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TDICs 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
2 
SUMÁRIO 
TECNOLOGIAS DIGITAIS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO 
(TDIC) .......................................................................................................................... 4 
As diferente Tecnologias ........................................................................... 4 
Diferentes terminologias no decurso da evolução tecnológica ...... 4 
A origem da Internet: breve histórico ..................................................... 7 
A evolução da Web ...................................................................................... 8 
Imigrantes e nativos digitais ..................................................................... 9 
Geração atual e perspectivas futuras ................................................... 11 
AS TICs, O MARKETING E O MARKETING DIGITAL ........................................... 24 
Ambiente Online: ferramenta de comunicação ................................. 27 
TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICS) E 
SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A SOCIEDADE ............................................. 29 
MATERIAL DE APOIO ................................................................................................ 33 
A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO COMO SUPORTE À GESTÃO 
ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO NA PEQUENA EMPRESA (Adaptado)
 .................................................................................................................................... 33 
VÍDEOS DE APOIO ..................................................................................... 54 
Vídeo 1: Tecnologia, TIC e TDIC: definição, utilização e diferenças 
dos conceitos .......................................................................................................... 54 
Vídeo 2: TICs — Tecnologias da informação e comunicação ....... 54 
Vídeo 3: Curta-metragem tecnologia da informação e comunicação
 .................................................................................................................................... 54 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 55 
 
 
 
 
3 
 
 
 
3 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
4 
TECNOLOGIAS DIGITAIS DA INFORMAÇÃO E DA 
COMUNICAÇÃO (TDIC) 
 
As diferente Tecnologias 
 
Segundo Kenski (2012), “as tecnologias são tão antigas quanto a espécie 
humana”. A palavra tecnologia se traduz desde os artefatos pré-históricos, como 
a descoberta do fogo ou a invenção da roda, até os objetos mais modernos, 
como os dispositivos móveis digitais (LOPES; MONTEIRO, 2014). A linguagem 
também é uma tecnologia (LEITE, 2015), e assim é possível compreender que 
o lápis, a caneta, o papel, entre tantas outras invenções, também são 
consideradas tecnologias. 
“Faz-se substancial romper com a equivocada, porém fortemente 
disseminada, ideia de que tecnologia se restringe aos mais recentes aparatos 
eletrônicos ou digitais” (LOPES; MONTEIRO, 2014, p. 31). Por lidar muito tempo 
com livros, manuais, materiais impressos, a cultura escolar não mais os 
consideram tecnologias (LION, 1997). 
Assim, ao falar de tecnologias, devem ser considerados os avanços 
sociais que provocaram e favoreceram o seu desenvolvimento (CASTELLS, 
2005). Para tanto, será apresentado um breve histórico da evolução das 
tecnologias, desde sua origem até as inovadoras TDICs, presentes no atual 
contexto da sociedade. 
 
Diferentes terminologias no decurso da evolução tecnológica 
 
A evolução tecnológica não se restringe somente a utilização de novos 
produtos ou equipamentos, ela reflete também em comportamentos. A 
ampliação e o uso de determinadas tecnologias se sobressaem à cultura 
existente, e transformam o comportamento individual e coletivo (KENSKI, 2012). 
 
 
 
 
5 
 
 
 
5 
Estas mudanças refletem também no vocabulário da sociedade, conforme 
aponta Ponte (2000, p. 3): 
Temos aqui um problema de terminologia. Durante muitos anos falava-
se apenas no computador. Depois, com a proeminência que os 
periféricos começaram a ter (impressoras, plotters, scanners, etc.) 
começou a falar-se em novas tecnologias de informação (NTI). Com a 
associação entre informática em telecomunicações generalizou-se o 
termo tecnologias de informação e comunicação (TIC). 
Atualmente, surge um novo conceito: Tecnologias Digitais de Informação 
e Comunicação (TDICs), que se diferenciam das Tecnologias de Informação e 
Comunicação (TICs) pela aplicação de elementos digitais (FONTANA; 
CORDENONSI, 2015). Além destas, outras terminologias aparecem com 
frequência. Os termos mais recorrentes são: novas tecnologias, tecnologias 
digitais e analógicas, tecnologias educativas ou educacionais, informática 
educativa e ambientes virtuais (MILL, 2013). Maia e Barreto (2012) citam que, 
embora se reconheça que os termos TICs e TDICs tenham uma pequena 
distinção conceitual, os mesmos vêm sendo utilizados como sinônimos na 
literatura acerca do assunto. 
O conceito de TIC é utilizado para expressar a convergência entre a 
informática e as telecomunicações, agrupando ferramentas computacionais e 
meios tele comunicativos como: rádio, televisão, vídeo e Internet, facilitando a 
difusão das informações (MISKULIN et al., 2006; CARDOSO, 2011; LEITE, 
2014a; 2015). 
Já as TDICs englobam, ainda, uma tecnologia mais avançada: a digital. 
Por meio desta é possível processar qualquer informação, o que provocou 
mudanças radicais na vida das pessoas, principalmente no que se refere a 
comunicação instantânea e busca por informações (KENSKI, 2012). 
Para melhor compreender as distinções entre TICs e TDICs, é possível 
fazer uma comparação na área da educação, as diferentes lousas disponíveis 
atualmente: a lousa analógica e a digital. Um quadro negro (lousa analógica) é 
uma tecnologia, é uma TIC, já a lousa digital é uma TDIC, pois através da 
 
 
 
 
6 
 
 
 
6 
tecnologia digital permite a navegação na Internet, além do acesso a um banco 
de dados repletos de softwares educacionais (FONTANA; CORDENONSI, 
2015). 
A sigla TDIC, utilizada por Fontana e Cordenonsi (2015), como uma 
nomenclatura mais atual e contemplar as tecnologias digitais, cada vez mais 
presentes na sociedade. Contudo, far-se-á também uso da palavra tecnologia 
em designação às TDICs, nas ocasiões em que se mostra mais adequada no 
contexto da escrita. Desta forma, vale ressaltar que em casos de citações, em 
respeito aos autores, serão mantidas as terminologias originais. 
No seguimento deste estudo será apresentada a origem e a evolução da 
Internet, esclarecendo também o conceito de “Web” e seu histórico, que iniciou 
com a chamada Web 1.0 e evoluiu para a Web 2.0, t Web 3.0, também chamado 
de Web² ou Web Inteligente e a Web 4.0, que tende a intensificar o uso 
da inteligênciade dados e a estreitar a linha que separa humano e máquina, 
expandindo algo que já vem sendo visto na Web 3.0. 
 
Figura 1: Linha do tempo da evolução da WEB
 
Fonte: https://pt.slideshare.net/paolasandoval875/lnea-de-tiempo-web-10-20-30-y-40 
https://br.hubspot.com/blog/marketing/inteligencia-de-dados
https://pt.slideshare.net/paolasandoval875/lnea-de-tiempo-web-10-20-30-y-40
 
 
 
 
7 
 
 
 
7 
 
Figura 2: WEB 4.0 
 
 
A origem da Internet: breve histórico 
 
De acordo com o dicionário Michaelis (2015, texto digital), a Internet é uma 
“rede remota internacional de ampla área geográfica, que proporciona 
transferência de arquivos e dados, juntamente com funções de correio eletrônico 
para milhões de usuários ao redor do mundo”. Sabe-se que, na prática, esse 
conceito é muito mais abrangente. Como nenhum outro meio de comunicação, 
até então, a Internet oportuniza a interatividade, superando barreiras culturais e 
principalmente distâncias geográficas, facilitando, e muito, a vida das pessoas 
(SEABRA, 2010). 
Segundo Dumas (2015, texto digital), ela surgiu em plena Guerra Fria, no 
final da década de 1960, em razão da iniciativa do Departamento de Defesa 
americano, que almejava dispor de uma comunicação militar entre suas 
 
 
 
 
8 
 
 
 
8 
diferentes bases. Para isso, o pesquisador Paul Baran elaborou um conjunto que 
teria como base um sistema descentralizado. “Ele pensou em uma rede [...] na 
qual os dados se movessem buscando a melhor trajetória possível, podendo 
‘esperar’ caso as vias estivessem obstruídas, [...] batizada de packet switching, 
‘troca de pacotes’”. 
A primeira rede de computadores foi construída entre a Universidade 
da Califórnia - Los Angeles, SRI - Stanford Research Institute, 
Universidade de Utah e Universidade da Califórnia - Santa Bárbara. No 
dia 1 de Dezembro de 1969 “nascia” a ARPANET. Os alunos destas 
quatro Universidades criaram um grupo de trabalho que 
autodenominaram Network Working Group - NWG. Entre esses alunos 
existia um tal Vinton Cerf que, mais tarde, seria considerado o “pai” 
oficial da Internet (ALMEIDA, 2005, p. 2-3). 
Os quatro iniciais pontos da rede, um em cada universidade, foram 
ampliados para 30 em meados de 1972, podendo ser considerado este ano 
como o marco para o início das atividades de uma comunidade virtual. Em 1990 
a Advanced Research Projects Agency Network (ARPANET) se popularizou e foi 
batizada de Internet (ALMEIDA, 2005). 
A Internet é vista com uma “forma de organização caracterizada 
fundamentalmente pela sua horizontalidade, isto é, pelo modo de inter-relacionar 
os elementos, sem hierarquia” (COSTA et al., 2003, p. 42). A horizontalidade 
desfaz a concentração do poder comunicacional nas mãos de um indivíduo, 
favorecendo as comunicações no sentido de todos para todos (SOUZA; 
SCHNEIDER, 2012), reafirmando a importância de cada um para o processo de 
interação (RECUERO, 2009). 
 
A evolução da Web 
 
“Web” significa em inglês “rede” ou “teia de aranha”. É uma definição muito 
propícia, considerando as diversas ligações que são possíveis através da 
Internet, conectando os computadores por todo o mundo (LEITE, 2015). O 
conceito de World Wide Web (WWW) foi criado por Tim Berners-Lee, em 1990, 
 
 
 
 
9 
 
 
 
9 
permitindo navegar de um local, chamado site ou página, a outro (DUMAS, 
2015). 
A Web é um serviço que opera na Internet, utilizando protocolos de 
comunicação que permitem a troca de mensagens. Para melhor entende-la, é 
interessante saber como ela funciona. A Web é baseada em três padrões: 
Uniform Resource Locator (URL), Hyper Text Transfer Protocol (HTTP) e Hyper 
Text Markup Language (HTML). O padrão URL é um sistema que define como 
cada página na rede pode ser encontrada, através de um endereço (link) único. 
O padrão HTTP é um protocolo que define como o servidor Web e o navegador 
se comunicam entre si. Já o HTML é uma linguagem de marcação utilizada para 
codificar a informação de maneira a ser exibida em quantidade, em diversos 
dispositivos (LEITE, 2015). 
Assim, o WWW é um sistema de documentos interligados que são 
executados na Internet. Seu utilizador (usuário) pode “navegar” ou “surfar” de 
uma página a outra, percorrendo os diversos links, consultando e enviando 
informações. 
 
