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Relacionamento humano APRESENTAÇÃO Provavelmente você já enfrentou conflitos ou dificuldades para conviver com algumas pessoas. Por mais que todos sejam seres humanos, há uma infinidade de particularidades e gênios que, muitas vezes, tornam as relações humanas bastante complexas. Viver de modo humano pode ser bastante desafiador. Entretanto, se você analisar as coisas como processo, é bem provável que comece a perceber que nem todos os seres humanos estão no mesmo nível de amadurecimento. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai compreender a proposta de um humanismo cristão, que tem por base uma sociedade solidária. Também vai fazer uma análise sobre colaboração internacional e sobre um conceito bastante caro à tradição católica, que é a subsidiariedade. Por fim, vai reconhecer a solidariedade como virtude moral que pode levar a um progresso integral e responsável. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Definir a proposta do humanismo cristão com base em uma sociedade solidária.• Analisar a colaboração internacional e o princípio de subsidiariedade.• Reconhecer a solidariedade como virtude moral que leva ao progresso responsável e integral. • DESAFIO Com certa frequência você sabe ou observa que há em muitos países movimentos de povos. Pessoas que, por perseguição local ou pelo sonho de uma vida melhor, abandonam sua terra natal e migram para outros territórios em busca de novas oportunidades. Você exerce liderança no seu bairro e é conhecido em seu município, onde há um contingente considerável de pessoas que abandonaram seu país de origem. Algumas dessas pessoas estão na praça da cidade pedindo ajuda para ficar e recomeçar suas vidas, visto que não podem mais regressar à sua terra natal. Como você é uma liderança, é procurado pelas autoridades locais para intermediar o diálogo com a sociedade civil acerca dos imigrantes. Como você resolveria essa situação? INFOGRÁFICO Planejar o que se quer fazer é sempre importante. Um velho dito popular afirma que para quem não sabe onde vai qualquer caminho serve. Um método pedagógico amplamente utilizado no trabalho pastoral da Igreja com a juventude a partir do início do século XX pode ser bastante útil para ver onde se está, aonde se quer chegar e as ações necessárias para avançar. No Infográfico a seguir você vai saber mais sobre o método ver-julgar-agir. CONTEÚDO DO LIVRO Quando uma pessoa assume a adesão à determinada confissão religiosa, é comum perguntar as implicações práticas disso. Em se tratando de adesão à fé cristã, culturalmente muitas práticas pessoais são conhecidas, como, por exemplo, as orações e a frequência aos templos para celebrações. Porém a vida cristã se alarga para todas as dimensões da vida humana, não apenas a pessoal, mas em todo o nível social da existência. No capítulo Relacionamento humano, da obra Antropologia teológica e direitos humanos, que é base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai aprofundar seus conhecimentos sobre o que se entende por humanismo cristão e seu fundamento, que é a sociedade justa e solidária. Assim, vai poder perceber as implicações disso nas relações internacionais e a consequente importância do princípio da subsidiariedade, para, por fim, acolher a reflexão sobre a solidariedade pensada como virtude moral pela tradição da Igreja. Boa leitura. ANTROPOLOGIA TEOLÓGICA E DIREITOS HUMANOS Enir Cigognini Relacionamento humano Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Definir a proposta do humanismo cristão com base em uma sociedade solidária. Analisar a colaboração internacional e o princípio de subsidiariedade. Reconhecer a solidariedade como virtude moral que leva ao progresso responsável e integral. Introdução Em todas as sociedades, o apelo à solidariedade acompanha a vida co- mum dos cidadãos. A capacidade de se compadecer que acompanha a existência humana não é um comportamento apenas instintivo. Instin- tivamente, o ser humano pode até ser violento. Quando a solidariedade entra em pauta, o que está em jogo é muito maior. Aqui, começamos a tocar, conceitualmente falando, a base do humanismo cristão. Neste capítulo, você vai estudar a definição de humanismo cristão, verificando o seu fundamento residente em uma sociedade justa e soli- dária. Você também vai analisar a colaboração internacional cotejada pelo princípio da subsidiariedade e, por fim, vai reconhecer a solidariedade como uma virtude moral que pode levar ao progresso responsável e integral. Solidariedade como base do humanismo cristão Didaticamente, vamos olhar