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Conhecimentos Gerais e Atualidades - sociologia

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Curso de Conhecimentos Gerais e Atualidades
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Organização
Grupo UNIASSELVI
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Pró-Reitora de Ensino de Graduação a Distância
Prof.ª Francieli Stano Torres
Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância
Prof. Hermínio Kloch
Diagramação e Capa
Paulo Herique do Nascimento
Revisão:
Harry Wiese
José Roberto Rodrigues
Todos os direitos reservados à Editora Grupo UNIASSELVI - Uma empresa do Grupo UNIASSELVI
Fone/Fax: (47) 3281-9000/ 3281-9090
Copyright © Editora GRUPO UNIASSELVI 2011.
Proibida a reprodução total ou parcial da obra de acordo com a Lei 9.610/98.
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SOCIOLOGIA
A PRESENTAÇÃO
O cenário do século XXI é fruto de uma série de variáveis das 
quais se podem citar: a globalização, as inovações tecnológicas, o 
caos urbano, a falta de mão de obra qualifi cada, as exigências e os 
desafi os, as incertezas da modernidade, a destruição ambiental, 
a robótica, a inteligência artifi cial, dentre tantas outras.
De certa forma, podemos dizer que se vive em um período de 
imprevisibilidade frente aos cenários futuros. Conforme Drucker (2002), 
a sociedade, em poucas décadas, tem se organizado e mudado sua 
visão de mundo, valores básicos fundamentais, a estrutura social e 
política, as artes, dentre outras.
Diante deste cenário em que vivemos, muitas são as 
problemáticas que se fazem presentes para a sociedade, que e exigem 
cada vez mais, do ser humano, buscar soluções para os desafi os que se 
fazem presentes. Por isso, você irá estudar alguns assuntos que de certa 
forma estão na agenda das discussões na atualidade, a saber: desafi os 
e perspectivas da vida urbana; políticas públicas, sociodiversidade, 
sustentabilidade, geopolítica mundial e confl itos internacionais.
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Curso de Conhecimentos Gerais e Atualidades
SOCIOLOGIA
1 GEOPOLÍTICA MUNDIAL 
O termo Geopolítica pode sugerir, à primeira vista, a união 
de Geografi a e Política. De fato, ambas as disciplinas são parte 
do contexto da Geopolítica. Atualmente, porém, muitas outras 
disciplinas, como a ecologia, o direito, a história, a economia, a 
sociologia, dentre outras, têm discutido assuntos desta ordem.
Antigamente, discutia-se a arte da guerra e a estratégia 
para compreender a divisão política do mundo. Em tempos de 
globalização, a discussão passa pela compreensão do espaço 
em função de religiões, matrizes energéticas, confl itos regionais 
e fi nanceiros, entre outros. Além disso, as relações de poder entre 
as nações é tema primordial para essa disciplina.
Para se ter uma ideia, a questão da Palestina, por 
exemplo, extrapola e muito as fronteiras de Israel e da Palestina, 
e praticamente divide o mundo com várias tendências de 
pensamento e ação. O bloqueio americano a Cuba divide opiniões 
no mundo ocidental. A crise fi nanceira nos países europeus está 
apenas começando e já causa refl exos no mundo todo. Isso 
tudo faz parte da ideia de globalização, que será vista adiante. O 
conceito de globalização certamente discute estas infl uências cada 
vez mais próximas entre os países. Isso demonstra o quanto a 
globalização e a geopolítica são termos próximos. A área de estudo 
da geopolítica mundial é, portanto, a organização dos países e 
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SOCIOLOGIA
instituições em suas relações de poder, entre eles mesmos e o 
ambiente.
1.1 A ORGANIZAÇÃO DO MUNDO NO PÓS-GUERRA
Logo após a Segunda Guerra Mundial, o planeta se dividiu 
entre capitalistas e socialistas. Isso foi fruto da divisão de dois 
ex-aliados, Rússia e Estados Unidos, que passaram a dominar 
diferentes regiões do globo.
FIGURA 1 – MAPA-MÚNDI DOS TEMPOS DE GUERRA FRIA
FONTE: Disponível em: <http://4.bp.blogspot.com/-ZRXVApCTCo4/
TaCJ8wXl jMI/AAAAAAAAABY/ul ih jCr4Fg8/s1600/
bipolaridade+mundial.gif>. Acesso em: 1 ago. 2011.
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Curso de Conhecimentos Gerais e Atualidades
A divisão do pós-guerra levou o mundo a ter dois blocos 
politicamente distintos: o dos países capitalistas, liderados pelos 
Estados Unidos, e o dos socialistas, liderados pela extinta União 
Soviética. Vários confl itos, como a Guerra do Vietnã e a Revolução 
Cubana, fi zeram parte desse contexto, em que a balança do poder 
pendia ora para um lado, ora para outro. Com o fi m da União 
Soviética e a queda do Muro de Berlim, foi abaixo também esse 
mundo dividido em dois, dando lugar a novos países e novas 
formas de se pensar o planeta do ponto de vista político. Também 
se abriu espaço para discussões mais focadas nos aspectos 
ambientais e econômicos.
Hoje vemos o crescimento dos BRICs (grupo dos países 
formados por Brasil, Rússia, Índia e China), ameaçando a 
hegemonia da Europa e dos Estados Unidos. As economias 
dos BRICs crescem a passos largos, enquanto se percebe uma 
estagnação nas economias europeia e americana. Puxadas por 
esses países, Ásia e América Latina crescem e tendem a se afastar 
do que se chamou, durante a guerra fria, de “terceiro mundo”. 
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SOCIOLOGIA
FIGURA 2 – PAÍSES DOS BRICS
FONTE: Disponível em: <http://www.forte.jor.br/wp-content/
uploads/2010/01/BRIC.jpg>. Acesso em: 1 ago. 2011.
As reservas energéticas e de biodiversidade são 
consideradas essenciais nessa nova confi guração do mapa-
múndi. Nos tempos das grandes navegações, países com mais 
colônias eram os mais poderosos. Na atualidade, reservas 
biológicas e energéticas movem confl itos e relações entre países 
e organizações, como no caso do petróleo ou de fl orestas como a 
Amazônia. A própria água potável já é tema de amplas discussões 
e confl itos entre nações.
Outro tema importante para a Geopolítica é a questão das 
migrações. Para Silva (2000), a migração dos trabalhadores não é 
um fato novo, mas atualmente, de certa forma, está estreitamente 
associada à globalização. E assim, podemos perceber que esta 
migração tem infl uenciado até mesmo na identidade dos países 
e que têm reações das mais diversas. 
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1.2 AS IDENTIDADES
As identidades nacionais e mesmo institucionais são tema 
de muita discussão nos tempos de globalização. Há tempos, 
parecia fácil distinguir os povos por seus costumes, tradições, 
enfim, sua cultura. Hoje, quando as grandes corporações 
conseguem chegar aos mais distantes pontos do planeta, as 
comidas regionais são substituídas por Big Macs e as roupas 
típicas são substituídas por jeans ou artigos da moda. Um operário 
chinês pode ter hábitos, no seu dia a dia, semelhantes aos de um 
operário brasileiro, africano ou europeu. Mesmo as facilidades 
em torno de transporte e comunicação colaboram para isso. É 
fácil entrar em contato com pessoas dos mais diferentes lugares 
através das mídias sociais. Também estão muito mais acessíveis 
as viagens, principalmente pela popularização e pelos preços cada 
vez mais competitivos do setor aéreo.
Tudo isso infl uencia para que cada vez mais as identidades 
nacionais sejam fragmentadas, ou seja, as culturas se entrelaçam 
e relativizam as noções que cada país ou povo tem de si mesmo 
e dos outros. A Geopolítica não se afasta dessa discussão, já que, 
assim como se fragmentam as identidades, contraditoriamente, 
tendem a se fi rmar para sobreviver a esse movimento. É o caso 
dos terroristas, que podem ter suas bandeiras próprias, mas no 
fundo lutam por suas identidades. 
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SOCIOLOGIA
1.3 PERSPECTIVASPARA O “PÓS-11 DE SETEMBRO”
Em um mundo de identidades fragmentadas, com Europa 
e Estados Unidos em crise, o que podemos esperar do futuro? Os 
ataques de 11 de setembro, que destruíram o World Trade Center 
e parte do Pentágono, podem dar uma dica de que a suposta 
segurança da política americana nada mais tem de segura. A 
guerra contra o terror, tão falada nos meios de comunicação, é 
uma guerra com alguns diferenciais: Um deles é que, diferente 
das guerras antigas, onde cada exército tinha seu uniforme, nesse 
o inimigo usa roupas civis e pode estar dentro do trem, do metrô 
ou do avião. Isso aumenta muito a paranoia e a obsessão por 
uma segurança que não existe de fato. A própria liberdade está 
em xeque, uma vez que as pessoas já não saem nas ruas com 
tanta segurança.
Outra diferença desta guerra em relação às que foram 
feitas antes do 11 de setembro é que ela instiga uma espécie 
de Apartheid dirigido aos islâmicos. Muitos terroristas são 
fundamentalistas islâmicos, o que gera, em parte dos americanos 
e outros ocidentais, a ideia de que o problema é o Islã e seus 
pressupostos, o que não corresponde à realidade.
Economicamente, já vimos que o mundo se encaminha 
para um predomínio de novas nações, especialmente a China. O 
gigante oriental cresce a taxas altíssimas e engole a economia 
mundial como um dragão, enquanto países europeus tradicionais, 
como a (PIGS) Grécia, Portugal, Espanha e Itália, patinam e 
pedem ajuda.
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FIGURA 3 – 11 DE SETEMBRO
FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/
Ficheiro:National_Park_Service_9-11_Statue_of_Liberty_
and_WTC_fi re.jpg>. Acesso em: 25 jul. 2011
A velocidade dos acontecimentos faz com que a cada dia 
novas perspectivas se abram para que possamos compreender o 
mundo atual. Nenhuma delas, no entanto, trará a certeza absoluta. 
A cada dia temos mais e mais certeza de que não há certezas em 
relação ao futuro do planeta. A guerra está cada vez mais em nós 
mesmos, em nosso dia a dia. Para Bauman (2007), “Os medos 
nos estimulam a assumir uma ação defensiva. Quando isso ocorre, 
a ação defensiva confere proximidade e tangibilidade ao medo”. 
É esse medo o grande perigo nas relações e no entendimento 
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dessas relações. Cabe a cada um de nós acompanhar e infl uenciar 
para um futuro pacífi co. 
 
