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EVOLUÇÃO DA CARIE • progressão da perda mineral → acontece durante o processo de carie, faz com que a cavidade ela aumente, aprofunde; • Quando chega a dentina, tem as bactérias entrando em contato com os receptores toll- 2 e 4 presentes na superfícies do prolongamentos dos odontoblastos; • Enquanto as bactérias vão desmineralizando a dentina e a carie vai avançando; • Quanto mais próximo da polpa dentaria maior o prolongamento de odontoblastos e mais largos serão os túbulos dentinarios; • Quanto mais profunda a carie mais intenso vai ser o processo inflamatório estimulado; • Destruição da parede do túbulo; • As citocinas pro- inflamatórias causam vasodilação e dor → e com um tempo essa produção de citocinas vai aumentando tanto que junto com as toxinas bacterianas e juntos com a ácidos que vão passar por dentro dos túbulos dentinarios vai sendo estabelecido o dano tecidual na polpa dentaria; PULPITE • Quando um estímulo externo atinge um nível nocivo, ocorre degranulação dos mastócitos, diminuição do fluxo de nutrientes e dano celular. • São liberados diversos mediadores inflamatórios (p. ex., histamina, bradicinina, neurocinina, neuropeptídeos e prostaglandinas) • Estes mediadores causam vasodilatação, aumento do fluxo sanguíneo e extravasamento vascular com edema; • Nos tecidos normais, o aumento do fluxo sanguíneo promove a cicatrização pela remoção dos mediadores inflamatórios e normalmente ocorre a tumefação dos tecidos lesionados. • Em lesões cariosas, quando bactérias atingem a dentina terciária, então a barreira de defesa foi atravessada, causando um grau de pulpite severa e uma chance mínima de recuperação da polpa. Quatro tipos principais de estímulos nocivos são causas frequentes da inflamação pulpar o Dano mecânico. As fontes mecânicas de dano incluem os acidentes traumáticos, danos iatrogênicos decorrentes de procedimentos odontológicos, atrição, abrasão e alterações barométricas; o Lesão térmica. Estímulos térmicos acentuados podem ser transmitidos por restaurações metálicas de grande extensão não isoladas ou podem ocorrer durante procedimentos odontológicos, tais como o preparo de cavidades, polimentos e reações DEFINIÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO GRANULOMA PERIAPICAL E DO CISTO PERIAPICAL Definição e desenvolvimento do granuloma periapical e do cisto periapical químicas exotérmicas dos materiais dentários; o Irritação química. Danos químicos podem surgir da erosão ou pelo uso inadequado de materiais odontológicos ácidos. o Efeitos bacterianos. As bactérias podem causar danos à polpa por toxinas ou pelo contato direto através de cáries ou pelo transporte via vascular; CLASSIFICAÇÃO DA PULPITE • Aguda ou crônica; • Localizada ou generalizada; • Infectada ou estéril; PULPITE REVERSÍVEL • denota um grau de inflamação pulpar no qual o tecido é capaz de retornar a um estado normal de saúde se os estímulos nocivos forem retirados; • moderada; • curta duração; • estimulo; • Quando expostos a temperaturas extremas, os dentes com pulpite reversível apresentam dor súbita de intensidade leve a moderada (pulpalgia) de curta duração; • Ainda que o calor possa desencadear a dor, o dente afetado apresenta uma resposta maior aos estímulos frios (p. ex., gelo, bebidas e ar frio). O contato com alimentos doces ou ácidos e com refrigerantes também pode causar dor; • A dor não ocorre na ausência de estímulos e regride dentro de alguns segundos após a remoção dos mesmos. Caracteristicamente, o dente responde ao teste pulpar elétrico em níveis mais baixos de corrente do que em um dente de controle apropriado; • A mobilidade e a sensibilidade à percussão estão ausentes; • Provocada → necessita de estimulo externo ( frio, calor, doce, sondagem) • Momentânea→ desaparece rapidamente com a remoção do estimulo. • porque se eu tirar a carie e fazer o capeamento e a restauração do dente, essa pulpite tem condições de se reverter, a polpa volta a ter o ser estado normal; PULPITE IRREVERSÍVEL • Os pacientes com pulpite irreversível nos estágios iniciais em geral apresentam uma dor aguda e acentuada ao estímulo térmico e a dor continua após o estímulo ter sido removido; • que ela sofre muito dano, ela evolui tanto, por mais que seja retirado o fator causal, por mais que seja feito o capeamento, essa