Imigrantes e nativos digitais 
 
A terminologia adotada por Prensky (2001) contempla mais de uma 
geração. Ele classifica os usuários das tecnologias em dois grupos: “imigrantes 
digitais” e “nativos digitais”. O autor chama de “imigrantes” as pessoas 
provenientes de uma cultura que se organizava basicamente em torno de 
materiais impressos, como livros e jornais, e que agora precisam se adaptar, 
“migrar” para as novas tecnologias de interação e comunicação digital. O 
segundo grupo, os “nativos”, nasceram e cresceram junto com o 
desenvolvimento e expansão das tecnologias, especialmente a Internet, 
desenvolvendo uma espécie de “vida online”, em que o “ciberespaço” faz parte 
do cotidiano. 
 
 
 
 
10 
 
 
 
10 
A palavra ciberespaço é citada frequentemente por Lévy (1994; 1999; 
2000), tido como um novo espaço de comunicação, sociabilidade, organização, 
transação, informação e conhecimento, em um universo virtual. Segundo o autor, 
a palavra de origem norte americana foi utilizada pela primeira vez, em 1984, 
pelo escritor de ficção científica, William Gibson, em sua obra “Neuromancer”. 
Lévy (2000, p. 208), ainda cita o ciberespaço como o sistema com o 
desenvolvimento mais rápido da história das comunicações, destacando a 
comunicação interativa e coletiva como “a principal atração do ciberespaço”. 
Segundo Pereira (2014, p. 20), os nativos digitais 
[...] se relacionam com as pessoas através das novas mídias e se 
deixam, sem recusa, surpreender com as inúmeras possibilidades que 
encontram nas novas tecnologias. Sem medo, navegam, clicam, 
copiam, colam, enviam, deletam. Eles constroem, administram sua 
identidade pessoal e social através de constantes mudanças. E essa 
identidade é construída a partir de suas características pessoais, de 
seus interesses sob a ótica digital. 
Prensky (2001) considera que os indivíduos que nasceram e cresceram 
no mundo digital, cercados pelas tecnologias, desde seus brinquedos eletrônicos 
até as mais novas ferramentas da era digital, possuem uma maneira distinta de 
ver e se relacionar com o mundo, em todos os aspectos: em casa, no trabalho, 
na escola, ou ainda nas questões de relacionamentos, quando comparados com 
os imigrantes digitais, que aprenderam posteriormente a usar as ferramentas 
tecnológicas do mundo digital. Tapscott (2010) também afirma que a época em 
que os indivíduos nasceram influencia suas atividades na sociedade, 
principalmente na forma como os nativos digitais pensam, tomam decisões, 
recebem e transmitem as informações. 
Já os imigrantes digitais, em algum momento de suas vidas são atraídos 
e adotam as novas tecnologias, seja por necessidade, seja para se adaptar ao 
ambiente (PRENSKY, 2001). “O fato é que a revolução tecnológica é um 
caminho sem volta” (BORTOLAZZO, 2012, p. 3). 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
11 
 
Geração atual e perspectivas futuras 
 
Estamos vivendo um momento único da história em relação às TDICs, 
pois a atual geração de pais e professores é a última geração que nasceu em 
um mundo sem a influência da Internet (BARROS, 2013). Isto altera não só o 
modo de vida daqueles que nasceram após o advento tecnológico, como 
também dos que aqui estavam com a chegada da Internet. 
Diferente da era precedente da modernidade ‘sólida’, que vivia para a 
‘eternidade’ [...] a modernidade líquida não estabelece objetivos nem 
traça uma linha terminal. Mais precisamente, só atribui a qualidade da 
permanência ao estado de transitoriedade. O tempo flui – não “marcha” 
mais (BAUMAN, 2007, p. 88). 
A sociedade líquida, citada por Bauman (2007),é caracterizada por 
condições que mudam em um tempo muito curto, anterior a consolidação de 
hábitos ou rotinas. A vida líquida é uma vida incerta, uma inconstância, que 
despreza ideais a longo prazo e torna o conhecimento volúvel. 
Para Schneider (2013, p. 25), é a primeira vez na humanidade que o 
conhecimento é repassado de baixo para cima, da geração mais nova para a 
geração mais velha. “Hoje, quando alguém de mais de 35 anos se atrapalha com 
algum assunto ‘digital’ pede ajuda a alguém mais moço, que detém o 
conhecimento”. Pela primeira vez na história, há um volume grandioso de 
informações sendo repassados dos filhos para os pais, dos netos para os avós, 
uma inversão de papéis em uma visão não muito distante. 
Diversos são os estudos que surgem no sentido de melhor compreender 
essa grande transformação tecnológica que afeta os estilos de vida das 
diferentes gerações, perpassando por questões comportamentais que refletem 
na educação. Além das gerações já descritas neste trabalho, caracterizadas por 
estudiosos ao longo dos tempos, recentes trabalhos apontam para o surgimento 
de uma nova geração, subsequente a geração Z. 
 
 
 
 
12 
 
 
 
12 
Tratam-se dos nascidos após o ano de 2010, a chamada geração Alpha, 
apontada por alguns especialistas como a geração “mais inteligente” (SILVA, 
2014). Conforme Granero e Couto (2013), em artigo publicado na Revista 
Geminis, ainda são poucas as características que definem os filhos da geração 
X ou Y, que estão em contato com a tecnologia desde o nascimento, como é o 
caso dos bebês que mexem em tablets e smartphones, interagindo com 
aparelhos digitais de toque na tela desde pequenos. 
Segundo Souza (2011), em seu trabalho de dissertação da Universidade 
de Potiguar, as tendências apontadas para esta nova geração é que sejam 
indivíduos consumistas, visto que a tecnologia está em constante 
aperfeiçoamento, o que instigará ainda mais estes indivíduos pelo novo. Tendem 
a ser a geração educada de modo mais formal, já que entrarão na escola mais 
cedo e estudarão por mais tempo que as gerações anteriores. 
Imagina-se que o conteúdo para a geração Alpha deixará de ser o foco 
principal do ensino, e o aluno se tornará o centro das atenções, atuando o 
professor como um mentor, em aulas baseadas em projetos mais complexos, 
misturando crianças de idades e perfis diferentes. Estas são as previsões para 
um futuro próximo, mas que já vem sendo testadas em algumas escolas 
brasileiras (FILHOS, 2013). 
Em casa tendem a ter uma educação menos hierárquica, estabelecendo 
uma relação de troca entre pais e filhos, presada pela espontaneidade. Filhos de 
pais com menos irmãos, possivelmente serão bem-sucedidos, pois os pais 
investirão mais recursos neles. Terão como desafio lidar com problemas de 
segurança relacionados a tecnologia e a crescente quantidade de informações 
disponibilizadas na Internet, o que assusta as gerações, mas que tende a ser 
visto com naturalidade por esta nova geração (SOUZA, 2011; FILHOS, 2013). 
Para Galileu (2015), diante de tanta tecnologia, nosso cérebro vem 
sofrendo constantes alterações. Consumimos três vezes mais informação do 
 
 
 
 
13 
 
 
 
13 
que há 50 anos, e se isso já não fosse o suficiente para afetar nosso cérebro, 
não realizamos as coisas com calma, fizemos tudo ao mesmo tempo, várias 
atividades simultaneamente. Desta forma, a criatividade e a capacidade de 
resolvermos problemas diminui, devido as dificuldades de concentração. 
E, então, surge o Google e outras ferramentas de pesquisa para 
substituir nossa reflexão. Não sabe como montar um currículo? 
Pergunte ao Google. Seu computador está dando erro? O Google 
ensina a resolver. Não sabe o que dar de presente para sua mãe? Não 
tem problema, o Google tem a sugestão perfeita (GALILEU, 2015, texto 
digital). 
Com isso, os estudiosos têm considerado que o mecanismo de buscas 
está substituindo nossa memória. Para realizar uma pesquisa, anterior à Internet, 
era preciso buscar informações em locais físicos, como livros, jornais e revistas, 
além de conversar com pessoas. Com este esforço, nosso cérebro lembrava 
mais facilmente dos resultados depois que conseguíamos a resposta. Com a 
presença da Internet, em que as pesquisas são realizadas facilmente, o cérebro 
ficou mais “preguiçoso”, visto que é fácil conseguir as informações, não sendo 
necessário memorizá-las (GALILEU, 2015, texto digital). 
 
 
CONHECIMENTO NUNCA É DEMAIS! 
 
Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTIC) 
ou Novas Tecnologias da Comunicação e Informação (NTCI) 
ou Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) 
 
 
 
 
14 
 
 
 
14 
As Novas Tecnologias da Comunicação e Informação na Educação – 
NTIC devem ser entendidas como um conjunto de recursos não humanos 
dedicados ao armazenamento, processamento e comunicação da informação, 
organizados num sistema capaz de executar um conjunto de tarefas” (SANTOS; 
PEQUENO, 2011, p. 79). 
“O termo Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação (TDIC) 
está relacionado com o grande desenvolvimento tecnológico, com a evolução 
das ferramentas utilizadas como meio de informação e comunicação” (COSTA, 
2017). 
Costa (2017); Camas e Brito (2017) e Wiley (2000) reforça que as TDIC 
vão além do computador, pois também trata das tecnologias móveis, celulares, 
smartphones, tablets, conexões wifi, 3G, 4G e assim por diante. 
Tanto NTIC quanto TDIC abrangem os dispositivos eletrônicos e 
tecnológicos, como o computador, a internet, o tablet, smartphone e “qualquer 
outro dispositivo que permita a navegação na internet” (COSTA; DUQUEVIZ; 
PEDROZA, 2015) 
 
Tecnologia Assistiva 
“É uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que 
engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que 
objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de 
pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua 
autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social” (BRASIL 2007, 
apud BRITO; SIMONIAN, 2016, p. 184). 
 
Tecnologias Educacionais 
“Recursos tecnológicos que utilizamos com nossos alunos para 
proporcionar conhecimento, que vão desde a nossa exposição oral/dialogada ao 
 
 
 
 
15 
 
 
 
15 
uso do computador e dispositivos que estão ligados ao mundo do conhecimento” 
(BRITO; SIMONIAN, 2016, p. 184). 
 
