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Prof. Dr. Rodnei Pereira UNIDADE I Planejamento e Políticas Públicas de Educação Elucidar conceitos e propiciar as condições para que você compreenda o embasamento institucional e legal para a sua atuação como professor e as políticas a ele associadas. Favorecer o reconhecimento do sistema escolar como um elemento de reflexão sobre a realidade educacional brasileira. Estimular o acompanhamento das atualizações constantes que vêm sendo realizadas por intermédio dos membros do Conselho Nacional de Educação, do Ministério da Educação e dos parlamentares. Propiciar o entendimento da política educacional no contexto das demais políticas públicas e as articulações existentes entre elas, identificando os principais aspectos legais referentes à organização, à gestão e ao financiamento da educação básica. Objetivos da disciplina Qual é o nosso papel como professores e agentes políticos no cotidiano da escola? Como podemos participar das decisões na gestão da educação? O que é o projeto político-pedagógico? O que é a gestão democrática? Como são planejados e geridos: leis, processos, recursos e modos de funcionamento da educação no Brasil? A política no cotidiano escolar Fonte: http://www.mt.gov.br/-/4945275- comissao-discute-politicas-publicas-para- estudantes-com-transtornos-de- aprendizagem Planejamento: processo mental que supõe análise, reflexão e previsão. Previsão significa que ele visa sempre ao futuro e busca estabelecer um conjunto coordenado de ações visando à consecução de determinados objetivos nele estabelecidos. Tipos: tempo (longo, médio e curto prazo); espaço (local, municipal, regional, estadual, nacional, continental ou mundial); administrativo (público, privado ou misto); econômico (macroeconômico ou microeconômico); setorial (setorial, intersetorial e global); de abrangência (estratégico, tático ou operacional). Nesse nível, o planejamento engloba os aspectos do tempo, do espaço, dos objetivos e das diretrizes. Planejamento, política e o conceito de público O que? – para definir o objeto do planejamento; Por quê? – para construir as justificativas do planejamento; Para quê? – para elaborar os objetivos do planejamento; Quem? – para definir os agentes e os destinatários do planejamento; Como? – para construir os meios para se alcançar os objetivos propostos; Onde? – para definir espacialmente a localização daquilo que se quer implantar ou transformar; Quando? – para estabelecer um cronograma de ações visando a atingir os objetivos propostos; Quanto? – para dimensionar os recursos humanos, materiais e financeiros necessários para se implementar o objeto do planejamento. Oito perguntas a serem respondidas para planejar Política é um termo que pode ser entendido de diversos modos, porém, o que mais se aplica aos objetivos desta disciplina é o que entende o termo como a habilidade para tratar de temas referentes às relações humanas, com vistas à obtenção de resultados desejados em qualquer área pertinente ao convívio em sociedade. Modos pelos quais as pessoas são capazes de elaborar orientações, normas e regras para reger a convivência social em diferentes esferas. Isso significa que o termo política não diz respeito somente aos modos de reger o Estado (essa é uma das formas de se fazer política) ou a administração pública, mas também as relações familiares, as relações no mundo do trabalho, no universo das amizades, das vizinhanças, da convivência social cotidiana, como um todo. Administração pública do Estado. Fazer política, então, significa planejar e implementar ações de interesse público, comum. Política O termo “público” significa: relativo, pertencente ou destinado ao povo ou à coletividade. O interesse público sempre prevalece sobre o interesse particular e, num regime democrático, a sociedade designa alguns representantes para fazer valer a sua vontade, compondo o chamado Setor Público. O Setor Público é composto pelos órgãos destinados a representar a comunidade, ou seja, o interesse público como um todo. Supostamente, cabe a tais órgãos agirem em nome da totalidade da população. Por definição, o Setor Público não deve visar ao lucro, ao contrário, deve aplicar a renda obtida com impostos e taxas na implantação de políticas públicas em benefício de toda a população. O que é público é do povo e a ele se destina. Políticas públicas: tem por objetivo refletir o equilíbrio de interesses da sociedade. Ao Setor Público cabe implementar essas políticas, em consonância com os interesses da sociedade que o constituiu. Público Sistema Federal As instituições mantidas pela União e que compõem o Sistema Federal de Ensino são: universidades federais; instituições isoladas de Ensino Superior; Centros Federais de Educação Tecnológica; estabelecimentos de educação básica (colégios de