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E te m ín di o no B ra si l? OWERÁ feat Criolo - Demarcação Já - Terra Ar Mar https://youtu.be/6yIpJtfNVeg http://www.youtube.com/watch?v=6yIpJtfNVeg [Brasil] Brô MC's -- Koangagua [Rap Indígena] http://www.youtube.com/watch?v=XusuhhpfmLs Baby do Brasil - Todo dia era dia de índio http://www.youtube.com/watch?v=lTjmMCFfXi0 POVOS ORIGINÁRIOS DO BRASIL: CONHECER, COMPREENDER E RESPEITAR Por Prof. Me. Robson Vieira O quê você sabe sobre os povos indígenas brasileiros? Quem foram? Quem são? Onde estão? “Não existem índios no Brasil! É comum se afirmar que os antigos habitantes do Brasil são índios. Isso não é verdade. Este é um equívoco muito grande, que tem diminuído a complexa diversidade indígena. É um apelido engendrado na mente do povo brasileiro. Somos mais que um apelido. Somos mais que um conceito vazio. Somos povos! Somos gente verdadeira. Somos ancestralidade”. “As sociedades indígenas têm diferentes relações com a sociedade brasileira. Algumas possuem 500 anos de contato; outras, trezentos, duzentos anos; outras têm apenas quarenta ou cinquenta anos e acredita-se que existem outras cinquenta comunidades que não possuem contato algum com a sociedade nacional”. [Daniel Munduruku] Ainda existe índio no Brasil!? Quem nos responde é Wari'u. http://www.youtube.com/watch?v=unkNJF_mlNQ M ap a: P ov os In dí ge na s no B ra si l, 20 13 . Alguns dados… No Brasil são, 896,9 mil indígenas (crescimento demográfico de 205% nas últimas duas décadas), divididos em 305 povos que falam em torno de 274 línguas. As terras indígenas correspondem a 13% Território nacional, 98,42% Amazônia legal e 1,58% sul/sudeste/nordeste/partes do centro-oeste. Pr es en ça G ua ra ni Pa rq ue In di ge na X in gu Ailton Krenak na Constituinte de 1988 http://www.youtube.com/watch?v=kWMHiwdbM_Q Artigo 231 da Constituição Federal de 1988 Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. § 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. § 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. Vamos conhecer um pouco mais… ● É necessário fugir dos estereótipos e estigmas etnocêntricos e preconceituosos; ● Desconstruir a ideia do indígena como “indolente” ou “atrasado”; ● Não generalizar, cada civilização tem códigos de condutas, hábitos e costumes diferentes; ● Cuidar com os as terminologias utilizadas; ● Não existe “índio”, são povos nativos/originários ou Indígenas; ● Não há “tribo”, são povos ou nações; ● Não existe povo “aculturado”, ou “aculturação”. Toda cultura é dinâmica é híbrida; ● Não se deve trabalhar no/ou apenas o dia do índio (pintar o rosto, fazer uma pena...)... Continuação… ● Bahia atualmente cerca de mais de 37 mil individuos representando 16 grupos étnicos: Atikum, Kaimbé, Kantaruré, Kariri-Xocó, Kiriri, Payayá, Pankararé, Pankarú, Pataxó Hãhãhãe, Pataxó, Truká, Tumbalalá, Tupinambá, Tuxá, Xacriabá e Xukuru-Kariri. ● A economia dessas comunidades indígenas baseia-se na produção de roças de subsistência, pomares, criação de galinhas e porcos. Para complementar a renda familiar, produzem e vendem artesanato como cestos, balaios, arcos e flechas; ● Professores/as Indígenas alfabetizam as crianças na língua nativa ou Kaingang, o que tem contribuído com a preservação da identidade cultural e dos conhecimentos tradicionais. Lei Nº 11.645 A Lei nº 11.645, de 10 março de 2008, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Mas, para além do formalismo da Lei, que é uma conquista histórica, é preciso reconhecer a importância de se trabalhar com a memória e a história dos povos indígenas do Brasil e sua influência na formação do povo brasileiro. “Não se pode respeitar e valorizar