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Lara de Aquino Santos SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR – NP1 PERGUNTAS DISCENTES ODONTOLOGIA LEGAL 01. No caso clínico foi relatado que o cirurgião-dentista Carlos solicitou que a sua ASB (auxiliar em saúde bucal) Beatriz realizasse uma “limpeza com flúor” no paciente João, enquanto finalizava o preenchimento da anamnese com a responsável legal pela criança. Tendo em vista os limites de atuação dos profissionais auxiliares, responda as questões a seguir. a) Quais as competências do auxiliar em saúde bucal, conforme o Código de Ética Odontológico? RESPOSTA: Conforme a Lei N° 11.889, de 24/12/2008 são competências dos ASB: Organizar e executar atividades de higiene bucal; processar filme radiográfico; acolher e preparar o paciente para o atendimento; auxiliar e instrumentar os profissionais nas intervenções clínicas; manipular materiais de uso odontológico; selecionar moldeiras; preparar modelos em gesso; registrar dados e participar da análise das informações relacionadas ao controle administrativo em saúde bucal; executar limpeza, antissepsia, desinfecção e esterilização do instrumental, equipamentos e do ambiente de trabalho; aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, transporte, manuseio e descarte de produtos e resíduos odontológicos e no controle de infecção; realizar em equipe levantamento de necessidades em saúde bucal. b) Discorra sobre a conduta dos profissionais citados (CD e ASB). RESPOSTA: A conduta da profissional auxiliar constitui uma infração ética, pois é vedado a sua categoria realizar, na cavidade bucal do paciente, procedimentos não discriminados na Lei, como por exemplo a realização de profilaxia e aplicação tópica de flúor (Art. 11 – XIII). A conduta mais apropriada para a profissional naquele momento seria recursa-se a realizar o procedimento, visto que se constitui direito fundamental das categorias técnicas e auxiliares recursarem-se a executar atividades que não sejam de sua competência técnica, ética e legal, ainda que sob supervisão do cirurgião- dentista. A conduta do cirurgião-dentista também constitui uma infração Lara de Aquino Santos ética, pois o mesmo delegou uma função a ASB que não é habilitada para realizar o determinado procedimento. 02. No caso clínico foi descrito que o cirurgião-dentista Carlos realizou fotografias intra e extraorais do paciente João, para estudar melhor o seu caso. Ao adicionar o cirurgião-dentista em uma rede social, a responsável pela criança percebeu que o profissional publicou uma das imagens realizadas durante o atendimento clínico de seu filho, sem a sua autorização. Tendo em vista essas informações, discorra sobre a conduta do profissional frente a esse caso. RESPOSTA: Conforme a resolução 196/2019, fica autorizada a divulgação de autorretratos (selfie) e de imagens relativas ao diagnóstico e ao resultado final de tratamentos odontológicos, desde que o profissional obtenha a autorização prévia do paciente ou de seu responsável legal, através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE. Ademais, se faz necessário as seguintes informações na publicação: Nome do profissional, número de inscrição da pessoa física ou jurídica e nome representativo da profissão de cirurgião-dentista. A conduta do cirurgião-dentista Carlos foi inadequada e constitui-se em uma infração ética pois o mesmo não informou a responsável legal sobre a possibilidade de publicação das fotografias nas redes sociais, e não solicitou a sua autorização, isto é, a assinatura por meio do requerido TCLE. Tal documento é necessário pois demonstra que o profissional esclareceu o paciente e o seu responsável sobre os riscos, efeitos e entre outras informações dos procedimentos a serem realizados, confirma que o cirurgião-dentista deu liberdade para o paciente decidir sobre o plano de tratamento proposto, bem como autoriza as intervenções e que o mesmo está consciente de todas as consequências e riscos previsíveis no documento. Ademais, autoriza a utilização de sua imagem para postagens com finalidade científica, envolvendo discussão diagnóstica, de conduta e resultado final.
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