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INOVACAO-TECNOLOGICA-E-EMPREENDEDORISMO-DIGITAL

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2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO............................................................................................ 3 
2 INOVAÇÃO ................................................................................................. 4 
3 TECNOLOGIA ............................................................................................ 8 
4 INOVAÇÃO TECNOLOGICA .................................................................... 11 
5 O SURGIMENTO DO E-BUSINESS ......................................................... 14 
5.1 E-BUSINESS ............................................................................................ 15 
6 EMPREENDEDORISMO .......................................................................... 20 
6.1 Tipos de Empreendedorismo .................................................................... 21 
6.2 Características do empreendedor ............................................................ 26 
6.3 Perfil do empreendedor brasileiro ............................................................. 27 
6.4 Empreendedorismo digital ........................................................................ 29 
6.4.1 Vantagens econômicas e sociais do empreendedorismo digital ....... 35 
6.4.2 Oportunidades do empreendedorismo digital .................................... 37 
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................... 40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão 
a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as 
perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão 
respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da 
semana e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2 INOVAÇÃO 
 
Fonte: ipnews.com.br 
Inovação é vista como ação ou efeito de inovar. Inovar é tornar novo, 
introduzir novidades, renovar (AMORA, 2009, Apud MEIRELLES et al., 2018). 
 A partir desta definição, justifica-se que a inovação é algo que faz parte da 
vida das pessoas, pois estas vivem num período de transformação. A diferença é 
que agora as mudanças não se limitam à sociedade ocidental ou oriental. Na 
verdade, uma das novidades é que a sociedade, a comunidade e a família são 
instituições que tentam manter a estabilidade e impedir, ou pelo menos retardar, a 
mudança (DRUCKER, 2006, Apud MEIRELLES et al., 2018). 
A organização [empresa] é desestabilizadora e deve ser organizada para a 
inovação. Cabe às instituições a missão de colocar o conhecimento em prática – na 
forma de ferramentas, produtos e processos bem como na concepção do trabalho 
e no conhecimento em si. Fazem parte da natureza do conhecimento as mudanças 
rápidas e o fato de as certezas de hoje se tornarem os absurdos de amanhã 
(DRUCKER, 2006, Apud MEIRELLES et al., 2018). 
Na visão de Drucker (2006, Apud MEIRELLES et al., 2018), para os gestores, 
a dinâmica do conhecimento impõe uma condição sine qua non: cada organização 
precisa desenvolver a administração para se transformar em sua própria estrutura. 
 
5 
 
Cada organização deve dedicar-se a criar o novo. Especificamente, cada 
administração precisa basear-se no aprimoramento contínuo de tudo o que faz, bem 
como cada organização deve aprender a explorar seu conhecimento, isto é, 
desenvolver para a próxima geração aplicações a partir dos próprios êxitos. 
Cada organização precisa aprender a inovar – e a inovação já pode e deve 
ser organizada – como um processo sistemático que, sem dúvida, conduzirá à 
abdicação, para ter início à introdução de outra novidade. Sem isso, em pouco 
tempo, as organizações baseadas no conhecimento constatarão sua 
obsolescência, queda no desempenho, e a consequente diminuição na capacidade 
de atrair e manter profissionais qualificados, dos quais dependem os resultados 
(DRUCKER, 2006, Apud MEIRELLES et al., 2018). 
Drucker (2006, Apud MEIRELLES et al., 2018), acrescenta que a 
necessidade de organizar a mudança também exige um alto grau de 
descentralização, isto porque a organização deve ser estruturada com vistas a 
tomar decisões rapidamente e em estreita ligação como desempenho, o mercado, 
a tecnologia e todas as inúmeras mudanças demográficas, na sociedade, no 
ambiente e no conhecimento que oferecem oportunidades de inovação quando 
percebidas e utilizadas. 
Bes e Kotler (2011), evidenciam a necessidade de lembrar que as pessoas 
são, por natureza, adversas à mudança. As pessoas que trabalham em uma 
organização, com capacidade suficiente para desempenhar suas obrigações diárias 
de maneira adequada, se perguntam: por que esforço extra? Por que o risco 
adicional? Os seres humanos enxergam a mudança como algo a ser evitado, algo 
que não trará nada de bom, ao menos no curto prazo. Assim nas organizações, e 
no mundo, de forma geral, a inércia e o desejo de manter o status quo dificultam a 
inovação e o aprimoramento. (Apud MEIRELLES et al., 2018) 
Para a empresa, as implicações são claras. Se ninguém tiver o trabalho de 
ativar, de lançar os processos de mudança e inovação, as pessoas responsáveis 
pelas atividades diárias permanecerão concentradas em sua rotina. Esse é um fator 
importante no mundo empresarial, que explica por que as empresas inovadoras são 
minoria (BES; KOTLER, 2011, Apud MEIRELLES et al., 2018). 
 
6 
 
Ainda sobre essa questão, Bes e Kotler (2011), advertem que, nas 
organizações, a eficiência está acima de tudo. As empresas têm como objetivo 
ganhar dinheiro e, para esse fim, projetam processos, produtos e serviços para o 
mercado, que vendem de imediato. No entanto, como todos sabem, a estabilidade 
e a certeza não existem. Tudo está mudando constantemente e a mudança está 
vindo cada vez mais veloz. A concorrência global também está se tornando cada 
vez mais intensa. O ambiente está mudando com rapidez incrível, em grande 
medida devido aos avanços tecnológicos e fluxo de capital. O resultado que hoje é 
eficiente logo deixará de ser e, dessa maneira, as empresas enfrentam o desafio de 
conciliar a eficácia diária, a manutenção das regras e o sistema de trabalho com os 
processos de mudança, melhoria e inovação. (Apud MEIRELLES et al., 2018) 
De acordo com o Manual de OSLO (1997), “a inovação é vista como um 
processo dinâmico em que o conhecimento é acumulado por meio do aprendizado 
e da interação”. Complementando, Oliveira (1987), define inovação como a 
conquista mais desejada pela sociedade por ser a única forma capaz de oferecer 
as condições reais para a melhoria das necessidades humanas. Na indústria, 
apresenta-se como campo fértil para o profissional de tecnologia e o administrador, 
que terão de se completar para juntos cooperarem nos trabalhos de inovações, 
fundamentais para o futuro. O mundo de hoje não será o de amanhã! Sua dinâmica 
cria novos espaços em todos os campos: na indústria, no comércio, na agricultura, 
nas comunicações, nas artes, enfim, onde houver um universo social. (Apud 
MEIRELLES et al., 2018) 
Retomando, Bes e Kotler (2011), destacam que o motivo pelo qual ainovação 
deve ser alcançada mediante projetos independentes e processos é consequência 
natural desse duplo objetivo contraditório: permanecer eficiente e, ao mesmo 
tempo, pensar a respeito da mudança daquilo que funciona hoje. Para as pessoas 
mudarem o modo como trabalham hoje, elas devem parar de fazer o que estão 
fazendo, retroceder, pensar, repensar suposições, comparar, examinar como outras 
organizações trabalham, pensar a respeito de novas possibilidades, avaliá-las, 
projetá-las, refiná-las e testá-las; por fim, levá-las ao restante da organização como 
uma tarefa que, então, pode e deve ser adotada como padrão e aceita como uma 
 
7 
 
nova rotina. Portanto, pode-se dizer que uma empresa é inovadora quando é capaz 
de combinar processos de inovação independentes, além de indicá-los e executá-
los de modo regular. (Apud MEIRELLES et al., 2018) 
Com relação à inovação, Bes e Kotler (2011), apresentam três tipos: marginal 
ou incremental, radical ou disruptiva e semirradical. Essa classificação baseia-se 
em duas variáveis: o grau de transformação no modelo de negócios e o uso de 
tecnologias novas ou preexistentes. Ao combinar essas duas variáveis, tem-se a 
matriz de tipos de inovação. Evidentemente, dentre esses três tipos, a inovação 
marginal/incremental envolve o menor risco e, em geral, o menor investimento; a 
radical, o maior, com a semirradical situada em algum ponto intermediário. (Apud 
MEIRELLES et al., 2018) 
Determinar o tipo de inovação é um modo de limitar o nível de risco e, por 
sua vez, indicar a vontade de mudar tecnologias, modelos de negócios, ambos ou 
nenhum. Ao classificar todos os projetos possíveis nessas três categorias, é 
possível ver quanta inovação se pode desencadear e de que tipo. Ao executar 
muitos projetos disruptivos, a estratégia tende a ser agressiva e arriscada. Ao 
executar apenas alguns projetos marginais/incrementais, isso define uma estratégia 
conservadora (BES; KOTLER, 2011, Apud MEIRELLES et al., 2018). 
É necessário inovar sempre que for notado o aumento da concorrência. Hoje, 
em razão da tecnologia, a concorrência não é somente de âmbito local; o 
concorrente não é apenas a loja do bairro ao lado, mas lojas de qualquer lugar do 
país. Empresas de serviços também precisam inovar. Serviço inovador é aquele 
que proporciona ao cliente uma experiência única que o satisfaz e o faz sentir 
vontade de buscar a empresa novamente. Nos setores em que há evolução 
tecnológica constante, a inovação é extremamente necessária. Novos materiais, 
funcionalidades, designs e tecnologias percebidas como úteis são os elementos que 
permitem diferenciação, atraem a atenção e levam à fidelização do consumidor 
(CARVALHO; CAVALCANTE; REIS, 2011, Apud MEIRELLES et al., 2018). 
A inovação se relaciona aos seguintes aspectos: incerteza sobre os 
resultados; investimento; conhecimento para criação de algo original; utilização de 
conhecimento novo ou percepção de novas combinações para conhecimentos 
 
