização, estabelecendo diretrizes, metas e estratégias. Todas as ações devem buscar constantemente a melhoria do desempenho do produto ou serviço. Com o planejamento bem definido, é possível verificar o desempenho global da companhia e dos seus setores. Gerencia as informações da empresa A informação é essencial para reduzir as incertezas dos ciclos produtivos e otimizar os processos de decisão. O engenheiro de produção deve utilizar da melhor forma possível os dados a ele fornecidos a fim de otimizar todas as atividades da empresa em que trabalha. A informação deve ser relevante, assertiva e seu gerenciamento deve ter um custo apropriado com a realidade da instituição. Melhora o desempenho produtivo e financeiro Com as informações relevantes obtidas pelo profissional, ele deve aplicar técnicas para modelar os processos corporativos da empresa através da gestão do conhecimento. Trata-se de um processo articulado e sistemático pelo qual gera, codifica e usa apropriadamente os conhecimentos adquiridos. Essa busca acontece devido às habilidades do profissional da área que aplica as disciplinas por ele aprendidas, otimizando o desempenho organizacional e financeiro da companhia. Atua na área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) É um dos setores mais investidos pelas empresas, pois é nele que surgem os métodos para otimizar a produção e as margens de lucros das mesmas. A área de P&D visa fazer um exame para desenvolver um produto e/ou serviço, encontrando formas de otimizá-los. Em seguida, parte-se para o desenvolvimento do novo insumo. A função do profissional é estar atento em trazer novos métodos, programas e equipamentos que aumentem os lucros e reduzem as despesas totais da empresa. Otimiza a Gestão da Qualidade O profissional atua no planejamento, garantia e controle dos processos produtivos, assegurando melhor qualidade dos seus trabalhos pelas organizações produzidos. Com uma gestão de qualidade apropriada, consegue-se estabelecer objetivos, métodos e instrumentos que evitam erros que prejudicam a eficiência do que foi produzido. Nesse caso, o engenheiro de produção realiza as seguintes atividades relacionadas à qualidade: • Normalização e certificação; • Controle estatístico; • Organização metrológica; • Confiabilidade dos equipamentos, maquinário e produtos e/ou serviços; • Testar a qualidade daquilo que foi fabricado. Quais os setores de atuação? Com tantas atividades desenvolvidas por quem se forma no curso, fica claro que há muitos setores em que o Engenheiro de Produção atua, a saber: • Indústrias automotivas, equipamentos de construção, eletrodomésticos, etc. • Empresas que prestam quaisquer tipos de serviços de transportes aéreo ou marítimo, construção, consultoria em qualidade, hospitais, dentre outros. • Empresas públicas como Correios, Petrobras, agências de energia (ANEEL, por exemplo), Agência Nacional de Petróleo, BNDEs, etc. • Bancos privados, como analista de finanças e investimentos. Qual a média salarial da profissão? Por ter uma série de atributos, os cargos dos engenheiros de produção costumam prover excelentes salários de mercado, cujos ganhos iniciais estão acima de R$ 4.000,00. O Instituto Datafolha realizou uma pesquisa sobre as funções e salariais. São médias e os valores não são rigidamente definidos. Os salários são: • Chefe de controle e qualidade: R$ 7.599,20 • Chefia de produção: R$ 7.220,30 • Coordenação de projetos: R$ 10.037,40 • Supervisor de engenharia: R$ 9.639,60 • Gerência de controle e qualidade: R$ 12.207,10 • Gerente de indústria: R$ 13.376,50 • Gerenciamento e planejamento de controle da produção: R$ 12.684,70 • Gerência de projetos: R$ 14.115,40 • Gerência de engenharia e projetos: R$ 15.229,60 • Diretor de indústria: R$ 27.182,60 Ficou claro o que faz um Engenheiro de Produção? Você ficou ainda mais interessado em fazer algo tão incrível