02Previdência-Social-Brasileira-Trabalho

Prévia do material em texto

Colégio Atheneu 
Camilly Vitória de Almeida Santos
Previdência Social Brasileira
Itaquaquecetuba
 2020
Camilly Vitória de Almeida Santos
Previdência Social Brasileira
Trabalho apresentado ao colégio Atheneu. 
 Orientador: Fabiano Camacho Gonçalves
Itaquaquecetuba
 2020
Índice
1. Introdução 0.1 .............................................................. Página 04
2. Introdução 0.2 (Contextualizando) ............................................... Página 05
3. A Seguridade Social .................................................. Página 06
4. Âmbito da Previdência Social no Brasil ....................................... Página 07
5. Relação Transição Demográfica ................................................... Página 08
6. Regime da Previdência Social ....................................................... Página 09
7. A Reforma da Previdência ............................................................ Página 10
8. Conclusão ......................................................................... Página 11
9. Bibliografia ......................................................................... Página 12
Introdução 0.1
(Introduzindo a tese) 
No decorrer do trabalho, abordarei questões socais e seus processos históricos, dando ênfase às questões trabalhistas e o direito que se confere ao proletário. 
 Considerando que a previdência social confere um direito trabalhista, minhas pesquisas buscam referenciar a origem deste direito e promover uma discussão sobre seu emprego, evidenciando uma possível reforma estrutural futura proposta pelo governo.
Introdução 02. 
- Contextualizando 
A partir da revolução industrial e o surgimento da classe operária como um dos segmentos mais importantes da sociedade, houve a necessidade da proteção social, em razão dos riscos que o trabalhador se submetia. O conceito de proteção social surge na Alemanha, com o Chanceler Otto Von Bismarck, que instituiu um seguro obrigatório para proteger os trabalhadores nos casos de agravos à saúde, acidentes de trabalho, invalidez e envelhecimento, custeado por contribuições dos empregados, empregadores e Estado.
Essa proteção aos trabalhadores vai se irradiar pelo mundo, afetando os Estados Unidos, Brasil e, principalmente, a Inglaterra, berço da revolução industrial. Enquanto os demais países que implantaram a proteção e o bem-estar social logo no período pós-guerra, o Brasil implementará somente com a constituição de 1988.
A seguridade social
O sistema de proteção social no Brasil é visualizado de forma significativa a partir da seguridade social, o artigo 194 da Constituição Federal de 1988, mostra como a seguridade social trabalha e quais são os direitos e ações que ela assegura:
“Um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”.
Confere-se ainda:
A saúde, nos termos do artigo 196 da constituição Federal, “é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
Já a assistência social (artigo 203, CF) “será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social”.
A previdência social (art. 201, CF), por sua vez, será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; proteção à maternidade, especialmente à gestante; proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; e pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º.
Todos, portanto, tem direito à saúde. Já a assistência fica restrita a quem dela necessitar. A previdência, por sua vez, além de ser de filiação obrigatório, tem caráter contributivo, ou seja, quem não contribuir não terá direito aos benefícios desta.
Âmbito da Previdência Social no Brasil
Voltando um pouco na história do Brasil, mais precisamente em 1543, teremos Braz Cubas com a criação de um plano de pensão para os empregados da Santa Casa de Santos, a qual visava à entrega de prestações assistenciais. Paralelamente, foi criado o plano de pensão para seus empregados que estendeu-se para as Santa Casas do Rio de Janeiro e de Salvador, abrangendo, ainda, os empregados das Ordens Terceiras e outras que mantinham hospitais, asilos, orfanatos e casas de amparo a seus associados e desvalidos.
Teremos também, posteriormente como referência, O Príncipe Regente D. João VI e sua aprovação, em 23 de setembro de 1793, do Plano dos Oficiais da Marinha que assegurava pensão às viúvas dos oficiais falecidos. Além disso, tinha custeio equivalente a desconto de um dia de vencimento, vigorando por mais de cem anos.
Já em 1821, Dom Pedro de Alcântara concedeu aposentadoria aos mestres e professores, após 30 (trinta) anos de serviço, não obstante, assegurou abono de ¼ dos ganhos aos que continuassem em atividade.
Em comparativo, na história recente do Brasil, os acontecimentos mais marcantes no âmbito da previdência social foram:
· Criação do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), mediante fusão do IAPAS com o INPS, por meio da Lei nº 8.029 de 1990;
· Estabelecimento da contribuição do empregador-rural para a seguridade social, por meio da Lei nº 8.540 de 1992;
· Extinção do abono de permanência em serviço e excluiu o 13º salário do cálculo do salário de benefício, mediante a Lei nº 8.870 de 1994;
· Criação do fator previdenciário, ponderando-se para o cálculo de alguns benefícios a expectativa de vida, a idade e o tempo de contribuição do segurado, por meio da Lei nº 9.876 de 1999.
No país, o plano de previdência do governo exige contribuição durante 35 anos e o trabalhador tem direito ao valor máximo do benefício a partir dos 65 anos de idade. Quem se aposenta antes, com no mínimo 60 anos de idade, recebe menos.
Relação Transição Demográfica
A população brasileira está passando por um momento de transição em sua estrutura etária, explicada por um acelerado crescimento demográfico que ocorreu nas décadas de 60 e 70. Durante este período, observou-se um declínio acentuado da mortalidade combinado com a manutenção das taxas de fecundidade elevadas.
A transição demográfica brasileira ocorreu de maneira extremamente rápida, as taxas de fecundidade declinaram de um patamar de 4 filhos por mulher nos anos 80 para um patamar de 1,76 filhos por mulher nos anos 2010.
Dado a transição da estrutura etária brasileira, três fatos devem ser considerados:
- A redução do peso relativo da população jovem;
- Aumento do grau de envelhecimento da população, ou seja, da proporção de pessoas com sessenta e cinco anos de idade ou mais;
- O crescimento da população em idade ativa até 2050.
Com isso, conferimos que o brasileiro está vivendo mais, e, com o tempo, o Brasil vai ter mais pessoas com idade avançada do que com idade ativa. Em mesma perspectiva, com a mudança da pirâmide etária, o Brasil terá um aumento do número de beneficiários em relação ao de contribuintes, o que ocasionará um aumento na dependência previdenciária ao longo do tempo. A expectativa é que o sistema previdenciário reduza sua eficiência, pois terá menos contribuintes para cada beneficiário aposentado.
Regime da Previdência social
A Previdência Social é o seguro destinado ao cidadão brasileiro, por meio de contribuição social. Quando o cidadão perde a capacidade de trabalho, a renda transferida é utilizada para substituir a renda do trabalhador contribuinte. Se tratando deste trabalho vamos falarsobre o Sistema de Repartição Simples e também do Regime Geral da Previdência Social.
· Regime de Repartição Simples
Este regime é o mais simples e tradicional meio de repartição. O mesmo se dá pela contribuição das pessoas que estão em atividade, para o financiamento das aposentadorias daqueles que já estão aposentados.
Neste regime, os trabalhadores ativos são taxados de acordo com determinados critérios, e o dinheiro é repartido entre os inativos, fazendo com que haja transferências intergeracionais dos recursos.
O sistema de repartição simples, geralmente, se baseia também em um acordo tácito de que “ os que hoje contribuem para o sistema serão futuros beneficiários”. Portanto, encerrar o sistema não é algo simples, pois a contribuição gera uma expectativa de ganhos, que deverá ser sustentada por trabalhadores futuros.
· Regime Geral da Previdência Social
Segundo o site do MTPS, o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) tem suas políticas elaboradas pelo Ministério da Previdência Social (MPS) e executadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Este Regime é contributivo e obrigatório. Dentre os contribuintes, encontram-se os empregadores, empregados assalariados, domésticos, autônomos, contribuintes individuais e trabalhadores rurais.
Como diz Miranda (1997), “em qualquer dos casos, os objetivos dos sistemas previdenciários são basicamente os mesmos. Neles, o fator mais importante é o financiamento da aposentadoria”. O que compromete a sustentabilidade do sistema é a sua lógica de funcionamento, na qual as atuais contribuições são utilizadas para pagar os benefícios dos atuais inativos.
Com a mudança da composição etária da população, esse impacto é particularmente expressivo, o qual proporciona um aumento dos gastos com benefícios previdenciários. 
A Reforma da Previdência
Acerca do impasse que o aumento demográfico trará em um curto período de tempo próximo, a respeito da previdência social brasileira, está sendo discutida a ascensão de uma reforma na previdência Social brasileira.
Como Giambiagi e Tafner (2010) salientam, a reforma da previdência é um tema delicado, pois necessita de mudanças na legislação, além de afetar todos os grupos sociais e etários da sociedade. Assim, a reforma afeta diretamente no bem-estar do cidadão e o maior desafio será o receio dos políticos com a impopularidade.
Entre as soluções, está o aumento da contribuição para se aposentar, o que retardaria o déficit em aproximadamente 10 anos. Essa alternativa pode ser onerosa para a população tendo em vista o salário mínimo, o que pode gerar uma grande perda de bem-estar.
Uma outra solução é o aumento da idade mínima para aposentadoria, de 60 para 65 anos. Além de retardar o déficit mais que a outra alternativa, não terá perda no poder de compra, já que não irá alterar no valor da contribuição. Isso já supondo que o tempo de contribuição não é mais considerado.
	
