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Resumo de pontos importantes da 4ª república A Quarta República Brasileira foi o período da história do Brasil que se iniciou em 1945, com o fim da Era Vargas, e que foi finalizado em 1964, com o Golpe Civil-Militar que deu início ao período da Ditadura Militar. Nesse período, o Brasil teve um grande salto no crescimento econômico e industrial, bem como houve uma rápida urbanização. No entanto, as desigualdades sociais existentes também aumentaram. Em meados de setembro de 1946, os constituintes assinavam a nova Carta na Mesa do plenário da Câmara dos Deputados. Começava aí a quarta República, um período de quase 20 anos de liberdade política e pluripartidarismo, interrompido pelo golpe militar de 1964. Após 15 anos de regime autoritário (1937-1945), os deputados e senadores constituintes aprovaram uma Constituição que restabelecia os Três Poderes da República e aperfeiçoava princípios da primeira Carta republicana. Sendo considerada um modelo pelos grandes juristas e tribunos da época, é reputada como a mais democrática das Constituições do país. Amplia os diretos da cidadania e permite a ampla formação de partidos, instalando a representação proporcional partidária. · Ela manteve alguns traços distintivos do Estado Novo, como o corporativismo - o corporativismo contemporâneo visa o alcance de benefícios a uma classe ou grupo de pessoas junto ao governo. Presidentes desse período · · Eurico Gaspar Dutra (1946-1951) · Getúlio Vargas (1951-1954) · Café Filho (1954-1955) · Carlos Luz (1955) · Nereu Ramos (1955-56) · Juscelino Kubitschek (1956-1961) · Jânio Quadros (1961) · Ranieri Mazzilli (1961) · João Goulart (1961-1964) Com a nova Constituição, fica restabelecido o princípio federativo, com a autonomia para os Estados e Municípios e a independência dos três Poderes da União. O Poder Legislativo volta a ser bicameral, com o Senado voltando à posição de 1891. As eleições passam a ser diretas em todos os níveis, e há liberdade de organização partidária. Os deputados serão eleitos por sufrágio universal, voto secreto e direto, com sistema de representação proporcional dos partidos políticos. O Poder Legislativo nos Estados é exercido pelas Assembleias Legislativas. Admite-se, porém, uma fonte de atrito incompatível com o presidencialismo: a possibilidade de presidente e vice-presidente da República serem eleitos por partidos diversos. O Congresso Nacional abrirá seus trabalhos a 15 de março de cada ano e encerrará a sessão legislativa no dia 15 de dezembro (período legislativo de nove meses), com Legislatura de quatro anos. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos segundo o sistema de representação proporcional. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário, com mandato de oito anos. Preserva-se a pluralidade de iniciativa legislativa; mantém-se a exclusividade da iniciativa do presidente da República para matéria relacionada com o comando da administração federal e acrescenta-se a competência privativa para remessa da proposta orçamentária. Simplifica-se a revisão legislativa, com a eliminação da tramitação em quatro fases, e dá-se à Câmara iniciadora a competência conclusiva para decidir a respeito de emenda aprovada pela Câmara revisora. Ampliam-se os casos de reunião em sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Em sessão conjunta, o Congresso passa a praticar atos de cerimonial, atos políticos, atos regimentais e deliberar sobre o veto presidencial. A disciplina constitucional da deliberação monocameral sobre o veto marcou profundo rompimento com a tradição brasileira. Estabelece a liberdade de culto, a total liberdade de pensamento, limitada apenas no que diz respeito aos espetáculos e diversões públicas. As liberdades e garantias individuais não podem ser cerceadas por qualquer expediente autoritário, reservada a aprovação do estado de sítio unicamente ao Congresso Nacional. A organização partidária é livre, apesar de que a ressalva que impedia a organização, registro ou funcionamento de qualquer partido político ou associação, cujo programa ou ação contrariasse o regime democrático, se tenha mostrado contraditória. O Estado social amplia suas conquistas ao tratar da participação obrigatória e direta do trabalhador nos lucros das empresas, com a instituição do repouso semanal remunerado, o reconhecimento do direito de greve, a aposentadoria facultativa do funcionário com 35 anos de serviço e a inserção da Justiça do Trabalho na esfera do Poder Judiciário. Mas um dos destaques para o aperfeiçoamento do Estado Democrático de Direito é a declaração, no Capítulo dos Direitos e