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RECURSOS FISIOTERAPEUTICOS PARA DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA

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RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS PARA DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA
OBSTRUÇÃO BRÔNQUICA
Processo ocasionada pelo aumento da produção e retenção das secreções no trato respiratório (superior/inferior). Podendo ocorrer de forma difusa ou em um único brônquico.
 *Gerada por: tabagismo, poluição ambiental, poluição ocupacional, poluentes e alérgenos inaláveis.
Aumenta a incidência de doenças pulmonares.
A gravidade da obstrução de um brônquio varia inversamente proporcional ao diâmetro da sua luz.
MECANISMOS GERAIS DA OBSTRUÇÃO BRÔNQUICA
A luz brônquica pode encontrar-se estreitada ou diminuída por: 
● Obstrução extramural: Quando há uma estenose produzida por pressão externa.
 -aumento dos gânglios linfáticos no mediastino que ocluem o brônquio médio direito.
 ● Obstrução mural: Quando ocorre dentro da parede brônquica 
 -presença de carcinoma bronquial que se projeta dentro da luz do brônquio.
 -edema da mucosa brônquica
● Obstrução intraluminar
 -corpos estranhos aspirados ou as secreções espessas
A obstrução pode ser completa ou incompleta:COMPLETA
Não é possível nem fluxo de ar
Nem drenagem de secreção
INCOMPLETA
Há dificuldade de fluxo de ar
E de drenagem das secreções 
TIPOS DE OBSTRUÇÃO
# OBSTRUÇÃO INCOMPLETA OU PARCIAL
Atua como um mecanismo valvular, tendo passagem bidirecional ou unidirecional.
Depende do grau da estenose da luz brônquica e da natureza do processo patológico.
1- Obstrução com passagem bidirecional 
A luz do brônquio estará ligeiramente estreitada; 
● O ar pode passar além do local obstruído tanto para dentro quanto para fora; 
● Pode ocorrer: ronco ou sibilos (mecanismo bypass valve)
● Pode dar origem a uma discreta hipoventilação alveolar; 
● Aumento do trabalho respiratório; 
● Redução do volume do parênquima pulmonar distal a obstrução; 
● Pequena congestão capilar; 
● Leve transudação alveolar
2- Obstrução com passagem unidirecional 
A luz brônquica se oclui completamente durante a expiração;
 ● Saída do fluxo de ar - impedida. 
 **Ex: Tumor endobrônquico, unido a parede do brônquio por um pedículo. 
● Hiperdistenção alveolar (ruptura dos septos interalveolares, formando-se as bolhas enfisematosas)
# OBSTRUÇÃO COMPLETA
Brônquio completamente ocluído; 
● Promove atelectasia em parte do pulmão afetado;
MANIFESTAÇÕES CLÍNCAS DA OBSTRUÇÃO BRÔNQUICA
Depende do tipo de obstrução e da localização na arvore traqueobrônquica
 1- OBSTRUÇÃO PARCIAL DA TRAQUEIA
● Causa inspiração forte e prolongada; ● Ausculta pulmonar: estridor
● Retração supraesternal, supraclavicular, intercostais e na região epigástrica
 2- OBSTRUÇÃO BRÔNQUICA BIDIRECIONAL
● Turbulência produzida no fluxo aéreo no local da obstrução causa vibrações; 
● Estertores generalizados
 3- OBSTRUÇÃO BRÔNQUICA COMPLETA
● Quadro de atelectasia
DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA
Tem como principio básico o clearance mucociliar e as manobras de desobstrução.
A mucosa respiratória normal produz uma camada de secreção que a recobre e que se move da atividade ciliar até a faringe, onde é deglutida sem que o indivíduo perceba. Quando há expectoração ela é contaminada com células do orofaringe, bactérias, alimentos e saliva.
HIPERSECREÇÃO= GRANDE QUANTIDADE DE SECREÇÃO.
Quando a quantidade de muco é muito grande para os dois mecanismos o resultado é acúmulo de secreção.
