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Patologia clínica
Aparelho reprodutor
&
trato urinário inferior
masculino
Relações anatómicas
Anatomia
Pénis - Malformações
• Hipospádias
• 1 em cada 300 nados. Frequentemente com outras 
malformações (criptorquidia)
• Abertura da uretra região ventral do pénis
• Retenção urinária aguda. Infecções trato urinário
• Epispádias
• Mais raro
• Uretra no dorso do pénis
Pénis – lesões inflamatórias
Balanite
• Inflamação da glande e prepúcio - +++infeciosa (bactérias, fungos)
• Má higiene. Não circuncisados
• Esmegma – acumulação de debris celulares, bactérias, suor → exsudado fétido
Fimose
• Incapacidade de retração do prepúcio sob a glande por estreitamento do mesmo
• Congénito
• Adquirido (+++) – cicatrização por infecções recorrentes
Parafimose
• Prepúcio retraído que é incapaz de voltar a recobrir glande → constrição, isquemia
• Emergência urológica 
Pénis – Neoplasias
Carcinoma espinocelular do pénis
• 95% das neoplasias do pénis. Mas no compito geral a 
neoplasia do pénis é rara
• Mais frequente em países em desenvolvimento; >40 anos
• Factores de risco
• Má higiene
• Tabagismo
• HPV (+++ serotipos 16 e 18)
• Ca in situ → Ca invasor
Testículos - Anatomia & fisiologia
Gónadas 
• Testículos
Ductos seminais excretores 
• epidídimo e ductos deferentes
Glândulas acessórias 
• Próstata 
• Vesículas seminais
Órgão de cópula 
• pénis
Testículos - Anatomia & fisiologia
Testículos → Túbulos seminíferos
• Células germinativas em diferentes estádios de maturação
• Células de Sertoli - nutrição e estimulação hormonal
• Células de Leydig – secretoras de testosterona
Estruturas de suporte 
• estroma com vasos sanguíneos e tecido conjuntivo
• Ductos epididimais→ células secretam fluido rico em 
hormonas, enzimas e nutrientes
Testículos
Hidrocelo
• Acumulação de líquido na túnica vaginalis - transluminucência
• Por norma outras patologias externas ao testículo
• Ideopática; inflamação tecidos circundantes 
Hematocelo
• Acumulação de sangue na túnica vaginalis
• Trauma; neoplasia
Quilocelo
• Obstrução à drenagem linfática
• Ex: fiaríase (infecção por parasita) → elefantíase
Testículos – Epididimite & orquite
Epididimite
• Inflamação do epidídimo → é o local mais frequente de infecção
• Infecção trato urinário → ductos deferentes → epidídimo
• Sinais inflamatóios locais
Orquite - inflamação testicular
• Vírus da papeira: 
• infância – parotidite 
• Adultos (20% dos casos) – parotidite + orquite → inflamação, necrose, 
atrofia → infertilidade
Testículos - Criptorquidia
Testículo criptorquídio é um testículo que não desceu até ao saco 
escrotal
• Migração testicular para saco escrotal → últimos 2 meses de gestação
• Causa desconhecida. Bilateral em 10%
• Consequência: atrofia, infertilidade e cancro testicular
• Pode afetar o testículo que migrou para o saco escrotal
• Tratamento: correcção cirurgica aos 18m
• Testículo criptorquidico (após correcção) é ligeiramente menor, maior 
risco de cancro
Atrofia testicular
• Isquemia crónica
• Trauma
• Radioterapia
• Quimioterapia Anorquidia – ausência testículos; Poliorquidia – 3 ou mais testículos
Testículos – Torção testicular
Rotação do testículo sob si próprio
Oclusão da drenagem venosa → isquemia
Dor!
• Crianças: peri-parto. Sem alterações estruturais
• Adultos: 
• Adolescência
• Testículos estão anormalmente mal ancorados no saco 
escrotal →mobilidade aumentada
Testículos - Neoplasias
Células germinativas Células estroma tubos seminíferos
95% das neo testiculares após 
puberdade
Cel de Leydig e Sertoli
15 a 34 anos Raros
Malignos (por norma) Benignos (por norma)
Criptorquidia; historia familiar; 
historia neo testículo contralateral
Seminoma
Não seminoma
Incidência a nível mundial está a 
aumentar!
