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Procedimento Operacional Padrão 
Unidade de Reabilitação/03/2018 
 
Utilização da Ventilação 
 Não-Invasiva nos Neonatos 
 Internados no HC-UFTM 
Versão 1.0 
 
 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Procedimento Operacional Padrão 
Unidade de Reabilitação/03/2018 
 
 
Utilização da Ventilação 
Não-Invasiva nos neonatos 
Internados no HC-UFTM 
 
 
 
 
 
Versão 1.0 
 
 
 
 
 
® 2018, Ebserh. Todos os direitos reservados 
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh 
www.ebserh.gov.br 
 
 
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Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). 
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins comerciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), administrado pela Eb-
serh – Ministério da Educação 
 
POP: Utilização da Ventilação Não-Invasiva nos Neonatos Internados no HC-UFTM – Unidade de Rea-
bilitação, Uberaba, 2018 – Versão 1.0. 15p. 
Palavras-chaves: 1 – Ventilação Não-Invasiva; 2 – Neonatos. 
 
 
 
 
 
 
HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO 
ADMINISTRADO PELA EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES 
(EBSERH) 
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RICARDO VÉLEZ RODRÍGUEZ 
Ministro de Estado da Educação 
 
 
OSVALDO DE JESUS FERREIRA 
Presidente da Ebserh 
 
 
LUIZ ANTÔNIO PERTILI RODRIGUES DE RESENDE 
Superintendente do HC-UFTM 
 
 
MARIA CRISTINA STRAMA 
Gerente Administrativo do HC-UFTM 
 
 
DALMO CORREIA FILHO 
Gerente de Ensino e Pesquisa do HC-UFTM 
 
 
GEISA PEREZ MEDINA GOMIDE 
Gerente de Atenção à Saúde do HC-UFTM 
 
 
DENER DONIZETTI CUNHA MATOS 
Chefe da Divisão de Apoio Diagnóstico e Terapêutico do HC-UFTM - substituto 
 
 
IZABELLA BARBERATO SILVA ANTONELLI 
Chefe da Unidade de Reabilitação 
 
 
 
EXPEDIENTE 
Unidade de Reabilitação 
Produção 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRICO DE REVISÕES 
Data Versão Descrição Gestor do POP 
Autor/responsável por 
alterações 
01/07/2018 1.0 
Trata da padronização da 
utilização da ventilação não-
invasiva nos neonatos 
internados no HC-UTM 
Renata de Melo Batista Arielle Cristina Silva 
Cunha 
09/01/2019 1.0 
 
Trata da padronização da utili-
zação da ventilação não-
invasiva nos neonatos interna-
dos no HC-UFTM 
Izabella Barberato 
Silva Antonelli 
Arielle Cristina Silva 
Cunha 
 
 
Validação: Unidade de 
Planejamento 
 
Aprovação: Colegiado 
Executivo 
 
 
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SUMÁRIO 
 
OBJETIVO ............................................................................................................................................ 7 
GLOSSÁRIO ......................................................................................................................................... 7 
APLICAÇÃO ........................................................................................................................................ 8 
1. INFORMAÇÕES GERAIS ............................................................................................................... 8 
1.1 Introdução .................................................................................................................................... 8 
1.2 Terminologia ................................................................................................................................ 8 
1.3 Efeitos fisiológicos da aplicação da VNIPP ................................................................................ 9 
1.4 Oxigenação...................................................................................................................................9 
1.5 Indicações.....................................................................................................................................9 
1.6 Contra-indicações........................................................................................................................10 
1.7 Parâmetros iniciais para aplicação da VNIPP em neonatologia..................................................10 
2. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS ....................................................................................................... 11 
2.1 Material necessário .................................................................................................................... 11 
2.2 Procedimento ............................................................................................................................. 11 
2.3 Estratégia de ventilação ............................................................................................................. 12 
2.4 Monitorização da VNIPP ........................................................................................................... 13 
2.5 Cuidados .................................................................................................................................... 14 
REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................................ 15 
 
 
 
 
 
 
 
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OBJETIVO 
 
Padronizar entre a equipe de fisioterapia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triân-
gulo Mineiro (HC-UFTM), administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), 
a utilização da ventilação não-invasiva (VNI) nos neonatos internados na Instituição. 
 
