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Aula 03 - Competência Tributária e Impostos da União

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DIREITO TRIBUTÁRIO
Aula 03 – Competência Tributária e Legislação Tributária (22 min)
	Competência para legislar sobre DT
	Poder constitucionalmente atribuído para editar leis que versem sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. Compete à União editar normas gerais (CTN) de observância obrigatória para os entes tributantes, restando aos Estados/DF a competência suplementar.
Obs: Se a União não editar as normas gerais, os Estados/DF exercerão a competência legislativa plena para atender as suas peculiaridades. No entanto, se a União vier a editar a lei de normas gerais, todas as normas estaduais estarão suspensas no que forem contrárias à lei federal.
Obs: Ao município cabe apenas suplementar a legislação federal e a estadual no que couber.
	Competência Tributária
	Poder constitucionalmente atribuído de editar leis que instituam tributos. Ex: União instituiu, por meio de lei, o IR, ITR, PIS COFINS, entre outros tributos.
Obs: O CTN foi editado como LO, tendo sido recepcionado com status de LC pela CF/88, só podendo ser alteradas por LC.
	Importância da LC em matéria tributária
	- Regulação das Limitações Constitucionais ao poder de tributar
- Dispor sobre conflitos de competência em matéria tributária entre os entes
- Normas gerais sobre DT:
a) Definição de tributos e suas espécies. Dos impostos previstos na CF (FG, BC e Contribuintes)
b) Obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
c) Adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas;
d) definição de tratamento diferenciado a ME/EPP, inclusive regimes especiais.
Obs: Instituir regime único de arrecadação dos impostos dos entes (Simples)
- Excepcionalmente: Instituir EC, Contribuições Sociais (residuais), Novos Impostos (residual), IGF (CEGI)
- Estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo.
1) Competência tributária
	Indelegável
	A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma PJ de direito público a outra.
A capacidade ativa decorre da competência tributária, mas possui natureza administrativa (arrecadar ou fiscalizar tributos), ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária. Em sentido amplo, a competência seria a soma de 04 atribuições, quais sejam: instituir, arrecadar, fiscalizar e executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas relativas ao tributo. 
A Indelegabilidade seria referente apenas à primeira atribuição, a de instituir o tributo; as demais funções (arrecadar, fiscalizar e executar) seriam delegáveis. Logo, a competência tributária (política) é indelegável, seja expressa ou tacitamente; já a capacidade ativa (arrecadação, fiscalização e execução) é delegável de uma PJ de direito público a outra.
	Imprescritível
	A competência tributária pode ser exercida a qualquer tempo pelo ente que a detém. Seu não-exercício ñ a outorga a PJ diversa.
	Inalterável
	Os entes não podem alterar sua competência, aumentando-a ou diminuindo-a por meio da criação de novos tributos.
	Irrenunciável
	O ente federado não pode renunciar algo que foi previsto na CF.
	Facultativa
	O exercício do poder atribuído é uma faculdade, não uma imposição constitucional.
Obs: A LC 101 (LRF) dispõe que constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação. A Lei ainda proibiu a realização de transferências voluntárias para os entes federados que deixem de instituir os impostos de sua competência. Trata-se de uma verdadeira sanção institucional, que parece caminhar em sentido contrário à lição de que o exercício da competência tributária é facultativo. A lógica é que se um ente possui competência para criar um imposto e não o faz, presume-se que não precisa da respectiva receita. Se, posteriormente, procura os entes maiores em busca de repasse de recursos, a negativa é razoável.
Obs: Em provas que não se referirem direta ou indiretamente à regra da LRF, deve-se entender que a facultatividade do exercício é uma das características da competência tributária.
	Regras sobre a Capacidade Ativa
	- A delegação da capacidade tributária ativa compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à PJ de direito público que a conferir. Por exemplo, no âmbito do Direito Processual Civil, as UEDFM possuem o dobro do prazo para recorrer das decisões judiciais. Essas prerrogativas são, também, repassadas à PJ responsável pela cobrança dos tributos.
- A capacidade ativa pode ser revogada a qualquer tempo por ato unilateral do ente tributante.
- Não se confunde com capacidade ativa o cometimento a PJ de direito privado o encargo ou função de arrecadar tributos (mero recebimento do valor e o seu posterior repasse ao ente instituído). A capacidade tributária ativa inclui o poder de fiscalização do cumprimento das obrigações tributárias e cobrança dos tributos devidos.
Obs: Se lei que instituiu o tributo nomeia outra PJ de direito público para ser sujeito ativo (capaz de cobrar os tributos) e destina-lhe os recursos arrecadados, estamos diante do fenômeno da parafiscalidade.
