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ELETRICISTA 
MONTADOR 
 
MEDIDAS ELÉTRICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MEDIDAS ELÉTRICAS 
 
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 Badia, José Octavio e DUTRA FILHO, Getúlio Delano 
Medidas Elétricas/ CEFET-RS. Pelotas, 2008. 
 
117P.:147il. 
 
 
 
 
 
PETROBRAS – Petróleo Brasileiro S.A. 
 
Av. Almirante Barroso, 81 – 17º andar – Centro 
CEP: 20030-003 – Rio de Janeiro – RJ – Brasil 
 
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 ÍNDICE 
 
 
 
 UNIDADE I ............................................................................................................................................ 14 
1.1 Generalidades sobre os instrumentos de medição ..................................................................... 14 
1.1.1 Classificação dos instrumentos de medição ........................................................................ 14 
1.1.1.1 Quanto ao modo de indicação do valor da grandeza medida: ..................................... 14 
1.1.1.2 Quanto ao uso:.............................................................................................................. 15 
1.1.1.3 Quanto ao tipo de grandeza mensurável: ..................................................................... 15 
1.1.1.4 Quanto natureza do torque moto (instrumentos eletromecânicos):.............................. 16 
1.1.3.1 Padrão: .......................................................................................................................... 20 
1.1.3.2 Aferição: ........................................................................................................................ 20 
1.1.3.3 Calibração: .................................................................................................................... 20 
1.2 Teoria dos erros ........................................................................................................................... 21 
1.2.1 Classificação dos erros ........................................................................................................ 21 
1.2.1.1 Erros grosseiros ............................................................................................................ 21 
1.2.1.2 Erros sistemáticos ......................................................................................................... 22 
1.2.1.3 Erros Instrumentais: ...................................................................................................... 22 
1.2.1.4 Erros ambientais: .......................................................................................................... 23 
1.2.1.5 Erros acidentais............................................................................................................. 23 
1.2.1.6 Erro absoluto e erro relativo.......................................................................................... 23 
1.3 Simbologia empregada nos instrumentos de medição................................................................ 25 
1.3.1 - Considerações Gerais ........................................................................................................ 25 
1.4 Voltímetros ................................................................................................................................... 29 
1.5 Amperímetros............................................................................................................................... 30 
1.6 Volt-Amperímetro tipo alicate....................................................................................................... 31 
1.7 Megôhmetros ............................................................................................................................... 33 
1.7.1 Como usar o Megôhmetro.................................................................................................... 34 
1.8 – Medidores de Potência ............................................................................................................. 36 
1.9 Freqüencímetros .......................................................................................................................... 37 
1.9.1 Freqüencímetros Eletrodinâmicos........................................................................................ 37 
1.9.2 Freqüencímetros de Indução............................................................................................... 38 
1.9.3 Freqüencímetros de lingüeta vibratória ................................................................................ 39 
1.10 Terrômetros............................................................................................................................... 40 
1.10.1 Eletrodo de aterramento..................................................................................................... 41 
1.10.2 Cuidados na medição......................................................................................................... 42 
 
 4
1.10.3 Conclusões e recomendações ........................................................................................... 42 
UNIDADE II ............................................................................................................................................ 43 
2.1 Exemplos de Ferramentas Elétricas ............................................................................................ 43 
2.2 Exemplos de Ferramentas Manuais ............................................................................................ 44 
2.3 Alicates......................................................................................................................................... 45 
2.3.1 Descrição.............................................................................................................................. 45 
2.3.2 Utilização .............................................................................................................................. 45 
2.3.3 Classificação......................................................................................................................... 45 
2.4 Desencapador de fios .................................................................................................................. 47 
2.5 Alicates prensa terminal............................................................................................................... 48 
2.5.1 Alicate Manual ...................................................................................................................... 48 
2.5.2 Alicate Manual de Pressão................................................................................................... 48 
2.5.3 Alicate de Pressão................................................................................................................ 49 
2.5.4 Alicate Hidráulico .................................................................................................................. 50 
2.6 Conectores à compressão ........................................................................................................... 50 
2.7 Alicate Rebitador.......................................................................................................................... 51 
2.8 Rebites ......................................................................................................................................... 52 
2.8.1 Procedimento de Rebitagem................................................................................................ 52 
2.9 Chaves de aperto......................................................................................................................... 53 
2.9.1 Descrição.............................................................................................................................. 53 
2.9.2 Comentários ......................................................................................................................... 53 
2.9.3 Classificação......................................................................................................................... 53 
2.10 Morsa de bancada ..................................................................................................................... 59 
2.10.1 Funcionamento ................................................................................................................... 60 
2.10.2 Condição de Uso ................................................................................................................ 60 
2.11 Arco de serra.............................................................................................................................. 61 
2.11.1 Características.................................................................................................................... 61 
2.11.2 Comentários ....................................................................................................................... 62 
2.12 Ferro de solda ............................................................................................................................ 63 
2.13 Serrote ....................................................................................................................................... 64 
2.14 Arco de Pua ............................................................................................................................... 64 
2.15 Torquímetro................................................................................................................................ 65 
2.15.1 Como usar o torquímetro.................................................................................................... 65 
2.16 Verificadores e calibradores ...................................................................................................... 66 
2.16.1 Tipos ................................................................................................................................... 66 
2.16.2 Condições de Uso .............................................................................................................. 69 
2.16.3 Conservação....................................................................................................................... 69 
2.17 Compassos ................................................................................................................................ 69 
 
 5
2.17.1 Constituição ........................................................................................................................ 69 
2.17.2 Cuidados............................................................................................................................. 70 
2.18 Chaves de Impacto .................................................................................................................... 71 
2.18.1 Chaves de gancho.............................................................................................................. 71 
2.18.2 Chaves de batida................................................................................................................ 72 
2.19 Limas.......................................................................................................................................... 73 
2.19.1 Descrição............................................................................................................................ 73 
2.19.2 Utilização ............................................................................................................................ 73 
2.19.3 Classificação....................................................................................................................... 73 
2.19.4 Comentários ....................................................................................................................... 74 
2.19.5 Aplicações das limas segundo suas formas. ..................................................................... 75 
2.20 Extratores para polias e rolamentos .......................................................................................... 76 
2.20.1 Extrator de dois braços....................................................................................................... 76 
2.20.2 Extrator auto-centrante....................................................................................................... 76 
2.20.3 Jogo de extração ................................................................................................................ 77 
2.20.4 Extrator hidráulico auto-centrante ...................................................................................... 77 
2.20.5 Anel de injeção com dispositivo extrator ............................................................................ 78 
2.21 Furadeiras .................................................................................................................................. 79 
2.21.1 Funcionamento ................................................................................................................... 79 
2.21.2 Furadeira de coluna............................................................................................................ 80 
2.21.3 Furadeira Radial ................................................................................................................. 80 
2.21.4 Furadeira Portátil ................................................................................................................ 81 
2.21.5 Características.................................................................................................................... 81 
2.21.6 Acessórios .......................................................................................................................... 81 
2.21.7 Condições de uso............................................................................................................... 82 
2.22 Broca.......................................................................................................................................... 82 
2.22.1 Descrição............................................................................................................................ 82 
2.22.2 Comentários ....................................................................................................................... 82 
2.22.3 Classificação....................................................................................................................... 82 
2.23 Machos de roscar ...................................................................................................................... 87 
2.23.1 Machos de roscar – Manual ............................................................................................... 87 
2.23.2 A máquina........................................................................................................................... 88 
2.23.3 Características.................................................................................................................... 88 
2.23.4 Tipos de macho de roscar .................................................................................................. 90 
2.23.5 Seleção dos machos de roscar, brocas e lubrificantes ou refrigerantes............................ 91 
2.23.6 Condições de uso dos machosde roscar .......................................................................... 91 
2.23.7 Conservação....................................................................................................................... 91 
2.23.8 Classificação dos machos de roscar, segundo o tipo de rosca ......................................... 92 
 
