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RECURSO ORDINARIO - EP II

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AO JUÍZO DA 89ª VARA DO TRABALHO DE FLORIANO/PI
TRANSPORTADORA RAPIDINHA LTDA, pessoa jurídica de direito privado cadastrada no CNPJ nº xxxxxxx, com sede em xxxxxxxxxxx, vem a Vossa Excelência, por seu advogado que subscreve, com fulcro no art. 895, I da CLT, interpor RECURSO ORDINÁRIO nos autos do processo nº 0101010-50.2021.5.22.0089, para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da __ Região, pelas razões a seguir.
Informa que estão presentes os requisitos da tempestividade, além do recolhimento do depósito recursal e demais taxas necessárias ao processamento da referida peça processual, nos termos da lei. Sendo assim, requer o recebimento do recurso seja recebido com seu efeito suspensivo, sejam adotadas as medidas de estilo e seja remetido ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da ___ Região.
Pede e espera deferimento.
Local e data.
ADVOGADO
OAB/UF
AO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA REGIÃO 
RECORRENTE: TRANSPORTADORA RAPIDINHA LTDA
RECORRIDO: BENÍCIO PÉROLAS
JUÍZO DE ORIGEM: 89ª VARA DO TRABALHO DE FLORIANO/PI
 Nobres Julgadores, 
O Recorrente contesta a sentença proferida pelo D. Juízo da 89ª Vara do Trabalho de Floriano/Pi. Ao longo dos próximos capítulos, será possível perceber que o sentenciante não tem razão, pois suas decisões vão de encontro a entendimentos legais.
BREVE RESUMO DOS FATOS
 Autor e Réu tiveram uma relação trabalhista que terminou. Como resultado, o Autor entrou com uma reclamação trabalhista que, segundo ele, não atendeu às expectativas da lei devido à falta de consideração de vários artigos pelo Juízo.
DA PRESCRIÇÃO PARCIAL
O magistrado considerou que houve preclusão porque a sociedade empresária apresentou a prejudicial de prescrição parcial apenas em razões finais, e não na contestação. A Súmula 153 do Tribunal Superior do Trabalho não é pertinente neste caso. Sendo assim, necessária a reforma da sentença para que seja reconhecida a prescrição parcial, não havendo qualquer impedimento para a aplicação do dispositivo legal.
DO INTERVALO INTERJORNADA
Foi deferido o pagamento de 1 hora extra diária, com adicional de 50% (cinquenta por cento), pelo intervalo intrajornada desrespeitado, pois o juiz se convenceu que o autor trabalhava de segunda a sexta-feira, das 8 às 20 h, com intervalo de 1 hora para refeição. Ocorre que, nos termos do art. 66 da Consolidação das Leis do Trabalho, “entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso”, o que foi devidamente observado no caso, sendo certo que há um intervalo de 12 (doze) horas consecutivas entre uma jornada de trabalho e outra, não havendo de se falar em adicional de pagamento em razão do desrespeito do intervalo intrajornada, que desde já se pede o afastamento.
DA REINTEGRAÇÃO - INEXISTÊNCIA DE ESTABILIDADE
Foi deferida a reintegração do autor ao emprego, porque ele comprovou ser, à época, dirigente, com mandato em vigor, de uma associação desportiva criada pelos empregados da Transportadora Rapidinha Ltda. Importante considerar que o Autor não era, no momento da demissão, dirigente sindical caso o fosse, lhe conferiria a estabilidade requerida. Não há, no entanto, direito à reintegração.
Conforme disposição do art. 8º, VIII da Constituição Federal de 1988, “é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei”. Não tendo sido atendidos os requisitos do diploma constitucional, a reintegração deve ser afastada.
DA INEXIGIBILIDADE DOS DEPÓSITOS DE FGTS
Foi deferido o depósito do FGTS na conta vinculada para o período de 5 meses no qual o autor ficou afastado pelo INSS em auxílio por incapacidade temporária previdenciária (antigo auxílio-doença comum, código B-31), período em que a empresa não recolheu o FGTS. No entanto, tal decisão merece total reforma. Isso porque, estando o trabalhador usufruindo do benefício de auxílio-doença comum, seu contrato de trabalho encontra-se suspenso, não sendo devido o depósito de FGTS requerido e deferido. Em caso de seguro-doença ou auxílio-enfermidade, o empregado é considerado em licença não remunerada, durante o prazo desse benefício. Sendo assim, estando o funcionário de licença não remunerada, não há motivo para o depósito de FGTS, o que deve ser imediatamente afastado por força de lei. 
DA AJUDA DE CUSTO 
Foi deferida a integração da ajuda de custo à remuneração do autor, porque ela era paga 
mensalmente pela empresa, conforme se verificou dos contracheques que foram juntados aos autos. Ora, ainda que a ajuda de custo seja para de maneira frequente pela empresa, tal valor não deve ser integrado à remuneração para todos os fins por ter natureza indenizatória, conforme diploma legal:
Art. 457, §2ª. CLT - As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. Por força de lei, tal ajuda de custo não deve integrar a remuneração do Autor.
DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL
Foi deferida, de julho de 2020 a fevereiro de 2021, a equiparação salarial do autor com o empregado Raul Flores Raras, que exercia a mesma função do reclamante e atuava na filial da empresa localizada em Goiás. Ocorre que, ainda que sendo idêntica a função, o trabalho não era exercido na mesma localidade, conforme determina o artigo 461 da Consolidação das Leis do Trabalho, não havendo, assim, direito ao recebimento da equiparação salarial:
Art. 461, CLT. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. 
Dessa forma, não preenchidos os requisitos necessários à concessão da equiparação salarial, 
tal pretensão deve ser afastada.
 DA INSALUBRIDADE
Foi deferido o pagamento de insalubridade desde a sua supressão, porque, em que pese ter havido comprovadamente a reclassificação da atividade pelo órgão competente durante o contrato de trabalho, o juiz entendeu que havia direito adquirido porque o trabalhador já contava com essa verba no seu orçamento, além de ofensa ao princípio da irredutibilidade salarial. Ora, ainda que o princípio da irredutibilidade salarial seja uma realidade no ordenamento jurídico brasileiro, é correto afirmar que os adicionais pagos ao funcionário poderão cessar, sem ofensa ao referido princípio, caso cesse também o agente que lhe deu causa. Conforme a Consolidação das Leis do Trabalho:
Art . 194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho.
Tendo havido a reclassificação da atividade, não há de se manter o adicional de insalubridade, não havendo qualquer afronta ao princípio da irredutibilidade salarial.
DO PERCENTUAL DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Por fim, foram deferidos honorários advocatícios em favor do advogado do reclamante, na ordem de 30% (trinta por cento) sobre o valor da liquidação e de 15% (quinze por cento) em favor do advogado da empresa sobre os pedidos julgados improcedentes, o que se encontra em desconformidade com o ordenamento jurídico brasileiro, nos seguintes termos:
Art. 791-A. CLT - Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
Assim, o valor fixado a título de honorários advocatícios não encontra base legale, pelo contrário, está acima do limite máximo estabelecido pela lei, de maneira que deve ser reduzido para o patamar adequado.
DOS REQUERIMENTOS FINAIS
Requer-se a admissibilidade e o reconhecimento do presente recurso ordinário para que se alcance a reforma parcial da sentença, de maneira que os pontos levantados sejam adequados ao ordenamento jurídico brasileiro, tendo-se como base.
Pede deferimento.
Local e data.
ADVOGADO
OAB/UF
	
Peça elaborada pela acadêmica de Direito Rhanne moura da silva nogueira, mat:202003353809

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