aplicação); Colégio Pedro II; instituições de educação especial. Além dessas instituições, o Governo Federal, por meio do Ministério da Educação, supervisiona e inspeciona as diversas instituições privadas de educação superior. Organização Administrativa do Estado Brasileiro Sistema de ensino estadual e o Distrito Federal Atuam prioritariamente nos Ensinos Fundamental e Médio, compreendendo: as instituições de ensino mantidas, respectivamente, pelo Poder Público Estadual e pelo Distrito Federal; as instituições de Educação Superior mantidas pelo Poder Público Municipal; as instituições de Ensinos Fundamental e Médio criadas e mantidas pela iniciativa privada; os órgãos de educação estaduais e do Distrito Federal, respectivamente; no Distrito Federal, as instituições de Educação Infantil, criadas e mantidas pela iniciativa privada, integram seu sistema de ensino. Organização Administrativa do Estado Brasileiro Fonte: https://phocalize.com/estados-brasileiros Sistemas municipais Constituem os sistemas municipais de ensino: As instituições de Ensinos Fundamental e Médio e Educação Infantil mantidas pelo Poder Público municipal; As instituições de Educação Infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada; Os órgãos municipais de educação. Organização Administrativa do Estado Brasileiro Fonte: https://www.arcos.mg.gov.br/noticia/secretaria-de-educacao- estabelece-criterios-para-acesso-as-vagas-nas-creches-municipais Conselho Nacional – órgão de administração que exerce funções normativas, deliberativas, fiscalizadoras e de planejamento e que é denominado de Conselhos de Educação. Compete ao Conselho Nacional: Subsidiar a elaboração e acompanhar a execução do Plano Nacional de Educação; Manifestar-se sobre questões que abranjam mais de um nível ou modalidade de ensino; Assessorar o Ministério da Educação no diagnóstico de problemas e deliberar sobre medidas para aperfeiçoar os sistemas de ensino; Emitir pareceres por iniciativa dos seus conselheiros ou quando solicitado pelo Ministro da Educação; Manter intercâmbio com os sistemas de ensino dos estados e do Distrito Federal; Emitir parecer sobre questões relativas à aplicação da legislação educacional, no que diz respeito à integração entre os diferentes níveis e modalidades de ensino; Elaborar o seu regimento a ser aprovado pelo Ministro da Educação. Conselhos Conselho Estadual – incumbências: Manter intercâmbio com o Conselho Nacional de Educação e com os demais Conselhos Estaduais e Municipais, visando à consecução dos seus objetivos; Formular políticas educacionais e baixar normas complementares para o Sistema Estadual de Ensino; Articular-se com órgãos e entidades federais, estaduais e municipais, para assegurar a coordenação, a divulgação e a execução de planos e programas educacionais; Deliberar e emitir parecer sobre assuntos da área educacional que lhes forem submetidos pelo Governador do Estado, pelo Secretário daEducação, pela Assembleia Legislativa e pelas Unidades Escolares; Subsidiar a elaboração e acompanhar a execução do Plano Estadual de Educação. Conselhos Conselho Municipal – incumbências: Decidir sobre diversas matérias, desde autorizar o funcionamento de escolas e de cursos até propor normas pedagógicas e administrativas; Regulamentar as questões ligadas à rede de ensino municipal e à rede particular que tenha apenas Educação Infantil; Participar da elaboração do Plano Municipal de Educação, acompanhar e avaliar a política educacional, fiscalizar as ações implementadas e mobilizar a sociedade; Fazem parte de qualquer CME representantes da própria secretaria da Educação, de professores, diretores, funcionários da rede municipal, da rede estadual e da particular, e do Ensino Superior, se houver, ou seja, representantes dos diversos segmentos da sociedade. Conselhos O Conselho que tem funções consultiva, deliberativa, normativa, fiscalizadora e de planejamento, formado por um colegiado que reúne representantes da comunidade escolar e da sociedade civil, para decidir os rumos da educação do município, é: a) O Conselho Estadual. b) O Conselho Nacional. c) O Conselho Municipal. d) A Supervisão Escolar. e) A Secretaria de Educação. Interatividade O Conselho que tem funções consultiva, deliberativa, normativa, fiscalizadora e de planejamento, formado por um colegiado que reúne representantes da comunidade escolar e da sociedade civil, para decidir os rumos da educação do município, é: a) O Conselho Estadual. b) O Conselho Nacional. c) O Conselho Municipal. d) A Supervisão Escolar. e) A Secretaria de Educação. Resposta Surgiu após a CF de 1988 e a LDBEN 9394/1996. 