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Tratamento e Cuidados de Enfermagem em Intoxicação por Chumbinho

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Curso de Graduação em Enfermagem 
Atividade Dirigida de Farmacologia Aplicada à Enfermagem (A2) – outubro de 2021 
Valor Total da Atividade (A2): 5,0 pontos 
 
CASO CLÍNICO 1: Os venenos agrícolas (agrotóxicos), de uso exclusivo na lavoura, são desviados do campo para os 
grandes centros para serem indevidamente utilizados como raticidas. Os agrotóxicos mais encontrados nos 
granulados tipo “chumbinho” pertencem ao grupo químico dos carbamatos. Sendo um produto clandestino, ele não 
possui rótulo contendo orientações quanto ao seu manuseio e segurança, informações médicas, telefones de 
emergência e, o que é ainda mais grave, a descrição do agente ativo bem como antídotos em caso de 
envenenamento. Os sintomas típicos de intoxicação por ‘chumbinho’ ocorrem, em geral, em menos de 1 h após a 
ingestão, incluindo náuseas, vômitos, sudorese, sialorreia, borramento visual, miose, hipersecreção brônquica, dor 
abdominal, diarreia, tremores, entre outros (Fonte: www.anvisa.gov.br). RESPONDA: (valor: 1,25) 
a) Quais são medidas terapêuticas (farmacológicas e não farmacológicas) indicadas no tratamento do quadro 
descrito acima? (0,50) 
 
R: A intoxicação por ‘chumbinho’ causa inúmeros sintomas que são prejudiciais a nossa saúde, isso ocorre 
por que o chumbinho é um inibidor irreversível da acetilcolinesterase (AChE). Segundo Fukuto (1990), a 
enzima acetilcolinesterase é responsável pela degradação hidrolítica do neurotransmissor acetilcolina (Ach) 
nos produtos inativos colina e ácido acético. A AChE serve como agente regulador da transmissão nervosa 
reduzindo a concentração de acetilcolina. Logo, com a inibição da AChE, há acumulação de acetilcolina na 
fenda sináptica, causando efeitos muscarínicos, nicotínicos e sobre o sistema nervoso central. Assim, é 
necessário intervenção farmacológica e não-farmacológica, segundo os estudos de Schimitz (2003), alguns 
tratamentos podem ter como abordagem inicial a administração de atropina, pois a atropina é antagonista 
competitivo da Ach nos receptores muscarínicos e Diazepam para controle de convulsões, uma segunda 
abordagem seria o processo de descontaminação, se as roupas tiverem contaminadas pelo agente, devem 
ser retiradas e o paciente deve ser submetido à lavagem corporal com sabão alcalino, também deve optar 
pela sondagem nasogástrica e realizar a lavagem com soro fisiológico e também fazer o esvaziamento 
gástrico, terá benefício máximo se for feito até duas horas após a ingestão. O carvão ativado é indicado, na 
dose de 50g via oral e 25g de seis em seis horas para manutenção, deve-se manter por 12 horas em 
intoxicações causadas por carbamato. A pralidoxima deve ser usada no tempo inferior a 12 horas após 
intoxicação, ela é de fundamental importância, pois permite a reativação da AChE, a mesma deve ser 
infundida na dose de 1 a 2 gramas intravenosa, diluindo em 250mg de solução salina 0.9% e infundindo-se 
em 30 minutos. 
 
 
b) Com base no mecanismo de ação do chumbinho, por que esse agente representa um sério problema em nível 
de saúde pública? (0,25) 
 
R: O chumbinho é um inseticida carbamato, tem causado inúmeras intoxicações exógenas presentes nos 
serviços de emergências, o que é considerado um problema de saúde pública. São produtos vendidos 
clandestinamente, e por conta do seu custo baixo é de fácil aquisição. 
Logo, esses produtos são utilizados como como medicamentos e inseticidas no campo ou no lar, o acaba 
sendo responsáveis por intoxicações humanas e em animais domésticos. Entretanto, atualmente estão sendo 
utilizados com outras finalidades, como tentativas de suicídios e homicídios de pessoas e animais. Também 
são comuns intoxicações acidentais e profissionais, tendo um número significativo de intoxicações agudas 
(CALDAS, 2000). 
 