 6
2.24 Desandadores............................................................................................................................ 92 
2.24.1 Descrição............................................................................................................................ 92 
2.24.2 Utilização ............................................................................................................................ 92 
2.24.3 Classificação....................................................................................................................... 93 
2.24.4 Tipos ................................................................................................................................... 93 
2.24.5 Comentários ....................................................................................................................... 94 
2.24.6 Desandador para cossinetes.............................................................................................. 95 
2.25 Cossinetes ................................................................................................................................. 96 
2.25.1 Características dos cossinetes........................................................................................... 96 
2.25.2 Uso dos cossinetes............................................................................................................. 97 
2.25.3 Escolha dos cossinetes ...................................................................................................... 97 
2.25.4 Cossinete bipartido ............................................................................................................. 97 
2.25.5 Cossinete de pente............................................................................................................. 98 
2.26 Talhadeira e bedame ................................................................................................................. 99 
2.26.1 Descrição............................................................................................................................ 99 
2.26.2 Utilização ............................................................................................................................ 99 
2.26.3 Características.................................................................................................................... 99 
2.26.4 Comentários ..................................................................................................................... 100 
2.27 Ponteiro.................................................................................................................................... 100 
2.28 Punção de Bico ........................................................................................................................ 100 
2.28.1 Descrição.......................................................................................................................... 100 
2.28.2 Classificação..................................................................................................................... 101 
2.28.3 Utilização .......................................................................................................................... 101 
2.29 Martelo, Marreta e Macete....................................................................................................... 102 
2.29.1 Martelo.............................................................................................................................. 102 
2.29.1.1 Comentários .............................................................................................................. 103 
2.29.2 Marreta ............................................................................................................................. 104 
2.29.3 Macete .............................................................................................................................. 104 
2.29.3.1 Utilização................................................................................................................... 105 
2.29.3.1 Comentários .............................................................................................................. 105 
2.30 Serra tico-tico ........................................................................................................................... 105 
2.31 Esmerilhadeira ......................................................................................................................... 106 
2.32 Lixadeira................................................................................................................................... 106 
2.33 Ferramentas de força............................................................................................................... 107 
2.33.1 Alavanca ........................................................................................................................... 107 
2.33.1.1 Diversos tipos de alavanca. ...................................................................................... 107 
2.33.2 Cunha ............................................................................................................................... 108 
2.33.3 Macaco ............................................................................................................................. 108 
 
 7
2.33.4 Roldana ............................................................................................................................ 109 
2.33.5 Cadernal ........................................................................................................................... 109 
2.33.6 Talha................................................................................................................................. 110 
2.33.7 Tirfor ................................................................................................................................. 111 
2.34 Escadas ................................................................................................................................... 111 
2.34.1 Escada de Abrir ................................................................................................................ 111 
2.34.2 Escada de Extensão......................................................................................................... 112 
2.35 Luvas........................................................................................................................................ 112 
2.36 Fitas e fios para enfiação......................................................................................................... 113 
2.37 Ferramentas de curvar eletrodutos metálicos rígidos.............................................................. 114 
2.38 Ferramenta de pólvora para fixação........................................................................................ 115 
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................................... 116 
 
 
 
8
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1.1 – Ponteiro acoplado a uma bobina móvel ............................................................................ 16 
Figura 1.2 – Partes principais de um instrumento de medidas elétricas ............................................... 17 
Figura 1.3 – Wattímetro e símbolos para classe de isolação. ............................................................... 19Figura 1.4 -Noções de Padrão, Aferição e Calibração........................................................................... 20 
Figura 1.5 – Erro de paralaxe................................................................................................................. 22 
Figura 1.6 – Símbolos ............................................................................................................................ 25 
Figura 1.7 – Símbolos (Continuação) .................................................................................................... 26 
Figura 1.8 – Símbolos (continuação) ..................................................................................................... 27 
Figura 1.9 – Símbolos (Continuação) .................................................................................................... 28 
Figura 1.10 – Voltímetros ....................................................................................................................... 29 
Figura 1.11 – Amperímetros................................................................................................................... 30 
Figura 1.12 – Exemplo de amperímetro usado em painel de quadro elétrico ....................................... 30 
Figura 1.13 – Modelo de volt-amperímetro ............................................................................................ 31 
Figura 1.14 – Volt-amperímetro – componentes básicos ...................................................................... 31 
Figura 1.15 – Exemplo de medição com volt-amperímetro ................................................................... 32 
Figura 1.16 – Exemplo de medição com volt-amperímetro (continuação) ............................................ 32 
Figura 1.17 - Exemplo de medição com volt-amperímetro (continuação) ............................................. 33 
Figura 1.18 - Megôhmetro...................................................................................................................... 33 
Figura 1.19 – Indicação em um megôhmetro ........................................................................................ 34 
Figura 1.20 – Como utilizar o megôhmetro............................................................................................ 34 
Figura 1.21 – Medição com megôhmetro .............................................................................................. 35 
Figura 1.22 – Medidores de potência..................................................................................................... 36 
Figura 1.23 - Freqüêncímetros............................................................................................................... 37 
Figura 1.24 - Freqüêncímetros de Indução............................................................................................ 38 
Figura 1.25 - Freqüêncímetros de lingüeta vibratória ............................................................................ 39 
Figura 1.26 – Exemplo de oscilação do Freqüêncímetro de lingüeta vibratória .................................... 40 
Figura 1.27 – Terrometro Digital ............................................................................................................ 40 
Figura 1.28 – Terrômetro Analógico....................................................................................................... 41 
Figura 2.1 – Exemplos de ferramentas elétricas.................................................................................... 43 
Figura 2.2 – Exemplos de ferramentas manuais ................................................................................... 44 
Figura 2.3 – Alicate universal ................................................................................................................. 45 
Figura 2.4 – Alicate de corte .................................................................................................................. 46 
Figura 2.5 – Alicate de bico.................................................................................................................... 46 
Figura 2.6 – Alicate de compressão....................................................................................................... 46 
 
