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Filipe Libano – Universidade Nove de Julho 1 Hidranencefalia: existem alguns reflexos que não envolvem o tronco encefálico (não precisa da região do telencéfalo para fazer alguns movimentos), normalmente esses reflexos são comer e lamber. Estruturas homologas da medula e tronco: não H medular e na região central, tem a substância cinzenta, que é homologa a formação reticular da espinha. Gânglios: na raiz dorsal/sensitiva da medula possui gânglio com corpos de neurônios pseudounipolares e na região do tronco encefálico também possui esses gânglios com nervos pseudounipolares. Modalidade funcional dos nervos cranianos: pode ser de 2 tipos. I. Aferência: é o nervo que recebe informações e pode ser tanto da parte somática quanto da parte visceral. • A somática tem duas áreas, que é uma geral (dor, tato, pressão, vibração, temperatura e propriocepção) e a somática especial, que é relacionada com órgãos e sentidos (audição e parte vestibular -> equilíbrio). • Area visceral geral é relacionada com a dor e vibração, relacionada com o olfato e gustação. - Aferência somática geral: dor, tato, temperatura, vibração, pressão e propriocepção. - Aferência somática especial: audição e equilíbrio. - Aferência visceral geral: dor e vibração das vísceras. - Aferência visceral especial: olfato e gustação. II. Eferência: é quando a informação está saindo do nervo. Ela pode parar no músculo estriado esquelético, músculo cardíaco, músculo liso, glândulas etc. - Eferência somática geral: o impulso para nos músculos estriados esqueléticos (principalmente olho e língua), que são derivados de miótomos. - Eferência visceral especial: agora o impulso vai parar nos músculos da mastigação por exemplo, pois tem uma origem diferente (arco branquiomericos) mas ainda sim são músculos estriados esqueléticos. • O tubo neural que forma a medula tem uma placa alar e uma placa basal. Placa basal: dá origem ao H medular, onde possui neurônios motores. Placa alar: dá origem as colunas sensitivas • Quando faz um corte transversal no bulbo, podemos observar a ponte, bulbo, 4º Reflexos integrados no tronco Filipe Libano – Universidade Nove de Julho 2 ventrículo e a parte anterior (motora). A parte dorso lateral é sensitiva. Organização colunar dos núcleos: os núcleos são organizados em colunas sensitivas. Possui 6 colunas (3 motoras e 3 sensitivas). I. COLUNA EFERÊNTE SOMÁTICA GERAL: está saindo para a musculatura estriada esquelética de origem o miotomica -> olhos e língua. Essa coluna é constituída por 4 núcleos. • Núcleo oculomotor (3º par) -> tem neurônios eferentes que inervam toda a musculatura do globo ocular, exceto o reto lateral e o obliquo superior. (também inerva o musculo levantador da pálpebra. • Núcleo troclear (4º par) -> inerva o músculo oblíquo superior. • Núcleo do nervo abducente (6º par) -> inerva o músculo reto lateral. • Núcleo do nervo hipoglosso (12º par) -> inerva a musculatura da língua. II. COLUNA EFERÊNTE VISCERAL GERAL: possui neurônios que pertencem ao sistema nervoso autônomo (simpático e parassimpático). Nessa região tem os corpos de neurônios pré-ganglionar. - Músculo liso, estriado cardíaco e glândulas -> Via motora. Essa coluna é constituída por 5 núcleos. • Núcleo de Edinger-Westphal: localizado na região do mesencéfalo. É importante pois ele é quem controla a dilatação da pupila (miose) e ajuda na estrutura cristalina do olho -> Vai para o nervo oculomotor. • Núcleo salivatório superior: inerva as glândulas submandibular e sublingual -> Vai para o nervo facial. O núcleo salivatório superior vai ter duas funções, onde o pré-ganglionar vai para o gânglio pterigopalatino e faz a função da glândula lacrimal e quando o pré-ganglionar vai para o gânglio submandibular, ele inerva as glândulas submandibular e sublingual. • Núcleo lacrimal: faz a inervação da glândula lacrimal. • Núcleo salivatório inferior: faz a inervação da glândula parótida -> Vai para o nervo glossofaríngeo. O núcleo salivatório superior quando chega no gânglio óptico vai para o nervo glossofaríngeo e depois para a parótida. • Núcleo motor dorsal do vago: inerva as vísceras torácicas e abdominais -> Vai até os gânglios próximos ou nas vísceras e faz sinapse com o neurônio pós-ganglionar. III. COLUNA EFERÊNTE VISCERAL ESPECIAL: faz a inervação dos músculos branquiomericos. Essa