o que não se conhece. Ou pior ainda, não se pode respeitar ou valorizar o que se conhece de forma deturpada, equivocada e pré-conceitualmente”. [Gersem Baniwa] LEI Nº 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. § 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. § 2º Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.” (NR) Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 10 de março de 2008; 187º da Independência e 120º da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA / Fernando Haddad Para obter êxito, a escola e seus professores não podem improvisar. Têm que desfazer mentalidade racista e discriminadora secular, superando o etnocentrismo europeu, reestruturando relações étnico-raciais e sociais, desalienando processos pedagógicos. Tais pedagogias precisam estar atentas para que todos, negros e não negros, além de ter acesso a conhecimentos básicos tidos como fundamentais para a vida integrada à sociedade, exercício profissional competente, recebam formação que os capacite para forjar novas relações étnico-raciais. (...) Para a construção de uma nação democrática, em que todos, igualmente, tenham seus direitos garantidos e sua identidade valorizada. (p. 10-15) PLANO NACIONAL DE IMPLEMENTAÇÃO DAS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E PARA O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA Formação de professores Revisão de currículo “Há mestres de sabenças ancestrais, como os avós, e mestres de saberes ligados ao embrião da humanidade, as crianças, aquelas que nascem mais para ensinar do que para aprender. Por isso, perguntar para uma criança o que ela quer ser quando crescer é uma ofensa. Como se ela fosse receber um crachá de 'ser' só quando adulto. Isso é apagar o que ela já é”. “É uma aventura viver e sobreviver quando se está em fricção com a natureza. A natureza me ensinou o sentido da liberdade e que reconhece todos os outros como iguais. Isso é liberdade. E como vivo num mundo de iguais, não tenho do que ter medo”. “Por isso que os nossos velhos dizem: “Você não pode se esquecer de onde você é e nem de onde você veio, porque assim você sabe quem você é e para onde você vai”. Isso não é importante só para a pessoa do indivíduo, é importante para o coletivo, é importante para uma comunidade humana saber quem ela é, saber para onde elaestá indo”. “O Brasil foi fundado sobre cemitérios” [Aílton Krenak] É para você, irmão índio, ter um conhecimento cada vez mais profundo e descobrir aos poucos a verdadeira história do Brasil e a nossa situação, hoje. É para você não se sentir sozinho, fraco, pessimista, é para você saber que não está no final de uma história, mas bem no meio dela, e ter confiança no futuro de seu povo, lutar por isso”. [Jornal indígena Wayuri, federação das organizações indígenas do Rio Negro FOIRN] “Como pode-se comprar e vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como podemos então comprá-los de nós? Decidimos apenas as coisas sobre o nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo”. [Seattle, líder do povo Suquamish]. “A gente tem de ser como o rio. Não há empecilho no mundo que o faça sair do seu percurso. Ele caminha lenta mas constantemente. Ninguém consegue apressar o rio. Nunca ninguém vai dizer ao rio que ele deve andar rápido ou parar. Nunca apresse o rio interior. A natureza tem um tempo, e nós devemos seguir o mesmo tempo dela”. “Existem apenas duas coisas importantes que as pessoas devem saber para viver bem suas vidas. 