TOSSE= mecanismo adicional para manutenção do clearance mucociliar
{● Camada sol: proporciona o meio adequado para o batimento ciliar 
● Camada gel: aprisiona material estranho ao aparelho respiratório.
● Cílios;}
RECURSOS PARA DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA
Existe varias modalidades com variações da mesma técnica ou diferindo apenas na intensidade de execução.
PERCUSSÃO
Produz uma onda de energia transmitida pelas vias aéreas; permitindo que secreções sejam deslocadas das paredes brônquicas; Essas secreções são mobilizadas nas regiões periféricas para as áreas centrais onde serão expelidas ou aspiradas. 
Deve ser realizada na expiração; 
● Mãos em concha com dedos e polegar aduzidos;
● Movimento sobre o tórax é rítmico; Mantendo a mesma força; ● Frequência em torno de 5HZ 
TAPOTAGEM
Quando a percussão é realizada com as duas mãos; De forma rítmica e alternada;
 Geralmente realizada com frequência elevada durante todo o ciclo respiratório. 
**Importante! 
Raramente usada.
● O tempo de execução do procedimento dependerá da ausculta pulmonar; 
● O fisioterapêuta pode moldar a sua mão para ajustar ao contorno do tórax do paciente.
● As condições do tórax (fratura de costelas, dor, metástases ósseas); 
● Deve ser evitada sobre a mama e proeminências ósseas. ● Idade; 
● Não deve provocar dor ou desconforto; ● O local anatômico; 
● A secreção (tipo e quantidade); ● Tolerância do paciente; 
VIBRAÇÃO
Pressão intermitente que se executa sobre a parede do tórax durante a expiração; Orientar o paciente a realizar uma inspiração profunda e mante-la por alguns segundos.
Mediante contrações isométricas repetidas do ombro e membro superior . 
● Frequência em torno de 12 a 16Hz. 
● O fisioterapeuta inicia a vibração e mantém durante todo o tempo expiratório. 
● Quando o paciente não é colaborativo - realizar a manobra no padrão respiratório do paciente. 
VIBRAÇÃO + COMPRESSÃO TÓRACICA
Deve ser realizada na direção e no sentido oposto ao movimento de expansão torácica para que os músculos sejam alongados e promovam maior ventilação na inspiração subsequente. 
 **Importante! Cuidado com pacientes que apresentam: Rigidez do tórax; Osteoporose intensa; Riscos de fraturas patológicas.
** Indicações e Formas de Utilização das manobras
 As manobras de desobstrução brônquica devem ser realizadas, quando possível associadas a postura de drenagem: posturas que utilizam a gravidade para facilitar a drenagem da secreção das áreas específicas dos pulmões. 
● Podem ser associadas também à respiração diafragmática e a expiração com resistência;
● Manobras devem ser realizadas em sincronismo com o ciclo do ventilador.
● Pacientes em ventilação mecânica; ● Redução da frequência respiratória; 
● Promove aumento do volume corrente; ● Redução do trabalho respiratório. 
DRENAGEM POSTURAL
 Usa-se a ação da gravidade para auxiliar a movimentação das secreções no trato respiratório, direcionando-as para as vias aéreas centrais onde poderão ser removidas através da tosse, promovendo também melhora da relação ventilação/perfusão
***Contra-indicações e Precauções da drenagem postural
● Não deve ser realizada em menos de uma hora após as refeições;
● Condições gerais do paciente ; ● Hemoptise;
● PO imediatos; ● PO de cirurgias cranianas; 
● Anastomose esofágica; ● Hernia de hiato; 
● Sonda nasogástrica fechada ● VM e insuficiência respiratória aguda; 
● Infarto do miocárdio; ● Arritmias e insuficiência cardíaca congestiva; 
● Angina ; ● Pneumotórax. 