2001 – 2010 – universalização do EF. 2014 – 2024 – 20 metas. Plano Nacional de Educação Fonte: http://www.umbrasil.org.br/2014/05/camara-aprova-texto-base-do-plano-nacional-de-educacao Gestão é, em outras palavras, tomada de decisão, organização, direção. A gestão pode ocorrer de vários modos, dentre eles, o da chamada “gestão democrática”, que representa um novo modo de administrar uma realidade e se traduz pela comunicação, pelo envolvimento coletivo e principalmente pelo diálogo. Gestão X Administração Escolar: uma das principais diferenças conceituais entre os termos diz respeito ao fato de, em administração, o líder ser o principal responsável pelo êxito das ações do grupo sob seu comando. Já em gestão, sua figura tende a ser enfraquecida ou, até mesmo, eliminada. O destaque vai para as decisões grupais e o consenso. A Gestão da Educação Fonte: portal.fgv.br Em “administração” há uma preocupação com a eficiência, ou seja, como obter o máximo de resultados. Com o tempo foi se impondo o conceito de eficácia, ou seja, como alcançar os objetivos propostos com o menor dispêndio de energia. A “cogestão” apresenta de modo mais marcante o princípio da participação, ou seja, permanece a figura do administrador, mas com autoridade mais limitada. As decisões só são consideradas legítimas quando tomadas com a colaboração dos demais elementos sob o seu comando. Na “autogestão”, observa-se ausência de autoridade, sem que isso signifique ausência de ordem. As pessoas ou grupos agem com autonomia, não por obediência, mas por convicção. Não se conhece, ainda, uma experiência bem-sucedida e duradoura de autogestão. Ela jamais conseguiu sair do discurso ideológico para se firmar na prática. Por isso, a escola ainda precisa de um diretor ou administrador escolar. Modalidades de gestão Toda instituição escolar possui uma estrutura organizacional interna, geralmente prevista em legislação específica. O termo “estrutura”, aqui utilizado, tem o sentido de disposição de setores e funções que asseguram o seu funcionamento. A gestão escolar Fonte: livro-texto Conselho de escola Direção, assistente de direção ou coordenador de turno Setor técnico-administrativo - Secretaria Escolar - Serviço de zeladoria, limpeza, vigilância - Multimeios (biblioteca, laboratório, videoteca etc.) Setor Pedagógico - Conselho de Classe - Coordenação Pedagógica - Orientação Educacional Corpo docente Corpo discente Pais e comunidade -APM- Organograma básico da escola Educador. Líder. Administrador. Liderança autocrática: o líder autocrático centraliza as decisões e impõe seus pontos de vista, preferindo errar sozinho a acertar com o grupo. É considerado extremista e centralizador, pois centraliza as decisões em si, exige obediência e recusa qualquer discussão. Liderança democrática: o líder democrático, sem renunciar à sua posição de principal responsável, valoriza a participação dos liderados nas tomadas de decisões. Numa escala de estilo de liderança, é aquele que ocuparia uma posição intermediária, de equilíbrio entre o estilo mais e o menos autoritário. Liderança laissez-faire: o líder laissez-faire abre mão de qualquer tipo de controle sobre o grupo, deixando-o à vontade para decidir sobre assuntos do seu interesse. O diretor e os tipos de gestão escolar são definidos e conhecidos claramente as finalidades e os objetivos da instituição; as responsabilidades e as ações de cada um são claramente atribuídas pelo coletivo; os conflitos são mediados com o diálogo e não negados; as informações são passadas de forma transparente; o respeito ao profissional é continuamente cultivado; a conquista e o apoio da comunidade se fazem presentes; a melhoria da imagem da instituição é reconhecida; o clima organizacional é atraente; trabalhos inovadores são realizados. A gestão é democrática quando: No desempenho de suas funções, é importante que o diretor da escola: Conquiste o apoio da comunidade; Melhore a imagem da instituição; Melhore o clima dentro da escola; Realize trabalhos inovadores; Cumpra os objetivos da instituição, que não se esgotam nas suas paredes, nem na comunidade em que se insere, mas na sociedade como um todo. Gestão democrática Conselho de Escola Conselho de Classe Grêmio Estudantil APM Órgãos colegiados da escola O projeto político-pedagógico mostra o que vai ser feito, quando, de que maneira, por quem, para chegar a que resultados. O projeto busca definir um rumo, uma direção para seu objeto. Não é algo a ser construído apenas para o cumprimento de tarefas burocráticas, mas a ser vivenciado em todos os momentos por todos os envolvidos no processo educativo. É político no sentido do compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade. Tem por objetivo a formação do cidadão participativo, responsável, crítico e criativo, que é a intencionalidade da escola. É pedagógico no sentido de definir as ações educativas e as estratégias para o cumprimento de sua intencionalidade. Projeto Político-pedagógico Para viabilizar o projeto político-pedagógico devem-se prever formas democráticas