8 
 
existentes; e, melhoria do desempenho de uma empresa através do aumento de 
vantagem competitiva (MANUAL DE OSLO, 1997, Apud MEIRELLES et al., 2018). 
 
3 TECNOLOGIA 
 
Fonte: diariodorio.com 
A tecnologia sempre influenciou poderosamente o funcionamento das 
organizações a partir da Revolução Industrial. Esse foi o resultado da aplicação da 
tecnologia da força motriz do vapor na produção e que logo substituiu o esforço 
humano, permitindo o aparecimento das fábricas e indústrias. No final do século 
XVIII, a invenção da máquina de escrever foi o primeiro passo para a aceleração do 
processo produtivo nos escritórios. A invenção do telefone, no final do século XIX, 
permitiu a expansão e a descentralização das organizações rumo a novos e 
diferentes mercados. O navio, o automóvel e o avião proporcionaram uma expansão 
sem precedentes nos negócios mundiais (CHIAVENATO, 2011, Apud MEIRELLES 
et al., 2018). 
A partir destas constatações, pode-se dizer que o desenvolvimento 
tecnológico sempre constituiu a plataforma básica que impulsionou o 
desenvolvimento das organizações e permitiu a consolidação da globalização. 
Todavia, foi a invenção do computador na segunda metade do século XX que 
https://diariodorio.com/
 
9 
 
permitiu às organizações passar a apresentar as atuais características de 
automatização e automação de suas atividades. Sem o uso do computador a 
administração das grandes organizações seria comprometida, tendo em vista a 
variedade de produtos, processos, materiais, clientes, fornecedores e pessoas 
envolvidas. O computador ofereceu às organizações a possibilidade de lidar com 
grandes números e diferentes negócios simultaneamente a um custo mais baixo, 
com maior rapidez e absoluta confiabilidade (CHIAVENATO, 2011, Apud 
MEIRELLES et al., 2018). 
A tecnologia, no começo do século, alimentou a humanidade com invenções 
jamais conhecidas ou previstas. Não obstante, direcioná-las para atender às 
inclinações individuais acabou por causar um impacto sobre a sociedade, inclusive 
modificando seu comportamento e suas relações. A máquina a vapor, a eletricidade, 
o telefone, o fonógrafo, o cinema, o automóvel, o avião, a válvula eletrônica e outras 
inovações mudaram a sociedade e o comportamento das pessoas. A nova estrutura 
resultante da mudança passou a acelerar a explosão da tecnologia, obrigando o 
homem a utilizá-la como poder político e social de alcance jamais imaginado. Assim, 
o conceito da tecnologia é importante por tornar evidente a sua realidade como 
pertinente a uma determinada coisa. Conhecê-la, então, no seu relacionamento 
com a Ciência pura, as ciências aplicadas e a prática, é fundamental para o seu 
desenvolvimento, em especial quando se considera a realidade da necessidade 
(OLIVEIRA, 1987, Apud MEIRELLES et al., 2018)). 
Na interpretação de Helene (1996), tecnologia é o conhecimento que permite 
alterar as relações humanas com o ambiente e com os outros seres humanos. Na 
era moderna e industrial, a tecnologia geralmente é derivada de princípios 
científicos, ou seja, de adaptações daquilo que é descoberto num laboratório de 
pesquisa, de forma a permitir que possa ser produzido em maior quantidade. 
Também são chamados de tecnologias os instrumentos desenvolvidos pelo homem 
primitivo e pelo homem da Antiguidade, antes do início da organização da Ciência, 
noséculo XVII. (Apud MEIRELLES et al., 2018) 
Pode-se compreender, com a percepção de Gonçalves (1994), que a 
implantação de novas tecnologias em empresas de prestação de serviço é um 
 
10 
 
fenômeno que vem ocorrendo mais intensamente no Brasil, desde o final da década 
de 70. Atualmente, é necessário incorporar ao processo de trabalho as tecnologias 
que possibilitam a modernização da empresa, como forma de prestar um melhor 
atendimento ao cliente e possibilitar um sistema de informações, controle e 
gerenciamento que seja capaz de gerar menores custos. Isto ocorre devido a duas 
características que o mercado brasileiro vem apresentando: a intensa concorrência 
entre determinados tipos de empresas de serviços, onde o processo de trabalho é 
definidor da qualidade do atendimento; e as políticas econômicas do governo, que 
vêm gerando condições instáveis e precárias para as empresas nacionais em geral. 
(Apud MEIRELLES et al., 2018) 
Tecnologia é o conjunto ordenado de conhecimentos científicos, técnicos, 
empíricos e intuitivos empregados no desenvolvimento, na produção, na 
comercialização e na utilização de bens ou serviços; é o conhecimento (know-how), 
as instalações físicas e os procedimentos usados para produzir produtos, isto é, 
bens e serviços. As tecnologias não são isoladas, estando inseridas em redes de 
apoio, que incluem as relações físicas, informacionais e organizacionais que fazem 
uma tecnologia completa e permite que ela funcione conforme um determinado 
planejamento (GUIMARÃES; MATTOS, 2005, Apud MEIRELLES et al., 2018).Retomando a percepção de Oliveira (1987), destaca-se que o 
desenvolvimento tecnológico é considerado como um dos mais importantes fatores 
do crescimento econômico. Sua gestão exige, além de cuidados especiais, métodos 
próprios para conduzi-lo. A inovação tecnológica tem sido o principal estímulo de 
troca e progresso na atual sociedade. O ritmo das inovações é sempre em função 
das decisões dos responsáveis pela empresa. Caso por uma razão qualquer os 
responsáveis não possam inovar a empresa com a rapidez e a eficiência 
necessária, nenhum outro elemento, mesmo com a injeção de recursos, poderá 
evitar que a empresa caminhe para a obsolescência. (Apud MEIRELLES et al., 
2018) 
 
 
11 
 
4 INOVAÇÃO TECNOLOGICA 
 
Fonte: tecnologiae.com.br 
De acordo com Plonski (2005), a inovação tecnológica vem sendo invocada 
como estratégia para redimir empresas, regiões e nações de suas crônicas aflições 
econômicas e para promover o seu desenvolvimento. Por esse motivo, a 
implementação de políticas eficazes de estímulo à inovação tecnológica tornou-se 
a partir dos anos 90, um dos eixos estruturantes da atuação da Organização para a 
Cooperação e o Desenvolvimento Econômico – OCDE, que abrange 30 países 
comprometidos com a democracia pluralista e a economia de mercado. Em São 
Paulo, de acordo com Plonski (2005, p. 25) “[...] ‘o aperfeiçoamento tecnológico das 
empresas e das instituições públicas’ é o objeto do primeiro dos quatro pilares da 
iniciativa São Paulo Competitivo, estabelecida pelo governo do Estado no Decreto 
n° 49.274/04”. (Apud MEIRELLES et al., 2018) 
A inovação tecnológica é caracterizada pela presença de mudanças 
tecnológicas em produtos, bens ou serviços, oferecidos à sociedade, ou na forma 
pela qual produtos são criados e oferecidos. A evolução do trabalho braçal 
substituído pela tecnologia e máquinas, gerou grandes lucros, por exemplo, na 
produtividade agrícola e industrial. Na área de serviços, a implementação da 
tecnologia passou a ser um ponto fundamental para destaque e diferencial das 
 