para o seu caminho profissional? Deixe o seu comentário e venha participar da conversa. Engenharia de Produção: o que é e o que faz? AUTOR FSG PUBLICADO 16 DE MARÇO DE 2017 COMENTÁRIO 0 O curso de Engenharia de Produção lida com a interação de homens, materiais, equipamentos e processos, encarando-os como recursos para a realização da atividade produtiva. Ao iniciar a carreira no mercado de trabalho para engenharia de produção, em geral, o profissional recém-formado vai para a indústria trabalhar com qualidade, processos de fabricação ou PCP (planejamento e controle da produção). Uma empresa contrata engenheiro de produção também para atuar na área de finanças e pesquisa. Além dessas oportunidades, têm os casos em que os profissionais abrem o próprio negócio. A Engenharia de Produção surge no momento em que o trabalhador, além de criar e produzir o produto passa a se preocupar em organizar, mecanizar e aperfeiçoar a sua produção, deixando-a assim mais lucrativa. A Revolução Industrial iniciada no século XVIII trouxe consigo as máquinas e consequentemente a dificuldade em se gerenciar os processos de produção. Com o tempo, grandes nomes como Frederick Winslow Taylor e Henry Ford deixaram suas marcas na história, ao inspirarem diversos sistemas de produção, dentre eles o Sistema Fordista e o Sistema Toyota de Produção. Mercado de trabalho para engenharia de produção e concorrência O Engenheiro de Produção é indispensável em uma organização que tenha como objetivos aumentar a sua produtividade, tanto quantitativa quanto qualitativa. Ao unir conhecimentos de administração, economia e engenharia para desenvolver o trabalho, aprimorar técnicas de produção e controlar as atividades financeiras, logísticas e comerciais das empresas, acaba por se tornar um profissional completo e único. O perfil multidisciplinar deste engenheiro, que une a matemática e a lógica para encarar problemas de maneira global, abre um leque muito grande de oportunidades de trabalho, uma vez que compreende todo o processo produtivo. Essas características dão margem para o surgimento de vagas não apenas na indústria, mas também em empresas prestadoras de serviço, lojas de varejo, área de turismo, finanças, telecomunicação, saúde, entre outras. O mercado de trabalho para engenharia deprodução muitas vezes coloca profissionais de áreas completamente distantes para competir pela mesma vaga. Mesmo não possuindo a mesma formação técnica que os Engenheiros de Produção, alguns Administradores e Engenheiros Mecânicos, por exemplo, se tornam concorrentes diretos. Logo, o Engenheiro de Produção deve estar sempre atento às necessidades e oportunidades do mercado, além da sua própria formação, já que pode atuar em todos os segmentos do mercado de trabalho. Contudo, ao considerar o estado atual de compressão do mercado de engenharia no Brasil, o mercado de Engenharia de Produção é sem sombra de dúvida o que mais lucra. Estes profissionais vêm obtendo boas colocações no mercado especialmente em função do seu perfil, que coincide com o que se está exigindo nos dias de hoje: sólida formação científica e visão geral suficiente para encarar os problemas de modo global. Além do mercado clássico formado por sociedades industriais, altamente instáveis e condicionadas à estabilidade econômica, uma série de esferas passaram a procurar estes profissionais, tais como empresas e organizações focadas em finanças, telecomunicações e informática. O dinamismo e seu alto crescimento marcam estes setores que têm crescido mesmo quando a economia como um todo tem se estagnado, tornando-as extremamente promissoras em um futuro próximo. A ABEPRO (Associação Brasileira de Engenharia de Produção) disponibiliza constantemente oportunidades de emprego em todo o território brasileiro para as diversas áreas relacionadas à Engenharia de Produção. A associação ainda anuncia