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1 Patologias que afetam as glândulas endócrinas em si, causando diversas patologias secundárias dependendo da ação hormonal suprimida ou exacerbada. Estrutura e função: As glândulas endócrinas liberam suas secreções (hormônios) diretamente nos vasos sanguíneos; assim, ao contrário das glândulas exócrinas, elas não possuem um sistema de ductos. Os hormônios liberados na circulação sanguínea se ligam a receptores específicos nas células-alvo em locais distantes. Hormônios esteroides são lipossolúveis e podem cruzar a membrana plasmática de uma célula para ativar receptores intracelulares (p. ex. fatores de transcrição que se ligam ao DNA nuclear), enquanto hormônios polipeptídicos ou catecolaminas sinalizam por meio de receptores na superfície celular, como o receptor de tirosina quinase (RTKs). Vias de Sinalização Endócrinas e de Outras Células. Na sinalização endócrina, os hormônios são liberados na circulação sanguínea e se ligam a receptores em células-alvo distantes para exercer seu efeito. Na sinalização intrácrina, moléculas de sinalização internalizadas ou autogeradas que permanecem dentro da célula (p. ex. hormônios esteroides ou angiotensina II) atuam pela ligação a receptores nucleares da mesma célula. Na sinalização autócrina, moléculas secretadas atuam nos mesmos tipos celulares que os sintetizam. Na sinalização parácrina, as moléculas secretadas atuam nas células vizinhas. As principais glândulas endócrinas, como a glândula pituitária, glândula tireoide e glândulas adrenais, são compostas de células de diversas origens, mas funcionam como órgãos endócrinos dedicados. O tecido endócrino também pode existir como células endócrinas individuais ou agregadas dentro de outro órgão que possui outras funções, incluindo funções não endócrinas. Por exemplo, as ilhotas pancreáticas são coleções discretas de células endócrinas que formam somente uma pequena porção do pâncreas. Além disso, vários órgãos e tecidos que geralmente não são incluídos no sistema endócrino, como os pulmões, fígado, pele e trato gastrointestinal, contêm células endócrinas dispersas. Outras células que podem não ser consideradas endócrinas em primeira instância, como os adipócitos, além de suas funções principais, sintetizam e secretam substâncias químicas na circulação sanguínea com um efeito hormonal em células e tecidos distantes. Como as células endócrinas necessitam estar próximas à vasculatura, o tecido endócrino, com exceção dos folículos tireoideanos, é geralmente arranjado em cordões ou conjuntos de células em estroma fibroso escasso, que é bem vascularizado por sinusoides ou capilares. Ultraestruturalmente, as células endócrinas que sintetizam hormônios polipeptídeos ou catecolaminas possuem um proeminente retículo endoplasmático rugoso (RER), um aparelho de Golgi bem-desenvolvido e grânulos secretórios citoplasmáticos. 2 As glândulas endócrinas estão sujeitas a todas as formas de lesão e respondem por degeneração ou morte celular, inflamação, distúrbios vasculares ou distúrbios de crescimento. Elas são particularmente predispostas à atrofia ou proliferação (hiperplasia ou neoplasia). Estes distúrbios de crescimento são frequentemente a base para a disfunção endócrina. A hipofunção de uma glândula endócrina se refere à produção insuficiente ou liberação de seu(s) hormônio(s). A hipofunção primária é o resultado de um defeito bioquímico na síntese hormonal ou resultado da incapacidade de desenvolvimento ou destruição das células secretórias. A hipofunção é considerada secundária se a causa ocorrer fora da glândula hipofuncional; por exemplo, se a glândula pituitária falhar em liberar hormônio adrenocorticotrófico suficiente, a hipofunção