12 
 
empresas em qualquer ramo de atividade. A facilidade e praticidade que a 
tecnologia proporciona para as empresas alavanca – além da agilidade – a redução 
de custos de mão-de-obra (DIAS; MÜLLER; PORTILHO, 2015, Apud MEIRELLES 
et al., 2018). 
 A inovação tecnológica é o processo pelo qual uma ideia ou inovação é 
transposta para a economia, ou seja, ela percorre o trajeto que vai desde essa ideia, 
fazendo uso de tecnologias existentes ou buscadas para tanto, até criar o novo 
produto, processo ou serviço e colocá-lo em disponibilidade para o consumo ou uso 
(GUIMARÃES; MATTOS, 2005, Apud MEIRELLES et al., 2018). 
Pode-se entender com base em Fitzsimmons (2010), que os avanços nas 
comunicações e na tecnologia de informação estão tendo um profundo efeito sobre 
as interfaces entre clientes e fornecedores de serviços. Por exemplo, as práticas de 
atendimento nos balcões de aeroportos mudaram as expectativas e o 
comportamento dos passageiros de linhas aéreas através do uso da internet. Os 
clientes não precisam mais esperar para fazer uma reserva com um funcionário, 
nem ficar na fila do balcão da companhia aérea para receber o cartão de embarque. 
Essas interações pessoais comuns deram lugar à tecnologia. (Apud MEIRELLES et 
al., 2018) 
O autoatendimento é uma grande aposta de mercado. A eliminação de custos 
de mão de obra resulta no aumento de oportunidade para customização, precisão, 
conveniência e controle. O serviço migrou da interação humana para a substituição 
de funcionários por máquinas (FITZSIMMONS, 2010, Apud MEIRELLES et al., 
2018). Assim, pode-se dar como exemplo a substituição da operação braçal nos 
setores agrícolas, por máquinas ágeis e com custo mais baixo para os processos 
de plantação e colheita. 
Os alvos iniciais do autoatendimento eram as transações de serviços que 
não acrescentavam valor ou que ofereciam uma oportunidade de aumento da 
receita porque a substituição do trabalho dos funcionários pela tecnologia 
proporcionava economia de custos, “por exemplo, a introdução de caixas 
eletrônicos pelos bancos há um quarto de século economizou custos com os 
 
13 
 
funcionários de caixa, mas também ofereceu aos clientes a conveniência de lugar 
e horário” (FITZSIMMONS,2010, Apud MEIRELLES et al., 2018). 
 A inovação tecnológica sai da zona de conforto e passa a ser um novo 
desafio para a empresa. Para garantir o sucesso, é preciso um planejamento 
cuidadoso antes da aplicação em qualquer empresa. Essa introdução requer um 
treinamento para os funcionários que atuarão com anova tecnologia, para assim, 
estarem preparados para as tarefas quando usarem o equipamento, e não 
prejudicar o andamento da empresa, pois 
[...] o sucesso das inovações tecnológicas, em especial na 
seção de contato direto com os clientes, depende da 
aceitação destes. O impacto sobre os clientes nem sempre 
está limitado à perda de atenção pessoal. Os clientes também 
podem precisar aprender novas habilidades (por exemplo, 
como operar um caixa eletrônico ou uma bomba de gasolina) 
ou renunciar a algum benefício (como a perda de um float 
financeiro devido ao uso de transferências financeiras 
eletrônicas) (FITZSIMMONS, 2010, p. 104). 
 
 
14 
 
5 O SURGIMENTO DO E-BUSINESS 
 
Fonte: negocioseletronicos.com.br 
Para manter a comunicação em caso de ataques durante a Guerra Fria no 
final da década de 1960, os Estados Unidos criaram o que seria conhecido como a 
internet, mas não se imaginava que aquela comunicação se tornaria uma das 
maiores revoluções tecnológicas de todos os tempos. Com o passar dos anos, essa 
tecnologia foi aprimorada e foi sendo utilizada cada vez mais pelos governos, mas 
foi só em 1990 que ela chegou para a população em geral, quando o programador 
inglês Tim BernesLee criou o chamado World Wide Web (WWW), que 
proporcionaria uma interface gráfica aprimorada e a criação de sites mais 
elaborados (CASTELLS, 2003, Apud MORENO, 2015). 
Porém, foi apenas em 1995 que seria lançado umas das pioneiras e 
atualmente uma das maiores empresas de varejo online de todo o mundo, a 
Amazon.com de Jeff Bezos, que segundo Brandt (2011) veio com a ideia de criar 
uma loja diferente para vender livros, em um meio novo. Ele teve uma visão 
empreendedora e estudou o comportamento das pessoas nas compras pelos 
correios e identificou que o catálogo de livros oferecidos por eles era muito pequeno, 
fazendo com que as pessoas recuassem na hora da compra, Bezos então criou um 
https://negocioseletronicos.com.br/
 
15 
 
site que oferecia um catálogo completo de livros com preços mais acessíveis e com 
praticidade de compras. (Apud MORENO, 2015) 
Ainda de acordo com Brandt (2011, Apud MORENO, 2015) em biografia 
escrita sobre Jeff Bezos e a criação da Amazon.com, afirma que: 
 
Bezos realmente conseguiu brilhar ao criar uma grande experiência 
on-line com pouquíssima interação humana com os clientes. O site 
precisava ser simples, rápido e intuitivo. Tinha de oferecer um número de 
livros nunca visto pelo preço mais barato possível e entregá-los 
rapidamente. Tudo precisava apenas funcionar sem problemas para que as 
pessoas saíssem felizes do site. Isso parecia bastar para a maioria delas. 
“Quando deixamos um cliente infeliz de alguma forma”, Bezos explicou 
depois, “essas pessoas saem da toca e dizem: ‘Bem, na verdade isso não 
foi o que aconteceu comigo’. O boca a boca é muito poderoso”. 
 
Bezos iniciou uma das maiores revoluções do comércio, mostrou seu lado 
empreendedor ao arriscar-se em investir em um meio novo e até então pouco 
utilizado, mas sempre colocando o cliente como prioridade em atendimento, apesar 
do contato restritivo com eles que a internet oferece. Bezos era categórico no 
atendimento, pois sabia que era um ponto crucial para concorrer no mercado 
competitivo, Brandt (2011) constata ainda que Bezos sabia que se fizessecom que 
os concorrentes ficassem focados neles, enquanto eles colocassem o foco no 
cliente, sabia que no final se daria bem, foi desse modo que Bezos conseguiu 
concorrer de igual com as megastores que dominavam o comércio americano. 
(Apud MORENO, 2015) 
Diante disso, existem vários conceitos que podem designar o 
empreendedorismo digital, e-business e suas formas de negociação, portanto, 
devem ser abrangidos. 
5.1 E-BUSINESS 
O e-business surgiu como uma evolução estrutural do e-commerce, pois a 
necessidade de interconectar os processos da empresa com os setores internos, 
 
16 
 
como a pré-venda, encomenda e serviço ao cliente e a necessidade de colaboração 
com parceiros fez expandir o que se conhece por comércio eletrônico (ANDRADE, 
2014). Além disso, surgiu como um meio de melhorar o desempenho do uso da 
internet e os padrões de conexão entre os fornecedores e consumidores em todos 
os passos da cadeia de valor, com o objetivo de melhorar o serviço ao consumidor, 
reduzir custos e estabelecer a confiança com parceiros (AUDY; ANDRADE; 
CIDRAL, 2005, Apud MORENO, 2015). 
O e-business é o uso da tecnologia da internet como forma de interconexão 
e um meio de possibilitar processos de negócios, e-commerce, comunicação e 
colaboração dentro de uma empresa com seus clientes, fornecedores e com outros 
stakeholders do negócio (O’BRIEN, 2010). O e-business abrange o e-commerce e 
os processos internos de uma empresa, como produção, administração de 
estoques, desenvolvimento de produtos, administração de riscos, finanças, 
desenvolvimento de estratégias, administração do conhecimento e recursos 
humanos (VILHA; DI AUGUSTINI, 2002). Desse modo, pode-se considerar que o 
e-business como a forma mais abrangente de uma empresa utilizar da interconexão 
da internet com os setores da empresa, além dos clientes e fornecedores, esses 
limitados pelo e-commerce que abrange mais a parte da venda de um produto, 
como a área de vendas, marketing e entrega de pedidos. (Apud MORENO, 2015) 
Um empreendimento de e-business utiliza internet, intranets, extranets e 
outras redes como forma de apoio para cada etapa do processo comercial. Isso 
pode abranger tudo, desde a propaganda, as vendas e o suporte ao cliente pela 
rede mundial de computadores, à segurança da internet e mecanismos de 
pagamento que assegurem a conclusão de processos de entrega e pagamento 
(O’BRIEN, 2010). Além disso, o e-business tem a capacidade de agilizar todo esse 
processo, sendo um meio muito mais poderoso e eficaz em termos de custos do 
que o de um processo físico, sendo que, a informação em torno do produto ou 
serviço é mais importante que o produto ou serviço em si (KALAKOTA; ROBINSON, 
2001, Apud MORENO, 2015). 
 
