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Integração sensorial

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Integração sensorial – Fisioterapia Neurofuncional II
Definição do método 
A integração sensorial foi criada por uma terapeuta ocupacional americana chamada Anna Jean Ayres, no início da década de 60. Pode-se definir a mesma como um processo neurológico que atua na organização das sensações, fazendo com que se torne possível as diferentes formas de aprendizagem. Na integração sensorial, além dos 5 órgãos do sentido (sistema visual, auditivo, olfativo, gustativo, tátil), a técnica aborda também o sistema vestibular e proprioceptivo, objetivando integrar esses sistemas, para poder desempenhar determinadas atividades específicas do cotidiano. O profissional de terapia ocupacional é quem está apto a utilizar dessa abordagem com propriedade e com todo conhecimento adquirido. Há a necessidade de um ambiente controlado com equipamentos específicos para poder proporcionar a criança estímulos direcionados conforme a demanda apresentada para aumentar nível de alerta, oferecer uma resposta adaptativa e funcional dentro de diversos contextos e ambientes que a criança está inserida. Algumas crianças com desordens neurológicas podem apresentar alterações sensoriais importantes. A Terapia de Integração Sensorial auxilia a criança na percepção dos estímulos sensoriais, na modulação e registro de forma a apresentar uma resposta funcional ao meio. Alguns padrões de processamento sensorial alterados interferem diretamente no processo de aprendizagem e na realização das atividades no cotidiano.
Público alvo
A terapia da integração sensorial é destinada a bebês, crianças, adolescentes e adultos que apresentam dificuldades de desenvolvimento, comportamento ou com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), dificuldade de aprendizado, distúrbios de fala e linguagem, desordens neuromotoras, Síndrome de Down e Deficiência Intelectual.
Princípios da Integração Sensorial
São estímulos sensoriais controlados que geram uma resposta adaptativa, onde a resposta adaptativa promove o desenvolvimento da Integração Sensorial, onde a auto direção das atividades aprimora a rede neural, e Comportamentos Primitivos consolidados, levam a Comportamentos Complexos, a organização das R.A, que organizam os comportamentos como a sequência e o tempo, são necessário para o registro dos estímulos sensoriais significativos antes da resposta ser dada.
Intervenção
A integração sensorial é feita de acordo com o tipo de disfunção de cada indivíduo. Mas há algumas atividades simples que podem ser conduzidas pelo terapeuta e, depois, reproduzidas em casa. A varias formas de intervenção ao paciente visando sua disfunção, podemos citar, por exemplo, brincadeiras com formas, cores e tamanhos diferentes, cuja mesma, fornece ao paciente o desenvolvimento intelectual e psicomotor. Enquanto a maioria das crianças já consegue fazer encaixes facilmente a partir dos dois anos, aquelas que apresentam disfunção neurológica costumam apresentar um progresso mais lento. Por isso, continuar fornecendo estímulos é uma importante forma de auxiliar no progresso neurológico, trabalhando desta forma o tato e a visão em conjunto. Um exemplo comum de onde a integração sensorial se aplica, seria em crianças com autismo. No entanto, o método pode ser aplicado a outros tipos de pacientes, como portadores de Síndrome de Down, déficit de atenção ou outras disfunções neurológicas. A intervenção pode ser feita a qualquer criança que apresente um desenvolvimento motor ou tátil mais lento, para que tais problemas não a atrapalhem no futuro. A verdade é que uma terapia individual é sempre benéfica, pois identifica aquilo que mais aflige o paciente e proporciona um tratamento personalizado. A Terapia de Integração Sensorial, visa fornecer estímulos sensoriais à criança em um processo natural e lúdico, focando em sensações corporais principalmente táteis, proprioceptivas e vestibulares. As atividades propostas permitem que o paciente seja capaz de integrar sensações até então não integradas devido a suas disfunções. Chega-se, assim, a resultados que podem ser mais efetivos que aqueles obtidos com medicação, análises psicológicas e outros tipos de tratamento, conforme relatado por Anna Jean Ayres. A integração sensorial não tem intenção de ensinar habilidades específicas à criança, mas sim ajudá-la a organizar seu cérebro para trabalhar melhor. É realizada em um contexto lúdico, onde escolhas e interesses da criança guiam o terapeuta na seleção de atividades terapêuticas. Deve ser realizada com atividades que não sejam muito fáceis nem muito difíceis, a fim de fornecer um “desafio na medida certa” para a criança. Quanto mais a criança se encontra motivada a participar das atividades, maior a chance de persistir nos desafios propostos. A olhos não-treinados, pode parecer que o terapeuta está apenas brincando com a criança enquanto, na verdade, ele está trabalhando para que a “brincadeira” melhore o sistema nervoso da criança. A terapia possui uma abordagem holística, envolvendo o corpo como um todo e todos os sentidos.
AYRES, A. J.; ROBBINS, J. Sensory integration and the child: Understanding hidden sensory challenges. Western Psychological Services, 2005.
SERRANO, P. A. Integração Sensorial: no desenvolvimento e aprendizagem da criança. Lisboa: Papa-Letras, 2016.
ABRATO, Abrato. Resumo Expandido: eixo 11-INTEGRAÇÃO SENSORIAL. Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional-REVISBRATO, p. 1165-1173.
DE ALMEIDA MATOS, Hédila; CALHEIROS, Maria Natália Santos; VIRGOLINO, Jessyca Gabrielle Albuquerque. A relação entre os princípios da integração sensorial e dificuldades de aprendizagem na visão dos professores de educação infantil na cidade de Lagarto/SE/The relation between the principles of sensorial integration and learning difficulties by the view of teachers from child education in the city of Lagarto/SE. Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional-REVISBRATO, v. 4, n. 6, p. 891-910.
BREUNIG, Gabriela Garcez; MEDEIROS, José Paulo; STRASSBURGER, Simone Zeni. A IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO SENSORIAL EM PACIENTES PÓS ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO. In: 6º Congresso Internacional em Saúde. 2019.
MOLLERI, Natalia et al. Aspectos relevantes da integração sensorial: organização cerebral, distúrbios e tratamento. Revista Neurociências, v. 6, n. 3, p. 173-179, 2010.
DE MORAES LENZI, Cristiana Roth; VIEIRA, Helenise Helena. IMPLANTAÇÃO DA TERAPIA DE INTEGRAÇÃO SENSORIAL NA APAE DE BLUMENAU–SC.
https://vivairis.com/integracao-sensorial/ 
https://ijc.blog.br/2018/02/09/voce-sabe-o-que-e-integracao-sensorial/ 
https://multisensorial.com.br/integracao-sensorial/ 
https://blog.freedom.ind.br/integracao-sensorial/
https://habilito.com.br/services/integracao-sensorial/
https://institutoneurosaber.com.br/o-que-e-terapia-de-integracao-sensorial-em-criancas-com-autismo/

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