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NP1 Discente Estomatologia

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Unichristus Parque Ecológico 
Aluna: Ana Cristina Uchôa Araújo 
Matrícula: 20.2.000093
Turno: Noite
Disciplina: Estomatologia 
Perguntas Discentes NP1 
01. Segundo o caso clínico, o paciente José Arruda relatou que há poucas semanas tem sentido uma dor lancinante que inicia como um choque na região de maxila do lado esquerdo e vai até a asa do nariz, não cessa com paracetamol ou dipirona e o paciente não consegue fazer a barba. Diante desse sintomas relatado pelo paciente, esse sintomas está ligado a que tipo de diagnóstico e qual seria o tratamento ideal para esse paciente? 
Neuralgia do Trigêmeo.
A neuralgia do trigêmeo, também chamada de nevralgia, é um quadro doloroso crônico, que afeta a região de inervação sensitiva do nervo trigêmeo, ou seja, a face. O nervo trigêmeo possui função sensitiva da cabeça e motora na mastigação.
Nos pacientes com neuralgia do trigêmeo, estímulos sensitivos mínimos, como escovar os dentes ou barbear-se, podem provocar crises intensas de dor no rosto. Essas crises são caracterizadas por fortes dores, que podem simular choques, e que quando intensa, duram até minutos.
Além disso, elas podem surgir diversas vezes no dia. Essa frequência irá depender do caso e nível da neuralgia do trigêmeo.
A dor é característica de um choque no local. Essa dor é incapacitante, forçando a parada de demais atividades. Ela pode durar mais de três meses.
A dor do nervo trigêmeo é, geralmente, na região maxilar ou mandibular do rosto, correspondendo à 2ª e 3º divisão do nervo trigêmeo. Ou seja, pode ser o lado direito ou esquerdo da face, o primeiro é mais frequente.
Esse processo ocorre quando um vaso, mais comumente uma artéria, comprime o nervo trigêmeo, gerando instabilidade elétrica no nervo em questão, desta forma, é liberada uma carga elétrica ocasionando o que chamamos de “choques” e dor no rosto.
Além da existência do Conflito Neurovascular, é necessário que o paciente seja “predisposto” a sofrer com a doença. Portanto, se há em sua genética casos em que, ao submetido à compressão, o nervo trigêmeo dispare estímulos sensitivos de forma errática, é mais comum que sofra da doença.
O principal dos sintomas da neuralgia do trigêmeo é a dor no rosto, do tipo choque, de caráter paroxístico (vem de repente, de forma súbita), que acomete a parte superior e/ou média e/ou inferior da metade do rosto. 
Geralmente existem gatilhos que precipitam a dor, sendo os mais comuns: Beber líquidos gelados ou quentes, receber vento no rosto, escovar os dentes, fazer a barba. A imagem típica de um paciente com neuralgia trigeminal é aquele paciente que segura um pano no rosto e evita ao máximo o vento frio. A neuralgia do trigêmeo pode ser facilmente confundida com problemas dentários devido a similaridade dos sintomas.
A neuralgia do trigêmeo, ainda que similar a dor de um canal dentário, por exemplo, possui suas especificidades. Portanto, será possível identificar que é uma neuralgia do trigêmeo quando: É sentida a dor de choque, uma dor forte a ponto de ser incapacitante, acomete o território de um nervo trigêmeo, geralmente o lado direito do rosto, é uma dor que vem e passa rápido, não se perdura, ainda que tenha alta frequência durante o dia. Além disso, doenças como tumores no ângulo ponto cerebelar, cistos epidermóides, doenças do seio cavernoso, esclerose múltipla possuem sintomas muito parecidos a neuralgia do trigêmeo.
O tratamento inicial para a neuralgia do trigêmeo é o medicamentoso. Existe uma medicação chamada Carbamazepina (200mg 3-4 vezes ao dia . – Receituário Especial. (2 vias), que é muito efetiva no controle da dor nos pacientes com neuralgia do trigêmeo. Outro tratamento para aliviar a dor é o Laser Infravermelho (700 nm – 950nm) 4J- 9J. Acompanhando o Trajeto do Nervo que está doendo. Um dos efeitos biológico importante do Laser é a regeneração neural, podendo ser útil nesse tipo de tratamento.
02. De acordo com a radiografia panorâmica do caso clínico, foi indicado a exodontia do dente 36 do paciente José Arruda. O mesmo dente encontra-se fraturado e com uma lesão na parte apical. Caso essa lesão estivesse bem desenvolvida quais seriam os possíveis diagnósticos para esse tipo de lesão ?