adrenocortical resultante é secundária. A hiperfunção implica em produção hormonal excessiva, e é considerada primária se as células da glândula endócrina autonomicamente produzem e secretam hormônio em excesso. Isso resulta usualmente de neoplasias funcionais — ou seja, neoplasias compostas de células que continuam a produzir seus produtos hormonais. A hiperfunção é considerada secundária se a produção hormonal excessiva ocorre em resposta a um sinal (p. ex. um dos hormônios pituitários tróficos) de fora da glândula hiperfuncional. A disfunção endócrina também pode resultar de incapacidade das células-alvo em responder a hormônios, seja por receptores defeituosos ou pela adenilciclase (sistema mensageiro secundário); doença sistêmica ou distúrbios metabólicos; ou administração de hormônios exógenos. • Hiperatividade endócrina secundária a doenças em outros órgãos • Disfunção endócrina devido à resposta na célula-alvo. Mecanismos patogênicos: Hipofunção primária: ocorre por destruição/ inexistência das células secretoras, na própria glândula (primária), de forma imunomediada, por hipoplasia ou defeitos bioquímicos na síntese dos hormônios. Hipofunção secundária: por destruição/ lesão/ ineficiência da glândula que secreta os hormônios trópicos, hipófise. Esse caso é mais severo, visto que, a ação de várias glândulas acaba comprometida levando ao acometimento de diversos órgãos. Hiperfunção primária: causadas por neoplasia produtoras nas próprias glândulas causando aumento da produção hormonal. Hiperfunção secundária: neoplasia em glândula que secreta hormônio trópico, hipófise, causando superprodução dos hormônios produzidos por ela. Glândula Pituitária (Hipófise): A glândula pituitária (adeno-hipófise [glândula pituitária anterior] e neuro-hipófise [glândula pituitária posterior]) está situada ventral ao hipotálamo e logo caudal ao quiasma óptico. HIPOFUNÇÃO HIPERFUNÇÃO PRIMÁRIA SECUNDÁRIA 3 Esquema do eixo regulador hipotálamo-hipofisário para a neuro-hipófise (glândula pituitária posterior). B, Hormônios sintetizados nos núcleos supraóptico e paraventricular do hipotálamo (1)são transportados por axônios até a neuro-hipófise para armazenamento e liberação no sangue (2). C, Esquema do eixo regulatório hipotalâmico-pituitário para adeno-hipófise (glândula pituitária anterior). Hormônios liberadores ou fatores inibitórios sintetizados no hipotálamo (3) são transportados por via hematógena até a pars distalis adeno-hipofisária, onde regulam a síntese e secreção de hormônios tróficos na vasculatura portal hipofisária. Adeno-hipófise (Glândula Pituitária Anterior): A adeno-hipófise tem origem no tecido epitelial. Ela secreta hormônios a partir da influência da liberação e secreção de hormônios que passam pelo hipotálamo no sistema porta. Em resposta aos fatores que chegam do hipotálamo, ela secreta seus próprios hormônios, que são proteínas, glicoproteínas ou polipeptídeos. Eixo Hipotalâmico-Pituitário-Glândula-alvo. Hormônios liberadores (ou fatores inibitórios) produzidos no hipotálamo atuam sobre a adeno- hipófise (glândula pituitária anterior) para estimular (ou inibir) a liberação de hormônios tróficos. Os hormônios tróficos atuam em glândulas endócrinas específicas, estimulando-as, por sua vez, a produzir hormônios que exercem suas ações finais em tecidos cascata abaixo e também fornecem feedback negativo à adeno-hipófise e hipotálamo. Neuro-hipófise: A neuro-hipófise tem origem de um prolongamento do hipotálamo, sendo constituída por tecido nervoso. Ela é assim chamada por ser uma extensão do encéfalo. Sua função é armazenar e secreta dois neuro-hormônios. https://www.todamateria.com.br/encefalo/ 4 Cisto e nanismo hipofisário: • Síndrome congênita por deficiência de GH • Predisposição