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Rua T-54, Qd 100, Lt 10, nº 124, Setor Bueno, Goiâniia,-GO, CEP: 74.215-160 – 62 | 3945-1777 – w w w .carlosandre.com.br PORTUGUÊS JURÍDICO PARA MEMBROS, SERVIDORES CARLOS ANDRÉ COESÃO TEXTUAL Trata-se da organização textual, por meio de mecanismos linguísticos. Divide-se em dois grupos: referencial e sequencial. COESÃO REFERENCIAL Trata-se da organização textual, que se estabelece por meio da relação remissivo-referente. Divide-se em dois grupos: anafórica e catafórica. ANAFÓRICA É aquela em que o remissivo retoma o referente João saiu. Ele é meu primo. referente remissivo CATAFÓRICA É aquela em que o remissivo projeta o referente. Direi isto: que vocês são ótimos. remissivo referente MECANISMOS LINGUÍSTICOS FIXOS São aqueles em que o REMISSIVO deve concordar com o REFERENTE. João saiu. Ele é meu primo. referente remissivo João saiu. Eu o vi. referente remissivo UTILIZAÇÃO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS COMO MECANISMOS FIXOS Rua T-54, Qd 100, Lt 10, nº 124, Setor Bueno, Goiâniia,-GO, CEP: 74.215-160 – 62 | 3945-1777 – w w w .carlosandre.com.br 2 PORTUGUÊS JURÍDICO PARA MEMBROS, SERVIDORES CARLOS ANDRÉ ESTE - elemento de coesão anafórico e fixo IMEDIATO. AQUELE - elemento de coesão anafórico e fixo MEDIATO. ESTE e AQUELE retomam substantivos com os quais eles podem concordar, por serem fixos. João e Lucas saíram. Este é meu primo; aquele, meu sobrinho. imediato mediato Lucas João Lucas saiu. Este é meu primo. LIVRES São aqueles em que o remissivo não concorda com o referente. UTILIZAÇÃO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS COMO MECANISMOS LIVRES ISTO - elemento de coesão catafórico livre. Direi isto: que João esteve aqui. ISSO - elemento de coesão anafórico livre. João esteve aqui. Isso me deixou feliz. ISSO retoma a ideia, logo deve ser usado em períodos curtos. ADJUNTOS São aqueles formados por um grupo de que fazem parte um elemento de função adjetiva e um núcleo subs- tantivo. UTILIZAÇÃO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS COMO MECANISMOS ADJUNTOS ESTE + SUBSTANTIVO - elemento de coesão catafórico adjunto ESSE + SUBSTANTIVO - elemento de coesão anafórico adjunto Vou falar este assunto: religião. remissivo referente Religião, esse assunto é polêmico. referente remissivo LEXICAIS Rua T-54, Qd 100, Lt 10, nº 124, Setor Bueno, Goiâniia,-GO, CEP: 74.215-160 – 62 | 3945-1777 – w w w .carlosandre.com.br 3 PORTUGUÊS JURÍDICO PARA MEMBROS, SERVIDORES CARLOS ANDRÉ São aqueles em que o remissivo consta de um NOME e não de um PRONOME. Dividem-se nos seguintes grupos: sinonímia, por repetição, hiperonímia e hiponímia. SINONÍMIA Ocorre quando o remissivo é sinônimo do referente. O juiz julgou procedente a ação. O magistrado entendeu que... referente remissivo POR REPETIÇÃO Ocorre quando o remissivo é o mesmo nome de que se constitui o referente. O reclamante argumentou X. O reclamante entendeu Y. referente remissivo HIPERONÍMIA Ocorre quando o campo semântico do remissivo abrange o do referente. O ML350 é da Mercedes. O automóvel é muito luxuoso. referente remissivo HIPONÍMIA Ocorre quando o campo semântico do remissivo é mais específico do que o do referente. Compre um automóvel: o ML350. referente remissivo DÊIXIS É a propriedade que remissivos possuem de fazer referência a elementos extratextuais. Os recursos dêiticos indicam basicamente os seguintes referentes: Lugar – dêitico espacial/possessiva Tempo – dêitico temporal OS PRONOMES DEMONSTRATIVOS E A DÊIXIS ESPACIAL/POSSESSIVA ESTE – indica a posse ou a proximidade de quem fala. Exemplo: Rua T-54, Qd 100, Lt 10, nº 124, Setor