de organização e funcionamento da escola e isso só pode ocorrer no contexto da gestão democrática, que tem mais uma vez aqui destacada sua importância e se constitui num fazer coletivo, num processo contínuo de participação e discussão pelos diferentes segmentos da comunidade escolar e local. A construção de um projeto político-pedagógico tem como base a reflexão sobre as finalidades e a filosofia da escola, sobre a concepção que se tem da educação e do tipo de ser humano que se quer formar em relação à sociedade e à escola, o que dará uma nova identidade à escola. Projeto Político-pedagógico Autonomia administrativa: refere-se à organização da escola, destacando-se o estilo de gestão, a direção como coordenadora de todo o processo envolvendo as relações externas e internas com a escola e a comunidade na qual a escola está inserida. Ela é construída e internalizada pela participação e pelo diálogo; Autonomia jurídica: significa a possibilidadede a escola elaborar suas próprias normas e orientações escolares; Autonomia financeira: refere-se à existência de recursos financeiros capazes de dar à instituição educativa condições de funcionamento. A autonomia financeira pode ser total ou parcial; Autonomia pedagógica: consiste na liberdade de ensino e pesquisa. Está estritamente ligada à identidade, à função social, à clientela, à organização curricular, à avaliação, bem como à essência do projeto pedagógico da escola. Dimensões do Projeto Político-pedagógico Critérios de referência de qualidade do trabalho das instituições educativas, de acordo com a Conferência Nacional de Educação (Conae-2010): O plano do sistema: condições de oferta de educação básica e superior. O plano da instituição educativa: gestão e organização do trabalho educativo. O plano do professor: formação, profissionalização e ação pedagógica. O plano do estudante: acesso, permanência e desempenho. Fatores de planejamento intraescolar O _________________________ mostra o que vai ser feito, quando, de que maneira, por quem, para chegar a que resultados. O termo que preenche corretamente a lacuna é: a) Plano de formação docente. b) Supervisor escolar. c) Projeto político-pedagógico. d) Diretor. e) Aluno. Interatividade O _________________________ mostra o que vai ser feito, quando, de que maneira, por quem, para chegar a que resultados. O termo que preenche corretamente a lacuna é: a) Plano de formação docente. b) Supervisor escolar. c) Projeto político-pedagógico. d) Diretor. e) Aluno. Resposta O Sistema Nacional de Avaliação foi instituído com o Plano Nacional de Educação – Lei n. 10.172/2001, que determinou à União estabelecer os mecanismos necessários para o acompanhamento das metas desse plano de educação, visando a alcançar e a manter a qualidade no ensino. ANA: Avaliação Nacional da Alfabetização. Aneb: Avaliação Nacional da Educação Básica. Anresc: Avaliação Nacional do Rendimento Escolar. Encceja: Exame Nacional de Certificação de Competência de Jovens e Adultos. Enem: Exame Nacional do Ensino Médio. Ideb: Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Saeb: Sistema de Avaliação da Educação Básica. Sisu: Sistema de Seleção Unificada. Sistema Nacional de Avaliação e Padrões de Qualidade O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) é um conjunto de avaliações externas em larga escala que permite ao Inep realizar um diagnóstico da educação básica brasileira e de fatores que podem interferir no desempenho do estudante. Por meio de testes e questionários, aplicados a cada dois anos na rede pública e em uma amostra da rede privada, o Saeb reflete os níveis de aprendizagem demonstrados pelos estudantes avaliados, explicando esses resultados a partir de uma série de informações contextuais. O Saeb permite que as escolas e as redes municipais e estaduais de ensino avaliem a qualidade da educação oferecida aos estudantes. Sistema Nacional de Avaliação e Padrões de Qualidade O Sistema de Avaliação da Educação Básica no Brasil está direcionado a alguns programas, como: Saeb, Enem, Ideb, Prova Brasil, ANA, Encceja. Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb): tem por função avaliar escolas públicas e privadas, mediante exames de desempenho dos alunos do Ensino Fundamental (5º e 9º anos) e do Ensino Médio (3º ano). Avalia, de maneira geral, as disciplinas de português, focando a leitura; e de matemática, focando a resolução de problemas, de modo combinado com questionários aplicados aos diferentes grupos que compõem a comunidade escolar. Ele deu origem à Prova Brasil, constituído de dois processos denominados medição- avaliação e informação: Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb) – amostragem. Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc) – censitária. Sistema Nacional de Avaliação e Padrões de Qualidade Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): foi instituído pela Portaria do Ministério da Educação n. 438, de 28 de maio de 1998, como procedimento de avaliação do desempenho do aluno. É facultativo e gratuito para os alunos carentes e de escolas públicas, bem como para os egressos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). A partir de 2005, o Governo Federal passou a usar a nota do Enem como critério para a concessão de bolsas de estudos do Programa Universidade para Todos (Prouni). A Portaria do Ministério da Educação n. 462, de 27 de maio de 2009, ampliou a abrangência da nota do Enem, inclusive promovendo a certificação no nível de conclusão do Ensino Médio, de acordo com a legislação vigente, e avaliando o desempenho escolar do Ensino Médio e o desempenho acadêmico dos ingressantes nos cursos de graduação. Sistema Nacional de Avaliação e Padrões de Qualidade Exame Nacional de Certificação da Competência de Jovens e Adultos (Encceja): mede as competências e as habilidades dos cidadãos que não tiveram a oportunidade de concluir sua escolaridade na idade considerada própria. É uma avaliação opcional, unificada, nacional e traz questões objetivas de múltipla escolha, servindo para medir o rendimento individual desses alunos, procurando, além da certificação de conclusão dos níveis fundamental e médio, construir um indicador de avaliação e um banco de dados que sirvam para melhorar a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Em 2013, o Inep criou a ANA – Avaliação Nacional da Alfabetização, direcionada a unidades escolares e estudantes matriculados no 3º ano do Ensino Fundamental, que correspondia à fase final do Ciclo de Alfabetização e se inseria no contexto de atenção voltada à alfabetização prevista no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), que foi um programa que pretendia incidir sobre os dados da alfabetização no Brasil, que não vão bem há muitas décadas. Sistema Nacional de Avaliação e Padrões de Qualidade Em 22 de dezembro de 2017, foi publicada a Resolução CNE/CP n. 2, que instituiu e orientou a implantação da Base Nacional Comum Curricular a ser respeitada, obrigatoriamente, ao longo das etapas e das respectivas modalidades de ensino da Educação Básica. É um documento que tem como objetivo central promover a igualdade no sistema educacional, colaborando para a formação integral de brasileiros e brasileiras e para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva. A partir da BNCC, os estados e os municípios de todo o Brasil devem reelaborar seus currículos e seus programas. Sistema Nacional de Avaliação e Padrões de Qualidade Financiamento e gestão estão ligados de forma indissociável. A descentralização e a desburocratização da gestão nas dimensões pedagógica, administrativa e de gestão financeira, contando com o repasse direto de recursos, são fundamentais para o desenvolvimento da proposta pedagógica e para as despesas do cotidiano. A transparência da gestão de recursos financeiros e o exercício do controle social permitem garantir a efetiva aplicação dos recursos destinados à educação, garantindo que não haja desvios para outras pastas. O financiamento da educação pública é um instrumento fundamental para a redução das desigualdades sociais, uma vez que a situação socioeconômica do país se reflete no financiamento público da educação, já que as principais fontes de recursos para a educação provêm de impostos, que é afetada diretamente pelo desempenho da economia. Financiamento da Educação Básica São recursos públicos destinados à educação os originários de: Receita de impostos próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; Receita de transferências constitucionais e outras transferências; Receita do salário-educação e de outras contribuições sociais; Receita de incentivos fiscais; Outros recursos previstos em lei. Financiamento da Educação Básica O Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorizaçãodos Profissionais da Educação) é um fundo de natureza contábil, regulamentado pela Medida Provisória n. 339, posteriormente convertida na Lei n. 11.494/2007. Sua implantação foi iniciada em 1º de janeiro de 2007, de forma gradual, com vigência até 2020. É um sistema de redistribuição de impostos que garante investimento mínimo por aluno nos estados e nos municípios. Cada ente federado é representado pela conta bancária específica na qual são creditados e movimentados os recursos. É implantado automaticamente e seus recursos devem ser geridos pela Secretaria ou órgão equivalente de educação. Os fundos se destinam à manutenção e ao desenvolvimento da educação básica pública e à valorização dos trabalhadores em educação, incluindo sua condigna remuneração. Fundeb Com a Emenda Constitucional n. 53/2006, a subvinculação das receitas dos impostos e as transferências dos Estados, Distrito Federal