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2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL – FENF SOLUBILIDADE DE COMPOSTOS ORGÂNICOS EXTRAÇÃO CONTÍNUA – APARELHO DE SOXHLET SEPARAÇÃO DE MISTURAS EXTRAÇÃO ÁCIDO -BASE PURIFICAÇÃO DA CAFEÍNA POR SUBLIMAÇÃO EXTRAÇÃO DO EUGENOL DISCENTES: TIAGO FELIPE CORREA GONÇALVES JANAIZ PEREIRA DE SOUSA WENNESTOM MYCHEL DE OLIVEIRA VINICIUS GOMES DE MACEDO DOCENTE: KAREN DE JESUS NICACIO CUIABÁ-MT, 10/11/2022 Sumário 1. Introdução 2 2. Objetivos 3 3. Parte experimental 4 3.1. Materiais e Reagentes 4 3.2. Métodos 6 4. Resultados e Discussão 10 4.1. Solubilidade de Compostos Orgânicos - Parte I 10 4.2. Parte II 10 4.3. Extração Contínua – Aparelho de Soxhlete 11 4.4. Separação de Misturas 11 5. Conclusões 12 6. Referências 13 1. Introdução A solubilidade de compostos químicos é definida como a capacidade que uma substância apresenta de ser dissolvida em outra. É comum o uso de termos como solúvel (miscível) e insolúvel (imiscível) para caracterizar o poder de solubilidade das substâncias. Ela pode ser expressa em grama de soluto por litro (g/L) ou miligramas de soluto por mililitro (mg/mL) de solvente. Um dos fatores que afeta a solubilidade é as características estruturais do composto. Dois líquidos considerados miscíveis, como o álcool e a água, se misturam homogeneamente e formam apenas uma fase. Líquidos imiscíveis como o hexano e o octanol não se misturam ou misturam-se parcialmente quando envolvidos e duas fases podem ser observadas. Mesmo quando duas fases estão presentes, uma pequena quantidade de hexano será solúvel em octanol e vice-versa. Ainda que os termos solubilidade e miscibilidade pareçam-se sinônimos, a solubilidade é classificada em graus, como levemente, parcialmente, muito solúvel e assim por diante. Já a miscibilidade é mais específica: um par de líquidos é miscível ou não. A solubilidade é de interesse em várias áreas, por exemplo, materiais, farmacêutica á considerar a solubilidade aquosa, tais como absorção, distribuição, metabolismo e excreção. Além disso, o conhecimento da solubilidade é necessário para a previsão de destino ambiental de contaminantes e poluentes, processos de absorção no solo e fatores de bioconcentração de agrotóxicos. 1. Objetivos Foi ver umas das técnicas utilizadas para se isolar um componente desejado por meio da extração continua e todos os passos necessários para se chegar ao resultado final, que é sua retirada. No primeiro passo foi visto como reage solvente e soluto, em seguida foi visto como fazer essa retira quando o composto químico e pouco solúvel no solvente orgânico, para fazer essa economia que para indústria é algo muito interessante usa o aparelho de soxhlet, depois foi feito a separação de misturas por meio da pressão reduzida e no penúltimo passo foram adicionados solventes para reagir com os compostos orgânicos e separa-los para que fosse feita a última purificação á na cafeína onde foi usado a sublimação que consiste em fazer ele passar do sólido para o gasoso e formará partículas novamente de cafeína. 