vagas de estágio, promovendo assim a Engenharia de Produção no país. Engenharia de produção: o perfil do profissional O engenheiro de produção deve ter características como: espírito empreendedor, comprometimento, saber trabalhar em equipe, gostar de estudar além de ter uma postura global, que o ajudará a evoluir na carreira.O profissional formado deve estar sempre em busca de novos cursos de especialização e aperfeiçoamento. Dar sequência aos estudos, seja através de um mestrado ou doutorado, é fundamental para ganhar credibilidade no mercado de trabalho. Para o Engenheiro de Produção ter sucesso em sua carreira, é indispensável que ele seja empreendedor e comprometido com os resultados da empresa. Saber trabalhar em conjunto e manter-se sempre atualizado as novas tendências são atitudes que propiciam o surgimentos de novas oportunidades além, claro, de auxiliar no crescimento na carreira. Áreas da Engenharia de Produção As áreas e subáreas do conhecimento relacionadas à Engenharia de Produção que balizam esta modalidade na Graduação, na Pós-Graduação, na Pesquisa e nas Atividades Profissionais, são as relacionadas a seguir. 1. ENGENHARIA DE OPERAÇÕES E PROCESSOS DA PRODUÇÃO Projetos, operações e melhorias dos sistemas que criam e entregam os produtos (bens ou serviços) primários da empresa. 1.1. Gestão de Sistemas de Produção e Operações 1.2. Planejamento, Programação e Controle da Produção 1.3. Gestão da Manutenção 1.4. Projeto de Fábrica e de Instalações Industriais: organização industrial, layout/arranjo físico 1.5. Processos Produtivos Discretos e Contínuos: procedimentos, métodos e sequências 1.6. Engenharia de Métodos 2. LOGÍSTICA Técnicas para o tratamento das principais questões envolvendo o transporte, a movimentação, o estoque e o armazenamento de insumos e produtos, visando a redução de custos, a garantia da disponibilidade do produto, bem como o atendimento dos níveis de exigências dos clientes. 2.1. Gestão da Cadeia de Suprimentos 2.2. Gestão de Estoques 2.3. Projeto e Análise de Sistemas Logísticos 2.4. Logística Empresarial 2.5. Transporte e Distribuição Física 2.6. Logística Reversa 2.7. Logística de Defesa 3. PESQUISA OPERACIONAL Resolução de problemas reais envolvendo situações de tomada de decisão, através de modelos matemáticos habitualmente processados computacionalmente. Aplica conceitos e métodos de outras disciplinas científicas na concepção, no planejamento ou na operação de sistemas para atingir seus objetivos. Procura, assim, introduzir elementos de objetividade e racionalidade nos processos de tomada de decisão, sem descuidar dos elementos subjetivos e de enquadramento organizacional que caracterizam os problemas. 3.1. Modelagem, Simulação e Otimização 3.2. Programação Matemática 3.3. Processos Decisórios 3.4. Processos Estocásticos 3.5. Teoria dos Jogos 3.6. Análise de Demanda 3.7. Inteligência Computacional 4. ENGENHARIA DA QUALIDADE Planejamento, projeto e controle de sistemas de gestão da qualidade que considerem o gerenciamento por processos, a abordagem factual para a tomada de decisão e a utilização de ferramentas da qualidade. 4.1. Gestão de Sistemas da Qualidade 4.2. Planejamento e Controle da Qualidade 4.3. Normalização, Auditoria e Certificação para a Qualidade 4.4. Organização Metrológica da Qualidade 4.5. Confiabilidade de Processos e Produtos 5. ENGENHARIA DO PRODUTO Conjunto de ferramentas e processos de projeto, planejamento, organização, decisão e execução envolvidas nas atividades estratégicas e operacionais de desenvolvimento de novos produtos, compreendendo desde a concepção até o lançamento do produto e sua retirada do mercado com a participação das diversas áreas funcionais da empresa. 