Tecnologia Social 
“O processo coletivo que visa questionar o que, como, por que e para 
quem a tecnologia se desenvolve, para que o cidadão se aproprie dos bens 
sociais e culturais numa ação conscientizadora de seu papel na sociedade 
democrática, que alia saber tácito das camadas populares ao saber científico 
gerado ao longo da história da ciência a fim de que esta contribua para a 
diminuição dos índices de desigualdade social” (KENYON, 2003, apud BRITO; 
SIMONIAN, 2016, p. 184). 
 
Tecnosocialidade 
“São novos modos de socialização […] Constroem-se grupos de iguais 
através da sociabilidade na rede, em que os contatos são cada vez mais 
seletivos e autônomos” (CANCLINI, 2008, p. 53). 
“[…] pode designar as novas formas de interações sociais, propiciadas 
pelas novas tecnologias, que aparecem por todo o mundo em todos os lugares, 
diversificando as artes, os modos de agir, as profissões e os processos em nossa 
vivência cotidiana tanto real como virtual (FREITAS, 2008, p.102) 
 
Tecnologia Independente (Simples) 
“[…] são as que não dependem de recursos elétricos ou eletrônicos para 
a sua produção e/ou utilização” (LEITE apud BRITO; FILHO, p. 21, 2009). 
“[…] podem ser classificadas como: álbum seriado, cartaz, ensino por 
fichas, história em quadrinhos, ilustração, jogo, jornal, jornal escolar, livro 
didático, mapa e globo, mural, peça teatral, quadro-de-giz, sucata e textos” 
(ALTOÉ; NETO, 2008, p. 3). 
 
 
 
 
16 
 
 
 
16 
Tecnologia Dependente (Complexa) 
“[…]são as que dependem de um ou vários recursos elétricos ou 
eletrônicos para serem produzidos e/ou utilizados” (LEITE apud BRITO; FILHO, 
p. 21, 2009). 
 “[…] são: computador, fita de vídeo, fita sonora e CD, internet e suas 
ferramentas (www, chats, correio eletrônico, lista de discussão, vídeo-
conferência, programas de computadores, slides), televisão comercial, televisão 
educativa, transparência para retroprojetor e educação à distância” (ALTOÉ; 
NETO, 2008, p. 3). 
De forma mais atualizada: 
“[…] blog, correio eletrônico, computador, ambiente virtual de 
aprendizagem, áudio-conferência, chat ou bate-papo, comunidades virtuais de 
aprendizagem, DVD, internet e suas ferramentas, vídeo, data show e televisão” 
(CORRÊA; 2018, 2018, p. 23-24). 
 
A diferença entre TIC e TDIC 
Afonso (2002, p.169) apresenta a diferença entre TIC e TDIC, da seguinte 
forma: as tecnologias de informação e comunicação (TIC) existem desde tempos 
imemoriais, mas suas formas digitais, as TDIC, são um fenômeno que se 
consolidou na última década do século XX” 
 
A diferença entre TDIC e NTIC 
Apresentamos as colocações de Kenski (2012) e Brito e Filho (2009), que 
trabalhavam o termo NTIC, mas recentemente o TDIC se tornou mais usado. O 
TDIC é visto com frequência e, indistintamente, em Baranauskas & Valente 
(2013), Costa, Duqueviz e Pedrosa (2015) e também em Pinheiro (2018). Ou 
seja, ambos tem o mesmo significado. 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
17 
 Figura 1: Quadro Teórico-Conceitual 
 
 
 
 
 
18 
 
 
 
18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
19 
 
Fonte: adaptado 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 
20 
Figura 2: Tecnologias no Campo Educacional 
 
Fonte: adaptado 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
 
21 
 
Com as TDICs desenvolve-se ferramentas de comunicação cada vez 
mais interativas e participativas que podem dar suporte ao acesso, ao uso e à 
interação que acontecem nos diversos ambientes e áreas do conhecimento. Os 
valores que afloram com a globalização, principalmente estar informado, 
comunicar-se bem e frequentemente, ser desenvolvedor e disseminador de 
informações, tornam-se cada vez mais relevantes e vitais para o 
desenvolvimento econômico, social e cultural das pessoas. Nesse sentido, os 
processos que envolvem a geração, a organização e a comunicação de 
informação, com a possibilidade de transformação em conhecimento e inovação, 
têm um papel central na sociedade contemporânea. 
As TDICs que atuam como infraestrutura nesse contexto, configuram 
elementos fundamentais na produção e compartilhamento de informações na 
chamada sociedade em rede. Sabe-se que o processo de globalização, no qual 
se evidencia uma cultura virtual é irreversível, sendo assim, a biblioteca precisa 
integrá-lo ao seu cotidiano, oferecendo suporte às ações comportamentais das 
pessoas que buscam informações via web. 
 
É possível também encontrar na literatura a presença de outros termos 
que reconfiguram o sentido da palavra tecnologia, tais como “digitais”, 
“informação” e “comunicação”. O termo – Tecnologias da Informação e 
Comunicação (TIC) – pode ser compreendido na perspectiva de referência aos 
dispositivos eletrônicos e tecnológicos, incluindo computadores, tablets e 
smartphones, e demais tecnologias criadas antes do fenômeno digital na 
sociedade contemporânea, tais como o telégrafo, o rádio, a televisão e o jornal. 
 
 
 
 
22 
 
 
 
22 
No entanto, há pesquisadores como Kenski (2012) que utiliza o termo 
Tecnologias Digitais da Comunicação e da Informação (TDICs) para se referir às 
tecnologias digitais conectadas a uma rede e há ainda outros como Valente 
(2013) que nomeiam as TDICs, a partir da convergência de várias tecnologias 
digitais como: vídeos, softwares, aplicativos, smartphones, imagens, console, 
jogos virtuais, que se unem para compor novas tecnologias. 
As TDICs referem-se a qualquer equipamento eletrônico que se conecte 
à internet, ampliando as possibilidades de comunicabilidade de seus usuários 
(VALENTE, 2013). Podemos aplicar também as definições sobre as TICs, de 
modo mais abrangente, quando se torna possível englobar no escopo de sua 
definição para além das tecnologias digitais, tais como o computador, outros 
tipos de tecnologias, como as ópticas e analógicas. 
 
 Figura 3: Tecnologias da Informação e da Comunicação 
 
Fonte: 
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2544158/mod_resource/content/1/ARQUIVO%
202.pdf 
 
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2544158/mod_resource/content/1/ARQUIVO%202.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2544158/mod_resource/content/1/ARQUIVO%202.pdf
 
 
 
 
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Figura 4: TIC’s 
 
Fonte: https://pt.slideshare.net/Erisleny_Santos/tecnologias-da-informao-e-comunicao-
126065733 
 
https://pt.slideshare.net/Erisleny_Santos/tecnologias-da-informao-e-comunicao-126065733
https://pt.slideshare.net/Erisleny_Santos/tecnologias-da-informao-e-comunicao-126065733
 
 
 
 
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AS TICs, O MARKETING E O MARKETING DIGITAL 
 É importante conhecer as conceituações que existe sobre a comunicação 
virtual é importante que se entenda o que é virtual. Lévy (1996) aborda com 
maestria a virtualidade e suas consequências nas relações, na educação e no 
mundo. Para Lévy, o virtual opõe-se ao real, no sentido do mesmo ser atual. “O 
real seria da ordem do 'tenho', enquanto o virtual seria da ordem do 'terás', ou 
da 'ilusão'.” (LÉVY, 1996, p.5) 
Lévy (1996, p. 5) observa: 
A palavra virtual vem do latim medieval virtualis, derivado por sua vez 
de virtus, força, potência. Na filosofia escolástica, é virtual o que existe 
em potência e não em ato. O virtual não se opõe ao real, mas ao atual: 
virtualidade e atualidade são apenas duas maneiras de ser diferentes. 
Partindo deste conceito, o virtual se opõe ao atual, ou seja, o processo de 
atualização seria como a resolução constante do nó de tendências que 
apresenta a virtualidade; a solução escolhida a cada momento pelo que 
potencialmente a entidade pode ser. O real se aproximaria ao possível; este que 
"já está todo constituído, mas permanece no limbo. O possível se realizará sem 
que nada mude em sua determinação ou natureza. É um real fantasmático, 
latente. O possível é exatamente como o real, só lhe falta a existência.” (LÉVY, 
1996, p.5). Por meio de uma retrospectiva histórica, sociológica e antropológica, 
pode-se constatar que a comunicação sempre existiu, não é algo novo, e a 
comunicação virtual só faz parte de um processo evolutivo do homem. O homem, 
desde o tempo das cavernas se comunica por meio dos desenhos registrados 
nas paredes, com a invenção da fala, com seus hieróglifos, nos rituais aos seus 
deuses, com a invenção da imprensa, e assim sucessivamente. Portanto, a 
comunicação é praticada há muito tempo. Podemos inferir que a comunicação 
virtual é mais um meio de se comunicar e provavelmente foi criada para atender 
as necessidades do homem moderno, uma vez que foi criando mecanismos e 
ferramentas para se comunicar de acordo com seus recursos, em cada época 
da existência da humanidade. A evolução humana não só atingiu o corpo, mas 
 
 
 
 
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25 
também o raciocínio e a cultura. Nesse eterno processo, o homem criará novas 
ferramentas e formas de se comunicar, permanentemente. A comunicação 
virtual não tem limites para sua expansão, assim como o homem. 
Conforme Lévy (1999, p. 21) 
As técnicas vieram de outro planeta, do mundo das máquinas, frio, sem 
emoção, estranho a toda significação e qualquer valor humano, como 
uma certa tradição de pensamento tende a sugerir? É o mesmo homem 
que fala, enterra seus mortos e talha o sílex. Propagando-se até nós o 
fogo de Prometeu cozinha os alimentos, endurece a argila, funde os 
metais, alimenta a máquina a vapor, corre nos cabos de alta-tensão, 
queima nas centrais nucleares, explode nas armas e engenhos de 
destruição.Mcluhan (1964, p. 76) afirma: 
Todos os meios são metáforas ativas em seu poder de traduzir a 
experiência em novas formas. A palavra falada foi a primeira tecnologia 
pela qual o homem pôde desvincular-se de seu ambiente para retomá-
lo de novo modo. As palavras são uma espécie de recuperação da 
informação que pode abranger a alta velocidade, a totalidade do 
ambiente e da experiência. 
 