GLOSSÁRIO 
 
BIPAP – pressão positiva em vias aéreas em 2 níveis 
CPAP – pressão positiva contínua na via aérea 
CmH2O – centímetros de água 
CO2 – gás carbônico 
FIO2 – fração inspirada de oxigênio 
MAP – pressão média de vias aéreas 
mmHG – milímetros de mercúrio 
PaO2 – pressão arterial de oxigênio 
PEEP – pressão positiva ao final da expiração 
RN – recém-nascido 
TI – tempo inspiratório 
VC – volume corrente 
V/Q – relação ventilação perfusão 
VNI – ventilação não-invasiva 
VNIPP – ventilação não-invasiva com pressão positiva 
VNIPS – ventilação não-invasiva com pressão de suporte 
VPM – ventilação pulmonar mecânica 
 
 
 
 
 
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APLICAÇÃO 
 
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica 
Enfermaria de Pediatria 
Unidade de Cuidados Intermediários (Berçário) 
Pronto Socorro Infantil 
 
1. INFORMAÇÕES GERAIS 
 
1.1 Introdução 
A prematuridade destaca-se como um dos fatores determinantes de morbimortalidade no período ne-
onatal, sendo a prestação de cuidados adequados ao recém-nascido (RN) um dos desafios para redu-
zir os índices de mortalidade infantil (1). 
Graças aos avanços da neonatologia, cada vez mais RNs prematuros têm sobrevivido, sobretudo 
aqueles de muito baixo peso (2). 
A VNI por meio da pressão positiva contínua na via aérea (CPAP) tem sido utilizada como suporte 
ventilatório inicial em neonatos com síndrome do desconforto respiratório, tornando-se prática roti-
neira em muitos serviços (3). 
 
1.2 Terminologia 
A VNI com pressão positiva (VNIPP) pode ser aplicada em diversos modos ventilatórios, com a fi-
nalidade de aumentar a ventilação alveolar, mantendo o neonato em ventilação espontânea,sem a 
necessidade de intubação intratraqueal ou de traqueostomia, ou seja, do uso de prótese ventilatória. 
Na literatura, observa-se a utilização de diversas nomenclaturas referindo-se a VNIPP, tais como: 
ventilação não-invasiva; ventilação não invasiva com pressão positiva; ventilação não invasiva com 
pressão de suporte; ventilação mecânica não invasiva; ventilação pulmonar mecânica não invasiva, 
além dos acrônimos: VNI; VNIPP; VNIPS; CPAP; BiPAP. (4) 
A VNIPP no modo ventilatório com dois níveis de pressão (BiPAP) envolve uma assistência inspira-
tória, na qual uma pressão maior do que a pressão expiratória é aplicada à via aérea. No modo venti-
latório CPAP uma pressão maior do que a pressão atmosférica é aplicada durante todo o ciclo venti-
latório, sem aumento de pressão durante a fase inspiratória. (4) 
 
 
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1.3 Efeitos fisiológicos da aplicação da VNIPP 
Os benefícios fisiológicos da VNIPP de acordo com vários estudos incluem a melhora na oxigena-
ção, diminuição do trabalho ventilatório, melhora da relação ventilação/perfusão (V/Q), diminuição 
da fadiga, aumento da ventilação minuto e da capacidade residual funcional. Comparativamente à 
intubação intratraqueal, existem vantagens adicionais relacionadas ao conforto da criança, a facilida-
de de início, implementação e retirada da VNIPP e a redução da taxa de infecções relacionadas a 
ventilação pulmonar mecânica (VPM). (5, 6) 
 