O NOVO TERRORISMO
Um outro entendimento trouxe à tona o termo “Novo 
Terrorismo”, que vem sendo utilizado por muitos teóricos a 
partir de meados dos anos 90, sendo o 11 de setembro visto 
como o marco desse, cuja organização, ações e objetivos 
são transnacionais, e não regionais como os do ETA (grupo 
separatista basco, caracterizado pela luta dos bascos por sua 
autonomia política) ou do IRA (Exército Republicano Irlandês, 
que buscava a autonomia da Irlanda em relação a Londres). Os 
novos terroristas têm táticas mais sofi sticadas, inclusive suicidas. 
(29) Ademais, o “Novo Terrorismo” não deve ser identifi cado com 
nenhuma nacionalidade, religião ou tradição cultural, assim como 
o eram anteriormente.
Na época do velho terrorismo, ou terrorismo tradicional, 
havia grupos conhecidos, com propostas políticas bem 
determinadas e que, normalmente, assumiam seus atos. E os 
países que os patrocinavam não costumavam esconder o fato 
da comunidade global. Hoje, a situação é bastante diferente, tal 
como expressa o especialista norte-americano Ian O. Lesser, 
de que os ataques de 11 de setembro são exemplos típicos do 
novo terrorismo, por apresentarem as seguintes características: 
enorme número de vítimas fatais, alvos simbólicos, ataques 
suicidas e demora em assumir a autoria. (30)
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Grupos terroristas chamados de tradicionais apresentavam 
um certo limite às suas ações, de forma a expor as fraquezas 
de governos e grupos opositores e, não necessariamente 
buscavam causar danos maiores do que os que consideravam 
necessários para atingir seus objetivos. Mas o novo terrorismo 
busca conquistar suas metas através da publicação na mídia 
e não apresenta tantos limites quanto aos seus atentados, de 
forma que haja sempre uma repercussão, ainda que não seja 
necessário atingir o alvo determinado. (31)
O chamado terrorismo tradicional ou velho terrorismo 
era cometido por um grupo de indivíduos pertencentes a uma 
organização identifi cável, que tinha um claro controle de seu 
aparato e objetivos econômicos, políticos ou sociais altamente 
defi nidos. (32) O fato é que, no passado, o terrorismo se vinculava 
a grandes e organizados grupos, por vezes intrinsecamente 
ligados a Estados – normalmente não democráticos. Já 
atualmente, as ações de maior vulto têm acontecido por parte 
de células de organizações que, com recursos tecnológicos, 
capacidade de planejamento, uma estrutura descentralizada, 
podem causar muitos e maiores estragos. (33)
 
