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LESÕES DE PELE PRÉ NEOPLÁSICAS E NEOPLÁSICAS 
 
 
 
 Vamos dividir basicamente duas aulas em uma, porque em uma aula vamos falar de lesão pré neoplásica e na 
outra aula de lesões neoplásicas. O que eu quero é que vocês saibam é diferenciar uma lesão pré-maligna de 
uma lesão maligna e isso só vai ser possível de ser feito, ao final de tudo, através da retirada da lesão e 
encaminhamento para o patologista para avaliação microscópica. 
 
 
 
20/09/2022 Clínica Cirúrgica II Prof: Paulo Pádua Transcrição por: Fernanda Martins e Maria Eduarda 
 
• O mais importante do slide é saber que a radiação ultravioleta/raios ultravioleta é o principal fator 
cancerígeno. 
• A maior parte dessas alterações vão ser regredidas, isto é, vão ser corrigidas pelo corpo. A célula vai 
ser destruída depois, não vai dar continuidade nessa alteração que foi feita na genética do núcleo da célula 
alterada. Porém, um caso ou outro, pode evoluir e ocasionar o câncer. 
• Digamos que o raio ultravioleta chegou e quebrou o cromossomo do núcleo de uma célula, alterou a 
célula de uma maneira que ela consiga se desenvolver rapidamente e formar o câncer. O sistema imune é um 
dos principais reguladores e fiscalizadores dessa qualidade da célula. E a principal célula que faz esse controle 
de qualidade é a célula natural killer (destrói as células alteradas, não permitindo o desenvolvimento do 
câncer). E é exatamente por isso que os pacientes imunossuprimidos apresentam um risco maior para o 
desenvolvimento de câncer e quando desenvolvem é um câncer mais agressivo. 
• Raio ultravioleta é o principal carcinógeno para a pele pois é o que recebe a radiação de frente. E o 
risco de desenvolvimento desse câncer depende principalmente da cor da pele (quanto mais branco o tom de 
pele, maior risco; fototipo I é o mais propenso, pois é uma pessoa albina, sem pigmento nenhum na pele, o 
raio ultravioleta consegue ultrapassar muito mais as camadas, destruir mais intensamente e causar mais 
intensamente essas alterações na parte genética no núcleo da célula) e da intensidade da radiação (depende do 
local onde a pessoa mora, profissão, o quanto a pessoa se expõe ao sol, hábito cultural de vestimentas). 
• Começar a falar sobre lesões pré-neoplásicas e causas que se desenvolvem em um câncer mais 
avançado. 
 
• O primeiro deles são cicatrizes e úlceras instáveis. Podem se transformar em carcinoma espinocelular 
(CEC). Não existe alterações pré-basocelulares pois a alteração já começa ali. Foi escrito inicialmente para 
cicatriz de queimadura e foi denominado de úlcera de Marjolin. Essa úlcera de Marjolin é uma cicatriz de 
úlcera antiga, que depois de muito tempo sem uma justificativa, abriu uma ferida/úlcera naquela cicatriz, isso 
por conta do trauma envolvido na região. A clínica da transformação que existe dessa cicatriz instável para o 
câncer é que aquele trauma foi tão intenso que originou uma lesão pré-neoplásica e se desenvolveu para o 
câncer. São geralmente tumores bem diferenciados. 
• Patologia da doença: os tumores podem ser bem diferenciados (quando as células saem daquele estado 
original e fica bem desenvolvida, cheia de aspectos da célula matura de onde ela veio) ou indiferenciados (a 
célula continua como se fosse a origem dela). Quanto mais bem diferenciado, quanto mais ela se desenvolveu, 
o câncer é menos agressivo. Mas quando ela permanece naquele estágio embrionário, estágio mais inicial, o 
câncer se desenvolve mais rapidamente e geralmente é mais agressivo. 
• Então, quando a úlcera de Marjolin se transforma num CEC, geralmente é um CEC bem diferenciado 
e uma baixa agressividade. 
 
• Aqui um exemplo de uma queimadura, que depois ao centro desenvolveu um ferimento, uma área 
cruenta, e quando fizeram biópsia se tratava de um CEC. 
 
• Aqui é uma úlcera angiodérmica, isto é, é uma úlcera venosa por dificuldade de circulação. Essas 
úlceras são de difícil cicatrização. Ao longo de muito tempo, em torno de 5 a 10 anos, pelo trauma repetido, 
existe essa quantidade de multiplicação de células com a possibilidade de virar um câncer. 
 