1.4 Oxigenação 
A aplicação de pressão positiva ao final da expiração (PEEP) auxilia na prevenção do colapso alveo-
lar e na melhora da oxigenação. A VNIPP pode melhorar a oxigenação por diversos mecanismos, 
incluindo: possibilidade de titular a fração inspirada de oxigênio (FiO2), redistribuição da água ex-
travascular pulmonar, recrutamento de alvéolos colapsados e do volume pulmonar no final da expi-
ração; melhora na relação V/Q, melhora do débito cardíaco; atenuação do trabalho ventilatório e dila-
tação brônquica. Adicionalmente, o aumento na pressão média de vias aéreas (MAP) que ocorre com 
a aplicação da pressão positiva inspiratória nas vias respiratórias, pode melhorar a transferência de 
oxigênio através do pulmão nos neonatos com doença parenquimatosa, um efeito que pode ser am-
pliado pela aplicação de pressão positiva nas vias aéreas durante a expiração. (7, 8, 9) 
 
1.5 Indicações 
 Insuficiência ventilatória aguda hipoxêmica (grau de recomendação A); 
 Desmame e uso após extubação (grau de recomendação A); 
 Apneia da prematuridade (grau de recomendação B); 
 Sala de parto (grau de recomendação B); 
 Ventilação em RN de baixo peso (grau de recomendação B); 
 Desconforto respiratório. 
 
 
 
 
 
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1.6 Contraindicações 
 Encefalopatia grave; 
 Paciente não cooperativo; 
 Hemorragia digestiva alta; 
 Cirurgia facial recente; 
 Trauma craniofacial; 
 Risco de broncoaspiração; 
 Tosse ineficaz; 
 Anomalias anatômicas nasofaríngeas. 
 
1.7 Parâmetros iniciais para aplicação da VNIPP em neonatologia 
A utilização da VPM invasiva em RNs), especialmente quando pré-termo, está relacionada com di-
versas complicações (aumento das taxas de infecção, displasia broncopulmonar), aumentando a mor-
bimortalidade. A aplicação da pressão contínua nas vias aéreas através de prongas nasais (CPAP-N 
ou CPAP nasal) reduz as complicações inerentes a VPM invasiva, estabiliza as vias aéreas, auxilia 
nas trocas gasosas, reduz os episódios de apneia, a obstrução alta das vias aéreas e a assincronia tora-
coabdominal. Entretanto, altos níveis de CPAP pode ocasionar distensão abdominal e reduzir a com-
placência pulmonar, resultando em hipoventilação. A aplicação de outros modos ventilatórios duran-
te a VNIPP, por exemplo BiPAP, pode evitar o aumento da pressão transdiafragmática e esofágica 
(ocasionado por altos níveis de CPAP). O uso da pressão positiva de forma intermitente possibilita 
um aumento do volume corrente (VC) e volume minuto. Esta modalidade reduz o número de episó-
dios de apneia, pois a pressão positiva intermitente atua como um estímulo à respiração; permite uma 
ventilação com uma MAP mais elevada, resultando em um melhor recrutamento alveolar; permite a 
eliminação de gás carbônico (CO2) das vias aéreas superiores e consequentemente redução do espa-
ço morto anatômico. 
 
 
 
 
 
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2. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS 
2.1 Material necessário 
 Fontes de oxigênio e ar comprimido; 
 Respiradores convencionais e sincronizados; 
 Blender; 
 Termo-umidificador; 
 2 tubos corrugados (um ramo inspiratório e outro expiratório) com diâmetro interno de 10 mm 
 Linha de monitorização de pressão com 1,20 metros 
 Adaptador de umidificação 
 Touca para fixação 
 A cânula nasal é conectada a duas mangueiras plásticas corrugadas através de “joelhos” plásticos, 
um deles com uma porta luer para a entrada do monitor de pressão. Cada ramo possui uma cor, 
sendo um ramo inspiratório e um expiratório. 
 Peça nasal (pronga nasal ou máscaras, de silicone). 
2.2 Procedimento 
 Abrir o manômetro de ar comprimido e oxigênio do respirador conectado, de 3 a 4 mmHg; 
 Ligar o mesmo na rede e verificar seu funcionamento; 
 Conectar as traqueias no respirador, ficando atento às saídas de ar inalatório e exalatório; 
 Verificar se o termo-umidificador está ligado na rede e funcionante; 
 Escolher o tamanho da pronga adequado ao RN analisando, além do peso da criança, o orifício 
externo da cavidade nasal (marcas diferentes produzem tamanhos diferentes para o mesmo núme-
ro); prongas grandes comprimem as narinas e pequenas demais dão mobilidade excessiva e com-
primem o septo, gerando trauma); 
 Posicionar o RN em posição supina com a cabeça elevada em aproximadamente 30 graus; 
 Aspirar previamente vias aéreas superiores, caso necessário; 
 Conectar a linha de monitorização de pressão no ramo expiratório (logo na saída da pronga), caso 
o ventilador mecânico exija: 
 Colocar a touca na cabeça do RN para fixar o circuito da VNIPP. 
 
