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Anatomia do Dorso Indiara Soares Oliveira Ferrari indiara.doc@uni9.pro.br Questões norteadoras Quais são as estruturas e funções das vértebras? 01 Quais são as características regionais das vértebras? 02 Quais são as articulações da coluna vertebral? 03 Quais são os movimentos e curvaturas da coluna vertebral? 04 Quais são os músculos que vão compor o dorso? 05 Quais são os conteúdos do canal vertebral?06 Quais são os trígonos do dorso? 07 Pág: 71 -137 Ossos Coluna Vertebral Tem participação importante na postura e na locomoção Sustenta o peso do corpo superior ao nível da pelve Protege a medula espinal e os nervos espinais Garante um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo Uma base alargada sobre a qual a cabeça está posicionada e gira Fornece pontos de articulação para as costelas, e de inserção para os músculos do pescoço e do dorso. Regiões da coluna e curvaturas normais As vértebras tornam-se maiores gradualmente, à medida que a coluna vertebral desce até o sacro e, a partir daí, tornam-se progressivamente menores em direção ao ápice do cóccix 33 vértebras 5 regiões 70 cm de comprimento em um adulto Essas curvaturas aumentam a resistência da coluna, permitindo que funcione como uma mola, em vez de uma haste rígida, reta Só as curvaturas torácica e sacral são bem desenvolvidas no momento do nascimento Essas duas curvaturas primárias são convexas posteriormente, de modo que a coluna de uma criança se curva (tem a forma da letra C) como a de um animal de quatro patas Vértebras Típicas Disco Intervertebral Vértebra Regional Cervical Vértebra Regional Cervical Vértebra Regional Torácica Vértebra Regional Torácica Vértebra Regional Lombar Vértebra Regional Lombar Vértebra Regional Sacro e Cóccix Características Regionais Características Regionais Canal Vertebral Forame Vertebral Medula espinal Nervo espinal Articulações Articulações dos corpos vertebrais → Articulações dos processos articulares ou zigapofisárias (articulações facetárias) Tipo: Sinovial plana Articulações dos arcos das vértebras Atlantoaxiais Atlantoccipital Articulações Craniovertebrais Articulação Costovertebral Articulação Sacroilíaca Ligamentos Ligamentos Coluna vertebral Disco IV C 3 Pelve C 2 Sacro Sacro C 7 Arco P. Es pin ho so Ligamento longitudinal anterior: -Largo e forte -Estabiliza os discos IV -Limita a extensão da coluna vertebral -Anterior aos corpos vertebrais Ligamento longitudinal posterior: -Fino -Limita a flexão -Estabiliza discos IV -Hérnia de disco -Posterior aos corpos vertebrais Ligamento amarelo: -Entre as lâminas dos arcos vertebrais -Limita a flexão -Tecido elástico e resistente -Mais espesso na região torácica e lombar Membrana atlanto axial posterior Membrana atlanto occipital posterior Membrana Tectórica Membrana atlanto axial anterior Membrana atlanto occipital anterior Ligamento interespinal Ligamento supraespinal Ligamento Intertransversário: -Entre os processos transversos Ligamento transverso do atlas: -Fixa o dente do axis no atlas Ligamento longitudinal Sup e Inf. -Liga o dente do axis ao crânio Ligamentos alares: -Ligam o dente do axis ao forame magno Ligamento cruciforme Ligamentos Correlação Clínica: Correlação Clínica: Músculos Músculos Os músculos próprios (intrínsecos) do dorso são aqueles que atuam especificamente sobre a coluna vertebral, produzindo seus movimentos e mantendo a postura Os músculos extrínsecos do dorso (toracoapendiculares) incluem músculos superficiais e intermediários, que produzem e controlam os movimentos dos membros e respiratórios Há dois grupos principais de músculos no dorso Trapézio Latíssimo do dorso Levantador da escápula Romboides To ra co ap en d ic u la re s Músculos extrínsecos do dorso SUPERFICIAIS DO DORSO Músculos extrínsecos do dorso SUPERFICIAIS DO DORSO Serrátil posterior Músculos respiratórios superficiais Músculo serrátil posterior superior situa-se profundamente aos músculos Romboides Músculo serrátil