 
 
17 
 
 
1.2.1 Comércio eletrônico 
 
Comércio eletrônico pode também ser designado e-commerce, comércio 
digital, varejo online, entre outros, pode ser definido como o meio de fazer negócios 
utilizando algum equipamento eletrônico, como computador, smartphone ou tablet, 
em sua maioria, utilizando a internet como intermédio entre o consumidor e o 
fornecedor para que ao fim termine em uma transação comercial. 
Conforme Albertin (2000), comércio eletrônico pode ser entendido como o 
processo de realização de negócios em um ambiente eletrônico, onde a tecnologia 
da informação e da comunicação é aplicada para atingir o objetivo final que é a 
realização de um negócio, que segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e 
Pequenas Empresas (SEBRAE, 2011, p.10) “lojas virtuais são uma série de 
sistemas que interagem com o usuário de uma forma que culmine em uma compra. 
Esses sistemas podem ser adquiridos de terceiros ou desenvolvidos internamente, 
mas é fundamental que deem respostas ágeis e eficientes aos usuários 365 dias 
por ano, 24 horas por dia”. (Apud MORENO, 2015) 
Turban e Volonino (2011, Apud MORENO, 2015) descrevem que o processo 
de comprar, vender, transferir ou trocar serviços e informações por meio da internet 
ou por redes corporativas privadas, também é definido como Comércio Eletrônico. 
Tsujimoto (2002, p.17) define ainda o comércio eletrônico como: 
 
[...] forma de comércio onde o produto é conhecido, 
demonstrado e vendido por meios eletrônicos. Pode ser 
definido também como a capacidade de realizar transações 
envolvendo a troca de bens ou serviços entre duas ou mais 
partes utilizando ferramentas eletrônicas e tecnologias 
emergentes. É o nome dado ao sistema comercial com a 
capacidade de realizar transações envolvendo troca de bens 
ou serviços entre duas ou mais partes de forma automática, 
utilizando-se da Internet. 
 
 
18 
 
Albertin (2000, p.15) traz que “o comércio eletrônico é a realização de toda a 
cadeia de valor dos processos de negócios num ambiente eletrônico, por meio da 
aplicação intensa das tecnologias de comunicação e de informação, atendendo aos 
objetivos de negócio.” Portanto, pode ser definido como qualquer forma de compra 
de bens ou serviços utilizando uma ferramenta eletrônica como um interceptor entre 
o consumidor e o fornecedor, seja entre empresas, empresa e consumidor, 
consumidor e empresa ou entre consumidores. (Apud MORENO, 2015) 
 
1.2.2 Business to Business (B2B) 
 
Business to Business (B2B) é o nome dado aos negócios feitos entre 
empresas por meio da internet e é a maior forma de negociação mundial, como é 
definido por Turban e Volonino (2011, p.171, Apud MORENO, 2015): 
 
em aplicações B2B, os compradores, vendedores e as 
transações envolvem apenas organizações. O modelo B2B 
compreende cerca de 85% do volume de dólares presente 
no comércio eletrônico. Isso cobre as aplicações que 
permitem que uma empresa estabeleça relacionamentos 
eletrônicos com seus distribuidores, revendedores, 
fornecedores, consumidores e outros parceiros. Ao utilizar o 
modelo B2B, as organizações podem reestruturar sua 
cadeia de suprimento e suas relações com parceiros. 
 
Esse tipo de negócio dá acesso online a dados, como a quantidade de 
produção do fornecedor, data de remessa, data de chegada e status da remessa e 
é extremamente importante para as empresas para elas terem um controle da 
compra e chegada de novos produtos para a venda posterior. 
 
 
 
 
1.2.3 Business To Consumers (B2C) 
 
19 
 
 
O modelo Business to Consumers (B2C) é o modelo mais conhecido de 
negócios, e mediante ao comércio eletrônico, ele pode ser definido segundo Baltzan 
e Phillips (2012, p.73) como qualquer forma de negócio, seja bens ou serviços, para 
consumidores na internet. (Apud MORENO, 2015) 
Um grande exemplo desse modelo é a Amazon.com, ela vende seus 
produtos na internet diretamente a consumidores, no Brasil ainda existem várias 
grandes lojas, como a Americanas.com, Submarino, Extra.com.br, Magazine Luiza, 
Ponto Frio, entre outras. 
 
1.2.4 Consumers To Business (C2B) 
 
O modelo Consumers to Business (C2B) determinado por Baltzan e Phillips 
(2012) é o modelo de negócios entre o consumidor e empresas, pode ser definido 
como a venda de bens ou serviços de um consumidor a uma empresa pela internet, 
tem como exemplo os sites priceline.com e∕ou hotwire.com, onde os consumidores 
11 podem dar suas ofertas de quanto querem ou podem pagar por aquele bem ou 
serviço e o vendedor decide se aceitam ou não a oferta. De acordo com o autor, 
esse serviço vai crescer muito ainda nos próximos anos. (Apud MORENO, 2015) 
 
1.2.5 Consumer to Consumer (C2C) 
 
O modelo Consumer to Consumer (C2C) é o modelo de negócios entre 
consumidores, como define Baltzan e Phillips (2012, p.171) “aplica-se a sites que 
oferecem principalmente bens e serviços de assistência aos consumidores que 
interagem entre si pela internet”. (Apud MORENO, 2015) 
Entre os mais famosos aqui no Brasil estão o ebay, mercado livre, bom 
negócio e olx, sites que oferecem ao consumidor criar gratuitamente sua vitrine 
virtual, como ainda ressalta Baltzane Phillips (2012, p.171) “comunidades online 
C2C, ou comunidades virtuais, interagem por meio de grupos de e-mail, fóruns de 
discussão, com base na web ou salas de bate-papo”. (Apud MORENO, 2015) 
 
20 
 
 
6 EMPREENDEDORISMO 
 
Fonte: sulblimaq.com.br 
O termo empreendedorismo é uma tradução da palavra entrepreneurship. 
Utilizado para designar uma área de enorme abrangência, não trata apenas da 
criação de empresas. É isso mesmo! O empreendedorismo pode-se apresentar de 
várias formas. Além da geração do autoemprego – quando você é o dono do seu 
próprio negócio –, podemos citar aquele empregado que introduz uma inovação na 
organização em que trabalha, criando valores adicionais como, por exemplo, novas 
formas de desenvolver um produto ou executar um processo, as políticas 
governamentais para um setor público, enfim, existem várias formas de 
manifestação. (MASSENSINI, 2011) 
Segundo Dolabela (2008), o empreendedorismo é um fenômeno cultural, 
fruto de habilidades, práticas e valores das pessoas. Implica uma forma de ser, uma 
concepção de mundo, uma forma de se relacionar. (Apud MASSENSINI, 2011) 
Observando os conceitos acima, podemos dizer que empreender é ousar? 
Quem sabe, olhar para frente e descobrir novas demandas por produtos e serviços 
em cima de outros produtos que já estão no mercado. 
Veja a opinião de Peter Drucker sobre o assunto: 
 
21 
 
O empreendedor vê a mudança como norma e como sendo 
sadia. Geralmente, ele não provoca a mudança por si mesmo. Mas, 
se isto define o empreendedor e o empreendimento, o 
empreendedor sempre está buscando a mudança, reage a ela, e a 
explora como sendo uma oportunidade. (DRUCKER, 1987, Apud 
MASSENSINI, 2011) 
Analisando os conceitos de Drucker, vemos que empreender é arriscar, ir 
além do tradicional, fazer coisas que os outros não fazem. O empreendimento é o 
negócio em si e o empreendedor é o grande responsável pelo empreendimento. É 
aquele indivíduo inovador capaz de visualizar uma realização futura e que, por isso, 
junta esforços humanos e financeiros para alcançá-la. Vejamos um exemplo prático: 
os supermercados Pão de Açúcar – uma rede espalhada pelo país inteiro. O 
supermercado é o empreendimento, o empresário, dono dessa rede – Abílio Diniz 
– é o empreendedor. Pense na panificadora que tem na esquina da sua casa. A 
panificadora é um empreendimento e o dono da panificadora – Sr. João – é o 
empreendedor. (MASSENSINI, 2011). 
 