e Municípios passaram para 20% e sua utilização foi ampliada para a educação básica por meio do Fundeb, que promove a distribuição dos recursos, com base no número de alunos da educação básica informado pelo Censo Escolar do ano anterior, de forma progressiva, observando: Alunos do Ensino Fundamental regular e especial – 100% a partir do 1º ano. Alunos da Educação Infantil, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos: 1/3 no 1º ano, 2/3 no 2º ano e 3/3 do 3º ano em diante. Piso salarial profissional nacional para os educadores públicos. O Fundeb é gerido por conselhos locais. Fundeb O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação foi criado em 1968 e está vinculado ao Ministério da Educação (MEC), cuja finalidade é captar recursos financeiros para projetos educacionais e de assistência ao estudante. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação mantém, entre outros, os seguintes programas: Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Programas do Livro. Programa Nacional de Transporte Escolar (PNATE). Programas do Fundo Nacional de Desenvolvimento (FNDE) O Fundeb é um fundo especial de natureza contábil e de âmbito estadual (um fundo por estado e Distrito Federal, num total de vinte e sete fundos), formado, na quase totalidade, por recursos provenientes de impostos e transferências dos estados, Distrito Federal e municípios, vinculados à educação por força do disposto no art. 212, da Constituição Federal. Além desses recursos, ainda compõe o Fundeb, a título de complementação, uma parcela de recursos federais, sempre que, no âmbito de cada Estado, seu valor por aluno não alcançar o mínimo definido nacionalmente. Independentemente da origem, todo o recurso gerado é redistribuído para aplicação exclusiva na educação: a) Infantil. b) Superior. c) Especial. d) Profissional. e) Básica. Interatividade O Fundeb é um fundo especial de natureza contábil e de âmbito estadual (um fundo por estado e Distrito Federal, num total de vinte e sete fundos), formado, na quase totalidade, por recursos provenientes de impostos e transferências dos estados, Distrito Federal e municípios, vinculados à educação por força do disposto no art. 212, da Constituição Federal. Além desses recursos, ainda compõe o Fundeb, a título de complementação, uma parcela de recursos federais, sempre que, no âmbito de cada Estado, seu valor por aluno não alcançar o mínimo definido nacionalmente. Independentemente da origem, todo o recurso gerado é redistribuído para aplicação exclusiva na educação: a) Infantil. b) Superior. c) Especial. d) Profissional. e) Básica. Resposta A implantação do Fundeb representa a visão sistêmica da educação, ao financiar todas as etapas, da Educação Infantil ao Ensino Médio, e ao reservar parcela importante dos recursos para a Educação de Jovens e Adultos. A complementação da União é direcionada às regiões nas quais o investimento por estudante é inferior à média nacional. O Fundeb se pauta ainda pela universalização do atendimento à educação, no acréscimo de 15% para 20% de vários impostos e o acompanhamento e avaliação da sociedade, realizado por meio de conselhos do Fundo, com a tendência de melhoria na transparência e na fiscalização dos recursos aplicados à educação. Ainda como recursos da educação, devem ser acrescentados os 5% dos mesmos impostos do Fundo que não foram vinculados e os 25% dos impostos próprios, estaduais, distrital e municipais. Entretanto, o Fundeb não é suficiente para garantir a universalização da oferta de vagas na educação básica e tampouco a permanência do aluno na escola até o Ensino Médio com qualidade. Financiamento e controle social Esses recursos, se bem aplicados e fiscalizados adequadamente, com a participação dos conselhos, no âmbito dos Estados, Distrito Federal e Municípios, poderão constituir avanços no financiamento para as diversas etapas do ensino e modalidades da educação básica. Para que o Fundeb possa colaborar efetivamente na construção da qualidade da educação, a referência de investimento por estudante/ano do fundo deve, necessariamente, passar a ser uma política de custo-aluno-qualidade, ancorada pela União e construída em parceria com a sociedade civil, como uma das principais referências no âmbito do financiamento da educação. O valor mínimo do Fundeb, em cada nível, etapa e modalidade de educação, deve assim garantir a presença, em todas as escolas públicas do país, dos padrões mínimos de qualidade previstos no PNE e na LDB, além de outros que precisam ser definidos no regime de colaboração. Financiamento e controle social Em se tratando do financiamento da educação básica e especialmente do Fundeb, algumas ações devem ser asseguradas, segundo a Conferência Nacional de Educação (2014), entre elas: Assegurar os mecanismos e os instrumentos que assegurem a