posterior inferior situa-se profundamente ao músculo latíssimo do dorso Músculos extrínsecos do dorso Intermediários DO DORSO Músculos extrínsecos do dorso Intermediários DO DORSO CAMADA SUPERFICIAL: - músculos esplênios do pescoço da cabeça Músculos próprios do dorso Intrínsecos DO DORSO Músculos próprios do dorso Intrínsecos DO DORSO CAMADA INTERMÉDIA: Eretores da espinha (Músculos paravertebrais) (principal extensor da coluna vertebral) � Músculo iliocostal forma a coluna lateral � Músculo longuíssimo forma a coluna intermédia � Músculo espinal, a coluna medial Músculos próprios do dorso Intrínsecos DO DORSO Músculos próprios do dorso Intrínsecos DO DORSO Músculos próprios do dorso Intrínsecos DO DORSO CAMADA PROFUNDA: Grupo de músculos transverso espinais Músculo semiespinais Músculo multífidos Músculo rotadores Grupo de músculos segmentares Músculo interespinais Músculo intertransversários Músculo levantadores das costelas* Músculos próprios do dorso Intrínsecos DO DORSO Músculos próprios do dorso Intrínsecos DO DORSO Músculos próprios do dorso Intrínsecos DO DORSO Músculo interespinais Músculo intertransversários M. levantadores das costelas Músculos próprios do dorso Intrínsecos DO DORSO Trígonos Correlação Clínica: Paciente do sexo masculino, branco, 36 anos, operário industrial, procedente de Santo André-SP, procurou o serviço queixando-se de um "caroço" nas costas com mais de 10 anos de evolução. A lesão era assintomática, e seu tamanho estava aumentando progressivamente desde o aparecimento. Negava história de trauma local. Ao exame, observou-se na região dorsal inferior direita um tumor de configuração ovóide, 10cm x 8cm, pouco móvel e de consistência firme e elástica . Não se mostrava redutível e, à manobra de valsalva, aparentava aumentar discretamente sua consistência. O paciente foi submetido a estudo ultra-sonográfico com a hipótese de lipoma. O exame mostrou uma protusão da parede fibromuscular dorsal tendo tecido adiposo como conteúdo. Estabelecido o diagnóstico de hérnia dorsal de Petit, o paciente foi encaminhado ao serviço de cirurgia geral. Qual trígono lombar se relaciona ao caso clínico? Quais os limites deste trígono? Qual a estrutura óssea de referência? Paciente de 58 anos, com relato de tumefação importante em região lombar à direita associado a dor de forte intensidade em caráter de aperto e com piora progressiva há um ano. Refere várias visitas prévias ao serviço de urgência recebendo tratamento para cólica nefrética, sem melhora do quadro. Após avaliação mediante TC de abdome foi identificado defeito póstero-lateral na parede abdominal em flanco direito, ao nível de estruturas ósseas que fazem parte do esqueleto axial, caracterizando a hérnia de Grynfelt, tendo sido proposta hernioplastia eletiva. A paciente foi posicionada em decúbito lateral esquerdo e executada incisão lombocostal, na topografia do abaulamento, de aproximadamente 20cm, abrangendo segmento elíptico da pele, cujo excesso foi ressecado. Correlação Clínica: Qual trígono lombar se relaciona ao caso clínico? Quais os limites deste trígono? Qual a estrutura óssea de referência? Trígonos Trígono lombar inferior (Petit) Limites: – lateral : borda medial do músculo oblíquo externo – inferior: borda superior da crista ilíaca – medial: borda lateral inferior do músculo grande dorsal – Assoalho: Aponeurose do m. transverso do abdome – Cranial: costela XII – Lateral: músculo oblíquo interno do abdome – Medial: músculos intrínsecos do dorso – Assoalho: aponeurose de origem do músculo transverso do abdome – Teto:músculo serrátil posterior inferior, músculo latíssimo do dorso Trígono lombar superior (Grynfelt) Essa imagem se refere a qual trígono lombar? Qual a estrutura óssea de referência? Trígono lombar inferior (Hérnia de Petit) ? Borda superior da crista ilíaca ? Essa imagem se refere a qual trígono lombar? Qual a estrutura óssea de referência? Trígono lombar superior (Hérnia de Grynfelt) 12º arco costal Trígono Suboccipital