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EDIANE FERNANDES(1)

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SISTEMA DE CURSO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO SUPERIOR DE PEDAGOGIA
EDIANE PINHEIRO FERNANDES
DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA IGUALDADE DE GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR
BRAGANÇA/PA
2019
EDIANE PINHEIRO FERNANDES
DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA IGUALDADE DE GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR
Trabalho apresentado ao Curso Superior de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina Gênero e Politicas Públicas de Educação; em forma de portfólio. 
Orientadores: 
Profª Angelica Martins Guedes.
Profª Francisca bastos de Almeida.
Profª Joane de Nazaré Quadros.
Prof José Adir Lins Machado.
Profª Mayra Campos Francisca dos Santos.
Prpfª Natalia Germano Gejão Dias.
Profª Natália Gomes dos Santos.
Profª Renata de Sousa.
Profª Regina Célia Adamuz.
BRAGANÇA/PA
2019
SUMARIO
1.0 introdução
2.0 IGUALDADE DE GÊNERO
3.0 HOMENS E MULHERES SÃO IGUAIS EM DIREITOS E OBRIGAÇÕES, NOS TERMOS DESTA CONSTITUIÇÃO
4.0 ANALISANDO O INCISO I
5.0 A LINGUAGEM JURÍDICA NEM SEMPRE É FÁCIL DE SER ENTENDIDA. VAMOS APRENDER MAIS SOBRE AS ESTRUTURAS DAS LEIS E SUA ESCRITA
6.0 A RELEVÂNCIA DA IGUALDADE DE GÊNERO
7.0 IGUALDADE DE GÊNERO NO BRASIL
8.0 A IGUALDADE DE GÊNERO HOJE
9.0 GARANTINDO A IGUALDADE DE GÊNERO
10.0 IGUALDADE DE GÊNERO: UM DIREITO DE TODOS
11.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
1.0 INTRODUÇÃO
O presente trabalho vem com objetivo de analisar e refletir as políticas públicas brasileiras no campo da educação, considerando a perspectiva dos estudos de gênero. Busca-se contextualizar as mudanças que ocorreram no âmbito da educação brasileira nas últimas décadas, para melhor compreensão do cenário educativo nacional na questão da equidade de gênero. Os documentos como fonte para esse estudo são: Constituição de 19988, LDB 9394/96, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN 1997), Plano Nacional de Educação (2011 a 2020). Essa análise das políticas públicas educacionais nos indica que ocorreram alguns avanços significativos na perspectiva da inclusão da temática de gênero nas legislações e diretrizes. Sabemos que a temática de gênero está presente no contexto escolar, pois os professores e estudantes não deixam no portão da escola as suas representações sobre os papéis de gênero.
Busca-se também analisar as políticas públicas no campo da educação e estudo de gênero a partir da década de 1990, porque entendemos que houve uma nova direção em relação às tendências educacionais, com trajetória de diferentes paradigmas científicos onde a diversidade cultural e de gênero está cada vez mais presente em nosso cotidiano.
Nas últimas três décadas foram sancionadas novas leis e diretrizes que abarcam a temática de gênero e educação. Portanto, ressalta-se a importância desse campo investigativo, no intuito de colaborar para o conhecimento dos modos como tem sido os debates em torno das desigualdades entre homens e mulheres, negros e brancos, gays, heterossexuais e indígenas e a contribuição de ações governamentais na construção de um mundo mais justo e igualitário.
Ainda o presente trabalho busca adotar novas formas de incluir os conhecimentos trazidos pelos alunos. Nele procuramos apresentar a importância de se trabalhar os temas transversais em sala de aula. Conscientizando a criança, os pré-adolescentes, adolescentes jovens e adultos há um senso critico em relação aos temas do nosso cotidiano, ou que possam interver neles.
Neste sentido, Bucci diz “política pública como um conjunto de ações ou normas de iniciativas governamentais, visando à concretização de direitos.” (2002, p. 94). Diante disso, consideramos a política pública, como mecanismo que deve buscar a efetivação de direitos e reduzir as desigualdades sociais, ou seja, ajudar na construção de relações igualitárias para todos.
2.0 IGUALDADE DE GÊNERO
Abordaremos de forma direcionada a importância de se trabalhar e conscientizar os estudantes sobre a igualdade de gênero, buscando soluções para o comportamento ignorante desses indivíduos massa. Com intuito de quebrar o tabu “não faz parte da minha grade curricular”. Afinal professores das diversas áreas podemos sim trabalhar um mesmo tema de maneira diferenciada.