das Garantias Individuais, de que a lei não poderá excluir da apreciação do Poder Judiciário qualquer lesão de direito individual. A Constituição, nesse caso, assegura um Estado Social de Direito vazado na mais ampla tradição liberal dos juristas brasileiros. São excluídas as penas de morte, banimento e confisco. Fica assegurado a todos os cidadãos trabalho que possibilite uma existência digna, e eleva-o à condição de obrigação social. Proclama o princípio da intervenção do Estado no domínio econômico e dá-lhe as bases que se assentam no interesse público; estabelece os limites da intervenção, que são os direitos fundamentais, objeto das garantias contidas na Constituição; condiciona o uso da propriedade ao bem-estar social e dispõe que a lei reprimirá toda e qualquer forma de abuso do poder econômico. Com respeito à legislação trabalhista e à previdência social, é declarada a participação obrigatória e direta do trabalhador nos lucros da empresa; instituído o repouso semanal remunerado e o salário mínimo; é conferido ao trabalhador estabilidade na empresa; proclamada a assistência aos desempregados; determinada a indenização ao trabalhador despedido; estendida a previdência às vítimas da doença, da velhice, da invalidez e da morte; passa a ser livre a associação profissional ou sindical; e são reconhecidos os direitos de greve e ao ensino gratuito. A educação deve se inspirar nos princípios da liberdade e nos ideais da solidariedade humana. O amparo à cultura é dever do Estado. Desaparece a representação classista e os órgãos de cooperação governamental; o Tribunal de Contas passa a ser regulado pelo Poder Legislativo como órgão de fiscalização orçamentária deste. As finanças municipais passam a ter um tratamento diferenciado, e o Brasil agrícola recebe uma política de recuperação das áreas atrasadas. Em contraste com outras constituições estrangeiras, as do Brasil, até então, não previam a punição de parlamentares indisciplinados ou de procedimento incompatível com as suas funções. É, então, instituída a Polícia Parlamentar. O art. 48, § 2º estatui que "perderá, igualmente, o mandato, o deputado ou senador cujo procedimento seja reputado, pelo voto de dois terços dos membros de sua Câmara, incompatível com o decoro parlamentar". Em síntese, os direitos civis e políticos, somados ao conceito de liberdade, foram assegurados, com acréscimo dos direitos sociais, culturais e econômicos, direitos coletivos e da coletividade, que passam a integrar a conquista da igualdade entre os cidadãos. A Capital da União será transferida para o Planalto Central do país. O presidente da República deverá nomear uma comissão de técnicos de reconhecido valor para proceder ao estudo da localização da nova capital. O estudo será encaminhado ao Congresso Nacional, que deliberará a respeito, em lei especial, e estabelecerá o prazo para o início da delimitação da área a ser incorporada ao domínio da União. Findos os trabalhos demarcatórios, o Congresso Nacional resolverá sobre a data da mudança da capital. Perguntas 1. “Com a nova Constituição, fica restabelecido o princípio federativo, com a autonomia para os Estados e Municípios e a independência dos três Poderes da União. ” Como fica o poder legislativo a partir desse momento? De que maneira se dá as escolhas pelo poder, conforme a constituição da época? 2. De acordo como §5 do art. 141, CF 1946: “É livre a manifestação do pensamento, sem que dependa de censura, salvo quanto a espetáculos e diversões públicas, respondendo cada um, nos casos e na forma que a lei preceituar pelos abusos que cometer. ” Tendo em vista o exposto acima e ainda considerando outros artigos dessa mesma constituição como será visto por ela esses aspectos culturais? 3. Considerando-se que o Estado Social recebeu mudanças após o fim do Estado Novo (1937 – 1946). Discorra sobre o cenário em que o trabalhador irá se encontrar e o que surge como destaque para aprimorar o Estado Democrático de Direito? 4. A Legislação Trabalhista favorece a dignidade do contribuinte para época, tendo isso em vista quais os pontos, ou exemplos podem ser encontrados na constituição de 1946? ! Deve ser citado a Previdência Social. 5. “O art. 48, § 2º perderá, igualmente, o mandato, o deputado ou senador cujo procedimento seja reputado, pelo voto de dois terços dos membros de sua Câmara, incompatível com o decoro parlamentar". Comparando-se com outras constituições estrangeiras da época, de que maneira a constituição Brasileira irá tratar de problemas administrativos que envolvam os parlamentares dessa época? !Surge a Polícia Parlamentar.
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