racial • Cisto na hipófise (cisto na bolsa de Rathke) • Deficiência de outros hormônios como TSH, FSH e LH Sinais clínicos: • Normalidade ao nascimento e crescimento interrompido após o terceiro mês do nascimento; • Retenção da lanugem; • Alopecia bilateral simétrica no tronco; • Pele; • Dermatosessecundárias. Machos: • Criptorquidia unilateral ou bilateral • Atrofia Fêmeas: • Estro persistente • Baixos níveis de progesterona • Anestro Obs: sempre observar o pelo! - Cistos do ducto craniofaríngeo são ocasionalmente encontrados próximos à pars tuberalis e pars distalis dos cães. Neoplasias da Adenohipófise: • Adenomas Funcionais • Adenomas secretor de ACTH Aplasia adeno-hipofisária: - Aplasia adeno-hipofisária e prolongamento gestacional. • Rara • Adeno-hipófise pode ser aplásica, hipoplásica e ectópica • Causas tóxicas, genéticas e infecciosas. 5 Aplasia – causas principais: • Veratrum californicum • Síndromes genéticas • Alterações hormonais • Infecções virais Adenoma de pars distalis: • As alterações da glândula hipofisária são raras e geralmente são referentes a neoplasias da pars distalis, habitualmente adenomas. • A maioria dos tumores da hipófise não é funcional e normalmente são achados ne necropsia. • As grandes neoplasias comprimem ou destroem a pars distalis e o hipotálamo, resultando em uma síndrome de hipopituitarismo. • Neoformação benigna de tecido epitelial glandular • Geralmente em animais adultos e senis Adenoma de pars intermedia: Os adenomas pituitários equinos quase sempre se desenvolvem na pars intermedia. Além disso, a pars intermedia é o segundo local mais comum (após a pars distalis) para os adenomas pituitários caninos, mas é raro nas outras espécies domésticas. De maneira interessante, os adenomas de pars intermedia são praticamente inexistentes em seres humanos porque a pars intermedia involui após a vida fetal e é somente vestigial em adultos. Desordem neurohipofisária: Diabetes insipidus: desordem poliúrica primaria que leva à uma alteração no mecanismo de excreção e retenção de água, decorrente da incapacidade do hormônio antidiurético (ADH) de ser sintetizado e secretado ou pela falha na resposta renal à este hormônio. 6 Sinais clínicos: • Poliúria e polidipsia compensatória, tendo a densidade relativa da urina em torno de 1.001 à 1.006. • GRAVIDADE ACENTUADA: consumo de água e o volume urinário que é produzido são imensos • DEPRIVAÇÃO DE ÁGUA: a osmolaridade da urina mantém-se abaixo daquela do plasma de ambas as formas da doença, antagônico ao que é verificado em animais saudáveis. As lesões contraídas que resultam na falha da síntese ou na secreção de ADH são mais habituais, incluindo: - Tumores intracraniais: • Hipofisários primários, meningiomas, craniofaringiomas • Tumores metastáticos (que são muitas das vezes causas da doença) - Traumas graves: com aumento glial na neurohipófise e hemorragias. - Cistos parasitários, infecções e inflamações. Lesões vacuolares no trato hipotálamo-hipofisário, que foram consideradas como desmielinização. Porém, muitas vezes, as modificações relacionadas a essa forma da doença são desconhecidas. Tireóide: Hipertireoidismo: O hipertireoidismo é um problema na tireoide (glândula que regula a função de órgãos importantes como o coração, o cérebro, o fígado e os rins), que se caracteriza pela produção excessiva dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). 