O marketing existe desde muito tempo nas organizações. De acordo com 
Casas (2012) o marketing tradicional sempre visou a realização da venda, 
chamar a atenção do consumidor para que o mesmo viesse a adquirir o produto 
desejado naquele ambiente específico, de forma mais enfática o Marketing é a 
forma de comunicação entre empresas e clientes. 
Segundo Kotler e Keller (2012) dentre os diversos objetivos que o 
Marketing apresenta um dos principais é o desenvolvimento cada vez maior do 
relacionamento no âmbito organizacional, não apenas com pessoas (clientes, 
funcionários, fornecedores, etc.), mas também com outras organizações, pois 
ambas podem vir a interferir de alguma forma as atividades que o Marketing 
poderá gerar. 
A invenção da web foi essencialmente o Big Bang do Marketing Moderno. 
A relação de dependência do Marketing com a tecnologia tem a ver com o 
surgimento e a ascensão das empresas de tecnologia. Produziu uma explosão 
de novas expectativas nos clientes e oportunidades de diferenciação, web, 
 
 
 
 
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26 
pesquisa, social, mobile etc., que continuam a se expandir. A cada ano, novas 
inovações disruptivas surgem em nosso mundo conectado, digital, como 
fundições de estrelas, nascendo novas expectativas e potenciais vantagens 
competitivas. 
A transformação digital é muito maior do que o marketing, inclui as áreas 
de vendas, serviços, produtos, operações internas, e assim por diante. Em 
muitos casos, traz novos modelos de negócios digitais totalmente novos. Para 
muitas empresas, o digital tem sido simplesmente o domínio do marketing: 
marketing na web, marketing por e-mail, marketing nos mecanismos de 
pesquisa, marketing de mídia social, etc. Ele foi envolvido em torno de produtos 
e serviços existentes. Como tal, o marketing poderia operar independentemente 
do resto do negócio com alguns inputs (produtos) e outputs (demanda do cliente) 
diretos. Esta independência, como se fosse um invólucro, permitia que grandes 
pedaços de marketing fossem terceirizados para agências externas – um modelo 
que agora está desaparecendo. 
Assim observa-se que o foco do marketing digital é desenvolver estratégia 
de mercado através da internet, onde empresas buscam melhores formas de 
interação e de se relacionar com seus consumidores, o que proporciona uma 
troca de informações personalizada e eficaz. Web Marketing ou Marketing 
Digital, corresponde a toda concentração de esforços no sentido de adaptar e 
desenvolver estratégias de marketing no ambiente web (OLIVEIRA, 2000). 
Com a evolução da tecnologia da informação e da comunicação, 
especialmente a internet, o marketing evoluiu para o chamado 
marketing eletrônico, e - marketing ou marketing digital, conceito que 
expressa o conjunto de ações de marketing intermediadas por canais 
eletrônicos como a internet, em que o cliente controla a quantidade e o 
tipo de informação recebida (LIMEIRA, 2003. p.9). 
A tecnologia da informação proporcionou uma nova visão para a 
economia, permitindo que quem a utilize obtenha mais lucro, através da redução 
de despesas (não é necessário gastar com, por exemplo, impostos de uma loja 
física), além de trazer aos consumidores novos meios para adquirir produtos. A 
 
 
 
 
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27 
internet trouxe novos concorrentes ao mercado, possibilitando à loja a 
acessibilidade de ser somente virtual, como a já existente Submarino, e mesmo 
assim disputar mercado com grandes lojas que possuem ambientes de compra 
físicos e digitais. O marketing digital proporcionou a transformação da internet 
em uma ampla rede de consumo, que são qualificados em consumo competitivo, 
amplo e produtivo. 
 
Ambiente Online: ferramenta de comunicação 
 
Obviamente a Internet é tão grande e muda tão rápido que seria 
impossível descrever aqui todos os espaços existentes na rede, muito menos 
tentar qualificá-los de forma completa. Entretanto, existem cinco grandes grupos, 
que interagem constantemente, e que podem ser descritos de forma a dar uma 
ideia geral do ambiente em que o usuário de encontra quando está on-line. Esses 
ambientes são as ferramentas de busca, os sites e portais, as redes sociais e 
blogs, as ferramentas de comunicação e os mundos virtuais, todas estas serão 
descritas logo abaixo, conforme Torres (2009). 
a) Plataformas de busca: é uma importante forma de navegação no 
mundo digital atualmente, pois é por meio delas que os usuários 
alcançam seus objetivos no meio virtual e no mundo real. Sem contar 
que as ferramentas representam a porta de entrada de mais de 80% 
da navegação na Internet. 
b) Portais, sites e hotsites: as empresas criam portais com todo tipo de 
informações que deseja mostrar para os consumidores, a ideia do 
portal é prender seus clientes. Com a evolução na utilização dos 
cartões de créditos as empresas criaram as lojas virtuais, onde o 
consumidor pode obter todas as informações sobre o produto e 
comprá-lo. Já os hotsites surgiram para objetivos específicos e ficam 
 
 
 
 
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28 
no ar por pouco tempo, são feitos para divulgar alguma campanha ou 
promoção. 
c) Redes sociais, fóruns e blogs: os fóruns são locais onde as pessoas 
podem trocar ideias, discutir assuntos em comuns. Já os blogs são um 
local onde uma pessoa expõe seus pensamentos, escrevem artigos e 
disponibilizam para que outras pessoas possam ler e comentar o que 
acharam. As redes sociais têm como finalidade reunir as pessoas, 
onde elas divulgam seus dados pessoais, fotos, assim criando laços 
com os outros membros. 
d) Ferramentas de comunicação: no início o grande responsável pela 
comunicação foi o e-mail, e ainda é bastante utilizado, mas o público 
jovem o considera ultrapassado, pois prefere à ferramenta da 
comunicação instantânea, um dos mais famosos foi o MSN – hoje não 
existe mais, foi substituído –, atualmente várias ferramentas de 
comunicação se destacam o whatsapp, assim como o Skype, que 
oferecem a possibilidade de mensagens em textos, ligações em áudio 
e vídeo. 
e) Mundos virtuais e jogos on-line: trata-se de uma parte importante da 
realidade atual, pois inclui comunidades, troca de 
mensagens/informações, além de toda a interação entre os usuários. 
Todas essas ferramentas, entre outras, são muito importantes nos dias 
atuais e a tendência é que se tornem ainda mais importantes a cada ano. 
 
 
 
 
 
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29 
TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICS) E SUAS 
CONTRIBUIÇÕES PARA A SOCIEDADE 
Sob o termo tecnologia, Miranda (2007) o designa como um conjunto de 
inovações que surgiram na década de 80 e seu impacto sobre as indústrias 
culturais tornou-se visível nos anos 90. Aqui refere-se a era da gravação digital 
da informação, da compreensão destes dados e do acoplamento das 
telecomunicações e do computador. Por sua vez, o termo tecnologias da 
informação e comunicação (TIC) refere-se à conjugação da tecnologia 
computacional ou informática com a tecnologia das telecomunicações. 
Kenski (2012), afirma que as novas tecnologias de informação e 
comunicação, caracterizadas como midiáticas, são, portanto, mais do que 
simples suportes. Elas interferem em nosso modo de pensar, sentir, agir, de nos 
relacionarmos socialmente e adquirirmos conhecimentos. Criam uma nova 
cultura e um novo modelo de sociedade. 
Segundo a autora, essa nova sociedade, essencialmente diferente da 
sociedade industrial que a antecedeu que era baseada na produção e no 
consumo de produtos iguais, em massa; caracteriza-se pela personalização das 
interações coma informação e as ações comunicativas. Nesse novo momento 
social, o elemento comum subjacente aos diversos aspectos de funcionamento 
das sociedades emergentes é o tecnológico. Um “tecnológico” muito diferente, 
baseado na cultura digital. (KENSKI, 2012). 
A autora relata ainda, que as novas tecnologias de informação e da 
comunicação articulam várias formas eletrônicas de armazenamento, tratamento 
e difusão da informação. Tornam-se “midiáticas” após a união da informática com 
as telecomunicações e o audiovisual. Geram produtos que têm como algumas 
de suas características a possibilidade de interação comunicativa e a linguagem 
digital. A velocidade das alterações no universo informacional cria a necessidade 
de permanente atualização do homem para acompanhar essas mudanças. 
 
 
 
 
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30 
De acordo com Sancho (2006), as novas tecnologias de informação e 
comunicação têm invariavelmente três tipos de efeitos. Em primeiro lugar, 
alteram a estrutura de interesses (as coisas em que pensamos). O que tem 
consequências importantes na avaliação do que se considera prioritário, 
importante, fundamental ou obsoleto e também na configuração das relações de 
poder. Em segundo lugar, mudam o caráter dos símbolos (as coisas com as 
quais pensamos). Quando o primeiro ser humano começou a realizar operações 
comparativamente simples, como dar um nó ou fazer marcas em um pedaço de 
pau para lembrar de alguma coisa, passou a mudar a estrutura psicológica do 
processo de memória, ampliando-a para além das dimensões biológicas do 
sistema nervoso humano. Em terceiro lugar, modificam a natureza da 
comunidade (a área em que se desenvolve o pensamento). Neste momento, 
para um grande número de indivíduos, esta área pode ser o ciberespaço, a 
totalidade do mundo conhecido e do virtual, mesmo que praticamente não saia 
de casa e não se relacione fisicamente com ninguém. 
A autora destaca que, as pessoas que vivem em lugares influenciados 
pelo desenvolvimento tecnológico não têm dificuldades para ver como a 
expansão e a generalização das TIC transformou numerosos aspectos da vida. 
Inclusive naqueles países em que muita gente não tem acesso à água potável, 
luz elétrica ou telefone se fez notar a influência do fenômeno da globalização 
propiciado pelas redes digitais de comunicação. Atividades tão tradicionais como 
a agricultura se viram profundamente afetadas pelas TIC. O mundo do trabalho, 
da produção científica, da cultura e do lazer passou por grandes transformações 
nas duas últimas décadas. Praticamente todas as ocupações se transformaram, 
algumas desapareceram, enquanto outras tantas surgiram que, até então, eram 
completamente desconhecidas. 
Para Sancho (2006), o computador e suas tecnologias associadas, 
sobretudo a internet, tornaram-se mecanismos prodigiosos que transformam o 
 
 
 
 
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que tocam, ou quem os toca, e são capazes, inclusive, de fazer o que é 
impossível para seus criadores. Por exemplo, melhorar o ensino, motivar os 
alunos ou criar redes de colaboração. Daí vem à fascinação exercida por essas 
tecnologias sobre muitos educadores, que julgam encontrar nelas a nova pedra 
filosofal que permitirá transformar a escola atual. Torna-se difícil negar a 
influência das tecnologias da informação e comunicação na configuração do 
mundo atual, mesmo que nem sempre seja positiva para todos os indivíduos e 
grupos. 
As tecnologias de informação e da comunicação evoluem sem cessar e 
com muita rapidez. A democratização do acesso a esses produtos tecnológicos 
e a consequente possibilidade de utilizá-la para a obtenção de informações, é 
um grande desafio para a sociedade atual e demanda esforços e mudanças nas 
esferas econômicas e educacionais de forma ampla (KENSKI, 2003). 
Mas há muito mais alavancas tecnológicas que nos conduzem à nova 
sociedade baseada, principalmente, na informação. Mais do que a existência da 
tecnologia, é a sua disponibilidade crescente que transforma de forma 
irreversível a economia e a sociedade. Sob a forma de novos produtos e 
serviços, essas alavancas mudam contínua e profundamente a vida humana, a 
indústria, o comércio, as formas de entretenimento, a vida familiar, a escola, o 
trabalho, a administração pública e, acima de tudo, a difusão da informação e a 
produção de novos conhecimentos (SIQUEIRA, 2008 p.19). 
O autor ressalta que para termos uma visão abrangente da Sociedade da 
Informação em que ingressamos, é preciso compreender o impacto das 
tecnologias ou processos tecnológicos que mudam nossa vida e funcionam 
como alavancas da economia, da casa, do entretenimento, da escola, do 
trabalho, da produtividade industrial, do governo eletrônico e de todos os 
benefícios sociais daí decorrentes. 
 