• Aqui é um lúpus discóide. É um ferimento que perdurou por muito tempo e esse tempo prolongado de 
tentativa de cicatrização evoluiu para um CEC. 
 
 
OBS: Queratose actínica é a lesão pré-neoplásica que vocês têm que sair da aula sabendo!!! 
• Não é câncer e não quer dizer que vai transformar em um câncer. Mas quanto mais tempo passa, maior 
a chance do câncer se desenvolver. É a mais frequente. Também chamada de queratose senil, exatamente 
porque é muito comum em idosos. A etiologia é a exposição prolongada ao sol. São lesões maculopapulosas 
(manchas, pequenas elevações), ásperas (cria crostas, hiperceratosa) e em áreas fotoexpostas. 
• O tipo mais comum de paciente é do sexo masculino, idoso, pele e olhos claros. Quem tem mais de 10 
lesões (não é raro), o risco é de 14% para desenvolvimento de CEC em torno de 5 anos. Tratamento de primeira 
linha: eliminar fator de risco (uso de bonés, chapéu, vestimenta adequada) e criocirurgia com nitrogênio 
líquido (encosta na lesão por 3 a 4 segundos). Criocirurgia é o tratamento padrão ouro para queratose actínica. 
 
Exemplos: lesão hiperemiada com algumas crostas na região da face, da mandíbula de uma senhora; antebraço; 
aqui está pegando uma área bem grande do rosto, a chance é alta, principalmente onde tem a crosta; outra 
bastante hiperceratosa. 
 
• É um “chifre” na pele. É como se fosse uma subdivisão da queratose actínica. Uma queratose actínica 
que ocasionou muita hiperceratose por cima, acumulou demais. É a mesma epidemiologia da queratose 
actínica. Só que o tratamento é excisão cirúrgica e não crioterapia, pois tem uma camada cobrindo a lesão, é 
preciso retirar esse “chifre” já que pode estar escondendo em sua base um CEC. 
 
Exemplos: lesão aqui com a base elevada e produção de bastante hiperceratose; corno cutâneo na região pré-
auricular. 
 
• Queilite que dizer inflamação dos lábios. É uma variante da actínica que acomete o lábio. Não é tão 
comum quanto a queratose. A causa mais comum é o sol, acometendo muito mais o lábio inferior. Tratamento 
quando acomete mucosa, em geral, é com 5-fluoracil (creme). Esse creme pode ocasionar um pouco de dor e 
inflamação, pois arde. 
 
Exemplos: lesão na borda; aqui já está pegando todo o lábio inferior; aqui já tem até uma atrofia, uma esclerose 
dos tecidos, alta chance de estar se transformando em CEC. 
 
 
• Leucoplasia (alteração que ficou branca). É mais comum do que a queilite. Dentro de mucosas a 
leucoplasia é a mais comum. Hábito de fumar é a causa mais comum. Irritação por dentaduras mal alinhadas 
também pode causar leucoplasia (um dos primeiros sinais de que a dentadura não está encaixada é a queilite 
angular, inflamação no canto da boca, pois a saliva da cavidade oral escorre e fere, vai ocasionando uma lesão 
e esta vai alterando a camada córnea da pele). Tratamento: deixar de fumar e o uso do creme de 5-fluoracil. 
Lesão pré-neoplásica na região da boca o tratamento é o 5-fluoracil. 
• Na leucoplasia, indica biópsia incisional, retirada de uma amostra/parte da lesão. Leucoplasia não 
causa bolha/vesícula, causa somente uma mancha, como se fosse um fungo, é uma lesão bem superficial e 
esbranquiçada. 
 
Exemplos: segunda foto é um caso mais grave que faz diagnóstico diferencial com monilíase, que é candidíase 
na região da cavidade oral ou esôfago. 
 
 
Doença de Bowen. Importante saber!!! 
• A maioria dos autores já trata ela como um carcinoma espinocelular in situ (está restrito à camada 
córnea). É uma placa solitária (tem apenas uma lesão), limites bem definidos, avermelhadas, com crostas 
(principalmente na borda, na sua definição). Pode acometer qualquer área do corpo. Faz diagnóstico 
diferencial com psoríase, lúpus e queratose actínica. Muito raro ver queratose actínica com lesão única. Se 
não for tratada, vira CEC invasivocom alto potencial de metástase. Tratamento é obrigatoriamente cirurgia. 
 