Repartição da competência tributária
Competência Privativa
	ORDINÁRIA
	EXTRAORDINÁRIA
	RESIDUAL***
	- IPTU, ITBI, ISS
- COSIP
	- ITCMD, ICMS, IPVA
	- II, IE, IR, IPI, ITR, IOF, IGF
- EC
- CE*
	- Impostos extraordinários (IEG) na iminência ou no caso de guerra externa (compreendidos ou não em sua competência tributária)
Exceção ao Bis in Idem e Bitributação
	- Novos Impostos
Requisitos:
- LC;
- Novos FG e BC**
- Não cumulatividade
- 20% aos Estados/DF
	Municipais (DF)
	Estaduais (DF)
	União
*Obs: Ressalvada a competência dos EDFM para instituir cobrança de contribuição previdenciária dos seus servidores (privativa em cada esfera)
**Obs: FG e BC distintos dentro da mesma espécie de tributos.
*STF: Essa previsão destina-se ao legislador ordinário e não ao constituinte derivado. Logo, EC pode instituir novo tributo sem observar tais requisitos.
Competência Comum
	Taxa
	Devida ao ente que prestar o serviço público específico e divisível ou exercer o poder de polícia
	Contribuição de Melhoria
	Devida ao responsável pela realização de obra pública da qual decorra valorização de imóvel pertencente a particular.
Obs: A competência residual para criar taxas e CM é dos Estados/DF (não-pacífico na Doutrina)
Competência Cumulativa
	Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao DF cabem os impostos municipais.
Obs: Embora mencione “impostos” tal disposição diz respeito aos demais tributos.
Obs: O exercício de competência cumulativa não pode ser considerado inteiramente livre, pois, além da sujeição aos limites constitucionalmente estabelecidos, os entes menores ainda devem observância às normas gerais editadas pela União, na via da LC. 
	A limitação existe na instituição de qualquer espécie tributária, mas quando se trata da instituição de impostos, as restrições são ainda mais acentuadas, pois é a norma geral federal que estabelece os FG, BC, e contribuintes, de forma que a liberdade legislativa conferida aos entes só é ampla no que concerne à estipulação das alíquotas, ainda assim devendo fazê-lo de maneira a não agredir o princípio constitucional da vedação ao confisco.
Bitributação e bis in idem
Casos em que a mesma situação é definida na lei como FG de mais de uma incidência tributária.
	
	Bis in idem (bitributação econômica)
	Bitributação (bitributação jurídica)
	Conceito
	Mesmo ente institui mais de 01 tributo sobre o mesmo FG.
	Entes distintos instituem tributos sobre o mesmo FG.
	Possibilidadede ocorrência
	Não há proibição genérica na CF, mas é vedado instituir tributos com mesmo FG ou BC na mesma espécie tributária.
	Regra: Proibido*
	Exemplos
	- PIS e COFINS;
- II e IPI-importação
	Exceções: - IEG e
- Bitributação internacional
*Obs: Ex: Discussões referentes à localização de determinado imóvel na área urbana ou rural do Município (IPTU ou ITR) ou acerca do tributo a ser cobrado na comercialização de softwares (ICMS ou ISS). Nos casos citados, o conflito é sempre aparente e a bitributação sempre ilegítima, uma vez que somente um ente é competente para a cobrança do tributo.
	STF: O uso compartilhado de BC própria de imposto pelas contribuições não se revelaria bitributação.
Obs: Somente podem ser qualificados como bitributação ou bis in idem em sentido jurídico os casos em que o 2º tributo incidente sobre determinada riqueza é da mesma espécie do 1º. 
	Situações em que a bitributação é legítima
	1) Possibilidade da União instituir, na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária. A União poderia tanto instituir um novo IR (bis in idem) quanto um novo ICMS (bitributação).
	2) Casos envolvendo Estados-nações diversos, principalmente no que concerne à dupla tributação internacional de renda. Ex: Quando um residente no Brasil recebe rendimentos de trabalho realizado no Uruguai, os dois Estados podem cobrar imposto sobre a renda, sendo a bitributação legítima. A única maneira de evitar a dupla incidência é a celebração de tratado internacional (comum, pois evita desestímulo aos investimentos)
	Conhecimentos Básicos para o Estudo dos Impostos
	Quando uma lei institui um tributo, prevê-se na norma um fato (hipótese de incidência) que, ocorrido (FG), faz surgir o vínculo entre o contribuinte e o fisco (obrigação tributária).