O denominado novo terrorismo tem se intensifi cado, 
sendo opção política de grupos extremistas, e que sabem ter na 
mídia o principal meio de divulgação de suas ideias. Dessa forma, 
ações espetaculares tendem a ganhar mais espaço nos jornais 
e revistas (34) e na televisão, ao vivo, como apresentado nos 
atentados de 11 de setembro. Uma característica marcante a que 
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se pode fazer alusão com relação ao chamado “Novo Terrorismo” 
seria a busca por publicidade. Quer dizer que os terroristas 
buscam atingir seus objetivos por meio da mídia, pois produz 
resultados imediatos, tendo assim, uma grande repercussão, 
como nos ataques acontecidos às Torres Gêmeas, em que foi 
proporcionado à grande parte da população assistir ao atentado 
à segunda torre ao vivo, no exato momento em que ocorria.
NOTAS
29 O Império Vulnerável. Revista Veja. Editora Abril. Edição 1718. Ano 34 nº 
37
Edição Especial. 19 de setembro de 2001 p. 14
30 O Império Vulnerável. Revista Veja. Editora Abril. Edição 1718. Ano 34 nº 
37
Edição Especial. 19 de setembro de 2001 p. 14
31 Ibidem.
32 Adaptação de: LESSER, Ian O. et. al. Op. cit. p. 8
33 O Império Vulnerável. Revista Veja op. cit. 19 de setembro de 2001 p.11-15
34 UTTI, Paulo e RICARDO, Silvia. Op. cit. p. 113
FONTE: NOGUEIRA, Patrícia. O terrorismo transnacional e suas 
implicações no cenário internacional. Universitas - Relações 
Int., Brasília, v. 2, n. 2, p. 221-244, jul./dez. 2004. 
Em termos gerais, pode-se dizer que no cenário vigente, 
dentre os motivos que têm alimentado o terrorismo estão fatores 
ideológicos, religiosos, políticos, econômicos, dentre outros. 
Mas, de certa forma, o terrorismo, ou ainda o bioterrorismo, pode 
deixar uma população de uma determinada cidade ou país em 
apreensão, pois nunca se sabe a hora, como, onde e por que 
motivos o ataque se efetivou. 
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2 CONFLITOS INTERNACIONAIS
O que domina o mundo hoje é o confronto entre 
grupos islâmicos prontos a tudo, inclusive ao 
suicídio, e o império americano, que possui 
as armas mais poderosas, mas não consegue 
controlar totalmente o Afeganistão, o Iraque e os 
outros países do Oriente Médio. (TOURAINE, 
2006, p. 76).
Boa parte dos confl itos armados em curso no mundo 
é resultado do processo histórico de invasão e ocupação de 
territórios e de questões envolvendo a delimitação de fronteiras. 
Muitas guerras também eclodem pela disputa do controle por 
recursos naturais estratégicos, principalmente o petróleo, ou 
pela escassez de recursos naturais e muita desigualdade social. 
Conforme Coelho e Terra (2005, p. 75), “a partir do século 16, com 
o início do processo de colonização da América, da África e da 
Ásia, as grandes potências dividirame redistribuíram essas áreas”. 
Como consequência dessa divisão, passaram a conviver 
num mesmo território, povos e nações diferentes, ao mesmo 
tempo em que se separaram grupos da mesma etnia em diversos 
territórios. Posteriormente, durante o processo de descolonização 
(fi nal do século XIX e início do século XX), novos Estados foram 
constituídos e desconstituídos. 
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Atenção para os conceitos de povo e nação! 
Povo – “É o conjunto de pessoas que fazem parte de um 
Estado – é seu elemento humano”. (MORAES, 2007, p. 192).
Nação – “Agrupamento humano, em geral numeroso, 
cujos membros fi xados num território são ligados por 
laços históricos, culturais, econômicos e linguísticos”. 
(MORAES, 2007, p. 193).
2.1 PRINCIPAIS CONFLITOS NO MUNDO CONTEMPORÂNEO
Segundo o Instituto Internacional de Pesquisas sobre a Paz 
(SIPRI, 2011), organização com sede em Estocolmo, que divulga 
anualmente um minucioso estudo sobre as guerras no mundo, 15 
grandes confl itos armados estavam ativos em 2010. 
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FIGURA 4 – DIVISÃO POLÍTICA
FONTE: Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/atlasescolar/
mapas_pdf/mundo_planisferio_politico_a3.pdf>. Acesso em: 25 
jul. 2011.
2.1.1 África
Com a independência das colônias africanas, especialmente 
a partir do ano de 1960, em vários Estados, prevaleceu o sistema 
de partido único, em que ditadores permaneciam no poder, 
favorecendo seu grupo étnico e negligenciando os demais. Dessa 
forma, “essa opressão estimulou a ação rebelde de segmentos 
marginalizados e o surgimento das guerras civis” (GUIA DO 
ESTUDANTE, 2010, p. 38-39).
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SOCIOLOGIA
2.1.2 Ruanda 
Em 1994, 800 mil pessoas, segundo a Organização das 
Nações Unidas (ONU, 2010), a maioria da etnia tutsi, foram mortas 
em uma ação desencadeada pela morte do presidente hutu de 
Ruanda, Juvenal Habyarimana. A origem dos confl itos entre as 
etnias remonta à ocupação belga de 1918 a 1962, quando a 
minoria étnica tutsi foi favorecida com privilégios, em detrimento 
da maioria de hutus.
2.1.3 Somália 
Vinte anos após a queda do governo central, a Somália 
permanece em ruínas após diversas guerras civis, confl itos 
religiosos e anarquia que causaram a morte de meio milhão de 
pessoas, forçaram um milhão de refugiados ao exílio e deslocaram 
internamente outros milhões, segundo dados da Organização das 
Nações Unidas (ONU, 2010).
2.1.4 Sudão 
Entre 1956 e 2005, os rebeldes sulistas entraram em 
confl ito com a capital Cartum, reclamando maior autonomia. Os 
confl itos arrasaram a região e somente em 2005 um acordo de 
paz foi fi rmado, após milhares de mortes. Em janeiro deste ano 
foi realizado um referendo sobre a independência do sul, que foi 
aprovada pela maioria da população. Em 8 de julho de 2011, o 
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Sudão do Sul se tornou ofi cialmente o mais novo país do mundo. 
Veja infográfico sobre os conflitos no Continente 
Africano acessando: <http://noticias.uol.com.br/ultimas-
noticias/infografi co/afp/2010/02/02/conheca-os-principais-
confl itos-na-africa.jhtm>. Acesso em: 18 jul. 2011.
Para saber mais sobre este confl ito que já matou milhares 
de pessoas na América Latina, acesse: <http://veja.abril.
com.br/130208/p_062.shtml>. Acesso em: 18 jul. 2011.
2.1.5 Colômbia
Neste país, as Forças Armadas Revolucionárias da 
Colômbia (FARC) são a principal guerrilha do país, cujas 
especialidades são o sequestro e o narcotráfi co. Autoproclamada 
guerrilha revolucionária marxista-leninista, luta pela implantação 
do socialismo na Colômbia.
2.1.6 Afeganistão
Depois dos atentados com aviões nas torres gêmeas 
de Nova York, os americanos exigiram que o Talibã entregasse 
o chefe da rede al-Qaeda, que havia assumido a autoria dos 
ataques. Com a recusa do grupo, os Estados Unidos invadiram o 
Afeganistão para derrubar o Talibã. Nestes dez anos de ocupação 
do país, os talibãs sofreram perdas, mas não estão derrotados. 
19
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Saiba mais sobre esta importante guerra da 
atualidade acessando: <http://g1.globo.com/mundo/
noticia/2010/07/raio-x-da-guerra-afeganistao.html>. 
Acesso em: 18 jul. 2011.
Para saber mais sobre o confl ito e sua localização, 
acesse: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Caxemira>. Acesso 
em: 18 jul. 2011a.
Os Estados Unidos anunciaram em junho deste ano a retirada 
das tropas do país até 2014. 
2.1.7 Índia e Paquistão
O confl ito que envolve a Índia – de maioria hindu e – o 
Paquistão – de maioria muçulmana – preocupa toda comunidade 
internacional, uma vez que envolve duas potências nucleares. 
A discórdia gira em torno da região da Caxemira, localizada ao 
norte da Índia. 
2.1.8 Filipinas
A atividade de grupos terroristas islâmicos separatistas é o 
principal confl ito deste país asiático, majoritariamente cristão. Os 
grupos islâmicos Abu Sayyaf, Frente Moro de Libertação Islâmica 
(FMLI) e Frente Moro de Libertação Nacional (FMN) desafi am o 
governo fi lipino reclamando um Estado independente em Mindanao, 
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arquipélago situado no sul do país, de maioria muçulmana. 
Para saber mais sobre o movimento separatista 
nas Filipinas, acesse: <http://pt.wikipedia.org/wiki/
Insurg%C3%AAncia_nas_Filipinas>. Acesso em: 18 
jul. 2011b.
Saiba mais sobre este confl ito acessando: <http://
g1.globo.com/mundo/noticia/2010/08/raio-x-da-guerra-
iraque.html>. Acesso em: 18 jul. 2011.
2.1.9 Iraque
Sob o argumento de que o país possuía armas de 
destruição em massa e sem a aprovação do Conselho de 
Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), forças 
americanas e britânicas invadiram o Iraque em 20 de março de 
2003. O ex-ditador Saddam Hussein foi acusado por diversos 
crimes, entre os quais um massacre de xiitas em 1982, tendo 
sido condenado à forca por crimes contra a humanidade. Em 18 
de agosto de 2010, o confl ito foi encerrado.
2.1.10 Israel
O confl ito entre israelenses e palestinos envolve a disputa 
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SOCIOLOGIA
Saiba tudo sobre a disputa entre israelenses e 
palestinos acessando: <http://pt.wikipedia.org/wiki/
Confl ito_israelo-palestino>. Acesso em: 18 jul. 2011c.
pelo direito à soberania e pela posse da terra ocupada pelos 
territórios palestinos e por Israel. O confl ito teve início no século 
19, quando judeus sionistas expressaram o desejo de criar um 
Estado em sua terra ancestral e começaram a criar assentamentos 
na região então controlada pelo Império Otomano. Desde então, 
apesar de inúmeras negociações de paz, a região vive em confl ito. 
2.1.11 Revoluções Árabes
Os movimentos pró-democracia iniciados em dezembro de 
2010 na Tunísia e que ganharam força na África do Norte e Oriente 
Médio já destituíram dois presidentes – da Tunísia e do Egito. 
Na Líbia, rebeldes lutam contra o regime do ditador Muammar 
Gaddafi , no poder há 42 anos. A Organização do Atlântico Norte 
(OTAN) assumiu o controle das manobras contra o regime, com 
apoio do Conselho de Segurança da Organização das Nações 
Unidas (ONU). Apesar das deserções em seu exército e da 
pressão internacional, o ditador ainda resiste. Protestos populares 
também chegaram a Bahrein, Marrocos, Iêmen, Jordânia, Irã e 
Arábia Saudita.
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Para saber mais sobre as manifestações populares 
nos países da África do Norte e Oriente Médio, 
acesse: <http://www.bbc.co.uk/portuguese/celular/
noticias/2011/02/110221_mapas_oriente_medio.shtml>.Acesso em: 18 jul. 2011.
2.2 RESOLUÇÃO DOS CONFLITOS
A Organização das Nações Unidas (ONU) foi criada em 
1945 para que o mundo se libertasse do fl agelo da guerra.
FIGURA 5 – ONU 
FONTE: Disponível em: <http://www.infoescola.com/geografia/
organizacao-das-nacoes-unidas-onu/>. Acesso em: 25 jul. 2011.
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SOCIOLOGIA
Conheça a Declaração Universal dos Direitos Humanos, 
documento-marco na história dos direitos, acessando: 
<http://www.onu.org.br/a-onu-em-acao/a-onu-e-os-
direitos-humanos/>. Acesso em: 25 jul. 2011.
Todavia, estamos muito distantes do mundo idealizado 
pelos arquitetos da Declaração Universal dos Direitos Humanos 
em dezembro de 1948, uma vez que confl itos espalhados em 
todos os cantos do planeta assolam a vida de milhões de pessoas.
Nesse cenário, o desafi o de controlar os confl itos armados 
se impõe a todos. E nada como as primeiras linhas da Constituição 
da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência 
e a Cultura (UNESCO) para inspirar a luta pela paz: “Uma vez 
que as guerras se iniciam nas mentes dos homens, é nas mentes 
dos homens que devem ser construídas as defesas da paz” 
(UNESCO, 2011).
3 VIDA URBANA EM FOCO
Na história da humanidade é possível observar que em 
certos momentos a vida esteve ora concentrada no campo, ora 
na cidade. Entretanto, atualmente tem predominado a vida nas 
cidades. É claro que em outros períodos da história da humanidade 
também houve o predomínio da vida na cidade. Ao investigar a 
cidade de Roma Antiga, encontraremos certos problemas como 
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os atuais, é claro, com outra roupagem, a exemplo: violência, 
roubos, lixo nas ruas, dentre outros. 
Entretanto, com nova roupagem, as cidades modernas não 
podem ser consideradas um “paraíso terrestre”, pois nelas existe 
uma série de problemas a serem sanados. Por exemplo: falta de 
saneamento básico, falta de segurança, alagamentos, homicídios, 
latrocínios, dentre outros problemas. E o desafi o que se tem feito 
presente é administrar tal situação e buscar soluções dentro dos 
recursos disponíveis para que a vida urbana seja qualifi cada. 
Segundo Guterres (2010), em 1950, menos de 30% da população 
global vivia em cidades. Esse percentual subiu para mais de 50% 
e deverá chegar a 60% por volta de 2030. Em termos numéricos, 
as estatísticas são igualmente impressionantes. Enquanto cerca 
de 730 milhões de pessoas viviam em zonas urbanas em 1950, 
agora são mais de 3,3 bilhões.
 