coluna é constituída por 5 núcleos. • Núcleo motor do trigêmeo: faz a inervação dos músculos da mastigação (temporal, masseter, pterigoideo lateral e medial), milo-hióideo e o ventre anterior do músculo digástrico -> Vai até o trigêmeo. • Núcleo motor do facial: faz a inervação da musculatura mímica e ventre posterior do músculo digástrico -> Vai até o nervo facial e está relacionado com a musculatura da face/mímica. Filipe Libano – Universidade Nove de Julho 3 • Núcleo ambíguo: faz a inervação dos músculos da laringe e faringe. Constitui fibras motoras dos nervos IX, X e XI (raiz craniana). IV. COLUNA AFERENTE SOMÁTICA GERAL: relacionado com propriocepção, pressão, tato, temperatura e dor na cabeça. Essa coluna é constituída por 3 núcleos. • Núcleo do trato mesencefálico do trigêmeo: relacionado com sensibilidade proprioceptiva de receptores da musculatura da mastigação, ligamentos periodontais para modular a força da mastigação e dos músculos extrínsecos do bulbo ocular. É constituído por corpos de neurônios pseudounipolares. Pega toda a extensão do mesencéfalo e um pouco da ponte. É constituído de neurônios pseudounipolares e captam basicamente propriocepção. • Núcleo sensitivo principal do trigêmeo: relacionado com sensibilidade de tato (epicrítico e protopático) e pressão. Está localizado na ponte. • Núcleo do trato espinal do trigêmeo: relacionado com sensibilidade de dor e temperatura da cabeça de gânglios sensoriais do trigêmeo e de todos os gânglio sensoriais dos nervos cranianos (V, VII, IX e X). V. COLUNA AFERENTE SOMÁTICA ESPECIAL: está relacionada com a audição e o equilíbrio. É composta por neurônios bipolares que ficam nos gânglios. Possui 2 áreas: vestibular -> equilíbrio e posição da cabeça -> coclear -> audição. Essa coluna é constituída por 2 núcleos. • Núcleo coclear (ventral e dorsal): recebe informações aferentes auditivas do gânglio espiral da cóclea e enviam eferência para o núcleo olivar superior e trapezoide, que seguem o colículo inferior. • Núcleo vestibular (superior, inferior, medial e lateral): recebe informações aferentes do gânglio vestibular e envia eferência para os núcleos motores responsáveis pelo equilíbrio e coordenação dos olhos e da cabeça. VI. COLUNA AFERENTE VISCERAL: essa coluna recebe informações das vísceras e de gustação, todas essas informações batem no núcleo do trato solitário. • Aferencia viscerais gerais: trato gastrointestinal, sistema cardiovascular e sistema respiratório, através dos nervos IX e X. • Aferencia viscerais especiais: relacionado com a gustação -> nervos VII, IX e X. Conexões supras segmentares dos núcleos sensoriais dos nervos cranianos: quando a informação chega no tronco, ela precisa chegar até o tálamo (subir) e para que isso ocorra, existe algumas vias próprias para isso. Filipe Libano – Universidade Nove de Julho 4 • Via lemnisco trigeminal: ela leva informação até o núcleo e liga os núcleos sensitivos do trigêmeo até o tálamo. • Via lemnisco lateral: leva informação de audição do tronco ao tálamo. Conduz impulsos auditivos dos núcleos cocleares ao colículo inferior e vão para o corpo geniculado medial (tálamo). Troto corticonuclear: liga as áreas motoras do córtex cerebral aos neurônios motores situados nos núcleos das colunas eferentes somáticas e eferente visceral especial. Hipotálamo: ele influencia os núcleos da colina eferente visceral geral (núcleos de parte craniana do sistemaparassimpático). Reflexos do tronco (supraespinais): são 9 reflexos do tronco. I. REFLEXO MANDIBULAR: só envolve 2 neurônios e estimula o neurônio sensitivo a captar a informação e fazer sinapse passando para o neurônio motor. Exemplo: paciente com a boca aberta e relaxa -> martelo percute a região -> musculatura distende -> propriocepcao é detectada e conduzida pelo neuronio pseudounipolar no nucleo motor do trigemeo (aferencia pelo nervo mandibular) -> valta para musculatura o reflexo de fechar a boca. • Os fusos neuromusculares do masseter detectam o estiramento do ventre muscular. Aferencia vem do nervo vestibular do trigêmeo que segue até o núcleo motor do trigêmeo. Neurônio motor vai pelo ramo mandibular e envia informações para fechar a boca que estava aberta. II. REFLEXO COREANO ou CORNEOPALPEBRAL: são mecanismos de proteção contra corpos estranhos que caem nos olhos. É uma condição que está associada com o lacrimejamento. Exemplo: pedir para que o paciente acompanhe o dedo e enquanto isso coloca um algodão na córnea. Quando o algodão tocar, o estímulo é captado pelo ramo oftálmico do nervo trigêmeo que alcança o núcleo principal (tato e pressão), podendo chegar no nervo espinal (dor). Quando chega no sensitivo, a informação é cruzada para o contralateral oque faz com que o paciente feche o olho. Filipe Libano – Universidade Nove de Julho 5 Lesão em X1: quando há uma lesão nessa região, não ocorre o fechamento bilateral da pálpebra do olho pois não tem aferencia chegando lateralmente e nem contralateral -> Lesão no nervo oftálmico (ramo do trigêmeo). Lesão em X2: quando há uma lesão nessa região, não há fechamento somente do lado em que o nervo foi comprometido -> Lesão no nervo facial. III. REFLEXO LACRIMAL: ocorre quando cai algo no nosso olho e na tentativa de diminuir o atrito ou expulsar o corpo estranho, o olho começa a lacrimejar. - Glândula via eferente do SNA que faz isso. Exemplo: corpo estranho cai no olho -> estímulo da córnea para fechamento bilateral da pálpebra do musculo orbicular do olho -> impulsos aferentes chegam no ramo do nervo oftálmico do trigêmeo, depois chega no nervo sensitivo principal do trigêmeo -> núcleo lacrimal gera fibra pré-ganglionares pelo NC. VII até o gânglio pterigopalatino -> Ativação da glândula lacrimal. IV. REFLEXO DE PISCAR: é o reflexo de fechar os olhos para evitar que entre corpos estranhos. Exemplo: as fibras aferentes da retina (nervo óptico, trato óptico e braço do cólico superior) captam e enviam informações para o cólico superior -> Núcleo do nervo facial -> Nervo facial -> Impulso chega na parte palpebral do musculo orbicular do olho, fazendo com que pisque. V. REFLEXO VESTÍBULO-OCULAR: o vestíbulo capta e leva informações de equilíbrio (como a posição da cabeça). - Para manter o olhar fixo quando a cabeça está em movimento precisa de alguns ajustes na musculatura do olho e é esse reflexo quem é responsável por isso. • Dentro da nossa orelha, possui a parte vestibular que tem os canais semicirculares e dentro desse canais tem uma região dilatadas que é a ampola, na ampola tem células sensíveis que capam o movimento de endolinfa (líquido). • Quando a endolinfa se movimenta, ela estimula a mudança de sentido dos cílios das células sensoriais da crista. • Neurônios do gânglio vestibular são estimulados, gerando aferencia pelo nervo VIII aos núcleos vestibulares. • Fibras eferentes ganham o fascículo longitudinal medial e vão para os núcleos dos nervos III. IV e VI para corrigir a posição ocular. • Se o movimento da endolinfa for muito rápido ou algo falhe, vai surgir o NISTAGMO (movimento sucessivos oscilatório de vai e vem). VI. REFLEXOS PUPILARES (foto motor direto): é reflexo que ocorre quando a pupila vê uma luz e dilata. • Quando uma luz é projetada no olho, a retina capta a informação e leva pelo nervo óptico, quiasma óptico e trato óptico até a região do colículo, que é onde ocorre a sinapse (área pré- tectal) com o neurônio e esse neurônio vai para o núcleo de Edigner. • O núcleo de Edigner emite um neurônio pré- ganglionar que até o gânglio ciliar e faz sinapse com o neurônio pós-ganglionar, que vai até a região do músculo do esfíncter da pupila para realizar a miose. Filipe Libano – Universidade Nove de Julho 6 VII. REFLEXOS PUPILARES (consensual): esse reflexo é um complemento do anterior. Ao dilatar a pupila de um olho, a outra automaticamente dilata também pois a informação cruza o quiasma e alcança o outro lado do trato óptico e vai até a outra área pré-tectal. VIII. REFLEXO DO ENGASGO: é quando algo toca o arco palatino e da sensação de engasgo pois estimula o nervo glossofaríngeo. • Ocorre um estímulo na parede posterior da faringe, pilares das tonsilas palatinas ou base da língua -> estimulação do nervo IX -> estimula o núcleo do trato solitário ipsilateral -> estimula o núcleo ambíguo -> nervo vago -> contração bilateral dos músculos faríngeos posterior (engasgo). IX. REFLEXO DE VÔMITO: esse estímulo não parte da língua e sim de uma irritação da mucosa do estomago. • A informação sensitiva é captada pelo neurônio pseudounipolar que leva ela até o núcleo do trato solitário, onde faz sinapse com neurônios do centro do vomito no bulbo e partir desse momento ativa as avias eferentes.
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