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Odontologia legal

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A odontologia está muito além do consultório odontológico estando presente de diversas
formas. Uma delas é na forma de perícia que tem o objetivo de é trazer aos autos provas
materiais ou científicas obtidas por meio de procedimentos como: exame, vistoria,
indagação, investigação, arbitramento, mensuração, avaliação e certificação (ALMEIDA et
al,. 2019).
No caso relacionado a ossada mostrada, foi identificado que se tratava de uma ossada
humana sendo sugestiva para um indivíduo do sexo masculino com uma idade média de 16
anos essa estimativa foi feita pela seguinte forma: Os dentes que estavam integros,
terceiros molares inclusos, a sutura escamosa ainda não fechado por meio disso chegou a
essa idade. Esta ossada se encontra incompleta com apenas este ossos: 1 crânio, 1 fêmur,
1 tíbia, 1 úmero, vértebra cervical, vértebra lombar, clavícula, 2 pelves e 1 Sacro pois a
clavícula em formato de S, sendo essa última parte da ossada uma das mais importantes no
ambiente pericial pois somente o humano tem esse formato em S, portanto com a ossada
dá para observa que não foi encontrado nenhum tipo de lesão de natureza: Punctória,incisa
ou contusa (CAPP et al,. 2017).
O laudo pericial odontológico é uma ferramenta importante na investigação forense para
determinar informações sobre uma pessoa a partir de seus restos mortais ou evidências
dentárias. Ele pode fornecer estimativas de idade, altura, sexo, condição dental, causa da
morte e outras características através de diversas técnicas e métodos (CAPP et lá.,2017).
A idade estimada pode ser determinada por meio da análise do desenvolvimento dentário,
erupção dentária, perda dentária e desgaste dental. Além disso, técnicas como análise de
radiografias dentárias, tomografia computadorizada e exame microscópico do esmalte e
dentina também podem ser utilizadas. Existem métodos específicos, como o método de
Demirjian, que utiliza o desenvolvimento dental para estimar a idade em crianças. O método
de Gustafson é utilizado para estimar a idade em adultos. Essas técnicas são amplamente
utilizadas na odontologia forense (ALVES et al., 2012). Pode ser estabelecida com base na
forma, aspecto, dimensıes e espessura dos ossos (tabelas crono-estaturo-ponderal); pelo
encontro de algumas patologias ósseas próprias de determinadas idades (osteoporose,
espondiloartrose); por an·lise das suturas cranianas; pelo Ìndice carpal (obtido pela
observação dos pontos epífises de ossificação dos ossos do punho); pelo estudo da
cronologia da erupção e/ou desgaste dos dentes e ainda, por outras técnicas (Paulete
Vanrell, 2002).
A estimativa de altura é realizada por meio da análise das medidas dentárias. Existem
várias fórmulas e técnicas disponíveis para calcular a altura aproximada a partir de
diferentes elementos dentários, como os comprimentos das raízes dos dentes ou a relação
entre a mandíbula e a altura do corpo. No entanto, é importante ressaltar que essas
estimativas são aproximadas e podem ter uma margem de erro significativa (ALVES et
al.,2012).
Este grande osso da porção superior do membro inferior não acompanha em uma linha
vertical o eixo do corpo quando ereto. Contrariamente, posiciona-se em um ângulo inclinado
para baixo e para dentro. Sob tal ponto de vista, os dois fêmures configuram,
aproximadamente, um "V". Devido maior largura da pelve, o â‚ngulo de inclinaçãa dos
fêmures, e é maior no sexo feminino do que no masculino (AZEVEDO et al.,2008).
A extremidade (epífise) superior do fêmur forma uma cabeça arredondada, que se projeta
medialmente e para cima, articulando-se na cavidade cotilédones do osso ilÌaco, formando
a articulação coxofemoral. Esta cabeça continua-se com um colo, em cujo fim exibe os
trocânteres maior e menor. Na face posterior do longo eixo da diáfise, localiza-se uma crista
chamada linha pectínea, que é a área de inserção para diversos mu̇sculos do quadril
(AZEVEDO et al.,2008).
