Buscar

Glicopeptdeoslipopeptdeoseoxazolidinonas pdf

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SUMÁRIO
1. Introdução ..................................................................... 3
2. Glicopeptídeos ........................................................... 4
3. Lipopeptídeos ............................................................12
4. Oxazolidinonas .........................................................16
Referências bibliográficas .........................................20
3AZÓLICOS
1. INTRODUÇÃO
Alguns antimicrobianos interferem 
seletivamente na síntese da pare-
de celular bacteriana – uma estrutu-
ra que as células dos mamíferos não 
possuem. A parede celular é compos-
ta de um polímero denominado pep-
tideoglicano, que consiste em unida-
des de glicano unidas umas às outras 
por ligações peptídicas cruzadas. Os 
membros mais importantes do grupo 
são os antimicrobianos β-lactâmicos 
(discutidos em outro Material), além 
de outras classes que também atu-
am sobre a síntese da parede celu-
lar, como os glicopeptídeos, repre-
sentados pela vancomicina e pela 
teicoplanina e os lipopeptídeos, 
representados pela daptomicina. 
As oxazolidinonas, representadas 
pela linezolida, inibem a síntese de 
proteínas.
MEMBRANA CELULAR
PAREDE CELULAR
Ribossomos
DNA
RNAm
ATHF
PABA
Inibidores do 
metabolismo
Inibidores da síntese 
da parede celular
Inibidores da síntese 
de proteínas
Inibidores da 
função ou síntese 
de ácidos nucleicos
Inibidores das funções 
da membra celular
Sulfonamidas
Trimetoprima
β-lactâmicos
Vancomicina
Daptomicina
Telavancina
Fosfomicina
Tetraciclinas
Aminoglicosídeos
Macrolídeos
Clindamicina
Cloranfenicol
Linezolida
Fluoroquinolonas
Rifampicina
Isoniazida
Anfotericina B
Polimixina
Figura 1. Classificação de alguns antibacterianos pelo seu local de ação. Legenda: ATHF, ácido tetra-hidrofólico; PABA, 
ácido paraminobenzoico. Fonte: Farmacologia Ilustrada, 2016.
4AZÓLICOS
MAPA MENTAL: INTRODUÇÃO
Inibidores da 
síntese da 
parede celular
β-lactâmicos
Glicopeptídeos
Lipopeptídeos
Tetraciclinas
Aminoglicosídeos
Macrolídeos
Clindamicina
Cloranfenicol
Oxazolidinonas
Vancomicina
Teicoplanina
Linezolida
Daptomicina
Inibidores 
da síntese de 
proteínas
2. GLICOPEPTÍDEOS 
A vancomicina é um antibiótico gli-
copeptídico tricíclico produzido por 
Streptococcus orientalis. A teico-
planina também é um antibiótico da 
classe dos glicopeptídeos produzi-
do por Actinoplanes teichomyetius. 
Possui similaridade com a vancomici-
na quanto à estrutura química, meca-
nismo de ação, espectro de atividade 
e via de eliminação (isto é, principal-
mente renal).
Mecanismo de ação
A vancomicina e a teicoplanina ini-
bem a síntese da parede celular de 
bactérias sensíveis através de sua 
ligação de alta afinidade à extremi-
dade terminal D-alanil-D-alanina de 
5AZÓLICOS
unidades precursoras da parede ce-
lular. Em virtude de seu grande ta-
manho molecular, são incapazes de 
penetrar na membrana externa de 
bactérias gram-negativas. Os glico-
peptídeos são geralmente bacterici-
das contra cepas sensíveis, à exce-
ção de enterococos. 
A. Polimerização
B. Ligação cruzada
(NAM-NAG)n
(NAM-NAG)n
LCP-NAM-NAG
(NAM-NAG)n
(NAM-NAG)n
(NAM-NAG)n
(NAM-NAG)n
NAM-NAG
LCP
Vancomicina
Agentes
β-lactâmicos
Transglicosilases
Transpeptidases
NAM
NAG
LCP
L-Alanina
D-Glutamato
L-Lisina
D-Alanina
Glicina
LEGENDA
N-Ácido acetilmurâmico
N-Acetilglicosamina
Transportador de lipídeo 
bactoprenol
Parede celular
Figura 2. Inibição da síntese da parede celular bacteriana: vancomicina e β-lactâmicos. A vancomicina inibe a polimeri-
zação ou a reação da transglicosilase (A) por ligação à extremidade terminal da D-alanil-D-alanina da unidade precur-
sora da parede celular unida a seu transportador lipídico e por bloqueio da ligação ao polímero glicopeptídico (indicado 
pela letra subscrita n). Esses polímeros peptideoglicanos (NAM-NAGn) estão localizados no interior da parede celular. 