Contudo, embora exista uma obrigação do contribuinte para com o Fisco, ela ainda não pode ser exigida, pois é imprescindível que haja um procedimento oficial para definir, grosso modo, o valor exato a ser pago e por quem deverá ser pago. Esse procedimento é denominado lançamento (privativo da autoridade fiscal). É com o lançamento que se constitui o crédito tributário, em favor do fisco.
	Tipos de Lançamento
	Ofício
	Realizado unicamente pela autoridade fiscal.
	Declaração
	O contribuinte fica obrigado a prestar declarações que subsidiem a autoridade administrativa.
	Homologação
	O contribuinte realiza quase todas as atividades, inclusive realizando o pagamento antecipado, cabendo à autoridade a posterior conferência, realizando a homologação.
2. IMPOSTOS DA UNIÃO
A União possui competência ordinária para instituir os 07 impostos previstos no art. 153 da CF: II, IE, IR, IPI, IOF, ITR e IGF. A União somente não exerceu a relativa ao imposto sobre grandes fortunas. Além das competências ordinárias, a União possui as competências residual e extraordinária.
2.1. Imposto sobre a Importação – II
	Imposto sobre importação – II
	Função predominante
	Extrafiscal (instrumento regulador do comércio exterior)
	Legalidade
	Exceção: alteração da % pelo Executivo (Decreto ou Portaria do Ministro da Fazenda)
	Anterioridade
	Não
	Noventena
	Não
	Fato gerador
	A entrada de produtos estrangeiros no território nacional (Data do registro da Declaração de Importação de mercadoria submetida a despacho para consumo – Elemento temporal da Hipótese de Incidência)
	Base de cálculo
	I – Alíquota específica: Unidade de medida adotada pela lei tributária. Ex: Reais por m²;
II – Alíquota ad valorem: Preço normal (valor aduaneiro ou valor real) que o produto, ou similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no lugar de entrada do produto no País;
III – Apreendido ou abandonado e levado a leilão: Preço da arrematação*.
	Contribuintes
	I – Importador;
II – Destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente; e
III – Adquirente de mercadoria entrepostada.
	Lançamento
	Por homologação (pode ser lançado de ofício, a critério da autoridade fiscal)
	Cumulação de impostos
	Na importação podem incidir 03 impostos: II, IPI e ICMS
*Obs: Na prática, não incide II sobre leilão.
Obs: As alíquotas do II estão fixadas na Tarifa Externa Comum (TEC), tabela que contém os códigos dos produtos e suas alíquotas.
STF: A competência para alteração das alíquotas do II e IE, não são privativas do PR, podendo ser outorgadas à CAMEX.
2.2. Imposto de Exportação – IE
	Imposto sobre Exportação – IE
	Função predominante
	Extrafiscal (instrumento regulador do comércio exterior)
	Legalidade
	Exceção: Alteração da % pelo Executivo (Decreto ou Portaria do Ministro da Fazenda)
	Anterioridade
	Não
	Noventena
	Não
	Fato gerador
	A saída de produtos nacionais ou nacionalizados do território nacional (Data do registro da exportação no Sistema Integrado de Comércio Exterior – SISCOMEX)
	Base de cálculo
	I – Alíquota específica: Unidade de medida adotada pela lei tributária;
II – Alíquota ad valorem: Preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência.
	Contribuintes
	Qualquer pessoa que promova a saída de mercadoria do território aduaneiro.
	Lançamento
	Por homologação (pode ser lançado de ofício, a critério da autoridade fiscal)
	Cumulação de impostos
	Não incide IPI nem ICMS.
Obs: O cálculo do imposto é feito com base na alíquota vigente na data do registro da exportação no SISCOMEX, independentemente da efetiva saída das mercadorias do território nacional. (O Registro de Exportação (RE) foi substituído pela Declaração Única de Exportação (DU-E))
2.3. Imposto de Renda – IR
	Imposto de Renda – IR
	Função predominante
	Fiscal
	Legalidade
	Sim
	Anterioridade
	Sim
	Noventena
	Não
	Fato gerador
	Aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica (direito):
I – de renda (produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos);
II – de proventos de qualquer natureza (acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior).
	Base de cálculo
	Montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis.
	Contribuintes
	Titular da disponibilidade, sem prejuízo de a lei atribuir essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis.
Obs: A lei pode responsabilizar a fonte pagadora pela retenção e recolhimento do IR devido pelo contribuinte.
	Lançamento
	Por homologação
Obs: O IR deve obedecer aos critérios da generalidade (todas as pessoas), da universalidade (todos os rendimentos e proventos) e da progressividade, na forma da lei, em decorrência dos princípios da isonomia e da capacidade contributiva.