7 Eixo Hipotalâmico-Pituitário-Tireoide. O hormônio liberador de tireotropina (TRH), sintetizado e liberado a partir de neurônios hipotalâmicos, estimula os tireotrofos adeno- hipofisários a liberar hormônio tireoestimulante (TSH), o qual atua sobre as células foliculares tireoideanas para promover a síntese e secreção de triiodotironina (T3) e tiroxina (T4) na circulação. Estes hormônios tireoideanos possuem um efeito positivo (setas verdes) sobre o desenvolvimento, crescimento e metabolismo nos órgãos e tecidos em todo o corpo. Hormônios tireoideanos exercem feedback negativo (setas vermelhas) sobre a glândula pituitária anterior e hipotálamo para regular a própria produção. Síntese Hormonal nos Folículos Tireoideanos. O iodeto sanguíneo adentra a célula folicular (1) através do simporte Na+/I- (membrana plasmática basolateral) e é transportado em direção ao coloide luminal (lado direito do desenho) pela pendrina (membrana plasmática apical). A tireoglobulina (TG) é sintetizada a partir da tirosina e de outros aminoácidos no retículo endoplasmático rugoso (rER), sofre glicosilação e é empacotada em vesículas no aparelho de Golgi (2), e secretada no coloide (3). No coloide, o iodeto (4) é oxidado em iodo (5), o qual então se liga aos resíduos tirosil da TG (6). Os resíduos tirosil iodados são conjugados (7) para formar as cadeias laterais de T4 e T3. O coloide que contém a TG iodada conjugada é reabsorvido para a célula folicular por endocitose (8). As gotículas intracelulares de coloide se fundem com os lisossomos, onde T4 e T3 são enzimaticamente clivados da tireoglobulina (9) e então liberados na circulação (10). Hipertireoidismo em gatos: Uma condição na qual a glândula da tireoide é hiperativa e produz excesso de hormônios tireoidianos- T3 e T4. Sinais clínicos: • Aumento da taxa metabólica • Aumento no tamanho da glândula da tireoide • Emagrecimento • Hipertermia • Vômito • Poliúria e polidpsia • Hiperatividade • Dispneia (ICC) - Maior parte dos casos ocorre bilateralmente – lobos ficam simetricamente aumentados. - Outros ocorrem unilateralmente e levam a atrofia e perda de função do bolo não afetado. - Hiperplasia funcional adenomatosa da tireoide 8 Hiperplasia de célula folicular. Hipotireoidismo: O hipotireoidismo é um problema na tireoide (glândula que regula a função de órgãos importantes como o coração, o cérebro, o fígado e os rins), que se caracteriza pela queda na produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). → TRH normal, TSH normal , T3 e T4 baixos – hipotireoidismo primário → TRH normal, TSH baixo , T3 e T4 baixos – hipotireoidismo secundário → TRH baixo, TSH baixo , T3 e T4 baixos – hipotireoidismo terciário Bócio (hiperplasia de células foliculres): déficit de iodo na alimentação. É um tipo de hipotireoidismo e pode ser hiperplásico – aumento das células foliculares. • Aumento da glândula tireoide • Dificuldade de deglutição • Tendência à obesidade, mesmo com apetite normal ou diminuído • Fraqueza e cansaço constantes associados à sonolência excessiva • Bradicardia e bradipneia • Tendência à constipação intestinal • Lentidão na atividade física e mental • Problemas reprodutivos e infertilidade • Perda de pelo, enfraquecimento de cascos, pele seca e áspera Adenoma de célula C (calcitonina): célula folicular, concentração sérica de cálcio diminui. Paratireóide: Hiperparatireoidismo: paratireóide: O hiperparatiroidismo é uma condição frequente na qual uma ou mais glândulas paratiroideias se tornam hiperativas e secretam a hormona paratiroideia em excesso, com aumento da produção de paratormona e levando a sintomas decorrentes do excesso de cálcio no sangue (hipercalcemia), na urina (hipercalciúria), remoção do cálcio dos ossos (osteopénia e osteoporose) e cálculos renais. - Excesso de produção do paratormônio 9 Resposta das Células C Tireoideanas e Células Principais Paratireoideanas à Hipercalcemia e Hipocalcemia. Em resposta à hipocalcemia, as células C se tornam quiescentes e acumulam grânulos secretórios, enquanto as células principais são quase que todas degranuladas, mas possuem retículo