Antibióticos β-lactâmicos inibem a ligação cruzada ou a reação da transpeptidase (B) que une cadeias de polímeros 
glicopeptídicos por formação de uma ponte cruzada com o peptídeo-tronco (as cinco glicinas neste exemplo) de uma 
cadeia, deslocando a D-alanina terminal de uma cadeia adjacente. Fonte: As bases farmacológicas da terapêutica de 
Goodman & Gilman, 2012
Espectro de atividade e 
resistência
A vancomicina possui atividade con-
tra um amplo espectro de bactérias 
gram-positivas, como S. aureus, S. 
epidermidis e estreptococos. Bacillus 
spp., incluindo B. anthracis, espécies 
de Corynebacterium (difteroides), a 
maioria das espécies de Actinomy-
ces e as espécies de Clostridium 
6AZÓLICOS
também são sensíveis. Praticamente 
todas as espécies de bacilos gram-
-negativos e micobactérias são resis-
tentes à vancomicina.
A teicoplanina é ativa contra estafilo-
cocos sensíveis e resistentes a meti-
cilina. Também são sensíveis Listeria 
monocytogenes, Corynebacterium 
spp., Clostridium spp., cocos gram-
-positivos anaeróbicos, estreptoco-
cos não viridans e viridans, S. pneu-
monia e enterococos. Algumas cepas 
de estafilococos, coagulase-positivas 
e coagulase-negativas, bem como 
enterococos e outros microrganismos 
que são intrinsecamente resistentes 
à vancomicina (ex: Lactobacillus spp. 
e Leuconostoc spp.), são resistentes 
à teicoplanina.
As cepas de enterococos antigamen-
te exibiam sensibilidade uniforme a 
glicopeptídeos. Cepas de enteroco-
cos resistentes a glicopeptídeos, prin-
cipalmente Enterococcus faecium, 
surgiram como importantes patóge-
nos nosocomiais em hospitais nos 
EUA. Os determinantes da resistência 
à vancomicina em E. faecium e em E. 
faecalis localizam-se em um transpo-
son que constitui parte de um plas-
mídeo conjugativo, permitindo sua 
rápida transferência entre enteroco-
cos e, potencialmente, outras bacté-
rias gram-positivas. Tipicamente, es-
sas cepas são resistentes a múltiplos 
antibióticos, incluindo estreptomicina, 
gentamicina e ampicilina, eliminando 
de forma eficaz esses fármacos como 
agentes terapêuticos alternativos. 
A resistência dos enterococos a gli-
copeptídeos resulta de uma alteração 
do alvo D-alanil-D-alanina em D-ala-
nil-D-lactato ou D-alanil-D-serina, 
que se liga precariamente a glicopep-
tídeos, devido à ausência de um local 
crítico para a ponte de hidrogênio. São 
necessárias várias enzimas dentro 
do grupo gênico van para que ocorra 
alteração desse alvo. Foram descri-
tos vários fenótipos de resistência a 
glicopeptídeos. 
S. aureus e estafilococos coagula-
se-negativos podem expressar uma 
sensibilidade reduzida ou “interme-
diária” à vancomicina ou resistência 
de alto nível. Infecções causadas por 
cepas de resistência intermediária à 
vancomicina não têm respondido à 
vancomicina clinicamente e em mo-
delos animais. Ciclos anteriores de 
tratamento e níveis baixos de vanco-
micina podem predispor os pacientes 
a infecção e insucesso no tratamento 
em caso de cepas de resistência in-
termediária à vancomicina. Essas ce-
pas costumam ser resistentes a meti-
cilina e a múltiplos outros antibióticos; 
seu surgimento constitui uma preo-
cupação principal, visto que até pou-
co tempo a vancomicina foi o único 
antibiótico a que estafilococos eram 
confiavelmente sensíveis.
7AZÓLICOS
SE LIGA! Com o aparecimento de cepas resistentes, é importante retardar o aumento de 
bactérias resistentes à vancomicina (ex: Enterococcus faecium e Enterococcus faecalis), 
restringindo o uso da vancomicina para o tratamento das infecções graves causadas por mi-
crorganismos gram-positivos resistentes aos β-lactâmicos ou para pacientes com infecções 
gram-positivas que tenham grave alergia aos β-lactâmicos. 