Obs: A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção.
Obs: Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do IR.
STF: Não há incidência de IR sobre valores percebidos a título de alimentos ou de pensão alimentícia, por estar ausente o acréscimo patrimonial.
STF: Verbas de natureza indenizatória, por servirem apenas para recompor o patrimônio jurídico dos beneficiários, não estão sujeitas ao IR.
	Lucro real
	Lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas por Decreto. O contribuinte efetivamente calcula seu lucro, abatendo do faturamento as despesas legalmente autorizadas.
	Lucro presumido
	O sujeito passivo aplica um % legal sobre o valor de sua receita bruta, obtendo como resultado um montante que se presume ser seu lucro. (Opção possível para alguns contribuintes),
	Lucro arbitrado
	Aplica-se quando não é possível o cálculo preciso do lucro real e o contribuinte não cumpre os requisitos para a tributação com base no lucro presumido.
Obs: É possível o arbitramento por iniciativado contribuinte, desde que conhecida a receita bruta e caracterizada uma das hipóteses de arbitramento.
2.4. Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI
	Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI
	Função predominante
	Extrafiscal (divergência)
	Legalidade
	Exceção: alteração da % pelo Executivo (Decreto)
	Anterioridade
	Não
	Noventena
	Sim
	Fato gerador
	I – Desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira;
II – Saída dos estabelecimentos;
III – Arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão.
	Base de cálculo
	I – Procedente do exterior: Preço normal (Valor aduaneiro – Valor real) que o mesmo, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País, acrescido do montante:
a) do II;
b) das taxas exigidas para entrada do produto no País;
c) dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis;
II – Saída de mercadoria do estabelecimento de importador, industrial, comerciante ou arrematante:
a) o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria;
b) na falta do valor da operação, o preço corrente da mercadoria, ou sua similar, no mercado atacadista da praça do remetente;
III – Produto apreendido ou abandonado e levado a leilão: Preço da arrematação.
	Contribuintes
	I – Importador ou quem a lei a ele se equiparar;
II – Industrial ou quem a lei a ele se equiparar;
III – Comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça ao Industrial.
IV – Arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.
	Lançamento
	Por homologação
	Cumulação de impostos
	Não incide nos produtos destinados ao exterior, mas pode ser cobrado em conjunto com o ICMS e com o II.
	Observação:
	Seletividade (essencialidade) e não cumulatividade (ambas de observância obrigatória)
	Imunidades
	- Destinados ao exterior;
- Os livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão;
- O ouro-AFIC;
- Energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais no País.
	Obs:
	O IPI terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte, na forma da lei.
	Entradas desoneradas com saídas oneradas.
	STF: Inexiste direito a crédito presumido de IPI relativamente à entrada de insumos isentos, sujeitos à alíquota zero ou não tributáveis, o que não contraria o princípio da não cumulatividade.
	Entradas oneradas com saídas desoneradas.
	STF: Mesma solução do ICMS. Deve-se cancelar o crédito relativo às operações anteriores.
Obs: Tanto para o IPI quanto para o ICMS, vale a tese da dupla incidência (ou dupla oneração). O direito a crédito decorrente da não cumulatividade destes tributos somente decorre diretamente da CF quando houver entrada onerada e saída onerada. Se a entrada é desonerada, não há direito a crédito; se a saída é desonerada, devem ser cancelados (estornados) os créditos relativos às operações ou prestações anteriores, SDLC.
STF: A aquisição de bens integrantes do ativo permanente da empresa não gera direito a creditamento de IPI.
STF: É legítima a incidência do IPI na importação de veículo automotor por PF para uso próprio.
STF: É constitucional a incidência do IPI no desembaraço aduaneiro de bem industrializado (pelo importador) e na saída do estabelecimento importador para comercialização no mercado interno (pelo mesmo importador). (O importador será contribuinte do IPI por 2 vezes)
2.5. Imposto sobre Operações Financeiras – IOF
	Imposto sobre Operações Financeiras – IOF
	Função predominante
	Extrafiscal (funcionamento do mercado financeiro)
	Legalidade
	Exceção: alteração da % pelo Executivo (Decreto)
	Anterioridade
	Não
	Noventena
	Não
	Fato gerador
	I – Operações de crédito: Sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado;
II – Operações de câmbio: Sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este;
III – Operações de seguro: Sua efetivação pela emissão da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável;
IV – Operações relativas a títulos e valores mobiliários: Emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável.