 
c) Quais são os cuidados de enfermagem importantes durante o tratamento da Síndrome Colinérgica causada 
pelo chumbinho? (0,50) 
 
http://www.anvisa.gov.br/
 
R: O enfermeiro tem papel de extrema importância em casos de intoxicações, os cuidados imediatos em 
casos de intoxicações são: 
- Verificar os sinais vitais e comunicar as alterações. 
- Intervir nas complicações imediatas, como convulsões. 
- Caso tenha risco de vomito, deve-se manter paciente com cabeça lateralizada 
- Instalar um oxímetro. 
- Instalar cateter nasal ou máscara de oxigênio, se Sat ≤90%, ou conforme protocolo. 
- Instalar monitoração cardíaca logo que possível. 
- Manter-se alerta quanto ao nível de consciência. 
- Manter as grades laterais do leito elevadas. 
 E após a prescrição medica, cuidados de enfermagem podem ser: 
- Indução de vômito (xarope de Ipeca) 
- lavagem gástrica 
- instalar e manter acesso venoso para os casos de uso de medicamentos antagonistas 
- uso de carvão ativado 
- Em alguns casos é necessário o uso de sonda nasogástrica. 
 
 
CASO CLÍNICO 2: O termo Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS) foi proposto para descrever a reação 
inflamatória desencadeada pelo organismo frente a qualquer agressão infecciosa ou não-infecciosa. A sepse designa 
a resposta inflamatória sistêmica do organismo frente ao estímulo infeccioso. É um estado em que pode ocorrer 
uma incapacidade do sistema circulatório em fornecer fluxo sanguíneo adequado para atender às necessidades 
metabólicas dos tecidos e órgãos vitais (oxigênio e nutrientes), causada por exacerbação da resposta inflamatória 
sistêmica (vasodilatação, aumento da permeabilidade dos vasos e acúmulo de leucócitos), que resulta em 
incapacidade de manter a pressão arterial e consequente diminuição na perfusão sanguínea para os órgãos vitais. 
Essas alterações acontecem em todo o organismo e são observadas mesmo nos locais onde o agente infeccioso não 
está presente. A perfusão anormal inclui acidose lática ou alteração aguda do estado mental. O choque séptico é 
caracterizado por sepse com hipotensão arterial persistente, mesmo após adequada reposição volêmica, associado 
com a redução da perfusão, acidose lática, redução do volume urinário e alteração do estado mental. Trabalhos na 
literatura indicam estreita correlação dos níveis séricos elevados de lactato (hiperlactatemia) como prognóstico de 
mortalidade em pacientes com sepse (Salles e col., 1999; Cicareli e col., 2007). RESPONDA: (valor: 1,25) 
a) Por que a noradrenalina sob infusão contínua, em Bomba de Infusão Contínua (BIC) é preferida, 
comparativamente à adrenalina, no tratamento do choque séptico? (0,60) 
 
R: A sepse é uma síndrome de resposta inflamatória sistêmica do organismo a um processo infeccioso, a 
mesma começa em um órgão alvo especifico e essa infecção se dissemina na corrente sanguínea, que evolui 
para uma sepse severa e que evolui para um choque séptico, levando a disfunção de múltiplos órgão. O 
choque séptico tem como biomarcador laboratorial o lactato, esse mostrará como o cliente evoluirá 
naquele quadro, pois o mesmo é aumentado devido ao desequilíbrio entre demanda e fornecimentos de 
oxigênio nos tecidos. Dessa maneira, o choque séptico tendo como característica seu lactato aumentado, 
a noradrenalina é preferida, pois a mesma não ativara os receptores beta-2, diferente da adrenalina que é 
ativadora dos receptores beta-2, que tem como caraterística o aumento dos níveis séricos de lactato, ou 
seja, se a adrenalina for usada os níveis de lactato no cliente aumentara mais ainda, podendo evoluir o 
quadro para óbito. 
 
 
 
 
b) Qual a importância do monitoramento sérico do lactato como biomarcador prognóstico da sepse? (0,65) 
 
 
R: O lactato possui uma grande importância para ser utilizado no diagnóstico de sepse, pois, através dele, 
é possível identificar a diminuição de oferta de oxigênio para os tecidos, já que na ausência de oxigênio o 
organismo utiliza uma via metabólica anaeróbica, e com isso há liberação de lactato. É de grande relevância 
observar seu monitoramento, uma vez que está ligado a disfunções múltiplas dos órgãos e até mesmo ao 
prognostico de morte. Dessa forma, o lactato é omelhor marcador de prognostico para sepse, já que é 
possível de alguma forma verificar a gravidade da doença e administrar medidas terapêuticas. 
 