A formação de uma atitude ética e politica é a grande contribuição que esse tema trás, pode transformar esse mundo em que vivemos em uma sociedade onde todos sejam respeitados. Não se restringindo apenas a transmissão de informação ou a inclusão de regras ou de comportamento, a educação esta engajada na construção de uma nova cultura.
Desse modo, é importante conhecer o conceito de políticas públicas, e como elas estão incluídas em programas Federais. Percebe-se que não se tem claro sua concepção e disseminação no cotidiano da sociedade. Nesta perspectiva, que este estudo vem a contribuir para a efetivação de movimentos e lutas a favor daqueles que são descriminalizados, excluídos dos benefícios sociais, como por exemplo, do acesso à educação pública e de qualidade.
Para Vianna & Unbehaum as políticas públicas, fundamentam as principais políticas educacionais no Brasil, seja na questão do gênero e da cidadania: “tomando a normatização neles prevista como expressão não só da permanência de costumes e formas de controle de um determinado momento histórico, mas também no propósito que procuram dar novos significados à prática social” (2004, p. 5).
A década de 80 foi marcada com grandes aberturas democráticas no país. O centro das mudanças que acompanharam o processo de redemocratização da sociedade brasileira, onde aconteceu a garantia dos direitos sociais e individuais, como também eleições diretas para a presidência da República, a elaboração da nova Constituição Federal, onde acolheu os desejos da população através dos movimentos sociais.
Neste sentido Carvalho 2007 (Apud Teixeira 2009, p. 24) vem a contribuir na historicidade da luta por cidadania e igualdade de direitos das pessoas.
[...] as mulheres lutaram por direito à educação, ao voto, à independência econômica, igualdade salarial e acesso às profissões e cargos valorizados; por direitos sexuais e reprodutivos; pela partilha do trabalho doméstico; e pela paridade na representação política entre homens e mulheres. Algumas dessas lutas continuam.
De fato, através dos movimentos das mulheres, a história mostra suas conquistas, e suas lutas ainda para buscar superar as desigualdades sociais e políticas produzidas a partir das diferenças de sexo, classe, raça e cor.
Podemos dizer que durantes os anos 90 surgiram grandes preocupações no campo da educação, e de acordo com Vianna & Unbehaum:
O intervalo que vai de 1998 a 2002 [...] documentos constituem um campo variado de estudos, desde a estrutura curricular, financiamento da educação, avaliação de desempenho e fluxo escolar, formação docente e também aspectos específicos como gênero, raça e direitos humanos. [...] a intersecção das relações de gênero e educação ganhou maior visibilidade nas pesquisas educacionais somente em meados dos anos 1990, com grandes avanços na sistematização de reivindicações que visam à superação, no âmbito do Estado e das políticas públicas, de uma série de medidas contra a discriminação da mulher. Tais medidas se revelam, porém, plenas de contradições entre a defesa da ampliação dos direitos e a ótica da restrição do papel do Estado nas políticas públicas sociais, entre elas a educação (2004, p. 2).
Nesse recorte histórico acima, as autoras nos mostram que a ótica de gênero vem ao encontro com mudanças na educação, onde se ganha ênfase através de pesquisas educacionais. Outro ponto que nos apresentam, é que no mesmo momento em que se constituem documentos políticos com reivindicações para acabar com as discriminações contra mulheres, os mesmos dificultam trazendo negações quanto à expansão de direitos e diminuição dos papéis a serem executados pela esfera pública e social.
3.0 HOMENS E MULHERES SÃO IGUAIS EM DIREITOS E OBRIGAÇÕES, NOS TERMOS DESTA CONSTITUIÇÃO
A educação tem um papel de fundamental importância na vida dos estudantes, desde a educação formal partindo de temas sistematizados à educação popular (informal)que segue temas transversais como o que estamos abordando nesse portfólio. Entendemos que a escola é um agente diretamente ligado a sociedade, podemos intervir nela a partir do conhecimento e atribuindo a eles valores importantíssimos para o crescimento como pessoa. No entanto para que aja a formação de cidadãos críticos e conhecedores dos seus direitos e deveres, é necessário a introdução de alguns temas de cunho social, havendo uma troca de saberes entre a escola e a sociedade, haja visto que, a escola não apenas está inserida no meio social, como também forma cidadãos que serão atuantes nela.
A igualdade de gênero é descrita no primeiro inciso do Artigo 5º da Constituição Federal de 1988. No meio jurídico, esse conceito está inserido no Princípio da Igualdade, também conhecido como Princípio da Isonomia. Este conteúdo explica os direitos fundamentais descritos no Artigo 5º da Constituição. Este é o artigo responsável por “assegurar uma vida digna, livre e igualitária a todos os cidadãos de nosso País”.