3. Parte experimental 3.1. Materiais e Reagentes A. Solubilidade de Compostos Orgânicos · 27 Tubos de ensaio; · Grade para Tubo de ensaio; · 6 Pipetas de Pasteur; · Água; · Etanol; · Glicerina; · Acetato de Etila; · Hexano; · Óleo de soja; · 4 Espátulas; · Sacarose; · Ácido Maleico; · Ácido Benzóico; · ; B. Extração Contínua – Aparelho de Soxhlet · Extrator de Soxhlet; · Manta de Aquecimento; · Condensador; · Balão de Fundo Redondo 500ml; · Proveta; · Etanol; · Papel de Filtro; · 25g de café. C. Separação de Misturas · Rota-evaporador; · Balão de Fundo redondo de 1L; · Agua Destilada, · Funil de Buchner; · Kitassato de 500ml; · Papel de Filtro; · Erlenmeyer de 250ml; · Proveta 250ml; D. Extração Ácido-Base · Solução de H2so4 0,1M; · Solução de KOH 0,1M; · Solução Saturada de NaCL; · Acetato de Etila; · Funil de Separação; · Proveta 50ml; · 1 Funil Analítico; · NaSO4 Anidro; · Espátula; · 5 Erlenmeyers de 250ml. E. Purificação de Cafeína por Sublimação · Kitassato; · Tela de Amianto; · Tripé; · Bico de Bunsen; · Kitassato; · Aparato para Sublimação; · Diclorometano; · Bomba a Vácuo; · Vidro de Relógio; · Cafeína com Impurezas. F. Extração de Eugenol · Balão de Fundo Redondo; · Balão de Destilação com saída Lateral; · 15 Gramas de Cravo-da-índia; · Pedras de Porcelana; · Água Destilada; · Diclorometano; · Sulfato de Sódio Anidro; · Manta de Aquecimento; · Funil Analítico; · Condensador; · Rota-Evaporador; · Béquer; · Espátula; · Aro Metálico; · Funil de Separação. 3.2. Métodos A. Solubilidade de Compostos Orgânicos Na primeira parte do experimento, numeram-se 15 tubos de ensaio. Adicionou-se 20 Gotas de água aos tubos de ensaio Nº 1, 2, 3, 4 e 5; 20 Gotas de Etanol aos tubos de ensaio Nº 6, 7, 8, e 9; 20 Gotas de glicerina aos tubos de ensaio Nº 10, 11 e 12; 20 Gotas de Acetato de Etila aos tubos de ensaio Nº 13 e 14; e 20 Gotas de Hexano ao tubo de ensaio Nº 15, com o auxílio de uma pipeta de Pasteur. Ao Tubo Nº1 adicionou-se 20 gotas de Etanol, Aos Tubos Nº 2 e 6 adicionou-se 20 gotas de Glicerina, Aos Tubos Nº 3, 7 e 10 adicionou-se 20 gotas de Acetato de Etila, Aos Tubos Nº 4, 8, 11 e 13 adicionou-se 20 gotas de Hexano, E Aos Tubos Nº 5, 9,12, 14 e 15 adicionou-se 20 gotas de Óleo de Soja, com uma pipeta conta-gotas e anotaram-se as observações. Na segunda parte do experimento, numeram-se 12 tubos de ensaio, Adicionou-se 40 Gotas de água(Solvente) aos tubos de ensaio Nº 1, 2, 3 e 4; Adicionou-se 20 Gotas de Etanol(Solvente) aos tubos de ensaio Nº 5, 6, 7 e 8; Adicionou-se 20 Gotas de Hexano(Solvente) aos tubos de ensaio Nº 19, 10, 11 e 12. Aos Tubos de ensaio Nº 1, 5 e 10 Adicionou-se uma Ponta de Espátula de Sacarose(Substância Sólida), Aos Tubos de ensaio Nº 2, 6 e 9 Adicionou-se uma Ponta de Espátula de Ácido Maleico(Substância Sólida), Aos Tubos de ensaio Nº 3, 7, e 11 Adicionou-se uma Ponta de Espátula de Ácido Benzóico(Substância Sólida), Aos Tubos de ensaio Nº 4, 8 e 12 Adicionou-se uma Ponta de Espátula de β-Naftol(Substância Sólida), agitou-se e anotaram-se todas as observações. Após a agitação, foi verificada a presença de uma solução Heterogênea e acrescentou-se mais 20 Gotas de Solvente em seus respectivos tubos de ensaio. B. Extração Contínua – Aparelho de Soxhlet Na primeira parte do experimento, montou-se um cartucho de papel de filtro e adicionou-se a ele 25g, inseriu-se o cartucho de papel contendo o café na câmara de extração de Soxhlet, com o auxílio de uma proveta mediu-se 300ml de etanol e adicionou-se ao balão de fundo redondo contendo 3 pedrinhas de porcelana(que ajuda a hegemonizar à fervura)para evitar o processo de turbulência na ebulição, montou-se o sistema acoplando à câmara de extração do Soxhlet ao balão de fundo Redondo, Adaptou-se o Condensador de Bolas à câmara do extrator, ligou-se a água de resfriamento, deu início ao aquecimento do balão através de uma manta com termostato, onde o etanol ao atingir o ponto de ebulição (78,37°c) passa ao estado