 
 
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2.3 Estratégia de ventilação 
Usar os respiradores convencionais (Inter3) ou os respiradores com ventilação sincronizada e assisto- 
controlada (Inter 5). A modalidade de ventilação mandatória intermitente sincronizada, com a pronga 
nasal, permite o sincronismo entre a respiração do RN e o ciclo do respirador. Todos os respiradores 
com modalidades sincronizadas e assisto-controladas trabalham com sensores de fluxo, quanto me-
nor o RN, menor é a sensibilidade a ser usada: 
 Até 1 kg – 0,3 a 0,5; 
 1 a 2 kg - 0,5 a 1,0; 
 2 a 3 kg – 1 a 1,5; 
 Acima de 3 kg – 1,5 a 2,0. 
Em ambas as modalidades a escolha da sensibilidade é importante para evitar que movimentos de 
água dentro do circuito causem autociclagem. 
Em relação aos demais ajustes: 
 Fluxo - é o mínimo usado para promover a saída dos gases, prevenir a re-inspiração do CO2 e 
compensar as perdas através da pronga nasal. O fluxo deve ser o suficiente para gerar o pico de 
pressão desejado no tempo inspiratório (TI). (Varia em torno de 5 a 7 l/min); 
 FiO2 – é ajustada para manter a pressão arterial de oxigênio (PaO2) entre 50 e 70 mmHg; 
 Frequência – depende da capacidade de respirar espontaneamente do RN. Inicialmente é colocado 
entre 20 e 30 ciclos por minuto e ajustado para manter a PaO2 adequada (50 e 70 mmHg); 
 Tempo inspiratório (TI) – usado entre 0,4 e 0,5 dependendo da frequência do RN (fixada + fre-quência espontânea do RN); 
 Pico de Pressão Inspiratória – depende da complacência do pulmão e da resistência da via aérea 
(depende da fisiopatologia da doença). Deve ser ajustada para promover uma boa, mas não dema-
siada, expansão torácica, indicando que o VC está adequado; 
 PEEP – é ajustado em 5-7 cmH2O. 
 
 
 
 
 