endoplasmático rugoso e aparelho de Golgi hipertrofiados para síntese e empacotamento do hormônio da paratireoide. O oposto ocorre em resposta à hipercalcemia — ou seja, as células C degranulam e sofrem hipertrofia, e as células principais retornam ao estágio quiescente. Interação do Hormônio da Paratireoide (PTH), Calcitonina (CT) e 1,25-Diidroxicolecalciferol (1,25- [OH]2 VD3) na Regulação Hormonal do Cálcio e Fósforo nos Fluidos Extracelulares(FEC). Desordem da adrenal: Córtex adrenal: O córtex adrenal é dividido em zonas: glomerulosa, fasciculada e reticulada. A zona glomerulosa é a camada mais externa, na qual as células arranjadas em formações arqueadas produzem mineralocorticoides, principalmente aldosterona. A aldosterona controla a pressão sanguínea e o volume de líquido extracelular atuando nos túbulos distais e ductos coletores do rim, para promover retenção de sódio e excreção de potássio. A zona glomerulosa possui resposta mínima ao ACTH (ao contrário das camadas mais internas do córtex adrenal) e é regulada principalmente pelo sistema renina- angiotensina-aldosterona com feedback pela concentração de K+ no plasma. A renina, secretada pelas células justaglomerulares do rim em resposta à diminuição da pressão sanguínea (e outros fatores), converte angiotensinogênio em angiotensina, a qual, por sua vez, é convertida no pulmão em angiotensina II pela enzima conversora de angiotensina (ECA). A angiotensina II eleva a pressão sanguínea pela contração da musculatura lisa vascular; também atua na zona glomerular para estimular a síntese e liberação de aldosterona. A zona fasciculada é a camada maior e do meio do córtex. Suas células produzem cortisol e outros glicocorticoides; desta forma, respondem à estimulação por ACTH liberado na circulação sistêmica pela adeno-hipófise (glândula pituitária anterior). Os glicocorticoides possuem diversas ações sobre vários órgãos e tecidos em todo o organismo, mas, de forma geral, tendem a aumentar a produção de glicose, diminuir a lipogênese, suprimir 10 a resposta imune, além de inibir a inflamação e seu reparo por fibroplasia. As células da camada adrenocortical interna, a zona reticular, produzem hormônios sexuais (andrógenos e estrógenos), especialmente em animais castrados, e concentrações menores de hormônios glicocorticoides. Regulação da Função Adrenocortical. A, A síntese de mineralocorticoides na zona glomerular (coloração por HE) é regulada através do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Uma diminuição na perfusão renal (1) ativa o complexo justaglomerular (2). As células da mácula densa sinalizam que as células justaglomerulares (3) devem liberar renina (4) na vasculatura sistêmica. A renina converte o angiotensinogênio em angiotensina I (5), a qual é convertida em angiotensina II pela enzima conversora de angiotensina (6). A angiotensina II causa vasoconstrição (7) e estimula a síntese de aldosterona pelas células adrenocorticais da zona glomerulosa (8). A aldosterona atua nos túbulos distais e ductos coletores (9) para manter o volume do fluido extracelular (FEC), promovendo excreção de K+ e reabsorção de Na+. B, As três camadas do córtex adrenal, da externa para a interna, são a zona glomerulosa (ZG), zona fasciculada (ZF) e zona reticular (ZR). A síntese de glicocorticoides na ZF e ZR é regulada pelo eixo hipotalâmico-pituitário- adrenocortical. O hormônio liberador de corticotrofina (CRH) oriundo do hipotálamo promove síntese e liberação de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) a partir da glândula pituitária anterior. O ACTH atua sobre a ZF e ZR para aumentar a produção e secreção do cortisol e outros glicocorticoides. O aumento da concentração plasmática de cortisol fornece feedback