GÊNERO MORFOLOGIA ESPÉCIE DOENÇA
Gram-negativo
Bordetella Cocos B. pertussis Coqueluche
Brucella Coco-bacilos B. abortus Brucelose (bovinos e humanos)
Campylobacter Espirilos C. jejuni Intoxicação alimentar
Escherichia Bacilos E. coli Septicemia, infecções de feridas, ITU
Haemophilus Bacilos H. influenzae Infecção aguda do trato respiratório, meningite
Helicobacter Bacilo móvel H. pyloriÚlcera péptica, câncer gástrico
Klebsiella Bacilos encapsulados K. pneumoniae Pneumonia, septicemia
Legionella Bacilos flagelados L. pneumophila Doença do Legionário
Neisseria Diplococos N. gonorrhea Gonorreia
Pseudomonas Bacilos flagelados P. aeruginosa Septicemia, infecções respiratórias, ITU
Rickettsiae Coco filamentoso Várias espécies Infecções provocadas por carrapatos e insetos
Salmonella Bacilos móveis S. typhimurium Intoxicação alimentar
Shigella Bacilos S. dysenteriae Disenteria bacilar
Yersinia Bacilos Y. pestis Peste bubônica
Vibrio Bacilos flagelados V. cholerae Cólera
Gram-positivo
Bacillus Bacilos em cadeia B. anthrax Antraz
Clostridium Bacilo C. tetani Tétano
Corynebacterium Bacilo C. diphtheriae Difteria
Mycobacterium Bacilos
M. tuberculosis Tuberculose
M. leprae Lepra
Staphylococcus Cocos em cacho S. aureus Infecções de feridas, furúnculos, septicemia
Streptococcus
Diplococos S. pneumoniae Pneumonia, meningite
Cocos em cadeia S. pyogenes Escarlatina, febre reumática, celulite
Outros
Chlamydia Gram “não definido” C. trachomatis Doenças oftalmológicas, infertilidade
Treponema
Bacilo espiralado 
flagelado
T. pallidum Sífilis
Tabela 1. Algumas bactérias patogênicas clinicamente significativas.
Fonte: Rang & Dale: Farmacologia, 2016
8AZÓLICOS
Usos clínicos
A vancomicina é usada no tratamen-
to de pacientes com infecções gram-
-positivas invasivas suspeitas ou 
comprovadas, incluindo S. aureus 
resistente à meticilina (MRSA). Os 
principais usos clínicos da vancomici-
na são:
• Infecção por Clostridioides (ante-
riormente chamados de Clostri-
dium) difficile (via oral);
• Endocardite (via intra-venosa):
◊ Corynebacterium (diphthe-
roids): tratamento da endo-
cardite difteroide em combina-
ção com rifampicina, ou com 
aminoglicosídeo, ou ambos na 
endocardite com válvula pro-
tética de início precoce;
◊ Enterococos: tratamento de 
endocardite causada por en-
terococos (ex: Enterococcus 
faecalis), em combinação com 
um aminoglicosídeo;
◊ Estafilococos: tratamento da 
endocardite estafilocócica;
◊ Estreptococos: tratamento da 
endocardite devido a Strep-
tococcus viridans ou Strep-
tococcus bovis, em monote-
rapia ou em combinação com 
um aminoglicosídeo;
• Enterocolite (via oral): tratamento 
de enterocolite causada por Sta-
phylococcus aureus (incluindo 
cepas resistentes à meticilina, 
MRSA). Enterocolite estafilocócica 
é incomum.
• Infecções estafilocócicas (via in-
tra-venosa): tratamento de infec-
ções graves (ex: bacteremia, in-
fecções ósseas, infecções do trato 
respiratório inferior, infecções da 
pele e na estrutura da pele) cau-
sadas por cepas suscetíveis de 
MRSA (resistentes a beta-lactâmi-
cos); terapia empírica de infecções 
quando houver suspeita de MRSA.
Os principais usos clínicos da teico-
planina são tratamento de infecções 
causadas por bactérias gram-posi-
tivas suscetíveis, incluindo bactere-
mia, infecções complicadas da pele e 
tecidos moles, infecções complicadas 
do trato urinário, pneumonia adqui-
rida na comunidade e hospitalar, in-
fecções nas articulações e nos ossos, 
endocardite, diarreia associada a C. 
difficile (via oral) e profilaxia cirúrgica.