 
 
 
32 
 
 
 
32 
As tecnologias da comunicação e informação estão revolucionando nosso 
mundo. Com a convergência digital, fundem-se serviços, redes, produtos, 
aplicações e áreas até a poucos anos distinta. A grande característica desse 
processo de convergência é o desenvolvimento tecnológico sem precedente, 
que revoluciona a informática e as telecomunicações, realimentando de forma 
contínua o já imenso poder de processamento dos computadores e da difusão 
da informação. Sem essas tecnologias, a globalização seria apenas uma pálida 
tendência de longo prazo, e não o fenômeno avassalador e quase selvagem a 
que assistimos a partir dos anos 1980 (SIQUEIRA, 2008, p. 38). 
 
 
 
 
 
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MATERIAL DE APOIO 
Disponível em:< 
https://www.scielo.br/j/jistm/a/xqSpx59SPsNH7PFTDs6JvJc/?lang=pt&format=p
df>. Acessado em 07 de março de 2023. 
 
A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO COMO SUPORTE À GESTÃO 
ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO NA PEQUENA EMPRESA (Adaptado) 
 
Giseli Diniz de Almeida Moraes; 
Ana Cláudia Fernandes Terence; Edmundo Escrivão Filho 
Universidade de São Paulo, Brasil 
 
Um dos grandes vetores das transformações no cenário competitivo é a 
contínua evolução da tecnologia que, em virtude de sua grande disseminação, 
afetou de modo significativo todas as atividades humanas e fez crescer o grau 
de incerteza e imprevisibilidade do futuro. Dentre as novas tecnologias, destaca-
se a Tecnologia da Informação (TI), que passou a ser um importante componente 
competitivo para as organizações (ALBANO, 2001). 
Torquato e Silva (2000), ao esclarecerem a ligação entre tecnologia e 
estratégia, afirmam que, na criação e renovação de vantagens competitivas, 
fatores necessários à sobrevivência das empresas, a tecnologia surge como um 
elemento-chave na busca de peculiaridades que as distingam favoravelmente de 
seus concorrentes. 
Para que as organizações se mantenham competitivas em ambientes 
caracterizados por constantes mudanças, precisam acompanhar eventos e 
tendências significativos que estão ocorrendo no ambiente externo. Esta 
necessidade pode implicar um estudo para monitoração ambiental, "entendido 
como um processo de busca e utilização de informações externas para subsidiar 
decisões estratégicas" (BARBOSA, 1997, p.52). 
A turbulência no ambiente empresarial, que gera um clima de incerteza 
para a tomada de decisões, estimula os profissionais a procurarem entender de 
https://www.scielo.br/j/jistm/a/xqSpx59SPsNH7PFTDs6JvJc/?lang=pt&format=pdf
https://www.scielo.br/j/jistm/a/xqSpx59SPsNH7PFTDs6JvJc/?lang=pt&format=pdf
 
 
 
 
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modo mais amplo as contribuições que as tecnologias podem oferecer à gestão 
estratégica da informação. No setor das pequenas empresas não se registra o 
conhecimento amplo de suas informações úteis nem de suas respectivas fontes. 
Assim, este artigo é importante porque tem, como objetivo, abordar, a partir da 
revisão da literatura da área, a utilização da tecnologia da informação como 
suporte à gestão estratégica da informação na pequena empresa. 
 
A GESTÃO DA INFORMAÇÃO 
Pode-se descrever a informação como uma mensagem de comunicação 
audívelou visível, em geral apresentada sob a forma de documento, que envolve 
um emitente e um receptor e cuja finalidade é mudar o modo como o destinatário 
vê algo ou exercer algum impacto sobre seu julgamento e comportamento. 
Diferente dos dados, a informação tem significado e se organiza tendo em vista 
algum fim (DAVENPORT e PRUSAK, 1998). 
A evolução da importância da informação nas organizações ocorreu da 
seguinte forma: na década de 50, considerava-se a informação um requisito 
burocrático necessário, que contribuía para reduzir o custo do processamento 
de muitos papéis; nos anos 60 e 70, via-se a informação como um suporte aos 
propósitos gerais da empresa, que auxiliava no gerenciamento de diversas 
atividades; a partir das décadas de 70 e 80, passou-se a compreender a 
informação como um fator de controle e gerenciamento de toda a organização, 
que ajudava e acelerava os processos de tomada de decisão, e, da década de 
90 até os dias atuais, passou-se a reconhecer a informação como um recurso 
estratégico, uma fonte de vantagem competitiva para garantir a sobrevivência da 
empresa (LAUDON e LAUDON, 1996). 
Há poucas décadas, existia um ambiente menos instável, onde tudo se 
processava de maneira mais lenta, mas que, a partir do início dos anos 90, novos 
fatores, como a abertura aos produtos estrangeiros, concorrentes mais 
 
 
 
 
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35 
agressivos, fornecedores mais fortes e clientes mais exigentes, tornaram o 
mercado mais dinâmico e competitivo. Para assegurar a permanência e os 
lucros, as organizações resolveram adotar uma estratégia inovadora, apoiada 
com firmeza na informação, então compreendida como um capital estratégico, 
que possibilitava às empresas conhecerem seu próprio ambiente, mercados, 
consumidores e competidores (PAPA FILHO e VANALLE, 2002). 
Sofisticando-se os mercados, tornou-se necessário aperfeiçoar as áreas 
de informação das empresas, agregando-se estratégias para obter sucesso. A 
mensagem estratégica que uma economia fundamentada na informação 
transmite é tão visível, que a informação passou a ser a base para a competição, 
capaz de acionar as alternativas tecnológicas para o seu gerenciamento 
(McGEE e PRUSAK, 1994). 
Acredita-se que nenhuma empresa pode escapar aos efeitos da revolução 
causada pela informação. Os gestores cada vez mais gastam recursos com a 
tecnologia da informação e se envolvem na sua gestão (PORTER e MILLAR, 
1985). A empresa deve ter consciência de que a informação é um requisito tão 
importante quanto os recursos humanos, pois é dela que depende o sucesso ou 
o fracasso das decisões tomadas por seus responsáveis e também por todos os 
seus colaboradores. A informação é, por conseguinte, um elemento primordial 
nas organizações, que torna possível estabelecer as condições necessárias para 
atingir seus objetivos e aumentar sua competitividade (FREIRE, 2000; SANTOS, 
2001). 
Além disso, é preciso considerar que a estratégia sempre se formula com 
base nas informações disponíveis e que por isso nenhuma estratégia será 
melhor do que a informação da qual deriva. Deste modo, o que determinará a 
excelência de uma empresa será o fato de ser capaz de coletar, organizar, 
analisar e implementar mudanças a partir de informações, integrando-as no 
processo de melhoria contínua de suas atividades (REZENDE, 2001). 
 
 
 
 
36 
 
 
 
36 
A informação é fundamental no apoio às estratégias e aos processos de 
tomada de decisão, porque, conforme afirma Beuren (2000), possibilita um maior 
controle das operações empresariais. Para a autora, utilizar a informação 
significa interferir no processo de gestão com a possibilidade de provocar uma 
mudança organizacional, uma vez que este uso afetaria os diversos elementos 
que compõem tal sistema. 
Pode-se considerar a gestão como um conjunto de processos que 
englobam atividades de planejamento, organização, direção, distribuição e 
controle de recursos de qualquer natureza, visando à racionalização e à 
efetividade de determinado sistema, produto ou serviço (MARCHIORI, 2002). 
Sob esta perspectiva, a gestão da informação deve incluir, em dimensões 
estratégicas e operacionais, mecanismos para obter e utilizar recursos humanos, 
tecnológicos, financeiros, materiais e físicos para o gerenciamento da própria 
informação, que então deve ser disponibilizada como insumo útil e estratégico 
para indivíduos, grupos e organizações (PONJUÁN DANTE apud MARCHIORI, 
2002). 
A gestão da informação engloba a sinergia entre a tecnologia da 
informação, comunicação e os recursos/conteúdos informativos, visando o 
desenvolvimento de estratégias e a estruturação de atividades organizacionais. 
Portanto, a gestão da informação implica mapear as informações necessárias, 
fazer sua coleta, avaliar sua qualidade, proceder ao seu armazenamento e à sua 
distribuição e acompanhar os resultados de seu uso (MARCHIORI, 2002). 
Gestão estratégica da informação, portanto, significa o uso da informação 
com fins estratégicos para obter vantagem competitiva (LESCA e ALMEIDA, 
1994). Ao se analisar o cenário em que as empresas estão inseridas, é possível 
constatar o quanto a turbulência deste as pressiona, fazendo-as interagirem com 
um ambiente em constante mutação, que oferece tanto oportunidades quanto 
ameaças. De fato, é de vital importância que os gestores usem a informação 
 
 
 
 
37 
 
 
 
37 
como instrumento que lhes permita conhecer melhor a empresa e o ambiente 
competitivo em que atua, de modo que, identificando as ameaças e 
oportunidades nele presentes, possam desenvolver ações capazes de dar uma 
solução eficaz à turbulência ambiental (BEUREN, 2000). 
 