Bueno, Goiâniia,-GO, CEP: 74.215-160 – 62 | 3945-1777 – w w w .carlosandre.com.br 4 PORTUGUÊS JURÍDICO PARA MEMBROS, SERVIDORES CARLOS ANDRÉ - Este lápis é meu. ESSE – indica a posse ou a proximidade daquele a quem se fala. Exemplo: - Esse lápis é seu. AQUELE – indica a posse ou a proximidade daquele de quem se fala. Exemplo: - Aquele lápis é dele. OS PRONOMES DEMONSTRATIVOS E A DÊIXIS TEMPORAL ESTE – indica o tempo presente ou futuro próximo. Exemplo: - Este ano de 2017 será ótimo. ESSE – indica o tempo pretérito recente. Exemplo: - Esse ano de 2016 foi ótimo. AQUELE – indica o tempo pretérito remoto. Exemplo: - Aquele ano de 1977 foi ótimo. Rua T-54, Qd 100, Lt 10, nº 124, Setor Bueno, Goiâniia,-GO, CEP: 74.215-160 – 62 | 3945-1777 – w w w .carlosandre.com.br 5 PORTUGUÊS JURÍDICO PARA MEMBROS, SERVIDORES CARLOS ANDRÉ Rua T-54, Qd 100, Lt 10, nº 124, Setor Bueno, Goiâniia,-GO, CEP: 74.215-160 – 62 | 3945-1777 – w w w .carlosandre.com.br 6 PORTUGUÊS JURÍDICO PARA MEMBROS, SERVIDORES CARLOS ANDRÉ . 01. Sobre o período abaixo, responda a questão: No caso do Brasil, o poderio econômico dos meios é inseparável da forma oligárquica do poder do Estado, produzindo um dos fenômenos mais contrários à democracia, qual seja, o que Alberto Dines chamou de “coronelismo eletrônico”, isto é, a forma privatizada das concessões públicas de canais de rádio e televisão, concedidos a parlamentares e lobbies privados, de tal maneira que aqueles que deveriam fiscalizar as con- cessões públicas se tornam concessionários privados, apropriando-se de um bem público para manter privi- légios, monopolizando a comunicação e a informação: A) O termo isto é é um elemento remissivo que promove uma referência catafórica a poderio econômico dos meios. B) O termo isto é é um elemento remissivo que promove uma referência anafórica a poderio econômico dos meios. C) O termo isto é é um elemento remissivo que promove uma referência anafórica a coronelismo eletrônico. D) O termo isto é é um elemento remissivo que promove uma referência catafórica a coronelismo eletrônico. E) O termo isto é é um elemento remissivo que promove uma referência endofórica a poderio econômico dos meios. 02. O advérbio “Aqui” tem referência: A) anafórica B) catafórica. C) dêitica. D) elíptica. TEXTO PRA QUESTÃO 03 A história do grafite no Brasil iniciou-se na década de 70 do século XX, precisamente na cidade de São Paulo, em uma época conturbada da história do Brasil, época essa silenciada pela censura resultante da chegada dos militares ao poder. Paralelamente ao movimento que despontava em Nova York, o grafite surgiu no cenário da metrópole brasi- leira como uma arte transgressora, a linguagem da rua, da marginalidade, que não pedia licença e que gritava nas paredes da cidade os incômodos de uma geração. A partir disso, a arte de grafitar se transformou em um importante veículo de comunicação urbano, corrobo- rando, de alguma maneira, a existência de outras vozes, de outros sujeitos históricos e ativos que participam da cidade. Éimportante ressaltar que o grafite, inicialmente, foi uma arte caracterizada pela autoria anônima, por meio da qual o grafiteiro transformava a cidade em um importante suporte de comunicação artística sem delimita- ção de espaço, de mensagem ou de mensageiro. Portanto, o que importava naquele momento era a arte em si e não o nome de seu autor. Por esse motivo, os ditos “cânones” são retirados de sua posição central e imperativa para dar lugar a uma arte de todos e para todos; arte da rua, na rua e para a rua; arte da cidade, na cidade e para a cidade: o grafite. Nesse sentido, a arte se funde com a vida do cidadão da metrópole por meio do