Farmacocinética
A vancomicina é pouco absorvida 
após administração oral. Na terapia 
parenteral, o fármaco deve ser admi-
nistrado por via intravenosa, e nunca 
por via intramuscular. A teicoplanina 
pode ser administrada com seguran-
ça por injeção tanto intramuscular 
quanto intravenosa.
9AZÓLICOS
SE LIGA! A vancomicina não é absorvida 
após administração oral; seu uso em for-
mulações orais é limitado ao tratamento 
de colite grave causada por C. difficile e 
devido ao uso de antimicrobiano.
Aproximadamente 30% da vancomi-
cina liga-se às proteínas plasmáticas. 
A vancomicina aparece em vários lí-
quidos corporais, incluindo o líqui-
do cerebrospinal (LCS), quando as 
meninges estão inflamadas, a bile e 
os líquidos pleural, pericárdico, sino-
vial e ascítico. A teicoplanina liga-se 
altamente a proteínas plasmáticas 
(90-95%).
Aproximadamente 90% de uma dose 
injetada de vancomicina são excreta-
das por filtração glomerular. O fárma-
co tem uma meia-vida de eliminação 
sérica de aproximadamente 6h. O fár-
maco acumula-se se houver compro-
metimento da função renal, e deve-
-se efetuar um ajuste da dose nessas 
circunstâncias. A vancomicina pode 
ser rapidamente depurada do plasma 
com os métodos de hemodiálise de 
alto fluxo. Ao contrário da vancomici-
na, a teicoplanina tem uma meia-vida 
de eliminação sérica extremamente 
longa (até 100h em pacientes com 
função renal normal).
Eventos adversos
Entre as reações de hipersensibili-
dade produzidas pela vancomicina 
e pela teicoplanina estão exantemas 
cutâneos maculares e anafilaxia. Fle-
bite e dor no local de injeção intra-
venosa são relativamente incomuns. 
Calafrios, exantema e febre podem 
ocorrer. A infusão intravenosa rápida 
de vancomicina pode causar reações 
exantemáticas e urticariformes, ru-
bor, taquicardia e hipotensão. O rubor 
extremo que pode ocorrer é às vezes 
denominado síndrome do “homem 
vermelho” ou do “pescoço vermelho”. 
Não se trata de uma reação alérgica, 
mas de um efeito tóxico da vancomi-
cina sobre os mastócitos, que os in-
duz a liberar histamina. Esta reação 
geralmente não é observada com 
teicoplanina. 
SE LIGA! A síndrome do homem verme-
lho é um rubor mediado por histamina 
durante ou imediatamente após a infu-
são de vancomicina. O rubor geralmente 
envolve o rosto e o pescoço, mas pode 
envolver todo o corpo. Pode ser reduzido 
ou eliminado evitando doses excessivas 
e prolongando o tempo de infusão (por 
exemplo, administrando o medicamento 
a uma taxa não superior a 500 mg/hora; 
ocasionalmente, alguns pacientes ne-
cessitam de uma taxa de infusão ainda 
mais lenta).
Comprometimento auditivo, algumas 
vezes permanente, pode seguir-se ao 
uso de vancomicina ou teicoplanina. 
Ototoxicidade está associada a con-
centrações excessivamente eleva-
das desses fármacos no plasma. Ne-
frotoxicidade, anteriormente muito 
problemática em consequência das 
10AZÓLICOS
impurezas presentes nas primeiras 
formulações de vancomicina, tornou-
-se menos comum com as formula-
ções modernas em doses-padrões. 
Entretanto, foi demonstrado que os 
regimes posológicos mais agressivos 
defendidos recentemente aumentam 
o risco de nefrotoxicidade.
Por conseguinte, dosificar e moni-
torar cuidadosamente a vancomici-
na constituem medidas necessárias 
para equilibrar os riscos e benefícios. 
Além disso, deve-se ter cautela quan-
do fármacos ototóxicos ou nefrotóxi-
cos, como aminoglicosídeos, são ad-
ministrados simultaneamente com 
vancomicina. 
SE LIGA!
O monitoramento da concentração séri-
ca é especialmente necessário para in-
dividualizar a terapia com vancomicina 
nas seguintes circunstâncias:
• Doença crítica;
• Infecção grave ou invasiva;
• Função renal comprometida ou 
flutuante;
• Obesidade mórbida (IMC ≥ 40 kg /
m²);
• Idade avançada;
• Falta de resposta clínica adequada 
após três a cinco dias de terapia;
• Uso de medicamentos nefrotóxicos 
concomitantes (exemplos incluem 
aminoglicosídeos, piperacilina-tazo-
bactam, anfotericina B, ciclosporina, 
diuréticos de alça, anti-inflamatórios 
não esteroides e radiocontraste).