Exemplos: bordas, apesar de bem definidas, não são regulares. 
 
 
 
• É um Bowen na glande peniana. É uma placa única na glande ou no prepúcio (pele que cobre a glande 
do pênis), bem delimitada, cor vermelho brilhante, aveludada. Alto risco para carcinoma invasivo pois é uma 
mucosa, a mucosa tem mais chance de quando desenvolver um câncer, este se metastatizar. Tratamento é 
cirurgia. Pode fazer curetagem ou eletrocoagulação quando é muito inicial. Na presença de fimose, a 
postectomia é indicada, pois a falta de higiene pode causar eritroplasia de Queyrat. Tem que fazer a higiene 
da glande corretamente. 
 
Exemplos: lesão na glande peniana e no prepúcio; outra lesão já pegando bem na parte da uretra. 
 
 
• Doença de Paget é a última lesão pré-neoplásica. 
• É a única que pode ocasionar um adenocarcinoma, não ocasiona CEC. Foi descrita para o 
acometimento mamário e restrito às aréolas, acomete as aréolas mamárias. É uma lesão eczematosa (cria uma 
crosta melicérica, como se tivesse derramado gotas de mel e ele tivesse dissecado), nitidamente demarcadas, 
com secreção local e crostas. 
• Tipicamente unilateral, acomete uma aréola. Muito raro ser bilateral. Tem algumas células anormais 
na epiderme que é característica da histopatologia do Paget, com diagnóstico bem fácil na biópsia. Relacionada 
com adenocarcinoma subjacente (tem adenocarcinoma de mama). Por isso que o tratamento não é só a retirada 
da aréola, mas sim mastectomia radical ou parcial, depende do avançar desse adenocarcinoma subjacente. 
• Pode acometer outras áreas (Paget extramamária): glândulas apócrinas (produtoras de secreção, as 
sudoríparas, então acomete principalmente a axila, região da virilha e ânus genital). 
• É indispensável a avaliação da parte ginecológica e da parte coloproctológica, pois, da mesma forma 
da mama, que acomete somente a aréola e causa um câncer agressivo na mama, se acomete a região vaginal 
pode se infiltrar para dentro dos tecidos do canal vaginal e útero e se for na região anal pode migrar para o 
reto. 
• Tratamento é cirúrgico então. 
 
Exemplos: 
1. Essa é a lesão típica da histopatologia do Paget, células bem arredondadas com núcleos mais centrais 
e desenvolvimento do citoplasma bem vago; 
2. Paget mamário; 
3. Paget na região da virilha. 
 
 
• Primeira coisa é saber a origem da célula de cada lesão. 
• Basocelular vem das células basais, debaixo da epiderme. 
• A célula escamosa é a primeira camada da pele. 
• E os melanócitos estão junto com a camada basal lá dentro. 
• Todas fazendo parte da epiderme. 
• Em questões de percentual, 70% é basocelular, 20% é espinocelular e 10% é melanoma. 
Carcinoma basocelular é mais comum no ambulatório e é o que mais precisa saber! 
 
• É benigno e é o que tem melhor evolução. 
• Raramente metastatiza, só faz a destruição local da pele, por isso que é malignidade local. 
• Localização preferencial é dois terços superiores da face. 
• Tipo clínico mais comum é o nodular. 
• Clínica mais comum: ulceração central, bordas cilíndricas/arredondadas, superfície perolácea (brilha, 
reflete bem a luz), finas teleangiectasias e, muito cuidado, pois carcinoma basocelular não é somente lesões 
vermelhinhas, tem também a lesão escurecida/enegrecida por conta do desenvolvimento de melanina e não é 
por conta disso que é um melanoma (tem carcinoma basocelular pigmentado, mas faz diagnóstico diferencial 
importantíssimo com melanoma). Se você ver uma lesão enegrecida, a chance maior é de ser um 
carcinoma pigmentado do que um melanoma. 
• Melanoma é muito mais agressivo. 
 
CBC bem característico, com borda bem delimitada, arredondada, telangiectasias presentes (vasinhos bem 
pequenos), ulceração central que acaba ferindo com muita facilidade por conta do desenvolvimento de 
pequenas circulações na região que acaba levando ao sangramento da lesão. 
 