	Base de cálculo
	I – Operações de crédito: o montante da obrigação, compreendendo o principal e os juros;
II – Operações de câmbio: o respectivo montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição;
III – Operações de seguro: o montante do prêmio;
IV – Operações relativas a títulos e valores mobiliários:
a) na emissão: Valor nominal mais o ágio, se houver;
b) na transmissão: Preço ou valor nominal, ou valor da cotação em Bolsa, como determinar a lei;
c) no pagamento: Resgate ou preço
	Contribuintes
	Qualquer das partes na operação tributada
	Lançamento
	Por homologação
STF: É inconstitucional a incidência do imposto IOF sobre saques efetuados em caderneta de poupança.
Obs: Sobre os bens salvados pelas seguradoras incide IOF, embora não incida ICMS.
Obs: Em algumas operações, o crédito (I) pode estar representado por um título (inciso IV). Neste caso, não haverá incidência cumulativa de IOF.
STJ: Sobre o resultado da operação de mútuo (empréstimo, como dinheiro) incide o IOF:
	Ouro como mercadoria
	Não há qualquer especificidade. Incidirão os tributos que incidem sobre mercadorias (ICMS, IPI, II, IE).
	Ouro como meio de pagamento - AFIC
	Sujeita-se exclusivamente à incidência do IOF, devido na operação de origem.
A alíquota mínima será de 1%, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos:
I – 30% para o Estado/DF ou TF, conforme a origem;
II – 70% para o Município de origem.
Obs: Só incide na 1ª operação (aquisição ou desembaraço aduaneiro), não sendo legítima a tributação nas operações subsequentes.
2.6. Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR
	Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR
	Função predominante
	Extrafiscal (Desestimular a manutenção de propriedades improdutivas – Política agrária)
	Legalidade
	Sim
	Anterioridade
	Sim
	Noventena
	Sim
	Fato gerador
	A propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localizada fora da zona urbana do Município.
	Base de cálculo
	O valor fundiário do imóvel (valor da terra nua – valor do imóvel excluídos os valores relativos a construções, instalações e benfeitorias; culturas permanentes e temporárias; pastagens cultivadas e melhoradas e florestas plantadas).
	Contribuintes
	- Proprietário do imóvel; Titular de seu domínio útil; ou Possuidor a qualquer título.
	Lançamento
	Por homologação
	Características
	Progressividade (maior alíquota para latifúndios improdutivos e menor para minifúndios produtivos)
Obs: Imunidade das pequenas glebas (quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel)
Obs: O ITR pode ser fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. Se o município assim fizer, receberá 100% da arrecadação do ITR no seu território. Se não, a União repassará 50% do valor arrecadado.
STJ: Se o imóvel é invadido, não se faz possível a cobrança do ITR, tendo em vista que há perda do domínio e dos direitos inerentes à propriedade.
	Bens imóveis por natureza
	O solo com a sua superfície, os seus acessórios e adjacências naturais, compreendendo as árvores e frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo.
	Bens imóveis por acessão física
	Tudo quanto o homem incorporar permanentemente ao solo, como a semente lançada à terra, os edifícios e construções, que não se possa retirar sem destruição, modificação, fratura ou dano.
Obs: O que o homem incorpora permanentemente ao solo não está sujeito ao imposto.
	Proprietário
	Quem possui título de domíniodevidamente registrado no Cartório de Imóveis.
	Titular do domínio útil
	Quem recebeu do proprietário o direito de usar, gozar e dispor da propriedade, conservando o domínio direto.
	Possuidor
	Todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
STJ: É impossível considerar contribuinte de imposto sobre a propriedade imobiliária quem exerce a posse sem ânimo definitivo, como é o caso da pessoa que firma contrato de locação, ou comodato.
	§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 02 dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo PP:
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II - abastecimento de água;
III - sistema de esgotos sanitários;
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 03 quilômetros do imóvel considerado.
§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior.
STJ: Ainda que o imóvel esteja localizado em área urbana do município, caso seja utilizado em exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial, incidirá ITR, e não IPTU.
2.7. Imposto sobre Grandes Fortunas – IGF
A União não utilizou tal competência, de forma que o tributo não foi efetivamente instituído. A criação do IGF e toda a sua regulação deve se dar mediante LC. Não possui exceção à anterioridade e à noventena.
RESUMÃO
	Exceções
	Impostos Federais
	Impostos Estaduais
	Impostos Municipais
	Legalidade e Anterioridade
	II, IE, IPI e IOF
	ICMS Monofásico
	
	Noventena
	II, IE, IR e IOF.
	IPVA (Alteração da BC)
	IPTU (Alteração da BC)

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