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CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO CURSO SUPERIOR EM ENFERMAGEM TRABALHO DE GENÉTICA E EMBRIOLOGIA HUMANA Doença de Huntington Antônio Ferreira – 29477204 Augusto Peron – 29634709 Beatriz Menegon – 29457475 David Ferreira – 29663105 Elcimara Maria – 30084938 Emanoele Cruz – 29097550 Flavia Alessandra – 29553431 Gabriel Abegão – 29286387 Geovanna Sbrissa – 29391041 Isabela Dias – 29575290 Isabelly Goulart – 30206421 Leticia Gabrielle – 30515840 Lucas Aparecido – 29841941 Mayara Martins – 30227496 Natalia Ramos – 30501539 ITU – SP 2022 CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO CURSO SUPERIOR EM ENFERMAGEM TRABALHO DE GENÉTICA E EMBRIOLOGIA HUMANA Doença Huntington Trabalho apresentado no de graduação em Enfermagem na Universidade Nossa Senhora do Patrocínio. Orientadora: Prof. Agenor ITU – SP 2022 SÚMARIO 1. Introdução........................................................................................................4 2. Doença de Huntington....................................................................................5 3. Sintomas..........................................................................................................7 4. Diagnóstico......................................................................................................8 5. Tratamento.......................................................................................................9 6. Conclusão......................................................................................................10 7. Referêcias......................................................................................................11 SUMARIO IMAGENS 1. IMAGEM 1.........................................................................................................5 SUMARIO TABELAS 1. TABELA 1.........................................................................................................6 4 1. INTRODUÇÃO A doença de Huntington é uma afeção degenerativa progressiva do sistema nervoso com padrão de herança autossômico dominante de penetrância completa. Ela é causada pela mutação no gene de uma proteína que todos possuímos, a Huntingtina. A nível cerebral, a Huntingtina mutante causa a morte seletiva de neurónios do estriado, córtex e hipotálamo. A síndrome foi descrita por George Huntington em 1872. Os pacientes apresentam uma expansão da trinca CAG presente na porção 5’do gene IT15 no braço curto do cromossomo 4, resultando na formação de uma proteína funcionalmente alterada. O quadro sindrômico caracteriza-se por movimentos involuntários coreiformes e alterações cognitivas que se desenvolvem em torno dos 40 anos de idade. O diagnóstico da Doença de Huntington é realizado após a observação das manifestações clínicas típicas da síndrome, associada com uma história familiar positiva de DH. A confirmação do diagnóstico é feita utilizando a técnica de PCR, que permite a contagem do número de expansões CAG presentes na porção 5’do gene IT15 no braço curto do cromossomo 4. Assim é importante que se tenha conhecimento do seu diagnóstico e tratamento. 5 2. Doença de Huntington Pertencendo ao grupo de doenças genéticas, raras e sem cura, a Doença de Huntington (DH) é uma doença degenerativa progressiva do sistema nervoso, uma doença de herança genética autossômica dominante (portanto afeta ambos os sexos), foi inicialmente descrita por George Huntington em 1872 e depois publicado na revista norte-americana “the medical and surgery repórter”, tem uma incidência de 5 a 10 casos para cada 100.000 indivíduos. Os pacientes que apresentam a doença de Huntington, tem uma expansão na Trinca CAG presente na porção 5 do gene IT15 no braço curto do cromossomo 4, resultando assim, na formação de uma proteína funcionalmente alterada. A mutação genética se caracteriza por repetições anormais, ou seja, tem um número maior do que o esperado nessas repetições de Trinca CAG (citosina, adenina e guanina), o normal seria menos de 20 ou 27 repetições, mas se encontram 36 repetições ou mais em portadores da doença. Figura 1 – evidencia em vermelho as repetições, n° de repetições aumentadas e causadores da doença de Huntington (gene HTT). Conforme os números de repetição de Trinca CAG aumentam, essa parte em particular do DNA se torna mais instável isso significa que, o número de repetições pode aumentar e diminuir quando é transmitida para próxima geração, quando o número de repetições do CAG do gene HTT está abaixo de 27 é considerado uma secção estável, mas quando fica entre 27 e 35 (chamado de comprimento intermédio) esse indivíduo não irá desenvolver a doença, no entanto, este indivíduo ficará sujeito a aumentar essas repetições quando for passado para a próxima geração, o que significa que as crianças da próxima geração podem desenvolver a doença de Huntington. 