movimento mútuo de transformação e de identificação de seus sujeitos. EXERCÍCIOS Rua T-54, Qd 100, Lt 10, nº 124, Setor Bueno, Goiâniia,-GO, CEP: 74.215-160 – 62 | 3945-1777 – w w w .carlosandre.com.br 7 PORTUGUÊS JURÍDICO PARA MEMBROS, SERVIDORES CARLOS ANDRÉ 03. No texto, o pronome isso, em “A partir disso” (l.11), refere-se A) ao contexto histórico brasileiro na década de 70 do século XX. B) a “arte transgressora” (l.8). C) às características do grafite. D) a “paredes da cidade” (l.9). E) à história do surgimento do grafite no Brasil. TEXTO PRA QUESTÃO 04 A essência da infância Como a convivência íntima com os filhos é capaz de transformar a relação das crianças consigo mesmas e com o mundo Crianças permanentemente distraídas com o celular ou o tablet. Agenda cheia de tarefas e aulas depois da escola. Pais que não conseguem impor limites e falar “não". Os momentos de lazer que ficaram restritos ao shopping Center, em vez de descobertas ao ar livre. Quais as implicações desse conjunto de hábitos e com- portamentos para nossos filhos? Para o pediatra Daniel Becker, esses têm sido verdadeiros pecados c ome- tidos à infância, que prejudicarão as crianças até a vida adulta. Pioneiro da Pediatria Integral, prática que amplia o olhar e o cuidado para promover o desenvolvimento pleno e o bem-estar da criança e da família, Daniel defende que devemos estar próximos dos pequenos – esse, sim, é o melhor presente a ser oferecido. E que desenvolver intimidade com as crianças, além de um tempo reservado ao lazer com elas, faz a dife- rença. Para o bem-estar delas e para toda a família. Revista Vida Simples. Dezembro de 2015). 04. No excerto: “... esses têm sido verdadeiros pecados cometidos à infância ...". O pronome em destaque refere-se a: A) Celular e tablet. B) Agenda. C) Aulas depois da escola. D) Visitas ao shopping Center. E) Conjunto de hábitos. 05. “Nesta semana nacional do trânsito pelo menos mil pessoas vão ter morrido nas ruas e nas estradas. Não podemos mais tolerar esses números e, para que isso mude realmente, é preciso que você e cada um de nós sejamos de fato os agentes da mudança na direção de um trânsito mais seguro. Com certeza você pode contribuir para isso, aproveite esta semana para refletir e conversar sobre o tema com seus entes queridos e amigos, afinal, quem morre no trânsito é amigo ou parente de alguém. Ninguém está livre disso". Nesse parágrafo do texto, há um conjunto de demonstrativos empregados de forma correta. O comentário inadequado sobre seu emprego é: A) “nesta semana" / a forma “esta" se refere ao momento presente da enunciação; B) “tolerar esses números" / a forma “esses" se refere ao número de mortos citado anteriormente; C) “para que isso mude" / a forma “isso" se refere ao alto número de acidentes fatais; D) “você pode contribuir para isso" / a forma “isso" se refere à mudança do número de mortos; E) “ninguém está livre disso" / a forma “disso" se refere à possibilidade de ter um amigo ou parente morto no trânsito. Rua T-54, Qd 100, Lt 10, nº 124, Setor Bueno, Goiâniia,-GO, CEP: 74.215-160 – 62 | 3945-1777 – w w w .carlosandre.com.br 8 PORTUGUÊS JURÍDICO PARA MEMBROS, SERVIDORES CARLOS ANDRÉ TEXTO PRA QUESTÃO 06 Os zigue-zagues do conforto Hoje, a ideologia do conforto varreu nossa sociedade. É um grande motor da publicidade e do consumismo. Contudo, o avanço não é linear, havendo atrasos técnicos e retrocessos. Em três áreas enguiçadas, o con- forto e desconforto se embaralham. A primeira é o conforto acústico. Raras salas de aula oferecem um mínimo de condições. Padecem os professores, pois só berrando podem ser ouvidos. Uma conversa tranquila é impossível na