Carcinoma basocelular pigmentado que parece muito com melanoma, mas não é. Pois como vocês podem ver, 
há presença de uma superfície perolada, que é uma característica bem marcante do CBC. 
 
Existem alguns subtipos de carcinoma basocelular, sendo eles: 
• Superficial ou Paget: É bem semelhante a Doença de Paget, só que não é na auréola. Pois sua localização 
frequente é em tronco 
• Micronodular: Possui nódulos pequenos e agrupados 
• Infiltrativo: Ou também chamado de terebrante 
• Esclerosante: É muito raro, mas possui uma evolução lenta e raramente ulcera. 
 
Exemplos: 
Micronodular: Parece muito com o nodular. Mas na histologia, ao invés de formar nódulos grandes, formam 
micro nódulos. 
Infiltrativo: Geralmente fica bem ulcerado e ferido. Possui maior taxa de metástase, mas o risco metástase 
no CBC é geralmente bem baixo. 
Superficial: Fica apenas na superfície da pele e a sua disseminação é mais longitudinal 
Esclerosante: Causa uma retração na pele, como se fosse uma cicatriz. 
 
Tratamento: vai depender do tamanho do CBC 
• Até 1,5 cm ou 15 mm: Curetagem e eletrocoagulação (isso é o que está no livro e vai cair na prova, mas se 
chegar na prática, um CVC com esse tamanho, é possível ser tirado mediante cirurgia) 
• Maior que 1,5 cm: Excisão e sutura com margem de segurança de 0,5 cm. No entanto, essa margem de 
segurança pode variar de acordo com a localização do tumor, visto que se estiver nos braços ou no dorso, você 
tira com essa margem de 0,5 cm. Agora quando estiver em face ou em regiões perto da pálpebra e do nariz, 
você diminui a margem para até 3 mm. Sendo assim, na prática, ao você realizar uma excisão e sutura, o que 
você vai fazer? Vai avaliar a lesão e marcar 0,5 cm de margem de pele boa para poder retirar, fechar e mandar 
para o patologista, onde daqui a 7 a 10 dias depois da cirurgia, vai ser possível ver o resultado. Essa margem 
de segurança é importante para tentar tirar o máximo possível todas as células neoplásicas juntas. Para você 
entender melhor, é necessário saber a definição de margem: 
1. Margem livre: Quer dizer que tirou tudo e curou o paciente; 
2. Margem comprometida: Quer dizer que ficou câncer e você deve fazer a ampliação da margem 
 
OBS: A biópsia geralmente em lesões pequenas, é uma biópsia excecional: em que você tira tudo mesmo 
e manda para o patologista. Agora, quando a biópsia é feita numa lesão muito grande, como um 
carcinoma basocelular superficial na pele, vale a pena tirar só um tecido pequeno para saber se não é 
outro tipo de lesão, como uma queratose actínica, ou se não é um câncer. Pois em casos em que o tumor 
é outro tipo de lesão como a queratose actínica, a gente não retira e faz somente acompanhamento. 
Agora se for um câncer, é necessário retirar e como é uma área muito grande, geralmente vai ser preciso 
realizar um enxerto de pele na pele do paciente. 
• Formas recidivantes ou esclerodermiforme: Cirurgia micrográfica de Mohs. Essas formas recebem esse 
nome porque elas possuem uma alta taxa de recidiva, pois uma vez que você retira a lesão, a margem dela 
pode ficar ainda comprometida, restando células de CBC no paciente, que podem voltar a se reativarem, 
produzindo novamente células neoplásicas. Por isso que essa Cirurgia Micrográfica de Mohs é a indicada, 
pois essa cirurgia micrográfica consiste em nada mais do que você ir tirando camada por camada para mandar 
para o patologista. É uma cirurgia que geralmente é cara, porque tem que ter o patologista dentro do hospital 
e tem que ter todo o aparato pra fazer essa cirurgia de camadas. 
 
Zona H: É a região onde o câncer tem maior chance de recidivar, ou seja, de você tirar e volta a aparecer 
novamente nessa região. 
OBS: Cuidado com questões na prova perguntando se essa ZONA H é o lugar que tem maior chance 
de surgir o CBC, porque não é, a zona H é referente ao lugar onde tem maior chance de recidivar. 
 