6 Número de repetições CAG Provoca a doença? Consequências para a descendência Nome Abaixo de 27 Não Nenhuma Número de repetições normal Entre 27 - 35 Não Um número de repetições maior ou igual a 27 pode ser instável e pode aumentar quando passado a descendência Número de repetições intermediário Entre 36 - 39 Talvez Sim, cada um dos filhos tem 50% de probabilidade de herdar o gene expandido Número de repetições de penetrância reduzida 40 ou acima de 40 Sim Sim, cada um dos filhos tem 50% de probabilidade de herdar o gene expandido Número de repetições de penetrância completa Tabela 1 – Evidencia as repetições e suas possíveis causas nos indivíduos. Não é uma doença terminal, mas as complicações por ela causadas reduzem as expectativas de vida e na faze terminal da doença as condições são tais que, uma pequena queda pode ser fatal ao portador. A doença se inicia por abalos do musculo da face e vai aumentando gradativamente, caracterizada por movimentos involuntários coreiformes (movimentos involuntários a sequencias aleatórias ou desordenadas de fragmentos de movimentos propositais que afetam tipicamente as extremidades superiores e inferiores e a face) e alterações cognitivas, que começam a se manifestar em torno dos 35 - 40 anos de idade mas pode afetar também crianças e idosos e tem uma prevalência no sexo masculino, vão progredindo até a morte do paciente e esse período dura em torno de 10 a 15 anos. 7 3. Sintomas Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, podendo evoluir mais rapidamente ou ser mais intensos de acordo com a realização ou não do tratamento. Os principais sintomas relacionados com a doença são: Distúrbios de movimento Deficiências e problemas com movimentos voluntários podem ter um impacto muito maior sobre a vida de uma pessoa, podendo comprometer seu desempenho no trabalho, a execução de atividades diárias e, também, a comunicação. ● Espasmos e outros movimentos involuntários (coreia) ● Problemas musculares, como rigidez e contração muscular (distonia) ● Movimentos oculares lentos ou anormais ● Anormalidades da marcha, problemas de postura e de equilíbrio ● Dificuldade para engolir ou falar. Distúrbios cognitivos Deficiências cognitivas que estão frequentemente associadas à doença incluem: ● Dificuldade em organizar, priorizar ou focar determinadas tarefas; ● Tendência em ficar preso a um pensamento, comportamento ou ação específicos; ● Falta de consciência em relação aos próprios comportamentos e capacidades; ● Lentidão de pensamento e, muitas vezes, dificuldadeem estabelecer uma linha de raciocínio; ● Dificuldade de aprendizagem e de guardar novas informações. Distúrbios psiquiátricos Os sinais e sintomas relacionados a esse e outros distúrbios psiquiátricos podem incluir: ● Irritabilidade; ● Tristeza; ● Apatia emocional; ● Retraimento social; ● Insônia; ● Fadiga e perda de energia; ● Pensamentos frequentes de morte ou suicídio. Além dos sintomas acima, a perda de peso é comum em pessoas com a doença, especialmente à medida que a doença progride. 8 4. Diagnóstico Um diagnóstico mais clínico da doença de Huntington pode ser baseado principalmente em respostas a questionários, exame físico geral, revisão do histórico médico e familiar do paciente e uma série de exames neurológicos e psiquiátricos. Também pode, com base na história familiar, por meio de testes de amplificação gênica no HTT, estabelecer melhores estratégias de tratamento, auxiliar no prognóstico e identificar risco aos familiares, principalmente os assintomáticos. É um teste de PCR que detecta a amplificação de nucleotídeos CAG no gene HTT e pode ser testado em dois membros da família (assintomático e sintomático). O teste é realizado no DNA do paciente e uma simples coleta de sangue. Um passo muito importante neste exame é chamado de preparação. Neste procedimento, o paciente recebe as informações necessárias sobre o teste e o apoio para poder lidar com o resultado e suas implicações. Exames neurológicos O neurologista irá fazer-lhe perguntas e realizar testes simples no próprio consultório para analisar suas funções motoras, como reflexos, força e tônus musculares e senso de coordenação e equilíbrio – além das funções sensoriais, como tato, visão e audição, principalmente. Exames psiquiátricos Além disso, um psiquiatra fará uma avaliação mental do paciente, analisando seu estado mental, suas condições de humor, padrões de comportamento, capacidade de julgamento, habilidades de enfrentamento, entre outros aspectos. Exames neuropsicológicos O neurologista também pode realizar testes chamados de neuropsicológicos, que buscam avaliar a memória, o raciocínio, a agilidade mental e a função da linguagem. Exames de imagem O médico também pode solicitar alguns exames de imagem para avaliar a estrutura e a função do cérebro, esses exames incluem ressonância magnética e tomografia computadorizada. As imagens produzidas por esses exames podem revelar alterações estruturais em locais específicos do cérebro afetados pela doença de Huntington, embora essas alterações possam não ser aparentes quando a doença ainda está no começo. Além disso, esses testes podem ser usados para descartar outras condições que possam estar causando os sinais e sintomas do paciente. 