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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA - aplicação na Cirurgia Bucomaxilofacial

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Flávia Maria Silva Guedes 
Flávia Maria Silva Guedes 
Tomografia Computadorizada 
Desde a introdução da TC nos últimos anos da década de 1970 e primeiros anos de 1980, houve grandes 
avanços no diagnóstico por imagem de lesões maxilofaciais. 
- A TC permite a visualização de lesões de cada um dos componentes ósseos do esqueleto facial nos planos 
axial e coronal e propicia a avaliação de vários danos aos tecidos moles. 
- Além do trauma, a TC também é útil na avaliação de patologias e malformações congênitas. 
- A TC também pode ser utilizada para exclusão de dano neurológico no paciente maxilofacial e usada como 
complemento para avaliação do dano facial. 
- Essa imagem é também a mais útil em situações emergenciais por causa do curto tempo de realização, 
detalhamento excelente dos ossos e habilidade de examinar a anatomia em múltiplos planos. 
- A TC deve ser considerada em casos nos quais o paciente apresente dificuldade de avaliação em 
radiografias-padrão. 
- É considerada como “padrão-ouro” para avaliação do paciente com trauma facial. 
 
1. TC TRADICIONAL 
No passado, o uso da TC tradicional ou aquisição de corte único produzia imagens através de dados 
coletados de detectores após uma rotação de 360 graus. Após cada imagem tomográfica, a placa do 
paciente era movida e outra imagem obtida. Um atraso de tempo de 10 a 15 segundos entre cada corte 
era necessário, o que tornava a aquisição da imagem um processo muito demorado. 
2. TC HELICOIDAL 
O desenvolvimento do scanner espiral ou helicoidal permitiu uma aquisição da imagem mais rápida. A 
TC helicoidal envolve o movimento simultâneo do tubo de raios X e da placa do paciente, o que resulta 
em uma aquisição do volume da informação da qual imagens tomográficas individuais podem ser 
reconstruídas. Como um volume de dados definidos é adquirido, reformações multiplanares excelentes 
são possíveis quando se usam cortes finos da imagem (≤ 3 mm). 
Além disso, a TC helicoidal pode rapidamente escanear pacientes agudamente traumatizados em 
menos de 1 minuto e pode gerar imagens diretas no plano de escaneamento e imagens tridimensionais 
em questão de segundos. 
3. TC MULTIDETECTOR 
A TC multidetector é outra melhoria em relação à TC helicoidal; enquanto a TC helicoidal faz uso de uma 
única fileira de detectores, a TC multidetector utiliza uma matriz de detectores que permitem a 
aquisição de múltiplas imagens tomográficas por rotação, o que aumenta consideravelmente a 
velocidade de geração da imagem. A detecção da fratura também tem sido bem maior com reformações 
multiplanares finas. Estas são atualmente consideradas o que há de melhor para pacientes com danos 
maxilofaciais severos. 
 
 
 
“A TC deve ser usada como um coadjuvante na elaboração 
do plano de tratamento.” 
Flávia Maria Silva Guedes 
Flávia Maria Silva Guedes 
SEMIOLOGIA DA IMAGEM 
Devemos analisar um exame de imagem com método, utilizando uma rotina semiológica semelhante àquela 
que usamos na clínica, para examinar o paciente. Em TC, começamos a examinar a densidade da lesão, 
comparando-a com a estrutura onde ela se encontra. Assim ela será HIPERDENSA, ISODENSA ou HIPODENSA 
em relação ao órgão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMAGEM DIGITAL 
Como foi dito a imagem da TC é formada por um conjunto pequenos paralelepípedos denominados voxel. 
A representação na tela do computador ou no filme é um quadrado unidimensional chamado pixel, o qual 
representa uma variação do tom de cinza correspondente às informações de atenuação contidas no voxel. 
 
 
Angiografia por Tomografia Computadorizada 
- A angiografia por tomografia computadorizada (ATC) é uma importante ferramenta no campo da cirurgia 
maxilofacial para uma variedade de indicações, desde o manejo de lesões traumáticas até o tratamento de 
condições patológicas como malformações vasculares e aneurismas vasculares. 
- A ATC em conjunto com a angiografia por ressonância magnética (ARM) é altamente efetiva no 
diagnóstico da maioria das lesões traumáticas arteriais e venosas no quadro agudo e quando pacientes 
desenvolvem sintomas tardios. 
- A angiografia convencional é recomendada principalmente com o propósito terapêutico ou quando o 
diagnóstico permanece pouco claro após a realização de imagens transversais. 
 
 
 
 
 
- Modalidades diagnósticas adicionais incluem a DACRIOCISTOGRAFIA, a ULTRASSONOGRAFIA e a 
SIALOGRAFIA, que se tornou útil no manejo tardio de dano aos ductos lacrimal/salivar. 
“Levando-se em consideração que aproximadamente 25% das lesões penetrantes no pescoço 
resultam em dano vascular, além de 80% de chance de lesão da artéria carótida e 43% de 
chance de lesão da artéria vertebral no paciente traumatizado, o desenvolvimento de técnicas 
de imagens vasculares tem sido benéfico para o diagnóstico dessas lesões.” 
O mais denso é mais claro e o menos denso é mais escuro.

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