TOSSE ASSISTIDA
 Realizada mediante um estímulo manual exercido sobre o tórax do paciente no momento que ele tenta tossir (ou com dificuldade)
● Pressão rápida; ● Região palmar de uma das mãos na região póstero superior do tórax;
 ● Paciente sentado; ● Repetida 2 ou 3 x. 
ESTIMULAÇÃO DA TOSSE
É realizada manualmente na parte sup da traqueia; Na cavidade nasal; No palato da boca; Ou na epiglote 
ACELERAÇÃO DE FLUXO EXPIRATÓRIO AFE) 
Consiste em um movimento toracoabdominal sincronizado
 Aumento ativo assistido ou passivo do volume de ar expirado;
● Coloca uma mão sobre o tórax dele (entre a fúrcula esternal e a linha intermamária); 
● A outra sobre o abdome (em cima do umbigo); 
● Movimento sincrônico aproximando as duas mãos do inicio ao fim da expiração
 
 TÉCNICA DE EXPIRAÇÃO FORÇADA/HUFFING 
Um ou dois esforços expiratórios (huffs) realizados com a glote aberta; 
● Favorece a tosse; 
● Menor alteração da pressão pleural;
 ● Menor probabilidade de colapso bronquiolar.
EXPIRAÇÃO LENTA COM A GLOTE ABERTA EM DL (ELTGO) 
 Inicia na capacidade residual e vai até o volume residual.
É uma técnica ativo-passiva ou ativa, na qual o paciente é posicionado em decúbito lateral e realiza expirações lentas, partindo da capacidade residual funcional (CRF) até o volume residual (VR) com a glote aberta;
Pulmão comprometido PRA BAIXO; Usa um bocal (ou língua pra fora); 
Movimento de torção na expiração aproximando as duas mãos, levando o diafragma na direção do ombro oposto; 
Dobrar bem as pernas do paciente. 
CICLO ATIVO DA RESPIRAÇÃO (CAR) 
É a combinação de técnicas de expiração forçada com controle da respiração e exercícios de expansão torácica
 ● O paciente pode estar sentado ou em decúbitos ou posições específicas de drenagem;
 ● A sequência da combinação compreende: relaxamento e controle da respiração, 
● Três a quatro exercícios de expansão torácica, 
● Relaxamento e controle respiratório; 
● Repetir três a quatro exercícios de expansão torácica, 
● Repetir o controle da respiração e relaxamento; ● Executar uma ou duas técnicas de expiração forçada; 
● Terminar com o controle da respiração e relaxamento. 
DRENAGEM AUTÓGENA (DA) 
Usa a própria respiração do paciente para drenar as secreções
● Inspiração e expiração lenta; ● Ativa; ● Controlado pelo paciente; ● VRE até VRI; 
● Controle respiratório em vários níveis de volumes pulmonares. 
DESOBSTRUÇÃO RINOFARÍNGEA RETRÓGRADA (DRR)
 Manobra de inspiração rápida e forçada;
 Utiliza o reflexo inspiratório como recurso para desobstrução da rinofaringe. 
● É destinada a crianças com menos de 24 meses e se baseia no princípio da nasoaspiração passiva. 
● A técnica pode ser aplicada sozinha ou complementada por instilação local de soro fisiológico.
DRRIN= ● Introduzir soro na narina da criança; ● Cabeça em ligeira extensão;
 ● No final da expiração, deve-se fechar a boca da criança com mão para induzir uma inspiração forçada
GLOSSOPULSÃO RETRÓGRADA (GPR)
Utilizada em pacientes pequenos com a finalidade de conduzir as secreções expulsas pela tosse contida no fundo da cavidade bucal. 
● O fisioterapeuta segura, com uma das mãos, a cabeça do paciente, o polegar deve ser apoiado sob o maxilar, na base da língua, impedindo a deglutição.
 ● Durante o tempo expiratório, o estreitamento provocado pelo apoio do polegar aumenta a velocidade do ar expirado impulsionando a secreção até a comissura labial. 
● O muco poderá então ser coletado, sendo assim indicada para exame macroscópico de secreção.

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