4.0 ANALISANDO O INCISO I
O primeiro inciso do artigo 5º da Constituição Federal trata do que chamamos de “igualdade de gênero”. Ou seja, prevê que todas as pessoas, independentemente de seu gênero, são iguais sob a ótica da Constituição. Significa quer, todas e todos devem ter os mesmos direitos, oportunidades, responsabilidades e obrigações. Esse inciso é tão importante que é considerado um direito fundamental, indispensável à cidadania, à sociedade e ao Estado brasileiro.
Para compreender o inciso I e a igualdade de gênero prevista nele, precisamos antes entender o Princípio da Igualdade, conhecido também como Princípio da Isonomia. Para isso, é necessário ler e compreender o conceito de igualdade definido pelo Artigo 5º que afirma o seguinte:
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes;”.
A igualdade de que trata o caput deve ser entendida tanto como igualdade formal, que é a garantia de que todos os cidadãos e residentes no país devem receber tratamento idêntico perante a lei, quanto a igualdade material, que abraça a ideia de que os indivíduos são diferentes e que essas particularidades devem ser levadas em conta em busca de um balanceamento ideal. Diante disso, cabe ao Estado a função de promover o combate a desigualdades, promovendo políticas publicas que levem em consideração as especificidades de grupos sociais.
5.0 A LINGUAGEM JURÍDICA NEM SEMPRE É FÁCIL DE SER ENTENDIDA. VAMOS APRENDER MAIS SOBRE AS ESTRUTURAS DAS LEIS E SUA ESCRITA
Desafios e possibilidades da igualdade de gênero no espaço escolar é um método obtido para desenvolver a questão do conhecimento dos nossos direitos e respeito ao próximo através da educação, e é de caráter interdisciplinar, não deve ser implantada como disciplina no currículo de ensino nas escolas.
É justamente a partir dessas ideias de igualdade formal e igualdade material que se deve ler o inciso I. Isso é dizer que a igualdade de gênero não ignora a existência de diferenças entre homens e mulheres, mas sim afirma que o gênero não deve ser um critério de discriminação negativa. O que a igualdade de gênero propõe é que o gênero não deve ser um critério de discriminação negativa, ou seja, o gênero não pode ser a causa para que se reconheça a uma pessoa menos direito ou mais obrigações. Isso significa dizer que a igualdade de gênero abraça a ideia de que os indivíduos são diferentes e que essas particularidades devem ser levadas em consideração a fim de garantir que, independentemente de seu gênero, todas as pessoas tenham as mesmas oportunidades para se desenvolver.
É nessa mesma linha que se deve observar que, para que a defesa dos direitos de gênero seja efetiva, no sentido de construir uma sociedade verdadeiramente igualitária e que preza pelo bem-estar e liberdade de todos os seus cidadãos e cidadãs, é essencial que a sociedade dê atenção às necessidades específicas dos diferentes grupos, mulheres, negros, quilombolas, indígenas e gays. Assim, a igualdade de gênero só será plenamente concretizada se formos capazes de, por meio da legislação e de políticas públicas adequadas, garantir a todos e todas, independentemente de sua cor, origem, orientação sexual ou classe social as oportunidades e direitos necessários para que elas se desenvolvam em toda sua potência.
6.0 A RELEVÂNCIA DA IGUALDADE DE GÊNERO
A igualdade de gênero é um dos pilares para construção de uma sociedade verdadeiramente igual, justa e democrática. Ela surge do reconhecimento de que vivemos em uma sociedade que, sistematicamente, discrimina mulheres por seu gênero e estabelece o compromisso de alterar essa situação. É nesse sentido, que alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as meninas e mulheres (cis e trans), inclusive, um dos objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), conhecidos como Agenda 2030. Em resumo, são metas da organização a serem cumpridas até o ano de 2030 e a igualdade de gênero é a quinta dela.
Ainda que muitas vezes seja vista como uma questão “das mulheres”, a igualdade de gênero é uma pauta de direitos humanos e é necessário que os homens também se envolvam para que seja possível alcançá-la. Crimes como assédio, estupro, feminicídio e outras formas de violência contra a mulher são problemas sociais que, como tal, demandam atenção da sociedade como um todo.