• A queratose actínica é a lesão pré neoplasica maiscomum para o surgimento desse tipo de câncer; 
• Localizam-se, geralmente, no couro cabeludo, dorso das mãos e superior de orelhas, principalmente 
na hélice; 
• A sua manifestação clínica é bem semelhante com a da queratose actínica. Pois a queratose actínica, 
que é a lesão precursora que vai gerar o CEC, ela apresenta crosta espessa e aderente com base inflamada e 
avermelhada. 
 
Exemplos: 
1. Lesão no dorso da mão apresentando crosta com uma base elevada e um pouco hiperemiada. 
2. Lesão na hélice da orelha, que é bastante parecida com a queratose actníca, visto que tem essas 
crostinhas. Dessa forma, a diferença entre CEC e queratose acticina não há como ser feita por meio da 
clínica, uma vez que as características são bem semelhantes, sendo necessário, portanto, a 
diferenciação por meio da biópsia. 
3. Lesão no couro cabeludo. 
 
• Quando que o CEC tem maior risco de evoluir para metástase? 
- Com relação a tamanho, vai depender do local onde o CEC está: 
1. Se é na face, região periorbital ou periauricular tem maior chance de evoluir para metástase quando for > 
6mm. 
2. Se é na bochecha, testa, pescoço ou couro cabeludo tem maior chance de evoluir para metástase quando for 
> 10 mm; 
3. Se é em tronco e extremidades tem maior chance de evoluir metástase quando for > 20mm. 
Existem outros fatores para definir o risco metastático. No entanto, os tamanhos são mais importantes 
que vocês saibam. 
• POUCO DIFERENCIADO: Pois quando é pouco diferenciado, há alto risco de evoluir com metástase, 
visto que o tumor: 
a) Quando ele não se diferencia: ele fica mais malvado, mais agressivo. 
b) Quando ele fica bem diferenciado: significa que ele desenvolveu muito e, por isso, ele tende a ser menos 
agressivo. 
• INVASÃO PERINEURAL: Na hora que ele entra na célula, ele vai seguindo o nervo, então ele vai mais 
longe. 
• IMUNOSUPRESSÃO: Pacientes imunossuprimidos = vão ter células de defesa em menor quantidade e, 
por isso, eles não conseguem controlar bem o câncer. 
• RADIOTERAPIA PRÉVIA: Pois ela além de causar uma queimadura, uma dermatite local na região, ela 
diminui a circulação de sangue. Se não chega muito sangue, consequentemente, não chega células de defesa. 
E se não chega células de defesa no lugar, mesmo que a pessoa não tenha imunossupressão, ela vai ter mais 
chances de evoluir para o câncer por conta da radioterapia. 
 
• Tratamento: Cirurgia. E em casos de alto risco de metástase, ou seja, com presença de alguns desses 
critérios de risco que já foram falados, fazer a LINFADENECTOMIA SENTINELA. 
OBS: Não é necessário saber isso, é só para vocês entenderem onde se localiza o linfonodo sentinela. 
Pois sentinela significa vigia. Então linfonodo sentinela é o primeiro linfonodo a receber a linfa e os 
líquidos extracelulares que vem pelo vaso linfático naquela região acometida. Então, você tem que 
saber, a depender da região, qual cadeia linfonodal drena aquela região. E, nesses casos, para saber 
qual cadeia linfonodal drena para a região acometida, a gente faz uso do azul patente. 
Exemplo para melhor entendimento: Se fosse uma lesão na mama esquerda, infiltraríamos o corante azul nessa 
região da lesão. E, posteriormente, quando fossemos abrir a axila, iriamos ver o corante azul que infiltramos 
dentro de um linfonodo. E esse linfonodo infiltrado, que é o linfonodo que mais pegou pigmento, é o que 
chamamos de linfonodo sentinela. Então se por acaso, o câncer da mama foi para a região da axila, o linfonodo 
sentinela precisa ser avaliado pra saber se tem câncer nele. Pois se esse linfonodo sentinela possui câncer 
dento dele, significa que já houve disseminação e, por isso, vai ser necessário fazer radioterapia e 
quimioterapia. Agora se esse elinfonodo sentinela está livre de lesão, significa que o câncer está somente 
naquele local e, nesses casos, a gente só precisa fazer um tratamento direcionado somente para a mama. 
 