primeiro para o humanismo cristão e, depois, para a solidariedade. O humanismo tem o seu início no período conhecido como Renascença. A Renascença ocupa os séculos de XIV a XVI. Por ser um período relativamente curto, é uma espécie de transição de duas grandes épocas: a medieval e a moderna. De acordo com Vaz (2014, p. 80), a Renascença é chamada também Relacionamento humano2 de idade do humanismo; “[...] esse termo tem uma conotação peculiar: indica ao mesmo tempo uma nova sensibilidade em face do homem e a redescoberta e exaltação da literatura clássica”. É o renascer da cultura clássica que traz à luz uma visão da altíssima dignidade do homem na sua humanidade (homo humanus). Aqui, surge a primeira geração de pensadores do livro, isto é, autores que já operam con- ceitualmente de posse da maravilhosa tecnologia de impressão inventada por Johannes Gutenberg (1400–1468). Um autor que marca esse período é o cardeal alemão Nicolau de Cusa (1401–1464). Na sua obra, dois conceitos são fundamentais, do ponto de vista antropológico: a dignidade humana e a ideia do homem universal, conforme leciona Vaz (2014). Há uma dignidade inalienável no ser humano, e isso implica liberdade e uma dimensão que transcende a particularidade. De acordo com Bedouelle (2004), o humanismo cristão se apoia em uma visão teológica mediada pela encarnação, reconhecendo, dessa maneira, a dignidade e liberdade do ser humano criado por Deus. Disso resulta que o ser humano deve ser encaminhado à caridade, que é o fundamento da paz. A teologia da criação fundamenta a dignidade e a liberdade humana. Entretanto, isso não implica um fechamento em si mesmo. É, antes de mais, uma abertura à comunidade humana, manifesta pelo termo caridade. A Igreja, por meio de seu Magistério, passa a utilizar o conceito solida- riedade, sempre vinculado à noção de caridade, desde o pontificado de Pio II (1939–1958). Originalmente, o termo fora utilizado em âmbito jurídico e também filosófico. A partir do século XIX, a solidariedade “[...] foi considerada não mais como um fato, mas como valor, objeto de um dever [...] e substituto secular da caridade cristã, depois como base da moral”, conforme leciona Sesboüé (2004, p. 1.683). O emprego desse termo implica uma compreensão bastante precisa, manifesta no Catecismo da Igreja Católica (CAIC) (CONFERÊNCIA NACIO- NAL DOS BISPOS DO BRASIL, 2005), em que se afirma ser a solidariedade um princípio e uma exigência da fraternidade humana e da fraternidade cristã. Assim, o CAIC se refere da seguinte forma à solidariedade humana: “[...] se manifesta antes de mais nada na distribuição dos bens e na remuneração do trabalho. Supõe também o esforço em favor de uma ordem social mais justa [...]” 3Relacionamento humano (CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL, 2005, p. 1940). Os bens aqui referidos não são apenas os bens materiais, compreendendo, também, os bens espirituais. Para que você tenha uma ideia mais precisa sobre a importância da soli- dariedade na perspectiva do humanismo cristão, veja o que afirma o CAIC: Os problemas sócio econômicos só podem ser resolvidos com o auxílio de todas as formas de solidariedade: solidariedade dos pobres entre si, dos ricos e dos pobres, dos trabalhadores entresi, dos empregadores e dos empregados na empresa, solidariedade entre as nações e entre os povos. A solidariedade internacional é uma exigência de ordem moral. Em parte, é da solidariedade que depende a paz mundial (CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL, 2005, p. 1941). Nessa perspectiva, a solidariedade é o caminho para a superação de muitos dos conflitos e problemas humanos. Na esteira de toda a tradição cristã, é possível afirmar que só é possível viver doando a própria vida, não no sentido de uma negação de si mesmo, mas na doação livre e consciente pela vida de todos. A ideia de que o ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus é o fundamento da antropologia teológica, o que resulta na dignidade. Entretanto, daí decorre uma grande responsabilidade para consigo mesmo, para com os demais seres humanos, para com toda a natureza e para com o próprio Deus. Colaboração e subsidiariedade Quando você pensa que todos os seres humanos são iguais; quando, de uma vista aérea percebe, que o mapa não está dividido como aprendeu na escola; quando se dá conta de que o planeta é redondo e que parece estranho que as pessoas continuem falando de “para baixo” e “para cima” — essas questões aparentemente simples impõem o problema das relações entre famílias, grupos, cidades, estados e nações. Dada a solidariedade, como as pessoas