Sintomas: 
Nódulo palpável
Aumento volume escrotal
Dor inespecífica/peso hipogastro; peri-anal; escroto 
Testículos - Neoplasias
Seminomas Não seminomas
Mantêm-se confinados ao testículo mais tempo. 
Massa testicular maior
Grupo de tumores (Ca embrionário; coriocarcinoma; 
tumor espermatocitico; tumor misto…)
1º mtx linfática: gânglios ilíacos e para-aórtico Metastizam precocemente (linfática e hematogénea)
Mtx hematogénea doença mais avançada Mtx hematogenea →pulmão e fígado (+++)
Melhor prognostico. Muito sensíveis a RT Apesar de pior que os seminomas, bom prognosticono
geral, excepto coriocarcinoma. Tx QT agressiva
Não se faz biópsia por agulha → elevado risco de sementeira
Massa sólida testicular = orquidectomia
Marcadores tumorais (HCG; Alfa fetoproteína; DLH)
Testículos - Neoplasias
Próstata
Cancro
Hipertrofia benigna
Próstata – Prostatite 
Prostatite aguda Prostatite crónica Síndrome dor pélvica crónica
Infecção aguda por agentes de ITU Infecção crónica por agentes de ITU Causa desconhecida
Febre, mal estar, disúria, urgência, dor 
supra púbica, lombalgia (~PNA)
Sintomas de aguda recorrentes
Abcesso
Dor perineal, testicular, supra-púbica, 
pénis. Disfunção eréctil. LUTS
Toque rectal; Isolamento bactéria na 
urina; PSA
Suspeita clínica; bacteriúria intermitente; 
ecografia (abcesso)
Diagnóstico de exclusão. 
Antibiótico Antibiótico. Drenagem abcesso Fisioaterapia; anti-inflamatórios; 
analgesia
“pelvic pain, for at least three of the preceding six 
months in the absence of other identifiable causes, often 
associated with urinary symptoms and/or sexual 
dysfunction”
Próstata – Hiperplasia benigna e adenocarcinoma
Hiperplasia benigna da próstata
• Proliferação do epitélio glandular, músculo liso e tecido conjuntivo da zona de transição. Estímulo
hormonal
• Inicio ~40-45 anos, atinge 80% dos homens com 80 anos
• Sintomas→ compressão uretra
❖ Sintomas de armazenamento (irritativos)
• Poliaquiúria, nocturia 
• Urgência
• Incontinência
❖ Sintomas de esvaziamento
• Dificuldade iniciar micção/hesitação
• Diminuição intensidade jacto urinário
• Intermitência urinária
• Retenção urinária aguda
Tratamento 
• Farmacológico
• Cirúrgico (RTU)
Próstata – Hiperplasia benigna e adenocarcinoma
Adenocarcinoma da próstata
• Cancro mais comum no homem. Raro abaixo dos 50 anos
• Indolente
• Zona periférica da próstata (79-80%)
• Sintomas urinários em fazes tardias – invasão zona periureteral
• Nem sempre são palpáveis ao toque rectal
• Mortalidade tem diminuído ↔ diagnóstico precoce
Sintomas
• Nenhum - rastreio
• Sintomas urinários – dosnça pelo menos localmente avançada
• Metastização. Sindrome consumptivo
Factores risco
Idade
Androgénios
Hereditariedade
Etnicidade
Alimentação
Obesidade (hormonas) ?
Tabagismo?
Exercício físico
Próstata – Hiperplasia benigna e adenocarcinoma
Adenocarcinoma da próstata
Rastreio
• Baseado no risco (historia damiliar; idade; etina)
• PSA bianual. 50 – 69 anos. Parar quando esperança media de vida <10 anos
Diagnóstico→ biópsia transrectal
Tratamento→ depende do estadiamento
• Prostatectomia
• Radioterapia (braquiterapia)
• Terapeutica hormonal (anti-androgénios)
Doenças sexualmente transmissíveis – Sífilis 
Treponema pallidum; espiroqueta 
Primária - local
21 dias (média) 3-90 dias. Resolução expontânea.