11AZÓLICOS
MAPA MENTAL: GLICOPEPTÍDEOS
Vancomicina
Glicopeptídeos
Teicoplanina
Gram positivos 
(incluindo MRSA)
Infecção por 
Clostridioides difficile
Endocardite
Enterocolite
Infecções estafilocócicas
Vias de administração:
Via de excreção renal
Reações de 
hipersensibilidade
Síndrome do 
“homem vermelho”
Ototoxicidade
Nefrotoxicidade
Corynebacterium 
diphteroides
Enterococos
Estafilococos
Estreptococos
Oral
IV
IM (teicoplanina)
Representantes
Agentes bactericidas
Inibidores da síntese 
da parede celular
Espectro de atividade
Usos clínicos
Farmacocinética
Efeitos adversos
12AZÓLICOS
3. LIPOPEPTÍDEOS
A daptomicina é um antibiótico lipo-
peptídico cíclico derivado do Strep-
tomyces roseosporus. O desen-
volvimentoclínico da daptomicina, 
descoberta há mais de 25 anos atrás, 
foi retomado em resposta à neces-
sidade crescente de antibióticos 
bactericidas eficazes contra as bac-
térias gram-positivas resistentes à 
vancomicina. 
Mecanismo de ação e resistência
A daptomicina liga-se às membranas 
bacterianas, resultando em despola-
rização rápida da membrana celular, 
inibindo a síntese de DNA, RNA e 
proteínas. Possui atividade bacteri-
cida que depende da concentração. 
Durante ensaios clínicos iniciais para 
tratamento de infecções cutâneas de 
tecidos moles, raramente foi obser-
vada resistência. Subsequentemente, 
durante uso clinico, foi relatado surgi-
mento de resistência à daptomicina 
no decorrer de terapia, mais comu-
mente no transcurso de tratamento 
de infecções de localização profunda 
(ex: osteomielite, endocardite, infec-
ções de materiais de prótese). 
Os mecanismos de resistência à dap-
tomicina não foram caracterizados 
completamente, embora alterações 
genéticas no gene mprF (que regu-
la alterações na membrana celular) 
correlacionadas com resistência à 
daptomicina tenham sido descritas. 
MAPA MENTAL: MECANISMO DE AÇÃO 
DA DAPTOMICINA
Ligação à membrana 
celular bacteriana
MECANISMO 
DE AÇÃO
Despolarização rápida
Inibição da síntese de 
DNA, RNA e proteínas
Efeito bactericida
Espectro de atividade
A daptomicina é um antibiótico bac-
tericida seletivamente ativo contra 
bactérias gram-positivas aeróbi-
cas, facultativas e anaeróbicas, que 
incluem estafilococos, estreptococos 
e enterococos. A daptomicina pode 
ser ativa contra cepas resistentes à 
vancomicina, embora as concentra-
ções inibitórias mínimas (CIMs) ten-
dam a ser mais altas para esses mi-
crorganismos do que para as cepas 
sensíveis à vancomicina. São sensí-
veis também Corynebacterium spp., 
13AZÓLICOS
Peptostreptococcus, propionibacté-
rias, Clostridium perfringens e espé-
cies de Actinomyces. 
Usos clínicos
Os principais usos clínicos da dapto-
micina são:
• Infecção da corrente sanguínea: 
tratamento da infecção da corrente 
sanguínea causada por Staphylo-
coccus aureus (isolados sensí-
veis ou resistentes à meticilina) 
em adultos, incluindo aqueles com 
endocardite infecciosa do lado di-
reito; tratamento da infecção da 
corrente sanguínea por S. aureus 
em pacientes pediátricos de 1 a 17 
anos de idade.
• Infecções complicadas da pele e 
da estrutura da pele: tratamento 
de infecções complicadas da pele e 
da estrutura da pele causadas por 
S. aureus (incluindo isolados resis-
tentes à meticilina), Streptococcus 
pyogenes, Streptococcus agalac-
tiae, Streptococcus dysgalactiae 
subespécie equisimilis e Entero-
coccus faecalis (apenas isolados 
suscetíveis para vancomicina) em 
pacientes adultos e pediátricos de 
1 a 17 anos de idade.
SE LIGA! A daptomicina é inativada pe-
los surfactantes pulmonares; por isso, 
nunca deve ser usada no tratamento de 
pneumonias.