A extremidade inferior do fémur é alargada no côndilo lateral e mais ainda no côndilo
medial, separados pela fossa intercondilar. O fêmur articula-se distalmente com a tÌbia. A
articulação do joelho assim formada aproxima-se da linha de gravidade do corpo.(DARUGE
et al.,2017)
A análise da estatura por meio do fêmur pode ser realizada através de métodos, tais como:
1. Método de Pearson:
O método de Pearson é baseado na medição do comprimento do fêmur e na aplicação de
uma fórmula estatística para estimar a altura. A fórmula geralmente usada é: Altura
estimada (em centímetros) = comprimento do fêmur (em centímetros) x constante + valor
adicional. A constante e o valor adicional podem variar dependendo da população ou do
sexo do indivíduo. Esses valores são determinados por meio de estudos antropológicos em
amostras de populações específicas.(DARUGE et al.,2017)
2. Método de Trotter e Gleser:
O método de Trotter e Gleser é um método mais preciso e baseado em uma análise
estatística de medidas do fêmur. Ele envolve a medição de várias características do osso,
como o comprimento do fêmur, o diâmetro da cabeça do fêmur e o diâmetro do colo do
fêmur. Essas medidas são inseridas em fórmulas estatísticas específicas para calcular a
altura estimada (DARUGE et al.,2017)
A determinação do sexo pode ser realizada por meio da análise de características sexuais
presentes nos restos dentários, como a morfologia da mandíbula, características do osso do
mento (queixo), rugosidades palatinas e dimensões dentárias. No entanto, a determinação
do sexo baseada apenas em características dentárias pode ter uma precisão limitada,
sendo mais eficaz quando combinada com outras técnicas de análise de restos mortais
(AZEVEDO et al.,2008).
A análise da condição dental pode fornecer informações valiosas sobre os hábitos de
higiene bucal, dieta, cuidados médicos e características socioeconômicas da pessoa. Além
disso, a presença de restaurações dentárias, tratamentos endodônticos, cáries, doença
periodontal e desgaste dental pode ajudar a determinar a idade aproximada da pessoa e
fornecer evidências sobre sua saúde bucal ao longo da vida (CUNHA et al.,2019).
Já a análise dos restos dentários pode fornecer informações sobre a causa da morte em
certos casos, como traumas ou patologias dentárias. Marcas de fraturas, abscessos,
doenças periodonto (CUNHA et al.,2019).
Referências:
1.ALMEIDA JÚNIOR, E. A. et al. Investigação do sexo e idade por meio de mensurações no
palato duro e base de crânios secos de adultos. Rev. Ciênc. Méd. Biol., Salvador, v. 15, n. 2,
p. 172-177, 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.9771/cmbio.v15i2.14380. Disponível em:
<https://portalseer.ufba.br/index.php/cmbio/article/view/14380>. Acesso em: 05 jan. 2019.
2.ALVES, C. F. P. Estimativa do sexo através de características métricas da mandíbula.
2012. 62 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Legal e Ciências Forenses) - Faculdade de
Medicina – Universidade de Coimbra, Coimbra, 2012.
3.AZEVEDO, J. M. C. A. A eficácia dos métodos de diagnose sexual em antropologia
forense.2008. 122 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Legal
4.CAPP, T. T. L. Análise da variabilidade métrica dos parâmetros de antropologia forense
para estimativa do sexo de duas populações: escocesa e brasileira. 2017. 192f. Tese
(Doutorado em Ciências) – Faculdade de Odontologia – Universidade de São Paulo, São
Paulo, 2017.
5.CUNHA, E. Considerações sobre a antropologia forense na atualidade. Rev. Bras.
Odontol. Legal, v. 4, n. 2, p. 110-117, 2017.DOI: http://dx.doi.org/10.21117/rbol.v4i2.133.
Disponível em: <https://portalabol.com.br/rbol/index.php/RBOL/article/view/133>. Acesso
em: 15 jan. 2019.
6.Daruge E, Daruge Júnior E, Francesquini Júnior L. Tratado de odontologia legal e
deontologia. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2017.
7.Paulete Vanrell J. Odontologia legal e antropologia forense. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2002.

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