 
9
Figura 2.7 – Alicate de eixo móvel ......................................................................................................... 47 
Figura 2.8 – Desencapador de fios ........................................................................................................ 47 
Figura 2.9 – Alicate prensa terminal - manual ....................................................................................... 48 
Figura 2.10 – Alicate prensa terminal – manual de pressão.................................................................. 48 
Figura 2.11 – Alicate prensa terminal – manual de pressão 2............................................................... 49 
Figura 2.12 – Alicate de pressão............................................................................................................ 49 
Figura 2.13 – Alicate hidráulico .............................................................................................................. 50 
Figura 2.14 – Conectores à compressão ............................................................................................... 50 
Figura 2.15 – Alicate Rebitador.............................................................................................................. 51 
Figura 2.16 - Rebites .............................................................................................................................. 52 
Figura 2.17 – Rebitagem (1) .................................................................................................................. 52 
Figura 2.18 – Rebitagem (2) .................................................................................................................. 52 
Figura 2.19 – Rebitagem (3) .................................................................................................................. 52 
Figura 2.20 – Rebitagem (4) .................................................................................................................. 52 
Figura 2.21 – Chave de boca................................................................................................................. 54 
Figura 2.22 – Chave Combinada ........................................................................................................... 54 
Figura 2.23 – Chave de boca fixa de encaixe........................................................................................ 55 
Figura 2.24 – Chave de boca regulável – inglesa.................................................................................. 55 
Figura 2.24 – Chave de boca regulável - grifo ....................................................................................... 56 
Figura 2.25 – Chave Allen...................................................................................................................... 56 
Figura 2.26 – Chave radial ..................................................................................................................... 56 
Figura 2.27 – Chave corrente................................................................................................................. 57 
Figura 2.28 – Chave soquete ................................................................................................................. 57 
Figura 2.29 – Chave de parafuso de fenda............................................................................................ 58 
Figura 2.30 – Chave Phillips .................................................................................................................. 58 
Figura 2.31 – Morsa de bancada ...........................................................................................................59 
Figura 2.32 – Morsa de bancada(2) ....................................................................................................... 59 
Figura 2.33 – Morsa de bancada(3) ....................................................................................................... 60 
Figura 2.34 – Tamanhos de morsas ...................................................................................................... 60 
Figura 2.35 – Arco de serra.................................................................................................................... 61 
Figura 2.36 – Arco de serra (2) .............................................................................................................. 62 
Figura 2.37 - Arco de serra (3) .............................................................................................................. 62 
Figura 2.38 – Ferro de solda .................................................................................................................. 63 
Figura 2.39 - Serrote .............................................................................................................................. 64 
Figura 2.40 – Arco de pua...................................................................................................................... 64 
Figura 2.41 - Torquímetros..................................................................................................................... 65 
Figura 2.42 – Verificador de raio ............................................................................................................ 66 
Figura 2.43 – Verificador de ângulos ..................................................................................................... 66 
 
 
10 
Figura 2.44 – Verificador de rosca ......................................................................................................... 67 
Figura 2.45 – Calibrador de folgas ......................................................................................................... 67 
Figura 2.46 - Calibrador “passa-não-passa” .......................................................................................... 68 
Figura 2.47 - Calibrador-tampão ............................................................................................................ 68 
Figura 2.48 - Verificador de chapas e arames ....................................................................................... 68 
Figura 2.49 - Compassos ....................................................................................................................... 69 
Figura 2.50 – Compassos (2)................................................................................................................. 70 
Figura 2.51 - Chaves de gancho............................................................................................................ 71 
Figura 2.52 - Chaves de batida .............................................................................................................. 72 
Figura 2.53 - Lima .................................................................................................................................. 73 
Figura 2.54 – Classificação das limas.................................................................................................... 73 
Figura 2.55 – Classificação das limas (2) .............................................................................................. 74 
Figura 2.56 - Aplicações das limas segundo suas formas..................................................................... 75 
Figura 2.57 – Extrator de dois braços .................................................................................................... 76 
Figura 2.58 – Extrator auto-centrante .................................................................................................... 76 
Figura 2.59 – Jogo de extração.............................................................................................................. 77 
Figura 2.60 – Extrator hidráulico auto-centrante.................................................................................... 77 
Figura 2.61 - Anel de injeção com dispositivo extrator .......................................................................... 78 
Figura 2.62 - Furadeira........................................................................................................................... 79 
Figura 2.63 - Furadeira de coluna.......................................................................................................... 80 
Figura 2.64 - Furadeira Radial ............................................................................................................... 80 
Figura 2.65 - Furadeira Portátil .............................................................................................................. 81 
Figura 2.66 – Broca Helicoidal ............................................................................................................... 83 
Figura 2.67 – Broca Helicoidal (2).......................................................................................................... 83 
Figura 2.68 – Broca Helicoidal (3).......................................................................................................... 84 
Figura 2.69 - Broca Helicoidal (4)........................................................................................................... 84 
Figura 2.70 – Broca Helicoidal (5).......................................................................................................... 85 
Figura 2.71 - Broca de Centrar............................................................................................................... 85 
Figura 2.72 - Broca de Centrar (2) ......................................................................................................... 85 
Figura 2.73 - Broca de Centrar (3) ......................................................................................................... 86 
Figura 2.74 - Broca de Centrar (4) ......................................................................................................... 86 
Figura 2.75 - Machos de roscar ............................................................................................................. 87 
Figura 2.76 - Machos de roscar (2) ........................................................................................................ 88 
Figura 2.77 - Machos de roscar (3) ........................................................................................................ 89 
Figura 2.78 - Machos de roscar (4) ........................................................................................................ 90 
Figura 2.79 - Machos de roscar (5) ........................................................................................................ 90 
Figura 2.80 - Machos de roscar (6) ........................................................................................................ 90 
Figura 2.81 - Machos de roscar (7) ........................................................................................................ 90 
 
 
11 
Figura 2.82 - Machos de roscar (8) ........................................................................................................ 90 
Figura 2.83 - Machos de roscar (9) ........................................................................................................ 91 
Figura 2.84 – Classificação dos machos de roscar segundo o tipo de rosca........................................ 92 
Figura 2.85 - Desandador fixo “T” .......................................................................................................... 93 
Figura 2.86 - Desandador em T com castanhas reguláveis .................................................................. 94 
Figura 2.87 - Desandador para machos e alargadores......................................................................... 94 
Figura 2.88 - Desandador para cossinetes ............................................................................................ 95 
Figura 2.89 – Comprimentos dos desandador para cossinetes ............................................................ 95 
Figura 2.90 - Cossinetes ........................................................................................................................ 96 
Figura 2.91 – Cossinetes bipartido......................................................................................................... 97 
Figura 2.92 – Cossinetes bipartido (2) ................................................................................................... 97 
Figura 2.93 - Cossinete de pente ........................................................................................................... 98 
Figura 2.94 - Talhadeira e bedame........................................................................................................ 99 
Figura 2.95 - Talhadeira e bedame – Características............................................................................ 99 
Figura 2.96 - Punção de Bico............................................................................................................... 100 
Figura 2.97 - Punção de bico - utilização............................................................................................. 101 
Figura 2.98 – Martelo ........................................................................................................................... 102 
Figura 2.99 – Martelo de bola .............................................................................................................. 103 
Figura 2.100 – Martelo de borracha..................................................................................................... 103 
Figura 2.101 - Marreta.......................................................................................................................... 104 
Figura 2.102 – Macete ......................................................................................................................... 104 
Figura 2.103 – Serra tico-tico ............................................................................................................... 105 
Figura 2.104 - Esmerilhadeira .............................................................................................................. 106 
Figura 2.105 - Lixadeira ....................................................................................................................... 106 
Figura 2.106 – Tipos de alavanca ........................................................................................................ 107 
Figura 2.107 - Cunha ........................................................................................................................... 108 
Figura 2.108 - Macaco ......................................................................................................................... 108 
Figura 2.109 - Roldana......................................................................................................................... 109 
Figura 2.110 - Cadernal ....................................................................................................................... 109 
Figura 2.111 - Talha ............................................................................................................................. 110 
Figura 2.112 – Talha (2)....................................................................................................................... 110 
Figura 2.113 - Tirfor.............................................................................................................................. 111 
Figura 2.114 – Escada ......................................................................................................................... 112 
Figura 2.115 - Luvas ............................................................................................................................ 112 
Figura2.116 - Fitas e fios para enfiação............................................................................................... 113 
Figura 2.117 - Ferramentas de curvar eletrodutos metálicos rígidos .................................................. 114 
Figura 2.118 - Ferramentas de curvar eletrodutos metálicos rígidos (2) ............................................. 114 
Figura 2.119 - Ferramenta de pólvora para fixação............................................................................. 115 
 