podem auxiliar os seus semelhantes em questões de dificuldade? Nessa linha, o que mais comumente é feito é a distribuição de alimentos e roupas por ocasião de alguma calamidade. Será mesmo que essa solidariedade precisa ficar apenas no âmbito do socorro em Relacionamento humano4 situações limites? Será que a humanidade não deveria compartilhar tecnologia para que a vida de todos seja um pouco melhor? Eis apenas algumas questões genéricas que conduzem ao tema da cola- boração internacional. Não é que ela não exista, entretanto, na maior parte das vezes, está alicerçada em valores monetários. Se você parar para pensar, é inadmissível que pessoas morram por não ter o que comer. Não se trata de uma defesa da ideia de que todos devam ter diárias perpétuas em hotéis estre- lados — trata-se, antes de mais nada, de prover o básico para poder sobreviver. Ao longo dos anos, muitos países têm exercido entre si ações de cooperação. É verdade que muitas vezes essa cooperação é bélica. A partir do exposto até aqui, a colaboração poderia se estender para muito além das armas. No que que tange à cooperação entre países, é possível utilizar um critério que serve, também, para uma série de relações entre pessoas, setores de uma empresa, organizações, cidades, estados e nações — trata-se do princípio da subsidiariedade. Mas, o que é subsidiariedade? O termo passou a ter lugar na literatura do Magistério da Igreja a partir da reflexão do papa Leão XIII com a carta encíclica Rerum novarum (RN), na qual o pontífice aborda a situação dos operários (LEÃO XIII, 1891). João Paulo II, ao celebrar o centenário da carta de seu predecessor, escreve a Centesimus annus (CA), na qual, retomando os temas de Leão XIII, defende o uso do princípio da subsidiariedade: Para a realização destes objetivos, o Estado deve concorrer tanto direta como indiretamente. Indiretamente e segundo o princípio de subsidiariedade, criando as condições favoráveis ao livre exercício da atividade econômica, que leve a uma oferta abundante de postos de trabalho e de fontes de riqueza. Dire- tamente e segundo o princípio de solidariedade, pondo, em defesa do mais débil, algumas limitações à autonomia das partes, que decidem as condições de trabalho, e assegurando em todo o caso um mínimo de condições de vida ao desempregado (JOÃO PAULO II, 1991, documento on-line). A preocupação de João Paulo II é que o Estado intervenha para melhorar a situação de vida dos trabalhadores. O princípio da subsidiariedade é amplo e pode ser aplicado a outras situações concretas da vida humana. De acordo com João Paulo II, o princípio da subsidiariedade se explicita da seguinte maneira: [...] uma sociedade de ordem superior não deve interferir na vida interna de uma sociedade de ordem inferior, privando-a das suas competências, mas deve antes apoiá-la em caso de necessidade e ajudá-la a coordenar a sua ação com a das outras componentes sociais, tendo em vista o bem comum (JOÃO PAULO II, 1991, documento on-line). 5Relacionamento humano Assim, muitas intervenções internacionais são imposições bélicas, econô- micas e culturais, e não um auxílio para que essas nações mais fracas possam crescer e resolver seus próprios problemas. A partir do conceito apresentado, é possível perceber uma perspectiva de autonomia, liberdade e humanidade, que pode perpassar as relações internacionais. No link a seguir, você pode acessar o texto de Leão XIII, Rerum novarum, na íntegra, em língua portuguesa, e verificar como ele descreve a situação dos operários no final do século XIX, analisar o que ele sugere e comparar à situação na qual se encontram hoje os operários. https://goo.gl/MvDhCc Solidariedade e progresso Conforme você pôde acompanhar e perceber, há um lugar especial para a solidariedade. Ela passa a ser vista como virtude. A virtude, é uma excelência de caráter e marca as ações humanas. O ser humano nasce com potencialidade para se tornar virtuoso. O cultivo adequado, os meios disponíveis e as infl uên- cias externas podem auxiliar bastante no desenvolvimento da solidariedade. Não se nasce solidário. O ser humano nasce carente, necessitado da solida- riedade alheia. Por isso, precisa aprender a desenvolver uma das capacidades que o torna ainda mais humano: a solidariedade. A ideia de a solidariedade ser pensada como virtude tem raízes, também, na Rerum novarum, de Leão XIII, e na Populorum progressio (PP), de Paulo VI, que chega a falar em dever de solidariedade (n. 48), especialmente a partir da Sollicitudo rei socialis (SRS), de João Paulo II, na qual o sumo pontífice assume a dimensão de virtude (LEÃO, XIII, 