 
 
 
 
 
 
6.1 Tipos de Empreendedorismo 
 
 
Empreendedorismo Corporativo 
 
 
22 
 
 
Fonte: edulivre.org.br 
Também conhecido como intraempreendedorismo ou empreendedorismo 
interno. O empregado empreendedor é o indivíduo que promove ou inspira a 
inovação dentro de uma organização existente. O esforço empreendedor pode 
resultar em mudanças significativas no negócio ou até mesmo na estrutura 
administrativa. (MASSENSINI, 2011) 
O maior influenciador desse processo é o ambiente: oportunidades, pessoas, 
riscos, mudanças externas, enfim, a empresa empreendedora precisa incentivar o 
processo criativo de seus colaboradores, favorecendo a busca por algo diferente, 
criando políticas de recompensa e aceitando possíveis falhas que possam vir a 
surgir. Como vimos no início da aula, é característica do empreendedorismo, a 
ousadia. Quem ousa, tem chance maior de cometer erros (é como diz o velho ditado: 
“só não erra quem não faz”). Desta forma, caso queira uma organização que tenha 
criatividade e inovação, é preciso que o erro seja permitido. Suponha que você 
trabalhe na linha de produção de uma grande montadora de veículos e, de repente, 
descobre um método que aumenta 15% a produção de veículos do mês, reduzindo 
perdas e custos. Parabéns! Você é um intraempreendedor. E claro, quando for 
testar seu método, algumas falhas podem ocorrer. Mas, fazendo os acertos que se 
fazem necessários, o ganho organizacional será fantástico. (MASSENSINI, 2011) 
 
23 
 
É claro que exercer esse tipo de empreendedorismo não é algo fácil. Toda 
empresa deve ter regras e processos (que acabam trazendo certa dose de 
burocracia). Isso é salutar, pois dá um norte aos seus colaboradores. Ocorre que, 
muitas vezes, as lideranças, na ânsia de melhores resultados em menor tempo, 
acabam por não permitir um ambiente onde as pessoas possam demonstrar os seus 
talentos, colocar a sua criatividade em prol da organização. É um contrassenso, 
indubitavelmente, mas, muitas vezes, fica difícil enxergar um espaço para exercer 
esse tipo de empreendedorismo, mesmo porque o controle não está na mão do 
empreendedor. 
 
 
Empreendedorismo Social 
 
 
Fonte: www.ufpe.br 
O empreendedorismo social é formado pelas relações entre comunidade, 
governo e setor privado, através de parcerias estabelecidas, com o objetivo de 
promover a qualidade de vida das pessoas, gerando benefícios diretos e indiretos. 
(MASSENSINI, 2011) 
O empreendedor social é um líder que mobiliza pessoas e promove ações 
em prol de movimentos sociais de cooperação. Você se lembra da Madre Tereza 
de Calcutá? 
 
24 
 
Conhecida como missionária da caridade, Madre Tereza iniciou sua vida 
religiosa como professora. Mais tarde, criou uma congregação de religiosas para 
auxiliar pobres, doentes e famintos. Pouco a pouco, foi angariando adeptas para 
sua causa entre as antigas alunas, tendo fundado casas religiosas por toda a Índia 
e, depois, no exterior. (MASSENSINI, 2011) 
O trabalho de Madre Tereza ficou conhecido no mundo todo, levando-a a 
receber o Prêmio Nobel da Paz em 1979. Então, podemos dizer que ela é um 
exemplo de empreendedora social. Podemos citar também o empreendedor 
Betinho, um transformador social. Você o conhece? Betinho realizou grandiosos 
projetos para a valorização da solidariedade e dos direitos humanos. 
(MASSENSINI, 2011) 
Esse tipo de empreendedorismo surge a partir de problemas sociais que 
apresentam impacto nos mais diversos setores, buscando gerar soluções eficientes 
e eficazes. 
A forma de se fazer o empreendedorismo social é caracterizado mais pela 
intuição do que pela racionalidade dos fatos. O empreendedor social é um 
sonhador, um visionário. Além de tudo isso, e o mais importante, talvez, é que ele 
é um grande realizador. Seu grau de confiabilidade, tanto no âmbito técnico daquilo 
que faz, como comportamental, moral, é altíssimo. A grande mobilização das 
pessoas se dá, via de regra, por esse grau de confiabilidade. (MASSENSINI, 2011) 
 
 
 
 
 
 
 
Empreendedorismo Start-up ou de Negócios 
 
 
25 
 
 
Fonte: exame.abril.com.br 
Esse tipo de empreendedorismo está focado na criação de novos negócios. 
E, para a implementação de um novo negócio, existem vários desafios a serem 
enfrentados: conquistar uma clientela, enfrentar concorrentes, oferecer produtos ou 
serviços com diferenciais competitivos. (MASSENSINI, 2011) 
Esse empreendedor é aquele que não tem medo das críticas, das “batalhas”, 
dos conflitos. É um grande planejador. 
Todos esses aspectos são importantes para a sustentabilidade do 
empreendimento. O empreendedorismo de start-up trabalha com empreendedores 
potenciais e empresas em estágio inicial. O desenvolvimento deste tipo de atividade 
é mobilizado através de palestras, capacitações, consultorias etc. (MASSENSINI, 
2011) 
E você? Conseguiu se identificar em algum tipo de empreendedorismo? Você 
verá, no decorrer desse componente curricular, que muitas pessoas, normalmente 
ex-funcionários, sem o preparo suficiente, resolvem arriscar e abrir um negócio no 
mercado em busca de realizar o sonho da independência financeira. Porém, são 
poucos que se conseguem manter e realmente estabelecer seu empreendimento. 
(MASSENSINI, 2011) 
Esses certamente contribuem muito para o desenvolvimento econômico do 
país. Já, uma grande maioria, não alcança êxito por vários fatores e, aí, acabam por 
encontrar uma nova decepção, pois o negócio não se consegue manterno mercado. 
 
26 
 
Não se assuste! É claro que, se um dia você desejar ser o dono de seu 
próprio negócio, utilizará todos os ingredientes propostos no decorrer dessas aulas, 
certo? Se houver um bom planejamento, certamente os riscos de um 
empreendimento dar errado, serão muito menores. (MASSENSINI, 2011) 
 
6.2 Características do empreendedor 
Vamos conhecer nesse item as principais características do empreendedor, 
elencadas pelo SEBRAE. 
 
a) Busca oportunidades e tem iniciativa 
 
• Faz as coisas antes de ser solicitado ou antes de ser forçado pelas 
circunstâncias. 
• Age para expandir o negócio a novas áreas, produtos ou serviços. 
• Aproveita oportunidades fora do comum para começar um negócio, obter 
financiamentos, equipamentos, terrenos, local de trabalho ou assistência. 
 
b) Corre riscos calculados 
 
• Avalia alternativas e calcula riscos deliberadamente. 
• Age para reduzir os riscos ou controlar os resultados. 
• Coloca-se em situações que implicam desafios ou riscos moderados. 
 
c) Exige qualidade e eficiência 
 
• Encontra maneiras de fazer as coisas melhor, mais rápidas, ou mais 
baratas. 
• Age de maneira a fazer coisas que satisfazem ou excedem padrões de 
excelência. 
 