maioria dos res- taurantes. Em muitos, não pode haver conversa de espécie alguma. O bê-á-bá do tratamento acústico é trivial. Por que temos de ser torturados por tantos decibéis malvados? A segunda é o conforto térmico. Quem gosta de sentir frio ou calor? Na verdade, não se trata de gostar, mas de ser atropelado por imperativos culturais. Por não precisarem se impor pela vestimenta, oficiais britâ- nicos usavam bermudas e camisas de mangas curtas nos trópicos. Mas no Rio de Janeiro, a aristocracia do Segundo Império não saía de casa sem terno, colete e sobrecasaca, todos de espessa casimira inglesa. E mais: gravata, camisa de peito duro, cartola e luvas. E se assim fazia a nobreza, o povaréu tentava imitar. Até o meio século passado, as elegantes usavam casaco de pele na capital. Hoje, a moda deu cambalhota, o chique é sentir frio. Quanto mais importante, mais gélido será o gabinete da autoridade. Mas a maneira de conquistar esse conforto térmico tende a ser equivocada. Estive em um hotel do Nordeste amplamente servido pela agradável brisa do mar e cuja propaganda é ser “ecológico”. No entanto, é ar condicionado dia e noite, pois a arquitetura não permite a circulação natural do ar. Pior, como na maioria das nossas edificações, o isolamento é péssimo. Um minuto desligado, e quase sufocamos de calor. Uma parede comum de alvenaria tem um décimo da resistência térmica recomendada pela Comunidade Europeia. E do excesso de vidros, nem falar! A terceira é uma birra pessoal, já que minha profissão me leva a falar em público. Os arquitetos não descobriram que o PowerPoint requer uma sala que escureça e uma iluminação que não vaze na tela. Sem isso, ou a projeção fica esmaecida ou, se é apagada a luz, do professor só se vê o vulto. A solução é ridicu- lamente simples: um spot no conferencista. E assim vamos, aos encontrões com o desconforto, em recorrente zigue-zague. (CASTRO, Cláudio de Moura. Veja, 11/02/2015,p.18,fragmento) 06. O pronome isso (5º§) é usado para A) referir a “birra pessoal” do autor. B) retomar a informação presente no segmento anterior. C) estabelecer uma condição para o funcionamento eficiente do powerPoint. D) introduzir a alternativa apontada na oração “ou a projeção fica esmaecida”. E) substituir o termo “PowerPoint”. TEXTO PRA QUESTÃO 07 Bibliotecas sempre deram muito o que falar. Grandes monarquias jamais deixaram de possuir as suas, e cuidavam delas estrategicamente. Afinal, dotes de princesas foram negociados tendo livros como objetos de barganha; tratados diplomáticos versaram sobre essas coleções. Os monarcas portugueses, após o terremoto que dizimou Lisboa, se orgulhavam de, a despeito dos destroços, terem erguido uma grande biblioteca: a Real Livraria. D. José chamava-a de joia maior do tesouro real. D. João VI, mesmo na correria da partida para o Brasil, não se esqueceu dos livros. Em três diferentes levas, a Real Biblioteca aportou nos trópicos, e foi até mesmo tema de disputa. 07. Acerca de aspectos linguísticos e dos sentidos do texto acima, julgue o item que se segue. A expressão “essas coleções” (l.5) retoma, por coesão, o termo “Bibliotecas” (l.1). ( ) CERTO ( ) ERRADO Rua T-54, Qd 100, Lt 10, nº 124, Setor Bueno, Goiâniia,-GO, CEP: 74.215-160 – 62 | 3945-1777 – w w w .carlosandre.com.br 9 PORTUGUÊS JURÍDICOPARA MEMBROS, SERVIDORES CARLOS ANDRÉ TEXTO PRA QUESTÃO 08 Violência e favelas O crescimento dos índices de violência e a dramática transformação do crime manifestados nas grandes metrópoles são alarmantes, sobretudo, na cidade do Rio de Janeiro, sendo as favelas as mais afetadas nesse processo. “A violência está o cúmulo do absurdo. É geral, não é? É geral, não