gasoso entra ao extrator de soxhlet e quando chega ao sistema de resfriamento retorna ao seu estado liquido, entrando em contado com o café no cartucho de papel, no momento em que o liquido atinge a altura do sifão, todo o liquido é transferido ao balão, levando com ele várias substancias presente no café entre uma delas a cafeína. Manter o processo de extração contínua até que o solvente de extração não apresente coloração ao ser drenado para o interior do balão coletor. C. Separação de Misturas Na primeira parte do experimento, colocou-se o extrato etanoico do café em um balão de fundo redondo, acoplou-se o balão ao rota-evaporador, ligou a bomba de vácuo e o banho de aquecimento, prosseguir com a destilação até a remoção do etanol. Na Segunda parte do experimento, adicionou-se 100ml de solução de óxido de magnésio a 5% ao extrato do café e agitou-se a mistura por 10 minutos,após a agitação, filtrar a suspenção a vácuo utilizando papel de filtro, funil de Buchner e Kitassato. D. Extrato Ácido-Base Na primeira parte do experimento, transferiu-se a solução aquosa(obtida no experimento anterior) para um funil de separação e extraiu-se com 30ml de acetato de etila, repetiu-se o processo por 3 vezes. Na Segunda parte do experimento, Juntou-se as fases orgânicas novamente no funil de sepração. Na Terceira parte do experimento, lavou-se a fase orgânica com 30ml Solução de H2SO4 0,1m, por duas vezes. Na Quarta parte do experimento, lavou-se a fase orgânica com 30ml de solução de KOH 0,1m, repetindo o processo por duas vezes. Na Quinta parte do experimento, Lavou-se a fase orgânica com 50ml de Solução saturada de NaCL. Na Sexta parte do experimento, Secou-se a fase orgânica com Na2SO4 anidro e filtrar em um Erlenmeyer. E. Purificação da Cafeína por Sublimação Na primeira parte do experimento, Solubilizou-se em 10ml de Diclorometano a mistura contendo cafeína obtida no experimento anterior. Transferiu-se a solução para uma kitassato. Aqueceu brandamente o kitassato para a evaporação do diclorometano. Aclopou-se o Kitassato ao aparato de sublimação. Ligou a bomba de vácuo, Manter sob aquecimento até que toda a cafeína sublime. Após o termino da sublimação, raspou-se a cafeína sobre um vidro de relógio previamente pesado. Calculou-se a proporção em porcentagem da cafeína obtida. F. Extrato do Eugenol Na primeira parte do experimento, colocou-se o Cravo-da-Índia em um balão de destilação e adicionou-se 160ml de água destilada. Com uma manta de aquecimento destilou-se a mistura vigorosamente até cerca de 80ml de destilado tenha sido coletado. Transferiu-se o destilado para um funil de separação e adicione 30ml de diclorometano, separe a fase orgânica da aquosa em um béquer, repetiu-se este procedimento com mais 30ml de diclorometano. Adicionou-se um ponta de espátula de sulfato de sódio anidro na fase orgânica e filtrou-se com o auxílio de um funil analítico e algodão em um balão de fundo redondo previamente pesado. Usou-se o rota-evaporador para destilar o diclorometano, pesou-se o óleo essencial obtido. 