27 
 
• Desenvolve ou utiliza procedimentos para assegurar que o trabalho seja 
terminado a tempo ou que o trabalho atenda a padrões de qualidade previamente 
combinados. 
 
d) Persistência 
• Age diante de um obstáculo significativo. 
• Age repetidamente ou muda de estratégia a fim de enfrentar um desafio ou 
superar um obstáculo. 
• Assume responsabilidade pessoal pelo desempenho necessário para 
atingir metas e objetivos. 
 
e) Comprometimento 
 
• Faz um sacrifício pessoal ou despende um esforço extraordinário para 
completar uma tarefa. 
• Colabora com os empregados ou se coloca no lugar deles, se necessário, 
para terminar um trabalho. 
• Esmera-se em manter os clientes satisfeitos e coloca em primeiro lugar a 
boa vontade em longo prazo, acima do lucro em curto prazo. 
6.3 Perfil do empreendedor brasileiro 
Segundo a Babson College, escola de negócios de Massachusetts (EUA), o 
Brasil é um dos países mais empreendedores do mundo. A Mídia Dados, instituto 
que oferece informações sobre meios de comunicação, mostrou, em 2010, que a 
população brasileira é a que navega por mais tempo na rede e o número de usuários 
ativos supera 29 milhões (HART, 2003, Apud SANTOS et al., 2016). 
No Distrito Federal, 59% da população têm acesso à internet. Aliado a isso 
estão o barateamento de softwares e computadores e campanhas pela inclusão 
digital que auxiliam a popularizar a rede e fazem do brasileiro um consumidor em 
potencial para o mercado online. Todos esses aspectos oferecem ao 
 
28 
 
empreendedorismo digital chances de sucesso (IBGE, 2008, Apud SANTOS et al., 
2016). 
O brasiliense Adriano Gurgel, 34, trabalha com tecnologia desde 1990 e, em 
2005, ajudou a fundar a agência de marketing digital Conectando Pessoas, por 
observar o crescimento das oportunidades da web. A empresa atende mensalmente 
cerca de dez clientes, compostos por empresas de médio e grande porte de todo o 
país. Os negócios são fechados mediante reunião presencial ou por contato online 
e o objetivo é desenvolver uma estratégia de comunicação integrada. “Conectar 
pessoas é extremamente interessante para qualquer negócio e isso ganhou força 
com as redes sociais. Novas tecnologias e estratégias surgem rapidamente, é 
preciso se atualizar constantemente, mas é muito gratificante estudar e trabalhar 
com isso", explicou o empresário (CAETANO, 2014, Apud SANTOS et al., 2016). 
E, mesmo que a empresa não seja um negócio virtual, é importante estar 
conectada à internet com site próprio e com perfis nas redes sociais. Isso porque 
boa parte dos consumidores consulta informações na rede antes de efetuar uma 
compra e pode comprar tanto por meio físico, quanto por meio digital. Um 
estabelecimento integrado à web pode receber mais credibilidade, ser mais popular 
e acessível e difundir mais promoções e produtos. (Apud SANTOS et al., 2016) 
Toda nova opção de comércio abre espaço para novas mercadorias, traz 
lucro e circulação de capital gera empregos e, consequentemente, acarreta 
desenvolvimento financeiro e social. Seria um desperdício não usufruir de mais um 
modo de movimentação da economia que é benéfico para investidores, população 
e governo. (Apud SANTOS et al., 2016) 
 
29 
 
6.4 Empreendedorismo digital 
 
Fonte: crieseunegocioonlineagora.com 
A Internet possui um papel fundamental no processo de criação de empresas 
no meio digital. Limeira (2007) descreve o significado da palavra Internet como a 
junção das palavras rede interconectada (interconnected network) e também a 
designa como a rede pública mundial de computadores interli-gados por cabos ou 
tecnologias sem fio (wireless). O poder dessa tecnologia é significativo, permitindo 
a interação entre pessoas a baixo custo e a uma velocidade muito grande. (Apud 
PEREIRA; BERNARDO, 2016) 
Existem diversos tipos de serviços que integram a Internet. Limeira (2007, 
Apud PEREIRA; BERNARDO, 2016) cita como exemplos: o correio eletrônico (e-
mail) que possibilita a troca de mensagens e arquivos entre usuários por meio de 
computadores; salas de bate-papo (chats), local em que as pessoas podem 
conversar em tempo real, por meio do dispositivo eletrônico; websites (endereço na 
rede, constituído por uma coleção de páginas web, cuja porta de entrada é sempre 
sua home page); blogs, entre outros. 
O comércio via Internet está entre os dez setores empresariais mais atrativos 
para os futuros empreendedores. Um dos motivos é o fato de o investimento ser 
relativamente mais baixo se comparado à criação de uma empresa física; ao mesmo 
 
30 
 
tempo, deve ser dada atenção à acirrada concorrência dos grandes varejistas 
virtuais, pois se a empresa não conseguir atrair clientes para sua loja virtual 
dificilmente conseguirá se manter no mercado (DEGEN, 2009, Apud PEREIRA; 
BERNARDO, 2016). 
A Internet possibilita criar uma vitrine para o mundo em que um pequeno 
negócio tem seus produtos ou serviços expostos a qualquer pessoa com acesso à 
rede, assim como as empresas maiores. Os clientes conseguem ter um maior poder 
de escolha, uma vez que é possível realizar pesquisas de maneira ágil e comparar 
os preços e prazos de entrega entre os concorrentes de modo fácil pela Internet, 
sem que haja deslocamentos. Desse modo, o candidato a empreendedor deve abrir 
um negócio na Internet e assumir os riscos se tiver uma vantagem competitiva em 
relação a seus concorrentes (DEGEN, 2009; LIAO; KICKUL; MA, 2009). Também 
pode haver, entretanto, pontos negativos, como a falta de segurança, falta de 
infraestrutura em telecomunicações e acesso à rede (GOMES, 2003). (Apud 
PEREIRA; BERNARDO, 2016) 
O conjunto de informações e de características atribuídas pelo 
empreendedor digital naquilo que o faz definir os contornos e o modelo do seu 
negócio é muito grande, mostrando-se distinto da empresa física. Pode acontecer 
de os empreendedores focarem tanto em suas competências tecnológicas que 
deixam em segundo plano as questões ligadas à gestão do negócio, à logística, aos 
recursos humanos, às finanças ou a qualquer outro assunto vital para a 
sobrevivência e crescimento da empresa (TOMAZ, 2001 Apud PEREIRA; 
BERNARDO, 2016). 
Para evitar que ocorram maiores problemas durante a execução do negócio 
digital, o empreendedor deve levar em consideração algumas variáveis e decisões 
a serem tomadas, como apresenta Tomaz (2001): quem serão os clientes que a 
empresa atenderá, como será esse atendimento, quais serão os produtos e serviços 
disponíveis, o sistema de produção e de distribuição, a marca, o mercado, a 
localização, os sócios, os insumos, os fornecedores, os recursos financeiros, as 
tecnologias a serem adotadas, as formas de aliançasque serão estabelecidas com 
empresas, entre outras. Note-se que as preocupações são semelhantes à execução 
 
31 
 
de um negócio físico, porém a operacionalização é totalmente diferente. (Apud 
PEREIRA; BERNARDO, 2016) 
 
As empresas que decidem ingressar nos negócios digitais devem passar por 
cinco principais mudanças: 
(1) digitalização – ter todas as informações da empresa de modo digital; 
(2) globalização – encontro com pessoas e organizações de qualquer lugar 
do mundo; 
(3) mobilidade – torna-se possível aos funcionários acessarem os dados da 
empresa de qualquer lugar; 
(4) trabalho em grupos virtuais – colaboradores e parceiros podem trabalhar 
juntos em um projeto a partir de qualquer lugar físico; 
(5) informações em tempo real – possibilidade de acesso instantâneo aos 
dados da empresa. 
 
Para Tomaz (2001, p. 33) “criar uma empresa com elevado nível de 
virtualização é, da mesma forma, uma perspectiva de competir baseado nos novos 
modelos de negócio”. (Apud PEREIRA; BERNARDO, 2016) 
 
Fagundes (2004, Apud PEREIRA; BERNARDO, 2016) também descreve três 
visões que devem ser observadas para as empresas que desejam ser competitivas 
no mercado atual: 
(a) melhorias de processos existentes por meio de ferramentas do e-
business. 
(b) intenção de crescimento constante e repensar na maneira como realiza 
seus negócios. 
(c) redefinição total do seu negócio para garantir sua permanência no 
mercado futuro. 
 