tem, não está distinguindo raça, cor, dinheiro, com dinheiro, sem dinheiro, tá de pessoa para pessoa, não interessa se eu te conheço ou se eu não te conheço. Me irritou na rua eu te dou um tiro. É assim mesmo que está, e é irritante, o ser humano está em um estado de nervos que ele não está mais se controlando, aí junta a falta de dinheiro, junta falta de tudo, e quem tem mais tá querendo mais, e quem tem menos tá querendo alguma coisa e vai descontar em cima de quem tem mais, e tá uma rivalidade, uma violência que não tem mais tamanho, tá uma coisa insuportável. ” (moradora da Rocinha) A recente escalada da violência no país está relacionada ao processo de globalização que se verifica, inclusive, ao nível das redes de criminalidade. A comunicação entre as redes internacionais ligadas ao crime organizado são realizadas para negociar armas e drogas. Por outro lado, verifica-se hoje, com as CPIs (Co- missão Parlamentar de Inquérito) instaladas, ligações entre atores presentes em instituições estatais e redes do narcotráfico. Nesse contexto, as camadas populares e seus bairros/favelas são crescentemente objeto de estigmati- zação, percebidos como causa da desordem social o que contribui para aprofundar a segregação nesses espaços. No outro polo, verifica-se um crescimento da autossegregação, especialmente por parte das elites que se encastelam nos enclaves fortificados na tentativa de se proteger da violência. (Maria de Fátima Cabral Marques Gomes, Scripta Nova) 08. “Nesse contexto, as camadas populares e seus bairros/favelas são crescentemente objeto de estigmati- zação, percebidos como causa da desordem social o que contribui para aprofundar a segregação nesses es- paços”. Nesse segmento do texto, o componente textual que NÃO se refere ou substitui um elemento anterior do texto é: A) Nesse contexto; B) seus; C) desordem social; D) que; E) nesses espaços. TEXTO PRA QUESTÃO 09 09. No primeiro quadrinho, o termo aqui representa uma das categorias da enunciação que indica espaço: Rua T-54, Qd 100, Lt 10, nº 124, Setor Bueno, Goiâniia,-GO, CEP: 74.215-160 – 62 | 3945-1777 – w w w .carlosandre.com.br 10 PORTUGUÊS JURÍDICO PARA MEMBROS, SERVIDORES CARLOS ANDRÉ A) exterior à enunciação de primeira pessoa. B) de enunciação de segunda pessoa. C) de enunciação de terceira pessoa. D) de enunciação de primeira pessoa. E) exterior à enunciação de terceira pessoa. 10. Leia o texto abaixo: “Boas coisas acontecem para quem espera. As melhores coisas acontecem para quem se levanta e faz.” (Domínio público) Considerando o texto acima e a maneira como ele é estruturado, podemos afirmar que: A) O uso encadeado de “Boas coisas” e “As melhores coisas” possibilita a valorização do primeiro enunciado e a desvalorização do segundo. B) A repetição do termo “coisas” garante que “boas coisas” e as “melhores coisas” remetem ao mesmo refe- rente. C) Entre as expressões “para quem espera” e “para quem se levanta e faz” estabelece-se uma relação de temporalidade. D) A sequenciação desse texto ocorre por meio da recorrência de expressões e de estruturas sintáticas. TEXTO PARA QUESTÃO 11 Por que é tão difícil entender? A crise que o país atravessa desde a eclosão dos primeiros protestos contra o aumento das passagens de ônibus têm três componentes articulados: 1 – A sociedade quer transporte, saúde e educação de qualidade, pois ela paga caro por isso, por meio de impostos, e não recebe em troca serviços públicos à altura. Simples assim. A sociedade não pediu nas ruas reforma política, nem plebiscito para eliminar suplente de senador. 