 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO COMO SUPORTE À GESTÃO DA 
INFORMAÇÃO 
A tecnologia da informação alterou o mundo dos negócios de forma 
irreversível. Desde que foi introduzida sistematicamente, em meados da década 
de 50, houve uma mudança radical no modo de operar das organizações 
(MCGEE e PRUSAK, 1994). Na atualidade, tanto sob a perspectiva acadêmica 
quanto do mundo dos negócios, é uma questão de grande relevância. Antonialli 
(1996) concorda que fortes tendências e fatores tecnológicos são os 
responsáveis por contínuas adaptações da postura estratégica empresarial. 
A tecnologia da informação abrange uma gama de produtos de hardware 
e software capazes de coletar, armazenar, processar e acessar números e 
imagens, que são usados para controlar equipamentos e processos de trabalho 
e conectar pessoas, funções e escritórios dentro das empresas e entre elas 
(WALTON, 1993). A tecnologia da informação corresponde a objetos (hardware) 
e veículos (software) destinados a criar sistemas de informações que, por sua 
vez, resultam da implementação da TI através do uso de computadores e da 
telecomunicação (BALARINE, 2002). 
De um modo mais amplo, pode-se afirmar que a tecnologia da informação 
refere-se a um conjunto de hardware e software que tem, como função, o 
processamento das informações, que implica coletar, transmitir, estocar, 
recuperar, manipular e exibir dados, tarefas que podem estar incluídas em 
microcomputadores, conectados a redes ou não, mainframes, scanners (leitoras) 
 
 
 
 
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38 
de códigos de barra, estações de trabalho, softwares como planilhas eletrônicas 
ou banco de dados, além de outros (CAMPOS FILHO,1994). 
Albertin (1996) apresenta também uma abrangente definição da 
tecnologia da informação, uma vez que a conceitua como tudo aquilo com que 
se pode obter, armazenar, tratar, comunicar e disponibilizar a informação. Para 
o autor, investimentos em TI são expressivos e as empresas esperam, através 
destes, ampliar a relação de objetivos gerenciais que venham a influenciar o seu 
desempenho. 
A tecnologia da informação é considerada relevante para as 
organizações, pois: 
• proporciona a inovação de muitos produtos e serviços e viabilizado o 
surgimento de importantes capacidades dentrodas organizações como, por 
exemplo: entrega on-line de informação; acesso eletrônico a serviços; habilidade 
de solicitar e obter serviços específicos; pagamento e apresentação eletrônica 
de contas e habilidade de utilizar vários produtos de software, sem que seja 
preciso realimentar os dados (ALBERTIN, 2000); 
• trata-se de uma das maiores e mais poderosas influências no 
planejamento das organizações, podendo inclusive colaborar com a estratégia 
competitiva das empresas por oferecer vantagens competitivas; diferenciar 
produtos e serviços; melhorar o relacionamento com clientes; facilitar a entrada 
em alguns mercados; possibilitar o estabelecimento de barreiras de entrada, 
auxiliar a introdução de produtos substitutos e permitir novas estratégias 
competitivas com o uso de sua própria tecnologia (ALBERTIN, 2001); 
• é responsável pelo armazenamento de dados provenientes do ambiente 
externo. A ferramenta mestra para esta função é o banco de dados - repositório 
central de todas as informações pertinentes ao relacionamento de uma empresa 
com seus clientes e/ou fornecedores (NEWEL, 2000). 
 
 
 
 
39 
 
 
 
39 
Apesar de sua notória importância, não basta apenas coletar e armazenar 
dados. É essencial transformá-los em informações relevantes ao processo de 
gestão estratégica. Logo, para o sucesso e a viabilidade de seu emprego, 
principalmente no ambiente das pequenas empresas, é necessário utilizar uma 
ferramenta que forneça respostas rápidas aos usuários finais da maneira mais 
simples e econômica possível. 
Para implantar com êxito uma tecnologia de informação, as empresas 
precisam levar em conta algumas condições básicas, como: integrá-la a outras 
ferramentas de gestão, considerando que adotá-la é apenas uma variável de 
decisão estratégica, e ter consciência de que os benefícios realmente 
significativos virão a médio e longo prazo (SILVA e FISCHMANN, 2002). 
Walton (1993) esclarece que, para facilitar a implementação da tecnologia 
da informação na empresa, é necessário criar uma visão estratégica, isto é, uma 
visão que, no contexto estratégico, seja não só capaz de alinhar as estratégias 
de negócios, de organização e de tecnologia da informação, mas também de 
abranger a estratégia competitiva e os modelos organizacionais que poderão 
direcionar o sistema de tecnologia da informação ou ser direcionados por ele. 
Para o autor, a tecnologia da informação abrange três ângulos que formam o 
denominado triângulo estratégico. 
 Para Laurindo et al. (2001) é necessário utilizar a tecnologia da 
informação sob o enfoque da eficácia de seu emprego, comparando e analisando 
os resultados de sua aplicação no negócio das organizações, os impactos de 
seu uso na operação e estrutura das empresas. Após estudarem os modelos 
que tratam do papel da tecnologia da informação nas organizações, ou seja, de 
como ela pode contribuir de modo eficaz para seu sucesso ou maior 
competitividade, os autores destacam os seguintes pontos relevantes: 
• necessidade de uma clara visão estratégica tanto do negócio quanto da 
TI, ou seja, necessidade de que se considere a TI um meio para obtenção de 
 
 
 
 
40 
 
 
 
40 
vantagens competitivas no negócio, um meio voltado ao mercado e ao usuário 
de TI; 
• manutenção da vantagem competitiva por mais tempo, com base na 
gestão da TI e no alinhamento estratégico com o negócio; 
• consideração de aspectos técnicos e operacionais, para que se 
atualizem as evoluções em TI e haja uma integração entre as estratégias e sua 
estrutura; 
• busca da eficácia, não somente da eficiência, por medir os resultados 
relativamente aos objetivos e às metas da organização; 
• importância de um bom relacionamento entre os executivos de TI e dos 
negócios; 
• avaliação da TI a partir de critérios variados, abrangendo aspectos 
técnicos, organizacionais e estratégicos; 
• gestão e avaliação dinâmicas da TI, com acompanhamento contínuo e 
flexível, a fim de que se possam promover mudanças e atualizações externas. 
Na atual economia de informação, a concorrência entre as empresas 
baseia-se em sua capacidade de adquirir, tratar, interpretar e utilizar a 
informação de forma eficaz (McGEE e PRUSAK, 1994). A tecnologia da 
informação, que apoia todos estes processos, pode ser um fator importante no 
aperfeiçoamento do uso da informação estratégica presente no ambiente, 
informação esta capaz de criar grande valor e manter as organizações 
unificadas. 
 
GESTÃO DE PEQUENAS EMPRESAS 
Pode-se notar que a relevância das pequenas empresas é inquestionável 
para o bem-estar econômico, pois "elas produzem uma parte substancial do total 
de bens e serviço" e, além disso, "na medida em que fornecem novos empregos, 
introduzem inovações, estimulam a competição, auxiliam as grandes empresas 
 
 
 
 
41 
 
 
 
41 
e produzem bens e serviços com eficiência". (LONGENECKER, MOORE e 
PETTY, 1997, p.34). 
A pequena empresa é uma organização que pode ser administrada ou 
dirigida por uma única pessoa. No caso de as competências decisórias ficarem 
a cargo do proprietário, isto é, não serem delegadas, tudo fica sob o peso de sua 
gestão centralizada e de sua própria avaliação (GONÇALVES e KOPROWSKI, 
1995). 
De acordo com Van Horn apud Lima (1999), as pequenas organizações 
possuem cinco características relevantes no processo estratégico e que podem 
ser vistas como particularidades em comparação às empresas de grande porte: 
• técnicas e procedimentos administrativos pouco desenvolvidos ou 
inexistentes, para avaliar com regularidade a posição estratégica e controlá-la, 
de modo que as informações relevantes para o processo estratégico nem 
sempre estão disponíveis ou são confiáveis, a natureza destas informações é 
mais qualitativa do que quantitativa e os agentes em geral não sabem que 
informações são estrategicamente importantes; 
• membros da administração ou colaboradores são em geral pessoas 
formadas na prática do trabalho quotidiano, de forma que os dirigentes 
estabelecem a estratégia confiando em informações e experiências 
armazenadas em sua memória, fator que influencia diretamente não apenas a 
maneira como o nível hierárquico inferior percebe suas tarefas e seus métodos 
de trabalho mas também seu próprio modo de comunicação com os superiores; 
• tipos de atividade (produtos, tecnologias, serviços, know-how) 
planejados em número limitado, na maioria das vezes para alcançar um grupo 
específico de consumidores ou determinadas áreas geográficas, o que contribui 
para que estas empresas tenham uma base comercial mais restrita em relação 
às grandes e sejam mais vulneráveis a um declínio da atividade comercial; 
 
 
 
 
42 
 
 
 
42 
• recursos e capacidade restritos, especialmente quanto ao capital 
(empréstimos difíceis e fluxo de caixa reduzido) e à formação daqueles que 
atuam na administração e assessoria cujas habilidades e informações 
necessárias ao planejamento estratégico adequado são com frequência 
insuficientes. Assim, além do tamanho da empresa, também a atitude dos 
dirigentes configura-se como barreira ao processo estratégico; 
• cargos administrativos e algumas atividades em geral sob a 
responsabilidade de membros da família do fundador da empresa, o que 
favorece uma presença maior de argumentos não racionais no processo de 
tomada das decisões estratégicas importantes. 
As especificidades das pequenas empresas, sobretudo seu papel de 
geradoras de empregos, despertaram a atenção de observadores que acreditam 
ser o conhecimento mais profundo da gestão neste setor um aspecto que 
contribui para ajudar a administrá-lo e, consequentemente, para diminuir a taxa 
de mortalidade de que são vítimas suas empresas (LEONE, 1999). A autora 
classifica as características específicas das empresas de pequeno porte em três 
tipos: as organizacionais, que se relacionam à forma como se estruturam e 
organizam; as decisionais, que sereferem à sua maneira de tomar decisão e as 
individuais, que relacionam o comportamento do seu dirigente no exercício de 
suas funções. 
Da mesma forma, estudos realizados pelo Grupo de Estudos 
Organizacionais da Pequena Empresa (GEOPE), do Departamento de 
Engenharia de Produção da Escola de Engenharia de São Carlos/Universidade 
de São Paulo (NAKAMURA, 2000; MOTTA, 2000; TERENCE, 2002) 
organizaram as particularidades das pequenas organizações em três categorias: 
• particularidades estruturais, que se referem a aspectos internos, 
decorrentes de sua organização, entre as quais estão: a informalidade das 
relações, a administração não profissional, a propriedade e a administração 
 
 
 
 
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43 
exercidas pela mesma pessoa, a estrutura organizacional não formalizada e 
reduzida, a falta de recursos, a inadequação ou não utilização das técnicas 
gerenciais; 
• particularidades contextuais, que se relacionam com o ambiente externo 
e refletem no processo estratégico, mas não são controláveis pela ação 
individual dos dirigentes empresariais, e; 
• particularidades comportamentais, que dizem respeito a aspectos 
pessoais do pequeno empresário, refletindo seus valores, suas ambições e 
ideologias, sua visão etc., e que, de forma geral, implicam conservadorismo, 
individualismo, centralização de poder, tendência ao obsoletismo, falta de 
habilidade na gestão do tempo e utilização do improviso no do planejamento da 
ação, decorrentes de uma gestão intuitiva. 
O processo estratégico nas pequenas organizações deve ser um contínuo 
aprendizado. Com o tempo, seus membros vão aprendendo cada vez mais sobre 
as capacidades e limitações destas empresas, as ameaças e oportunidades de 
seu ambiente e o próprio processo. Por isso, é importante que os 
administradores das pequenas empresas percebam que, nestas, o processo 
estratégico não implica necessariamente alto custo. Consequentemente, a 
gestão estratégica de seu ambiente não precisa ser cara, exigindo grande 
investimento em tecnologia complexa, quantitativa ou mesmo muito formal, 
podendo ser realizada em escala modesta, com participação de funcionários e 
concentração nas informações relevantes para seu negócio e suas 
necessidades (TERENCE, 2002). 
Barbosa e Teixeira (2003) afirmam a importância de se estabelecerem 
condições que favoreçam o pensamento estratégico nas pequenas empresas, 
de forma que venham a ter base para competir em um ambiente de mudanças 
rápidas. 
 