4. Resultados e Discussão 4.1. Solubilidade de Compostos Orgânicos - Parte I 1. Tubo: etanol e água=miscível homogêneo 2. Tubo: e glicerina=imiscível heterogênio(água em cima e glicerina em baixo) 3. Tubo: água e acetato de etila= imiscível heterogênio(água por baixo etila por cima) 4. Tubo: água e hexano= imiscível heterogênio(água por baixo e hexano por cima) 5. Tubo: água e óleo= imiscível heterogênio(água por baixo e óleo por cima) 6. Tubo: etanol e glicerina= imiscível heterogênio(água em cima óleo por baixo) 7. Tubo: etanol e acetato de etila= miscível homogêneo 8. Tubo: etanol e hexano= imiscível heterogênio(etanol por baixo e água por cima) 9. Tubo: etanol e óleo de soja = imiscível heterogênio(óleo de soja por baixo e etanol por cima) 10. Tubo: glicerina e acetato= imiscível heterogênio (glicerina por baixo e acetato por cima) 11. Tubo: glicerina e hexano= imiscível heterogênio(glicerina por baixo e hexano por cima) 12. Tubo: glicerina e óleo de soja= imiscível heterogênio(glicerina por baixo e óleo de soja por cima) 13. Tubo: acetato de etila= miscível homogêneo 14. Tubo: acetato de etila e óleo de soja= miscível homogêneo 15. Tubo: hexano e óleo de soja= miscível homogêneo 4.2. Parte II 1. Tubo: água e sacarose=solúvel ( 40 gotas solvente) 2. Tubo: água e ácido maleico= solúvel ( 40 gotas solvente) 3. Tubo: água e ácido benzoico=insolúvel/heterogênio ( 40 gotas solvente) 4. Tubo: àgua e b-naftol=insolùvel( 40 gotas solvente) 5. Tubo: etanol e sacarose= insolúvel ( 40 gotas solvente) 6. Tubo: etanol e ácido maleico= solúvel ( 40 gotas solvente) 7. Tubo: etanol e ácido benzóico= solúvel ( 40 gotas solvente) 8. Tubo: etanol e b-naftol= solúvel/ heterogênio ( 40 gotas solvente) 9. Tubo: hexano e ácido maleico=insolúvel ( 40 gotas solvente) 10. Tubo: hexano e sacarose=insolúvel ( 40 gotas solvente) 11. Tubo: hexano e ácido benzóico= solúvel ( 40 gotas solvente) 12. Tubo: hexano e b-naftol=insolúvel/heterogênio ( 40 gotas solvente) 4.3. Extração Contínua – Aparelho de Soxhlete Extração de Soxhlet é uma das técnicas mais populares para extração de analitos de materiais sólidos. Desde sua descoberta em 1879, a técnica padrão Soxhlet tem sido aplicada rotineiramente em quase todos os laboratórios analíticos. Até hoje, a técnica de extração Soxhlet continua sendo uma técnica padrão com a qual o desempenho das técnicas modernas de extração é comparado. 4.4. Separação de Misturas O resultado do processo foi uma solução aquosa que foi usado em outro experimento, onde será continuado o processo para obtenção da cafeína. Os resíduos da parte I é o etanol que pode ser reutilizado, o solido filtrado da parte II deve ser jogado em lixo comum. 5. Conclusões De acordo com a análise feita dos dados produzidos através do experimento, fica evidente que a solubilidade dos compostos orgânicos em solventes polares ou apolares, está diretamente relacionada com a polaridade dos solutos e solventes envolvidos nas reações. Foi possível observar que compostos apolares são solúveis em solventes apolares, já que as interações entre ambos são interações fracas. Para solventes polares, verificou-se que o tamanho da cadeia carbônica influencia diretamente na solubilidade do composto. A solubilidade dos álcoois diminui gradativamente com o aumento da cadeia carbônica. Já para solventes orgânicos, o aumento da cadeia carbônica dos compostos, aumentará a solubilidade do mesmo. Notou-se, também, que reações ácido-base podem ser ferramentas importantes para a solubilização ou obtenção de compostos orgânicos que não costumam ser solúveis em determinados solventes. 6. Referências ENGEL, R. G.; KRIZ, G. S.; LAMPAN, G. M.; PAVIA, D. L. Química Orgânica Experimental, vol. 3. Ed. Cengage Learning, 2012. OLIVEIRA, C. A. F., GUIMARÃES, C. R. W., ALENCASTRO, R. B. Dinâmica Molecular do 1-octanol no estado líquido. Disponível em: <http://www.sbq.org.br/ranteriores/23/resumos/1514/>. Acesso em:
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