transparência e o controle social na utilização dos recursos públicos aplicados em educação, especialmente a realização de audiências públicas, a criação de portais eletrônicos de transparência e a capacitação dos membros de conselhos de educação, de escola, de acompanhamento e de controle social, com a colaboração entre o MEC, as secretarias de educação de estados, Distrito Federal (DF) e municípios, os respectivos tribunais de contas dos entes federados e Ministério Público. Universalizar e garantir apoio técnico e financeiro à gestão escolar mediante o fortalecimento do conselho escolar e da transferência direta de recursos pedagógicos e financeiros à escola pública; garantir o assessoramento sistemático e reconhecer as formas de autogestão educacional; desburocratizar a gestão dos recursos. Financiamento e controle social Efetivar a participação da comunidade escolar formada por professores, funcionários técnico- administrativos, estudantes, pais e/ou responsáveis e comunidade local na qual está inserida nos conselhos escolares, no planejamento e na aplicação dos recursos, visando à ampliação da transparência e, principalmente, as prestações de contas das unidades escolares por meio de um portal eletrônico de acesso a toda comunidade escolar, assegurando, assim, o efetivo desenvolvimento da gestão democrática participativa, pela eleição direta para a direção, independentemente do número de alunos matriculados. Garantir políticas de acesso e permanência, de modo que crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos ingressem nas instituições educativas e nos diferentes níveis, etapas e modalidades, além de alcançar sucesso acadêmico. Financiamento e controle social Superar as desigualdades étnico-raciais e de gênero e ampliando as taxas de permanência com qualidade social e conclusão de estudantes do campo, negros, indígenas, povos da floresta, povos das águas, quilombolas, das comunidades tradicionais, das pessoas com deficiência, transtornos globais e funcionais, de desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. Garantir políticas de acesso e permanência, de modo que crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos ingressem nas instituições educativas e nos diferentes níveis, etapas e modalidades, além de alcançar sucesso acadêmico. Assegurar condições objetivas para a criação, a implantação, o fortalecimento e a consolidação de fóruns e conselhos estaduais, distrital e municipais de educação, conselhos escolares ou equivalentes, conselhos de acompanhamento e controle do Fundeb e da alimentação escolar, com escolha democrática e transparente das representações dos setores envolvidos com a educação e com as instituições educativas. Financiamento e controle social Garantir autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira das instituições educativas, assim como a vivência da gestão democrática, do trabalho coletivo e interdisciplinar. Ampliar, fortalecer e garantir os programas de apoio e formação continuada aos integrantes dos conselhos de educação, de acompanhamento e controle social do Fundeb, conselhos de alimentação escolar, dos conselhos escolares, conselhos regionais e outros; e aos representantes educacionais em demais conselhos de acompanhamento de políticas públicas, com a colaboração do MEC, secretarias de educação dos estados, DF, municípios, bem como dos respectivos tribunais de conta. Financiamento e controle social Fonte: http://abmes.org.br A construção e a criação de um Sistema Nacional de Educação, por meio do regime de colaboração entre os entes federados, garantindo os recursos necessários à educação pública com qualidade social, é uma condição fundamental para a superação da fragmentação das políticas educacionais existentes no contexto de nosso país. Realização de reforma tributária. Financiamento e controle social Os conceitos de Política e Planejamento, que são essenciais para compreendermos como se estruturam e se organizam as políticas educacionais no Brasil. No que diz respeito à organização dos sistemas de ensino em nosso país, eles existem em âmbitos federal, estadual e municipal. O funcionamento de tais sistemas, no sentido de discutir as necessidades nacionais, com respeito às especificidades territoriais, dá-se por meio dos conselhos federal, estaduais e municipais. Importância do Plano Nacional de Educação, seus objetivos e metas e os desafios que nosso país precisa enfrentar para constituir um sistema nacional de educação articulado. Em síntese Planejamento: um processo mental que supõe análise, reflexão e previsão. Previsão significa que ele visa sempre ao futuro. Não precisa necessariamente se consubstanciar num documento, mas, quando isso acontece, ele resulta num plano, programa ou projeto, que diferem um do outro pelo nível de abrangência. Política: fazer política é