 
12 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1.1- Classe de precisão.............................................................................................................. 19 
Tabela 1.2 – Corrente do circuito X Resistência de isolamento ............................................................ 35 
 
 
13 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
Esta apostila foi desenvolvida visando dar ao Eletricista montador uma noção sobre instrumentos 
de medição elétrica bem como o adequado uso do ferramental existente em uma obra, permitindo-lhe 
que execute suas atividades dentro dos padrões exigidos com segurança e habilidade. 
Dividimos a apostila em duas partes, sendo a primeira sobre Instrumentos de medição elétrica e 
a segunda parte sobre ferramental empregado numa obra. 
Na primeira parte trataremos do processo de medição, que em geral, envolve a utilização de um 
instrumento como o meio físico para determinar uma grandeza ou o valor de uma variável. O 
instrumento atua como extensão da capacidade humana e, em muitos casos, permite que alguém 
determine o valor de uma quantidade desconhecida, o que não seria realizável apenas pela 
capacidade humana sem auxílio do meio utilizado. Um instrumento pode então ser definido como o 
dispositivo de determinação do valor ou grandeza de uma quantidade ou variável. 
Existem vários tipos de instrumentos de medição tais como : de bobina móvel; de ferro móvel; 
eletrodinâmicos; de indução; de bobinas cruzadas; eletrostáticos mas a apresentação de todos ficaria 
impossível nesta disciplina. 
Portanto, daremos mais ênfase aos instrumentos mais utilizados tais como voltímetros, 
amperímetros, volt-amperímetro de alicate, megôhmetros, medidores de potência, freqüêncímetros e 
terrômetros mas discutiremos antes algumas genarilidades sobre os instrumentos de medições 
elétricas, teoria dos erros e as simbologias utilizadas nos instrumentos de medição dando com isto 
uma visão geral do assunto ao aluno. 
Outro fator importante para realização de uma montagem elétrica, é a utilização correta das 
ferramentas empregadas as atividades então na segunda parte da apostila desenvolvemos através de 
figuras e algum material existente em sala de aula, as ferramentas mais usuais no dia-a-dia do 
eletricista montador, pois assim facilitaremos o trabalho do profissional dando-lhe segurança a 
realização de suas atividades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
I – MEDIDAS ELÉTRICAS 
 
 
 
1.1 Generalidades sobre os instrumentos de medição 
 
 
1.1.1 Classificação dos instrumentos de medição 
 
 
1.1.1.1 Quanto ao modo de indicação do valor da grandeza medida: 
 
 
Podemos dividir os instrumentos de medida quanto ao seu emprego nos seguintes grupos: 
• Instrumentos Indicadores ou Mostradores; 
• Instrumentos Registradores; 
• Instrumentos Integradores. 
 
Instrumentos indicadores ou mostradores: 
São instrumentos que indicam em qualquer momento o valor instantâneo, eficaz, médio ou de 
pico da grandeza a ser medida Exemplos: amperímetro, voltímetro, Ohmímetro, wattímetro, etc. 
A indicação da grandeza pode se dar pelo deslocamento de um ponteiro sobre uma escala 
graduada (instrumentos analógicos) ou pela representação numéricaem um display (instrumentos 
digitais). 
Um instrumento de medição indicador também pode fornecer um registro. 
 
Instrumentos registradores: 
São instrumentos que registram os valores da grandeza sobre um rolo de papel graduado, 
permitindo que mesmo após o instrumento ter sido desligado possamos fazer uma analise da 
variação da grandeza medida durante o período em que o instrumento permaneceu ligado. 
Os instrumentos que são ligados a computadores, para armazenamento temporário ou 
permanente do valor da(s) grandeza(s) medida em disco rígido, disquete, cd, etc., também são 
classificados como registradores. 
Um instrumento registrador também pode apresentar uma indicação da grandeza. 
 
 
 
 
 
15 
Instrumentos integradores: 
São instrumentos cujo mostrador apresenta o valor acumulado da grandeza medida, desde o 
momento em que os mesmos foram instalados até o presente momento. 
Exemplos: Medidor de energia elétrica. 
Nestes instrumentos o valor da grandeza é obtido pela diferença entre a leitura no fim do período, 
chamada “leitura atual” e a leitura feita no início do período, chamada de “leitura anterior”. 
 
 
1.1.1.2 Quanto ao uso: 
 
 
Instrumentos para painéis ou quadros de comando: 
São empregados para medidas contínuas, isto é, são fixos ou embutidos em painéis indicando, 
controlando ou registrando continuamente uma grandeza qualquer. Geralmente têm dimensões 
normalizadas para facilidade de troca sem grandes interrupções. 
 
Instrumentos portáteis: 
Os instrumentos portáteis são empregados na manutenção ou em laboratório e, portanto, de uso 
descontínuo, para avaliação, controle e pesquisa de uma instalação ou de um outro instrumento. 
De acordo com a finalidade de uso do instrumento, deve-se fazer a sua escolha, portanto, um 
instrumento para a manutenção de instalações, sujeito a trabalhos em condições adversas, deve ser 
um instrumento sólido, construído de modo a suportar choques e vibrações, não havendo 
necessidade de ter grande sensibilidade ou uma grande precisão. Isto não acontece no entanto, com 
os instrumentos e laboratório que poderão ser de construção mais frágil, mas conservando grande 
sensibilidade e precisão, pois poderão servir como padrões para aferição de outros instrumentos ou 
empregados para medições exatas de grandezas importantes. 
 
 
1.1.1.3 Quanto ao tipo de grandeza mensurável: 
 
 
• Amperímetro; 
• Voltímetro; 
• Freqüêncímetro; 
• Wattímetro; 
• Fasímetro; 
• Varímetro; 
• Ohmímetro, etc. 
 
 
16 
1.1.1.4 Quanto natureza do torque moto (instrumentos 
eletromecânicos): 
 
 
Os instrumentos dividem-se de acordo com a finalidade e quanto aos sistemas de medição com 
qual funcionam. Os sistemas de medição mais empregados são os seguintes: 
• Bobina Móvel e ímã permanente ( BMIP ); 
• Ferro Móvel; 
• Lâminas vibráteis; 
• Eletrodinâmico; 
• Eletrônico Digital. 
Modernamente estão se impondo os instrumentos com sistema eletrônico em virtude do 
aperfeiçoamento e confiabilidade sempre melhor dos componentes eletrônicos. 
Principio de funcionamento dos instrumentos de medição 
Os primeiros instrumentos para medidas de grandezas elétricas eram baseados na deflexão de 
um ponteiro acoplado a uma bobina móvel imersa em um campo magnético, conforme figura 1.1. 
 
