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AO JUÍZO DE DIREITO DA... VARA (EXECUÇÕES FISCAIS, FAZENDA PÚBLICA, CÍVEL, ÚNICA) DA COMARCA X PROCESSO Nº ... JOÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG n°..., inscrito no CPF sob o nº..., residente e domiciliado..., com endereço eletrônico..., por meio de seu advogado que esta subscreve (procuração anexa), com endereço profissional para receber todas as informações processuais..., vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento no art. 5º, XXXV e LV, da Constituição Federal e em conformidade com a Súmula 393 do STJ, apresentar EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE Nos autos da Execução Fiscal proposta pelo MUNICÍPIO X, pessoa jurídica de direito público interno, inscrita no CNPJ sob o nº..., com endereço... e endereço eletrônico..., na pessoa de seu representante legal, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos; I- DOS FATOS O executado, em 2013 ingressou como sócio da sociedade D Ltda. Como já trabalhava em outro local, João preferiu não participar da administração da sociedade. Em janeiro de 2023, o Município X, ao verificar que a D Ltda. deixou de pagar o IPTU lançado no ano de 2014, referente ao imóvel próprio em que tem sede, inscreveu a sociedade em dívida ativa e ajuizou execução fiscal em face desta, visando à cobrança do IPTU e dos acréscimos legais cabíveis. Após a citação da pessoa jurídica, que não apresentou defesa e não garantiu a execução, a Fazenda Municipal solicitou a inclusão do executado no polo passivo da execução fiscal, em razão de sua participação societária na executada, o que foi deferido pelo Juiz e citado em abril de 2023. Ocorre que, a parte executada alega passar por uma crise financeira e não possuir bens passíveis de penhora, com base nisso, é analisada a existência de prova documental inequívoca de seu direito. II- DO CABIMENTO Com fulcro nos preceitos do 5º, XXXV e LV, da Constituição Federal e em conformidade com a Súmula 393 do STJ, é direito do executado a exceção de pré-executividade na execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória. III- DO DIREITO III.I- Da responsabilidade tributária Fundamentado pelo art. 135, inciso III do CTN, só devera ser cobrado tais débitos tributários aquele que de fato exerça cargo de responsabilidade na sociedade empresária, que não é o caso do executado. Art. 135: “São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: III - Os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.” Complementando tal entendimento, a Sumula 430 do STJ dispõe: “O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio gerente”. Ou seja, para que de fato configurasse tal responsabilidade tributária, seria necessário outros requisitos além deste, afastando tal responsabilidade do executado que não se enquadra nos quesitos. III.II- Da prescrição da cobrança tributária Diante dos fatos, é notório que, é improcedente tal cobrança do tributo, uma vez que, o mesmo é referente ao ano de 2014 e está sendo cobrado em 2023, 8 (oito) anos após o lançamento de tal fato gerador, sendo assim, já esta prescrita tal cobrança, já que o prazo é de até 5 (cinco) anos, como dispõe o art. 174 do CTN. IV- DO CABIMENTODE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS Mediante aos fundamentos jurisprudenciais: “É possível a condenação da Fazenda Pública ao pagamento de honorários advocatícios em decorrência da extinção da Execução Fiscal pelo acolhimento de Exceção de Pré-Executividade. 2. Recurso Especial parcialmente conhecido e, nessa parte, provido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC e ao art. 8º da Resolução STJ 8/2008”. (REsp 1185036/PE, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 08/09/2010, DJe 01/10/2010). Sendo assim, requer que o exeqüente realize o pagamento das verbas e honorários advocatícios. V- DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer-se: a) A intimação do Município X, por meio de seu representante legal, para, querendo, responder aos termos da exceção; b) O acolhimento da exceção arguida, em face da documentação acostada, reconhecendo indevida a execução e nula a CDA, nos termos do art. 803, I,do CPC e Súmula 393 do STJ; c) A condenação da exequente ao pagamento das verbas relativas aos honorários advocatícios, nos moldes do art. 85, §3º, do CPC. Nesses termos, Pede deferimento. Local ..., data ... Advogado ..., OAB.../n... No dia, do mês de 2019, o Município Beta, ora réu, por intermédio da Portaria de nº 123, instituiu taxa referente a coleta de lixo, cuja exigência efetivamente se dá a partir de 1º de janeiro de 2020. O referente tributo será exigível mensalmente, devendo ser pago pelos proprietários dos imóveis localizados no referido Município que fazem a utilização do serviço de coleta, sendo o mesmo calculado de forma proporcional a metragem do imóvel. Aautora,jáqualificadanosautos,proprietáriade imóvelnoMunicípio,inconformadacomainstituiçãodoreferidotributo, pretende ter resolvida a questão aqui colocada, de modo a impedir a presente cobrança tributária No dia, do mês de 2019, o Município Beta, ora réu, por intermédio da Portaria de nº 123, instituiu taxa referente a coleta de lixo, cuja exigência efetivamente se dá a partir de 1º de janeiro de 2020. O referente tributo será exigível mensalmente, devendo ser pago pelos proprietários dos imóveis localizados no referido Município que fazem a utilização do serviço de coleta, sendo o mesmo calculado de forma proporcional a metragem do imóvel. Aautora,jáqualificadanosautos,proprietáriade imóvelnoMunicípio,inconformadacomainstituiçãodoreferidotributo, pretende ter resolvida a questão aqui colocada, de modo a impedir a presente cobrança tributária
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