Farmacocinética
A daptomicina é pouco absorvida por 
via oral e só deve ser administrada 
por via intravenosa. A toxicidade di-
reta para o músculo impede a sua in-
jeção intramuscular. 
A daptomicina liga-se reversivelmen-
te à albumina, e a ligação às proteínas 
atinge 92%. A meia-vida sérica é de 
8-9 h nos indivíduos normais, permi-
tindo a administração de uma dose 
única ao dia. 
Aproximadamente 80% da dose ad-
ministrada é recuperada na urina; 
uma pequena quantidade é excreta-
da nas fezes. É necessário efetuar um 
ajuste da dose quando a depuração 
da creatinina é < 30 mL/min; o ajus-
te é efetuado com a administração da 
dose recomendada a cada 48 h. Para 
pacientes submetidos à hemodiálise, 
a dose deve ser administrada imedia-
tamente após a diálise.
Eventos adversos
A principal toxicidade da daptomicina 
consiste em lesão do sistema mus-
culoesquelético. Em seres humanos, 
podem ocorrer elevações da creati-
nocinase; isso não exige a interrup-
ção do fármaco, a não ser que haja 
achados de miopatia inexplicada. Ra-
ramente, foi relatada a ocorrência de 
rabdomiólise.
O uso da daptomicina pode resul-
tar em pneumonia eosinofílica, que 
14AZÓLICOS
geralmente se desenvolve 2 a 4 se-
manas após o início da terapia. In-
terrompa o uso imediatamente em 
casos de sinais/sintomas de pneu-
monia eosinofílica e inicie o tratamen-
to apropriado (isto é, corticosteroi-
des). Pode ocorrer novamente com a 
reexposição.
Reações de hipersensibilidade e 
anafilaxia foram relatadas com o 
uso. Sintomas sugestivos de neuro-
patia periférica foram observados 
com o tratamento. O uso prolongado 
pode resultar em superinfecção por 
fungos ou bactérias, incluindo diar-
reia associada a C. difficile e colite 
pseudomembranosa.
A daptomicina não inibe nem induz 
CYP, e não há interações importantes 
entre fármacos. Todavia, recomen-
da- se cautela quando se administrar 
daptomicina juntamente com amino-
glicosídeos ou estatinas, por causa 
dos possíveis riscos de nefrotoxicida-
de e miopatia, respectivamente.
15AZÓLICOS
MAPA MENTAL: LIPOPEPTÍDEOS
Daptomicina
Lipopeptídeos
Gram positivos (incluindo 
MRSA e cepas resistentes à 
vancomicina)
Infecção da corrente 
sanguínea
Infecções complicadas da 
pele e da estrutura da pele
Vias de administração
Via de excreção
Toxicidade muscular
Pneumonia eosinofílica
Reações de 
hipersensibilidade
Neuropatia periférica
Superinfecção
S. Aureus 
(incluindo MRSA)
S. Aureus 
(incluindo MRSA)
S. Pyogenes
S. Agalactiae
S. Dysgalactiae equisimilis
E. faecalis
IV
Renal (principal)
Fecal
Representante
Despolarizam 
membrana celular
Agentes bactericidas
Espectro de atividade
Usos clínicos
Farmacocinética
Efeitos adversos
16AZÓLICOS
4. OXAZOLIDINONAS
A linezolida é um agente antimicro-
biano sintético da classe das oxazoli-
dinonas. Várias outras oxazolidinonas 
estão em desenvolvimento clínico.
Mecanismo de ação e resistência
A linezolida inibe a síntese de proteínas 
através de sua ligação ao RNA ribosso-
mal bacteriano 23S da subunidade 50S 
do ribossomo, impedindo a formação do 
maior complexo fMet-tRNA-ribossômi-
co (complexo de iniciação 70S), que dá 
início à síntese de proteínas. 
Figura 3. Mecanismo de ação da linezolida.
Fonte: Farmacologia Ilustrada, 2016
SE LIGA! Por causa de seu mecanis-
mo singular de ação, a linezolida é ati-
va contra cepas que são resistentes a 
vários outros agentes, incluindo cepas 
de S. pneumoniae resistentes à penici-
lina; cepas de estafilococos resistentes à 
meticilina, com resistência intermediária 
à vancomicina e resistentes à vancomi-
cina; e cepas de enterococos resistentes 
à vancomicina.