Atualmente os consumidores e colaboradores de uma organização têm 
acesso e estão expostos a uma quantidade enorme de informações. Com isso, 
 
32 
 
houve uma transformação no modo como os produtos e serviços são descobertos, 
pesquisados, avaliados e recomendados. A preocupação por parte dos clientes 
quanto à localização da loja não é mais tão relevante quanto a confiabilidade, 
agilidade na entrega e na segurança em relação ao tratamento de seus dados e 
informações pessoais (FAGUNDES, 2004, Apud PEREIRA; BERNARDO, 2016). 
De acordo com Gomes (2003), por meio da transformação tecnológica que 
afetou a maneira de fazer negócios, principalmente considerando as oportunidades 
criadas pela Internet, surgem então novos termos como: “e-empreendedor”, “web-
empreendedor”, ou ainda “empreendedor virtual”. Além do perfil, das habilidades e 
conhecimentos que o empreendedor tradicional possui, o e-empreendedor 
necessita também ter domínio das tecnologias modernas e do contexto das 
necessidades humanas e também de como satisfazê-las, inclusive de desvendá-las 
por meio do uso da tecnologia da informação. (Apud PEREIRA; BERNARDO, 2016) 
Para Gomes (2003, p. 15), o empreendedor virtual deve ser um indivíduo que 
possua todos os requisitos necessários para ser um empreendedor, com algumas 
qualidades mais evidentes, como gerenciamento de inovação, identificador de 
tendências, descobridor de nichos e principalmente deve conhecer muito bem o 
ramo em que atua. (Apud PEREIRA; BERNARDO, 2016) 
O empreendedor virtual está envolvido no e-business. Segundo Turban e 
King (2004, Apud PEREIRA; BERNARDO, 2016) o e-business pode ser 
caracterizado como uma definição mais ampla do comércio eletrônico, já que não 
inclui somente a compra e venda de produtos e serviços, mas também a prestação 
de serviços, cooperação de parceiros comerciais e a realização de negócios 
eletrônicos dentro de uma organização. 
O e-business pode ser caracterizado como transações comerciais 
conduzidas por meio de redes públicas ou privadas, incluindo: transferências 
financeiras, bolsas de ofertas on-line, leilões, distribuição de produtos e serviços, 
atividades de cadeias de suprimento e redes integradas de empresas 
(CUNNINGHAM, 2001, Apud PEREIRA; BERNARDO, 2016). 
É possível notar a diferença entre os conceitos de e-commerce e e-business, 
pois o primeiro inclui os processos que envolvem consumidores, fornecedores e 
 
33 
 
parceiros de negócios, como vendas, marketing, recepção de pedidos, entregas e 
programas de fidelidade. Já o segundo engloba o e-commerce e outros processos 
organizacionais, como produção, administração de estoques, recursos humanos, 
finanças, estratégias, entre outros. Percebe-se então que o e-business abrange 
toda a cadeia de valor dos processos de negócio no meio virtual, enquanto o e-
commerce limita-se às transações comerciais de compra e venda (LIMEIRA, 2007, 
Apud PEREIRA; BERNARDO, 2016) 
 
Excesso de profissionais no mercado, insuficiência de vagas de trabalho, 
insatisfação ao cumprir horário fixo, falta de ocupação que atenda interesses 
profissionais e pessoais, vontade de colocar novas ideias em prática e escassez de 
capital para arcar com custos de uma empresa são alguns motivos que levam 
profissionais a investirem em empreendimentos virtuais (SCHMIEMANN, 2008, 
Apud SANTOS et al., 2016). 
Há vários serviços e produtos oferecidos na rede mundial de computadores 
e, antes de iniciar um desse tipo, é necessário analisar algumas questões: se a ideia 
é boa o suficiente, se existem possíveis clientes, se há potencial para o negócio 
sobreviver à concorrência e se o lucro a ser obtido compensa o esforço. Para 
colocar o projeto em prática, outros pontos ainda devem ser considerados: como, 
onde, quando, com quem e com que dinheiro será feito (OECD, 2009, Apud 
SANTOS et al., 2016). 
Lojas de jogos, maquiagem e produtos de beleza, brechós, agências e 
empresas de comunicação, web design, consultoria em áreas específicas, sites de 
compras coletivas e outros negócios virtuais já são realidade na maioria dos países. 
E muitos deles se utilizam de recursos gratuitos: sites como Wordpress, Blogspot, 
Twitter, Facebook, Orkut, Youtube e Flickr (OECD, 2009, Apud SANTOS et al., 
2016). 
Diversas vantagens cercam o mercado online: os gastos para começar são 
menores e os custos são relativamente baixos em recursos humanos, manutenção, 
logística e marketing. A sustentação de sites costuma ter taxa mensal inferior a 90 
reais e os sites de busca, como o Google, oferecem serviços de anúncios, marketing 
 
34 
 
e análise de dados baratos e vantajosos (SCHMIEMANN, 2008, Apud SANTOS et 
al., 2016). 
Não é preciso gastar muito com propaganda: atualmente, banners expostos 
em sites podem ter menos peso do que a opinião de um blogueiro que escreve 
sobre o assunto. Além disso, a necessidade de infraestrutura é menor, há grande 
velocidade nas vendas e facilidade de acesso a novos mercados, é possível ter 
horários flexibilizados e otimização de tempo. E, para quem tem familiaridade com 
essa mídia, é mais fácil trabalhar em meio virtual. Porém, caso não exista 
planejamento e organização, as chances de falhar são grandes. A internet já oferece 
a maioria dos recursos necessários, basta então ter perfil empreendedor e se 
aprofundar na área de negócios para fazer o empreendimento evoluir (HART, 2003, 
Apud SANTOS et al., 2016). 
Levantamento do IBGE (2010), a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico 
revelou que 33,3% das lojas e empresas online fecham com menos de dois anos 
de existência, por falta de experiência administrativa e comercial. A capacitação de 
todos os que trabalham na empresa, seja ela online ou não, é essencial. Mas no 
caso de um serviço na web, é preciso ter preparo específico, por meio de cursos e 
treinamentos, para lidar com a complexidade do universo eletrônico. É necessário 
ter também perseverança, pois são comuns os períodos de instabilidade financeira 
até que a marca se firme no mercado e passe a gerar lucro. Por isso, uma opção é, 
inicialmente, continuar com emprego fixo, por garantia, e, ao mesmo tempo, 
trabalhar online. (Apud SANTOS et al., 2016) 
Planejamento, organização, foco e entusiasmo devem ser adquiridos por 
quem atua nesse ramo. Deve-se também analisar questões legais para implantação 
do negócio, conseguir empregados dedicados, saber lidar com todo tipo de pessoa, 
elaborar um plano de negócios adequado, estabelecerquais são os produtos e os 
preços de cada um, conhecer bem o público alvo, a concorrência, os fornecedores 
e definir como será a comunicação com os clientes. 
Na internet é preciso também se prevenir contra fraudes nos pagamentos por 
cartão de crédito e monitorar os dados do negócio frequentemente. Por último, não 
cair na inércia digital: mesmo que o negócio tenha sucesso num ano, as estratégias 
 
35 
 
usadas naquele período podem não funcionar em outro. Essa mídia é dinâmica, 
novas tendências e formas de interação surgem rapidamente e é indispensável o 
negócio se adaptar a isso e estar sempre aberto a aperfeiçoamentos e 
modificações. (Apud SANTOS et al., 2016) 
6.4.1 Vantagens econômicas e sociais do empreendedorismo digital 
 
No decorrer das décadas o empreendedorismo tem desempenhado um 
importante papel no crescimento econômico, visto que é responsável pelo aumento 
significante de produtos e serviços disponibilizados no mercado, além de gerar um 
grande número de empregos (ROLDÃO; MONTE-MOR; TARDIN, 2018, Apud 
OLIVEIRA et al., 2019). 
A partir do crescimento econômico, ocorre o desenvolvimento econômico, o 
qual é mais abrangente, pois leva em consideração a estrutura econômica e social 
de uma determinada região, enquanto o crescimento econômico leva em 
consideração apenas a renda per capita (PEREIRA, 1962, Apud OLIVEIRA et al., 
2019). 
Crescimento e desenvolvimento econômico andam juntos também no 
empreendedorismo, uma vez que há aumento do Produto Interno Bruto (PIB), as 
pessoas passam a ter maiores chances de melhorarem suas condições sociais. 
Empreendedores também podem contribuir com o desenvolvimento social, através 
de ações voltadas para o bem-estar da sociedade. 
Com a disseminação da internet, empreender digitalmente é uma grande 
vantagem econômica, visto que através da internet é possível comercializar seus 
produtos e serviços em qualquer lugar do mundo com custos menores, do que os 
de um empreendimento físico. “O comércio eletrônico através da internet é o ramo 
de atividade econômica que mais cresce no mundo” (FAGUNDES, 2004, p. 24, 
Apud OLIVEIRA et al., 2019). Neste ambiente virtual, tanto pequenas quanto médias 
e grandes empresas podem divulgar seus produtos e serviços e assim se 
consolidarem na rede mundial de computadores. 
Além de vantagens econômicas, o empreendedorismo digital aliado ao 
empreendedorismo social, pode também contribuir com a melhoria da qualidade de 
 