 
 
 
44 
 
 
 
44 
A atual pressão ambiental, gerada pela crescente competitividade, parece 
impor, para as pequenas empresas, a necessidade de atuarem na coleta de 
informações do ambiente - clientes, fornecedores, concorrentes e agentes 
legais, sociais e tecnológicos, entre outros. Estas informações são muito úteis 
para tais organizações, em particular no processo decisório. Entretanto, como o 
pequeno empresário não tem consciência da importância da análise ambiental, 
não percebe a necessidade de se fazer um esforço objetivo e imaginoso para 
averiguar as possibilidades futuras. Nota-se ainda que, nas empresas de 
pequeno porte, o tempo despendido na procura de informações é variável e não 
é gasto de modo sistemático (MENEZES e ALMEIDA, 1997). 
Para os autores mencionados acima, as informações necessárias para o 
processo estratégico da empresa de pequeno porte, na visão dos empresários, 
dependem da situação da empresa, ou seja, se está em dificuldades financeiras, 
necessita de informações do sistema financeiro ou se o mercado está favorável, 
necessita de informações sobre clientes e assim por diante. Este enfoque denota 
uma necessidade situacional e até mesmo reativa. Como o pequeno empresário 
não possui conhecimento amplo das diversas informações que podem ser úteis 
à sua empresa nem de suas respectivas fontes, assim como sabe pouco sobre 
as atividades de seus concorrentes, a utilização que faz das informações é 
inferior ao nível de importância que atribui a elas. 
 
A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO COMO SUPORTE À GESTÃO 
ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO NAS PEQUENAS EMPRESAS 
Uma das maiores dificuldades encontradas pelas pequenas empresas é 
obter informações sobre os ambientes internos e externos, imprescindíveis à 
tomada de decisões, uma vez que todas parecem ser importantes e merecer que 
sejam analisadas. Desta forma, é conveniente compreender as razões pelas 
quais não é fácil, para tais empresas, conseguir vantagens efetivas com o uso 
 
 
 
 
45 
 
 
 
45 
da tecnologia da informação, embora esta possa auxiliar a gestão estratégica da 
informação, por disponibilizar variáveis apropriadas e significantes ao processo 
decisório (Vasconcelos Filho, 1985). 
Segundo Migliato (2003), em relação à gestão da informação, a pequena 
empresa apresenta as seguintes especificidades na gestão da informação: os 
dirigentes tendem a não dar a devida atenção à informação, que é, de forma 
geral, obtida casualmente; a ação sobre as informações é subestimada; os 
dirigentes têm dificuldades em obter informações externas, pois seu sistema de 
informações é simples e; os dirigentes não possuem o hábito de procurar 
informações e questionar, e assim, têm dificuldades para desenvolver qualquer 
tipo de análise de seu ambiente. 
Portanto, as pequenas organizações apresentam dificuldade em trabalhar 
com a informação como recurso estratégico. Por este motivo, considera 
necessário auxiliá-las, oferecendo-lhes os meios de capacitação empresarial, 
entre os quais a tecnologia da informação, que se configura como um importante 
impulso, capaz de torná-las mais eficientes e competitivas (RODRIGUES, 2002). 
O número de empresas de pequeno porte que utilizam a tecnologia da 
informação vem aumentando nos últimos anos. Segundo pesquisa realizada no 
Estado de São Paulo, 47% das pequenas empresas estavam informatizadas em 
2002, representando um crescimento de 51% em comparação com os resultados 
de 1997 (31%). Porém, há uma heterogeneidade no nível de informatização por 
setores, por segmentos específicos de atividade e por tempo de funcionamento 
das organizações. Em geral, a informatização é maior no setor industrial, em 
atividades mais sofisticadas, em empresas de maior porte, com mais estrutura e 
tempo de fundação (SEBRAE, 2003). 
Uma característica marcante das pequenas empresas é não possuir, em 
geral, sistemas informatizados e, como consequência, ter de fazer todos os seus 
controles por meio de papeladas intermináveis (BERALDI e ESCRIVÃO FILHO, 
 
 
 
 
46 
 
 
 
46 
2000). As pequenas empresas carecem, portanto, de tecnologias que lhes deem 
suporte e melhorem a qualidade tanto dos seus processos decisórios 
estratégicos quanto da gestão estratégica de seus negócios. Estes autores 
consideram que a razão deste fato é a falta de ferramentas computacionais 
adequadas ao contexto das pequenas organizações, uma vez que as empresas 
geradoras destas ferramentas estão voltadas para as de maior porte, e 
assinalam a necessidade de um banco de dados que armazene exclusivamente 
os estratégicos, aqueles que sirvam de apoio às atividades destas empresas, 
como o fornecimento de informações estratégicas necessárias ao seu processo 
decisório (BISPO e GIBERTONI, 2002). 
O pouco uso da TI em pequenas empresas deve-se possivelmente ao fato 
de a maior parte das pesquisas sobre sua utilização ser realizada em grandes 
empresas. Embora o custo da tecnologia já seja mais acessível e os resultados 
das investigações apontem para o seu emprego em empresas de qualquer porte, 
acredita-se que estes resultados não se aplicam às necessidades e à realidade 
das pequenas empresas. (RIEMENSCHNEIDER e MYKYTYN JR, 2000). 
As soluções oferecidas pela tecnologia da informação não estão 
disseminadas nas empresas de pequeno porte porque, em geral, exigem uma 
mudança de atitude do dirigente, não se prestando apenas a atendê-lo em suas 
necessidades imediatase concretas. Para a incorporação da tecnologia da 
informação pelas pequenas empresas, espera-se uma adaptação do dirigente à 
tecnologia e não o inverso, comportamento este que modificaria o conceito que 
a indústria de tecnologia da informação tem sobre as pequenas organizações, 
ao argumentar que são antiquadas e avessas à tecnologia (FIRMINO, 2003). 
No entanto, inúmeros empresários utilizam a tecnologia da informação 
como suporte ao negócio, demonstrando que esta tecnologia tem lugar no setor 
das empresas de pequeno porte desde que a indústria reconheça que é 
necessário oferecer soluções de acordo com a necessidade do segmento. Os 
 
 
 
 
47 
 
 
 
47 
pequenos negócios precisam de aplicações que facilitem o dia-a-dia e ajudem a 
incrementar a produtividade de forma concreta ou mesmo a enxergar novas 
perspectivas de negócio, mas com a mínima mobilização de ativos tecnológicos 
e sem a perturbação cultural que as grandes revoluções provocam (FIRMINO, 
2003). 
Palvia e Palvia (1999) conduziram um estudo em pequenas empresas 
com o objetivo de avaliar a variável "satisfação com o uso da TI em ambientes 
diferentes dos das médias empresas", uma vez que, no segmento das pequenas 
organizações, há predominância de sistemas de gerenciamento de informações 
que ainda são informais, cujos principais usuários são seus proprietários, que 
frequentemente realizam funções da TI de caráter substitutivo, como operador 
do sistema, analista, programador, entre outras. 
Os resultados da pesquisa mostraram que a principal insatisfação, na 
pequena empresa onde se utiliza a TI, diz respeito ao treinamento, à educação 
dos usuários, que representa um dilema para a organização, uma vez que seu 
proprietário se ocupa com tarefas cotidianas e não dispõe de tempo e recursos 
necessários para um treinamento apropriado. Além desse, outras exigências 
geram insatisfação como: manutenção de softwares, quando estes precisam ser 
modificados ou melhorados, documentação, manuais de procedimentos que 
orientam o uso e conserto do sistema e ainda o suporte dos vendedores, uma 
ajuda que deve ser disponibilizada em caso de erros no software (PALVIA e 
PALVIA, 1999). 
O uso da tecnologia da informação nas empresas de pequeno porte está 
em constante progresso, porém, ainda é considerado fraco relativamente à sua 
aplicação em médias e grandes empresas. Apesar de as tendências indicarem 
crescimento no emprego de tecnologias da informação em pequenas 
organizações, deve-se considerar o fato de que são utilizadas essencialmente 
para realizarem tarefas operacionais e administrativas, não para cumprirem 
 
 
 
 
48 
 
 
 
48 
propósitos estratégicos ou auxiliarem na tomada de decisões (PALVIA e 
PALVIA, 1999; FULLER, 1996). 
A tecnologia da informação deve ser usada de acordo com os objetivos 
estratégicos das pequenas organizações, atendendo-se às suas necessidades 
atuais e futuras, uma prática que, no entanto, é limitada nestas empresas onde 
o futuro estratégico não é diagnosticado e, consequentemente, não planejado. A 
propósito, ressalta-se que seus proprietários sabem disto e têm aversão ao 
planejamento (FULLER, 1996). 
A necessidade de uma perspectiva estratégica para a tecnologia da 
informação implica, pois, o envolvimento do dirigente da pequena empresa. 
Fuller (1996) argumenta que o envolvimento e o entusiasmo do proprietário na 
implementação da TI é um fator de sucesso. 
A distinção entre o uso da tecnologia da informação em processos de 
gestão e em atividades estratégicas não se apresenta de maneira clara na 
literatura. Segundo Fuller (1996), para a tecnologia da informação ter um valor 
estratégico necessita ser parte integral das funções estratégicas da empresa. 
Para Bispo e Gibertoni (2002) é de suma importância que a pequena 
organização utilize a tecnologia da informação para dar o devido suporte ao 
gerenciamento de suas estratégias. 
 