polpa não vai mais regenerar; • O frio é especialmente desagradável, ainda que o calor ou o doce, além dos alimentos ácidos, também possam provocar dor; • Além disso, a dor pode ser espontânea ou contínua e pode ser exacerbada quando o indivíduo se deita. O dente responde ao teste pulpar elétrico em níveis mais baixos de corrente; • Nos estágios iniciais da pulpite irreversível, a dor pode ser facilmente relacionada ao dente afetado; entretanto, com o aumento do desconforto, o paciente torna-se incapaz de identificar o dente acometido no quadrante em questão. • Nos estágios avançados da pulpite irreversível, a dor aumenta em intensidade, sendo relatada como uma pressão pulsátil, que pode deixar os pacientes acordados durante a noite. Neste momento, o calor aumenta a dor; entretanto, o frio promove o seu alívio. O dente responde ao teste pulpar elétrico em níveis mais altos de corrente ou não responde a ele. • A mobilidade e a sensibilidade à percussão estão geralmente ausentes, pois a inflamação significativa ainda não se estendeu para a região apical. Se ocorrer a drenagem pulpar (p. ex., fratura da coroa, formação de fístula), então os sintomas poderão desaparecer – retornando se a drenagem cessar; ▪ Espontânea→ não necessita de estimulo externo primário, sugerindo tecido pulpar injuriado ou necrosado; ▪ Continua → persiste por minutos, horas depois que o estimulo é removido; ▪ Intermitente→ dor espontânea de curta duração; ▪ Pulsátil → pode refletir a pulsação arterial devido a áreas de pressão intrapulpar aumentada; ▪ Reflexa→ evento comum; ▪ Em decúbito→ comum, pois o aumento de pressão sanguínea cefálica causa também aumento de pressão intrapulpar; PULPITE CRÔNICA HIPERPLÁSICA • é um padrão único de inflamação pulpar. • Esta condição ocorre em crianças e adultos jovens que apresentam grande exposição da polpa, nas quais muitas vezes toda a dentina do teto da câmara pulpar está ausente; • Os dentes mais envolvidos são os molares decíduos ou permanentes, que possuem câmaras pulpares amplas nesta faixa etária. • O ápice pode estar aberto, reduzindo a chance de necrose pulpar secundária à compressão venosa. O dente é assintomático, exceto pela possível sensação de pressão quando colocado em função mastigatória; CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS • Pulpite reversível : o a polpa geralmente demonstra hiperemia, edema e algumas células inflamatórias subjacentes à região dos túbulos dentinários afetados; o Pode ser observada dentina terciária na parede dentinária adjacente e, ocasionalmente, são encontradas células inflamatórias agudas dispersas; • Pulpite irreversível o demonstra congestão das vênulas, o que resulta em necrose focal. Essa zona necrótica contém leucócitos polimorfonucleares e histiócitos; o O tecido pulpar circundante geralmente exibe fibrose e um infiltrado misto de plasmócitos, linfócitos e histiócitos; • Pulpite crônica hiperplásica o apresenta um capuz de tecido de granulação inflamado subagudo, que preenche completamente o espaço que a câmara pulpar ocupava, e histopatologicamente se assemelha ao granuloma piogênico; ABSCESSO PERIAPICAL • acumulo de células inflamatórias agudas no ápice de um dente não vital; • reações inflamatórias agudas; • subdividem os abscessos periapicais nos tipos agudos e crônicos. Entretanto, estas denominações são inadequadas, pois os dois tiposrepresentam reações inflamatórias agudas; • abscesso fênix : é um abscesso crônico que ressurgiu de novo. CARACTERÍSTICAS CLINICAS • sintomáticos; • Material Purulento acumulado no alvéolo; • Tumefação dos tecidos moles; • Dente acometido não responde ao frio ou ao teste pulpar elétrico; SINAIS E SINTOMAS • Podem estar presentes cefaleia, mal-estar, febre e calafrios. CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS • Radiolucidez mal definida no ápice do dente; • Espessamento do ligamento periodontal apical; • Os abscessos fênix apresentam o perfil da lesão crônica original, com ou sem perda óssea mal definida associada. OSTEOMIELITE • A secreção purulenta, através dos espaços medulares, pode se afastar da área apical; • é um processo inflamatório agudo ou crônico nos espaços medulares ou nas superfícies corticais do osso que se estende além do sítio inicial de envolvimento; • Se atingir os espaços medulares ou nas superfícies corticais do osso; CELULITE • pode perfurar a cortical e se difundir através dos tecidos moles sobrejacentes; • Se um abscesso não é capaz de drenar através da superfície cutânea ou para o interior da cavidade oral, ele pode disseminar difusamente através dos planos fasciais dos tecidos moles. Esta disseminação aguda e edemaciada de um processo inflamatório agudo é denominada celulite; • Embora vários padrões de celulite possam ser observados pela disseminação de infecções dentárias, duas formas especialmente perigosas merecem uma discussão adicional: (1) a angina de Ludwig e (2) a trombose do seio cavernoso. • Abscesso se espalhar através dos planos fasciais do tecido mole; Angina de Ludwig • →o pus se localiza no pescoço; relacionada com dentes inferiores; • refere-se à celulite da região submandibular; • Em torno de 70% dos casos, a angina de Ludwig se desenvolve da disseminação de uma infecção aguda proveniente de um molar inferior; • é uma celulite agressiva que se dissemina rapidamente e que acomete os espaços sublingual, submandibular e submentoniano; trombose do seio cavernoso • apresenta-se como um aumento edemaciado periorbitário, com envolvimento das pálpebras e da conjuntiva; • Nos casos que envolvem o espaço canino, a tumefação também está caracteristicamente presente ao longo da margem lateral do nariz e pode se estender para a região medial do olho e da região periorbitária; • dentes superiores, principalmente caninos e pre- molares superiores drenam para o espaço orbital e ai vão para o espaço sistema nervoso central , e lá causa a trombose; anticoagulantes; • é geralmente causada pela disseminação de bactérias de infecções da face e órbita (incluindo a pele do nariz), órbita ou seio nasal. PARÚLIDE (FURÚNCULO GENGIVAL) • Na abertura intraoral do trato da fístula, encontra-se, muitas vezes, uma massa de tecido de granulação inflamado subagudo; • Ocasionalmente, o dente não vital associado à parúlide pode ser difícil de ser determinado e a inserção de um cone de guta-percha no interior do trajeto durante o exame radiográfico pode auxiliar na detecção do dente envolvido; FISTULA CUTÂNEA • Os abscessos dentários também podem canalizar-se através da pele sobrejacente e drenar por uma fístula cutânea; CARACTERÍSTICA HISTOPATOLÓGICA • biópsia de abscessos puros são incomuns, pois o material está em forma líquida. • Os abscessos consistem em um mar de leucócitos polimorfonucleares, muitas vezes permeados por um exsudato inflamatório, restos celulares, material necrótico, colônias bacterianas ou histiócitos; • Os abscessos fênix podem manter um componente de tecido mole; apresentam-se como granulomas ou cistos periapicais inflamados subagudos entremeados por áreas de formação de abscessos significativas; TRATAMENTO • drenagem e na eliminação do foco de infecção; tratamento endodôntico, Dentes que não são podem ser restaurados = Exodontia; • Aqueles abscessos associados à presença de um trato fistuloso evidente podem ser assintomáticos; todavia, devem ser tratados. Nos abscessos periapicais localizados, os sinais e sintomas diminuem significativamente dentro de 48 horas do início da drenagem apropriada; • Quando o abscesso causa expansão clínica do osso ou do tecido mole adjacentes ao ápice do dente afetado, a drenagem incisional da tumefação deve ser considerada, pois esta técnica parece estar associada a uma resolução mais rápida do processo inflamatório quando comparada à drenagem via canal radicular; • o tratamento com AINEs geralmente é apropriado no pré-operatório, no pós- operatório imediato e para o controle subsequente da dor; • A cobertura com antibióticos deve ser reservada aos pacientes sistemicamente comprometidos e aos pacientes com celulite significativa ou evidências clínicas de disseminação (p. ex., febre, linfadenopatia, mal-estar). • Geralmente, o trato fistuloso cicatriza espontaneamente após a extração ou o tratamento endodôntico do dente afetado. • Nas parúlides que persistem, acredita-se que haja material infeccioso suficiente ao longo do trajeto fistuloso capaz de manter o tecido de granulação superficial, sendo necessária, para a sua resolução, a remoção cirúrgica com curetagem do trato. GRANULOMA PERIAPICAL • refere-se a uma massa de tecido de granulação crônica ou agudamente inflamado no ápice de um dente desvitalizado; • inflamação no Peri ápice de um