7.0 IGUALDADE DE GÊNERO NO BRASIL
No Brasil, ainda que as reivindicações por direitos também tenham suas raízes em movimentos anteriores, será feito um apanhado geral sobre o processo que levou à luta pela igualdade de gênero na Constituição Federal de 1988. Até o fim da Ditadura Militar no Brasil (1964-1985), poucos eram os instrumentos legais que buscavam garantir a igualdade de gênero no Brasil. Entretanto, no período de redemocratização, ocorreu uma Assembleia Constituinte (1987-1988) com objetivo de redigir uma nova Constituição para substituir a que vigorava durante a ditadura. Essa Assembleia resultou na Constituição Cidadã de 1988 que rege até os dias atuais, que promoveu a inclusão de pautas das minorias em seus direitos fundamentais.
Nesse período, diversos movimentos sociais ganharam força, entre eles o feminista. Buscando lutar contra a desigualdade de gênero, mulheres de variadas classes sociais passaram a reivindicar uma série de direitos que envolviam temas relacionados a educação, saúde, trabalho, entre outros. De forma a coordenar e fortalecer tais reivindicações, foi criado, em 1985, o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM).
Na carta, as mulheres expressavam que, para elas, “este país só será verdadeiramente democrático e seus cidadãos e cidadãs verdadeiramente livres quando, o sexo, raça, cor, classe, orientação sexual, ateu, político ou religioso, condição física ou idade, for garantido tratamento igual e oportunidade de acesso às ruas, palanques, oficinas, fábricas, escritórios, assembleias e palácios” e listavam uma série de pontos relativos a trabalho, família, saúde, educação, cultura e violência que deveriam ser amparados pelos Constituintes.
Esses pedidos eram, ao fim, uma série de reivindicações para que as mulheres pudessem exercer sua cidadania e derivavam da compreensão de que, para essas mulheres, “o exercício pleno da cidadania significa, sim, o direito à representação, à voz e à vez na vida pública, mas implica, ao mesmo tempo, a dignidade na vida cotidiana, que a lei pode inspirar e deve assegurar o direito à educação, à saúde, à segurança, à vivência familiar sem traumas”.
8.0 A IGUALDADE DE GÊNERO HOJE
Assunto que nunca foi tão comentado, discutido e atual em toas as esferas e na educação não poderia ser diferente. A introdução dessa temática permite estabelecer uma prática pedagógica contextualizada e crítica, que explicita os problemas estruturais de nossa sociedade, as causas do baixo padrão qualitativo de vida é a má utilização dosrecursos naturais.
A igualdade de gênero busca garantir oportunidades coincididas a todos os cidadãos tanto no mercado de trabalho ou na política. Apesar dos avanços, ainda há muito a ser conquistado. Um exemplo disso é a sub-representação das mulheres nos espaços políticos. Ainda que as mulheres sejam pouco mais da metade da população brasileira, a representatividade nas urnas está longe de refletir isso. Com os resultados das eleições de 2018, a Câmara de Deputados passou a ser composta por 77 mulheres e 436 homens, o que significa que as mulheres representam apenas 15% do total de deputados. No Senado Federal a participação feminina é parecida, sendo apenas 13 mulheres dentre as 81 vagas de senador, ou seja, 16% do total.
Quanto à educação, as meninas e mulheres representam ⅔ da população analfabeta no mundo. Nesse quesito o Brasil se destaca positivamente. Nosso país foi o único da América Latina e um dos seis dentre 144 nações analisadas a instaurar a igualdade de gênero na educação. Aqui, 92% da população feminina é alfabetizada, estando 93% matriculada no ensino primário e 83% no secundário. Mesmo assim, o Brasil caiu no ranking de igualdade de gênero elaborado pelo Fórum Econômico Mundial. Em 2016, o país ocupava a 79ª posição e, em 2017, caiu para a 90ª.
No Brasil, segundo levantamento do Datafolha, em 2018, 12,5 milhões de mulheres sofreram ofensa verbal; 4,6 milhões foram tocadas ou agredidas fisicamente por motivos sexuais; 1,7 milhão foram ameaçadas com faca ou arma de fogo; e 1,6 milhão sofreram espancamento ou tentativa de estrangulamento. Ao todo, quase 30% das mulheres em nosso país reportaram terem sofrido algum tipo de violência ou agressão no último ano. Se considerarmos um recorte de raça, o índice é mais elevado com relação às mulheres negras: a taxa de homicídios, por exemplo, é 71% maior entre as mulheres negras do que entre as não-negras.
Outro dado extremamente alarmante nesse sentido é que Brasil é o quinto país no mundo com maior taxa de feminicídio segundo a Organização Mundial da Saúde e o país que mais mata pessoas trans e gênero-diversos no mundo, segundo dados da Transgender Europe. É inegável, portanto, que há ainda muito a ser conquistado, no Brasil e no mundo, para que homens e mulheres tenham de fato acesso aos mesmos direitos.