Além disso, devido ao êxodo rural e, de certa consequência, 
aumento do tamanho das cidades, não há de se negar que muitas 
cidades cresceram sem o mínimo planejamento necessário ou 
infraestrutura adequada. Muitas cidades têm no seu interior 
imensas comunidades que são construídas sem a infraestrutura 
mínima, ou ruas que surgem sem sequer serem planejadas.
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SOCIOLOGIA
FIGURA 6 – FAVELA 
FONTE: Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/_AMa8BZ3IG5g/
S-wVCDvatVI/AAAAAAAAAXU/Fd8u-91hgSA/s1600/
favela.jpg>. Acesso em: 1 ago. 2011.
Ao analisarmos em específi co, em muitas das grandes 
cidades brasileiras, é comum o crescimento desordenado. 
Repentinamente, casas aparecem, sem a devida autorização do 
poder público e, às vezes, em locais impróprios para construções 
de moradias. Frente a este cenário, é muito comum observarmos 
em jornais notícias que versem sobre cidades que ficaram 
alagadas ou casas que foram soterradas, e, por vezes, ceifando 
vidas humanas. Quanto às cidades, reforçam ainda Araujo, Bridi, 
Motim (2009, p. 191):
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A cidade é um complexo, onde os problemas são 
ainda mais interdependentes e conectados. O 
esgoto não canalizado, exposto a céu aberto, vaza 
para o vizinho. O lixo produzido e arremessado 
nos rios da cidade interfere na vazão da água, 
resultando em enchentes. A falta de transporte 
público, ou em condições insufi cientes, afeta a 
qualidade de vida dos cidadãos, que dependem de 
locomoção para trabalhar. Além disso, transporte 
público ruim incentiva o uso individual do automóvel, 
agravando as condições ambientais e provocando 
congestionamentos, além de outros exemplos da 
inter-relação dos espaços da cidade. 
 
Observa-se que diversos são os problemas que existem 
nas cidades, e estes problemas podem ter as mais diversas 
causas. Também não podemos deixar de mencionar a violência, 
que acontece principalmente nas grandes cidades, e também 
tem surgido nas cidades de pequeno e médio porte. Outrossim, 
diversas são as causas da violência que tem atingido as cidades 
brasileiras. 
 
As causas da violência, portanto, têm raízes sociais 
e históricas. Nas cidades, por se constituírem centros 
mais dinâmicos do capitalismo, concentram-se no 
mesmo espaço as contradições e os contrastes 
sociais: casas luxuosas lado a lado com moradias 
precárias. A opulência do consumo versus a 
severidade da escassez faz-se visível na cidade. [...]. 
(ARAÚJO; BRIDI; MOTIM, 2009, p. 198).
Além das causas da violência supramencionadas, podemos 
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SOCIOLOGIA
encontrar outras, porém, para amenizar a violência em algumas 
cidades ou regiões, as autoridades públicas buscam em alguns 
casos tomar medidas mais enérgicas no sentido de inibir a sua 
difusão, já em outras cidades ou regiões isso pode não acontecer. 
É comum observar que a sociedade ou parte dela tem 
cobrado que as penalidades sejam mais severas ao que tenha 
conduta ilícita, ou ainda, que se construam prisões com o intuito 
de inibir a violência ou, até mesmo, penalizar os que descumprem 
as leis. A violência interfere no modo das pessoas agirem e 
pensarem no dia a dia! Existem pessoas interessadas no aumento 
da violência para expandir negócios e aumentar os lucros! 
 
 Como apontado, nas cidades brasileiras são inúmeros os 
problemas enfrentados pelos habitantes, desde a segurança até 
o esgoto a céu aberto, falta de água potável, ou ainda, défi cit de 
habitação, ou seja, há um número considerável de brasileiros que 
buscam realizar o seu sonho, ter casa própria. 
 