1) nunca devem se preocupar com as coisas pequenas; 2) todas as coisas são pequenas”. [Apolinário Munduruku] Heranças indígenas… ● hábito do banho diário; ● mandioca, farinha, tapioca; ● milho, batata, amendoim; ● redes de dormir, arapuca; ● tabaco (fumo), canoas; ● gêneros: algodão, milho, caju, abóbora, amendoim; ● parto de cócoras; ● cura com as plantas; ● curandeirismo/pajelânça; ● palavras de origem indígena: piauí, abacaxi, tatu, caju… E muito mais! P op ul aç ão In di ge na n os m un ic íp io s em 2 01 0 O país é berço de pelo menos dois grandes troncos linguísticos: o tupi e o macro-jê. Troncos são a unidade mais ampla da linguística, que reúnem famílias de idiomas com uma mesma origem. Línguas de um mesmo tronco podem apresentar diferenças enormes entre si. Situação dos povos indígenas no Brasil de hoje, por Ailton Krenak http://www.youtube.com/watch?v=urjJJwpGMJQ Atividade de Repercurso Orientações para atividade de repercurso 1. A atividade será em grupo de no máximo 4 (quatro) pessoas; 2. Deverá fazer uma apresentação usando o slide. O uso de áudio e som é extremamente recomendável (pode usar vídeos e músicas); 3. A apresentação deverá durar no mínimo 15 (quinze) e no máximo 20 (vinte) minutos; 4. Todos do grupo devem fazer uso da palavra em algum momento da apresentação; 5. Cada membro do grupo irá ser avaliado/a individualmente a contar da sua contribuição na atividade e desenvoltura ao longo da atividade; ATIVIDADE DE REPERCURSO VALE 10 (DEZ) PONTOS Pesquisar e apresentar para a turma um/a cantor/a, artista, youtuber, comediante indigena. (Vale 2,5) Mostrar a bibliografia e a importância da sua produção na defesa dos povos indígenas. Pesquisar e apresentar pra turma um grupo/povo indigena do Brasil. (Vale 2,5) Deverá mostrar toda a forma de vida do povo bem como seus aspectos sociais e culturais. Pesquisar e apresentar para a turma um/a professor/a, escritor, cientista, pesquisador/a, indigena. (Vale 2,5) Mostrar a bibliografia da pessoa e a importância da sua produção científica em defesa dos povos indígenas. Pesquisar e apresentar pra turma a presença indigena na nossa região (através de algum elemento como sítios arqueológicos, comidas, cantos, brincadeiras…) (Vale 2,5) Pode utilizar fotos, vídeos ou mesmo elementos materiais. Referências ASSINTEC. Subsídios Pedagógicos para o Ensino Religioso: Informativo da Assintec n° 45, Curitiba: 2019. Disponível em: http://www.ensinoreligioso.seed.pr.gov.br/arquivos/File/boletins_informativos_assintec/informativo_assint ec_45.pdf. BAGGIO, Celma Regina. GUELFI, Wanirley Pedroso. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Os Desafios da Escola Pública Paranaense na Perspectiva do Professor PDE, 2014. Curitiba: SEED/PR., 2016. V.1. BANIWA, Gersem. O índio brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. Brasília: MEC/SECAD; Museu nacional/UFRJ, 2006. GALDINO, José Roberto de Vasconcelos. Breve história da usurpação dos territórios indígenas no Paraná. In: Oliveira, Oséias de; SCHLEUMER, Fabiana (orgs.). Estudos Étnico Raciais. Bauru: Canal 6, 2009, p. 77-95. http://www.ensinoreligioso.seed.pr.gov.br/arquivos/File/boletins_informativos_assintec/informativo_assintec_45.pdf http://www.ensinoreligioso.seed.pr.gov.br/arquivos/File/boletins_informativos_assintec/informativo_assintec_45.pdf MOTA, Lúcio Tadeu. As guerras dos índios Kaingang: a história épica dos índios Kaingang no Paraná (1769-1924). 2ª ed. Maringá: EDUEM, 2009. SANTOS, Elói Correa dos. A lugaridade Sagrada Indígena Guarani Nãndewa do Tekwa Xi'Inguy da Região do Morro do Anhangava em Quatro Barras – PR: Curitiba. Universidade Federal do Paraná, 2018. SILVA, Aracy Lopes da; GRUPIONI, Luís Donizete Benzi (orgs.). A temática indígena na escola: novos subsídios professores de 1º e 2º graus. São Paulo: Global; Brasília: MEC/MARI/UNESCO, 2004.
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