dente não vital; • podem ser desenvolver como lesão periapical inicial; • podem surgir após um abcesso periapical; • possível formação de cisto periapical, possibilidade de transformação em cistos periapicais, uma piora da infecção pulpar pode levar ao reaparecimento da inflamação, no desenvolvimento de sintomas e o possível aumento de tamanho da área radiolúcida associada; • As alterações inflamatórias secundárias agudas que acometem os granulomas periapicais foram denominadas abscesso fênix, nome dado baseado no pássaro mitológico que morria e renascia de suas próprias cinzas; • Nos estágios iniciais de infecção, há a predominância de neutrófilos e alterações radiográficas não estão presentes; esta fase da doença inflamatória periapical é denominada periodontite apical aguda. As células inflamatórias envolvidas são primariamente os neutrófilos e as prostaglandinas liberadas, as quais ativam os osteoclastos para reabsorver o osso circundante, promovendo uma área radiolúcida periapical detectável; CARACTERÍSTICAS CLINICAS • A fase inicial da doença inflamatória periapical – a periodontite periapical aguda – provoca uma dor pulsátil não localizada constante; • Fase Aguda: Gera dor latejante constante; • Fase Crônica: Sintomas associados diminuem; • O dente associado responde negativamente ao teste de vitalidade ou revela um resultado positivo retardado; • A maioria dos granulomas periapicais são assintomáticos; CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS • Radiolucidez no ápice do dente; • Pequenas lesões; • Lesão pode ser circunscrita ou mal definida; • Podendo demonstrar ou não uma borda rapiopaca; • Não é possível realizar diagnóstico radiográfico diferencial entre cisto e granuloma; • O exame histopatológico é capaz de dar um diagnóstico com segurança. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS • Os granulomas periapicais consistem em tecido de granulação, circundado por uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso; • . O tecido de granulação é composto por um infiltrado de linfócitos denso variável, que é muitas vezes permeado por neutrófilos, plasmócitos, histiócitos e, menos frequentemente, mastócitos e eosinófilos; • Coleções de cristais de colesterol com células gigantes multinucleadas associadas e áreas de extravasamento de hemácias com pigmentação por hemossiderina podem estar presentes;• Apesar de a fonte do colesterol não ser clara, esse material é muitas vezes observado em áreas de inflamação a longo prazo e pode ser acumulado proveniente da morte de células inflamatórias, da desintegração de hemácias ou da degeneração de cistos epiteliais. O colesterol atrai macrófagos e células gigantes de corpos estranhos, os quais são incapazes de degradar o material, mas liberam mediadores inflamatórios e de reabsorção óssea; • Quando um elevado número de plasmócitos está presente, glóbulos eosinofílicos de gamaglobulina dispersos (corpúsculos de Russel) podem ser observados. TRATAMENTO E PROGNOSTICO • As lesões inflamatórias periapicais resultam da presença de micro- organismos ou de seus produtos tóxicos no canal radicular, nos tecidos apicais ou em ambos; • O sucesso do tratamento depende da redução e do controle destes organismos; • o objetivo da endodontia é reduzir a carga microbiana a um nível insuficiente para que a inflamação periapical seja mantida. Se o dente puder ser preservado, então o tratamento endodôntico pode ser realizado. • Os dentes sem possibilidades restauradoras devem ser extraídos, seguido pela curetagem de todo o tecido mole apical; • Nos casos sintomáticos, o uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) é benéfico; o uso de antibióticos sistêmicos não é recomendado, a menos que estejam presentes tumefação associada ou alterações sistêmicas. CISTO PERIAPICAL • Uma cavidade patológica que possui conteúdo fluido, semifluido ou gasoso, e que não foi criada pelo acumulo de pus; • Parede de tecido conjuntivo fibroso; • Revestido por epitélio com um lúmen, contendo liquido e restos celulares; • Teoricamente, à medida que o epitélio se descama para o interior do lúmen, aumenta o conteúdo proteico. Ocorre a entrada de fluido no lúmen, na tentativa de equilibrar a pressão osmótica, promovendo um crescimento lento. A maioria dos cistos periapicais cresce lentamente e não atinge um tamanho grande; SURGIMENTO • O epitélio na região do ápice de um dente desvitalizado presumivelmente pode ser estimulado pela inflamação para formar um cisto verdadeiramente revestido por epitélio ou cisto periapical; • A fonte epitelial é formada pelos restos epiteliais de Malassez, mas também pode estar relacionada ao epitélio crevicular, ao revestimento sinusal ou ao revestimento epitelial dos tratos fistulosos. • A resposta inflamatória parece aumentar a produção do fator de crescimento de ceratinócitos pelo estroma das células periodontais, levando ao aumento da proliferação de epitélio normalmente quiescente na região; • Formando um Cisto Periapical; • Crescimento por Pressão Osmótica; ETIOPATOGENESE • Inflamação crônica ( granuloma apical) • Liberação de citocinas anti- inflamatorias; • Capacidade de estimular o crescimento e reparo do epitélio; • Reativação dos restos epiteliais de Mallassez; • Desenvolvimento do cisto radicular; CARACTERÍSTICAS CLINICAS • Em geral, os pacientes com cistos periapicais não apresentam sintomas, a menos que exista uma exacerbação inflamatória aguda; • Teoricamente, à medida que o epitélio se descama para o interior do lúmen, aumenta o conteúdo proteico. Ocorre a entrada de fluido no lúmen, na tentativa de equilibrar a pressão osmótica, promovendo um crescimento lento. • A maioria dos cistos periapicais cresce lentamente e não atinge um tamanho grande; • Além disso, se o cisto atingir um tamanho grande, podem ser observadas tumefação e sensibilidade leve. Com o crescimento do cisto, podem ocorrer mobilidade e deslocamento dos dentes adjacentes; • O dente de origem não responde ao teste pulpar térmico e elétrico; • O desenvolvimento cístico é comum; a frequência relatada varia de 7% a 54% das imagens radiolúcidas periapicais; CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS • Padrão radiográfico é idêntico ao do granuloma periapical; • Radiolucidez arredondada no ápice do dente; • Perda de continuidade da lâmina dura; • Pode ser associada com deslocamento dentários; • Área circunscrita radiolucida na região periapical; • Não é possível realizar diagnóstico radiográfico diferencial entre cisto e granuloma; • O exame histopatológico é capaz de dar um diagnóstico com segurança. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS • O cisto é revestido por epitélio escamoso estratificado, o qual pode apresentar exocitose, espongiose ou hiperplasia; • O lúmen do cisto pode ser preenchido por fluido e restos celulares. • Algumas vezes, o revestimento epitelial pode apresentar calcificações lineares ou em forma de arco, conhecidas como corpúsculos de Rushton; • Calcificações distróficas, cristais de colesterol com células gigantes multinucleadas, hemácias e áreas de pigmentação por hemossiderina podem estar presentes no lúmen, na cápsula ou em ambos; • Quando um elevado número de plasmócitos está presente, glóbulos eosinofílicos de gamaglobulina dispersos (corpúsculos de Russel) podem ser observados. • Infiltrado Inflamatório (neutrófilos, plasmócitos, histiócitos) • A cápsula do cisto consiste em tecido conjuntivo fibroso denso; • Ocasionalmente, as cápsulas dos cistos inflamatórios podem conter corpos hialinos (pulse granuloma, angiopatia hialina de células gigantes) dispersos. Esses corpos se apresentam como pequenas poças circunscritas de material eosinofílico que exibe uma periferia ondulada de colágeno condensado muitas vezes circundado por linfócitos e células gigantes multinucleadas; TRATAMENTO E PROGNOSTICO • O cisto periapical é tratado da mesma maneira que o granuloma periapical. Quando as características clínicas e radiográficas apontam para uma lesão inflamatória periapical, a extração ou o tratamento endodôntico conservador não cirúrgico deve ser realizado; • Apesar de alguns autores acreditarem que lesões císticas extensas não podem ser tratadas por tratamento endodôntico convencional, clínicos experientes utilizaram com sucesso o tratamento endodôntico não cirúrgico para regiões extensas de doença inflamatória periapical que alcançavam até 2,0 cm de diâmetro; • Lesões maiores associadas a dentes com possibilidade de restauração têm sido tratadas com sucesso por meio de tratamento endodôntico conservador quando combinado à biópsia e marsupialização, descompressão ou fenestração;
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