2 – A sociedade quer o fim da impunidade, pois está cansada de ver corruptos soltos debochando de quem é honesto, mesmo depois de condenados. Acrescentar o adjetivo hediondo à corrupção de pouco adianta se deputados e ministros continuam usando aviões da FAB para passear e se criminosos estão soltos, alguns até ocupando cargos de liderança ou participando de comissões no Congresso. 3 – A sociedade quer estabilidade econômica: para a percepção do cidadão comum, os 20 centavos pesaram como mais um sinal de que a economia está saindo do controle. A percepção do aumento da inflação é crescente em todas as classes sociais; em última análise, este será o fator determinante dos rumos da crise a médio prazo, já que não há discurso ou propaganda que camufle a corrosão do poder de compra das pessoas, sobretudo daquelas recentemente incorporadas à economia formal. Esses problemas não são de agora, nem responsabilidade exclusiva dos últimos governos. Mas o que se espera de quem está no poder é que compreenda que a melhor maneira de reconquistar o apoio perdido é dar respostas concretas e rápidas às demandas feitas nas ruas (e não às questões que ninguém fez). (Adaptado. Luciano Trigo, O Globo, 11‐7‐2013) 11. “ A sociedade quer transporte, saúde e educação de qualidade, pois ela paga caro por isso...”; “em última análise, este será o fator determinante dos rumos da crise o médio prazo...”. Observando o emprego dos demonstrativos sublinhados, podemos constatar, segundo o emprego no texto, que A) isso e empregado em referência a termos anteriores e este em referência a termos seguintes. B) isso e este são empregados em relação a termos anteriormente citados. C) isso tem valor depreciativo. D) este se refere a um entre dois termos citados anteriormente, de preferência o mais próximo. E) isso se prende a um tempo distante, enquanto este se liga ao tempo presente. 12. “Esta é uma questão que precisa ser tratada no âmbito de uma reforma geral da política penitenciária, aí incluída a melhoria das condições socioeducativas para os menores de idade”. A afirmação correta sobre o termo “aí” é: Rua T-54, Qd 100, Lt 10, nº 124, Setor Bueno, Goiâniia,-GO, CEP: 74.215-160 – 62 | 3945-1777 – w w w .carlosandre.com.br 11 PORTUGUÊS JURÍDICO PARA MEMBROS, SERVIDORES CARLOS ANDRÉ A) indica o local da reforma geral onde deve ser incluída a melhoria pretendida; B) refere-se ao termo “reforma geral da política penitenciária”, de forma a retomá-lo na frase seguinte; C) é um termo anafórico, substituindo o termo “questão”, citado anteriormente no mesmo segmento; D) funciona como um conectivo de forma coloquial, correspondendo à conjunção aditiva E; E) mostra uma indicação de tempo, referindo-se ao momento da produção da reforma geral. TEXTO PARA QUESTÃO 13 BEM TRATADA, FAZ BEM O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória: “O carro é o cigarro do futuro.” Quem poderia ima- ginar a reversão cultural que se deu no consumo do tabaco? Talvez o automóvel não seja descartável tão facilmente. Este jornal, em uma série de reportagens, nestes dias, mostrou o privilégio que os governos dão ao uso do carro e o desprezo ao transporte coletivo. Surpre- endentemente, houve entrevistado que opinou favoravelmente, valorizando Los Angeles – um caso típico de cidade rodoviária e dispersa. Ainda nestes dias, a ONU reafirmou o compromisso desta geração com o futuro da humanidade e contra o aquecimento global – para o qual a emissão de CO2 do rodoviarismo é agente básico. (A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito.) O transporte também esteve no centro dos protestos de junho de 2013. Lembremos: ele está interrelacionado com a moradia, o emprego, o lazer. Comose vê, não faltam razões para o debate do tema. Sérgio