• O melanoma é derivado dos melanócitos, que é célula que tem o pigmento melanina e que fica 
localizada na célula basal, ou seja, na parte mais profunda da epiderme. 
• O melanoma ele acomete também trato gastro intestinal e meninge. Pois dentro de todas as neoplasias 
de pele, o melanoma é a que tem maior capacidade de enviar, através da corrente sanguínea (disseminação 
hematogênica), lesões neoplásicas para o cérebro e o coração. 
• Possui alta mortalidade e o seu diagnóstico precoce é importantíssimo. Por conta disso, há campanhas 
dermatológicas voltadas para o rastreamento do melanoma, que a partir da regra do ABCDE, procura delimitar 
possíveis melanomas com potencial metastático. 
 
A: assimetria. É avaliada através dos quadrantes. Pois se ao analisar os quadrantes e eles quatro não forem 
simétricos, isso significa que há uma chance maior de ser um possível câncer. Já se ao analisar os quadrantse 
e eles quatro forem simétricos, significa que não há chances de malignidade e, provavelmente, é só um nervo 
mesmo. 
 
B: Borda irregular. Pois as lesões malignas, vão se apresentar com uma forma mais lobulada, como se fossem 
“chifrezinhos”, com pontas e curvas diferentes. Enquanto que as lesões benignas são mais arredondadas. 
 
C: cores. A lesão pode ter várias tonalidades de cores diferentes na mesma lesão. 
 
D: diâmetro. O diâmetro é considerando suspeito de malignidade quando ele for maior que 0,5 cm. 
Antigamente, o diâmetro considerado como suspeito era de 0,6 cm, mas isso foi atualizado. E por que 
atualizaram para 0,5cm? Pois se 0,5 já é arriscado 0,6 é mais arriscado ainda. 
 
E: evolução. O acompanhamento da lesão é importante em pacientes que têm várias lesões pelo corpo. E 
como esse acompanhamento é feito? Através do mapeamento da lesão, onde é feito não só um registro 
fotográfico, como também é feita as medidas e as anotações de cada lesão. Esse acompanhamento, ele deve 
ser feito no primeiro momento, a cada 6 meses e depois é realizado a partir de retornos anuais. No exemplo 
da foto, a gente tem um paciente com evolução da lesão durante o período de 1 ano. Esse paciente, portanto, 
provavelmente já tinha feito uma consulta de 6 meses onde não foi visto muita diferença. E ao retornar ao 
consultório durante os retornos anuais, houve uma progressão da lesão com aumento de seu tamanho. E 
quando a lesão apresenta um aumento de tamanho em um período de um ano, isso é considerado um sinal 
suspeito, sendo necessário fazer a retirada da lesão para poder avaliar se é um câncer ou não. 
OBS: Se tiver dois ou mais desses critérios presentes, já pode considerar essa lesão como uma lesão 
suspeita de malignidade. 
 
Existem quatro subtipos de melanoma, que estão dispostos em ondem de maior prevalência: 
• MELANOMA DE DISSEMINAÇÃO SUPERFICIAL (mais frequente); 
• MELANOMA NODULAR; 
• LENTIGO MALIGNO MELANOMA; 
• MELANOMA LENTIGINOSO ACRAL (menos frequente). 
 
• Corresponde a 70% dos melanomas; 
• Possui um diâmetro > 6 mm: porque o melanoma de disseminação superficial ao invés de invadir 
verticalmente, ele invade lateralmente; 
• Acomete tronco no sexo feminino e masculino e acomete pernas somente nas mulheres; 
• Bordas assimétricas e múltiplas cores fazem parte do diagnóstico do melanoma de disseminação 
superficial. 
 
Observem a quantidade de corres e tonalidades que possuem dentro dessas lesões. 
 
• Corresponde 15-20% dos melanomas; 
• Possui um crescimento rápido (com semanas/meses ele já está bem grande); 
• Nódulo marrom a preto; 
• Ulcera e sangra: isso é importante, pois assim como o carcinoma basocelular NODULAR possui 
ulceração central, o melanoma nodular também úlcera e sangra. 
OBS: É necessário chamar atenção para o fato de que ser melanoma, não quer dizer que todas as lesões 
são enegrecidas. Pois existe o MELANOMA AMELANOCÍTICO, que não é enegrecido, em torno de 2-
8% dentro dos nodulares. 
 