36 
 
vida das pessoas. Para Najberg et al. (2018), empreendedorismo social designa a 
criação de oportunidades para a sociedade. Este empreendedor tem como objetivo 
solucionar problemas sociais, de curto, médio e longo prazo, como retirar pessoas 
que estão em situação de risco social e ajudá-las a superar suas dificuldades, o que 
causa impacto direto sobre o crescimento e desenvolvimento econômico. (Apud 
OLIVEIRA et al., 2019) 
Kohn e Moraes (2007) caracterizam que há algum tempo a tecnologia era 
vista como algo de outro mundo, ou algo ainda distante da realidade. No entanto, o 
ciclo de implantação de novas tecnologias é cada vez mais acelerado, com 
mudanças importantes num curto espaço de tempo. Ainda de acordo com os 
autores os resultados desse processo são evidentes, sendo que essas 
transformações mudaram o cenário social na busca pela melhoria e pela facilitação 
da vida e das práticas dos indivíduos. (Apud OLIVEIRA et al., 2019) 
Castells (1999) defende que a revolução tecnológica institucionaliza o que é 
a sociedade hoje; com base nas informações transformou o pensar, o produzir, o 
negociar, o comunicar, viver, morrer, fazer guerra e fazer amor, demonstrando 
configurações monumentais que procederam e influenciaram a era da informação 
e do digital. De acordo com Lévy (2010), a tecnologia modifica proximidades e 
práticas, isto é, o espaço pertinente para as comunidades humanas. O virtual traz 
benefícios para a sociedade, desde que as novas formas de se comunicar sejam 
usadas com um mínimo senso. (Apud OLIVEIRA et al., 2019) 
O empreendedorismo digital aliado ao empreendedorismo social busca 
proporcionar a inclusão digital de todas as classes econômicas, possibilitando que 
todas as pessoas sejam capazes de ter acesso à internet (OLIVEIRA; ROCHA; 
PINTO, 2009). Dessa forma, a vantagem do empreendedorismo digital para a 
sociedade é oferecer por meio da internet produtos e serviços com preços 
acessíveis, possibilitando que os indivíduos sejam inseridos na economia de forma 
igualitária. (Apud OLIVEIRA et al., 2019) 
 
 
 
37 
 
6.4.2 Oportunidades do empreendedorismo digital 
 
Através da internet é possível criar uma vitrine de uma empresa para o 
mundo todo, onde qualquer pessoa poderá visualizar seus produtos e serviços, 
independente de que ela seja uma microempresa ou uma multinacional. 
Uma das vantagens de se ter acesso ao meio digital é que através da 
internet, os clientes podem ter acesso as mais variadas opções, além de poderem 
pesquisar e comparar preços e atributos de uma empresa para a outra, e assim 
poder escolher a melhor opção. Sendo assim, o empreendedor que deseja ingressar 
no meio digital deve ter em mente que precisa assumir riscos para obter vantagem 
competitiva em relação aos seus concorrentes (PEREIRA; BERNARDO, 2016, 
Apud OLIVEIRA et al., 2019). 
Como Tomaz (2001) ressalta, embora o número de empreendedores tenha 
crescido significativamente, algumas barreiras como dificuldades em se obter 
crédito, maiores níveis de instrução e a falta de apoio às empresas tem sido motivo 
para que alguns empreendimentos não obtenham sucesso. (Apud OLIVEIRA et al., 
2019) 
Entretanto, muitas empresas estão aderindo ao meio digital para se 
relacionarem com seus fornecedores e clientes de maneira mais eficaz. Não só as 
empresas que estão surgindo agora, como também as empresas tradicionais 
enxergaram na internet uma maneira rentável e eficiente de vender seus produtos 
e serviços e negociar com seus fornecedores. 
“As empresas que terão sucesso na próxima década serão aquelas que 
utilizam ferramentas digitais para reinventar sua maneira de trabalhar. Essas 
empresas tomarão decisões com rapidez, atuarão com eficácia e irão atingir direta 
e positivamente seus clientes” (GATES, 1999, Apud OLIVEIRA et al., 2019). 
O comportamento dos consumidores mudou e fez com que as empresas 
também mudassem. Não basta mais somente vender, é necessário estabelecer um 
relacionamento com seu cliente, entender seu comportamento e utilizá-lo de 
maneira eficaz. Através da internet é possível realizar essas tarefas de maneira 
rápida e detalhada, conquistando assim um maior número de clientes e aumentando 
a possiblidade de fidelizá-los. 
 
38 
 
Com o crescimento impressionante das redes sociais como Facebook e 
Instagram, as empresas passaram a enxergar nesses canais uma grande 
oportunidade de se aproximar de seus clientes de uma forma rápida e barata. 
Conforme afirmam Vieira e Pelissari (2018), as redes sociais se tornaram uma 
grande aliada dos empreendedores que desejam elaborar suas estratégias 
conforme o perfil de seus clientes, pois na internet as pessoas costumam fornecer 
“gratuitamente” informações preciosas como suas preferências e hábitos. (Apud 
OLIVEIRA et al., 2019) 
Diante destes fatos, o empreendedor passou a enxergar no meio digital 
oportunidades rentáveis para seu negócio. Os consumidores preferem comprar no 
conforto de sua casa, podendo comparar produtos e serviços das mais variadas 
empresas com apenas um clique. 
Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas 
(SEBRAE) (2009, Apud OLIVEIRA et al., 2019), as pessoas passam até três vezes 
mais tempo na internet do que assistindo TV, por exemplo. Consequentemente, os 
números de compras realizadas pela internet aumentaram consideravelmente. 
Visto que os consumidores passaram a ter maior liberdade em suas compras, 
os empreendedorestambém passaram a ter em seus negócios. Picinini (2018) 
afirma que através do empreendedorismo digital é possível ganhar dinheiro em 
qualquer lugar e em qualquer horário. (Apud OLIVEIRA et al., 2019) 
As oportunidades do meio digital não são somente para as empresas que 
estão começando agora, mas também para aquelas que já estão há bastante tempo 
no mercado e que desejarem se expandir para a internet. Ferris (2008) aponta como 
oportunidades a liberdade de se trabalhar em algo que realmente seja satisfatório e 
ter flexibilidade na jornada de trabalho. (Apud OLIVEIRA et al., 2019) 
Com sua empresa conectada à internet, o empreendedor pode geri-la de 
qualquer lugar do mundo, até mesmo no conforto de sua casa, tendo a liberdade de 
decidir quanto tempo quer trabalhar durante o seu dia. Sem contar que não será 
necessário enfrentar o trânsito para chegar a sua empresa e assim terá mais tempo 
tanto para se dedicar a ela, quanto para tirar um tempo livre. 
 
39 
 
Cintra (2010) cita como oportunidades do empreendedorismo digital os 
custos menores, uma vez que não é necessário se ter muitos funcionários ou até 
mesmo nenhum, além da competitividade igualitária entre pequenas, médias e 
grandes empresas. Outra oportunidade é a eficiência na divulgação de seus 
produtos e serviços, pois através da internet é possível divulgá-los de forma 
abrangente, conquistando assim um maior número de clientes. (Apud OLIVEIRA et 
al., 2019). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
MASSENSINI, Ariana Ramos Massensini. Empreendedorismo. Pelotas-RS: 
Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT, 2011. 94 p. 
 
MEIRELLES, Durval Correa et al. Empreendedorismo, Inovação & Startup. 378. 
ed. Maringá-PR: Unicesumar, 2018. 252 p. ISBN 978-85-459-1724-3. 
 
MORENO, Romário de Lima. Empreendedorismo Digital: Desafios da Utilização 
do E-Business. Orientador: Carlaile Largura do Vale. 2015. 40 f. Trabalho de 
Conclusão de Curso (Bacharel em Administração) - Fundação Universidade Federal 
de Rondônia - UNIR, Cacoal / RO, 2015. 
 
OLIVEIRA, Aline Aparecida Sousa et al. EMPREENDEDORISMO DIGITAL: SUAS 
CONTRIBUIÇÕES NO ÂMBITO ECONÔMICO E SOCIAL. Revista Eletrônica: 
Organizações e Sociedades, Iturama -MG, v. 08, n. 9, p. 56-68, 2019. 
 
PEREIRA, J. A. ; BERNARDO, A. . Empreendedorismo Digital: estudo do Projeto 
Negócios Digitais desenvolvido pelo SEBRAE-PR em Maringá. Desenvolvimento 
em Questão, v. 14, p. 293, 2016. 
 
SANTOS, Luciano Montanaro Alves dos et al. Empreendedorismo Digital: O novo 
nicho brasileiro. Rev. Conexão Eletrônica, Três Lagoas -MS, v. 13, n. 1, p. 1- 9, 
2016.

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