Cisto periapical ou granuloma periapical
CISTO PERIAPICAL:
Também denominado como “cisto periapical”, o cisto radicular é o mais frequente cisto odontogênico de origem inflamatória. O estímulo inflamatório crônico proveniente do tecido pulpar necrosado promove a proliferação das células epiteliais localizadas no ápice radicular, remanescentes epiteliais de Malassez. Esses remanescentes epiteliais são derivados da bainha epitelial de Hertwig. O cisto radicular se desenvolve enquanto o quadro inflamatório crônico persiste. Na medida em que ocorre a proliferação epitelial, as células epiteliais centrais sofrem necrose por falta de nutrientes, formando uma cavidade com conteúdo fluido em seu interior. O conteúdo proteico do fluido é aumentado conforme as células epiteliais se descamam para o interior do lúmen cístico. Na tentativa de equilibrar a pressão osmótica, há entrada de líquido para o lúmen, resultando no crescimento do cisto, que de forma lenta, pressiona e reabsorve o tecido ósseo circunjacente. É importante ressaltar que o mecanismo de crescimento do cisto radicular é semelhante ao do cisto dentígero, ambos impulsionados pela pressão osmótica e hidrostática aumentadas no interior da cavidade cística. 
Clinicamente, o cisto radicular é geralmente assintomático e está relacionado a um dente desvitalizado. Ele é mais frequente em adultos, mas também pode se desenvolver na dentição decídua, usualmente associada aos molares inferiores. Cistos radiculares maiores podem causar dor, aumento de volume, mobilidade e deslocamento do dente afetado e dos dentes adjacentes.
A radiolucidez arredondada, bem delimitada, localizada na região apical de um dente não vital é a principal apresentação radiográfica do cisto radicular.Vale mencionar que a desvitalização pulpar também pode resultar na formação do granuloma periapical, processo inflamatório, e que deve ser considerado no diagnóstico diferencial clínico-radiográfico. Embora lesões maiores geralmente sejam cistos, é necessária à análise histopatológica para a distinção entre as duas entidades. Em alguns casos, o cisto radicular pode desenvolver na porção lateral da raiz dentária, apresentando aspecto radiográfico semelhante ao cisto periodontal lateral. Como este último não está relacionado à necrose da polpa dentária, os dentes geralmente mostram resposta positiva aos testes de vitalidade pulpar. O diagnóstico de cisto radicular ou periodontal lateral pode ser confirmado através do exame microscópico.
Acrescente-se, ainda, que quando o dente associado a um cisto radicular é extraído e a curetagem da cápsula cística não é realizada, essa lesão pode permanecer e ser observada posteriormente como uma lesão radiolúcida bem delimitada, localizada na região em que o ápice radicular era previamente encontrado. Nesses casos, a lesão recebe o nome de “cisto residual”.
O cisto radicular é caracterizado microscopicamente por uma cápsula cística de tecido conjuntivo fibroso denso, revestida por epitélio escamoso estratificado, não queratinizado e hiperplasiado.Esse revestimento epitelial não é observado nos granulomas periapicais e, portanto, é considerado como o principal critério histopatológico para a distinção entre as duas doenças. Assim como nas ocorrências de cisto dentígero, as células epiteliais do revestimento podem sofrer alterações prosoplásicas e se diferenciarem em células mucosas e ciliadas. Quando isso ocorre, o quadro histopatológico do cisto radicular pode se assemelhar ao observado nos cistos odontogênicos glandular. O epitélio de revestimento do cisto também pode exibir formação estruturas hialinas denominadas de “corpúsculos de Rushton”. Raramente são encontradas áreas de displasia no revestimento epitelial . Calcificações distróficas, cristais de colesterol e depósitos de hemossiderina podem ser vistos tanto na cápsulade tecido conjuntivo quanto no lúmen cístico. O cisto radicular apresenta infiltrado inflamatório de natureza e intensidade variáveis na cápsula.
GRANULOMA PERIAPICAL: 
Segundo Neville, o termo Granuloma Periapical refere-se a uma massa de tecido de granulação crônica ou agudamente inflamado no ápice de um dente desvitalizado. No entanto, ele mesmo diz que o termo não é histologicamente correto, pois não apresenta uma inflamação granulomatosa verdadeira. Para ele, o termo correto seria periodontite apical, porém causaria muita confusão para um clínico. A formação de lesões inflamatórias periapicais representa uma reação defensiva secundária à presença de infecção bacteriana no canal radicular, com a disseminação de produtos tóxicos relacionados em direção apical.
Então, coloquialmente falando: o granuloma é uma reação de defesa do organismo a uma infecção aguda.
Na primeira fase o organismo tenta evitar a sua disseminação revestindo o exsudato, para ele não ir para a corrente sanguínea, formando uma camada de epitélio em volta dele. Quando, porém, a infecção não é tratada, o corpo não consegue debelar… as bactérias tornam-se resistentes às células de defesa e a periodontite apical cresce a ponto de se tornar um abscesso.
Dessa forma, o granuloma periapical apresenta-se, radiograficamente, como uma lesão radiolúcida unilocular e circunscrita de forma oval ou esférica, cujo diâmetro normalmente não ultrapassa 10mm estando sempre associada ao ápice de um dente desvitalizado.

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