Figura 1.1 – Ponteiro acoplado a uma bobina móvel 
 
Uma corrente aplicada na bobina produz o seu deslocamento pela força de Lorentz. Um 
mecanismo de contra reação (em geral uma mola) produz uma força contraria ao modo que a 
deflexão do ponteiro é proporcional à corrente na bobina. 
Estes instrumentos analógicos, mesmo com a sua grande utilização, são de qualidades inferiores 
se comparadas às dos instrumentos digitais, pois apresentam imprecisão de leitura, fragilidade, 
desgastes mecânicos entre outros fatores. 
 
 
17 
Os instrumentos digitais atuais são inteiramente eletrônicos, não possuindo partes móveis. São 
mais robustos, precisos, estáveis e duráveis. São baseados em conversores analógicos/digitais (A/D) 
e são facilmente adaptáveis a uma leitura automatizada. Além disso, o custo dos instrumentos digitais 
é em geral inferior (com exceção dos osciloscópios). 
Detalhes Construtivos 
A figura 1.2 mostra as partes principais de um instrumento de medidas elétricas. O instrumento, 
propriamente dito, com os seus acessórios internos intercambiáveis se chama instrumento de medida 
elétrica. 
 
Figura 1.2 – Partes principais de um instrumento de medidas elétricas 
 
O instrumento com seus acessórios externos intercambiáveis, ou não, formam o conjunto de 
medição. Desmembrando o instrumento de medida elétrica em seus componentes principais 
encontramos as seguintes partes: 
• O mecanismo ou sistema de medição; 
• A caixa externa de proteção; 
• O mostrador; 
• O ponteiro; 
Acessórios internos. 
Cada uma das partes mencionadas acima apresentam as características e funções que são 
características de cada instrumento. 
Algumas características elétricas dos instrumentos de medição 
Não é possível fazer uma medição cujo resultado seja absolutamente exato, é importante 
conhecer-se qual o grau de exatidão da medida e como os diferentes tipos de erros afetam a 
medição. Um bom aparelho de medição requer sensibilidade e exatidão. 
Sensibilidade é a relação entre o deslocamento da marca (percurso que a marca efetua sobre a 
escala durante a medição) e a variação da grandeza de medida, referida sempre e somente ao 
 
 
18 
deslocamento da marca e nunca ao ângulo de desvio. Sensibilidade não significa o mesmo que 
exatidão, como se pode comparar com a explicação que se dá de exatidão. 
Exatidão é a aptidão de um instrumento para dar respostas próximas ao valor verdadeiro do 
mensurando. A exatidão pressupõe a variabilidade das medidas (embora feitas em condições 
idênticas), sendo o valor central da distribuição (geralmente a média aritmética) o “exato”. Portanto, 
quanto maior a quantidade de medidas feitas, mais exata será sua representação. Obviamente, é 
recomendável que todo instrumento ou método possua precisão e exatidão. A primeira dessas 
qualidades de fidedignidade é controlada pela calibração, feita por comparação à medida de um 
padrão cujo valor (preciso) é conhecido. Sem esse conhecimento, o desvio da escala não pode ser 
aferido. Já a segunda característica (exatidão) pode ser conseguida pelo aumento infinito do número 
de medidas. Ou, pelo menos, com um número finito, mas até a aproximação desejada ou necessária. 
Classe de precisão ou de exatidão: é a margem de erro porcentual que se pode obter na 
medição de uma determinada grandeza, por meio de um instrumento de medidas elétricas. Os 
instrumentos de precisão para laboratório têm classe de precisão de 0,1; 0,2 ou 0,5. Os instrumentos 
de serviço para fins normais têm classe de precisão de 1,0; 1,5; 2,5 ou 5,0. Estes números são 
conhecidos como “índice de classe” (IC) e podem ser calculados pela seguinte equação: 
 
 
Onde representa o erro absoluto máximo. 
Como exemplo da utilização da classe de precisão, consideremos a medição de tensão indicada 
em 120V por um voltímetro de classe de precisão 1,5 e cuja escala graduada seja de 0 a 300V. Para 
tanto está sendo solicitado que você calcule o erro absoluto máximo 
 
 
 
Aplicando os dados acima na equação teremos o seguinte desenvolvimento e resultado: 
 
 
 
 
 
19 
Este resultado indica que os 120 V lidos no instrumento são, na realidade 120±4,5, ou seja, pode 
variar de 115,5V a 124,5V. 
É importante salientar que a Classe de precisão ou de exatidão deve vir impresso no visor do 
instrumento, conforme tabela abaixo. 
 
Tabela 1.1- Classe de precisão 
 
Instrumentos de alta precisão Instrumentos para fins 
normais Classe 
0,1 0,2 0,5 1,0 1,5 2,5 5,0Erro em 
percentagem do 
valor, no final da 
escala 
+- 0,1 +- 0,2 +- 0,5 +- 1,0 +- 1,5 +- 2,5 +- 5,0 
 
 
Tensão de isolação ou tensão de prova é o valor máximo de tensão que um instrumento pode 
receber entre sua parte interna (de material condutor) e sua parte externa (de material isolante). Este 
valor é simbolicamente representado nos instrumentos por úmeros 1, 2, 3 ou 5, contidos no interior de 
uma estrela. 
 
Figura 1.3 – Wattímetro e símbolos para classe de isolação. 
 
Os valores significam tensões de isolação em KV. Quando a estrela se encontrar vazia a tensão 
de isolação é de 500V. Devemos tomar o cuidado de não utilizar instrumentos de medidas elétricas 
com tensão de isolação inferior à tensão da rede, pois podemos causar danos aos instrumentos e 
risco ao operador. A tensão de isolação deve ser sempre maior que a tensão da rede. 
Categoria de medição: é definida pelos padrões internacionais, podendo variar entre os níveis I a 
IV, onde os sistemas são divididos de acordo com a distribuição de energia. Esta divisão é baseada 
no fato de que um transiente perigoso de alta energia, como um raio, será atenuado ou amortecido à 
medida que passa pela impedância (resistência CA) do sistema. 
 
 
20 
 
Figura 1.4 -Noções de Padrão, Aferição e Calibração 
 
 
1.1.3.1 Padrão: 
 
 
É um elemento ou instrumento de medida destinado a definir, conservar e reproduzir a unidade 
base de medida de uma determinada grandeza. Possui uma alta estabilidade com o tempo e é 
mantido em um ambiente neutro e controlado. (temperatura, pressão, umidade, etc.) 
 
 
1.1.3.2 Aferição: 
 
 
Procedimento de comparação entre o valor lido por um instrumento e o valor padrão apropriado 
da mesma grandeza. Apresenta caráter passivo, pois os erros são determinados, mas não corrigidos. 
 
 
1.1.3.3 Calibração: 
 
 
Procedimento que consiste em ajustar o valor lido com um instrumento com o valor padrão de 
mesma natureza. Apresenta caráter ativo, pois além de determinado é corrigido. 
 
 
21 
1.2 Teoria dos erros 
 
 
1.2.1 Classificação dos erros 
 
 
Podemos definir os erros que surgem nas leituras dos instrumentos de medição como sendo o 
desvio observado entre o valor medido e o valor verdadeiro (ou aceito como verdadeiro). De acordo 
com a causa, ou origem, dos erros cometidos nas medidas, estes podem ser classificados em: 
grosseiros, sistemáticos e acidentais. 
 