Conclusão
No decorrer de minha pesquisa, discorri sobre os tópicos citados na introdução, desenvolvendo-os sobre os polos das indagativas propostas em sala de aula: “Qual a origem da previdência social? ”, “ como a transição demográfica brasileira interfere neste setor? ”, e “ O que está sendo pensado a respeito? ”. A consolidação de tese veio por meio das análises que, explicitavam os pontos de vista de profissionais e estudiosos da área. 
 Contudo, concluímos que a Previdência Social necessita de ajustes na sua estrutura, para que este sistema funcione por mais tempo.
 
Bibliografia 
https://lucianarusso.jusbrasil.com.br/artigos/112319034/seguridade-social-e-o-mesmo-que-previdencia-social
https://www.youtube.com/watch?v=RFM7XsfTQCA
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-previdenciario/o-sistema-da-previdencia-social-no-brasil-e-no-mundo/
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-30982005000200008
https://jus.com.br/artigos/42330/protecao-social-no-brasil-a-seguridade-social-assistencial-e-o-enfoque-contributivo-da-previdencia-social
BRITO. Fausto: “A Transição Demográfica no Brasil: As Possibilidades e os Desafios Para a Economia e a Sociedade”. Textos para discussão. Belo Horizonte: UFMG/Cedeplar, 2007.
CAMARANO, Ana Amélia: “Envelhecimento Da População Brasileira: Uma
Contribuição Demográfica”; Rio de Janeiro: Fevereiro, 2002. Disponível em:http://www.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/TDs/td_0858.pdf
1
12