A resistência nos enterococos e esta-
filococos decorre de mutações pun-
tiformes do rRNA de 23S. Devido à 
presença de múltiplas cópias de ge-
nes de rRNA de 23S em bactérias, a 
resistência geralmente exige muta-
ções em duas ou mais cópias.
Espectro de atividade
A linezolida é ativa contra micror-
ganismos gram-positivos, incluin-
do estafilococos, estreptococos, en-
terococos, cocos gram-positivos 
anaeróbicos e bastonetes gram-
-positivos, como Corynebacterium 
spp. e Listeria monocytogenes. Tem 
pouca atividade contra a maioria das 
bactérias gram-negativas aeróbicas 
ou anaeróbicas. E bacteriostática 
contra enterococos e estafilococos 
e bactericida contra estreptococos. 
Mycobacterium tuberculosis é mode-
radamente sensível.
Usos clínicos
Os principais usos clínicos da linezo-
lida são:
17AZÓLICOS
• Infecções enterocócicas (resis-
tentes à vancomicina): tratamen-
to de infecções por Enterococcus 
faecium resistentes à vancomici-
na, incluindo casos com bactere-
mia concomitante. 
SE LIGA! A linezolida não é um agente 
preferido em infecções por Enterococ-
cus faecalis resistentes, que geralmente 
são suscetíveis a beta-lactâmicos.
• Pneumonia:
◊ Tratamento de pneumonia ad-
quirida na comunidade causada 
por Streptococcus pneumo-
niae, incluindo casos com bac-
teremia concomitante ou Sta-
phylococcus aureus (apenas 
isolados sensíveis à meticilina).
◊ Tratamento de pneumonia ad-
quirida no hospital ou associa-
da aserviços de saúde causada 
por S. aureus (isolados sensí-
veis à meticilina e resistentes à 
meticilina) ou S. pneumoniae.
• Infecções da pele e da estrutura 
da pele:
◊ Complicadas: tratamento de in-
fecções complicadas da pele e 
da estrutura da pele, incluindo 
pé diabético, sem osteomieli-
te concomitante, causada por 
S. aureus (isolados sensíveis à 
meticilina e resistentes à metici-
lina), Streptococcus pyogenes 
ou Streptococcus agalactiae.
◊ Não complicadas: tratamento 
de infecções não complicadas 
da pele e da estrutura da pele 
causadas por S. aureus (iso-
lados suscetíveis à meticilina) 
ou S. pyogenes.
A linezolida não foi estudada no tra-
tamento de úlceras de decúbito. 
SE LIGA! A linezolida não está indicada 
no tratamento de infecções gram-nega-
tivas; se um patógeno gram-negativo 
concomitante for documentado ou hou-
ver suspeita, deve ser iniciada a terapia 
específica imediatamente.
Farmacocinética
A linezolida é bem absorvida após 
administração oral e pode ser admi-
nistrada com ou sem alimento. Com 
uma biodisponibilidade oral que se 
aproxima de 100%, a dose para pre-
parações orais e intravenosas é igual. 
A meia-vida é de ~ 4-6 h. Ocorre li-
gação de 30% da linezolida às pro-
teínas, e a sua distribuição é ampla 
pelos tecidos bem perfundidos.
A linezolida é metabolizada por oxi-
dação não enzimática aos derivados 
ácido aminoetoxiacético e hidroxietil 
glicina. Aproximadamente 80% de 
uma dose de linezolida aparecem na 
urina, 30% na forma do composto ati-
vo e 50% na forma dos dois principais 
18AZÓLICOS
produtos de oxidação; 10% da dose 
administrada aparece como produ-
to de oxidação nas fezes. Embora as 
concentrações séricas e a meia-vida 
do composto original não sejam apre-
ciavelmente alteradas na presença 
de insuficiência renal, os produtos de 
oxidação acumulam-se na insuficiên-
cia renal, com aumento das meias-vi-
das em aproximadamente 50-100%. 
A importância clínica disso não é co-
nhecida, e, hoje, não se recomenda 
nenhum ajuste da dose em pacientes 
com insuficiência renal. A linezolida e 
seus produtos de degradação são eli-
minados por diálise; por conseguin-
te, o fármaco deve ser administrado 
após hemodiálise.
Eventos adversos
Toxicidade hematológica: em pa-
cientes tratados com linezolida, foi 
relatada a ocorrência de mielossu-
pressão, incluindo anemia, leucope-
nia, pancitopenia e trombocitopenia. 