1891; PAULO VI, 1967; JOÃO PAULO II, 1987). Assim, ele escreve: “A solidariedade é indubitavelmente uma virtude cristã. [...] já foi possível entrever numerosos pontos de contato entre ela e a caridade, sinal distintivo dos discípulos de Cristo” (JOÃO PAULO II, 1987, p. 40). Nessa perspectiva, ela entra no campo da educação catequética da própria igreja. Relacionamento humano6 Mais pontualmente, afirma João Paulo II: À luz da fé, a solidariedade tende a superar-se a si mesma, a revestir as dimensões especificamente cristãs da gratuidade total, do perdão e da re- conciliação. O próximo, então, não é só um ser humano com os seus direitos e a sua igualdade fundamental em relação a todos os demais; mas torna-se a imagem viva de Deus Pai, resgatada pelo sangue de Jesus Cristo e tornada objecto da ação permanente do Espírito Santo (JOÃO PAULO II, 1987, p. 40). Desse modo, é possível perceber o trato dado à solidariedade. Mas você pode estar se perguntando: o que a solidariedade pode trazer de benefício para a coletividade? Em poucas palavras, a ação dessa virtude, além de promover a fraternidade universal, conduz os povos ao desenvolvimento. Quando em antropologia teológica se fala em progresso, há uma ideia muito peculiar sobre o seu conceito e como ele pode ser representado. Uma boa interpretação pode ser recolhida da conclusão da Populorum progressio, do papa Paulo VI: “Combater a miséria e lutar contra a injustiça, é promover não só o bem-estar, mas também o progresso humano e espiritual de todos e, portanto, o bem comum da humanidade” (PAULO VI, 1967, p. 76). Assim, fica evidente que o fruto da solidariedade deve ser o bem comum. Não se trata apenas de ideias, mas, especialmente, de ações que podem tornar o mundo um lugar melhor para todos os que aqui estão e os que aqui vierem a viver. Acesse informações semelhantes às que foram vistas ao longo deste capítulo nos sites apontados a seguir. Acesse a carta encíclica Centesimus annusde João Paulo II: https://goo.gl/95HCRB E, também, a carta encíclica de Pio XI que celebrava os quarenta anos da Rerum novarum, a Quadragesimo anno: https://goo.gl/GH51ju 7Relacionamento humano A figura de Josef-Léon Cardeal Cardijn (1882–1967) exemplifica muito do que aqui está escrito. De origem belga, filho de uma família bastante modesta, desde muito jovem precisou trabalhar como operário, transportando sacas de carvão. A situação dos operários o tocava profundamente. Com o exercício de seu ministério presbiteral, ele fundou a Juventude Operária Cristã (JOC) para acompanhar e apoiar os jovens operários. Seu trabalho espalhou-se por todo o mundo, de tal maneira que foi feito cardeal pelo Papa Paulo VI, que o considerou um dos homens que mais trabalhou naquele século. BEDOUELLE, G. Humanismo cristão. In: LACOSTE, J. Y. et al. Dicionário crítico de teologia. São Paulo: Paulinas: Edições Loyola, 2004. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Compêndio do catecismo da igreja católica. São Paulo: Paulus: Edições Loyola, 2005. JOÃO PAULO II, Papa. Carta encíclica: centesimus annus. 1 mai. 1991. Disponível em: http:// w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_01051991_ centesimus-annus.pdf. Acesso em: 5 fev. 2019. JOÃO PAULO II, Papa. Carta encíclica: sollicitudo rei socialis. 30 dez. 1987. Disponível em: http://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/encyclicals/documents/hf_jp-ii_ enc_30121987_sollicitudo-rei-socialis.pdf. Acesso em: 5 fev. 2019. LEÃO XIII, Papa. Carta encíclica: rerum novarum. 15 mai. 1891. Disponível em: http:// w2.vatican.va/content/leo-xiii/pt/encyclicals/documents/hf_l-xiii_enc_15051891_re- rum-novarum.pdf. Acesso em: 5 fev. 2019. PAULO VI, Papa. Carta encíclica: populorum progressio. 26 mar. 1967. Disponível em: http:// w2.vatican.va/content/paul-vi/pt/encyclicals/documents/hf_p-vi_enc_26031967_po- pulorum.pdf. Acesso em: 5 fev. 2019. SESBOÜÉ, B. Solidariedade. In: LACOSTE, J. Y. et al. Dicionário crítico de teologia. São Paulo: Paulinas: Edições Loyola, 2004. VAZ, H. C. L. Antropologia filosófica. São Paulo: Edições Loyola, 2014. Relacionamento humano8 Leituras recomendadas BÍBLIA. Bíblia de Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2003. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Catecismo da igreja católica. São Paulo: Editora Vozes: Paulinas: Edições Loyola: Ave Maria, 1998. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Compêndio da doutrina social da igreja. 