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HEMATOLOGIA SEMANA 3 ANEMIAS HEMOLITICAS As hemoglobinopatias podem ter causas estruturais, normalmente com mudanças de aminoácidos do local (ex: S e C), ou na síntese de hemoglobina. Relembrando - a hemoglobina tem um grupo heme, que tem o ferro, além disso tem quatro globinas, um tetrâmero. Quando o defeito é na globina alfa, talassemia alfa, e quando é na beta, talassemia beta. Anemias hemolíticas na membrana celular A membrana celular tem uma dupla camada fosfolipídicas. Possuem proteínas periféricas para fora e dentro, bem como proteínas integrais. Nota: a hemácia está sempre se flexibilizando para passar em pequenos ou grandes vasos, logo, a estrutura da sua membrana celular tem que estar bem preservada, a partir do momento, em que existem defeitos ou problemas relacionados a estrutura da membrana celular, ela pode se romper devido à alta pressão, e assim levando a morte celular (hemólise). Os lipídios ajudam na flexibilidade, mas como estão muito próximos, a proteína dá sustentação na membrana, e quando se perde, é fácil a membrana sofrer lise. A hemácia é bicôncava, quando o sangue passa com hemácias em formatos diferentes do comum, o baço irá identificar, e induzir a fagocitose com ação dos macrófagos, havendo uma hemólise intensa. Exemplo: esferocitose hereditária. A problemática nesse processo excessivo de fagocitose que ocorre no baço, é que o paciente se torna dependente de transfusões sanguíneas constantes. A remoção do baço pode ser uma alternativa, já diminui os sintomas causados pela hemólise constante e o risco de contaminação transfusional. Eliptocitose e estomatocitose hereditária – ausência de proteínas de membrana Esferocitose hereditária é um defeito genético autossômico dominante, onde o defeito genético se dá na espectrinas. A espectrina alfa é mais escura do que a beta. Nessa anemia terá defeito da espectrina, gerando um formato de esfera. A prevalência é de 20 casos em 100 mil, acometem pessoas mais brancas. As hemoglobinas ficam abaixo de 7 g/dL, por isso a indicação de transfusão sanguínea, já que os índices de Hb estão muito baixos (abaixo de 7g/dL, normalmente). Apesar de ser um defeito de membrana, não deixa de ser uma anemia hemolítica, então é normal o aumento de reticulócitos, desidrogenase e bilirrubina. Para contagem de reticulócitos, usa-se o azul de cresil brilhante. Para contagem de células de maduras, usa-se o panótico. Os reticulócitos não conseguem ser identificados com facilidade no panótico, porque eles irão parecer hemácias coradas em roxo, não dá pra observar os grânulos. Dentro da etiopatogenia a principal alteração é deficiência da espirulina, deficiência de banda 3 e proteína 4.2 associadas. Essas associações podem ou não acontecer. A hemácia normal é bicôncava, tem uma depressão central, por isso na coloração o centro é mais claro. Na hemácia esferocítica possuem mais hemoglobinas dentro delas, logo elas ficam mais coradas. Então, o CHCM fica alto. Normalmente, o VCM é normocítico. Não relatar hipercromia, apenas a presença de esferócitos. O ferro e a ferretina podem aumentar em anemias hemolíticas, porque eles ficam dispersos na corrente sanguínea, após a hemólise. Em concentrações baixas de sais as hemácias em condições normais absorveriam mais água, assim como em concentrações mais altas, elas perderiam água (osmose). No entanto, os esferócitos tem uma resistência osmótica. O teste de resistência osmótica dará positivo para pacientes com esferocitose. A eletroforese da espectrina quase que não se observam alterações, logo não são muito solicitados. Se a anemia fica mais grave, com a baixa da hemoglobina, os reticulócitos vão aumentar, e a bilirrubina irá aumentar. A espectrina de membrana, vai ser encontrada em menor quantidade. Hemoglobulonopatia C – Hemácias em alvo – codócitos/leptócitos (NÃO CONFUNDIR COM ELIPTÓCITOS) Eliptócitos – as bordas são arredondas, não confundir com o depranócitos que as bordas são finas. Fonte: atlas de hematologia. Na eliptocitose as hemácias ficam elípticas, normalmente acometem mais pacientes brancos. Nessa alteração, as espectrinas ficam desconectadas uma das outras, faltam glicoforina c e a proteína 4.1, essas são as causas das alterações na forma. Não é tão grave quanto na esferocitose (que é a forma mais grave das alterações). VCM pode dar mais baixo, e CHCM mais alto. Liberar apenas: presença de eliptócitos. Estomatocitose – hemácias com formas estomacais, normalmente não precisa de transfusão sanguínea. Bomba de sódio e potássio: saem três sódios e entram dois potássios, gerando um impulso nervoso. Nessa anemia como ocorre um defeito na borda 7.2, a bomba de sódio e potássio é afetada. ANEMIAS HEMOLÍTICAS POR DEFEITOS EXTRÍNSECOS À HEMÁCIA Quando se fala em defeitos extrínsecos a hemácia, é porque os eritrócitos não têm defeito nenhum. Exemplos: malária, queimaduras, problemas de coagulação, doenças aloimunes. Anemia Hemoliticas Aloimunes – transfusões de sangue e gestação, caracterizada pela incompatibilidade. A contagem de reticulócitos em todas essas anemias estarão elevadas, servindo como um mecanismo compensatório. Neutrófilos – fagocitose e infecção bacteriana. Eosinófilos – reações alérgicas e parasitárias. Basófilos - reações alérgicas e parasitárias, atua na fagocitose, grânulos grosseiros, envolvidos com histaminas. Acima de 5% só em leucemia mieloide crônica. Monócitos – grandes e participam da fagocitose. Linfócitos – T e B, são importantes na resposta imune adaptativa para identificação de patógenos e produção de anticorpos.