 
1.2.1.1 Erros grosseiros 
 
 
São erros causados por falha do operador, como por exemplo a troca na posição dos algarismos 
ao escrever os resultados, os enganos nas operações elementares efetuadas, posicionamento 
incorreto da vírgula nos números contendo decimais, ajustes e aplicações incorretas dos 
equipamentos e o erro de "paralaxe". Esses erros ocorrem normalmente pela imperícia ou distração 
do operador. 
O erro de paralaxe é um erro de observação que ocorre quando o olho humano não está 
diretamente sobre o ponteiro do medidor. Uma visada oblíqua causa o deslocamento aparente do 
ponteiro para a direita ou para a esquerda, dependendo de que lado do ponteiro o olho do observador 
está localizado, conforme podemos ver na figura 2.1. 
A fim de reduzir o erro de paralaxe, a maioria dos instrumentos de bancada e multitestes são 
providos de um espelho no mostrador. Para usar a escala de espelho, um olho só deve ser 
empregado; o olho deve então ser posicionado de modo a fazer com que o ponteiro e seu reflexo no 
espelho coincidam. A seguir, a medida pode ser lida com o máximo de exatidão. 
 Os erros grosseiros podem ser evitados com a repetição dos ensaios pelo mesmo operador, 
ou por outros operadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
Figura 1.5 – Erro de paralaxe 
 
1.2.1.2 Erros sistemáticos 
 
 
Este tipo de erro é geralmente dividido em duas categorias: erros instrumentais e erros 
ambientais. 
 
 
1.2.1.3 Erros Instrumentais: 
 
 
 São erros inerentes aos instrumentos de medição devido à sua estrutura interna. Por exemplo, 
o atrito entre as partes móveis dos instrumentos, tensão mecânica irregular da mola de torção, 
consumo de energia elétrica dos instrumentos, etc. Estes erros farão com que o instrumento dê 
indicação incorreta. Podemos também citar como exemplo de erros instrumentais os erros de 
calibração, motivando indicações superiores ou inferiores ao longo de toda a escala do instrumento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
1.2.1.4 Erros ambientais: 
 
 
São erros devidos às condições externas ao dispositivo de medição, incluindo o meio 
circundante, como por exemplo as variações de temperatura, umidade, pressão ou campos elétricos e 
magnéticos. Alterações na temperatura ambiente causam mudanças nas propriedades elásticas das 
molas e na resistência elétrica dos resistores que compõem a estrutura interna do instrumento, 
afetando sua indicação. Campos magnéticos externos causam alterações na intensidade do campo 
magnético interno dos instrumentos do qual depende seu funcionamento correto. Podemos evitar os 
erros ambientais tomando os seguintes cuidados ou precauções: 
Utilização de ar condicionado ( necessário apenas em medições de alto grau de exatidão, como 
por exemplo medições em laboratório). 
Uso de blindagens magnéticas (necessárias aos instrumentos eletrodinâmicos que são utilizados 
próximos à fontes de campos magnéticos, como por exemplo, motores, transformadores, etc.). 
 
 
1.2.1.5 Erros acidentais 
 
 
A experiência mostra que, a mesma pessoa, realizando os mesmos ensaios com os mesmos 
elementos constitutivos de um circuito elétrico, não consegue obter, cada vez, o mesmo resultado. A 
divergência entre estes resultados é devida à existência de um fator incontrolável, o “fator sorte”. Para 
usar uma tecnologia mais científica, diremos que os erros acidentais são a conseqüência do 
“imponderável” (algo que não se pode avaliar). Como já foi dito, são erros essencialmente variáveis e 
não suscetíveis de limitação. Este tipo de erro só é detectável em medições de alto grau de exatidão. 
 
 
1.2.1.6 Erro absoluto e erro relativo 
 
 
A palavra “erro” designa a diferença algébrica entre o valor medido Vm de uma grandeza e o seu 
valor verdadeiro, ou aceito como verdadeiro, Ve , ou seja: 
 
 
Onde o valor � V é chamado de “erro absoluto”. 
Quando o valor Vm encontrado na medida é maior que o valor verdadeiro Ve, diz-se que o erro 
cometido é “por excesso”. Quando Vm é menor que Ve , diz-se que o erro cometido é “por falta”. 
∆V = Vm - Ve 
 
 
24 
O “erro relativo” “e” é definido como a relação entre o erro absoluto ∆V e o valor verdadeiro Ve da 
grandeza medida: 
 
 
eV
Ve ∆=
 
 
Para definirmos o erro relativo percentual aplicamos o seguinte equacionamento: 
 
(%) 100 x V
Ve
e
∆
=
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
1.3 Simbologia empregada nos instrumentos de 
medição 
 
 
1.3.1 - Considerações Gerais 
 
 
Para a identificação rápida das diversas características do instrumento de medida, foram 
adotados símbolos inscritos na escala, de modo que cada um determina uma destas características. 
Os diversos símbolos usados na eletrotécnica e no campo de medição elétrica são mostrados nas 
figuras a seguir. 
 
 
Figura 1.6 – Símbolos 
 
 
26 
 
Figura 1.7 – Símbolos (Continuação) 
 
 
27 
 
 
Figura 1.8 – Símbolos (continuação) 
 
 
 
28 
 
 Figura 1.9 – Símbolos (Continuação) 
 
 
 
 
29 
1.4 Voltímetros 
 
 
Os Voltímetros são instrumentos destinados a medir a tensão. Podem ser de bobina móvel, ferro 
móvel ou eletrodinâmicos. 
A precisãodos voltímetros é tanto maior quanto maior a sua resistência interna. Assim , a 
precisão de um instrumento de 100kV é menor do a de 1MV. 
Sempre que usamos um voltímetro, devemos verificar se a escala escolhida é compatível com a 
grandeza a ser medida. Por exemplo, se formos medir a tensão de aproximadamente 120 volts, 
poderemos usar a escala de 0-150V, nunca uma escala menor, porque poderão ocorrer avarias no 
instrumento. Caso não se saiba a ordem de grandeza da tensão a ser medida, deverão ser usadas as 
escalas mais altas. 
Os voltímetros usuais medem tensões de até 500 a 600 volts (baixa tensão). Para se medir altas 
tensões é necessário o uso de transformadores de potencial (TP), que transformam a alta tensão em 
baixa tensão. 
Para se efetuar a leitura da tensão, basta colocar os terminais do instrumento entre os dois 
pontos do circuito e ler a grandeza na escala escolhida. As leituras mais precisas são aquelas 
efetuadas no meio da escala. Abaixo apresentamos o aspecto físico de um voltímetro, o seu símbolo 
e a maneira de como ligá-lo numa medição. 
 
 
Figura 1.10 – Voltímetros 
 
 
 
30 
1.5 Amperímetros 
 
 
Os amperímetros são instrumentos destinados a medir correntes elétricas. Podem, a exemplo 
dos voltímetros, ser dos tipos bobina móvel, ferro móvel e eletrodinâmicos. Ao contrário dos 
voltímetros, os amperímetros são tanto mais precisos quanto menor for a sua resistência interna. A 
sua ligação é sempre feita em série com o circuito a ser medido. Abaixo, vemos a fotografia de um 
Amperímetro comumente usado e sua simbologia. 
 