dispor, ao redor de uma mesa, pessoas com objetivos diferentes para tratar de temas de interesse comum. No caso da educação, significa debater o tema com representantes de todos os elementos que se interessam por ela: donos das escolas particulares, setor público ligado ao tema, alunos, funcionários das escolas, pais de alunos, professores e qualquer outro interessado. Em síntese Público: o que é público é do povo e a ele se destina. Esse povo designa alguns representantes para a defesa de seus interesses, que vão compor o Setor Público. As políticas resultantes dos debates são designadas “políticas públicas”, que visam a refletir o equilíbrio dessa balança de interesses em discussão. Ao Setor Público cabe implementar essas políticas, em consonância com os interesses da sociedade que o constituiu. De modo geral, a organização da educação escolar nacional faz-se por meio de esferas administrativas, ou seja, pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, que mantêm seus respectivos sistemas de ensino, ou seja: Sistema Federal, Sistema Estadual ou Distrital e Sistema Municipal. Em síntese Várias foram as tentativas de elaboração e implementação de um plano de educação para o país, desde 1932. Somente depois de muitos anos de tentativas frustradas, foi aprovado pelo Congresso Nacional, por meio da Lei n. 10.172, de 9 de janeiro de 2001, o primeiro Plano Nacional de Educação, já no novo milênio. Um novo plano se encontra em discussão, a vigorar até 2020. Por estabelecer uma política de Estado, deverá ser tratado como principal prioridade pelo poder público nacional e pela sociedade brasileira. A gestão da escola é realizada com base nas políticas educacionais definidas pelo Poder Público. Gerir é conduzir os destinos de um empreendimento, levando-o a alcançar os seus objetivos. Isso se faz de diferentes modos. Em síntese Conselho de Escola, Direção, Setor Técnico-administrativo, Setor Pedagógico, Corpo Docente, Corpo Discente, Pais e Comunidade: ao conjunto desses elementos convencionou-se chamar de “Estrutura Administrativa” da escola e somente o conhecimento dessas características e funções pode dar ao diretor a possibilidade de compreender melhor sua escola. O diretor da escola assume uma série de responsabilidades e deve cumprir vários papéis, dentre os quais se destacam o de autoridade escolar, educador e administrador. Seu papel é fundamental e seu desempenho muitas vezes define o bom ou mau andamento da instituição escolar. Ele assume a “liderança” da escola. Em síntese É no projeto político-pedagógico que são definidas as prioridades e as necessidades de uma unidade escolar, para o direcionamento de sua atuação rumo à qualidade de ensino, numa ação articulada de todos os envolvidos com a realidade da escola. Ainda no contexto dos processos de gestão e estabelecimento dos padrões de qualidade, situa-se a “Avaliação da Educação Básica”, imprescindível no acompanhamento dos resultados das novas competências atribuídas à gestão. Foi instituído com o Plano Nacional de Educação, visando a alcançar e manter a qualidade no ensino. Está direcionado a alguns programas, como: Saeb, Enem, Ideb, Prova Brasil, Encceja. Por fim, financiamento e gestão estão ligados de forma indissociável. O financiamento da educação pública é um instrumento fundamental para a redução das desigualdades sociais, uma vez que a situação socioeconômica do país se reflete no financiamento público da educação, já que as principais fontes de recursos para a educação provêm de impostos, que é afetada diretamente pelo desempenho da economia. Em síntese O projeto político-pedagógico é um documento que não se reduz à dimensão didático- pedagógica, se constituindo como: a) Instrumento legitimador das ações normativas da equipe gestora. b) Desenvolvimento de ações espontâneas da comunidade escolar. c) Definidor de princípios e diretrizes que projetam o vir a ser da escola. d) Incorporação de múltiplas teorias pedagógicas, produzidas na contemporaneidade. e) Implementação de estrutura organizacional visando à administração interna da escola. Interatividade O projeto político-pedagógico é um documento que não se reduz à dimensão didático- pedagógica, se constituindo como: a) Instrumento legitimador das ações normativas da equipe gestora. b) Desenvolvimento de ações espontâneas da comunidade escolar. c) Definidor de princípios e diretrizes que projetam o vir a ser da escola. d) Incorporação de múltiplas teorias pedagógicas, produzidas na contemporaneidade. e) Implementação de estrutura organizacional visando à administração interna da escola. Resposta PEREIRA, R.; SILVA, W. S.; FERNANDES, M. A. V. Planejamento e Políticas Públicas da Educação. São Paulo: Editora Sol, 2020. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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