Lesão no local de inoculação (genital; orofaringe)
Cancro duro - tumefacção ulcerada, indolor
Linfadenopatia regional, bilateral
Doenças sexualmente transmissíveis – Sífilis 
Treponema pallidum; espiroqueta 
Secundária - disseminação
Semanas-meses após cancro duro. 25%. Resolução expontânea.
Sintomas constitucionais. Adenopatias reactivas generalizadas
Exantema generalizado, palmas e plantas. Condiloma lata
Hepatite; Doença ulcerativa GI
Sinovite, osteíte, periostite
Vasculite
Cefaleias; meningite
Uveíte; necrose retina; neurite optica (neurossifilis)
Doenças sexualmente transmissíveis – Sífilis 
Treponema pallidum; espiroqueta 
Latente precoce
- 1 ano infecção inicial
Assintomático
Pode transmitir doença (lesões 
recentemente presentes)
Latente tardía
+ 1 ano após infecção inicial
Infecção inicial desconhecida
Assintomático
Doenças sexualmentetransmissíveis – Sífilis 
Treponema pallidum; espiroqueta 
Terciária – tardia sintomática
30%. Sintomas 5 a 20 anos após infecção inicial
Aneurisma sifilítico. Dilatação aorta ascendente + regurgitação valvular
Sifilis gomatosa: raro. Qualquer órgão. Lesoes ulceradas ou granulomas
Neurosifilis
Doenças sexualmente transmissíveis – Sífilis 
Treponema pallidum; espiroqueta. 
Diagnóstico → Testes serológicos
Tratamento
Preservativo
Antibiótico
Doenças sexualmente transmissíveis – Gonorreia
• Neisseria gonorrhoeae. Diplococo gram-
• 2ª maior causa de uretrite a nível mundial. Co-infecção com Chlamydia trachomatis é comum 
• Portadores assintomáticos. Transmissão sexual
Sintomas
• ♂: ureterite (disúria, urgência, drenagem ureteral); Prostatite; epididimite; orquidite; não tratada – estenose ureteral; 
infertilidade
• ♀: cervicite (drenagem vaginal; prurido); ureterite; bartolinite. D inflamatória pélvica: salpingite; abcessos tubo-ováricos.
• Conjuntivite – neonatos; auto-inoculação. Proctite. Faringite
• Doença disseminada (raro, mulheres)
Tratamento
• Preservativo 
• Antibiótico (tratar contactos)
Doenças sexualmente transmissíveis – Uretrite não 
gonococica
Chlamydia trachomatis (Nr 1); Mycoplasma genitalium; Trichomonas vaginalis
• Gram negativo, intracelulas obrigatório → não é isolada bactéria nos exsudados (PCR)
Sintomas
• = gonorreia
• Linfogranuloma venério: úlcera inoculação. Linfadenite necrotizante crónica, abcedação.
• Ex S Reiter: uretrite + artrite reactiva + conjuntivite + lesões muco-cutâneas
Tratamento
• Preservativo
• Antibiótico
Doenças sexualmente transmissíveis – Herpes simplex
HSV-1 e HSV-2. Doença oral e genital indistinguível
• HSV-1 oral; HSV-2 genital →mudança de hábitos sexuais → HSV-1 genital ↑
• Vesiculas dolorosas que ulceram
• S. gripal; sintomas urinários; adenopatias regionais 
• Assintomático! 
• Mulheres com infecção recorrente → risco de herpes neonatal na prole
• Risco de transmissão ↔ nº parceiros sexuais (sexo desprotegido)
• Transmissão doença sintomática e assintomática
Tratamento
• Preservativo
• Antivíricos (aciclovir PO ou tópico)
• Analgesia
Doenças sexualmente transmissíveis – Vírus do 
papiloma humano
• DNA-vírus. Provoca proliferação do tecido epitelial. 
• Infecção ano-genital → transmissão sexual
• Cerca de 40 serotipos de HPV causa infecção ano-genital
• 6 e 11 – condiloma acumminata
• 16 e 18 – lesões intraepiteliais → Ca colo útero (70% casos HPV+), vulvar, anal e 
peniano
• 16 – Trofosmo mucosa oral → Ca Orofaringe
• 6 e 11 – trofismo epitélio respiratório → papilomatose respiratória recorrente 
(crianças; infecção no parto)
Tratamento
• Preservativo
• Vacina (PT) serotipos 6, 11 ,16 e 18
• Ablação das lesões

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