Além das mudanças frequentes que acontecem nas 
cidades, os que as gerenciam devem estar atentos às discussões 
da sustentabilidade, principalmente em assegurar um crescimento 
racional da população. Conservação dos recursos para garantir 
vida futura das cidades e reestruturação das formas de consumo 
e redução da poluição deverão ser uma preocupação. (MORENO, 
2002).
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4 POLÍTICAS PÚBLICAS
FIGURA 7 – POLÍTICAS PÚBLICAS
FONTE: Disponível em: <http://www.senado.gov.br/noticias/inc/
multimidia/verImagem.aspx?codImagem=149118>. 
Acesso em: 1 ago. 2011.
Para buscarmos resposta a esta pergunta temos de 
indagar, primeiramente, o que é política. Da perspectiva clássica, 
política (politikós) é um adjetivo que tem origem na palavra grega 
pólis e refere-se a tudo o que diz respeito às coisas da cidade; ou 
seja, ao que é urbano, público, civil e social. Aristóteles, no século 
V a.C., foi o primeiro fi lósofo a desenvolver um tratado sobre o 
tema, intitulado “Política”.
Na era moderna, esse conceito adquire nova roupagem 
e, aos poucos, a ideia de política como arte de governar a 
pólis passa a ser substituída por expressões como “Ciência do 
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SOCIOLOGIA
Estado” ou “Ciência Política”. Na conotação moderna, a política, 
em contraponto ao termo que tinha como referência a pólis, diz 
respeito à atividade ou ao conjunto de atividades que, de alguma 
maneira, faz referência aoEstado.
No contexto das Políticas Públicas, a política é entendida 
como o conjunto de procedimentos que expressam relações de 
poder e que se orienta à resolução de confl itos no que se refere 
aos bens públicos. Em suma, a política implica a possibilidade de 
resolvermos confl itos de uma forma prática. Deste modo, Políticas 
Públicas é o processo pelo qual os diversos grupos que compõem 
a sociedade tomam decisões coletivas, que condicionam o 
conjunto dessa sociedade. Quando decisões coletivas são 
tomadas, elas se convertem em algo a ser compartilhado, isto é, 
em uma prática comum.
Para atingir resultados em diversas áreas e promover o 
bem-es tar da sociedade, os governos se utilizam das Políticas 
Públicas, que podem ser defi nidas como um conjunto de ações 
e decisões do governo, voltadas para a solução (ou não) de 
problemas da so ciedade.
Segundo Rua (1998), as demandas da sociedade são 
as aspirações e as necessidades, sejam estas expressas de 
maneira organizada ou não; e que estão em consonância ou 
não com amplos setores da sociedade ou a pequenos grupos. 
Entretanto, as demandas sociais da sociedade contemporânea 
se caracterizam por uma ampla diversidade tanto em termos de 
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idade, religião, etnia, língua, renda, profi ssão, ideias, valores, 
interesses e aspirações.
As reivindicações podem ser por saúde, educação, 
segurança pública, transportes, estradas, saneamento, demandas 
por preservação ambiental, pelo desenvolvimento sustentável, por 
direitos políticos, direitos de greve, por renda e outros.
Entende-se que estas áreas são prioritárias para o 
desenvolvimento de forma sadia e equilibrada de qualquer 
sociedade. Para que estas necessidades entrem na pauta dos 
governos, se faz necessário que tais demandas façam parte dos 
programas e metas do Executivo nos âmbitos municipal, estadual 
e federal.
Para elucidar melhor a ideia de necessidade/reivindicações/
demandas, observe o exemplo do Progra ma do Artesanato 
Brasileiro (PAB), gerenciado pelo Ministério do Desenvolvimento, 
Indústria e Comércio Exterior (MDIC), cuja missão é “estabelecer 
ações conjuntas no sentido de enfrentar os desafi os e potencializar 
as muitas oportunidades existentes para o desenvolvimento do 
Setor Artesanal, gerando oportunidades de trabalho e renda, 
bem como estimular o aproveitamento das vocações regionais, 
levando à preservação das culturas locais e à formação de 
uma mentalidade empreendedora, por meio da preparação das 
organizações e de seus artesãos para o merca do competitivo”, 
conforme apresentado na página do MDIC. Tal programa é gerido 
pelo governo federal, mas busca a des centralização, pois pretende 
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desenvolver as potencialidades dos estados e municípios.
De acordo com o livro Políticas Públicas: conceitos e 
práticas, do SEBRAE/MG (2008), tal política foi desenvolvida 
visando à geração de emprego e renda, bem como a preservação 
das culturas locais e a criação de uma mentalidade empreendedora. 
Para tanto, as ações adotadas são a capacitação de artesãos e 
multiplicadores, estruturação de núcleos produtivos do segmento 
artesanal, feiras e eventos para comercialização da produção 
artesanal e rotas de artesanato e turismo. Certamente, tais ações 
não são consideradas sufi cientes por todos os grupos envolvidos 
nesse tema, entretanto, certa mente ela surgiu como resultado da 
interação dos elementos que constituem esse segmento social. 
Quanto mais consistente um programa de governo, seja 
este no âmbito federal, estadual ou municipal, maior a possibilidade 
de a população ter uma melhor qualidade de vida. Entretanto, o 
que se apresenta em nosso país atualmente é uma gama de 
propostas e projetos que não são cumpridos, ou seja, políticas 
públicas que não se concretizam, não são implementadas ou não 
cumprem com a sua fi nalidade na íntegra.
Para que a população tenha suas demandas e expectativas 
atendidas, precisamos urgentemente de uma maior conscientização 
quanto ao nosso dever de cidadão. 
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O QUE É CIDADANIA?
Conforme Rodrigues (2010), cidadania se compõe de três 
tipos básicos de direitos, que, por sua vez, remetem-nos a um 
conjunto de instituições específi cas.
Direitos Civis: O primeiro tipo de direitos refere-se àqueles 
que se compõem dos direitos à propriedade, de fi rmar contratos 
válidos, de liberdade de expressão, pensamento, crença e justiça. 
Da perspectiva institucional, os direitos civis estão relacionados 
aos Tribunais de Justiça, que servem para salvaguardar esses 
direitos e à proteção dos membros da comunidade nacional.
Direitos Políticos: O segundo diz respeito ao direito de 
voto (votar e ser votado) e do acesso aos cargos públicos. As 
assembleias representativas (locais e nacionais) são exemplos 
de instituições que servem como vias de acesso à participação 
política (na legislatura) e ao processo de tomada de decisões 
públicas.
Direitos Sociais: Os direitos civis se referem a um leque 
mais amplo dos direitos dos cidadãos, que vão do direito a um 
mínimo de segurança e bem-estar econômico, até o direito de 
participar plenamente da herança social e viver a vida de um 
ser civilizado, de acordo com os padrões que prevalecem na 
sociedade. Nesse caso, as instituições públicas correspondentes 
são a escola pública (que possibilita a todos os membros da 
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SOCIOLOGIA
comunidade receber, pelo menos, os elementos básicos de uma 
educação) e os serviços sociais ofertados pelo Estado, que visam 
garantir um mínimo de proteção contra a pobreza e a doença.
Observe um caso bem-sucedido de uma Política Pública 
realizada na cidade de Batalha – Piauí e que foi lançada no livro 
“Pequenos Negócios e o Desenvolvimento Municipal” (SEBRAE, 
2008).
BATALHA – PIAUÍ
Com a população de 25.751 habitantes, o município de 
Batalha foi o ganhador da Região Nordeste do 4º Prêmio na 
categoria Planejamento, Estruturação e Governança Local para 
o Desen volvimento, graças ao programa Mutirão Empreendedor 
das Po tencialidades de Batalha. 
O objetivo da política pública desenvolvida pelo município 
em questão é apoiar o estímulo ao empreendedorismo por meio 
de capacitação, focada nas potencialidades econômicas da 
região. 
O público-alvo das ações são as mulheres empreendedoras, 
pro dutores rurais, apicultores e comerciantes (segmentos 
econômicos já existentes no município, mas que não desenvolviam 
todo o seu potencial). O investimento foi de R$ 216 mil, e contou 
com a participação, além da prefeitura, do SEBRAE, BNB, Banco 
do Brasil, associações de criadores, sindicatos e órgãos estaduais 
e federais. 
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Em outras palavras, o município reconheceu sua vocação 
na ovi nocaprinocultura, no gado leiteiro, na roça orgânica familiar, 
na mandioca, na apicultura e no artesanato, e transformou essas 
atividades no meio de gerar trabalho e, consequentemente, ren-
da, dinamizando a economia local, criando condições para que 
a população da cidade não precise mais buscar emprego nas 
grandes cidades.
 
 
5 SOCIODIVERSIDADE
FIGURA 8 – SOCIODIVERSIDADE 
FONTE: Disponível em: <http://mercadoetico.terra.
com.br/website/wp-content/uploads/2009/05/
diversidade.jpg>. Acesso em: 1 ago. 2011.
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SOCIOLOGIA
Por sociodiversidade podemos entender a compreensão de 
toda uma sociedade diversifi cada, com múltiplas formas de cultura, 
de entendimento, de oportunidades, de aceitação. Originalmente, 
no século XVIII, havia duas formas distintas de entendermoscultura – civilization (francesa – realizações materiais) e kultur 
(germânica – aspectos espirituais). Esta ideia perpassou, em sua 
origem, pela Antropologia. Já no século XIX, a ideia de cultura 
se assemelha à palavra Culture (inglesa) – único vocábulo que 
representava “todas as possibilidades de realização humana” 
e inclui conhecimentos, crenças, leis, arte, princípios, moral e 
costumes.
A Antropologia é entendida como: O estudo do homem 
como ser biológico, social e cultural. Antropos = homem e Logos = 
estudo. Surge como disciplina acadêmica no séc. XIX, juntamente 
com a Sociologia. Porém, com focos distintos, pois seu objeto de 
estudo é diferente. Deste modo, sendo a Antropologia a ciência 
do homem e de suas várias dimensões e manifestações, ela tem 
um campo de investigação extremamente vasto: abrange, no 
espaço, toda a terra habitada; no tempo, pelo menos dois milhões 
de anos; todas as populações socialmente organizadas e que se 
centram no desejo de conhecer a sua origem e a sua capacidade 
de se conhecer.
Portanto, quanto mais diversifi cada uma sociedade, maior 
a sua riqueza cultural. Deste modo, precisamos aprender a 
aceitar o diferente, a não termos um padrão único em sociedade 
e a vivermos de forma equilibrada e harmônica com as nossas 
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diferenças sociais.
MISTURA CORPORATIVA
Cresce a preocupação das empresas em promover 
a inclusão e a ascensão das minorias em seus postos 
estratégicos. As mulheres são o principal alvo.
Roberta Queiroz
 