9 5. Tratamento Não existe ainda cura ou tratamento eficaz para a DH, mas, na maior parte dos casos, as pessoas podem manter sua independência por vários anos após o aparecimento dos primeiros sintomas da doença. Um médico bem informado pode prescrever um tratamento para minimizar o impacto dos sintomas motores e mentais, embora estes sejam progressivos. Outros profissionais de saúde, tais como fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo e assistente social, podem ajudar muito na maximização das habilidades e prolongamento da independência do paciente de Huntington, proporcionando melhor qualidade de vida tanto para o paciente quanto para a família, e por esse motivo o tratamento da doença consiste em dois tipos: Método com o uso de medicamentos: Nesse tratamento é usado medicamentos contínuos como antipsicóticos (clorpromazina, haloperidol, risperidona e olanzapina) que ajudam a diminuir a agitação e medicamentos que reduzem a quantidade de dopamina (tetrabenazina, deutetrabenazina e reserpina anti-hipersiva) que podem ajudar a suprimir os movimentos anormais. Método sem o uso de medicamentos: Ele consiste em sessões de fisioterapia, psicoterapias, terapias respiratórias e de falas cognitivas. O tratamento irá ajudar em retardar o avanço da doença e também apresenta uma melhoria no ânimo da pessoa, a coordenação motora, articulação da fala, equilíbrio, deglutição e até no andar. 10 6. Conclusão A Doença de Huntington é uma patologia neurodegenerativa incurável causada por uma mutação no gene da proteína Huntingtina em que, os afetados apresentam uma tríade de distúrbios relacionados ao movimento, comportamento e demências. Na atualidade, as técnicas de edição do genoma têm representado um importante papel na busca de novos tratamentos como é o caso do Crispr/cas9 que através de mecanismos de correção no DNA pode eliminar a Huntingtina mutante (mHTT) e trazer uma nova esperança para as pessoas atingidas e seus familiares. Inúmeros distúrbios são ocasionados por mutações genéticas, porém dentre eles, as Doenças Neurodegenerativas trazem uma grande preocupação para a comunidade científica, transformando radicalmente a vida dos indivíduos afetados e de seus familiares também. A Doença de Huntington (DH) é uma patologia neurodegenerativa provocada por uma mutação genética no gene que codifica a proteína Huntingtina, e é caracterizada por uma desordem no sistema nervoso central (SNC), levando a quadros de movimentos involuntários, alterações comportamentais e cognitivas e, em casos mais extremos, processos de demências. Com o avanço da tecnologia no campo da biologia molecular, muito se tem estudado sobre técnicas de edição do genoma como possíveis formas de cura e tratamento, já que essas doenças são incuráveis e os tratamentos existentes na atualidade são apenas paliativos, ou seja, atuam na diminuição dos sintomas. 11 REFERÊNCIAS C. Fernando, F. B. Guilherme, T. F. Marcelo, S. R. Rodrigo, A. Jerônimo. Doença de Huntington. Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre Departamento de ciências Morfológicas DISCIPLINA DE GENÉTICA E EVOLUÇÃO. www.luzimarteixeira.com.br, 2000. Disponível em: <http://www.luzimarteixeira.com.br/wp- content/uploads/2010/07/doenca-de-huntington-2.pdf>. Acesso em: 5 jun. 2022. S. S. P. Carla, C. C. A. Lara, Algoritmos de Diagnóstico da Doença de Huntington. Departamento de Engenharia Informática, Universidade de Coimbra, 2008. Disponível em: <http://www.fisica.uc.pt/data/20072008/apontamentos/apnt_194_7.pdf>. Acesso em: 4 jun. 2022. F. M. N. Paulo, A. M. N. R. Carolina. Psiquiatria Geral, Glossário de Termos Técnicos. Disponível em: <https://www.psiquiatriageral.com.br/glossario/m.htm#:~:text=movimentos%20coreiformes%2 0%2D%20Movimentos%20involunt%C3%A1rios%20parecidos,os%20l%C3%A1bios%20s%C 3%A3o%20contra%C3%ADdos%20ou>. Acesso em: 4 jun. 2022. Sobre a doença de Huntington. Disponível em: <https://horadeconhecer.com.br/sobre-a- doenca-de-huntington/>. Acesso em: 5 jun. 2022. Gonzales-Usigli, Hector. Doença de Huntington. Manuals mds,2020. Disponível em: < https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e- dos-nervos/doen%C3%A7as-do-movimento/doen%C3%A7a-de-huntington>. Acesso em: 6 jun. 2022. O que é a Doença de Huntington. Disponível em: <https://abh.org.br/o-que-e-doenca-de- huntington/>. Acesso em: 8 jun. 2022. Tratamentos para Huntington. Disponível em: <https://abh.org.br/tratamentos-para- huntington/>. Acesso em: 8 jun. 2022. Doença de Huntington: o que é, sintomas, causa e tratamento. Disponível em: <https://www.tuasaude.com/coreia-de-huntington/>. Acesso em: 29 maio 2022. Doença de Huntington: sintomas, diagnóstico e tratamento. Disponível em: <https://www.minhavida.com.br/saude/temas/doenca-de-huntington>. Acesso em: 8 jun. 2022.
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