9.0 GARANTINDO A IGUALDADE DE GÊNERO
Para garantir igualdade de gênero é necessário um esforço contínuo de toda a sociedade no sentido de erradicar todas as formas de discriminação e violências baseadas em gênero. Isso é assegurado na prática por meio da garantia dos direitos das mulheres em diferentes esferas: participação política, saúde, mercado de trabalho, integridade moral e física, família, acesso à terra e à propriedade.
10.0 IGUALDADE DE GÊNERO: UM DIREITO DE TODOS
A Igualdade de Gênero é ainda um projeto em construção. Esse processo já soma diversos movimentos, reivindicações e lutas, nacional e internacionalmente. De lá para cá, por maiores que tenham sido as dificuldades, são muitas as conquistas das mulheres. Cada vez mais as leis e as políticas públicas visam o bem-estar social da cidadã e do cidadão independentemente de seu gênero e as mulheres vêm ganhando espaço nos campos político e econômico.
Prevista no inciso I do artigo 5º, a Igualdade de Gênero é uma luta de todos e por todos. Ter esse direito assegurado pela Constituição é de inegável importância, mas a história já mostrou que apenas isso não garante sua eficiência prática. A defesa dos direitos das mulheres e da igualdade de gênero é, portanto, um esforço coletivo e contínuo.
11.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho procurou refletir as diferentes formas de se trabalhar os temas transversais nas escolas, apresentando maneiras que venham solucionar as problemáticas sobre a igualdade de gênero nos grandes e pequenos grupos da sociedade atual à começar dentro das escolas. Usando as diferentes disciplinas do sistema de ensino para abordar as diversas problemáticas envolvendo a questão do gênero. Nele procuramos apresentar, problematizar e solucionar através de rodas de conversas, ações que venham trazer soluções que poderiam ser implantadas em atividades escolares juntamente com a colaboração de toda a comunidade escolar para ajudar os estudantes há mudar esse comportamento retrógado.
Sabemos da importância que é trabalhar os desafios e possibilidades da igualdade de gênero no espaço escolar, entendemos que a orientação é a melhor maneira atingir toda a massa, pois um vai repassando para o outro o que aprendeu em casa, na escola, para o bairro e para os demais que estão inseridos no seu meio social. Com isso todos saem beneficiados, todos irão desempenhar o exercício de cidadania e dessa semente plantada muitos frutos serão colhidos no futuro.
BIBLIOGRAFIA:
TAVISSI. Ana Paula Chudzinski. Advogada E MORAIS, Pâmela. Membro da equipe de conteúdo do Politizel. 
O que é interdisciplinaridade http://ufrrj.br/leptrans/arquivos/O _QUE_e_INTRDICIPLINARIDADE 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Barueri, SP:
Manole, 2003.
BRASIL. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: apresentação dos temas transversais: ética/Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. 3. Ed. Brasília: A Secretaria, 2001
____________. Ministério da Educação. Leis de Diretrizes. e Bases da Educação. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em: HTTP://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/I9394.htm. Acesso em 25/09/2013.
____________. Ministério da Educação. Plano Nacional de Educação de 2011 -2020. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=16478&Itemid=1107. Acesso em 25/09/2013.
_____. Gênero e diversidade na escola: formação de professoras/ES em gênero, orientação sexual e relações étnico-raciais. Livro de Conteúdo. Organização: Andreia Barreto; Leila Araújo; Maria Elisabete Pereira. Versão 2009. Rio de Janeiro: CEPESC; Brasília: SPM, 2009.
BUCCI, Maria Paula Dallari. Direito administrativo e políticas públicas. In: Saraivajur 20/09/2002. Disponível em: http://ftp.unisc.br/portal/upload/com_arquivo/politicas_publicas_e_direito_administrati vo.pdf> Acesso em: 22-03-2014> 16:20 h.
CARVALHO, Maria E. P. de. Uma agenda de pesquisa formação humana e docente em gênero e educação. In: PIZZI, Laura Cristina Vieira; FUMES, Neiza de Loudes Frederico. Org. Formação do pesquisador em educação: identidade, diversidade, inclusão e juventude. Maceió: EDUFAL, 2007
VIANNA, Cláudia Pereira; UNBEHAUM, Sandra. O gênero nas políticas públicas de educação no Brasil: 1988-2002. Caderno de Pesquisa. São Paulo, v. 34, n. 121, jan./abr. 2004. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid =S0100- 5742004000100005>. Acesso em: 15 nov. 2013.

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