5.1. Gestão do Desenvolvimento de Produto 5.2. Processo de Desenvolvimento do Produto 5.3. Planejamento e Projeto do Produto 6. ENGENHARIA ORGANIZACIONAL Conjunto de conhecimentos relacionados à gestão das organizações, englobando em seus tópicos o planejamento estratégico e operacional, as estratégias de produção, a gestão empreendedora, a propriedade intelectual, a avaliação de desempenho organizacional, os sistemas de informação e sua gestão e os arranjos produtivos. 6.1. Gestão Estratégica e Organizacional 6.2. Gestão de Projetos 6.3. Gestão do Desempenho Organizacional 6.4. Gestão da Informação 6.5. Redes de Empresas 6.6. Gestão da Inovação 6.7. Gestão da Tecnologia 6.8. Gestão do Conhecimento 6.9. Gestão da Criatividade e do Entretenimento 7. ENGENHARIA ECONÔMICA Formulação, estimação e avaliação de resultados econômicos para avaliar alternativas para a tomada de decisão, consistindo em um conjunto de técnicas matemáticas que simplificam a comparação econômica. 7.1. Gestão Econômica 7.2. Gestão de Custos 7.3. Gestão de Investimentos 7.4. Gestão de Riscos 8. ENGENHARIA DO TRABALHO Projeto, aperfeiçoamento, implantação e avaliação de tarefas, sistemas de trabalho, produtos, ambientes e sistemas para fazê-los compatíveis com as necessidades, habilidades e capacidades das pessoas visando a melhor qualidade e produtividade, preservando a saúde e integridade física. Seus conhecimentos são usados na compreensão das interações entre os humanos e outros elementos de um sistema. Pode-se também afirmar que esta área trata da tecnologia da interface máquina – ambiente – homem – organização. 8.1. Projeto e Organização do Trabalho 8.2. Ergonomia 8.3. Sistemas de Gestão de Higiene e Segurança do Trabalho 8.4. Gestão de Riscos de Acidentes do Trabalho 9. ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE Planejamento da utilização eficiente dos recursos naturais nos sistemas produtivos diversos, da destinação e tratamento dos resíduos e efluentes destes sistemas, bem como da implantação de sistema de gestão ambiental e responsabilidade social. 9.1. Gestão Ambiental 9.2. Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação 9.3. Gestão de Recursos Naturais e Energéticos 9.4. Gestão de Efluentes e Resíduos Industriais 9.5. Produção mais Limpa e Ecoeficiência 9.6. Responsabilidade Social 9.7. Desenvolvimento Sustentável 10. EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Universo de inserção da educação superior em engenharia (graduação, pós-graduação, pesquisa e extensão) e suas áreas afins,a partir de uma abordagem sistêmica englobando a gestão dos sistemas educacionais em todos os seus aspectos: a formação de pessoas (corpo docente e técnico administrativo); a organização didático pedagógica, especialmente o projeto pedagógico de curso; as metodologias e os meios de ensino/aprendizagem. Pode-se considerar, pelas características encerradas nesta especialidade como uma “Engenharia Pedagógica”, que busca consolidar estas questões, assim como, visa apresentar como resultados concretos das atividades desenvolvidas, alternativas viáveis de organização de cursos para o aprimoramento da atividade docente, campo em que o professor já se envolve intensamente sem encontrar estrutura adequada para o aprofundamento de suas reflexões e investigações. 10.1. Estudo da Formação do Engenheiro de Produção 10.2. Estudo do Desenvolvimento e Aplicação da Pesquisa e da Extensão em Engenharia de Produção 10.3. Estudo da Ética e da Prática Profissional em Engenharia de Produção 10.4. Práticas Pedagógicas e Avaliação Processo de Ensino-Aprendizagem em Engenharia de Produção 10.5. Gestão e Avaliação de Sistemas Educacionais de Cursos de Engenharia de Produção O TESTE ABEPRO ABRE PORTAS PARA O SEU FUTURO A prova foi criada em 2008 por demanda da comunidade da Engenharia de Produção nacional para gerar informação complementar nos processos de admissão de alunos nos programas de pós-graduação. Ela fortalece o senso de comunidade da Engenharia de Produção no País e chega a sua 9ª e 10ª