CASO CLÍNICO 3: A ingestão de uma dose de Ácido AcetilSalicílico (AAS) a cada três dias (81 mg) pode ser tão 
eficiente na prevenção de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), quanto consumir o medicamento diariamente. 
Adicionalmente, há uma vantagem: a probabilidade de menos complicações em nível de trato digestório. A 
conclusão é de um estudo brasileiro, apoiado pela FAPESP e pela Biolab Farmacêutica, que foi publicado no The 
Journal of Clinical Pharmacology, em 2016. Os resultados mostraram que, no grupo que tomou AAS todos os dias, 
houve uma redução de 50% na síntese de PGE2 do trato digestório, enquanto nos voluntários que tomaram a cada 
três dias, não foi observada diferença em relação aos níveis basais desse eicosanoide. Por outro lado, em ambos os 
grupos, a inibição de tromboxano (TXA2) foi superior a 95% e o resultado no teste de agregação plaquetária foi 
equivalente nos dois grupos. Atualmente, o Food and Drug Administration (FDA), órgão que regulamenta o consumo 
de alimentos e de medicamentos nos Estados Unidos, recomenda que o AAS em doses baixas seja usado apenas na 
prevenção secundária de doenças cardiovasculares, ou seja, em pacientes diagnosticados com doença vascular 
periférica e os que já tiveram algum episódio de IAM ou Acidente Vascular Encefálico (AVE) e correm risco de um 
segundo evento. Somente nessa situação, segundo o FDA, os benefícios da terapia suplantariam os riscos de efeitos 
adversos. Com base no texto acima e nos seus conhecimentos, RESPONDA: (valor: 1,25) 
a) Por que o AAS em doses baixas (81 mg) é utilizado na prevenção de eventos tromboembólicos? (0,25) 
 
R: O Ácido Acetilsalicílico (AAS), é usado em baixas doses para prevenção de eventos tromboembólicos, reduzindo 
risco de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e Acidente Vascular Cerebral (AVC), pois o mesmo é um antiagregante 
plaquetário, ou seja, ele inibe a enzima cicloxigenase (COX), o que bloqueia a produção de tromboxano A2 (TXA2), 
um potente mediador de agregação plaquetária e vasoconstrição. 
 
b) Com base nos aspectos farmacológicos descritos no texto, por que a utilização de AAS (81 mg), de acordo com 
o estudo brasileiro, a cada três dias, representa uma vantagem, comparativamente à utilização diária desse 
agente, no que se refere à probabilidade de menos complicações em nível de trato digestório? (0,50) 
 
R: Em um estudo realizado por pesquisadores brasileiros, onde os resultados foram publicados no The Journal 
of Clinical Pharmacology, apontou que o uso do ácido acetilsalicílico (AAS) usado a cada três dias apresenta 
uma probabilidade menor de complicações no trato digestório, principalmente no estômago, diferente do 
seu uso diário que pode causar irritação e sangramento gástrico, uma vez que a AAS inibe a enzima 
cicloxigenase (COX) e diminui a produção de prostaglandina, que são substâncias lipídicas que protegem o 
estômago e o intestino. 
Nesse estudo foi demonstrado também, que vinte e quatro voluntários sadios divididos em dois grupos, um 
tomando AAS todos os dias e o outro a cada três dias, apontou que aqueles que tomaram todos os dias 
tiveram uma redução de 50% na síntese de prostaglandina do tipo 2 (PGE2), enquanto os outros voluntários 
que tomaram a cada três dias, não foi observado diferença em relação aos níveis basais. 
 
c) Por que o FDA recomenda que o AAS, ainda que em doses baixas, seja utilizado apenas na prevenção secundária 
de doenças cardiovasculares? Por que o AAS é um medicamento potencialmente inapropriado (MPI), de acordo 
Critério de Beers da Sociedade Americana de Geriatria? (0,50) 
 
R: Food and Drug Administration (FDA), órgão que regulamenta o consumo de alimentos e de medicamentos 
nos Estados Unidos, recomenda que o AAS seja usado apenas na prevenção secundária de doenças 
cardiovasculares, pelo fato da AAS ser um antiagregante plaquetário, inibindo a enzima cicloxigenase (COX) 
acaba diminuindo a produção de prostaglandina, que é um protetor gástrico podendo levar a casos de úlcera, 
 
hemorragia digestiva. A AAS é um medicamento potencialmente inapropriado em idosos, com idade superior 
a 75 anos, pois aumenta o risco de sangramentos. 
 