negativo à adeno-hipófise e hipotálamo. A cápsula adrenal (C) está no topo; a medula adrenal está na parte inferior. Cortical produz mineralocorticoides (aldosterona) que tem função na excreção de potássio e reabsorção de sódio e glicocorticoides (cortisol) com ação anti- inflamatória, imunodepressora, hiperglicêmica, diminuição da necrose e fibrose (utilizado no pós cirúrgico para evitar aderências na cavidade abdominal). Medular produz catecolaminas, adrenalina e noradrenalina. Adrenalite: Pouco comum, pode ocorrer de forma secundária à septicemias sendo purulenta/supurativa, pode ser granulamentosa quando associada à histoplama capsulatum, coccidioides immitis, cryptococcus neoformans em cães e gatos, ou ser necrótica quando causada por toxoplasma gondii. Amiloidose: acúmulo de proteína amiloide no coração, nos rins, fígado ou outros órgãos. Amiloide é uma proteína anormal produzida na medula óssea e que pode ser depositada em qualquer tecido ou órgão. Hiperplasia nodular de adrenal: nódulos múltiplos e amarelados na cortical das adrenais, geralmente não produz sinais clínicos, benigno, pois não produz excesso de hormônios, são mais comuns em cães, gatos idosos e equinos. Adenoma de cortical: unilateral, geralmente único, amarelo ou avermelhado, principalmente em cães, 11 ruminantes e equinos idosos. Normalmente não produz hormônios, benigno e a adrenal contralateral geralmente não apresenta lesões ou disfunções. Carcinomas: menos frequentes que os adenomas. São malignos, mais agressivos com hemorragias no interior e sem delimitação de cápsula, podem ser uni ou bilaterais, podendo fazer invasão de cava caudal causando trombos, calcificação, ossificação, podem fazer secreção de cortisol produzindo Síndrome de Cushing, quando unilateral leva a atrofia da contralateral. Hipofunção Adrenocortical Secundária; Cérebro com Neoplasia e Glândulas Adrenais na Esquerda (Corte Longitudinal) e Direita (Corte Transversal), Cão. O neoplasma (N), concentrado ao redor do terceiro ventrículo, invadiu e destruiu a glândula pituitária, hipotálamo e a maioria do tálamo. A destruição da adeno-hipófise causou uma falta de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) e outros hormônios tróficos, resultando em atrofia adrenocortical bilateral (cabeças de seta), especialmente nas zonas fasciculada e reticular dependentes de ACTH, e (consequentemente) uma medula adrenal relativamente mais proeminente (M). Hiperfunção Adrenocortical Secundária (Hiperadrenocorticismo Hipófise-Dependente); Cérebro, Glândula Pituitária e Glândulas Adrenais, Cão. A, Adenoma (A) funcional corticotrófico (secretor de hormônio adrenocorticotrófico [ACTH]) na glândula pituitária causou hiperplasia adrenocortical difusa e bilateral (setas) levando à secreção excessiva de cortisol (hiperadrenocorticismo) pelas zonas fasciculada e reticular. B, Adeno-hipófise. O adenoma corticotrófico consiste de um tapete de células cromofóbicas monótonas com abundante citoplasma anfofílico pálido. Note a ausência de acidófilos. Coloração por HE. C, Córtex adrenal. Hiperplasia adrenocortical difusa. Células na zona fasciculada (zf) estão maiores com citoplasma abundante vacuolizado com lipídios. Zona glomerulosa (zg, topo) não está afetada. .Hiperadrenocorticismo: Pode ser por três causas, adenoma de hipófise, neoplasias de adrenal ou iatrogênica (administração de corticoide). Hiperadrenocorticismo Iatrogênico, Glândulas Adrenais Esquerda e Direita, Cão. Hiperadrenocorticismo, causado por administração em longo prazo de glicocorticosteroides exógenos, 12 resultou em atrofia trófica das zonas fasciculada e reticular dependentes de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) do córtex adrenal (C). Consequentemente, a medula adrenal (M) compreende uma proporção relativamente maior da área do corte transversal. Hiperplasia e Neoplasia Adeno-hipofisária, Glândula Pituitária. - Síndrome de Cushing, causado por altas concentrações plasmáticas de glicocorticoides e mineralocorticoides. - Raças mais acometidas como Poodle, Dachshund, além de Terrier, Pastor Alemão, Beagle, Labrador, Boxer e Boston. - Sem predisposição sexual, entretanto existem mais relatos em fêmeas. Sinais clínicos: • Alopecia simétrica não pruriginosa • Pelagem ressecada e facilmente epilável • Pele atrofiada e hipotônica • Hiperpigmentação • Distúrbios de ceratinização e Comedões • Infecções crônicas e recorrentes • Telangiectasia / Flebectasia • Equimose Calcinose cutânea Sinais Clínicos Sistêmicos: • Poliúria / Polidipsia • Polifagia • Atrofia muscular,claudicação • Hepatomegalia • Distensão abdominal • Obesidade • Sinais respiratórios • Sinais oftálmicos • Atrofia Testicular/ Anestro Hipoadrenocorticismo: síndrome de Addison - Raro em cães e gatos. - Perda da espessura da cortical, reduzida a 10% com perda da proporção cortical e medular. Pode ser imunomediada ou espontânea. Sinais clínicos: • Anorexia • Letargia • Perda de Peso • Vômito • Diarréia • Astenia • Desidratação • Bradicardia • Hipotermia 13 Laboratório clínico: • Hipercalemia • Hiponatremia • Relação Na:K • Hipocloremia • Azotemia ( TFG) • Hiperfosfatemia • Hipoglicemia • Hipercalcemia • Hipoalbuminemia Medula da adrenal: Feocromocitoma: neoplasia de medular adrenal, com produção de adrenalina e noradrenalina deixando os animais agitados, agressivos, com taquicardia causando hipertrofia cardíaca, pode fazer invasão da cava caudal assim como os carcinomas de cortical adrenal. Principais neoplasias do sistema endócrino: Alterações do pâncreas endócrino: Parte endócrina que produz insulina e glucagon. Diabetes mellitus: Podem ser primárias, do próprio pâncreas, ou secundárias, decorrente de pancreatite com destruição das ilhotas pancreáticas, ou feocromocitoma, doença de Cushing ou uso de esteroides. Podem ser: Tipo I: AUTOIMUNE causando destruição das células beta com queda, ou mesmo, não produção de insulina. É INSULINODEPENDENTE. + Cães. Tipo II: NÃO INSULINODEPENDENTE por resistência celular à insulina. + Gatos Os níveis elevados de glicose no sangue causam distúrbios como menor resistência a infecções fúngicas e bacterianas, devido a baixa disponibilidade de glicose para as células, uma vez que sem insulina ela não é utilizável pelas células que tem menos energia, diminuindo a eficiência das células de defesa, seus fatores de adesão e a quimiotaxia, é comum doenças como cistite enfisematosa por bactérias como Proteus sp., Aerobacter aerogenes, E. coli, CATARATA devido ao excesso de glicose no cristalino, microangiopatia com menor sensibilidade e gangrena de extremidades e inclusive nos olhos, hematomegalia por lipidose devido a sobrecarga causada pela variação dos níveis de glicose. → Hipofunção → Defeito genético na função das células beta → Defeitos genéticos no processamento ou ação da insulina → Lesão pancreática (incluindo pâncreas exócrino) • Pancreatite crônica, cálculos e neoplasias 14 Sinais clínicos: • Polidipsia, poliúria, polifagia e perda de peso • Glicosúria, diurese osmótica, desidratação • Cetoacidose – (gordura, pH) • Catarata, retinopatia diabética. → Fígado difusamente aumentado de volume, gorduroso e friável → Icterícia em lipidose hepática felina → Pâncreas com fibrose pósnecrótica ou pancreatite. → Cistite enfisematosa Neoplasias: • Células α (Secretoras de Glucagon) • Células (Secretoras de Insulina) • Células δ (Secretoras de Somatostatina) • Células F (ou P) (Secretoras do Polipeptídeo Pancreático)
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