Em janeiro deste ano, a executiva americana Ellen 
Kullman assumiu o cargo de CEO global da DuPont, gigante 
da indústria química. Foi a primeira mulher na empresa a 
alcançar esse cargo. Mas não deverá ser a última. Fruto de 
um longo trabalho de diversidade, a ascensão de mulheres a 
posições de liderança vem crescendo na empresa. Em 2003, 
elas representavam apenas 1% dos postos estratégicos na fi lial 
brasileira. Hoje, 14% dos cargos de gestão são ocupados por 
mulheres. “O nosso objetivo é manter o crescimento percentual 
da presença das mulheres em cargos de liderança de 2% ao 
ano, como vem acontecendo nos últimos três anos”, afi rma Ana 
Cristina Piovan, diretora de recursos humanos da DuPont Brasil. 
O movimento feito pela DuPont vem sendo, cada vez 
mais, acompanhado por outras companhias. Preocupadas em 
aumentar a diversidade de seus times, empresas de diferentes 
portes e setores estão empenhadas em criar estratégias 
de inclusão e ascensão não apenas de mulheres, mas das 
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SOCIOLOGIA
chamadas minorias. Segundo um levantamento feito pelo Instituto 
Ethos e pelo Ibope Inteligência com o apoio institucional da Inter-
American Foundation (IAF), em 2007, 79% das 500 maiores 
empresas do Brasil promoveram ações em favor da diversidade. 
Dois anos antes, apenas 52% delas se preocupavam com o 
tema. “Apesar desse tipo de discussão não ser brasileiro, acabou 
chegando também aqui”, diz a antropóloga carioca Lívia Barbosa, 
professora da Universidade Federal Fluminense. “O que era um 
assunto periférico passou a ser um tema importante.” [...]
 
A IBM conta com anos de tradição na história da 
diversidade. Muito antes de o assunto entrar na pauta de 
discussão dos movimentos sociais, em 1935, a empresa já 
havia iniciado a política de equidade salarial entre homens e 
mulheres. No Brasil, as ações ganharam mais foco em 2002. 
Com 17 mil funcionários na subsidiária brasileira, a companhia 
convidou os profi ssionais que fazem parte dos grupos de minoria 
a liderar, junto com os executivos, as iniciativas de diversidade. 
Foram criadas equipes de trabalho para discutir difi culdades 
e construir ações. São comitês de mulheres, portadores de 
defi ciência, afrodescendentes e GLBT (gays, lésbicas, bissexuais 
e transexuais). “Criamos esses grupos porque não são executivos 
tentando adivinhar as necessidades, mas as pessoas que 
vivem na pele as difi culdades encontradas no dia a dia”, afi rma 
Bonorino. [...]
 
Desde 1996, a Fersol vem investindo em diversidade, 
passando a contratar pessoas que fazem parte de minorias. 
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Na época, com 90% do quadro formado por homens brancos 
com idade entre 20 e 40 anos, a companhia começou a fazer 
parcerias com ONGs para selecionar mulheres, negros e 
portadores de defi ciência. “A qualifi cação é fundamental, mas, 
quando não conseguimos um profi ssional que tenha todos os 
requisitos necessários para o cargo, criamos uma posição com 
menor responsabilidade para treiná-lo”, diz Michael Haradom, 
presidente da Fersol. “Dessa forma, conseguimos mudar a 
formação da empresa.” Já em 2004, a Fersol contava com 64% 
de mulheres, 53% de afro-brasileiros, 26% de pessoas acima de 
45 anos, 3% de portadores de defi ciência, 3% de homossexuais 
e 5% de pessoas em processo de liberdade assistida. No mesmo 
ano, a empresa bateu recorde em seu faturamento: 100 milhões 
de dólares. 
Os homossexuais também foram conquistando seu 
respeito no ambiente corporativo. Prova disso é o crescimento 
de empresas que passaram a estender os benefícios do plano 
de saúde para parceiros do mesmo sexo. Segundo a terceira 
edição da pesquisa sobre benefícios de assistência à saúde da 
consultoria Watson Wyatt, em 2008 houve aumento de 13% na 
concessão da assistência pelas companhias em relação ao ano 
anterior, quando esse índice era de 20%. 
Os especialistas fazem um alerta para esse tipo de 
ação. “Algumas empresas optaram por um caminho mais 
conservador, como oferecer benefícios”, afi rma Klecius Borges, 
terapeuta de homossexuais. “Isso é importante para mostrar que 
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elas se preocupam com essa questão, mas não vai eliminar a 
insegurança do profi ssional.” O mais importante, segundo ele, 
é tornar as políticas claras e educar os funcionários a praticar o 
respeito às diferenças.
Tendo a diversidade como um dos pilares de seu 
negócio, a DuPont deixa claro, desde o início, que não tolera o 
trato desrespeitoso. Assim que o funcionário entra, passa por 
treinamentos que envolvem a questão da diversidade. O código 
de conduta da empresa também inclui essa questão e estabelece 
padrões de convivência. [...]
Desenvolver os deficientes também foi a solução 
encontrada pela IBM para incluí-los em sua força de trabalho. Em 
2008, a empresa realizou uma parceria com o Instituto Eldorado, 
em Campinas, interior de São Paulo, para formar 20 profi ssionais 
em tecnologia, programação de sistemas e inglês. Para acelerar 
a capacitação dos profi ssionais e ter massa crítica para contratar, 
especialmente as pessoas com defi ciência, a empresa está 
realizando um projeto em parceria com o Centro Paula Souza. 
“O perfi l da IBM é mais alto que o de muitas indústrias. A maioria 
possui curso superior”, diz Bonorino. “Nosso desafi o é investir 
na preparação de mais pessoas desde a base.” O desafi o dele 
e de muitas outras empresas que buscam efetivamente levar o 
discurso de diversidade para a prática.
FONTE: Disponível em: <http://revistavocerh.abril.com.br/noticia/
conteudo_448482.shtml>. Acesso em: 12 maio 2011.
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Quando tratamos de aceitação, de livre oportunidade a 
todos e que as sociedades atuais são extremamente homogêneas, 
compostas por pessoas com culturas distintas, interesses diversos, 
classes sociais confl itantes, entendemos que faz-se imprescindível 
que os diferentes que compõem esta sociedade tão multifacetada 
convivam da melhor maneira possível. 
 