 
 
CASO CLÍNICO 4: A Pulsoterapia (PT) é um tipo de terapia indicada para o tratamento de doenças crônicas 
autoimunes, em crianças e adultos, como Esclerose Múltipla, Lúpus Eritematoso Sistêmico, dentre outras. A terapia 
consiste na administração de doses elevadas de corticosteroide por via endovenosa, durante um curto período de 
tempo, dividida em sessões, chamadas de pulsos. Em adultos, por exemplo, a sessão de PT leva cerca de duas a três 
horas, durante três ou cinco dias, de acordo com a prescrição médica. RESPONDA: (valor: 1,25) 
a) Quais os objetivos da PT comparativamente à terapia prolongada com corticoides? (0,25) 
 
R: Segundo estudos realizados por Pereira et al. (2007), a pulsoterapia (PT) realizada por glicocorticoides 
(GC) consiste na administração de uma alta dose de GC em um curto período de tempo. Essa tem o objetivo 
de deter rapidamente o quadro progressivo de uma doença, aumentar o período de remissão e evitar a 
administração prolongada de GC orais que trazem inúmeros efeitos adversos como, facilitações a infecções 
por fungos, bactérias, vírus e parasitas; risco de reativação da tuberculose latente em clientes que 
apresentem PPD positivo; hiperglicemia pelo aumento da gliconeogênese hepática e antagoniza a insulina; 
redistribuição da gordura corpora, como na Síndrome de Cushing; pode induzir Hipertricose; Supressão do 
eixo hipotálamo-hipófise-adrenal; osteoporose; hipercolesterolemia; diminuição da síntese de proteínas, 
diminuição do colágeno cutâneo. 
 
b) Quais os cuidados de enfermagem durante a realização da PT com corticoides? Justifique. (0,50) 
 
R: Nos estudos feitos por Rozencwajgr et al. (2008) há cuidados de enfermagem que necessitam ser 
realizados durante a infusão com o corticosteroide. 
- Avaliar e registrar padrão de comportamento e nível de consciência. Uma vez que a queixa de insônia e 
outros distúrbios neuropsicológicos são descritos na maioria dos pacientes. Em clientes cardiopatas há 
descrição de sincope, “borramento” de visão, palpitações como precedentes à fibrilação atrial. 
- Avaliar parâmetros vitais (PA, FC, FR), glicemia capilar a cada hora até completar seis horas do início da 
infusão, porque a frequência sugerida baseia-se na farmacocinética dos fármacos utilizadas na pulsoterapia 
com corticosteroide e nos efeitos colaterais. Caso o cliente apresente algum dos efeitos colaterais como 
pico hipertensivo, hiperglicemia, arritmia, taquicardia, cefaleia, náusea e vomito, deve-se adequar a 
frequência de verificação dos sinais vitais. 
- Monitorar e comunicar a equipe médica quanto a ocorrência dos principais efeitos colaterais já citados 
no tópico anterior. Pois devido a atividade mineralocorticoide e a alteração da bomba de Na+/K+, há 
alterações dos níveis de sódio e leva a retenção de água e sódio e perde de potássio e cloreto. Essas 
alterações hidroeletrolíticas podem levar ao aumento da pressão arterial. Além disso, a redistribuição dos 
depósitos adiposos, aumento da mobilização de lipídios e aumento do ácido clorídrico podem levar as 
queixas de náuseas. Associado a gliconeogênese está a hiperglicemia. Casos de fibrilação atrial após 
pulsoterapia são raros, porém pode se considerar a monitoração continua por ECG em pacientes com alto 
risco cardiovascular. 
- Verificar glicemia capilar antes e após o termino de infusão. Pois alguns estudos mostraram que em 
pacientes não diabéticos, houve um aumento da glicemia na primeira pulsoterapia, seguida de um retorno 
lento e espontâneo dos valores glicêmicos nas pulsoterapias seguintes. Em pacientes diabéticos há 
hiperglicemia adicional, com aumento na calemia, insinuando um rápido efluxo depotássio da célula como 
um efeito direto da droga. Esse efeito também corrobora para o aumento de riscos cardíacos. 
- Controlar e registrar micção (frequência, volume, aspecto); avaliar episódios de disúria e aferir peso 
diariamente durante a pulsoterapia. Pois, a alteração da bomba Na+/K+ e a atividade mineralocorticoide, 
 
pode causa alteração nos níveis de sódio, o que gera a retenção de água e sódio e perda de potássio e 
cloreto. Não se pode descartar o risco de imunossupressão, alteração de pele e mucosas e glicosúria, que 
podem ocasionar infecção do trato urinário. 
- Avaliar integridade cutaneomucosa e registrar alteração, já que em consequência a destruição do 
colágeno do tecido dos vasos sanguíneos, provocando extravasamento de sangue em tecidos cutâneos 
pode ocorrer aparecimento de hematomas e lesões cutâneas. Além disso, há um maior risco durante a 
pulsoterapia de tromboflebite e tromboembolismo, por inibição do sistema complemento e alteração da 
cascata de coagulação. 
 - Avaliar frequência, coloração e consistência de eliminações intestinais e avaliar a presença de 
enterorragia ou melena, pois pode haver sangramento alto ou baixo do trato digestório, sendo visível em 
suas eliminações fecais. 
 