O melanoma nodular não é só uma mancha, ele apresenta como se fosse uma elevação. 
 
Melanona avermelhado:é um melanoma amelanocítico. 
 
• Dos melanomas, ele é o menos agressivo; 
• Corresponde 4-15% dos melanomas; 
• Acomete muito a área foto exposta, como cabeça, pescoço e braços; 
• Possui um crescimento bem lento; 
• Lesão precursora grande (3-6 cm) de 10-15 anos; 
• Pigmentação macular marrom a preta. 
 
 
• Corresponde a 2-5% dos melanomas em brancos; 
• Corresponde a 30-75% dos melanomas em negros, asiáticos e hispânicos, pois ele acomete mais essa 
descendência; 
• Localizados nas extremidades das palmas das mãos e plantas dos pés, por isso que a gente chama de 
acral, pois acral vem de extremidade. 
 
• Quando acomete a placa ungueal: origina o Sinal de Hutchinson, que é o prolongamento da melanina 
desde a matriz até o final da borda da unha. Sendo assim, Sinal de Hutchinson é um sinal sugestivo de 
melanoma acral na placa ungueal. 
• O principal fator de risco para a evolução do quadro de gravidade e de metástase de um melanoma, é 
o seu crescimento vertical, que a gente chama de Breslow. Dessa forma, quanto maior o crescimento vertical 
do melanoma, maior será o breslow e maior será a chance desse melanoma evoluir para metástase. Diante 
disso, eu não quero que vocês saibam o estadiamento, mas eu quero que vocês saiam daqui sabendo que a 
depender do Breslow que a lesão maligna possua, ela vai ter maior chance de metástases. 
 
• Qual a diferença entre Satelitoses X Metástases em trânsito? Para saber a diferença entre elas, é 
necessário saber que se a lesão primária do melanoma estiver localizada no olho e se a 2 cm ao redor do meu 
olho, estiver outra lesão pequena de melanoma, a gente chama isso de satelitoses. Já se a lesão primária estiver 
acima de 2 cm de distância, ela se chama de metástase em trânsito. Sendo assim, o que define são os 2 cm: 
1. Satelitose: Quando a lesão primária está mais próxima da outra lesão, ou seja, quando há uma distância 
< ou igual a 2 cm entre elas; 
2. Metástases em trânsito: Quando a lesão primária está mais distante da outra lesão, ou seja, quando há 
uma distância > 2 cm entre elas. 
Tratamento: É realizado com biopsia excisional inicial com 2-3 mm da margem. E por que no melanoma 
não pode fazer uma biópsia incisional, ou seja, retirar uma amostra e avaliar? Porque a gente tem que abrir 
toda a lesão, pois se a gente tira só uma amostra dela, o breslow daquela área pode não ser o breslow 
verdadeiro. Dessa forma, no tratamento do melanoma, a gente tem que obrigatoriamente retirar toda a lesão 
na biópsia excisional pra saber gente saber qual é o breslow mais profundo daquela lesão e, de acordo com o 
breslow, fazer a ampliação de margem para, posteriormente, fazer esvaziamento linfonodal e quimioterapia. 
• Pesquisa de linfonodo sentinela: quando é que a gente vai fazer a pesquisa linfonodo sentinela? 
Quando o Breslow for < 1 mm num paciente que não tem ulceração, mas o Clark é > 4. Clark é como se 
fosse outra avaliação de diferenciação celular do melanoma, mas vocês não precisam saber. O que vocês 
precisam saber são as indicações para pesquisa linfonodo sentinela; 
Se tem ulceração: independentemente do Clark, tem que fazer a Pesquisa de linfonodo sentinela. Pois 
presença de ulceração é sinal de gravidade. 
Breslow > 1: também tem que fazer a pesquisa de linfonodo sentinela 
OBS: Por que existe a faixa de Breslow 1,1-4,0 mm? Porque depois de 4 mm nem adianta mais ir atrás 
de linfonodo sentinela, já é certeza que tem metástase. 
 
1. Satelitose: está < 2 cm da borda da lesão primária. A satelitose tem que retirar, mas infelizmente, já é 
considerado um sinal de que muito provavelmente já tem metástase no linfonodo; 
2. Presença de satelitoses e metástase em trânsito.

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