As contagens de plaquetas devem 
ser monitoradas em indivíduos com 
risco de sangramento, com trombo-
citopenia pré-existente ou distúrbios 
intrínsecos ou adquiridos da função 
plaquetária (incluindo aqueles poten-
cialmente causados por medicação 
concomitante), bem como em pacien-
tes que recebem ciclos de terapia por 
mais de duas semanas de duração.
Outros efeitos tóxicos e irritantes: o 
fármaco parece ser bem tolerado, 
geralmente com efeitos adversos 
mínimos (ex: queixas gastrointesti-
nais, cefaleia, exantema). Pacientes 
que receberam tratamento prolon-
gado (ex: mais de 8 semanas) com 
linezolida desenvolveram neuropatia 
periférica, neurite óptica e acidose 
láctica. Acredita-se que tais toxicida-
des podem resultar de efeitos da line-
zolida sobre as mitocôndrias. Como 
esses efeitos nem sempre são rever-
síveis, em geral a linezolida não deve 
ser usada em terapia prolongada se 
houver agentes alternativos.
A linezolida é um inibidor fraco e 
inespecífico da monoaminoxidase 
(MAO). Os indivíduos que recebem 
terapia concomitante com um agente 
adrenérgico ou serotoninérgico (in-
cluindo inibidores seletivos de recap-
tação da serotonina [ISRSs]) ou que 
consomem mais de 100 mg/dia de ti-
ramina podem desenvolver a síndro-
me da serotonina, caracterizada por 
palpitações, cefaleia ou crise hiper-
tensiva. Se possível, é melhor que se 
evite a administração concomitante 
desses agentes. Entretanto, em pa-
cientes que recebem ISRSs e neces-
sitam de terapia aguda com linezoli-
da por períodos curtos (10-14 dias), a 
administração simultânea com moni-
toramento cuidadoso é razoável por-
que os ISRSs precisam ser suspensos 
gradualmente para evitar a síndrome 
de descontinuação. A linezolida não 
é nem um substrato nem um inibidor 
de CYP.
19AZÓLICOS
MAPA MENTAL: OXAZOLIDINONAS
Oxazolidinonas
Linezolida
Gram positivos
Infecções enterocó-
cicas (resistentes à 
vancomicina)
Pneumonia
Infecções da pele e 
da estrutura da pele
Vias de administração
Via de excreção
Inibidor da MAO
Toxicidade 
hematológica
Queixas 
gastrointestinais
Cefaleia
Exantema
Adquirida na 
comunidade
Hospitalar ou associa- 
da a serviços de saúde
Complicadas
Não complicadas
Oral
IV
Renal (principal)
Fecal
Representante
Inibem a síntese 
de proteínas
Agentes bacterios-
táticos/bactericidas
Espectro de atividade
Usos clínicos
Farmacocinética
Efeitos adversos
S. Pneumoniae
S. Aureus (sensível 
a meticilina)
S. Pneumoniae
S. Aureus 
(incluindo MRSA)
S. Aureus 
(incluindo MRSA)
S. Pyogenes
S. agalactiae
S. Aureus (suscetível 
à meticilina)
S. pyogenes
20AZÓLICOS
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS
Bruntos, Laurence L. Chabner, Bruce A. Knollmann, Bjorn C. As bases farmacológicas da 
terapêutica de Goodman & Gilman. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.
Whalen, Karen. Finkel, Richard. Panaveli, Thomas A. Farmacologia ilustrada. 6. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2016.
Drew, Richard H. Sakoulas, George. Vancomycin: Parenteral dosing, monitoring, and ad-
verse effects in adults. Post TW, ed. UpToDate. Waltham, MA: UpToDate Inc. http://www.
uptodate.com (Acesso em 05 de maio de 2020).
Lexicomp. Vancomycin: Drug information. Post TW, ed. UpToDate. Waltham, MA: UpTo-
Date Inc. http://www.uptodate.com (Acesso em 05 de maio de 2020).
Lexicomp. Teicoplanin: International drug information (concise). Post TW, ed. UpToDate. 
Waltham, MA: UpToDate Inc. http://www.uptodate.com (Acesso em 05 de maio de 2020).
Lexicomp. Daptomycin: Drug information. Post TW, ed. UpToDate. Waltham, MA: UpTo-
Date Inc. http://www.uptodate.com (Acesso em 05 de maio de 2020).
Lexicomp. Linezolid: Drug information. Post TW, ed. UpToDate. Waltham, MA: UpToDate 
Inc. http://www.uptodate.com (Acesso em 05 de maio de 2020).
21AZÓLICOS

Continue navegando