c) Por que se indica o desmame com corticoides em tratamentos prolongados? (0,25) 
 
R: O desmame de corticoides de uso prolongado é indicado por que se o uso for interrompido por uma 
diminuição rápida ou retira abrupta, pode causar três complicações: insuficiência adrenal secundária à 
supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA), síndrome de retirada ou deprivação dos corticoides 
e a reativação da doença de base. 
 
d) Indique um aspecto farmacoterapêutico, suportado na literatura, dos corticoides no controle de quadros 
severos da COVID-19? (0,25) 
 
R: A dexametasona é um corticoide anti-inflamatório que é utilizado no tratamento de várias doenças, e também 
parece ajudar pessoas acometidas pela covid-19 em casos graves. Um estudo realizado no Reino Unido por Horby 
et al. (2020), houve cerca de 1/3 na diminuição dos números de mortes em pacientes graves com o tratamento 
de dexametasona que necessitavam de suporte ventilatório. No estudo, tiveram 2100 participantes que 
receberam esse fármaco em dose baixa à moderada e 4300 receberam outra forma de tratamento, assim o 
resultado da dexametasona foi positivo em pacientes graves que estavam entubados com insuficiência 
respiratória e com suporte ventilatório, também obteve uma diminuição de 20% das mortes para aqueles que 
recebiam oxigênio sem ventilação mecânica. Além disso, os usos de esteroides suprimem o sistema imune, o que 
pode causar alivio para os pulmões em situações de resposta inflamatória excessiva o que é comum observar em 
casos graves de covid-19, porém para aqueles infectados pelo Sars-CoV-2 necessitam de seu sistema imune 
funcionando por completo, mas apesar disso o estudo indica que os tratamentos com dexametasona traz maiores 
benefícios que se sobrepõem ao seu potencial prejuízo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
 
 
CALDAS, L. Q. A. Intoxicações exógenas agudas por carbamatos, organofosforados, compostos bipiridílicos 
e piretróides. Rio de Janeiro: CCIN, 2000. 40 p. 
 
FAKUTO, TR. Mechanism of action of organophosphorus and carbamate insecticides. Environmental health 
perspectives. 1990 Jul;87:245-54. 
 
FERREIRA, P. M. F. et al. Acetylsalicylic Acid Daily vs Acetylsalicylic Acid Every 3 Days in Healthy Volunteers: 
Effect on Platelet Aggregation, Gastric Mucosa, and Prostaglandin E2 Synthesis. The Journal of Clinical 
Pharmacology, [S. l.], p. 862-868, 4 dez. 2015. DOI https://doi.org/10.1002/jcph.685. Disponível em: 
https://accp1.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/jcph.685. Acesso em: 9 nov. 2021 
 
HORBY, P. et al. Effect of Dexamethasone in Hospitalized Patients with COVID-19 – Preliminary 
Report. MedRxiv, [S. l.], p. 1-24, 16 jun. 2020. DOI https://doi.org/10.1101/2020.06.22.20137273. Disponível 
em: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2020.06.22.20137273v1.full.pdf+html. Acesso em: 9 nov. 
2021 
 
PEREIRA, A. L. C. et al. Uso sistêmico de corticosteróides: revisão da literatura. Medicina Cutánea Ibero-
Latino-Americana, [S. l.], v. 1, p. 35-50, 7 fev. 2007. 
 
ROZENCWAJG, D. Assistência de enfermagem ao paciente em pulsoterapia com 
corticosteróide. ResearchGate, [S. l.], v. 6, n. 4, p. 491-6, 8 jan. 2008. 
 
SCHMITZ, M. K. INTOXICAÇÃO POR AGROTÓXICOS INIBIDORES DA COLINESTERASE. 2003. Trabalho de 
Conclusão de Curso (Medicina) - Universidade Federal de Santa Catarina, [S. l.], 2003.

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