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Atividade Dirigida FAR UCS 2022_2

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Curso de Graduação em Farmácia
Atividade Dirigida de Farmacologia Aplicada à Farmácia (A2) – outubro/2022
Prof. Dr. José Artur da Silva Emim
Valor Total da Atividade (A2): 2,0 pontos
CASO CLÍNICO 1: A ingestão de uma dose de Ácido AcetilSalicílico (AAS) a cada três dias (81 mg) pode ser tão eficiente na prevenção de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), quanto consumir o medicamento diariamente. Adicionalmente, há uma vantagem: a probabilidade de menos complicações em nível de trato digestório. A conclusão é de um estudo brasileiro, apoiado pela FAPESP e pela Biolab Farmacêutica, que foi publicado no The Journal of Clinical Pharmacology, em 2016. Os resultados mostraram que, no grupo que tomou AAS todos os dias, houve uma redução de 50% na síntese de PGE2 do trato digestório, enquanto nos voluntários que tomaram a cada três dias, não foi observada diferença em relação aos níveis basais desse eicosanoide. Por outro lado, em ambos os grupos, a inibição de tromboxano (TXA2) foi superior a 95% e o resultado no teste de agregação plaquetária foi equivalente nos dois grupos. Atualmente, o Food and Drug Administration (FDA), órgão que regulamenta o consumo de alimentos e de medicamentos nos Estados Unidos, recomenda que o AAS em doses baixas seja usado apenas na prevenção secundária de doenças cardiovasculares, ou seja, em pacientes diagnosticados com doença vascular periférica e os que já tiveram algum episódio de IAM ou Acidente Vascular Encefálico (AVE) e correm risco de um segundo evento. Somente nessa situação, segundo o FDA, os benefícios da terapia suplantariam os riscos de efeitos adversos. Com base nos aspectos farmacológicos descritos no texto, por que a utilização de AAS (81 mg), de acordo com o estudo brasileiro, a cada três dias, representa uma vantagem, comparativamente à utilização diária desse agente, no que se refere à probabilidade de menos complicações em nível de trato digestório? Explique. (0,50)
Segundo Rang & Dale (2011, p.302-303) “A aspirina em dose baixa inibe profundamente a síntese de TXA2 plaquetária por meio de acetilação irreversível de um resíduo de serina no sitio ativo da ciclo-oxigenase 1 (COX-1).” Diferentemente das células nucleadas, as plaquetas não podem sintetizar proteínas, donde após a administração da aspirina, a síntese de TXA2 não se recupera até que o conjunto de plaquetas afetadas seja reposto. Os efeitos adversos da aspirina no trato gastrintestinal resultam principalmente da inibição da COX-1 gástrica, que é responsável pela síntese das prostaglandinas que normalmente inibem a secreção de ácido e protegem a mucosa e são claramente relacionados à dose.
Referencia: Rang & Dale: Farmacologia, Rio de janeiro: Elsevier, 2011.
CASO CLÍNICO 2: A Pulsoterapia (PT) é um tipo de terapia indicada para o tratamento de doenças crônicas autoimunes, em crianças e adultos, como Esclerose Múltipla, Lúpus Eritematoso Sistêmico, dentre outras. A terapia consiste na administração de doses elevadas de corticosteroide por via endovenosa, durante um curto período, dividida em sessões, chamadas de pulsos. Em adultos, por exemplo, a sessão de PT leva cerca de duas a três horas, durante três ou cinco dias, de acordo com a prescrição médica. Quais os objetivos da PT comparativamente à terapia prolongada com corticoides? Quais condições dos pacientes deverão ser monitoradas durante a realização da PT com corticoides? Explique. (0,50)
CASO CLÍNICO 3: O coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2), identificado como agente etiológico da doença pelo coronavírus 2019, a COVID-19, se espalhou rapidamente em todo o mundo e causa, até hoje, grande impacto na saúde e na economia global. O uso de antibióticos em pacientes sem evidência de infecção bacteriana tem sido adotado no tratamento da COVID-19. Pesquisadores e médicos atentos ao problema da resistência aos antibacterianos acreditam que o uso desenfreado de antibióticos no tratamento da COVID-19 tornará ainda mais drástico o cenário atual, em que já há falta de antibióticos capazes de combater certas doenças e micro-organismos que, por vários fatores, têm se mostrado fortes e hábeis em driblar esses medicamentos. O uso precoce e excessivo de antibióticos aliado à falta de recursos diagnósticos rápidos e precisos gera a necessidade de antibióticos adicionais se o paciente apresenta piora clínica, contribuindo para o uso de antimicrobianos de amplo espectro e possivelmente para um aumento de resistência bacteriana e seus potenciais agravos, tanto no ambiente hospitalar quanto na comunidade. Esse problema pode gerar consequências ainda mais trágicas na era pós-COVID-19, como aumento de custos hospitalares, eventos adversos e óbitos provocados pela resistência bacteriana (Fontes: modificado de BBC News Brasil e www.cbcsp.org.br). Por que o uso irracional de antibacterianos afeta a saúde individual e coletiva? Por que os antibacterianos altamente tóxicos, como as polimixinas, por exemplo, são opções relevantes no tratamento de infecções hospitalares graves causadas por bactérias gram-negativas? Proponham medidas, em nível do cenário farmacêutico, que possam mitigar o fenômeno da resistência bacteriana. Explique. (1,0)
COMPONENTES DO GRUPO
	ALUNO
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	ASSINATURA
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