edições, com resultados positivos para a comunidade, já tendo acessado cerca de 2.000 alunos e aplicado em 10 locais diferentes. A próxima edição acontecerá em Junho de 2018 e você pode realizar a sua inscrição clicando aqui até às 16h do dia 30 de maio. Nossa equipe está à disposição pelo e-mail teste@abepro.org.br para tirar todas as suas dúvidas. Notas Importantes - Para acessar as edições anteriores, clique nos links abaixo: Edição Janeiro/2017 Edição Outubro/2017 Edição Fevereiro/2018 -É importante ler o edital antes de se inscrever. Acesse aqui o Edital da Edição Junho de 2018. - O valor da inscrição é de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais). Em nenhuma hipótese, haverá: (a) restituição do valor pago; ou (b) transferência para terceiros do valor pago pela inscrição; 4. MERCADO Profissionais no mercado 17.850 Exigências para atuar na profissão - Ter diploma de graduação em Engenharia de Produção. - Estar registrado no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea). Regulamentação Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, Resolução nº 280, de 24 de junho de 1983, e Resolução nº 288, de 7 de dezembro de 1983. Ganho inicial (média mensal) R$ 2 mil Ganho escalão intermediário (média mensal) R$ 5 mil Ganho no auge (média mensal) R$ 12 mil Atividades do início de carreira Em geral, o engenheiro de produção que vai para a indústria trabalha com qualidade, processos de fabricação ou PCP (planejamento e controle da produção). Evolução da profissão O profissional pode seguir por diversos caminhos na carreira profissional. Alguns vão para a indústria, outros para a área de finanças, outros, ainda, para a pesquisa ou abrem o próprio negócio. Se continuar investindo em sua formação, com mestrado, por exemplo, o profissional assume funções de gestão e direção, independente do ramo em que se encontra. Auge da carreira Entre 10 e 15 anos. Dicas - Ter espírito empreendedor, comprometimento com os resultados da empresa, saber trabalhar em equipe, manter-se sempre atualizado e ter uma postura global ajuda a evoluir com mais facilidade na carreira. - O profissional nunca deve acreditar que está totalmente formado. Cursos de especialização, de aperfeiçoamento, mestrado e doutorado sempre são muito importantes e bem-aceitos pelo mercado de trabalho. TOPO Fontes: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)/Ministério da Educação (MEC), dados de 2010; Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), dados de 2008; Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea); Catho Online Especialistas entrevistados para compor o perfil da profissão: Alexandre Massote, professor e coordenador do curso de Engenharia de Produção do Centro Universitário da FEI.; Wladmir H. Motta, coordenador do curso de Engenharia de Produção do Senai/Cetiqt; Milton Vieira Junior, professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Nove de Julho (Uninove) e vice-presidente da Associação Brasileira de Engenharia de Produção ( Abepro) A Engenharia de Produção trata do planejamento, projeto, implantação, controle e otimização de sistemas produtivos, buscando uma integração de pessoas, informações, materiais e equipamentos a fim de produzir um bem ou um serviço de modo econômico, consistente com os valores sociais vigentes e a preservação dos recursos naturais e do ambiente. Deste modo, a Engenharia de Produção pode ser exercida em praticamente todas as atividades produtivas humanas, embora sua aplicação se faça particularmente necessária na produção industrial de bens e na prestação de serviços complexos. Ela constitui o elo entre a tecnologia propriamente dita e o planejamento e gestão de sistemas produtivos, fundamentando-se nas ciências matemáticas, físicas e sociais, bem como em princípios e métodos de engenharia para especificar, prever, avaliar e melhorar os resultados obtidos por