 
Figura 1.11 – Amperímetros 
 
Antes de se usar o instrumento, deve-se escolher a escala adequada à grandeza da corrente a 
medir, de modo que a leitura se efetue no meio da escala. Por exemplo, se a corrente a medir for da 
ordem de 60 ampères, deve-se escolher a escala de 0-100A. Caso se desconheça a ordem de 
grandeza da corrente a medir, deve-se escolher as escalas mais elevadas e, em seguida, trocar de 
escala, efetuando-se a leitura na metade da escala escolhida. 
Os amperímetros comuns têm escalas até 600 ou 800 ampères. Para leituras maiores, como é o 
caso de instrumentos fixos em painéis, há necessidade de transformadores de corrente (TC) que 
transformam valores elevados de corrente em valores pequenos (0-5A), as quais, conhecida a relação 
de transformação do TC, permitem concluir a leitura real. 
Na figura abaixo, vemos um tipo de amperímetro usado nos painéis de quadros elétricos. 
 
Figura 1.12 – Exemplo de amperímetro usado em painel de quadro elétrico 
 
 
31 
1.6 Volt-Amperímetro tipo alicate 
 
 
Modernamente está muito difundido o uso de amperímetros portáteis do tipo ¨alicate¨, ou seja, 
um instrumento que não precisa interromper o circuito par a ligação em série. Ele funciona usando o 
principio da indução, ou seja, a corrente do condutor produz um campo magnético que induz f.e.m. no 
circuito do instrumento, possibilitando a leitura em escalas convenientemente relacionadas com a 
corrente a medir. 
O volt-amperímetro tipo alicate apresenta os seguintes componentes básicos externos: 
 
 
 
Figura 1.13 – Modelo de volt-amperímetro 
 
A Gancho (secundário de um TC) D Visor da escala graduada 
B Gatilho (Para abrir gancho) E Terminais para medição de tensão 
C Parafuso de Ajuste F Botão seletor de escala 
 
O volt-amperímetro tipo alicate apresenta os seguintes componentes básicos internos: 
 
 
Figura 1.14 – Volt-amperímetro – componentes básicos 
 
A Gancho (bobinado secundário do TC) E Terminais 
B Retificador F Seletor de escala 
C Resistor Shunt para medições amperimétricas G Resistor de amortecimento para medições voltimétricas 
D Galvanômetros 
 
 
32 
O principio de funcionamento do volt-amperímetro tipo alicate é do tipo bobina móvel com 
retificador e é utilizado tanto para medições de tensão como de corrente elétrica. 
Observações: Quando o volt-amperímetro tipo alicate é utilizado na medição de tensão elétrica, 
ele funciona exatamente como um multiteste. 
Na medição da corrente o gancho do instrumento deve abraçar um dos condutores do circuito em 
que se deseja fazer a medição (seja no circuito trifásico como no circuito monofásico). 
 
Figura 1.15 – Exemplo de medição com volt-amperímetro 
 
O condutor abraçado deve ficar o mais centralizado possível dentro do gancho 
 
 
Figura 1.16 – Exemplo de medição com volt-amperímetro (continuação) 
 
O condutor abraçado funciona como o primário do TC e induz a corrente no secundário (o próprio 
gancho). Essa corrente secundaria é retificada e enviada ao galvanômetro do instrumento, cujo 
ponteiro indicará, na escala graduada, o valor da corrente no condutor. 
 
 
33 
Os volt-amperimetros tipo alicate não apresentam uma boa resolução no inicio da sua escala 
graduada, mesmo assim podem ser empregados nas correntes de baixos valores (menores que um 
1A). Neste caso, deve-se passar o condutor duas ou mais vezes pelo gancho do instrumento. 
 
Figura 1.17 - Exemplo de medição com volt-amperímetro (continuação) 
 
Para sabermos o resultado da medição basta dividirmos o valor lido pelo numero de vezes que o 
condutor estiver passando pelo gancho. 
 
 
1.7 Megôhmetros 
 
 
Os Megôhmetros são aparelhos destinados a medir altas resistências, daí serem usados para 
teste de isolamento de redes, de motores, geradores, etc. 
 
 
Figura 1.18 - Megôhmetro 
O Megôhmetro não é indicado para se medir mau contato de emendas de fios, chaves ou 
fusíveis, pois neste caso a resistência do circuito é muito pequena e o instrumento não teria precisão. 
 
 
34 
O Megôhmetro é um gerador de corrente contínua acionado por manivela, tendo uma escala e 
dois bornes de ligação. Em aparelhos modernos a tensão do gerador é mantida constante, qualquer 
que seja a rotação da manivela. 
Na figura abaixo vemos a indicação de um Megôhmetro de 500 volts, permitindo leituras de até 
50megohms. Este instrumento será indicado quando a instalação ou o equipamento a medir for de 
baixa tensão. Quando a instalação ou equipamento trabalhar em alta tensão, usam-se Megôhmetros 
de até 5000 volts com escala de 10000 megohms. 
 
Figura 1.19 – Indicação em um megôhmetro 
 
 
1.7.1 Como usar o Megôhmetro 
 
 
Pode-se medir a resistência do isolamento entre condutores ou entre condutores e eletroduto. 
Para isso, abrem-se os terminais do circuito em uma das extremidades, e na outra extremidade ligam-
se os bornes do megôhmetro, inicialmente entre os condutores e depois entre cada condutor e a 
massa (eletroduto). Deste modo, constata-se qual a resistência de isolamento. 
 
Figura 1.20 – Como utilizar o megôhmetro 
 
 
35 
De acordo com a NBR 5410, a resistência de isolamento mínima é a seguinte: 
Para fios de 1,5 e 2,5 mm2 – 1MΩ 
Para fios de maior seção é baseada na corrente do circuito, conforme tabela abaixo: 
 
Tabela 1.2 – Corrente do circuito X Resistência de isolamento 
 
Corrente do circuito Resistência de isolamento 
De 25 a 50 A 250.000 Ω 
De 51 a 100 A 100.000 Ω 
De 101 a 200 A 50.000 Ω 
De 201 a 400 A 25.000 Ω 
De 401 a 800 A 12.000 Ω 
Acima de 800 A 5.000 Ω 
 
Vamos supor, por exemplo, que num circuito de 1,5 mm2, aplicando o megôhmetro entre cada 
condutor e massa, achamos uma leitura de 0,2 megohms; isso significa problemas de isolamento no 
circuito que devem ser sanados antes da ligação definitiva. Pode-se medir também a resistência de 
isolamento entre os enrolamentos de um motor e a massa. Uma boa isolação é de 1.000 ohms para 
cada volt de tensão a ser aplicada no circuito. 
 
Figura 1.21 – Medição com megôhmetro 
 
 
 
 
36 
1.8 – Medidores de Potência 
 
 
Os medidores de potência elétrica são conhecidos como wattímetros, pois sabemosque a 
potência é expressa em watts por meio das fórmulas conhecidas: 
P = U.I corrente contínua; 
P = U.I.cos � corrente alternada monofásica; 
P = 1,73. U.I.cos � corrente alternada trifásica. 
Onde: 
U tensão em volts; 
I corrente em ampères; 
cos ө fator de potência; 
P Potencia em Watts. 
Assim, para que um instrumento possa medir a potencia de um circuito elétrico, será necessário 
o emprego de duas bobinas: uma de corrente e outra de potencial. 
A ação mútua dos campos magnéticos gerados pelas duas bobinas provoca o deslizamento de 
um ponteiro em uma escala graduada em watts proporcional ao produto Volts x Ampères, conforme 
figura abaixo. Note-se que a bobina de tensão ou de potencial está ligada em paralelo com o circuito, 
e a bobina de corrente, em série. 
 