Para enfatizar, leia o texto a seguir, extraído do Jornal 
Folha de São Paulo, dia 21.11.10, de Navi Pillay,alta-comissária 
das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
Todos temos a obrigação de combater a intolerância e 
o preconceito e de exigir que os agressores, motivados 
pelo ódio, respondam por seus atos.
Seth Walsh tinha 13 anos quando foi até o jardim da casa 
onde morava com sua família, na Califórnia, e se enforcou. Seth 
é um dos seis adolescentes que sabemos que se suicidaram 
nos EUA, só em setembro, devido ao que sofreram nas mãos 
de perseguidores homofóbicos.
Nas últimas semanas, vimos acontecer uma série de 
ataques contra gays, lésbicas, bissexuais ou transexuais no 
mundo. Em Belgrado, no dia 10 de outubro, um grupo de 
manifestantes atirou coquetéis molotov e granadas paralisantes 
contra uma parada do orgulho gay, ferindo 150 pessoas.
Em Nova York, em 3 de outubro, três jovens homossexuais 
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foram sequestrados, levados para um apartamento desabitado 
e torturados.
Na África do Sul, realizou-se em Soweto uma manifestação 
para chamar a atenção para as violações contra as lésbicas nas 
“townships”, atos que os seus autores tentam justifi car como uma 
tentativa de “corrigir” a sexualidade das vítimas. A homofobia, 
como o racismo e a xenofobia, existe em diversos graus, em 
todas as sociedades. Todos os dias, em todos os países, 
indivíduos são perseguidos, violentamente atacados ou mesmo 
mortos devido à sua orientação sexual.
Quer seja explícita, quer não, a violência homofóbica 
causa um enorme sofrimento, que é frequentemente dissimulado 
sob um véu de silêncio e vivido na solidão.
Chegou o momento de fazermos ouvir a voz desses 
grupos minoritários. Embora a responsabilidade pelos crimes 
motivados pelo ódio recaia sobre os que os cometem, todos 
temos a obrigação de combater a intolerância e o preconceito e 
de exigir que os agressores respondam pelos seus atos.
A prioridade inicial é descriminalizar a homossexualidade. 
Em mais de 70 países as pessoas podem sofrer sanções penais 
devido à sua orientação sexual. Essas leis expõem os indivíduos 
à detenção, à prisão, até à tortura ou mesmo à execução e 
perpetuam o estigma, além de contribuir para um clima de 
intolerância e violência.
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Ainda que importante, a descriminalização é apenas 
o primeiro passo. A experiência mostra que são necessários 
maiores esforços para combater a discriminação e a homofobia.
Infelizmente, acontece com demasiada frequência que aqueles 
que deveriam usar de moderação ou exercer a sua infl uência para 
promover a tolerância fazem exatamente o contrário, reforçando 
os preconceitos.
Em Uganda, por exemplo, onde a violência contra as 
pessoas com base em sua orientação sexual é comum, um 
jornal, no dia 2/10, publicou uma matéria na primeira página 
identifi cando cem ugandenses como gays ou lésbicas, colocando 
ao lado de suas fotos a frase: “Enforquem-nos”.
Temos que denunciar esse tipo de jornalismo como aquilo que 
é: incitamento ao ódio e à violência. No país, os ativistas de direitos 
humanos que defendem os direitos de gays, lésbicas, bissexuais 
ou transexuais correm o risco de serem perseguidos ou detidos.
No mês passado, em Genebra, falei sobre a descriminalização 
da homossexualidade em um painel promovido por um grupo 
de quatorze países.
No evento, o arcebispo emérito Desmond Tutu manifestou 
seu apoio, falando apaixonadamente sobre as lições do apartheid 
e sobre o desafi o de assegurar a igualdade de direitos para todos: 
“Sempre que um grupo de seres humanos é tratado como inferior 
por outro, o ódio e a intolerância triunfam”.
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Não deveriam ser necessárias mais centenas de mortes 
e espancamentos para nos convencer disso.
Compete a todos nós exigir a igualdade para nossos 
semelhantes, independentemente de orientação sexual e de 
identidade de gênero.
FONTE: Disponível em: <http://www.gestospe.org.br/web/noticias/
conteudo1/?conteudo=492481871>. Acesso em: 1 ago. 2011.
6 EM BUSCA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Atualmente, o consumo tem aumentado consideravelmente 
e isso tem levado à busca por matéria-prima para atender à 
elaboração dos produtos e satisfazer as necessidades humanas 
que são básicas ou até mesmo incentivadas pelo mercado. Porém, 
muitas das matérias-primas não serão sufi cientes para atender 
às grandes demandas de consumo. Frente a este cenário, muitas 
das organizações que produzem podem não estar preocupadas 
com as consequências maléfi cas que podem trazer ao meio 
ambiente. Por exemplo, se olharmos mais atentamente, podemos 
visualizar vários descasos com a natureza, a exemplo: poluição, 
desmatamento, uso irracional dos bens renováveis ou não, mas, 
por outro lado, o tema sustentabilidade tem ganhado força nos 
círculos empresariais ou até mesmo na condução dos negócios.
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FIGURA 9 – DEVASTAÇÃO
FONTE: Disponível em: <http://www.ecodebate.com.br/foto/
desmat6.jpg>. Acesso em: 1 ago. 2011.
Entretanto, o sinal de alerta está lançado, pois a 
possibilidade iminente da ausência de matérias-primas renováveis 
ou não tem deixado muitas organizações com a preocupação da 
viabilidade dos negócios frente às formas de usufruir os recursos 
naturais. E além disso, a própria sociedade, de modo geral, tem se 
mostrado preocupado com tal questão e tendo face às exigências 
da sociedade, tratados ou leis, a ação tende a redirecionar as suas 
condutas perante as formas de conduzir os negócios. De acordo 
com Seiffert (2009, p. 268):
A necessidade de conciliar o crescimento e a 
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SOCIOLOGIA
preservação ambiental, duas questões antes tratadas 
separadamente, levou à criação e ao amadurecimento 
do conceito de desenvolvimento sustentável, que 
surge como alternativa inclusive de abrangência 
global. A consciência de que é necessário utilizar 
com parcimônia os recursos naturais, uma vez que 
estes podem se esgotar rapidamente, mobiliza 
a sociedade no sentido de organizar para que o 
crescimento econômico não seja predatório, mas sim 
sustentável.[...] A capacidade de carga do planeta 
Terra não poderá ser ultrapassada sem que ocorram 
grandes catástrofes ambientais. Entretanto, não se 
conhece qual é essa capacidade, e será muito difícil 
conhecê-la com precisão, sendo necessário adotar 
uma postura proativa. Neste sentido, é preciso criar 
condições socioeconômicas, institucionais e culturais 
que estimulem não apenas um rápido progresso 
tecnológico poupador de recursos naturais, como 
também uma mudança na direção a padrões de 
consumo que impliquem o crescimento contínuo e 
ilimitado do uso de recursos naturais per capita.
 
De certa forma, a humanidade tem se preocupado com 
a necessidade de buscar um desenvolvimento sustentável. No 
entanto, podemos dizer que para que se otimize o desenvolvimento 
sustentável é necessário que neste processo se desenvolvam 
projetos ecologicamente compatíveis com as necessidades humanas 
e viáveis economicamente. Pois muitas das ações que têm impactos 
ao meio ambiente, de certa forma, podem contribuir para aniquilar 
ou não as aspirações de gerações futuras, no sentido destas não 
conseguirem atender às suas necessidades básicas, inclusive. Assim 
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de acordo com Andrade, Tachizawa, Carvalho (2002, p. 21): 
Um dos maiores desafi os que o mundo enfrentará 
no próximo milênio será fazer com que as forças de 
mercado protejam e melhorem a qualidade do ambiente, 
com a ajuda de padrões baseados no desempenho 
e no uso criterioso de instrumentos econômicos, em 
um contexto harmonioso de regulamentação.O novo 
contexto econômico caracteriza-se por rígida postura 
dos clientes, voltada à expectativa de interagir com 
organizações que sejam éticas, com boa imagem 
institucional no mercado e que atuem de forma 
ecologicamente correta. 
 E como mencionado anteriormente, as questões de cunho 
ambiental têm atingido as organizações, pois estas podem não 
ser responsabilizadas por continuar a destruir o meio ambiente e 
os anseios das próximas gerações. Por isso, conforme Donaire 
(2009, p. 28):
 