tais sistemas. O Engenheiro de Produção é, portanto, um profissional que, além de conhecimentos específicos de tecnologia, tem uma formação especial voltada para o projeto e a gestão de sistemas produtivos, atuando na interface das partes tecnológica e gerencial da Engenharia. Por este caráter de interface, existe muita confusão, mesmo entre profissionais da área, no que se refere à diferença entre Engenharia de Produção e a Administração de Empresas. Tal conflito de conceituação pode ser esclarecido quando se observa o enfoque principal destas duas ciências: enquanto a Administração centra-se, principalmente, na gestão dos processos administrativos, processos de negócio e na organização estrutural da empresa, a Engenharia de Produção concentra-se na gestão dos processos produtivos, usando métodos quantitativos para a resolução de problemas e se apoiando no conhecimento tecnológico para a compreensão dos sistemas de produção. Corroborando com esta visão, Cunha (2002), apresenta um diagrama que situa diversos cursos de engenharia e a administração relativamente à sua abrangência de conteúdos. Tais conteúdos estão divididos em três temas principais, quais sejam: Gestão do Negócio – em que são abordados temas relacionados com estratégia empresarial, gestão financeira, entre outros que se relacionam com a inserção de uma organização em um mercado; Gestão da Produção – em que se situam temas relacionados com a melhor utilização dos recursos de produção de modo a fabricar e entregar produtos ou prestar serviços em maior quantidade e qualidade, em um menor custo e tempo; Sistemas Técnicos – relacionam-se com o conhecimento clássico da engenharia, que está centrado, primordialmente, na transformação de energia de uma forma em outra (energia elétrica em movimento, e.g.). Pode-se dizer que é a aplicação científica prática dos conhecimentos das áreas de física, química e matemática. A figura mostra, ainda, que existem dois tipos de cursos de Engenharia de Produção no país: os ditos plenos e os com habilitação específica em um ramo clássico da engenharia. No Centro de Tecnologia da UFPB são ofertados os dois tipos de curso. O curso de Engenharia de Produção concentra grande parte de sua carga horária profissionalizante no estudo da gestão da produção, enfatizando os sistemas técnicos de um modo genérico e que abrange diferentes ramos da Engenharia (Mecânica, Química, Materiais, etc.). Ocurso de graduação em Engenharia de Produção Mecânica, tipo dividem essa carga entre estudo da gestão da produção e dos sistemas técnicos relacionados com a Engenharia Mecânica. A respeito da existência destes dois tipos de cursos, pode-se afirmar que no bojo da comunidade da Engenharia de Produção no país ainda não há um consenso a respeito de qual tipo de curso deve ser estimulado ou incentivado. Alguns pesquisadores afirmam que a Engenharia de Produção tem o seu corpo técnico inserido em um dos ramos clássicos da engenharia, enquanto outros afirmam que a Engenharia de Produção possui, por si só, um caráter técnico nas suas áreas de atuação. O Departamento de Engenharia de Produção da UFPB, por sua vez, posiciona-se favorável ao estímulo das duas modalidades de curso, pois acredita que cada um dos perfis profissionais tem seu espaço no mercado de trabalho e exercerão com dignidade do seu papel social de engenheiros. Áreas da Engenharia de Produção por mateus — publicado 03/10/2016 14h43, última modificação 03/10/2016 14h43 As subáreas do conhecimento relacionadas à Engenharia de Produção que balizam esta modalidade na Graduação, na Pós-Graduação, na Pesquisa e nas Atividades Profissionais, são as relacionadas a seguir. 1. ENGENHARIA DE OPERAÇÕES E PROCESSOS DA PRODUÇÃO Projetos, operações e melhorias dos sistemas que criam e entregam os produtos (bens ou serviços) primários da empresa. 