2004. Disponível em: http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/jus- tpeace/documents/rc_pc_justpeace_doc_20060526_compendio-dott-soc_po.html. Acesso em: 5 fev. 2019. AMBIENTE VIRTUAL. Ficha 69: o princípio da subsidiariedade e a participação de- mocrática. Igreja em Rede, Campinas, SP, 20 ago. 2014. Disponível em: http://www. ambientevirtual.org.br/fichas-de-estudo/ficha-69-o-principio-da-subsidiariedade- -e-a-participacao-democratica-dsi-14/. Acesso em: 5 fev. 2019. ONUBR. Pacto global pela migração não afeta a soberania dos países, diz CEPAL. Nações Unidas do Brasil, 11 dez. 2018. Disponível em: https://nacoesunidas.org/pacto-global- -para-migracao-nao-afeta-soberania-dos-paises-diz-cepal/. Acesso em: 5 fev. 2019. PIO XI, Papa. Carta encíclica: quadragesimo anno. 15 mai. 1931. Disponível em: http:// w2.vatican.va/content/pius-xi/pt/encyclicals/documents/hf_p-xi_enc_19310515_qua- dragesimo-anno.pdf. Acesso em: 5 fev. 2019. VIER, F. Compêndio do Vaticano II. Petrópolis: Editora Vozes, 2000. DICA DO PROFESSOR O fundamento da dignidade humana encontra-se na criação e redenção do ser humano. Para redimir o ser humano, Deus decide encarnar-se, tornar-se carne, fazer-se humano. Esse caminho, embora possa parecer loucura para muitas pessoas, é o escolhido por Deus para estar próximo ao ser humano e reerguê-lo. Na Dica do Professor, você vai acompanhar uma reflexão sobre a encarnação do Verbo. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) Em termos antropológicos, o resgate da cultura clássica (a cultura greco-romana, que está na base da civilização ocidental) operado pelo Renascimento valorizou grandemente um aspecto da existência humana. A qual aspecto o texto se refere? A) O amor humano. B) A racionalidade humana. C) A dignidade humana. D) A sensibilidade humana. E) A incapacidade humana. O humanismo cristão pensou o ser humano a partir de conceitos muito próprios oriundos da revelação e da visão religiosa. 2) Quais dos conceitos abaixo pertencem à noção de humanismo cristão? A) Dignidade humana e liberdade. B) Esperança e caridade. C) Piedade e fé. D) Racionalidade e passionalidade. E) Amor e coragem. 3) A tradição cristã católica apresenta em sua doutrina social o princípio da subsidiariedade. Esse princípio possui várias características. Qual é a principal característica do princípio da subsidiariedade? A) A subsistência alimentar. B) A migração dos povos para sobreviver. C) A ocupação estrangeira para assumir o poder. D) A não intervenção de uma sociedade superior na vida interna de uma sociedade inferior. E) A intervenção armada de uma sociedade mais democrática sobre uma tirânica. De acordo com a tradição da Igreja, a solidariedade passou a ser considerada uma virtude. Além de ser considerada virtude em si mesma, foi fortemente ligada a uma virtude cristã. 4) Com qual virtude cristã ela foi comparada? A) A fé. B) A esperança. C) A justiça. D) A prudência. E) A caridade. 5) O desejo de progredir que a humanidade possui é reconhecido pela tradição da Igreja. O próprio Papa Paulo VI, ao definir progresso, o conectou a uma finalidade da vida humana em sociedade. A qual finalidade da existência humana o pontífice liga a ideia de progresso? A) Ao progresso tecnológico. B) Ao bem comum. C) Ao progresso da ciência. D) À religiosidade. E) À propagação da fé. NA PRÁTICA Talvez você já tenha ouvido falar do padre belga Josef-Léon Cardijn (1882-1967), criador do método ver-julgar-agir e fundador da Juventude Operária Católica (JOC). O religioso, movido por sua adesão ao cristianismo, abraçou a defesa da dignidade dos jovens trabalhadores e a promoção de sua organização e articulação. Saiba mais sobre a trajetória do padre e como foi, Na Prática, seu trabalho, que acabou por ser reconhecido pela Igreja Católica inteira. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Compêndio da doutrina social da Igreja Leia o texto do Compêndio para aprofundar ainda mais o seu conhecimento acerca da doutrina social da Igreja. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! O princípio da subsidiariedade e a participação democrática – DSI (14ª) Leia o texto que aborda a função de cada indivíduo, da sociedade civil e do Estado na promoção das condições necessárias para que os cidadãos possam contribuir para a construção da sociedade e os mecanismos políticos que promovem a inserção das pessoas na vida política da sociedade. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Pacto Global para Migração não afeta soberania dos países, diz Cepal Leia o texto que trata da problemática da migração, que afeta a liberdade e a dignidade humana e a questão da soberania das nações. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
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