Muitos países têm inserido em seus estudos de 
desenvolvimento modelos de avaliação de impacto 
e custos-benefícios ambientais nas análises de 
projetos econômicos, que têm resultado em novas 
diretrizes, regulamentações e leis na formulação 
de suas políticas e na execução de seus projetos 
de governo. Tal iniciativa acarreta nova visão na 
gestão de recursos naturais, a qual possibilita, ao 
mesmo tempo, efi cácia e efi ciência na atividade 
econômica e mantém a diversidade e a estabilidade 
do meio ambiente. 
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FIGURA 10 – RECICLAGEM E ENERGIAS ALTERNATIVAS
FONTE: Disponível em: <http://vidasustentavel.perus.com/img/
fog%C3%A3o-solar-feito-em-casa.jpg>. Acesso em: 1 
ago. 2011.
Enfi m, vários setores da sociedade têm buscado colocar 
na agenda das suas discussões as questões relativas ao meio 
ambiente, ou ainda, já buscando implementar ações concretas 
para efetivar o desenvolvimento sustentável. 
7 SUSTENTABILIDADE
Caro(a) acadêmico(as)! Você já deve ter percebido que, 
com o processo de globalização, o mundo se torna um só mercado 
capitalista, e as práticas de exploração de recursos naturais, a 
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produção de bens e o consumo atingem escala insustentável. Num 
processo paralelo, mas não necessariamente complementar, há 
um crescimento da refl exão e da consciência ecológica. A evolução 
da refl exão sobre ecologia nos coloca um impasse:
Como desenvolver a produção de bens e serviços para 
atender à demanda crescente e potencialmente infi nita, com a 
certeza da fi nitude dos recursos naturais? 
Na tentativa de responder a essa pergunta, surge a 
noção de desenvolvimento sustentável.
7.1 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Um importante marco da reflexão sobre o processo 
de mudanças que vivemos na sociedade contemporânea é o 
relatório Nosso Futuro Comum, da Comissão Mundial sobre o 
Meio Ambiente e Desenvolvimento, da Organização das Nações 
Unidas (ONU), presidida pela Primeira-Ministra da Noruega, 
Gro Brundtland. O documento, também conhecido como 
Relatório Brundtland, publicado em 1987, defi niu o conceito de 
desenvolvimento sustentável como: “desenvolvimento que satisfaz 
as necessidades presentes sem comprometer a capacidade das 
gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. (WWF, 
2011). Aqui fi ca evidenciado o compromisso sincrônico, ou seja, o 
compromisso com a geração atual, e o compromisso diacrônico, 
com as gerações futuras. (MONTIBELLER FILHO, 2008).
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SOCIOLOGIA
Sobre um histórico da evolução das refl exões sobre 
desenvolvimento sustentável, ver: <http://www.
fae.edu/publicacoes/pdf/IIseminario/pdf_reflexoes/
refl exoes_14.pdf>.
Não devemos confundir crescimento econômico com 
desenvolvimento. Crescimento econômico é a multiplicação da 
riqueza material, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB), 
por exemplo. Desenvolvimento sustentável exige crescimento 
econômico com ampliação do emprego, redução da desigualdade 
e da pobreza. É necessário compatibilizar a melhoria nos níveis e 
qualidade de vida com a preservação ambiental. Segundo Sachs 
(1993), existem cinco dimensões daquilo que ele denominou 
ecodesenvolvimento:
1 A sustentabilidade social: é o processo que visa à diminuição 
das diferenças sociais e atendendo às necessidades materiais 
e não materiais das classes menos favorecidas. 
2 A sustentabilidade econômica: visa à gestão e aplicação de 
recursos fi nanceiros e investimentos tanto públicos e privados. 
3 A sustentabilidade ecológica: visa à diminuição dos impactos 
negativos da exploração de recursos naturais e energéticos.
4 A sustentabilidade espacial: visa a uma melhor distribuição 
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da população, estabelecendo um equilíbrio entre o campo e a 
cidade.
5 A sustentabilidade cultural: visa ao respeito às confi gurações 
das culturas locais e a cada ecossistema.
As lideranças das sociedades atuais devem estar atentas 
às problemáticas da sustentabilidade que envolvem suas várias 
dimensões.
Além das mudanças frequentes que acontecem 
nas cidades, aqueles que as gerenciam devem 
estar atentos às discussões da sustentabilidade, 
principalmente em busca de assegurar um 
crescimento racional da população. Conservação 
dos recursos para garantir vida futura das cidades 
e reestruturação das formas de consumo e redução 
da poluição deverão ser uma preocupação. 
(MORENO, 2002 apud URBANESKI; SILVA, 2010, 
p. 181).
Desenvolvimento econômico precisa ser acompanhado da 
evolução dos Indicadores de Desenvolvimento Humano (IDH). 
Com o crescimento populacional e a vigência de um paradigma de 
consumo insustentável, percebe-se uma verdade inconveniente: 
o planeta, com seus recursos fi nitos, está à beira da exaustão. 
O desenvolvimento sustentável torna-se um novo 
paradigma de desenvolvimento. Desenvolver para as gerações 
atuais sem comprometer a capacidade de desenvolvimento de 
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gerações futuras.
É fundamental que estejamos atentos ao desenvolvimento 
de medidas mitigadoras de impactos socioambientais. Medidas 
do cotidiano das pessoas no seu fazer diário e também medidas 
de políticas públicas que envolvam amplos setores da sociedade.
Mas você pode se perguntar: e a Ecologia, como ela está 
relacionada com tudo isso?
Vamos ao sentido da palavra: Ecologia: do grego oîkos, 
que signifi ca casa. Podemos resumi-lo como o estudo da casa 
maior, a Terra. Todo organismo existe de forma não isolada. Todo 
ser natural ou cultural se relaciona com o meio físico, com os 
elementos químicos necessários ao seu crescimento, multiplicação 
e relacionamento com outros seres de outras espécies (naturais 
e culturais).
A esse conjunto de elementos e fatores físicos, 
químicos e biológicos [e culturais] necessários à 
sobrevivência de cada espécie denominamos meio 
ambiente, ou simplesmente ambiente. Ao estudo 
das relações entre os seres vivos e o ambiente 
damos o nome de ecologia. (BRANCO, 1997, p. 8).
Nos primórdios, a discussão ecológica era antropocêntrica, 
centrada nos interesses do ser humano colocado fora da natureza. 
Para que o conceito de ecologia fi que completo é importante 
inserirmos a dimensão sociocultural, ou, como prefere Capra 
(2011):
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A ecologia profunda não separa seres humanos - 
ou qualquer outra - coisa do meio ambiente natural. 
Ela vê o mundo não como uma coleção de objetos 
isolados, mas como uma rede de fenômenos que 
estão fundamentalmente interconectados e são 
interdependentes. A ecologia profunda reconhece 
o valor intrínseco de seres vivos e concebe os 
seres humanos apenas como um fi o particular na 
teia da vida.
Uma visão de ecologia profunda igualando homem e 
natureza, ou melhor, inserindo o ser humano no meio ambiente, 
nos alerta para as limitações do desenvolvimento. É necessária 
uma mudança profunda em nossos valores.
Toda a questão dos valores é fundamental para 
a ecologia profunda; é, de fato, sua característica 
defi nidora central. Enquanto o velho paradigma 
está baseado em valores antropocêntricos(centralizados no ser humano), a ecologia 
profunda está alicerçada em valores ecocêntricos 
(centralizados na Terra). É uma visão de mundo 
que reconhece o valor inerente da vida não 
humana. Todos os seres vivos são membros de 
comunidades ecológicas ligadas umas às outras 
numa rede de interdependências. (CAPRA, 2011).
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Um texto interessante sobre Ecologia é “A carta do 
Cacique Seattle”, de 1855. Veja-o em: <http://www.
geomundo.com.br/sala-de-aula-10124.htm>.
7.2 DESENVOLVIMENTO E SOCIEDADE DE CONSUMO
Os padrões de consumo da sociedade atual são 
desiguais, em função de fatores como concentrações de renda, e 
insustentáveis em função do previsível esgotamento de recursos 
não renováveis (o petróleo, por exemplo).
“O consumismo é um processo eticamente condenável, 
pois faz com que as pessoas comprem mais do que realmente 
necessitam.” (BRANCO, 1997, p. 44). 
A Carta da Terra, outro texto de referência fundamental 
para o entendimento das questões relativas à sustentabilidade 
global, ao caracterizar a situação atual, afi rma que: 
Os padrões dominantes de produção e consumo 
estão causando devastação ambiental, redução 
dos recursos e uma massiva extinção de espécies. 
Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios 
do desenvolvimento não estão sendo divididos 
equitativamente e o fosso entre ricos e pobres está 
aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e 
os confl itos violentos têm aumentado e são causa de 
grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da 
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população humana tem sobrecarregado os sistemas 
ecológico e social. As bases da segurança global estão 
ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não 
inevitáveis. (CARTA DA TERRA, 2011).
Fica evidente a necessidade de modifi carmos nosso padrão 
de consumo. Devemos buscar um consumo sustentável, ou, como 
afi rma Mendes (2011):
[...] um modo de consumir capaz de garantir não 
só a satisfação das necessidades das gerações 
atuais, como também das futuras gerações. Isso 
signifi ca optar pelo consumo de bens produzidos 
com tecnologia e materiais menos ofensivos ao 
meio ambiente, utilização racional dos bens de 
consumo, evitando-se o desperdício e o excesso 
e ainda, após o consumo, cuidar para que os 
eventuais resíduos não provoquem degradação ao 
meio ambiente. Principalmente: ações no sentido 
de rever padrões insustentáveis de consumo e 
minorar as desigualdades sociais.
Uma produção sustentável deve buscar minorar os 
impactos negativos causados ao meio ambiente. Para tanto, uma 
das possibilidades é desenvolver processo de logística reversa, 
que 
[...] é o instrumento de desenvolvimento econômico 
e social caracterizado pelo conjunto de ações, 
procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e 
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a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, 
para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos 
produtivos, ou outra destinação fi nal ambientalmente 
adequada. (POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS 
SÓLIDOS, 2011).
Devemos nos preocupar, como consumidores, cidadãos, 
profi ssionais nas diversas áreas de atuação, como gestores 
públicos e privados, para adotar um padrão de consumo 
ambientalmente sustentável e socialmente ético. 
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