OBSTÁCULOS AO USO DA TI NA GESTÃO DAS PEQUENAS 
EMPRESAS 
É evidente a importância de se usar a TI nas pequenas empresas como 
um instrumento capaz de criar e sustentar a competitividade. No entanto, devido 
à limitação financeira, nem todos os recursos da TI são acessíveis a este 
segmento (BERALDI, 2002). 
Por se entender que o principal entrave à expansão da informatização nas 
micro e pequenas empresas é a dificuldade financeira (SEBRAE, 1998), convém 
 
 
 
 
49 
 
 
 
49 
avaliar se a infraestrutura da tecnologia a ser implantada é cara e complexa em 
relação às particularidades destas organizações. 
Em virtude de o fator financeiro ser de grande relevância no contexto das 
pequenas organizações, porque seus recursos são limitados (WELSH e WHITE, 
1981; FULLER, 1996; SEBRAE, 1998; THONG, 2001; BERALDI, 2002; 
SEBRAE, 2003), sobretudo quanto ao ambiente computacional (PALVIA e 
PALVIA, 1999), a escolha da tecnologia deve estar de acordo com o tipo do 
negócio em questão. Ademais, é importante não considerar a tecnologia como 
um gasto desnecessário e sim como um investimento, pois, quando os recursos 
de informática são bem aplicados, podem ajudar a empresa a reduzir custos, 
tornando-a mais eficiente e produtiva (GUIA DE TECNOLOGIA, 2003). 
Há alguns mitos, citados pelo Guia de Tecnologia (2003), que precisam 
ser superados pelos pequenos e microempresários, tais como: 
• a tecnologia é cara e requer grandes investimentos; 
• a tecnologia é difícil, exigindo um pouco de conhecimento; 
• há necessidade de um técnico para tomar conta dos equipamentos; 
• o uso de ferramentas tecnológicas não é seguro; 
• o negócio não exige tecnologia. 
De acordo com o resultado obtido em uma pesquisa realizada em 
pequenas empresas hoteleiras, a maior dificuldade encontrada na utilização da 
tecnologia da informação é a resistência por parte dos funcionários. Tal 
resistência deve-se à falta de treinamento e explicações - anteriores à sua 
implantação - sobre os benefícios que esta traria às atividades rotineiras, levando 
os funcionários a pensar que poderiam perder seus postos de trabalho para a 
tecnologia da informação, à cultura tradicional da empresa em como realizar 
suas tarefas e à mudança devido a provável e temerosa percepção da alteração 
do modo operacional (PRATES, SARAIVA e CAMINITI, 2003). 
 
 
 
 
50 
 
 
 
50 
De acordo com Beraldi (2002), para que a implantação da tecnologia da 
informação ocorra de modo eficiente, nas pequenas empresas, alguns 
obstáculos precisam ser superados, a saber: 
• não padronização de processos e operações; 
• desconhecimento do proprietário acerca dos benefícios que a TI pode 
proporcionar em termos de maior controle; 
• dificuldade em associar os produtos de TI disponíveis no mercado com 
seu ambiente flexível e informal, uma vez que estes são projetados para as 
empresas de grande porte e exigem alto grau de padronização e formalização 
de processos e tarefas; 
• falta de produtos que atendam a suas necessidades de maneira simples 
e com preço acessível, em razão de terem sido criados sem levar em conta suas 
características e, finalmente, 
• carência de recursos para investir em tecnologias, pois, como a maioria 
das pequenas organizações sequer conhece as fontes de recursos disponíveis 
para este tipo de investimento, sua obtenção torna-se quase inacessível. 
 
VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DA TI NA GESTÃO DAS PEQUENAS 
EMPRESAS 
Atualmente, alguns mitos já foram superados e argumentos favoráveis 
aos investimentos em tecnologia são analisados. Algumas das principais 
vantagens para as pequenas empresas empregarem seus recursos em 
tecnologia da informação podem ser: 
• automatizar tarefas específicas, que passam a ser realizadas em menos 
tempo, resultando na diminuição do custo, da monotonia de executar tarefas 
repetitivas, na melhora do processo produtivo, por focar as tarefas mais 
importantes, obtendo maior produtividade (ZIMMERER e SCARBOROUGH, 
 
 
 
 
5151 
1994; GUIA DE TECNOLOGIA, 2003) e aumento da competitividade (PRATES, 
SARAIVA e CAMINITI, 2003); 
• auxiliar o gerente a testar algumas decisões antes de colocá-las em 
prática, propiciar a melhoria das informações para tomada de decisões, 
tornando-as mais acuradas, disponibilizar a informação em tempo oportuno e 
aprimorar o controle interno das operações e capacita o reconhecimento 
antecipado de problemas (ZIMMERER e SCARBOROUGH, 1994); 
• possuir atendimento satisfatório ao cliente: decorrência de uma 
tecnologia bem aplicada, que, por satisfazer o cliente, pode torná-lo fiel, mesmo 
sem o uso de sistemas complexos de fidelização empregados em grandes 
empresas. Pode-se utilizar, de modo eficiente, uma tecnologia simples e 
acessível às micro e pequenas organizações como uma linha telefônica e um 
identificador de chamadas, que possibilita identificar o cliente e oferecer-lhe um 
atendimento personalizado (GUIA DE TECNOLOGIA, 2003; ZIMMERER e 
SCARBOROUGH, 1994); 
• integrar o uso da tecnologia que pode proporcionar vendas maiores para 
clientes potenciais, talvez por levarem o processo de compra para portais que 
fazem transações eletrônicas entre empresas ou por meio de compras 
eletrônicas (GUIA DE TECNOLOGIA, 2003); 
• utilizar a internet como uma ferramenta capaz de expandir mercados, 
essencial para a comunicação com parceiros de negócios e clientes, um recurso 
disponível às organizações de todos os portes, inclusive às micro e pequenas 
empresas (GUIA DE TECNOLOGIA, 2003; BERALDI, 2002). 
Destacam-se entre os fatores de êxito na utilização da tecnologia da 
informação em pequenas organizações, a percepção da necessidade de seu 
emprego pelos usuários e o apoio da cúpula administrativa. Mesmo resistindo 
inicialmente, após a implantação da tecnologia da informação, os usuários e os 
dirigentes percebem sua importância nos processos, à medida que esta aumenta 
 
 
 
 
52 
 
 
 
52 
a capacidade de trabalho, levando a empresa a aumentar sua competitividade. 
Apesar de, na maioria das organizações, considerar-se a tecnologia da 
informação como um custo e não uma vantagem competitiva, constatou-se numa 
pesquisa realizada, que os níveis hierárquicos superiores apoiaram o processo 
de implantação a partir do momento que constataram que não haveria outra 
maneira de permanecer no negócio, caso não melhorassem os controles 
gerenciais e aumentassem a produtividade (PRATES, SARAIVA E CAMINITI, 
2003). 
Um argumento que as micro e pequenas empresas usam para evitar a 
tecnologia da informação é de que é algo complexo e que representa um alto 
custo para o negócio. Entretanto, com a crescente evolução tecnológica houve 
um grande avanço em termos técnicos e também de interface com os usuários, 
o que tornou seu uso cada vez mais simples. Além disso, as ferramentas de 
informática estão mais acessíveis a cada dia que passa, não sendo mais 
exclusivas apenas das organizações de grande porte (Guia de Tecnologia, 
2003). 
Destaca-se que, embora as empresas estejam visualizando como a 
tecnologia da informação pode ser útil, ainda não conseguiram avaliar, em 
termos de custo/benefício, o investimento realizado. Os benefícios estão 
relacionados com a melhoria de compreensão das funções produtivas, 
principalmente o aumento da satisfação do usuário, em melhoria de controles 
dada pelo aumento de velocidade de resposta (PRATES, SARAIVA e CAMINITI, 
2003). 
 
 
 
 
 
53 
 
 
 
53 
 CONCLUSÕES 
De acordo com o levantamento bibliográfico realizado, pode-se constatar 
que a TI apresenta-se como suporte à gestão da informação na pequena 
empresa a partir dos seguintes aspectos: disponibiliza informações para a 
tomada de decisões e gerenciamento estratégico do negócio; possibilita a 
automatização de tarefas rotineiras; auxilia o controle interno das operações; 
aumenta a capacidade de reconhecer antecipadamente os problemas; pode ser 
utilizada como ferramenta estratégica no processo de planejamento, direção e 
controle. 
Apesar do aumento do número de pequenas organizações que utilizam a 
TI no gerenciamento de seus negócios, percebe-se que poucas conseguem 
efetivar o potencial que esta ferramenta proporciona em relação à vantagem 
competitiva, pois o seu uso está voltado às tarefas operacionais e rotineiras e 
não a atividades do processo estratégico. Desta forma, faz-se necessário o 
desenvolvimento de pesquisas que abordem a utilização da TI como uma 
ferramenta estratégica nas empresas de pequeno porte, que pode auxiliar o 
dirigente das pequenas empresas a elaborar, implementar e controlar 
estratégias, a monitorar o ambiente e tomar decisões, proporcionando assim 
uma possível vantagem competitiva a este segmento de empresas. 
De modo mais específico, é de suma importância que as tecnologias da 
informação implementadas nas pequenas empresas considerem suas 
especificidades, com o intuito de suplantar barreiras e entraves inerentes a este 
ambiente, como: limitações financeiras, dificuldades em usar tecnologias 
complexas, resistência dos funcionários, que temem serem substituídos pela 
tecnologia, dúvidas referentes às principais vantagens que a TI pode 
proporcionar e até mesmo a falta de percepção de sua real necessidade para o 
processo gerencial nestas organizações. 
 
 
 
 
 
54 
 
 
 
54 
VÍDEOS DE APOIO 
 
Vídeo 1: Tecnologia, TIC e TDIC: definição, utilização e diferenças 
dos conceitos 
Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=jscI2_t36eY>. Acessado em 
07 de março de 2023. 
Vídeo 2: TICs — Tecnologias da informação e comunicação 
Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=w_UTJIJvzJQ>. Acessado 
em 07 de março de 2023. 
Vídeo 3: Curta-metragem tecnologia da informação e comunicação 
Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=sGLiadCgZjo>. Acessado 
em 07 de março de 2023. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=jscI2_t36eY
https://www.youtube.com/watch?v=w_UTJIJvzJQ
 
 
 
 
55 
 
 
 
55 
 
 REFERÊNCIAS 
AFONSO, C. A. Internet no Brasil – alguns dos desafios a enfrentar. 
Informática Pública, v. 4, n. 2, p. 169-184, 2002. 
ALBACH, Juliana Santos. Os usos que os jovens fazem da Internet: Relações 
com a escola. Revista Eletrônica de Educação, v. 8, n. 2, p. 138-159, 2014. 
ALBERTIN, A L. Aumentando as chances de sucesso no desenvolvimento e 
implementação de sistemas de informações. Revista de Administração de 
Empresas, São Paulo, v.36, n.3, p.61-69, jul/ago/set.1996. 
ALMEIDA, José Maria Fernandes de. Breve história da Internet. Editora 
Universidade do Minho, out. 2005.. 
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