1.1. Gestão de Sistemas de Produção e Operações 1.2. Planejamento, Programação e Controle da Produção 1.3. Gestão da Manutenção 1.4. Projeto de Fábrica e de Instalações Industriais: organização industrial, layout/arranjo físico 1.5. Processos Produtivos Discretos e Contínuos: procedimentos, métodos e seqüências 1.6. Engenharia de Métodos 2. LOGÍSTICA Técnicas para o tratamento das principais questões envolvendo o transporte, a movimentação, o estoque e o armazenamento de insumos e produtos, visando a redução de custos, a garantia da disponibilidade do produto, bem como o atendimento dos níveis de exigências dos clientes. 2.1. Gestão da Cadeia de Suprimentos 2.2. Gestão de Estoques 2.3. Projeto e Análise de Sistemas Logísticos 2.4. Logística Empresarial 2.5. Transporte e Distribuição Física 2.6. Logística Reversa 3. PESQUISA OPERACIONAL Resolução de problemas reais envolvendo situações de tomada de decisão, através de modelos matemáticos habitualmente processados computacionalmente. Aplica conceitos e métodos de outras disciplinas científicas na concepção, no planejamento ou na operação de sistemas para atingir seus objetivos. Procura, assim, introduzir elementos de objetividade e racionalidade nos processos de tomada de decisão, sem descuidar dos elementos subjetivos e de enquadramento organizacional que caracterizam os problemas. 3.1. Modelagem, Simulação e Otimização 3.2. Programação Matemática 3.3. Processos Decisórios 3.4. Processos Estocásticos 3.5. Teoria dos Jogos 3.6. Análise de Demanda 3.7. Inteligência Computacional 4. ENGENHARIA DA QUALIDADE Planejamento, projeto e controle de sistemas de gestão da qualidade que considerem o gerenciamento por processos, a abordagem factual para a tomada de decisão e a utilização de ferramentas da qualidade. 4.1. Gestão de Sistemas da Qualidade 4.2. Planejamento e Controle da Qualidade 4.3. Normalização, Auditoria e Certificação para a Qualidade 4.4. Organização Metrológica da Qualidade 4.5. Confiabilidade de Processos e Produtos 5. ENGENHARIA DO PRODUTO Conjunto de ferramentas e processos de projeto, planejamento, organização, decisão e execução envolvidas nas atividades estratégicas e operacionais de desenvolvimento de novos produtos, compreendendo desde a concepção até o lançamento do produto e sua retirada do mercado com a participação das diversas áreas funcionais da empresa. 5.1. Gestão do Desenvolvimento de Produto 5.2. Processo de Desenvolvimento do Produto 5.3. Planejamento e Projeto do Produto 6. ENGENHARIA ORGANIZACIONAL Conjunto de conhecimentos relacionados à gestão das organizações, englobando em seus tópicos o planejamento estratégico e operacional, as estratégias de produção, a gestão empreendedora, a propriedade intelectual, a avaliação de desempenho organizacional, os sistemas de informação e sua gestão e os arranjos produtivos. 6.1. Gestão Estratégica e Organizacional 6.2. Gestão de Projetos 6.3. Gestão do Desempenho Organizacional 6.4. Gestão da Informação 6.5. Redes de Empresas 6.6. Gestão da Inovação 6.7. Gestão da Tecnologia 6.8. Gestão do Conhecimento 7. ENGENHARIA ECONÔMICA Formulação, estimação e avaliação de resultados econômicos para avaliar alternativas para a tomada de decisão, consistindo em um conjunto de técnicas matemáticas que simplificam a comparação econômica. 7.1. Gestão Econômica 7.2. Gestão de Custos 7.3. Gestão de Investimentos 7.4. Gestão de Riscos 8. ENGENHARIA DO TRABALHO Projeto, aperfeiçoamento, implantação e avaliação de tarefas, sistemas de trabalho, produtos, ambientes e sistemas para fazê-los compatíveis com as necessidades, habilidades e capacidades das pessoas visando a melhor qualidade e produtividade, preservando a saúde e integridade física. Seus conhecimentos são usados na compreensão das interações entre os humanos e outros elementos de um sistema. Pode-se também afirmar que esta área trata da tecnologia da interface máquina - ambiente - homem - organização. 