 
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2.4 Monitorização da VNIPP 
O uso da VNIPP é muito simples, mas seu sucesso depende fundamentalmente da adequada assistên-
cia realizada em muitas unidades neonatais pela equipe de fisioterapia. De rotina, o fisioterapeuta 
deve monitorar constantemente os RN em VNI: 
 Verificar periodicamente a fixação da pronga nas narinas; 
 Manter as narinas pérvias; 
 Monitorar rigorosamente os sinais de isquemia e compressão do septo nasal; 
 Verificar periodicamente todos os componentes do sistema; 
A adaptação e o posicionamento adequados da pronga são cuidados importantes para evitar lesões 
nas narinas e no septo nasal. A pronga bem adaptada deve ser introduzida na narina sem que entre 
em contato com a pele que fica entre o lábio superior e a entrada das narinas. 
Um cuidado fundamental é verificar se a pronga, por estar muito introduzida, encosta na parede su-
perior da narina e impede a saída do fluxo; muitas vezes isto passa despercebido pois a pressão no 
manômetro do aparelho de ventilação estará mantida sem alterações. 
Atenção especial para o aquecimento e umidificação do fluxo de gás, a fim de manter as secreções 
fluídas e diminuir o dano à mucosa nasal. As secreções nasais devem ser aspiradas sempre que ne-
cessário, de forma criteriosa e individualizada, lubrificando as narinas com soro fisiológico e utili-
zando a menor sonda possível. 
O bom posicionamento do RN e seu conforto é fundamental para o sucesso da VNIPP. 
O sucesso da VNIPP depende diretamente do empenho da equipe multiprofissional em seu uso pre-
coce, na adequada e criteriosa manutenção do sistema e vigilância do RN. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.5 Cuidados 
 Inspeção de septo nasal a cada 3 horas; 
 Pingar 2 gotas de soro fisiológico 0,9% para umidificação nasal a cada 3 horas; 
 Caso ocorra sangramento das narinas, deve-se optar pelo soro fisiológico 0,9% gelado; 
 Massagem nasal por 30 segundos em cada narina a cada 3 horas; 
 Lubrificar a pronga com vaselina e/ ou óleo de girassol (1 gota) a cada 8 horas (caso o paciente 
esteja em fototerapia não realizar a lubrificação com óleo). 
 A proteção do septo nasal deverá ser com placa de hidrocoloide, em forma de focinho de porco, 
colocada antes da instalação da VNIPP; deverá ser trocada sempre que estiver descolando ou com 
sujidade; 
 Deve-se fixar e evitar trações do circuito da VNIPP a fim de evitar lesões; 
 Monitorar o sistema de umidificação e aquecimento a cada 6 horas; 
 Deve-se realizar treinamento e capacitação de toda a equipe assistencial relativo ao sistema e a 
terapêutica a cada 6 meses; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERENCIAL TEÓRICO 
1. Oliveira CHY, Moran CA. Estudo descritivo: ventilação mecânica não invasiva em recém-
nascidos pré-termo com síndrome do desconforto respiratório. ConScientiae Saúde. 
2009;8(3):485-9. 
2. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas 
e Estratégicas. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde. Brasília: 
Ministério da Saúde; 2011. 
3. Chowdhury O, Wedderburn CJ, Duffy D, Greenough A. CPAP review. Eur J Pediatr. 
2012;171:1441-8. 
4. Carvalho WB, Horigoshi NK. Conceitos Básicos e Contra-indicações da VNIPP. In: Ventilação 
Não Invasiva em Neonatologia e Pediatria. Vol 1 – Série Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal. 
São Paulo: Editora Atheneu; 2007. 
5. Meduri GU, Turner RE, Abou-Shala N et al. Noninvasive positive pressure ventilation via face 
mask. First-line intervention in patients with acute hypercapnic and hypoxemic respiratory failure. 
Chest 1996;109(1):179-93. 
6. Hotchkiss JR, Marini JJ. Noninvasive ventilation: an emerging supportive technique for the emer-
gency department. Ann Emerg Med 1998;32(4):470-9. 
7. Hill NS. Noninvasive ventilation for immunocompromised patients. N Engl J Med 
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8. Meduri GU, Cook TR, Turner RE, Cohen M, Leeper KV. Noninvasive positive pressure ventila-
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9. Hotchkiss JR, Marini JJ. Noninvasive ventilation: an emerging supportive technique for the emer-
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10. Johnston C, Melo DAS, Carvalho WB. Parâmetros iniciais para a aplicação da VNIPP. In: 
Ventilação Não Invasiva em Neonatologia e Pediatria. Vol 1 – Série Terapia Intensiva Pediátrica 
e Neonatal. Editora Atheneu: São Paulo; 2007. 
11. LEELAWONG, Mindy; HOLLAND, Andrea. Neonatal Nasal CPAP DeviceRedesign. Dis-
ponível em:. Acesso em: 21 mar. 2017. 
12. Carvalho WB, I Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica em Pediatria e Neonatologia, 
2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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