Figura 1.22 – Medidores de potência 
 
Os wattímetros só medem a potência ativa, ou seja, aquela que é dissipada em calor. 
Conhecidas a potencia ativa P, a tensão U e a corrente I, podemos, determinar o fator de potência 
(cos ө). 
 
 
 
 
37 
1.9 Freqüencímetros 
 
 
A medição da freqüência da corrente alternada pode efetuar-se por comparação com uma outra 
freqüência conhecida e através de métodos denominados de ressonância 
Os métodos comparativos são variados e de obtenção muito delicada, ficando restritos a 
medições de laboratórios. 
Os métodos de ressonância são usados na indústria e nas aplicações comuns, permitindo os 
instrumentos deste tipo realizar leituras diretas. 
 
 
1.9.1 Freqüencímetros Eletrodinâmicos 
 
 
Os instrumentos eletrodinâmicos podem ser empregados para medir freqüência se os seus 
circuitos forme executados eletricamente ressonantes. 
Como regra geral possuem dois circuitos sintonizados: um deles em uma freqüência menor que 
a mínima que pode indicar o instrumento, estando, o segundo circuito, em uma freqüência 
ligeiramente superior à máxima. 
Estes sistemas ressonantes podem ser combinados com sistemas eletrodinâmicos simples ou 
com sistemas eletrodinâmicos de bobinas cruzadas. 
Um Freqüêncímetros do último tipo mencionado é apresentado na figura 16.1, instrumento que 
funciona baseado no fato de que a corrente que circula através de uma reatância diminui ao aumentar 
a freqüência, ao passo que aumenta ao circular por uma reatância capacitiva. 
 
Figura 1.23 - Freqüêncímetros 
 
 
 
 
 
38 
1.9.2 Freqüencímetros de Indução 
 
 
Este instrumento é constituído por dois eletroímãs com núcleo de ferro laminado. 
As expansões polares destes núcleos possuem espiras em curto-circuito que atuam como 
enrolamento de partida, como se fosse um motor elétrico de indução. 
Os campos alternados das correntes atravessam as espiras em curto-circuito como também o 
disco, produzindo em cada eletroímã dois campos contíguos corridos em fase. 
Cada campo criado tende a arrastar o disco em sentido contrário. 
Na figura abaixo o eletroímã está conectado à tensão da rede através de uma resistência R, e 
em um domínio restrito de freqüência, sendo a intensidade da sua corrente praticamente proporcional 
à tensão. 
 
Figura 1.24 - Freqüencímetros de Indução 
 
A bobina do eletroímã 2 está conectada à mesma tensão através de um circuito ressonante com 
indutância L e capacitância. 
Devido a localização excêntrica do eixo, ao girar o disco, varia a extensão afetada pelas corrente 
de Foucault, mudando estas e modificando portanto os momentos de desvio. 
Um dos momentos reduz-se aumentando o oposto. 
O disco, que carece de momento diretor mecânico, permanece estacionário quando ambos são 
iguais, mostrando assim, como medidor de quocientes, a relação entre as intensidades da corrente 
nos eletroímãs. 
Dado que a intensidade que atravessa 1 é proporcional à tensão e a que circula por 2 é 
proporcional à tensão e à freqüência , a indicação do instrumento corresponde exclusivamente à 
freqüência. 
 
 
 
 
39 
1.9.3 Freqüencímetros de lingüeta vibratória 
 
 
Estes instrumentos baseiam-se em um princípio de ressonância mecânica. 
A ressonância é um fenômeno físico verificado quando cessa a diferença entre os períodos dos 
momentos vibratórios de um determinado corpo, o que lhe é próprio e o que ele recebe, isto é, 
movimentos de vibrações forçadas cuja amplitude é máxima. 
Assim, por um recurso qualquer, cria-se outro movimento oscilatório de igual freqüência, 
denominando-se excitador ao primeiro sistema e ressonante ao segundo. 
Uma lâmina de aço submetida à influência de um campo magnético alternado vibrará com 
amplitude máxima quando a freqüência do campo magnético coincida com a freqüência própria da 
ressonância da lingüeta. 
Baseado nesse principio constroem-se Freqüencímetros denominados de lingüeta vibratória 
como pode-se observar externamente na figura 16.3, para um aparelho de 50 a 60Hz, consumo 
próprio de 8 a 10mA, para uma tensão de 110, 220, 380 e 440V e classe de precisão de 0,3% do 
valor real. 
 
Figura 1.25 - Freqüencímetros de lingüeta vibratória 
 
 
O instrumento constitui-se por uma determinada quantidade de lingüetas de aço de 2 a 5mm de 
largura, de o,1 a 0,4mm de espessura e de 20 a 60mm de comprimento. 
Estas lingüetas possuem as extremidades anteriores dobradas e de cor branca, ajustando-se 
mecanicamente para que possuam diferentes freqüências de oscilação própria, dispondo-se uma ao 
lado da outra. 
 
 
 
 
 
40 
Se são excitadas mediante um campo alternado de um eletroímã, por ressonância, oscilará com 
a máxima intensidade a lingüeta, cuja freqüência própria coincida com a da corrente excitante. 
As lingüetas vizinhas oscilam também, mais ou menos, de maneira que, segundo seja o aspecto 
da oscilação do conjunto, permite realizar uma leitura direta ou tomar um valor médio, figura abaixo: 
 
 
Figura 1.26 – Exemplo de oscilação do Freqüêncímetro de lingüeta vibratória 
 
 
1.10 Terrômetros 
 
 
O Terrômetro mede a resistência de sistemas de aterramento formados por estacas ou malhas 
pequenas por medição da resistência de um laço de terra aproveitando a presença de aterramentos 
vizinhos, sem a necessidade de utilizar estacas auxiliares próprias e sem desconectar o aterramento 
sob teste. 
Este instrumento é especialmente indicado para medir a resistência própria de um determinado 
eletrodo que faz parte de um sistema de aterramento complexo. Também permite detectar 
rapidamente a existência de conexões inadequadas e contatos de má qualidade. 
 
Figura 1.27 – Terrometro Digital 
 
 
41 
1.10.1 Eletrodo de aterramento 
 
 
Segundo a NBR 5410:2004, um eletrodo de aterramento pode ser constituído preferencialmente 
das próprias armaduras embutidas no concreto das fundações, isso nos garante considerar que as 
interligações sejam suficientes para garantir um bom aterramento com características elétricas 
suficientes para dispensar qualquer outro tipo de aterramento suplementar, isto é, a tradicional haste 
de aterramento. 
O tipo de eletrodo a ser utilizado em uma edificação depende da resistência do solo, podendo ser 
utilizada a própria fundação, haste de cobre, malha ou até mesmo chapa de cobre. Sendo assim cada 
caso deve ser analisado individualmente, observando que a resistência obrigatoriamente deve ser de 
no máximo 10 Ohms (verificada com o Terrômetro). 
O aterramento em uma instalação tem, como finalidade de dissipar no solo a corrente de fuga, 
sem provocar tensões de passo perigosas e mantendo baixa a queda de tensão na resistência de 
terra. Os condutores de um sistema de terra são denominados eletrodos e podem ser introduzida nas 
posições VERTICAL, HORIZONTAL ou INCLINADA.

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