8.1. Projeto e Organização do Trabalho 8.2. Ergonomia 8.3. Sistemas de Gestão de Higiene e Segurança do Trabalho 8.4. Gestão de Riscos de Acidentes do Trabalho 9. ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE Planejamento da utilização eficiente dos recursos naturais nos sistemas produtivos diversos, da destinação e tratamento dos resíduos e efluentes destes sistemas, bem como da implantação de sistema de gestão ambiental e responsabilidade social. 9.1. Gestão Ambiental 9.2. Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação 9.3. Gestão de Recursos Naturais e Energéticos 9.4. Gestão de Efluentes e Resíduos Industriais 9.5. Produção mais Limpa e Ecoeficiência 9.6. Responsabilidade Social 9.7. Desenvolvimento Sustentável 10. EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Universo de inserção da educação superior em engenharia (graduação, pós-graduação, pesquisa e extensão) e suas áreas afins, a partir de uma abordagem sistêmica englobando a gestão dos sistemas educacionais em todos os seus aspectos: a formação de pessoas (corpo docente e técnico administrativo); a organização didático pedagógica, especialmente o projeto pedagógico de curso; as metodologias e os meios de ensino/aprendizagem. Pode-se considerar, pelas características encerradas nesta especialidade como uma "Engenharia Pedagógica", que busca consolidar estas questões, assim como, visa apresentar como resultados concretos das atividades desenvolvidas, alternativas viáveis de organização de cursos para o aprimoramento da atividade docente, campo em que o professor já se envolve intensamente sem encontrar estrutura adequada para o aprofundamento de suas reflexões e investigações. 10.1. Estudo da Formação do Engenheiro de Produção 10.2. Estudo do Desenvolvimento e Aplicação da Pesquisa e da Extensão em Engenharia de Produção 10.3. Estudo da Ética e da Prática Profissional em Engenharia de Produção 10.4. Práticas Pedagógicas e Avaliação Processo de Ensino-Aprendizagem em Engenharia de Produção 10.5. Gestão e Avaliação de Sistemas Educacionais de Cursos de Engenharia de Produção Competências do Engenheiro de Produção por mateus — publicado 03/10/2016 14h44, última modificação 19/10/2016 12h00 1. Ser capaz de dimensionar e integrar recursos físicos, humanos e financeiros a fim de produzir, com eficiência e ao menor custo, considerando a possibilidade de melhorias contínuas. 2. Ser capaz de utilizar ferramental matemático e estatístico para modelar sistemas de produção e auxiliar na tomada de decisões. 3. Ser capaz de projetar, implementar e aperfeiçoar sistemas, produtos e processos, levando em consideração os limites e as características das comunidades envolvidas. 4. Ser capaz de prever e analisardemandas, selecionar tecnologias e know-how, projetando produtos ou melhorando suas características e funcionalidade. 5. Ser capaz de incorporar conceitos e técnicas da qualidade em todo o sistema produtivo, tanto nos seus aspectos tecnológicos quanto organizacionais, aprimorando produtos e processos, e produzindo normas e procedimentos de controle e auditoria. 6. Ser capaz de prever a evolução dos cenários produtivos, percebendo a interação entre as organizações e os seus impactos sobre a competitividade. 7. Ser capaz de acompanhar os avanços tecnológicos, organizando-os e colocando-os a serviço da demanda das empresas e da sociedade. 8. Ser capaz de compreender a relação dos sistemas de produção com o meio ambiente, tanto no que se refere a utilização de recursos escassos quanto à disposição final de resíduos e rejeitos, atentando para a exigência de sustentabilidade. 9. Ser capaz de utilizar indicadores de desempenho, sistemas de custeio, bem como avaliar a viabilidade econômica e financeira de projetos. 10. Ser capaz de gerenciar e otimizar o fluxo de informação nas empresas utilizando tecnologias adequadas.