Magalhães, O Globo 13. Observe o emprego do demonstrativo “este” nos segmentos a seguir: I – “O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória”; II – “Este jornal, em uma série de reportagens,...”; III – “... nestes dias, mostrou o privilégio que os governos dão ao uso do carro e o desprezo ao transporte coletivo”; IV – “a ONU reafirmou o compromisso desta geração com o futuro da humanidade”. As frases acima que apresentam exatamente o mesmo motivo da utilização desse demonstrativo são: A) I - II; B) I - III; C) II - IV; D) III - IV; E) II - III - IV. TEXTO PARA A QUESTÃO 14 UMA HISTÓRIA EM COMUM Os povos indígenas que hoje habitam a faixa de terras que vai do Amapá ao norte do Pará possuem uma história comum de relações comerciais, políticas, matrimoniais e rituais que remonta a pelo menos três sécu- los. Essas relações até hoje não deixaram de existir nem se deixaram restringir aos limites das fronteiras nacionais, estendendo-se à Guiana-Francesa e ao Suriname. Essa amplitude das redes de relações regionais faz da história desses povos uma história rica em ganhos e não em perdas culturais, como muitas vezes divulgam os livros didáticos que retratam a história dos índios no Brasil. No caso específico desta região do Amapá e norte do Pará, são séculos de acúmulo de experiências de contato entre si que redundaram em inúmeros processos, ora de separação, ora de fusão grupal, ora de substituição, ora de aquisição de novos itens culturais. Processos estes que se somam às diferentes experi- ências de contato vividas pelos distintos grupos indígenas com cada um dos agentes e agências que entre eles chegaram, dos quais existem registros a partir do século XVII. É assim que, enquanto pressupomos que nós descobrimos os índios e achamos que, por esse motivo, eles dependem de nosso apoio para sobreviver, com um pouco mais de conhecimento sobre a história da região podemos constatar que os povos indígenas dessa parte da Amazônia nunca viveram isolados entre si. E, também, que o avanço de frentes de colonização em suas terras não resulta necessariamente num processo de submissão crescente aos novos conhecimentos, tecnologias e bens a que passaram a ter acesso, como à primeira vista pode nos parecer. Ao contrário disso, tudo o que esses povos aprenderam e adquiriram em suas novas experiências de relacionamento com os não-índios insere-se num processo de ampliação de suas Rua T-54, Qd 100, Lt 10, nº 124, Setor Bueno, Goiâniia,-GO, CEP: 74.215-160 – 62 | 3945-1777 – w w w .carlosandre.com.br 12 PORTUGUÊS JURÍDICO PARA MEMBROS, SERVIDORES CARLOS ANDRÉ redes de intercâmbio, que não apaga - apenas redefine - a importância das relações que esses povos mantêm entre si, há muitos séculos, “apesar” de nossa interferência. (Adaptado de: GALLOIS, Dominique Tilkin; GRUPIONI, Denise Fajardo. Povos indígenas no Amapá e Norte do Pará: quem são, onde estão, quantos são, como vivem e o que pensam? São Paulo: Iepé, 2003, p.8-9) 14. Os pronomes destacados no último parágrafo - nós, nosso, nos, nossa - fazem referência: A) aos povos indígenas da Amazônia. B) a todos os indígenas brasileiros. C) às redes de intercâmbio indígenas. D) aos representantes da cultura hegemônica. E) a todos os habitantes das zonas urbanas do Brasil. Rua T-54, Qd 100, Lt 10, nº 124, Setor Bueno, Goiâniia,-GO, CEP: 74.215-160 – 62 | 3945-1777 – w w w .carlosandre.com.br 13 PORTUGUÊS JURÍDICO PARA MEMBROS, SERVIDORES CARLOS ANDRÉ GABARITO: 01. D 02. B 03. E 04. E 05. D 06. B 07. C 08. C 09. D 10. D 11. B 12. B 13. D 14. D www.cers.com.br PORTUGUÊS JURÍDICO PARA MEMBROS, SERVIDORES CARLOS ANDRÉ 14
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